DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
CAROLINA SILVEIRA BORGES
COWORKING: A FLEXIBILIDADE E A ERGONOMIA DOS ESCRITÓRIOS COLABORATIVOS
VILA VELHA – ES JUNHO/2017
CAROLINA SILVEIRA BORGES
COWORKING: A FLEXIBILIDADE E A ERGONOMIA DOS ESCRITÓRIOS COLABORATIVOS
Parte
manuscrita
Conclusão
de
do
Curso
Trabalho II
da
de
aluna
Carolina Silveira Borges, apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, como requisito parcial para obtenção do grau de Arquiteta e Urbanista. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Michelly Ramos de Angelo. Membro Interno: Prof.º Sérgio R. S. Michalovzkey. Membro Externo: Silvia Caser Spolaor.
VILA VELHA – ES JUNHO/2017
Dedico esta monografia aos meus pais, Adriana e Itamar, à minha irmã Gabriela, ao meu namorado André, por todo o incentivo e ajuda para a realização desse sonho.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer essa conquista aos meus pais, Adriana e Itamar, por terem me proporcionado estudo e incentivo à profissão. À minha mãe pelo apoio, carinho e incentivo. Ao meu pai, por ter acreditado no meu sonho e me ajudado nessa jornada. Essa vitória também é vocês! À minha irmã Gabriela, que mesmo de longe, me apoiou e indiretamente contribuindo para que esse trabalho fosse realizado. Obrigada por sempre ter as palavras certas para me aconselhar nos momentos difíceis. Ao meu namorado André, por toda paciência, compreensão, carinho e amor, e por me ajudar muitas vezes a achar soluções quando elas pareciam não aparecer. Você foi à pessoa que compartilhou comigo os momentos de tristezas e alegrias. Obrigada por fazer parte da minha vida. Além deste trabalho, dedico todo meu amor a você. A todos os meus amigos e familiares, que compreenderam minha ausência em várias ocasiões nesta etapa da minha vida. À Professora e orientadora Michelly Ramos de Angelo agradeço pela orientação, apoio e confiança. Obrigada pelos seus ensinamentos e pelo empenho dedicado à elaboração desse trabalho. Ao Professor e coorientador Sérgio R. S. Michalovzkey, por ter aceitado meu convite e por toda sua atenção, dedicação e ajuda que me foi dada. Agradeço também à Silvia Caser Spolaor, por também ter aceitado o meu convite e por estar dividindo comigo este momento tão importante e esperado. Enfim, agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa jornada tão sonhada e decisiva na minha vida.
“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”.
Friedrich Nietzsche
RESUMO Atualmente, existe uma grande busca por ambientes de trabalho humanizados, baseados na colaboração e na flexibilidade, possibilitando a inovação e o empreendedorismo. Desse modo, surgiu um novo modelo organizacional de trabalho, chamado de coworking. O objetivo deste trabalho foi analisar as interfaces históricas dos espaços de trabalho e da ergonomia desses espaços até o desenvolvimento do coworking. Para tanto, foi realizada uma pesquisa através de literatura sobre o assunto e sites sobre questões pertinentes ao trabalho, além de um estudo relacionado às etapas de desenvolvimento projetual, desde a análise de estudos de casos à elaboração do programa arquitetônico. Palavra-Chave: Coworking, História da Arquitetura, Espaços de trabalho, Ergonomia.
ABSTRAT Currently there is a search for humanized work environments based on collaboration, flexibility, enabling innovation and entrepreneurship. Therefore, a new organizational model of work appeared, and it is called coworking. The aim of this study was analyze the historical interfaces of workplaces and the ergonomics of these spaces until the development of a coworking. Consequently, a research was done through literature and websites about work issues, as well as a study about the stages of a coworking design development, starting with the analysis of case studies until the elaboration of the architectural program. Keywords: Coworking, History of Architecture, Workplaces, and Ergonomics.
LISTA DE FIGURAS Figura 1: Escritório Modelo Taylorista. ........................................................................................... 23 Figura 2: Larking Building (1904). ................................................................................................... 23 Figura 3: Edifício Johnson (1939). .................................................................................................. 24 Figura 4: Escritório Open Plan. ........................................................................................................ 25 Figura 5: Stadtwerke Karlsruhe (1975 e 1977, respectivamente) – Quickborner Time. ......... 26 Figura 6: Stadtwerke Karlsruhe (1975 e 1977, respectivamente) – Quickborner Time. ......... 27 Figura 7: Pessoas trabalhando na Starbucks. ............................................................................... 28 Figura 8: Felisa CoWork - Barcelona. ............................................................................................. 29 Figura 9: Mapa do Coworking. ......................................................................................................... 30 Figura 10: Espaços de Coworking no Brasil. ................................................................................. 31 Figura 13: Antropometria dinâmica. ................................................................................................ 41 Figura 15: Mapa de Localização do Places Coworking. .............................................................. 45 Figura 16: Organofluxograma do Places. ....................................................................................... 47 Figura 17: Edíficio Miramar (1925). ................................................................................................. 47 Figura 18: Fachada do Edifício Miramar. ....................................................................................... 48 Figura 19: Entrada do Edifício Miramar. ......................................................................................... 48 Figura 20: Forma Orgânica do Edifício Miramar. .......................................................................... 49 Figura 21: Esquina Arredondada do Edifício Miramar. ................................................................ 49 Figura 22: Planta Baixa do Places Coworking. ............................................................................. 50 Figura 23: Café Ray. ......................................................................................................................... 51 Figura 24: Café Ray. ......................................................................................................................... 51 Figura 25: Entrada do Places Coworking. ...................................................................................... 51 Figura 26: Lounge. ............................................................................................................................. 52 Figura 27: Lounge. ............................................................................................................................. 52 Figura 28: Open Space. .................................................................................................................... 52 Figura 29: Open Space. .................................................................................................................... 52 Figura 30: Work Box ou Caixa de trabalho. ................................................................................... 53 Figura 31: Work Box ou Caixa de trabalho. ................................................................................... 53 Figura 32: Planta Baixa da Unidade de Trabalho. ........................................................................ 53 Figura 34: Unidades de Trabalho Individuais. ............................................................................... 54 Figura 35: Recanto cinza (Alcove). ................................................................................................. 55 Figura 36: Espaço de Descaço (Power Nap). ............................................................................... 55 Figura 37: Espaços Privativos. ........................................................................................................ 56 Figura 38: Pátio Externo. .................................................................................................................. 56 Figura 40: Sala de Reuniões Verde. ............................................................................................... 57 Figura 42: Sala de Reuniões Vermelha. ......................................................................................... 57 Figura 43: Mapa de Localização do Estúdio Capanema. ............................................................ 59 Figura 44: Edifício do Estúdio Capanema – SP. ........................................................................... 60 Figura 45: Edifício do Estúdio Capanema – SP. ........................................................................... 60 Figura 46: Cadeira Mesh a gás com regulagem. .......................................................................... 61 Figura 47: Maquete Física do 1º Pavimento. ................................................................................. 62 Figura 48: Organofluxograma 1º Pavimento. ................................................................................ 63 Figura 49: Sala Compartilhada. ....................................................................................................... 63
Figura 51: Sala de Reuniões. ........................................................................................................... 63 Figura 53: Maquete Física do 6º Pavimento. ................................................................................. 64 Figura 54: Organofluxograma 6º Pavimento. ................................................................................ 65 Figura 55: Sala Privativa. .................................................................................................................. 65 Figura 56: Copa. ................................................................................................................................ 65 Figura 57: Sala Compartilhada. ....................................................................................................... 65 Figura 58: Sala Compartilhada. ....................................................................................................... 65 Figura 59: Maquete Física do 7º Pavimento. ................................................................................. 66 Figura 60: Organofluxograma 7º Pavimento. ................................................................................ 67 Figura 63: Maquete Física do 11º Pavimento. .............................................................................. 68 Figura 64: Organofluxograma 11º Pavimento. .............................................................................. 69 Figura 77: Habitação Unifamiliar. .................................................................................................... 77 Figura 78: Habitação Multifamiliar. .................................................................................................. 77 Figura 79: Institucional – Delegacia da Mulher. ............................................................................ 77 Figura 80: Comércio. ......................................................................................................................... 77 Figura 81: Casas Históricas. ............................................................................................................ 77 Figura 83: Ponto de ônibus. ............................................................................................................. 79 Figura 84: Parque da Prainha e Convento da Penha. ................................................................. 79 Figura 85: Mercado de Peixes. ........................................................................................................ 80 Figura 86: Festa da Penha. .............................................................................................................. 80 Figura 87: Igreja do Rosário. ............................................................................................................ 80 Figura 92: Mapa de Interesse Ambiental da Prainha. .................................................................. 85 Figura 93: Morro da Ucharia. ........................................................................................................... 85 Figura 94 Morro do Convento. ......................................................................................................... 85 Figura 95: Morro do Jaburuna. ........................................................................................................ 86 Figura 98: Quadro de Afastamentos Mínimos do Terreno. ......................................................... 87 Figura 99: Quadro de Enquadramento das Atividades Permitidas por Zona Urbana e Zona de Especial Interesse. ....................................................................................................................... 88 Figura 100: Conceito do Projeto. ..................................................................................................... 90 Figura 102: Vista da Fachada Oeste e Sul. ................................................................................... 92 Figura 109: Setor de Transição - Café/ Lounge. ......................................................................... 100 Figura 112: Setor de Trabalho - Colmeias de Trabalho e Salas Privativas. ........................... 103 Figura 113: Setor de Trabalho - Colmeias de Trabalho. ............................................................ 103 Figura 114: Setor de Trabalho - Salas Privativas. ...................................................................... 104 Figura 116: Circulações do Pavimento Térreo. ........................................................................... 106 Figura 117: Circulação Horizontal do Pavimento Térreo. .......................................................... 106 Figura 118: Circulações do 1º Pavimento. ................................................................................... 107 Figura 123: Vista das Fachadas Norte e Oeste. ......................................................................... 110
LISTA DE TABELAS Tabela 1: Vantagens e Desvantagens dos Modelos de Escritórios. ..........................33 Tabela 2: Programa de Necessidades do Places ......................................................46 Tabela 3: Pontos Positivos e Negativos do Places Coworking. .................................58 Tabela 4: Programa de Necessidades do 1º Pavimento............................................62 Tabela 5: Programa de Necessidade do 6º Pavimento. ............................................64 Tabela 6: Programa de Necessidade do 7º Pavimento. ............................................66 Tabela 7: Programa de Necessidades do 11º Pavimento..........................................68 Tabela 8: Programa de Necessidades do 12 º Pavimento.........................................70 Tabela 9: Pontos Positivos e Negativos do Estúdio Capanema. ...............................71 Tabela 10: Análise dos Estudos de Caso. .................................................................73 Tabela 11: Prescrições Urbanísticas..........................................................................87 Tabela 12: Comparativo dos Índices Urbanísticos .....................................................91 Tabela 13: Tabela de Setorização e Áreas. ...............................................................97
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas DORT – Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho ES – Espírito Santo IEA – Associação Internacional de Ergonomia LER – Lesão por Esforço Repetitivo NBR - Norma Brasileira de Redação NC – Critério de Ruído NR – Norma Regulamentadora NT – Norma Técnica NY – Nova York PDMVV– Plano Diretor do Município de Vila Velha UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura WC – Water Closet (Banheiro Público) WI – Wisconsin, Estado dos Estados Unidos ZAP – Zona de Proteção Ambiental e Cultural ZEIA – Zona de Interesse Ambiental
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 18 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 19 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................ 19 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 19 METODOLOGIA .......................................................................................................... 20 1. CONTEXTO HISTÓRICO ........................................................................................ 22 1.1. BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS AMBIENTES DE TRABALHO ........... 22 1.2. COWORKING: UM MODELO FLEXÍVEL DE TRABALHO ................................ 29 2. A ERGONOMIA PENSADA PARA AMBIENTES DE TRABALHO ........................ 34 2.1. O SURGIMENTO E A EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA: BREVE INTRODUÇÃO ....................................................................... 34 2.2. PROBLEMAS GERAIS PROVOCADOS PELA AUSÊNCIA DE ERGONOMIA NOS ESCRITÓRIOS ................................................................................................ 36 2.2.1. RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS BÁSICAS PARA ESCRITÓRIOS: ALGUMAS ESPECIFICAÇÕES............................................................................. 39 2.3. A ERGONOMIA EM ESCRITÓRIOS DE COWORKING .................................. 42 3. ESTUDOS DE CASOS: PLACES COWORKING (HAMBURGO, ALEMANHA) E ESTÚDIO CAPANEMA (SÃO PAULO, BRASIL). ...................................................... 44 3.1. ESTUDO DE CASO 1: Places Coworking – Hamburgo, Alemanha. ................. 44 3.1.1. IMPLANTAÇÃO ........................................................................................... 45 3.1.2. PROGRAMA DE NECESSIDADES............................................................. 46 3.1.3. CIRCULAÇÕES ........................................................................................... 46 3.1.4. QUESTÕES FORMAIS ............................................................................... 47 3.1.5. INSTALAÇÕES............................................................................................ 49 3.2. ESTUDO DE CASO 2: Estúdio Capanema – São Paulo................................... 58 3.2.1. IMPLANTAÇÃO .......................................................................................... 59 3.2.2. PROGRAMA DE NECESSIDADES............................................................. 59 3.2.3. CIRCULAÇÕES ........................................................................................... 59 3.2.4. QUESTÕES FORMAIS ............................................................................... 60 3.2.5. INSTALAÇÕES............................................................................................ 60 3.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ESTUDOS DE CASOS .................................. 72 4.1. ANÁLISE DO TERRENO .................................................................................. 74 4.2. ANÁLISE DOS CONDICIONANTES AMBIENTAIS .......................................... 81 4.3. ANÁLISE DOS CONDICIONANTES LEGAIS .................................................. 83 5. HIVE COWORKING – MEMORIAL JUSTIFICATIVO ............................................. 89
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5.1. CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO ..................................................... 89 5.2. IMPLANTAÇÃO ................................................................................................. 90 5.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES E INSTALAÇÕES .................................... 94 5.4. CIRCULAÇÕES ............................................................................................... 105 5.5. QUESTÕES FORMAIS .................................................................................... 110 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 113 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 114
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INTRODUÇÃO O coworking, como é chamado, é um conceito muito recente de escritório e vem apresentando uma série de consequências para o mercado de trabalho ainda incompreendidas e o que se sabe é que esse modelo de escritório é capaz de influenciar comportamentos, regular a forma e a intensidade com que as relações pessoais ocorrem. O espaço de coworking é um escritório compartilhado por diversos profissionais de diferentes empresas e diferentes ramos empresariais. Esses profissionais dividem os custos, como água, eletricidade ou internet, e também compartilham o mesmo espaço físico, conversando, trocando experiências e aumentando seu networking. Além dessa nova conjuntura de espaços de trabalho, é importante entender que o resultado das atividades realizadas está diretamente pautado no conforto proporcionado por estes ambientes, pois analisando a evolução histórica dos espaços de trabalho, percebe-se que os planejamentos de escritórios foram restringidos por muitos anos a somente a reprodução de modelos de trabalho para os requisitos espaciais, ou simplesmente espaços não planejados e adaptados. Para oferecer um melhor aproveitamento do espaço disponível é necessário aliar o estudo ergonômico na elaboração do layout, reduzindo a movimentação de materiais e pessoas, trazendo um fluxo mais racional, flexibilidade, respeito ao espaço mínimo pessoal, ambiente físico adequado ao trabalho e consideração dos mobiliários e das instalações técnicas. Diante disso, podemos dizer que a representação e planejamento do espaço de trabalho é um fator chave para o funcionamento do espaço e para o bem estar das pessoas que utilizam esses espaços. Os espaços de coworking vêm demonstrando sua importância de forma intensificada nos últimos anos, por evidenciar que os espaços compartilhados podem trazer grandes ganhos para a sociedade como um todo por meio da troca de conhecimento e da informação entre os indivíduos em função do ambiente dinâmico, além de gerar, em inúmeras vezes, o estímulo ao empreendedorismo e às atividades voltadas para o crescimento das comunidades.
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Em virtude dessa recente transformação mundial dos espaços de trabalho, no que se refere à colaboração entre pessoas e o coworking, foi projetado um espaço colaborativo na cidade de Vila Velha (ES), sob o tema: Coworking: A Flexibilidade e a Ergonomia dos Escritórios Colaborativos.
OBJETIVO GERAL Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver o projeto arquitetônico de uma edificação com ênfase no conceito de coworking, na cidade de Vila Velha (ES).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender a evolução histórica dos espaços de escritório; propor um projeto arquitetônico de um edifício seguindo essas características de intuito colaborativo; e contribuir com estudos sobre espacialidades, ergonomia e formas contemporâneas de trabalho no âmbito da Arquitetura e Urbanismo.
JUSTIFICATIVA Existem muitas razões que levam à necessidade de um projeto como esse, tendo em vista que o papel do arquiteto na sociedade é conhecer o espaço e seus agentes modificadores, além de entender o seu uso, ou o que impulsiona seus usuários a fazê-lo. Entretanto, as pesquisas sobre o assunto no que cerca a Arquitetura e Urbanismo, pelo menos no Brasil, ainda são inexistentes. O conhecimento dessa temática abre perspectiva para outros trabalhos finais de graduação.
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METODOLOGIA A elaboração do presente trabalho foi efetuada através de pesquisas bibliográficas incluindo livros, artigos publicados em periódicos, sites confiáveis, através das palavras-chave:
evolução
histórica
dos
escritórios,
coworking,
escritórios
compartilhados e ergonomia. Além disso, foi feito levantamento de leis, normas e da área de projeto para elaboração do diagnóstico e posteriormente o anteprojeto. O material obtido foi selecionado de acordo com sua pertinência e relevância frente aos objetivos propostos. TEMAS POR CAPÍTULO No primeiro capítulo, são apresentados conceitos, teorias e definições de autores e referências relacionadas ao coworking, destacando-se um breve resumo sobre as transformações dos escritórios ao longo dos tempos e, em seguida, uma nova configuração de trabalho: o coworking. Esta análise, portanto, proporcionará o embasamento para o projeto a ser proposto. No segundo capítulo é tratado o tema da ergonomia pensada para ambientes de trabalho e os problemas gerais causados pela ausência da mesma. Além disso, foram vistos alguns parâmetros de ergonomia nos ambientes de escritório. No terceiro capítulo são analisados dois estudos de casos, o Places Coworking e o Estúdio Capanema, com a finalidade de encontrar as melhores soluções e referenciais para o novo projeto. Nesses estudos foram observadas questões relevantes sobre ergonomia, flexibilidade espaços, horários e custos, além de outros elementos que compõem os espaços de coworking. No quarto capítulo são abordadas as análises de terreno localizado no Sítio Histórico da Prainha, Vila Velha (ES). Assim como as análises dos condicionantes ambientais e legais, buscando através dessas observações a criação de um projeto de um coworking. O quinto capítulo se refere ao conceito e partido arquitetônico adotado para o coworking, incluindo o programa de necessidades e instalações, circulações e
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questões. Para esta etapa foi necessária a realização de estudos, como análise dos estudos de casos e pesquisas de espaços de coworking nacionais e internacionais, consulta ao Plano Diretor Municipal de Vila Velha, o Código de Edificações Gerais, o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo e a NBR9050 de Acessibilidade, pela ABNT, que ajudaram a estabelecer os ambientes e o dimencionamento de algumas áreas.
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1. CONTEXTO HISTÓRICO Neste capítulo, são apresentados conceitos, teorias e definições de autores e referências relacionadas ao coworking, destacando-se um breve resumo sobre as transformações dos escritórios ao longo do tempo e, em seguida, uma nova configuração de trabalho: o coworking. Esta análise, portanto, proporcionará o embasamento para o anteprojeto proposto. 1.1. BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS AMBIENTES DE TRABALHO Nas cidades europeias, principalmente na Grã-Bretanha, o ano de 1800 foi marcado pela saída da mão de obra do campo para a cidade por trabalhadores que buscavam novas oportunidades de emprego na indústria e nos pequenos escritórios (ANDRADE, 2007). Assim, na segunda metade do século XIX, a evolução dos ambientes de trabalho foi induzida pela Revolução Industrial, originando uma grande mudança na organização interna dos escritórios, onde os mesmos passaram a ser dispostos ao longo de corredores e cada funcionário possuindo a sua sala individual. Segundo Andrade (2007), nos espaços de escritórios trabalhavam apenas homens, com as mesas de trabalhado dispostas lado a lado e próximas de seus supervisores ou do dono da empresa. Durante o fim do século XIX e início do XX, o pensamento estratégico das empresas americanas se basearam na Teoria da Administração Científica, de Frederick Winslow Taylor: o Taylorismo. Este modelo teve como objetivo a produção em série, fabril e em uma estrutura hierárquica rígida (CAÑELLAS et al., 2010). As ideias de Taylor incentivavam a segregação espacial como meio de reafirmar as diferenças hierárquicas, visando ao incentivo da competição interna e das performances individuais, como será mostrado na Figura 1 a seguir.
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Figura 1: Escritório Modelo Taylorista.
Fonte: http://coisasdobrasil.com.br– Outubro, 2016.
Segundo Caldeira (2004), o primeiro arquiteto que integrou o projeto arquitetônico e o design dos ambientes e instrumentos de trabalho, segundo os ideais da Escola de Chicago, foi Frank Lloyd Wright. Um exemplo é o projeto do Larkin Building, 1904, em Buffalo (NY), como mostra a Figura 2 (abaixo). Figura 2: Larking Building (1904).
Fonte: http://www.architecturalrecord.com- Setembro, 2016.
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O projeto pioneiro, no qual foi adotado um sistema central de renovação e climatização do ar. Também foi projetado um mobiliário específico de trabalho, sendo o aço o material de acabamento, combinando com a clareza e racionalidade do desenho geral do edifício (CALDEIRA, 2004). Frank Lloyd Wright, em 1936, inovou novamente ao projetar o Edifício da Administração da S.C. Johnson, em Racine (WI). Neste projeto, foram adotados os famosos pilares de capitel circular e o mobiliário metálico de cantos arredondados foi organizado de forma orgânica, de acordo com a Figura 3 (abaixo). Figura 3: Edifício Johnson (1939).
Fonte: http://www.stylepark.com - Setembro, 2016.
No entanto, durante as décadas de 1950 e 1960, nos Estados Unidos, principalmente, com a crise do Taylorismo, ocorreram algumas mudanças nos sistemas de escritórios, que apresentaram novas configurações do espaço de trabalho. Segundo Chávez (2002), alguns destes sistemas de escritórios foram denominados General Office ou Bullpen, cuja concepção espacial destes sistemas se baseava na distribuição dos chefes e gerentes na periferia do pavimento, enquanto que os demais funcionários ocupavam o centro do mesmo. Posteriormente, surgiu o Single Office, ou escritório individual, em que os funcionários se situavam na periferia do
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pavimento, deixando o centro do ambiente livre. A partir desses dois modelos, o Bullpen e o Single Office, foram feitos algumas alterações e ajustes, e, dessa forma, no final dos anos 50 e início dos 60, apareceu o sistema denominado Executive Core. Sua proposta era, portanto, o oposto dos sistemas do Bullpen e do Single Office, pois os executivos ficavam no centro do pavimento e o restante dos funcionários ao redor; entretanto, este modelo de escritório não teve muito êxito. Em seguida, surgiu a proposta do Open Plan, ou escritório em planta livre, sendo considerado um grande avanço na concepção de espaços de escritórios. Este sistema
facilitava
e
possibilitava
uma
maior
rapidez
nas
comunicações,
proporcionava ótima flexibilidade tanto individual quanto em grupo e diminuiu significantemente as diferenças hierárquicas, conforme a Figura 4 abaixo.
Figura 4: Escritório Open Plan.
Fonte: http://www.morganlovell.co.uk
Na Europa - mais especificamente na Alemanha -, foi apresentada, em 1958, pela empresa de consultoria administrativa alemã Quickborner Team, a proposta de um novo sistema de planejamento de escritórios, conhecido como Office Landscape, o escritório panorâmico (CHÁVEZ, 2002).
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A principal característica deste novo sistema de planejamento de escritórios era que o espaço não deveria ser delimitado por paredes fixas, a fim de que houvesse uma maior interação entre as pessoas e as comunicações fossem mais rápidas. Dessa maneira, as formas de organização do espaço de trabalho eram mais humanizadas e orgânicas (Figura 5). Além disso, procurou-se abolir o isolamento das chefias e gerências e, também, as separações físicas entre os diferentes departamentos das empresas, propondo-se a convivência de funcionários de diversos escalões num mesmo espaço de trabalho, como ocorreu no início dos anos de 1960, inicialmente na Alemanha, e, depois, na região da Escandinava, Inglaterra, Espanha e Holanda, onde estas empresas implantaram esta concepção em seus espaços de trabalho (Figuras 5 e 6).
Figura 5: Stadtwerke Karlsruhe (1975 e 1977, respectivamente) – Quickborner Time.
Fonte: http://www.stylepark.com. Setembro, 2016.
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Figura 6: Stadtwerke Karlsruhe (1975 e 1977, respectivamente) – Quickborner Time.
Fonte: http://www.stylepark.com. Setembro, 2016.
Nos anos 1990, os processos de reengenharia1, a globalização e a evolução da tecnologia de informação, permitiram a criação dos novos conceitos de escritórios. A expansão desses escritórios alternativos passou para além dos domínios das empresas, de forma que não tivesse mais a necessidade do funcionário estar o tempo todo no escritório, podendo fazer parte do seu trabalho em casa, em um cybercafé2 (Figura 7) ou em qualquer outro lugar, tais como nos Escritórios Virtuais. A ideia dos Escritórios Virtuais nasceu nos Estados Unidos, na intenção de dar apoio aos profissionais liberais. De acordo Álvaro Mello (1999), este modelo de escritório é o de um local de trabalho onde os profissionais levam ou têm à sua disposição tudo o que necessitam para trabalhar, tais como fax, telefones, notebooks, dentre outros. O Escritório Virtual sugere um tipo de estrutura de que o contratante não faz necessariamente uso presencial. Ou seja, pode-se alugar um serviço como este 1
Reengenharia é um processo de mudança radical, a busca por novos métodos e processos
utilizados pelas organizações [Informação obtida em: www.portaleducacao.com.br. Acesso em: 16 de set. 2016]. 2
Cyber Café é um local onde pode funcionar café ou lanchonete, que ofereça a seus clientes acesso
à Internet[Informação obtida em: www.vocabulary.com. Acesso em: 22 de set. 2016].
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somente para se providenciar um endereço fixo para a empresa, a fim de se receber correspondências de trabalho, ligações de clientes e/ou manter atendentes específicos operando em suas linhas, sem nem mesmo ter que residir propriamente naquela cidade. Figura 7: Pessoas trabalhando na Starbucks.
Fonte: http://bensbargains.com. Setembro, 2016.
O Home Office (Escritório em Casa), por sua vez, é um modelo de trabalho mais comum, principalmente nos Estados Unidos. Os Escritórios em Casa variam bastante, indo desde um computador e um telefone a um cômodo com móveis e equipamentos adequados ao exercício de atividades profissionais. Além disso, existe a possibilidade de economizar um alto investimento em gastos com aluguel de espaços, combustível e tempo de locomoção. (MELLO, 1999). Existem muitas características em comum entre os dois modelos, Escritório Virtual e Home Office, como, por exemplo, a capacidade de saber planejar o negócio ou trabalho em casa e sempre monitorar a capacidade profissional de realizar bons serviços para o mercado, sem a necessidade de ser empregado, ou, no caso de empregado, exercer adequadamente suas atividades em quaisquer locais, sendo atendidos os atributos de um empreendedor ou intraempreendedor (MELLO, 1999). Atualmente, algumas pessoas buscam por ambientes de trabalho humanizados, baseados na colaboração, na flexibilidade de usos, horários e custos, possibilitando a inovação e o empreendedorismo, como mostra a figura 8. Desse modo, surgiu um
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novo modelo organizacional de trabalho, chamado de coworking (Figura 8). Esses espaços favorecem a criatividade de cada pessoa e a elaboração de novas ideias e projetos, emoldurando uma nova cultura nos escritórios. O coworking está em sintonia com o espírito do nosso tempo (SANTOS, 2013). Figura 8: Felisa CoWork - Barcelona.
Fonte: http://barcelonanavigator.com. Setembro, 2016.
1.2. COWORKING: UM MODELO FLEXÍVEL DE TRABALHO O termo coworking foi usado pela primeira vez em 1999, por Bernie DeKoven, escritor e designer de games norte-americano, para descrever certo tipo de trabalho colaborativo com o apoio das novas tecnologias (COWORKING WIKI, 2016). Em 2005, de acordo com o site Coworking Wiki (2016), Brad Neuberg, um programador de software3 e freelance4, começou a pensar em como poderia ter a infraestrutura básica de um escritório convencional, mas com a liberdade, comunicabilidade e criatividade de um profissional autônomo. Portanto, Neuberg 3
Software é uma sequência de instruções escritas para serem interpretadas por um computador com
o objetivo de executar tarefas específicas. Também pode ser definido como os programas que comandam o funcionamento de um computador [Informação obtida em: www.significados.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016]. 4
Freelance se refere a um trabalhador autônomo, independente, principalmente escritor, músico,
jornalista, artista etc. que não está empregado permanentemente em nenhuma empresa específica, mas é contratado para fazer diferentes serviços para várias empresas [Informação obtida em: http://www.teclasap.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016].
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criou a Hat Factory em São Francisco, uma espécie de loft5, onde três profissionais da área de tecnologia abriam o local durante o dia para outros profissionais que desejassem trabalhar e interagir com eles utilizando o espaço como um escritório colaborativo. Neuberg não fazia ideia de que ele estava começando o que se tornaria um movimento global que ele chamou de coworking (BOTSMAN; ROGERS, 2010). Atualmente, existem 1.221 espaços de coworking, em 93 países e em 683 cidades, como demonstrado no mapa abaixo (Figura 9). Figura 9: Mapa do Coworking.
Fonte: http://coworkingmap.org/- Setembro, 2016.
Nos coworkings ou espaços colaborativos, a maior parte das pessoas trabalha de maneira independente, criando um grupo empreendedor em que todos podem contribuir para o crescimento dos outros e compartilhar ideias, experiências e negócios, além de ampliar a rede de contatos. O coworking também tem como objetivo o compartilhamento de estrutura física, do mobiliário, dos custos de locação, dos serviços de telefone, internet e secretária, 5
Loft é um apartamento sem divisórias, usados como moradia e usados como divisória os móveis,
vidros
ou
divisórias
removíveis
[Informação
em: http://www.dicionarioinformal.com.br/loft/Acesso em: 20 de outubro de 2016].
obtida
31
bem como um endereço comercial, gerando um ambiente favorável ao networking6. Alguns destes relacionamentos podem favorecer ao surgimento e amadurecimento de ideias e projetos em grupo, como os startups7. No Brasil, tem-se o registro de espaços de coworking desde 2008, com efetivo mercado, conforme pode ser verificado na Figura 10, tem destaque a Região Sudeste, principalmente o Estado de São Paulo, com exceção do Estado do Espírito Santo.
Figura 10: Espaços de Coworking no Brasil.
Fonte: https://coworkingbrasil.org/censo/. Março, 2017.
De acordo com um levantamento da Deskmag (2016) - um portal eletrônico internacional sobre coworking -, até o final de 2016 existirão mais de 10 mil espaços de coworking no mundo, e, em 2017, a previsão é de 12.700. Assim, muitos freelancers compartilham da ideia de que o coworking possibilita a troca de opiniões
6
Networking é uma palavra inglesa que indica a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou
uma conexão com algo ou com alguém [Informação obtida em: www.significados.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016]. 7
Startup significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas que
estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado [Informação obtida em: www.significados.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016].
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e favorece o brainstorming 8 com os demais coworkers. Outro benefício é as conexões de negócio entre as empresas e profissionais, conhecidas como networking. […] Em média, as estações de trabalho em edifícios de escritórios são fisicamente ocupadas apenas 50 a 60% do tempo, paralelamente, representam grandes custos para locação, refrigeração, manutenção e limpeza necessária do espaço de trabalho (MEEL, J. et al., p. 21, 2013).
Segundo a pesquisa elaborada pelo site Deskmag, 71% dos entrevistados disseram que ficaram mais criativos desde que começaram a trabalhar em um espaço colaborativo e 62% daqueles disseram que melhoraram o seu padrão de trabalho. No entanto, para freelances e novas empresas, o Home Office é muitas vezes considerado como uma alternativa simples e barata se comparado a um espaço de escritório. Porém, devido às distrações de se trabalhar em casa, estar em um ambiente profissional é a melhor maneira de aumentar a sua produtividade. Para se compreender melhor o funcionamento de um espaço de coworking, o site Coworking Brasil explica que um investidor, seja pessoa física, seja empresa ou instituição, pode abrir o seu próprio espaço ou investir nesse tipo de segmento e, depois, alugar esses espaços para profissionais autônomos, freelances e empresas de médio e pequeno porte. Muitas empresas de coworking costumam oferecer serviços diversos, tais como espaço para eventos, sala de reuniões, salas privativas ou compartilhadas e consultorias, dado que os planos de utilização também são variados, pois eles vão de acordo com o perfil do profissional. Já o horário de funcionamento desses espaços é geralmente flexível para melhor atender aos colaboradores que precisam de mais horas para realizar seus trabalhos.
8
Brainstorming técnica para o processo criativo que significa tempestade cerebral ou tempestade de
ideias. É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que significa tempestade [Informação obtida em: www.significados.com.br. Acesso em: 20 de outubro de 2016].
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Outra tendência que vem crescendo entre as empresas que oferecem espaços compartilhados, sobretudo na cidade de São Paulo, é a descentralização dos espaços de colaborativos, ou seja, atuar em bairros que fiquem fora das principais regiões empresariais da cidade (OLIVEIRA, 2015). A Tabela 1 (abaixo), mostra de forma sintetizada as transformações em que passaram os ambientes de escritórios, que vão desde mudanças ergonômicas dos seus espaços até a compreensão social, ambiental e organizacional.
Tabela 1: Vantagens e Desvantagens dos Modelos de Escritórios. MODELOS DE ESCRITÓRIOS
ESCRITÓRIO CONCEITUAL
ESCRITÓRIO VIRTUAL
VANTAGENS Trabalho com dias e horários fixos; Privacidade; Formalidade; Equipamentos apropriados; Ergonomia; Padronização do trabalho; Interação com os demais funcionários; Credibilidade; Oportunidade de crescimento; Hierarquização. Possui estrutura de móveis e objetos de um escritório conceitual; Flexibilidade de local e horário; Atendimento personalizado; Endereço corporativo; Correspondências, telefonemas e recados gerenciados; Redução de gastos. Maior liberdade profissional; Privacidade; Redução de custos; Flexibilidade do horário de trabalho Autogerenciamento.
HOME OFFICE
COWORKING
Aumento da produtividade; Possibilita o Networking (Parcerias); Conhecimento e motivação; Possibilita um ambiente mais descontraído; Preocupação com a ergonomia; Garante toda a estrutura física e funcional de um escritório; Flexibilidade de horário; Redução de custos.
Fonte: Acervo Pessoal. 2016.
DESVANTAGENS Ausência de flexibilidade de horário; Carência de ergonomia; Empresas conservadoras; Custos com alimentação deslocamento; Hierarquização.
Carência de interatividade entre funcionários Falha no atendimento ao cliente; Falta de suporte administrativo e gerencial.
Interferência de assuntos domésticos; Isolamento social; Sobrecarga de trabalho; Indefinição dos horários de trabalho; Falta de infraestrutura de um escritório convencional; Ausência de ergonomia; Difícil sucessão de cargo. Possibilidade de distrações; Informalidade; Custos com alimentação e deslocamento; Ausência de privacidade.
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Conclui-se, então, que os modelos de trabalho transformam-se continuamente e é necessário, sobretudo, entender as causas das mudanças desses ambientes e as soluções propostas anteriormente, bem como este entendimento poderá ajudar na concepção de novos espaços de trabalho que sejam condizentes às exigências do momento atual.
2. A ERGONOMIA PENSADA PARA AMBIENTES DE TRABALHO
2.1. O SURGIMENTO E A EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA COMO DISCIPLINA CIENTÍFICA: BREVE INTRODUÇÃO
Em 1857 o naturalista polonês Woitej Yastembowsky publicou um artigo com o título “Ensaios de Ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. Yastembowsky, então, criou o termo Ergonomia, que é de origem grega, onde “ergon” significa trabalho e “nomos” significa regras, normas, leis. O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento industrial, êxodo rural e concentração populacional. Durante muitos anos do século XIX, a preocupação era adaptar o homem ao trabalho (CAÑELLAS et al., 2010). O Taylorismo buscava moldar o trabalhador à sua tarefa como forma de aumentar a produtividade, sem se importar com a segurança do trabalhador. As condições precárias de trabalho (materiais e sociais) enfraqueciam a força de trabalho física e mental do trabalhador visto apenas como meio de produção. A Ergonomia complementou o modelo taylorista defendendo a humanização do trabalho e as condições sob as quais ele era realizado, de acordo com as características dos trabalhadores. Segundo Cañellas et al.(2010) a origem formal da ergonomia advém da 2ª Guerra Mundial, quando foram utilizadas noções científicas e tecnológicas disponíveis, para aperfeiçoar os instrumentos militares às características e habilidades do operante, na tentativa de melhorar o desempenho e diminuir o cansaço e os acidentes. Com o
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fim da Guerra, estes conhecimentos foram trazidos para o cotidiano das pessoas, sobretudo na maneira de se pensar os espaços de trabalho. Em 1949, na Inglaterra, um grupo de cientistas e pesquisadores se reuniu para debater e oficializar um novo campo de propósito interdisciplinar da ciência. Um ano depois, o nome Ergonomia foi apresentado pelos mesmos pesquisadores e cientistas, que deram origem a primeira associação de ergonomia a Ergonomics Research Society. A partir de então a ergonomia se expandiu no mundo industrializado. A Ergonomics Research Society conceituou a Ergonomia como: “o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento” (IIDA, 1991). Segundo João Gomes Filho (2004), laboratórios, centros de pesquisa, instituições e associações foram criados em diversos países, a partir daí, a Ergonomia se disseminou no mundo inteiro. Particularmente nos Estados Unidos, a ergonomia se desenvolveu com o nome de Human Factors Engineering e depois, passou também a utilizar o nome ergonomia (Ergonomics). Segundo a ABERGO (2012), existem três domínios na ergonomia que estão ligados ao indivíduo e a organização, são eles: ergonomia física que abrange as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, todas relacionadas à atividade física; a ergonomia cognitiva que compreende os processos mentais, como a memória, raciocínio e percepção e a ergonomia organizacional que envolve as estruturas organizacionais, políticas e de processos. Na década 70, no Norte da Europa, os sindicatos de trabalhadores de escritório começaram a reivindicar condições apropriadas de trabalho, trazendo como principal preocupação ergonomia dessas atividades (CAÑELLAS et al., 2010). Nos anos 80, a ergonomia estava se firmando como ciência e mais focada nos processos industriais. Posteriormente, também começou a ser estuda a adequação
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postural do trabalhador e os ambientes dos escritórios, devido às várias reclamações que surgiram na época com o início da informatização dos escritórios, a fim de aumentar o conforto e impedir que doenças como a LER/DORT9 e lesões na coluna, causadas pelas más condições de trabalho, se difundissem. “As razões pela qual o escritório recorreu à Ergonomia; consequentemente, a estação de trabalho de computador tornou-se o veículo introdutor da ergonomia no mundo do escritório” (KROEMER e GRANDJEAN, 2005. p. 69). No Brasil a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) foi fundada em 1983, filiada a IEA. Após a Norma Regulamentadora NR 17 – Ergonomia surgiu para estabelecer os parâmetros que possibilitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo
de
conforto,
segurança
e
desempenho
eficiente
(NORMA
REGULAMENTADORA 17. pg. 01).
2.2. PROBLEMAS GERAIS PROVOCADOS PELA AUSÊNCIA DE ERGONOMIA NOS ESCRITÓRIOS Segundo Cañellas et al. (2010),a qualidade do ambiente de trabalho interfere bastante na produtividade e na competitividade das grandes empresas e a ergonomia é usada como eficaz estratégia no bom relacionamento entre empregado e empresa. O ambiente de escritório é um local em que muitas pessoas passam grande parte do seu tempo desempenhando várias atividades físicas e mentais, que exigem concentração e esforços repetitivos, que, por sua vez, podem originar sérios danos à saúde, além de comprometer o rendimento dos funcionários no desenvolvimento das suas tarefas. 9
LER significa Lesão por Esforço Repetitivo e é reconhecida também com o nome de DORT –
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (definição do INSS).
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Os avanços tecnológicos e os novos métodos de gerenciamento são responsáveis pela intensificação do trabalho, aumentando o ritmo, as responsabilidades e a complexidade das tarefas, resultando no envelhecimento precoce da sociedade, no adoecimento, em morte por doenças cardiovasculares e doenças crônicodegenerativas e principalmente, em doenças psíquicas, como a síndrome da fadiga crônica, a ansiedade generalizada, síndrome do pânico, dentre outras (MENDES e DIAS, 1999). Em muitas empresas a LER/DORT é cada vez mais comum devido às condições de trabalho e a falta de preocupação com ergonomia. Este conjunto de doenças atinge músculos, tendões e membros superiores, tais como, dedos, mãos, punhos, antebraço, braços e pescoço. Além disso, muitas tarefas realizadas nos escritórios são exercidas na postura sentada. A Nota Técnica NT 60/2011, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aponta, que a maioria dos problemas lombares da posição sentada é explicada pelo fato da compressão dos discos intervertebrais. Porém, esses problemas não são apenas resultados das cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas, sobretudo pela conservação da postura estática. Como mencionado anteriormente, as pessoas passam muito tempo em ambientes fechados, deste modo, devem ser considerados não apenas as condições físicas, mas também o conforto ambiental dos espaços. Os ambientes com pouca ventilação, quentes ou frios e com ruídos, são a principal causa de dores de cabeça, alergias, rinites, tonturas, mal estar, fadiga e outros (RODRIGUES, et al, 2005). Os ambientes, quentes principalmente, podem causar a vasodilatação periférica e sudorese, diminuindo o rendimento, aumentando o índice de acidentes, dificultando a concentração do trabalhador e levando-o a fazer pausas mais frequentes. Em relação à iluminação inadequada, em pode causar danos à saúde dos funcionários e também aumentar o percentual de falhas, além de provocar a fadiga e reduzir a motivação. Os ruídos por sua vez, prejudicam a qualidade do trabalho, a concentração mental, o cuidado, principalmente em atividades no qual a concentração se faz essencial.
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Para algumas empresas, as mudanças com relação à Ergonomia significam investimentos muito altos e, por isso, muitas acabam negligenciando o ambiente e as condições do trabalho. A falta de segurança, insalubridade, desconforto e a ineficiência podem ser eliminados quando os ambientes de trabalho se tornam adequados às capacidades e limitações físicas e psicológicas do homem. Um dos conceitos fundamentais da Ergonomia é a noção do Sistema Homem – Máquina. Segundo João Gomes Filho (2003), o diagrama (abaixo), foi criado pelos ergonomistas para representar, esquematicamente, os principais fatores que influenciam a atuação do sistema homem – máquina – ambiente (Figura 11).
Figura 11: Diagrama do Sistema Homem - Máquina - Ambiente.
Fonte: GOMES, pág. 19, 2003
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2.2.1. RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS BÁSICAS PARA ESCRITÓRIOS: ALGUMAS ESPECIFICAÇÕES Neste capítulo serão abordadas algumas recomendações ergonômicas para escritórios, em relação aos assentos, mesas, iluminância, conforto térmico e acústico, baseado em autores da área de ergonomia e na Norma NR 17 (2005). De acordo com Itiro Iida, é improvável que exista somente uma postura ideal; várias posturas são aceitas como boas dentro de um grande campo de variação, pois elas, muito improvavelmente, levarão à incapacidade e dor, mesmo se mantidas por um longo período de tempo. Em geral, os ambientes de escritórios demandam do trabalhador uma variedade de tarefas físicas e mentais, além de realizar tarefas das mais diversas possíveis que acarretam, em variadas mudanças de posturas (Figura 12). Figura 12: Dimensões Antropométricas Estáticas Comumente Levantadas.
Fonte: GRANDJEAN, pág. 49, 1998
Portanto, as dimensões e o formato dos móveis dos escritórios, precisam acomodar satisfatoriamente o trabalhador, o encorajando as mudanças de posição e sem obrigá-lo a manter uma postura ruim ou não natural.
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Segundo Hudson de Araújo Couto (2002), os assentos devem ser adequados quanto à tarefa que irá ser executada pelo o trabalhador. A altura do assento deve ser regulável para dar apoio à musculatura do dorso lombar e sempre inclinando para trás, proporcionando ângulos mais satisfatórios. A profundidade dos assentos deve ajudar na acomodação das nádegas, evitando comprimir a pele da coxa e a pele das nádegas e possibilitando o trabalhador apoiar as costas no encosto. O encosto deve ser estofado para apoio e relaxamento da musculatura superior das costas. Além disso, é necessário prever descanso para os braços, com a finalidade de ajudar no suporte da região lombar, possibilitar a rotação da cadeira para não provocar torção da musculatura do tronco e o apoio para os pés. De acordo com Hudson de Araújo Couto (2002), deve haver espaço em baixo da mesa para as pernas do trabalhador. A borda onde o antebraço do trabalhador fica apoiado, precisa ser arredondado, conter o último nível de gavetas elevado, de forma que seu puxador esteja a não menos que quarenta centímetros do chão e, além disso, serem leves. O material utilizado não deve ser reflexivo, fórmica branca ou de vidro sobre a mesa. A altura do plano de trabalho também é um elemento importante para o conforto da postura. O ponto de referência utilizado para determinar a altura confortável de trabalho é a altura dos cotovelos em relação ao piso com o braço numa posição descontraída Os arranjos do posto de trabalho também merece atenção especial, pois a disposição dos objetos sobre a mesa deve estar dentro da área de alcance ideal de cada trabalhador (Figura 13).
41
Figura 13: Antropometria dinâmica.
Fonte: GRANDJEAN, pág. 55 1998.
Segundo a NR 17(2007) todos os postos de trabalho a iluminância deve ser adequada, sendo natural ou artificial, geral ou suplementar, devendo ser apropriada à natureza da atividade. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa, além disso, ela deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. As melhores lâmpadas para escritórios são as fluorescentes, pois sua brilhança é menor. O ideal para os ambientes de escritórios é mesclar a iluminação artificial com a iluminação natural, com janelas projetadas para permitir a entrada adequada de luz natural e é necessário existir proteções que impeçam incidência da luz do sol diretamente no campo visual do trabalhador ou sobre a sua superfície de trabalho. Conforme IIDA (2006), o conforto térmico é quando a quantidade de calor recebida no corpo equivale à mesma quantidade de calor perdido estabelecendo assim um equilíbrio térmico. Dessa forma, para um ambiente de escritório, a temperatura do ar do local de trabalho deve permanecer entre 20 e 23 graus Celsius. A NR 17 (2007) propõe que o nível de ruído admissível para o conforto é de até 65 decibéis e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não pode ser superior a 60 decibéis. A classificação do ruído é avaliada de acordo com o tipo de trabalho realizado.
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De acordo com Kroemer e Grandjean (2005), os escritórios em que há tarefas que precisam de concentração mental ou necessidade de compreensão da linguagem, são lugares sensíveis ao ruído e, mesmo que o nível de ruído seja baixo, pode ser perturbador. Dessa forma, é importante prever na organização do leiaute do ambiente de trabalho salas especificas para reunião, espera ou salas destinadas ao atendimento ao público e se necessário revestimento acústico especifico para evitar refletância das ondas sonoras. Em suma, existem alguns pontos fundamentais para a intervenção ergonômica em escritórios, como a conscientização de conforto ou de desconforto ergonômico dos próprios trabalhadores, para que eles sejam ativos no processo de melhoria ergonômica, a análise do tipo de trabalho que a pessoa executa e as diferenças antropométricas de cada trabalhador, com a finalidade de propor uma solução adequada para os mesmos.
2.3. A ERGONOMIA EM ESCRITÓRIOS DE COWORKING A Ergonomia nos ambientes de trabalho e a busca por garantir a qualidade de vida durante a jornada de trabalho são questões relevantes que têm que ser tratadas pelas empresas e é um diferencial para muitos profissionais que estão procurando um espaço de coworking. As máquinas, o equipamento, os dispositivos e mesmo uma simples ferramenta manual deverão ser projetados levando em conta as dimensões do corpo humano, garantindo que as posturas, os movimentos e as forças exigidas durante a operação respeitem as limitações do indivíduo [...] (CORRÊA, L. e CORRÊA, A., 2009, p. 241).
A Ergonomia atua na formação e organização dos ambientes e equipamentos de trabalho. Nos espaços de coworking não é diferente do que acontece em escritórios convencionais. Por consequência, em qualquer ambiente de trabalho mal concebido ou mal ajustado para uso humano, é muito provável que seus usuários sofram fadiga desnecessária, stress e até mesmo lesões.
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De acordo com alguns critérios apontados pela norma NR17 (2007), a adequação do posto de trabalho para a função sentada ou em pé é fundamental. A escolha do mobiliário correto e o posicionamento adequado dos equipamentos de trabalho ajudam a garantir uma melhor postura corporal. O ambiente de trabalho deve ter equipamentos e áreas de utilização necessárias à colocação do mobiliário e dos equipamentos e que permita mudanças de posição e movimentos de trabalho do profissional.
Alguns fatores devem ser considerados nas dimensões e posição dos postos de trabalhos, como a antropometria dos usuários, as necessidades de ventilação e iluminação, interação com outros postos de trabalho e o ambiente externo. Diante disso, é necessário escolher os critérios mais relevantes para cada caso específico.
A iluminação é muito importante quando se trata de um ambiente de trabalho, compartilhado por diversos usuários e de diferentes necessidades. Portanto se obter qualidade de iluminação em um ambiente de trabalho existe duas formas, iluminação natural e artificial.
Kroemer e Grandjean (2005) recomendam a iluminação natural no ambiente interno, com janelas altas são mais eficientes do que as largas, já que a luz natural alcança maior profundidade no recinto. Para áreas de trabalho como escritórios, a área da janela deve ser 1/5 da área do piso, o vidro da janela deve, em grande parte das situações, permitir a passagem de luz.
O projeto de iluminação deve ser composto por iluminação geral, com menor quantidade de luz, associada à iluminação de tarefas, concentrada nos pontos onde é necessária e, de preferência, com controles individuais. Dependendo do projeto, podemos contar com uma iluminação de destaque que o personalize, ajudando a lhe dar um caráter especial (Gurgel, 2005, p.54).
O uso das cores quando aplicada de forma ergonômica e acessível conforme a norma torna-se fundamental para tornar ambientes de trabalho mais prazerosos e produtivos.
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As cores são componentes de extrema importância em um ambiente de trabalho, mais devem ter um planejamento adequado conforme as tarefas a serem realizados para o espaço, estudos já comprovados destacam a influência e mostram a repercussão das cores sobre o estado emocional, a produtividade e a qualidade do trabalho, não se restringindo aos ambientes de escritórios, (IIDA, 2005, p. 485).
Um posto de trabalho, mesmo quando bem projetado do ponto de vista antropométrico, pode se revelar desconfortável se os fatores organizacionais, ambientais e sociais não forem levados em consideração.
Conclui-se através de estudos sobre ergonomia em espaços de coworking, que as mesmas questões ergonômicas abordadas em escritórios convencionais também são citadas em espaços de coworking. Entretanto não existe diferença sobre esse tema nos modelos de escritórios compartilhados.
3. ESTUDOS DE CASOS: PLACES COWORKING (HAMBURGO, ALEMANHA) E ESTÚDIO CAPANEMA (SÃO PAULO, BRASIL).
O estudo de caso é imprescindível para a compreensão do tema escolhido, assim como para entender o funcionamento de um projeto já executado. Tendo a finalidade de encontrar as atuais soluções e referenciais para o novo projeto, foram selecionados dois espaços colaborativos, o Places Coworking em Hamburgo, Alemanha e o Estúdio Capanema em São Paulo. As informações sobre esses dois espaços de coworking foram coletadas através dos próprios sites dos escritórios e outros sites confiáveis. Nesses estudos serão observadas questões relevantes sobre ergonomia, flexibilidade de usos e elementos que compõe esses espaços. 3.1. ESTUDO DE CASO 1: Places Coworking – Hamburgo, Alemanha. O Places Coworking foi inaugurado em Novembro de 2012, em Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha (Figura 14).
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Figura 14: Vista aérea de Hamburgo, Alemanha.
Fonte: http://iabto.blogspot.com.br – Março 2017.
3.1.1. IMPLANTAÇÃO O Places Coworking está inserido no distrito Kontorhaus (Kontorhausviertel em alemão) na região sudeste do Centre Histórico da cidade de Hamburgo (Figura 15). A edificação está próxima da prefeitura, da estação ferroviária, do metrô e das demais atrações turísticas do local. Figura 15: Mapa de Localização do Places Coworking.
Fonte: http://www.places-hamburg.de/standort-kontakt/ - Novembro 2016
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3.1.2. PROGRAMA DE NECESSIDADES
O Places possui um programa inusitado, pois apresenta alguns espaços que geralmente não são encontrados em escritórios convencionais ou até mesmo em outros coworkings, como pode ser observado na Tabela 2. Tabela 2: Programa de Necessidades do Places
PROGRAMA DE NECESSIDADES 1
Café Ray
2
Open Space ( Espaço livre)
3
Lounge (Salão)
4
Work Box
5
WC
6
Espaço Privativo
7
Sala de Xerox
8
Unidade de Trabalho
9
Salas de Reunião
10
Pátio Externo
Fonte: Acervo Pessoal - Outubro 2016
3.1.3. CIRCULAÇÕES O fluxo é bem permeável, pois não foram criadas muitas barreiras entre os espaços, apenas naqueles mais privativos como salas individuais e salas de reuniões. Os colaboradores conseguem explorar todo o espaço sem dificuldade (Figura 16).
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Figura 16: Organofluxograma do Places.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
3.1.4. QUESTÕES FORMAIS
O Places Coworking funciona no térreo do Edifício Miramar. Este edifício foi projeto pelo arquiteto Max Bach entre 1921 a 1922. O edifício possui estilo arquitetônico expressionista, sendo considerado o primeiro grande edifício de escritórios de Hamburgo, segundo o site Wikiwand (Figura 17).
Figura 17: Edíficio Miramar (1925).
Fonte: http://www.alamy.com – Novembro 2016
48
De acordo com o site HPR, o edifício possui sete pavimentos, porém a escala é considerada monumental. Os materiais empregados na fachada do edifício são: o concreto armado, o tijolo e o vidro nas esquadrias. Também foram utilizados diferentes elementos decorativos em toda a fachada e na entrada da edificação (Figuras 18 e 19). Figura 18: Fachada do Edifício Miramar.
Figura 19: Entrada do Edifício Miramar.
Fonte: http://www.wikiwand.com/ - Novembro
Fonte: http://www.hpr-gmbh.de/ – Novembro
2016
2016
O Edifício Miramar possui os seis pavimentos superiores ligeiramente recuados em relação ao térreo (Figuras 20 e 21). A forma do edifício é orgânica, característica do estilo expressionista, apresentando um de seus lados arredondado. As esquadrias possuem ritmo, formando uma composição dinâmica. Além disso, a edificação possui esquadrias amplas proporcionando vistas para o exterior da edificação.
49
Segundo o site Wikiwand, desde 1999, o Edifício Miramar é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. Figura 20: Forma Orgânica do Edifício Miramar.
Fonte: https://www.google.de/ - Novembro
Figura 21: Esquina Arredondada do Edifício Miramar.
Fonte: https://www.google.de/ – Novembro 2016
2016
3.1.5. INSTALAÇÕES
Places Coworking foi projetado pela arquiteta Susanne Schulz Architektur e pela Punct. Object, empresa responsável pelo design e planejamento de interiores. O espaço possui mais de 600 metros quadrados, com diferentes ambientes de trabalho para atender as diversas necessidades de seus colaboradores e todo o espaço é aberto ao público (Figura 22).
50
Figura 22: Planta Baixa do Places Coworking.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
Os fundadores do Places Coworking são revendedores de móveis e por esta razão o design e os detalhes decorativos foram muito bem pensados, utilizando móveis e artigos de decoração do Vitra10. Logo após a entrada do coworking, do lado direito, existe um café, chamado de Café Ray, onde é possível encontrar mesas, um balcão, e peças de design de Ray e Charles Eames11 (Figuras 23 e 24).
10
O Vitra nasceu em 1950 e produz objetos e móveis de design. Radicada na Basiléia, Suíça. Com uma linha de móveis para a casa, as fábricas também produzem mobiliário para espaços públicos e ambientes corporativos [Informação obtida em: http://estilo.uol.com.br. 20 de out. de 2016]. 11
Charles e Ray Eames foram dois designers americanos que juntos realizaram grandes
contribuições para o design mundial e são das figuras mais proeminentes do design do século XX [Informação obtida em: http://historiadascadeiras.blogspot.com.br. 20 de out. de 2016].
51
Figura 24: Café Ray.
Figura 23: Café Ray.
Fonte: www.places-hamburg.de– Outubro 2016
No verão ou em dias mais quentes são colocadas mesas e cadeiras na frente do Places, para atender ao público que frequenta o Café Ray, como mostra a imagem 25 (abaixo).
Figura 25: Entrada do Places Coworking.
Fonte: http://www.places-hamburg.de/events/ - Novembro 2016
O Lounge (ou Salão) vem logo em seguida, também possui muitas peças decorativas, sofás, cadeiras, poltronas e uma estante com muitos livros sobre design e arquitetura, como pode ser observado nas imagens abaixo. O Lounge é um espaço privativo do coworking (figuras 26 e 27).
52
Figura 27: Lounge.
Figura 26: Lounge.
Fonte: www.places-hamburg.de– Outubro 2016
Do lado esquerdo da entrada há um ambiente chamado Open Space ou Espaço Aberto. Esse espaço oferece uma mesa ampla, cadeiras, iluminação direta em cima da mesa, um grande balcão com cadeiras e vista para o exterior, além da divisória Algues12, que traz certa privacidade ao local como mostra as Figuras 28 e 29.
Figura 28: Open Space.
Figura 29: Open Space.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
Em seguida, ainda do lado esquerdo do coworking, existem módulos individuais chamados de Work Box ou Caixa de Trabalho. Essas caixas possuem cores neutras, 12
Algues (ou Algas) é um projeto de Ronan e Erwan Bouroullec, são ao mesmo tempo componentes
de design e elementos decorativos. As estruturas de plástico podem ser conectadas umas às outras formando
uma
rede
estruturada,
com
variadas
http://www.novoambiente.com. 20 de out. de 2016].
densidades
[Informação
obtida
em:
53
branco e cinza e suas paredes não chegam até o forro. As Caixas de Trabalho são equipadas com uma cadeira confortável, mesa, armários com cadeado, alguns equipamentos como suporte de monitor ou de notebook, teclado, telefone e uma cortina opaca para garantir a privacidade do colaborador. Entretanto, esses espaços não possuem iluminação direta e por isso todas as caixas oferecem uma luminária de mesa (Figuras 30 e 31).
Figura 30: Work Box ou Caixa de trabalho.
Figura 31: Work Box ou Caixa de trabalho.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
Continuando do lado direito do espaço, existem quatro salas que servem para uma ou duas pessoas chamadas de Unidade de Trabalho (Figura 32).
Figura 32: Planta Baixa da Unidade de Trabalho.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
54
Essas salas possuem cores neutras e os adornos são coloridos. As quatro salas são fechadas por uma porta de vidro, gerando privacidade ao ambiente. Além disso, as salas possuem iluminação direta e duas salas duplas contam com iluminação natural por causada abertura no teto (Figuras 33 e 34).
Figura 34: Unidades de Trabalho Individuais.
Fonte: http://www.places-hamburg.de - Outubro 2016
Figura 33: Unidade de Trabalho Dupla.
Fonte: http://www.vitra.com – Outubro 2016
Próximo aos Works Boxes, do lado direito estão os banheiros masculino e feminino, como mostrado na planta baixa (Figura 22). Segundo a arquiteta Priscilla Bencke (2015), os banheiros possuem estrutura física parecida com as caixas de trabalho, suas paredes não chegam até o forro. No Places existem espaços que são considerados mais privativos, como o Lounge ou Salão, o Quiet Room ou quarto silencioso, Power Nap ou espaço de descanso, o pátio externo, os recantos cinza e outros ambientes de permanência. Os recantos (ou Alcove13) são que espaços possuem um revestimento de tecido que formam uma espécie de parede, podendo trazer aos colaboradores isolamento acústico e de distrações visuais. Podem ser utilizados para trabalhos que demandam mais concentração (Figura 35). 13
Os sofás Alcove foram concebidos pelos designers Ronan e Erwan Bouroullec para escritórios em
plano aberto, onde oferecem espaços privados protegidos em ambientes ocupados ou agitados [Informação obtida em: http: //www.vitra.com/en-us/product/alcove. 20 de out. de 2016].
55
Figura 35: Recanto cinza (Alcove).
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
O Quiet Room ou quarto silencioso também pode ser utilizado com o mesmo propósito, a diferença é que esse espaço é uma cabine, de cor amarela, mobiliário e cortina para tornar o espaço mais privativo. O Power Nap é um ambiente de descanso, por isso possui uma cama, prateleiras com livros e mesa de cabeceira (Figura 36).
Figura 36: Espaço de Descaço (Power Nap).
Fonte http://www.places-hamburgo.de – Outubro 2016
56
Existem dois espaços de permanência com sofás, poltronas e caldeiras. Um deles está antes do Quiet Room e o outro está em frente à porta que vai para Pátio Externo (Figura 37). Figura 37: Espaços Privativos.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
O Pátio Externo possui uma mesa no centro com cadeiras e algumas outras mesas menores ao redor do espaço (Figura 38).
Figura 38: Pátio Externo.
Fonte: http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
57
Todos os lugares citados servem de refúgio, isolamento ou de convivência para o colaborador se sentir como se estivesse em sua própria casa. O Places Coworking conta com quatro salas de reunião, Verde, Amarela, Vermelha e Azul. Esta última Sala se encontra no edifício em frente ao Places (Figuras 39, 40, 41 e 42).
Figura 40: Sala de Reuniões Verde.
Figura 39: Sala de Reuniões Amarela.
Fonte http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
Fonte http://www.places-hamburg.de – Outubro 2016
Figura 42: Sala de Reuniões Vermelha.
Figura 41: Sala de Reuniões Azul.
Fonte http://www.places-hamburg.de – Outubro
Fonte http://www.places-hamburg.de – Outubro
2016
2016
Existem outros espaços como a Sala de impressão e os armários para os colaboradores guardarem seus pertences (Figura 22).
58
Com a análise da planta baixa do Places Coworking e informações adquiridas através do próprio site do espaço, foi possível perceber alguns pontos positivos e negativos (Tabela 3). O Places Coworking tem como pontos positivos espaços inusitados, acolhedores e está de acordo com a norma ergonômica do local, com cadeiras e mesas ajustáveis, suporte de computadores, além da iluminação natural e direta, criando um ambiente de trabalho diversificado que favorece a criatividade, a troca de ideias e que estimula o comportamento e a produtividade necessária para as diferentes propostas de cada colaborador. Os pontos negativos foram observados são a falta de acessibilidade do espaço e a ausência de portas em determinados recintos, o que pode causar distrações. Tabela 3: Pontos Positivos e Negativos do Places Coworking. PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
Diferenciação dos espaços de trabalho,
Falta de acessibilidade na entrada e no
buscando a produtividade dos seus funcionários.
restante do espaço.
Ambientes aconchegantes e criativos. Alguns ambientes são muito temáticos, deixa o Preocupação com a ergonomia e o bem estar
local um pouco extravagante.
dos colaboradores. Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
3.2. ESTUDO DE CASO 2: Estúdio Capanema – São Paulo
O Estúdio Capanema está situado na região central de São Paulo, mais precisamente no bairro Jardins. O escritório está em uma área privilegiada, onde é possível encontrar com facilidade restaurantes, cafés, comércio, serviços, transporte público e fácil acesso aos principais bairros da capital paulistana.
59
3.2.1. IMPLANTAÇÃO O edifício está localizado no bairro Jardins. Segundo o site do Estúdio Capanema, é uma região privilegiada de São Paulo (Figura 43). Nota-se que o bairro possui uso misto, residencial (multifamiliar), comércio, serviço e institucional.
Figura 43: Mapa de Localização do Estúdio Capanema.
Fonte: https://www.google.com.br/maps/ - Novembro 2016
3.2.2. PROGRAMA DE NECESSIDADES O Estúdio Capanema possui cinco pavimentos em um prédio comercial. Cada sala de escritório foi projetada para atender um tipo específico de cliente, com diferentes layouts e uma ampla variedade de serviços. Segundo o próprio site do Estúdio Capanema (2015), o escritório oferece posições de trabalho individuais fixas, de uso exclusivo e ilimitado, salas privativas, sala de reuniões, copa e WCs.
3.2.3. CIRCULAÇÕES A circulação dos cinco escritórios é permeável, entretanto o escritório do décimo primeiro pavimento possui portas de vidro deslizantes para gerar privacidade.
60
3.2.4. QUESTÕES FORMAIS
Os cinco pavimentos do coworking estão localizadas, no primeiro, no sexto, no sétimo, no décimo primeiro e no décimo segundo andar. O Estúdio Capanema está inserido num edifício de escritórios e no térreo funciona como serviço (Figuras 44 e 45). Os materiais utilizados na fachada foram o tijolo e o vidro nas esquadrias. Além disso, A volumetria é simples e retilínea, a fachada possui ritmo devido às esquadrias dispostas lado a lado. (Figuras 44 e 45).
Figura 44: Edifício do Estúdio Capanema – SP.
Figura 45: Edifício do Estúdio Capanema – SP.
Fonte: https://www.google.com – Outubro 2016
Fonte: http://estudiocapanema.com.br – Outubro 2016
3.2.5. INSTALAÇÕES
O Estúdio Capanema foi fundado em 2010 por Ricardo Comissoli. De acordo com o site Coworking. blog ele é o primeiro escritório de coworking padrão Corporativo de São Paulo e do Brasil.
61
De acordo com o site do coworking (2015) é fornecido aos seus colaboradores: escritório estilo estúdio com quatro pavimentos, copa, recepção e sala de espera para visitas, mesa de trabalho individual e fixa, cadeira Mesh ergonômica com regulagem (Figura 46), mesas de até 1,50 metros, área de 6 metros quadrados por cliente, quatro salas de reuniões.
Figura 46: Cadeira Mesh a gás com regulagem.
Fonte: http://estudiocapanema.com.br – Outubro 2016
O primeiro pavimento, chamado de Branco, possui uma concepção inspirada nos lofts industriais, tem predominância de tons neutros e materiais naturais, com área de coworking para dez pessoas e três salas privativas de quatro lugares cada. Além disso, tem um terraço com vista para rua principal, onde os colaboradores podem relaxar nos momentos de folga (Figura 47).
62
Figura 47: Maquete Física do 1º Pavimento.
Fonte: http://estudiocapanema.com.br – Outubro 2016
Tabela 4: Programa de Necessidades do 1º Pavimento. Programa 1
Elevadores
2
Escada
3
Terraço
4
Sala de Reuniões
5
Sala Compartilhada
6
Copa
7
WCs
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016.
63
Figura 48: Organofluxograma 1º Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
Figura 49: Sala Compartilhada.
Figura 50: Sala Compartilhada.
Fonte: http://estudiocapanema.com - Outubro 2016
Figura 51: Sala de Reuniões.
Figura 52: Terraço.
Fonte: http://estudiocapanema.com - Outubro 2016
64
O sexto pavimento, chamado de Grafite, foi onde começou o escritório de coworking. Este pavimento é o mais amplo, com espaços abertos e integrados que podem propiciar agradáveis espaços para networking. Além disso, todas as mesas do espaço são grandes para que o colaborador possa acomodar todo o seu material de trabalho (Figura 53).
Figura 53: Maquete Física do 6º Pavimento.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Tabela 5: Programa de Necessidade do 6º Pavimento. Programa
1
Elevadores
2
Escada
3
Sala de Reuniões
4
Sala Privativa
5
Sala Compartilhada
6
Copa
7
WCs
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
65
Figura 54: Organofluxograma 6º Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
Figura 55: Sala Privativa.
Figura 56: Copa.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Figura 57: Sala Compartilhada.
Figura 58: Sala Compartilhada.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
66
O sétimo pavimento, chamado de Azul, não é muito diferente dos outros escritórios nos pavimentos Branco e Grafite. O escritório Azul possui salas compartilhadas e uma sala de reunião. Entretanto, nesse andar existe uma copa maior (Figura 59).
Figura 59: Maquete Física do 7º Pavimento.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Tabela 6: Programa de Necessidade do 7º Pavimento. Programa
1
Elevadores
2
Escada
3
Sala de Reuniões
4, 5, 6, 7 e 8
Salas Compartilhadas
9
Copa
10
WCs
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
67
Figura 60: Organofluxograma 7º Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
Figura 62: Sala de Reuniões.
Figura 61: Sala Compartilhada.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
O décimo primeiro pavimento ou pavimento Amarelo é o escritório principal do coworking. A recepção está nesse andar para atender clientes e visitantes, além de oferecer serviços de apoio, como impressão e scanner. Tem layout flexível, graças às portas deslizantes, abrigando open space (sala compartilhada) e salas privativas (Figura 63).
68
Figura 63: Maquete Física do 11º Pavimento.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Tabela 7: Programa de Necessidades do 11º Pavimento.
Programa 1
Elevadores
2
Recepção
3
Sala de Apoio
4
Sala Privativa
5
Sala Compartilhada
6
Sala Privativa
7
Sala de Reuniões
8
Copa
9
WCs
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
69
Figura 64: Organofluxograma 11º Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
Figura 66: Sala de Estar.
Figura 65: Sala Compartilhada.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016 Figura 67: Sala Privativa.
Figura 68: Copa
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
70
O décimo segundo pavimento ou pavimento Berinjela tem salas privativas, sendo um ambiente mais silencioso e aconchegante com piso de madeira maciça e ampla iluminação natural, além de tratamento acústico (Figura 69).
Figura 69: Maquete Física do 12º Pavimento.
Fonte: http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Tabela 8: Programa de Necessidades do 12 º Pavimento. Programa 1
Elevadores
2
Escadas
3
Sala de Reuniões
4, 5, 6 e 7
Sala Privativa
8
Copa
9
WCs
Fonte: Acervo Pessoal - Outubro 2016
71
Figura 70: Organofluxograma 12º Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016 Figura 72: Sala Privativa.
Figura 71: Sala de Reunião.
Fonte:http://estudiocapanema.com – Outubro 2016
Com o estudo do Estúdio Capanema foi possível perceber alguns pontos positivos e negativos (Tabela 9). Tabela 9: Pontos Positivos e Negativos do Estúdio Capanema. PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
Localização privilegiada;
Ausência de ambientes criativos e
Integração dos espaços;
diversificados;
Oferece serviço de escritório convencional;
Carece de mais espaços de apoio para
Possui mobiliário ergonômico.
impressão e cópia.
Fonte Pessoal – Outubro 2016: Acervo
72
Como potencialidade pode ser apontada a integração dos espaços, buscando estimular a troca de ideias e o convívio entre os funcionários. Além disso, o coworking oferece todo o serviço de escritório e mobiliário ergonômico e de alto padrão. A localização do espaço é privilegiada e está próxima de vários comércios e serviços no Centro de São Paulo. Os pontos negativos que foram levantados no projeto são a ausência de ambientes mais criativos e diversificados e áreas de apoio, como sala de impressão e cópia.
3.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ESTUDOS DE CASOS Através de análises sobre questões que envolvem o ambiente dos escritórios de coworking baseando-se nos estudos de casos e na coleta de dados, perceberam-se elementos que podem contribuir para um anteprojeto mais preciso e adequado para a cidade de Vila Velha (Tabela 10). Os estudos de casos, assim como revisão bibliográfica realizada, mostram que o uso de espaços compartilhados e informais está sendo um diferencial nas empresas, com a utilização do novo modelo de trabalho flexível, possibilitando um ambiente eficiente e mais produtivo. O primeiro estudo de caso o Places Coworking é um ambiente de trabalho com espaços inusitados e flexíveis. Os ambientes foram estruturados para pessoas que precisam trabalhar, realizar reuniões ou encontros informais. Nota-se também a preocupação
com
ergonomia
através
do
mobiliário,
cores,
iluminação
e
principalmente pela humanização dos espaços, que foram pensados visando o bemestar, a criatividade e a produtividade dos colaboradores. O segundo estudo de caso, o Estúdio Capanema é um escritório corporativo que apresenta esse novo formato de trabalho flexível e colaborativo do coworking. As cinco salas de escritório buscam estimular a integração e produtividade dos
73
colaboradores, através de áreas de trabalho compartilhadas, privativas, buscando o trabalho em grupo ou individual e o convívio dos usuários. Percebe-se que o Estúdio Capanema também apresenta preocupação com a ergonomia por meio do mobiliário e da iluminação. Pode-se concluir nos estudos de caso que a otimização do espaço no ambiente de trabalho vem mudando significantemente. As empresas têm repensado os objetivos e as possibilidades, saindo do ambiente sóbrio para um ambiente flexível, descontraído e dinâmico. Porém, por se tratar de um fenômeno recente no Brasil, os estudos de casos realizados para esta pesquisa apresentaram algumas limitações, como a carência de dados do espaço físico do Estúdio Capanema, por exemplo, impossibilitando o agrupamento de informações mais precisas sobre o local.
Tabela 10: Análise dos Estudos de Caso. Critérios de Análise
Descrição Geral
Questões Espaciais Externas
Primeiro Estudo – Places Coworking Arquitetura: Susanne Schulz Architektur Localização: Hamburgo, Alemanha. Área: 600 m² Ano: 2012 (Fonte: http://www.places-hamburg.de).
Segundo Estudo – Estúdio Capanema Localização: Bairro Jardins, São Paulo. Ano: 2010 (Fonte: http://estudiocapanema.com.br).
O coworking está inserido no centro de Hamburgo, em um antigo prédio de escritórios. Está perto da prefeitura, da estação ferroviária, do metro e das demais atrações turísticas do local. (Fonte: http://www.places-hamburg.de).
O edifício tem uma localização estratégica de esquina possui acesso fácil a diversos serviços no comércio (Fonte: http://estudiocapanema.com.br).
Questões Espaciais Internas
Ergonomia
Todo o espaço é aberto ao público. Existe um café e um lounge para leitura, áreas de lazer e descanso e área para os colaboradores. O fluxo é permeável. Alguns ambientes que exigem mais privacidade são isolados por portas de vidro e cortinas. A iluminação natural ocorre em quase todos os ambientes. (Fonte: http://www.places-hamburg.de).
Composto por cinco andares de escritório, com uma boa distribuição espacial dos ambientes de trabalho, sendo alguns separados por biombos ou portas de vidro. Oferece iluminação natural com amplas janelas e espaço verde em cada área de trabalho. (Fonte: http://estudiocapanema.com.br).
Mobiliário inovador com cadeiras e mesas ajustáveis, suporte de computador, iluminação direita e natural e cores. (Fonte: http://www.places-hamburg.de).
Mobiliário padrão de escritório, com assentos ajustáveis, iluminação natural e direta. (Fonte: http://estudiocapanema.com.br).
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
74
4. DIAGNÓSTICO Neste capítulo serão abordadas as análises do terreno para a proposição de projeto de coworking, que está localizado no Sítio Histórico da Prainha, Vila Velha (ES). Serão apresentadas análises dos condicionantes ambientais e legais, buscando, através dessas observações, a criação de um anteprojeto de um coworking nesse local. 4.1. ANÁLISE DO TERRENO
O terreno está inserido no Sítio Histórico da Prainha, em Vila Velha (ES). O Bairro abriga pontos de referência históricos e sociais como o Convento da Penha, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o Museu Etnográfico, conhecido como Casa da Memória e o Museu e Atelier Homero Massena (Figura 73). Figura 73: Localização do Terreno – Prainha – Vila Velha.
Fonte: Google Maps - Modificado pela autora - Junho 2017
75
O bairro possui boa infraestrutura, está próximo ao comércio, serviço e também é um local de fácil acesso. O terreno possui 1305 m². A área está na esquina entre Rua Dom Jorge de Menezes e a Avenida Luciano das Neves, umas das principais avenidas de Vila Velha. Também estão próximos as ruas Vinte Três de Maio e Antônio Ataíde e ao centro da cidade de Vila Velha (Figura 74). Figura 74: Localização do Terreno.
Legenda: Avenida Luciano das Neves
Rua Vinte Três de Maio
Rua Antônio Ataíde
Rua Dom Jorge de Menezes
Fonte: Google Maps - Modificado pela autora – Junho 2017
76
Figura 76: Vista do Terreno - Sentido Centro de Vila Velha.
Fonte: https://www.google.com.br, imagem capturada pelo Google me agosto de 2011 – Outubro 2016 Figura 75: Vista do Terreno - Sentido Prainha.
Fonte: https://www.google.com.br, imagem capturada pelo Google em abril de 2015 – Outubro 2016
O entorno é composto em sua maioria por edificações residenciais unifamiliar e multifamiliar (Figuras 77, 78 e 81). Algumas edificações possuem uso misto, utilizando o térreo como comércio e os demais pavimentos de residência, mas existem edificações com usos apenas de serviço ou comércio ou institucional (Figuras 79 e 80).
77
Figura 77: Habitação Unifamiliar.
Figura 78: Habitação Multifamiliar.
Fonte: Google Maps - imagem capturada pelo Google em agosto de 2011 – Outubro 2016
Figura 79: Institucional – Delegacia da Mulher.
Figura 80: Comércio.
Fonte: Google Maps- imagem capturada pelo Google em agosto de 2011 – Junho 2017
Figura 81: Casas Históricas.
Fonte: Google Maps - imagem capturada pelo Google em ago de 2011 – Junho 2017
78
Com a análise das edificações do entorno imediato nota-se que a maioria se caracteriza como edificações de um a dois pavimentos, no entanto, percebe-se a existência de edificações de três, quatro ou mais pavimentos à medida que se aproxima da Rua Castelo Branco (Figura 82). Além disso, as edificações, na maioria dos casos, ocupam quase todo o lote, não apresentando os devidos afastamentos. Figura 82: Mapa de Gabarito.
Fonte: Acervo Pessoal - Outubro 2016
O bairro ainda dispõe de transporte coletivo que liga a Prainha aos demais bairros pela Av. Luciano das Neves. A parada de ônibus fica próxima ao terreno proposto na Rua Vasco Coutinho (Figura 83).
79
Figura 83: Ponto de ônibus.
Fonte: Google Maps, imagem capturado pelo Google em abril de 2015 – Outubro 2016
Os moradores do bairro são na sua maioria pessoas idosas e que já vivem na Prainha há muitos anos. Os visitantes e turistas vão ao local para visitar o Convento da Penha, Igreja do Rosário, para o lazer no Parque da Prainha ou para as festividades como A Festa da Penha, que atrai muitas pessoas ao (Figuras 84, 86 e 87). Figura 84: Parque da Prainha e Convento da Penha.
Fonte: http://www.panoramia.com – Outubro 2016
80
Outro perfil de pessoas que frequenta a Prainha são os pescadores e os consumidores de peixes e frutos do mar (Figura 85).
Figura 85: Mercado de Peixes.
Fonte: http://www.panoramia.com – Outubro 2016
Os usos, a localização privilegiada e por se tratar de um Sítio Histórico foram alguns dos fatores que influenciaram na escolha do terreno (Figuras 87).
Figura 86: Festa da Penha.
Figura 87: Igreja do Rosário.
Fonte: http://www.panoramia.com – Outubro 2016
81
A escolha do local para projetar o coworking foi motivada por sua localização descentralizada, que poderá proporcionar um espaço tranquilo, silencioso e com possibilidade de horários mais flexíveis para seus frequentadores, como foi citado no capítulo 1. 4.2. ANÁLISE DOS CONDICIONANTES AMBIENTAIS
Foram analisados os condicionantes ambientais do local de acordo com dados coletados e imagens, ajudando a determinar quais são as melhores soluções para o projeto que será proposto posteriormente. O terreno está localizado em uma esquina, tendo suas fachadas Sul e Oeste voltadas para a rua (Figuras 88 e 89) e as fachadas Norte e Leste voltadas para outros terrenos. Figura 88: Fachada Sul do Terreno.
Fonte: https://www.google.com.br, imagem capturada pelo Google em agosto de 2011 – Outubro 2016
82
Figura 89: Fachada Oeste do Terreno.
Fonte: https://www.google.com.br, imagem capturada pelo Google em abril de 2015 – Outubro 2016
A insolação está na parte oeste do terreno, onde há a maior fachada não favorecendo o terreno, contudo deverá ser desenvolvido um projeto que diminua essa incidência e melhore o conforto ambiental. Os ventos dominantes são nordeste, que propiciam ao terreno uma boa ventilação. Por ser um terreno de esquina, possui essa vantagem (Figura 90).
83
Figura 90: Estudo de Insolação e Ventos Predominantes.
Ventos Dominantes Nordeste Terreno Fonte: https://www.google.com.br – Outubro 2016
4.3. ANÁLISE DOS CONDICIONANTES LEGAIS
Os condicionantes legais são determinados pelo Plano Diretor Municipal de Vila Velha (PDM–VV), Código de Edificações Gerais, o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo e a NBR9050 de Acessibilidade, pela ABNT que se encontram nos anexos A, B e C. - Plano Diretor Municipal de Vila Velha O Projeto de Lei nº 044/2015 criou o Sítio Histórico da Prainha de Vila Velha. A área é tombada como patrimônio histórico cultural e existe uma regulamentação e controle de novas edificações para que suas volumetrias e usos não fujam dos
84
padrões espaciais e ambiência do conjunto arquitetônico histórico.De acordo com o mapa de zoneamento urbano, extraído do PDMVV, foi verificado que a área do Sítio Histórico da Prainha está delimitada pelas Zonas Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) e sua enseada é considerada Zona Especial de Interesse Ambiental B (ZEIA B) (Figuras 91 e 92). Figura 91: Mapa de Zoneamento da Prainha.
Fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br – Outubro 2016
A Prainha também está cercada pelas áreas de proteção ambiental como o Morro do Convento da Penha, o Morro da Ucharia, o Morro de Jaburuna e pela baía de Vitória (Figuras 92, 93, 94, 95 e 96).
85
Figura 92: Mapa de Interesse Ambiental da Prainha.
Morro do Convento
Enseada
Morro do Ucharia
Morro do Jaburuna
Fonte: Google Maps – Modificado pela autora– Outubro 2016
Figura 93: Morro da Ucharia.
Fonte: http://www.panoramia.com – Outubro 2016
Figura 94 Morro do Convento.
Fonte: http://www.panoramia.com – Outubro 2016
86
Figura 95: Morro do Jaburuna.
Figura 96: Enseada da Prainha.
Fonte: http://www.capixabadagema.com.br - Março 2017
Segundo o PDM-VV a área do terreno pertence a Zona de Proteção Ambiental e Cultural 1 (ZPAC 1), na qual o gabarito permitido são dois pavimentos no máximo, considerando o térreo como o primeiro pavimento e altura máxima de nove metros (Figura 97).
Figura 97: Quadro de Coeficientes de Aproveitamento do Terreno.
Fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br – Outubro 2016
87
O afastamento frontal e de fundos da edificação em relação a área deve ser de pelo menos três metros e os afastamentos laterais são estipulados um metro e meio no mínimo, como mostra a Figura 98.
Figura 98: Quadro de Afastamentos Mínimos do Terreno.
Fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br – Outubro 2016
Tabela 11: Prescrições Urbanísticas. PRESCRIÇÕES URBANÍSTICAS Área do Terreno
1305 m²
Coeficiente de Aproveitamento
1,5
Gabarito
9m
Taxa de Ocupaçao
60 %
Taxa de Permeabilidade
10%
Fonte: Acervo Pessoal – Outubro 2016
88
Foram verificadas no Plano Diretor Municipal de Vila Velha as atividades permitidas na área da Prainha, assim como o impacto dessa atividade no local. Escritório similares ao programa de necessidades do coworking são classificados como Grau I de impacto, isso significa que o projeto poderá ser realizado na área pois está de acordo com os parâmetros estipulados pelo PDM-VV (Figura 99). Figura 99: Quadro de Enquadramento das Atividades Permitidas por Zona Urbana e Zona de Especial Interesse.
Fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br – Outubro 2016
89
5. HIVE COWORKING – MEMORIAL JUSTIFICATIVO
Este capítulo se refere ao memorial justificativo que explica todas as decisões projetuais;
apresenta
o
partido
arquitetônico
através
dos
condicionantes
relacionados à implantação, ao programa de necessidades, às circulações, às questões formais e instalações. Esses critérios foram os mesmos utilizados para as análises dos estudos de casos no Capítulo 3, tendo como objetivo a organização clara e eficiente desse trabalho.
5.1. CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO
O conceito criado para o projeto teve como base o funcionamento das colmeias. De acordo com Carlos Legal (2013), uma colmeia, composta por cerca de 90 mil indivíduos, funciona como se fosse um único organismo em que cada abelha atua como uma célula num corpo, servindo o todo num impressionante senso de serviço. Além disso, na colmeia, as abelhas interagem por meio de uma complexa comunicação e a ação de cada abelha serve a um propósito comum que é buscar, criar, disseminar, utilizar e transformar matéria-prima em produtos úteis para comunidade. Essa analogia do funcionamento das colmeias é muito semelhante a um dos princípios dos escritórios de coworking, a integração dos indivíduos. Outros conceitos mencionados nos capítulos anteriores, referentes aos escritórios de coworking, também foram considerados, como a funcionalidade, a ergonomia, a dinamicidade e a flexibilidade dos ambientes. A palavra colmeia em inglês é hive e por isso foi escolhido esse nome para o coworking. (Figura 100).
90
Figura 100: Conceito do Projeto.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
As decisões de partido arquitetônico foram tomadas com o objetivo de projetar espaços funcionais, flexíveis, produtivos e que promova o bem estar e a integração entre os usuários, por meio da implantação sem barreiras para o acesso ao público, da transparência nos fechamentos com a utilização do vidro e brises, dos espaços abertos para facilitar a comunicação entre os pavimentos, a circulação das pessoas e a liberação visual.
5.2. IMPLANTAÇÃO Como citado anteriormente no Capítulo 4, a implantação (Figura 101) do coworking no Sítio Histórico da Prainha exigiu uma série de considerações para que a expressão estética do edifício não rompesse completamente com a arquitetura existente, marcada por edifícios históricos e de baixo gabarito.
91
Figura 101: Localização do terreno
Legenda: Avenida Luciano das Neves
Rua Vinte Três de Maio
Rua Antônio Ataíde
Rua Dom Jorge de Menezes
Fonte: Google Maps - Modificado pela autora – Junho 2017
Foram respeitados os afastamentos, gabarito e os índices urbanísticos estabelecidos pelo PDM-VV, como mostra a tabela 12 (abaixo). Tabela 12: Comparativo dos Índices Urbanísticos Controle Urbanístico - PDM - VV
Cálculo dos Índices Urbanísticos
Área do Terreno = 1305 m² Área Total a Construir = 1033,04 m² Coeficiente de Aproveitamento
1,5
Coeficiente de Aproveitamento
0,79
Taxa de Ocupação
60%
Taxa de Ocupação
55,12%
Taxa de Permeabilidade
10%
Taxa de Permeabilidade
12,09%
Gabarito
9 metros
Gabarito
9 metros
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017
Assim como mencionando anteriormente, a fachada oeste está voltada para a Avenida Luciano das Neves e a fachada sul está voltada para Rua Dom Jorge de
92
Menezes. Desta forma, foram criados três acessos para transeuntes, dois acessos principais pela Avenida Luciano das Neves, o da recepção e a do café; o terceiro acesso é realizado, na Rua Dom Jorge de Menezes, sendo esse acesso apenas para os colaboradores e para serviço, como retirada de lixo, carga e descarga, dentre outros (Figuras 102 e 103). Figura 102: Vista da Fachada Oeste e Sul.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
O acesso para veículos e bicicletas também ocorre na Rua Dom Jorge de Menezes. Inicialmente, foi estudado o acesso pela Avenida Luciano das Neves, que é considerada uma via arterial. Entretanto, após consultar o PDM-VV, o acesso de veículos e bicicletas ficou estabelecido na Rua Dom Jorge de Menezes, pois não é permitido o acesso de veículos diretamente à via arterial, por isso o acesso preferencial deve ser feito por vias laterais. Os ambientes situados no térreo, como o jardim, deck, o café e o lounge, consistem em espaços de permanência, para que ocorra o convívio social entre as pessoas e o espaço urbano (Figura 103).
93
Figura 103: Vista da Fachada Norte – Deck e Jardim.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Figura 104: Implantação.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
94
A edificação possui dois pavimentos e seu volume é horizontal, por isso não gera impacto no entorno. Apesar disso, a intenção foi criar um local convidativo, para os moradores e frequentadores da região, através dos elementos paisagísticos e arquitetônicos.
5.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES E INSTALAÇÕES Para esta etapa foi necessária a realização de análise dos estudos de casos e pesquisas de outros espaços de coworking nacionais e internacionais, consultas ao Plano Diretor Municipal de Vila Velha, Código de Edificações Gerais, o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo e a NBR9050 de Acessibilidade, pela ABNT, que ajudaram a estabelecer o dimencionamento das áreas e assim definir quais os ambientes seriam necessários para a edificação proposta. O programa do Hive Coworking possui espaços de trabalho diferentes dos escritórios convencionais. Possui flexibilidade de usos através da planta livre e do pé-direito duplo, podendo sofrer alterações futuras. Esses espaços foram projetados para atender as necessidades dos mais diversos tipos de usuários, trazendo sensação de conforto e coletividade. Os itens contemplados pelo programa de necessidades foram divididos em quatro setores: transição, trabalho, social e apoio. Esses setores e seus respectivos ambientes e áreas podem ser conferidos na Tabela 13. •
Setor de Transição: esse setor consiste na recepção e sala de cursos ou palestras. A recepção possui um espaço amplo e agradável, além do balcão de atendimento que tem a função de acolher os usuários e visitantes, e também serve para restringir o acesso do publico ao primeiro pavimento. A sala de cursos tem capacidade para quarenta pessoas. É um ambiente multiuso com foyer e WCs. Disponível para utilização dos usuários e alugável para eventos.
95
•
Setor de Trabalho: Este setor contém uma área compartilhada, salas privativas e estações individuais de trabalha, chamadas de colmeia. A área compartilhada oferece a comunicação e interação espontânea entre os usuários. As quatro salas individuais, com capacidade para três e quatro pessoas, foram resignadas para atividades que exigem concentração e confidencialidade. Também podem ser usadas para pequenas reuniões, vídeos e teleconferências. Essas salas possuem fechamento em vidro, integrando o ambiente as demais áreas do coworking. As colmeias de trabalho também servem para atividades que demandam mais concentração. Entretanto, esses módulos são removíveis, podendo ser mudados de lugar com facilidade.
•
Setor Social: O café/lounge é um espaço de relaxamento e descontração durante as atividades de trabalho com o objetivo de promover a coesão social e motivar os usuários, mas também pode servir para trabalho ou estudos. Esse ambiente possui estantes baixas com livros, sofás e poltronas, mesas e cadeiras. O deck é um espaço coberto, com mesas e cadeira. Além disso, possui vista para o jardim. O jardim também faz parte desse setor. É uma área aberta com bancos e vegetação, para estar, contemplação e apoio para eventos. Tem a possibilidade de colocação de mesas e cadeiras. Todo o setor social é para o uso dos colaboradores e também para o uso público.
•
Setor de Apoio: A copa, os armários, os vestiários e a área de impressão são somente para o uso dos colaboradores. A copa possui uma bancada com cinco cadeiras, geladeira, bebedouro, forno microondas e cafeteira. Além disso, o objetivo da copa é funcionar como ponto de encontro e interação. O espaço
destinado
para
os
armários
é
amplo
e
possui
cinquenta
compartimentos para os guarda de pertences (Figura 105). A área de impressão e cópia possui máquinas e recipientes para coletas de resíduos com reciclagem seletiva (Figura 105). Os vestiários e os WCs do primeiro pavimento são separados por gêneros e são acessíveis. Os WCs do térreo são de uso público e atendem a sala de cursos e o café.
96
Figura 105: Setor de Apoio - Armários.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Figura 106: Setor de Apoio - Área de Impressão e Cópia.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
97
Segue abaixo a Tabela 13, mostrando a setorização dos ambientes e suas respectivas áreas. Tabela 13: Tabela de Setorização e Áreas. SETOR TRANSIÇÃO
TRABALHO
SOCIAL
APOIO
AMBIENTE
QUANT. DE PESSOAS 30
Recepção Sala de Cursos Á. Compartilhada Salas Privativas Salas Privativas Á. das Colmeias de Trabalho Jardim Deck Café/Lounge Copa Armários Vestiários WCs (Térreo) WCs (1º Pavimento) Á. de Impressão e Cópia TOTAL
UNID.
ÁREA
SUBTOTAL
96,20 m² 49,80 m²
4 4
1 1 1 2 2
10,60 m² 12,50 m²
96,20 m² 49,80 m² 63,80 m² 21,20 m² 25,00 m²
12
1
104,60 m²
104,60 m²
24 40 5 50 50 50 -
1 1 1 1 1 2 2 2 1
173,40 m² 33,90 m² 226,95 m² 13,30 m² 66,95 m² 35,70 m² 3,95 m² 2,70 m² 27,50 m²
173,40 m² 33,90 m² 226,95 m² 13,30 m² 66,95 m² 71,40 m² 7,90 m² 5,40 m² 27,50 m² 1434,85 m²
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Neste tópico serão analisadas as plantas baixas e as atividades realizadas nos pavimentos, subsolo-garagem, térreo e primeiro pavimento, com o objetivo de obter conhecimento das dimensões espaciais exigidas pelas atividades (APÊNDICE A). O subsolo-garagem está a 3,30 metros abaixo do nível do terreno. Esta área possui duas rampas de acesso, uma de entrada e a outra de saída, com 20 metros de comprimento e 20% de inclinação, de acordo com o código de obras. Na garagem existem doze vagas para carros, seis vagas para motos e o bicicletário com espaço para vinte quatro bicicletas. A ventilação natural do espaço foi prevista através de uma abertura no teto protegida por uma grelha metálica. Essa abertura está instalada no mesmo nível do terreno (APÊNCICE A).
98
O pavimento térreo está elevado a 70 centímetros do nível do terreno, contendo três rampas de acesso, com 8,40 metros de comprimento e 8,33% de inclinação (Figura 106). Além disso, o pavimento conta com uma recepção que está localizada na entrada principal do edifício onde, a partir dela, o usuário pode ser direcionado para o café/lounge, para deck, para a sala de cursos ou para o primeiro pavimento (Figura 108). Figura 107: Planta Baixa do Pavimento Térreo.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
99
Figura 108: Setor de Transição - Recepção.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
O café/lounge conta com cinco espaços de estar com estantes de livros, mesas e cadeiras, com o objetivo de criar um ambiente descontraído e de convívio social, além de servir para trabalho, estudos e leitura (Figura 109). As áreas do deck e do jardim foram destinadas para manter o convívio social dos usuários, consequentemente mantendo contato com os pedestres e o entorno imediato do local.
100
Figura 109: Setor de Transição - Café/ Lounge.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
O acesso dos colaboradores é realizado pela fachada sul onde os mesmos já são direcionados para a área de armários, para poderem guardar de seus objetos pessoais (Figura 105). Os vestiários, feminino e masculino, copa, o depósito, para guardar itens de escritório e o depósito de material de limpeza (DML) também são próximos da entrada dessa entrada.
101
Figura 110: Vista da Fachada Sul – Acesso dos Colaboradores.
No térreo também estão os WCs, feminino e masculino, para atender os visitantes e as pessoas que estiverem na sala de cursos e palestras. O primeiro pavimento está a 3,85 em relação ao nível do terreno. Este espaço pode ser acessado através da escada ou do elevador. O primeiro pavimento contém: a colmeia de trabalho, quatro salas privativas, WCs masculino e feminino, área de impressão/cópia e sala compartilhada (Figura 111).
102
Figura 111: Planta Baixa do 1º Pavimento.
3
5 2
1
4
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017
O espaço da colmeia de trabalho possui doze estações de trabalho individuais, com 1,65 de altura (Figuras 112 e 113). Esses espaços são destinados para trabalho que exigem mais concentração, porém não isola completamente o colaborador por serem espaços semiabertos.
103
Figura 112: Setor de Trabalho - Colmeias de Trabalho e Salas Privativas.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Figura 113: Setor de Trabalho - Colmeias de Trabalho.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
104
As salas privativas possuem fechamento em vidro, proporcionando privacidade, mas ao mesmo tempo integrando os colaboradores aos demais ambientes (Figura 114). Figura 114: Setor de Trabalho - Salas Privativas.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
A sala compartilhada possui uma mesa grande com cadeiras, e tomadas. Esse ambiente tem como principal objetivo proporcionar a troca de conhecimentos, a sociabilidade e fechamento de parcerias entre os colaboradores (Figura 115).
105
Figura 115: Setor de Trabalho - Sala Compartilhada.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Percebe-se tanto no térreo quanto no primeiro, que os visitantes e colaboradores conseguirão se integrar com o restante do edifício através dos espaços abertos e da circulação vertical, permitindo a conexão de todos os ambientes e andares.
5.4. CIRCULAÇÕES O Hive Coworking possui três rampas de acesso ao edifício, como citado anteriormente, essas rampas dão acesso ao deck, à recepção e a área de armários. Dentro da edificação as circulações são espaçosas e acontece de forma intuitiva, pois a planta é livre e a disposição dos móveis não atrapalha a visualização dos ambientes, como mostras as Figuras 116, 117, 118 e 119.
106
Figura 116: Circulações do Pavimento Térreo.
Figura 117: Circulação Horizontal do Pavimento Térreo.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
107
Figura 118: Circulações do 1º Pavimento.
‘ Fonte: Acervo Pessoal - Junho 2017.
Figura 119: Circulação Horizontal do Primeiro Pavimento.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017.
Para a circulação vertical foi adotado o elevador e a escada que vão desde o subsolo- garagem até o primeiro pavimento. O elevador Gen2, do fabricante Otis
108
Brasil, não possui casa de máquinas, permitindo um processo de instalação mais rápido e com o mínimo de interferência na construção do edifício. O controle do elevador ocorre através de uma caixa compacta que está instalada ao lado da porta do primeiro pavimento (Figura 119). As duas escadas possuem corrimão, entretanto a escada do térreo, que leva os colaboradores até o primeiro pavimento, possui guarda corpo em vidro.
Figura 120: GEN2 - Elevador Sem Casa de Máquinas.
Fonte: http://www.otis.com - Junho 2017
Para o melhor entendimento dos fluxos nos pavimentos, térreo e 1º pavimento, foram elaborados dois Organofluxograma (Figuras 120 e 121).
109
Figura 121: Organofluxograma do Térreo
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017
Figura 122: Organofluxograma do Primeiro Pavimento
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017
110
5.5. QUESTÕES FORMAIS
O edifício do Hive Coworking foi criado a partir do conceito de coletividade e integração das colmeias. A intenção era de que o edifício não se sobressaísse em relação às edificações vizinhas, mas que possuísse alguns elementos arquitetônicos e materiais com uma linguagem mais contemporânea. Por esse motivo, optou-se em usar os tons de cinza e os materiais utilizados foram o vidro, o concreto, o alumínio e o aço corten, onde juntos são coesivos e dinâmicos (Figura 122). Figura 123: Vista das Fachadas Norte e Oeste.
Fonte: Acervo Pessoal – Junho 2017
Optou-se por utilizar no revestimento das paredes externas da fachada a tinta acrílica, Sempre Nova, do fabricante Suvinil, na cor carvão. O motivo do uso da tinta acrílica, é por existir uma carga maior de resinas em sua composição e, por isso, apresenta mais resistência a intempéries e lavagens frequentes. A maior parte das janelas possuem grandes vãos com o objetivo de favorecer a entrada de luz e iluminação natural, além de permitir a visibilidade para o exterior. O
111
edifício privilegia a ventilação e a iluminação natural, entretanto foi destinado a instalações de ar condicionado para todos os ambientes. Em relação aos vidros das janelas e das portas de acesso ao café e a recepção, foram utilizados como material o vidro com proteção solar da linha Habitat, do fabricante Cebrace que têm a capacidade de bloquear 70% do calor externo e barrar quase 100% dos raios UV, que causam danos à saúde da pele e, ainda, a objetos em geral. O vidro de proteção solar proporciona conforto térmico e redução de gastos com aparelhos como ventiladores e condicionadores de ar No decorrer das janelas das fachadas oeste e sul, foram criadas chapas perfuradas de aço corten, na forma hexagonal. Este elemento foi inspirado na fachada da Loja Star Móvel, localizada em São Paulo e foi projetado pelos arquitetos do Super Limão Studio (Figura 123). Essas chapas foram fixadas por parafusos em perfis metálicos e estes por sua vez, foram fixados nas paredes ao redor das janelas. Essas chapas formam brises que impedem a passagem da insolação intensa, porém, por serem perfuradas não bloqueiam totalmente a visibilidade dos usuários para o exterior da edificação ou vice-versa. A disposição desses brises não cobrem totalmente as janelas, dando ritmo à fachada. Figura 124: Fachada da Star Móveis.
Fonte: http://www.superlimao.com.br – Junho 2017
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Outra questão trabalhada para garantir a iluminação natural, foi à utilização da cobertura com material em fibrocimento translúcido no jardim interno e na área do deck a cobertura em policarbonato alveolar Cristal, oferecendo luminosidade natural aos ambientes. Na cobertura foram utilizadas telhas em fibrocimento, do fabricante Brasilit, com inclinação de 10%. Esse material foi escolhido devido a sua durabilidade, flexibilidade e melhor acabamento.
O acesso para a cobertura será realizado através de duas escadas marinheiro, do fabricante Stratus. As escadas possuem material em fibra de vidro, por isso, são leves e resistentes aos raios UV. A caixa d’água de polietileno, do fabricante Fortlev, contém volume de 5000 litros, com reserva técnica suficiente para dois dias. Todas as rampas e escada da área externa possuem guarda corpo em alumínio na cor preta. No guarda corpo do deck foi empregado o alumínio, também na cor preta e o vidro temperado com oito milímetros.
Os materiais escolhidos para o piso da área interna do edifício foi o porcelanato, do fabricando Portobello e na escada do térreo foi empregado o mármore da linha Allure, do Fabricante Marbrasa. Já nas paredes e teto optou-se pela tinta acrílica Premium - Família Protegida, do Fabricante Suvinil, por ser antibacteriana, sem cheiro e lavável. As paredes do banheiro e da cozinha são revestidas com porcelanato. Por fim, a escolha dos materias propostos para o projeto levou em consideração características como a durabilidade, a facilidade de manutenção e qualidade visual da edificação, tanto na parte externa quanto interna.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento desse trabalho foi de extrema importância para a elaboração de um anteprojeto. Contudo, foram encontradas algumas dificuldades em relação ao tema, devido à bibliografia escassa, mas no decorrer da pesquisa foram aparecendo referências relacionadas aos espaços de coworking, como sites, artigos, dissertações, dentre outros, principalmente referências internacionais colaborando para uma melhor análise da proposta. Os estudos de casos também foram de suma importância para a percepção da estrutura e da organização espacial empregados nos espaços de coworking, contribuindo para a realização do projeto. Ao final do desenvolvimento, foi possível projetar um espaço voltado para profissionais autônomos e integrado ao seu entorno. O contexto apresentado aborda a importância de proporcionar um ambiente que tenha qualidade na organização espacial e ambientes flexíveis que possibilitam a dinâmica entre o trabalho, tempo livre e diversão, oferecendo a opção de trabalhar de modo informal, coletivo ou individual. Entendendo que este ambiente de maneira adequada proporciona uma condição de bem estar emocional, que influencia a produtividade e a criação. Sendo assim, os objetivos propostos foram alcançados com a compreensão da problemática atual que são as novas demandas da sociedade contemporânea, conectada em rede, como também novas práticas de arquitetura para espaços de trabalho. Conclui-se que o projeto de arquitetura de um espaço de coworking, para cidade de Vila Velha, será capaz de atender às condições funcionais, ergonômicas, de conforto ambiental e de viabilidade necessária. Espera-se que este trabalho possibilite o aparecimento de outras abordagens e pontos de vista diferentes sobre o mesmo tema, servindo como referência para trabalhos seguintes, para além da avaliação e obtenção pela autora do título de Arquiteta e Urbanista.
113
114
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<http://www.architecturalrecord.com/articles/11797-soap-opera-the-larkinbuilding>.Acessoem: 29 de set.de 2016. REMMELE, M. How the Office Became What It IsToday. 2012. Disponível em: <http://www.stylepark.com/en/news/how-the-office-became-what-it-is-today/335695>. Acesso em: 22 de set. de 2016. RIO, Rodrigo Pires do. LER (lesões por esforços repetitivos), ciência e lei: novos horizontes da saúde e do trabalho. Belo Horizonte: Health, 1998, p.331. RODRIGUES, M.C.; RIBEIRO, C.T.; VIEIRA, J.A.; MAFRA, S.C.T. A ergonomia como ferramenta da eficiência para ambientes de lavanderia. In: Anais do XVIII Congresso Brasileiro VI Encontro Latino-Americano e IX Simpósio Estadual de Economia Doméstica. Francisco Beltrão: UNIOESTE / ABED, 2005. ISBN 858944125-3 1 ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. Significados.
O
que
é
networking.
Disponível
em:
<https://www.significados.com.br/networking/>. Acesso em: 20 de out. de 2016 a. Significados.
O
que
é
brainstorming.
Disponível
em:
<https://www.significados.com.br/brainstorming/>. Acesso em: 20 de out. de 2016 b. Significados.
O
que
é
software.
Disponível
em:
<https://www.significados.com.br/software/>. Acesso em: 20 de out. de 2016 c. SANTOS,
Claudia
M.
Neme.
Arquitetura
Corporativa:
Escritórios
Compartilhados Coworking. Bauru, p.72, 2013. TOMALTY, Ray. Ours is better than yours. Alternatives Journal, v. 40, n. 2, 2014. Disponível em:<http://goo.gl/2v3xiA>. Acesso em: 10 de out. de 2016.
120
VILA VELHA. Lei 1674/1977. Dispõe sobre o Código de Edificações Gerais do Município
de
Vila
Velha.
Disponível
em:
<http://www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/C%C3%B3digo%20de%20Edifica%C3 %A7%C3%B5es%20Gerais.pdf>. Acesso em: 12 de out. de 2016. VITRA. Disponívelem:<https://www.vitra.com/enpl/content/placeshamburg.>.Acesso em: 29 de out. de 2016. VOCABULARY.
Cyber
Café.
2016.
Disponível
em:
<https://www.vocabulary.com/dictionary/cybercafe>. Acesso em: 22 de set. de 2016. Wikiwand.
Kontorhausviertel.
Disponível
em:<http://www.wikiwand.com/de/Kontorhausviertel#>. Acesso em: 13 de nov. de 2016.
121
APÊNDICE A: ANTEPROJETO APÊNDICE A1: Prancha 01/08 - Planta Baixa Implantação e Situação APÊNDICE A2: Prancha 02/08 - Planta Baixa Subsolo APÊNDICE A3: Prancha 03/08 - Planta Baixa Pavimento Térreo APÊNDICE A4: Prancha 04/08 - Planta Baixa 1º Pavimento APÊNDICE A5: Prancha 05/08 – Planta de Cobertura APÊNDICE A6: Prancha 06/08 – Cortes AA’ E BB’ APÊNDICE A7: Prancha 07/08 – Cortes CC’ E DD’ APÊNDICE
A8:
Prancha
08/08
–
Fachadas
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
TERRENO=
SE SO
PAVIMENTE TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO S
N
NE
NO
E
OBRA BASE
1.305m²
TO CA 706,81m² 719,42m²706,81m² 326,23m² 326,23m² 1033,04m²719,42m²1033,04m²
O
OBRAS COMPLEMENTARES SUBSOLO - GARAGEM (NÃO 59,16m² COMPUTÁVEL)
-
-
ÁREA PERMEÁVEL = 12,09% 1578,60m² TO = 55,12% CA =0,79
C'
D' FACHADA LESTE
2896
15 150 15
601
15
2086
40
15
15
601
2000
DESCE i = 20 %
proj. da laje do pav. térreo
proj. da laje do primeiro pav.
ENTRADA DA GARAGEM
275
300
250
B
B'
proj. da grelha de ventilação
2
701
500
500
500
BICICLETÁRIO
250
899
3
GARAGEM
15 250
250
12
250 11
250 10
311 9
150
67 80 67
100 689
proj. da laje do pav. térreo
300
6
SOBE i = 20 % 2000
300
5
SAÍDA DA GARAGEM
15
15
40
100
100
222120191817161514
4
A'
180
100
4 2 3
10 11 12 13
40
200
MOTOS
100
275
40
3
100
A
2
30
1 2 34 5 6 7 8 9
6
1
SOBE
699
250
180
500
699
5
500
573
FACHADA NORTE
4 2 3
2147
1497
250
40
2147
15 150 165
40
59,16 m²
4
limite do terreo
500
FACHADA SUL
699
165
8
RUA DOM JORG E DE MENEZES
7
250
1024
250
40
1
601
15
1343
15
743
2731
FACHADA OESTE
limite do terreo
SUBSOLO - GARAGEM ESC.
1/100
RUA LUCIANO DAS NEVES
C
1 2 3 4 5 6 7
PORCELANATO MATCH OFF WHITE 60X120 - REF: 23758E PORCELANATO PAU BRASIL CLARO 20X120 - REF: 27059E MÁRMORE ALLURE - MARBRASA CONCRETO APARENTE - ESCADA DA GARAGEM E ÁREA EXTERNA PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO (HEXAGONAL) - COR: CINZA CLARO - ÁREA EXTERNA PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
D
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100
1 2 3 4 5 6
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: CALÇADÃO DA PRAIA - REF: E398 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152 TINTA SUVINIL ACRÍLICO SEMPRE NOVA - COR: CARVÃO - REF: M167 PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
SUBSOLO - GARAGEM
DESENHISTA:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
1 2
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
02/08
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
TERRENO=
SE SO
PAVIMENTE TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO S
N
NE
NO
E
OBRA BASE
1.305m²
TO CA 706,81m² 719,42m²706,81m² 326,23m² 326,23m² 1033,04m²719,42m²1033,04m²
O
OBRAS COMPLEMENTARES SUBSOLO - GARAGEM (NÃO 59,16m² COMPUTÁVEL)
-
-
ÁREA PERMEÁVEL = 12,09% 1578,60m² TO = 55,12% CA =0,79
C'
D' ESCADA DE MARINHEIRO
FACHADA LESTE
2731 328
120
J8
219
180
B2
317
180
B3
219
120
B3
473
B2
proj. da laje do primeiro pav.
B
15
176
proj. do mezanino
327
CIRCULAÇÃO
601
330
15
156
150
proj. do mezanino
CAFÉ/LOUNGE 226,95 m²
P2
499
1 1 2
954
150
RECEPÇÃO
proj. do mezanino
96,20 m²
proj. do mezanino
150
70
FACHADA SUL
J9
A'
s
corrimão em vidro temperado 8 mm
1 1 2
1716151413121110
3 12
SAÍDA DA GARAGEM
P2 J8
J1
J1
15
J8
rampa 8,333%
ACESSO
500
200
150
s 310
55
333
95
521
95
521
95
521
95
184
40
40
184
798
340
s
490
J8
150
J6
300
1 1 2
rampa 8,333%
80
660
860
J5
80
180
40
2 4
15
30 1 2 34 5 6 7 8 9
566
200
33,90 m²
413
rampa 8,333%
213
A
DECK
15
ACESSO
200
310
1064
180
1064
40
200
SOBE
180
25,25 m²
J5
251
303
7 1 5
380
327
J4
COPA 13,30 m²
348
1 1 2
1094
383
1523
8 16
J8
66,95 m²
383
601
65 80
15
533
413
15
1 1 2
P1
150
2149
J6
40
25,90 m²
P1 7 1 5
619
521
CIRCULAÇÃO
P1
990
95
1 1 2
840
80
333
P1
15
2,64 m²
3,87 m²
ARMÁRIOS
15
55
199
15
310
CIRCULAÇÃO 20,00 m²
WC/M B1
P1
P1
DML
DEPÓSITO
35,70 m²
8 16
B1
B2
VESTIÁRIO/M
15
1353
P1
3,97 m²
199
70 60 154
3,97 m²
231
15
B1 WC/F
170
P1
199
125
8 1 6
60
15
1054
1 1 2
172
50
8 16
35,70 m²
155
187
155 15
ACESSO
327 VESTIÁRIO/F
PROJEÇÃO DO TOLDO
B'
491 15
176
231
15 135 15
15
15 135 15
822
159
J7
491
49,80 m²
611
506
S.DE CURSOS E PALESTRAS
275
ENTRADA DA GARAGEM
RUA DOM JORG E DE MENEZES
80
521
42
55
120
GRELHA DE VENTILAÇÃO
4164
s
limite do terreo
RUA LUCIANO DAS NEVES FACHADA OESTE
PLANTA BAIXA DO TÉRREO ESC.
1/100
QUANT.
ENTRADA 2 1 SALAS PRIVATIVAS 2 2 SALAS PRIVATIVAS 1 2 COPA E COLMEIAS DE TRABALHO 3 2 LOUNGE E CAFÉ 2 2 LOUNGE E CAFÉ/VÃO DO PRIMEIRO PAV. 4 2 SALA DE CURSOS 1 4 S. CURSOS, CAFÉ, PRIMEIRO PAV., S. COMPART. 9 4 ESCADA 3 4 PRIMEIRO PAV. 2 1 PRIMEIRO PAV. 2 4 VÃO DA ENTRADA PRINCIPAL 1 1
B1 WCS E DML B2 VESTIÁRIOS E DEPÓSITO B3 VESTIÁRIOS
5 3 2
DIMENSÃO DO VÃO ACABADO MODELO (LxHxP) 184x220x40 247x220x40 311x220x40 306x220x40 327x220x40 333x220x40 506x220x40 521x220x40 619x220x40 648x220x40 648x220x40 934xHx40
1 60x60x200 2 120x60x200 2 180x60x200
ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR -
ABRIR ABRIR ABRIR
ACABAMENTO
ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO
ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO
VIDRO
INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR
1 2 3 4 5 6 7
MAPA DE ESQUADRIAS DE PORTAS
LOCALIZAÇÃO
Nº FOLHAS
LOCALIZAÇÃO
NOME DA ESQUADRIA
J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 J8 J9 J10 J11 J12
D
MAPA DE ESQUADRIAS DE JANELAS Nº FOLHAS
NOME DA ESQUADRIA
C
QUANT.
ENTRADA DE SERVIÇO, DEPÓSITO, DML, VEST. F/M, 14 1 P1 S. DE CURSOS, WC F/M E S. PRIVATIVAS P2 ENTRADA PRINCIPAL E ENTRADA DO CAFÉ 2 2 V1 RECEPÇÃO/ARMÁRIOS V2 LOUNGE
2 1
-
PORCELANATO MATCH OFF WHITE 60X120 - REF: 23758E PORCELANATO PAU BRASIL CLARO 20X120 - REF: 27059E MÁRMORE ALLURE - MARBRASA CONCRETO APARENTE - ESCADA DA GARAGEM E ÁREA EXTERNA PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO (HEXAGONAL) - COR: CINZA CLARO - ÁREA EXTERNA PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100
DIMENSÃO DO VÃO ACABADOMODELO (LxH)
ACABAMENTO
VIDRO
80x210
ABRIR
MADEIRA
INCOLOR
200x210
ABRIR
ALUMÍNIO
INCOLOR
150x300 156x300
-
-
-
1 2 3 4 5 6 1 2
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: CALÇADÃO DA PRAIA - REF: E398 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152 TINTA SUVINIL ACRÍLICO SEMPRE NOVA - COR: CARVÃO - REF: M167 PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
PLANTA BAIXA DO TÉRREO
DESENHISTA:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
03/08
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
E
TERRENO=
SE SO
PAVIMENTE TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO
S
N
NO
OBRA BASE
NE
1.305m²
TO CA 706,81m² 719,42m²706,81m² 326,23m² 326,23m² 1033,04m²719,42m²1033,04m²
O
OBRAS COMPLEMENTARES SUBSOLO - GARAGEM (NÃO 59,16m² COMPUTÁVEL)
-
-
ÁREA PERMEÁVEL = 12,09% 1578,60m² TO = 55,12% CA =0,79
ESCADA MARINHEIRO
C'
D'
CONDUTOR VERTICAL FACHADA LESTE
2731
155
15 135 50 15
306
95
306
95
380 J2
15
386J3
15
386 J3
15
68
135
50 15
200
364
237
P1
P1
80 35 80
296
122
364
P1
1 1 2
80 35 80
362
237
J4
699
211
FACHADA SUL
27,50 m²
333
95
521
386
40
65
RUFO
J6
104,60 m²
15
SALA COMPARTILHADA 601 63,80 m²
J7
15
728
15
335
389 guarda-corpo em vidro temperado 8 mm
guarda-corpo em vidro temperado 8 mm
120
15 40
J4
COLMEIAS DE TRABALHO
1 1 2
1433 390
296
122
B'
10,60 m² P1
1 1 2
15
ÁREA DE IMPRESSÃO E XEROX PROJEÇÃO DO TOLDO
325
325
1 1 2
327
SALA PRIVATIVA
12,50 m²
699
714
CALHA
cobertura em telha ondulada de fibrocimento inc. 10%
RUFO
1039
1054
200
1 1 2
SALA PRIVATIVA
12,50 m²
10,60 m² 1 1 2
15
8 16
SALA PRIVATIVA
J2
55
714
B1
SALA PRIVATIVA
P1
15
WC/M
2,70 m²
P1
40
2,70 m²
ESCADA MARINHEIRO
155 15
B
300
B1WC/F
247
1832
185
95
355
RUFO
247
311
441
37
15
311
15
816
15
15
1 2 34 5 6 7 8 9
25,00 m²
1079
934
1094
guarda-corpo em vidro temperado 8 mm
40
40
95
521
521
55
300 315 J8
J7
95
648
95
521
guarda-corpo em vidro temperado 8 mm
95
J10
15
333
J7
1716151413121110
743
275
65 15 40
J6
DESCE
J11
fechamento em vidro temperado 8 mm
375
A'
J9
J12
15
619
CIRCULAÇÃO
80
A
FACHADA NORTE
764
699
fechamento em vidro temperado 8 mm
648
55
3421
C
D
PLANTA BAIXA DO PRIMEIRO PAV.
LOCALIZAÇÃO
QUANT.
ENTRADA 2 1 SALAS PRIVATIVAS 2 2 SALAS PRIVATIVAS 1 2 COPA E COLMEIAS DE TRABALHO 3 2 LOUNGE E CAFÉ 2 2 LOUNGE E CAFÉ/VÃO DO PRIMEIRO PAV. 4 2 SALA DE CURSOS 1 4 S. CURSOS, CAFÉ, PRIMEIRO PAV., S. COMPART. 9 4 ESCADA 3 4 PRIMEIRO PAV. 2 1 PRIMEIRO PAV. 2 4 VÃO DA ENTRADA PRINCIPAL 1 1
B1 WCS E DML B2 VESTIÁRIOS E DEPÓSITO B3 VESTIÁRIOS
5 3 2
DIMENSÃO DO VÃO ACABADO MODELO (LxHxP) 184x220x40 247x220x40 311x220x40 306x220x40 327x220x40 333x220x40 506x220x40 521x220x40 619x220x40 648x220x40 648x220x40 934xHx40
1 60x60x200 2 120x60x200 2 180x60x200
ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR ABRIR -
ABRIR ABRIR ABRIR
ACABAMENTO
ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO
ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO
VIDRO
INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR INCOLOR
1 2 3 4 5 6 7
MAPA DE ESQUADRIAS DE PORTAS NOME DA ESQUADRIA
J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 J8 J9 J10 J11 J12
FACHADA OESTE
1/100
MAPA DE ESQUADRIAS DE JANELAS Nº FOLHAS
NOME DA ESQUADRIA
ESC.
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100 1
MODELO
ACABAMENTO
VIDRO
P1
ABRIR
MADEIRA
INCOLOR
P2
ABRIR
ALUMÍNIO
INCOLOR
V1 V2 LOUNGE
PORCELANATO MATCH OFF WHITE 60X120 - REF: 23758E PORCELANATO PAU BRASIL CLARO 20X120 - REF: 27059E MÁRMORE ALLURE - MARBRASA CONCRETO APARENTE - ESCADA DA GARAGEM E ÁREA EXTERNA PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO (HEXAGONAL) - COR: CINZA CLARO - ÁREA EXTERNA PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
-
-
-
1 2 3 4 5 6 1 2
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: CALÇADÃO DA PRAIA - REF: E398 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152 TINTA SUVINIL ACRÍLICO SEMPRE NOVA - COR: CARVÃO - REF: M167 PORCELANATO ESMALTADO CEMENTE GRIGIO 63X63 PORCELANATO ESMALTADO LONDO GRIGIO 52X52
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
PLANTA BAIXA DO PRIMEIRO PAVIMENTO
DESENHISTA:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: PETÚNIA BRANCA - REF: A207 TINTA SUVINIL ACRÍLICO PREMIUM - COR: FIO METÁLICO - REF: B152
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
04/08
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
TERRENO= OBRA BASE
PAVIMENTE TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO
1.305m²
TO CA 706,81m² 719,42m²706,81m² 326,23m² 326,23m² 1033,04m²719,42m²1033,04m²
SE SO
-
-
ÁREA PERMEÁVEL = 12,09% 1578,60m² TO = 55,12% CA =0,79
O
S
N
NE
NO
E
OBRAS COMPLEMENTARES SUBSOLO - GARAGEM (NÃO 59,16m² COMPUTÁVEL)
FACHADA LESTE
ESCADA DE MARINHEIRO
CONDUTOR VERTICAL
C'
CAIXAD'ÁGUA - POILIETILENO FORTLEV 5000L
D' CONDUTOR VERTICAL
2731
15
761
3015
385
15 25
RUFO
50
885
RUFO
RUFO
B'
368
ESCADA MARINHEIRO
25 15
RUFO
B
485
15
15 25
LAJE IMPERM.
cobertura em telha ondulada de fibrocimento inc. 10%
RUFO
TOLDO DE POLICARBONATO ALVEOLAR
1054
CALHA
RUFO
1054 1039
RUFO
FACHADA SUL
1832
CONDUTOR VERTICAL 1433 cobertura em telha ondulada de fibrocimento inc. 10%
RUFO
RUFO
RUFO
RUFO
cobertura em telha ondulada de fibrocimento translúcida inc. 10%
A'
573
RUFO
CALHA
cobertura em telha ondulada de fibrocimento inc. 10%
176
365
1003
RUFO
15 25
5 129 5 132 5 132 5 132 5 132 5 132 5 132 5 129 5
RUFO
15
370
5 15
RUFO
1643
15
RUFO
1125
50
168
275 315
15
15 25
RUFO
728 743
15
cobertura em telha ondulada de fibrocimento inc. 10%
RUFO
1094
A
FACHADA NORTE
375
CALHA
15
15
3421
C
PLANTA DE COBERTURA ESC.
1/100
D FACHADA OESTE
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
PLANTA DE COBERTURA
DESENHISTA:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
05/08
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
TERRENO= OBRA BASE
PAVIMENTE TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO
CAIXAD'ÁGUA - POILIETILENO FORTLEV 5000L
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10%CALHA DE ALUMÍNIO
163 CAFÉ/LOUNGE
ARMÁRIOS
RECEPÇÃO
373
900
165
CIRCUL.
GUARDA-CORPO H=1,10m
202
CIRCUL.
ESCADA
ELEVAD.
40
CAFÉ/LOUNGE
ÁREA PERMEÁVEL = 12,09% 1578,60m² TO = 55,12% CA =0,79
ELEVAD.
300
300
220
220
40
400
ESCADA
VAGAS P/ CARROS
VAGAS P/ CARROS
R. DOM JORGE DE MENEZES
1570
300
210
CAFÉ/LOUNGE
-
55
135
90 300
COLMEIAS DE TRABALHO
40
15
Á. DE SALA COMPART.IMPRESSÃO
GUARDA-CORPO H=1,10m
CAFÉ/LOUNGE
-
PAINÉL PERFURADO DE AÇO CORTEN
115 220
355
405
355
TOLDO DE POLICARBONATO ALVEOLAR i=10%
300
40
53
RUFO DE ALUMÍNIO
TO CA 706,81m² 719,42m²706,81m² 326,23m² 326,23m² 1033,04m²719,42m²1033,04m²
OBRAS COMPLEMENTARES SUBSOLO - GARAGEM (NÃO 59,16m² COMPUTÁVEL)
CHAPA DE ALUMÍNIO
210
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10%
RUFO DE ALUMÍNIO
1.305m²
ELEVAD.
RAMPA i=20%
CORTE AA' ESC.
1/100
15
163
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10% RUFO DE ALUMÍNIO
S. PRIVATIVA
863
300 S. PRIVATIVA
S. PRIVATIVA
15
60 40 40
S. PRIVATIVA
VEST.
VEST.
300
115
CALHA DE ALUMÍNIO
40 SALA DE CURSOS
200
50 40
R. DOM JORGE DE MENEZES
400
70
40 82 220
40
WC'S
210
40 220
CALHA DE ALUMÍNIO
40
150
GRELHA DE VENTILAÇÃO EM FERRO FUNDIDO 2 cm
220
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10% RUFO DE ALUMÍNIO
30 133
ESCADA MARINHEIRO EM FIBRO DE VIDRO
315
200
CAIXA D'ÁGUA - POILIETILENO RUFO DE ALUMÍNIO FORTLEV 5000L
VAGA P/ CARROS
RAMPA i=20%
CORTE BB' ESC.
1/100
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
CORTES
DESENHISTA:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
06/08
QUADRO DE NOTAS NOTA NOTA NOTA NOTA NOTA
TELHA ONDULADA DE RUFO DE ALUMÍNIOCALHA DE ALUMÍNIO FIBROCIMENTO INC. = 10%
1:COTAS EM CENTÍMETROS; 2:NÍVEIS EM CENTÍMETROS; 3:PISOS IMPERMEÁVEIS EM TODOS OS COMPARTIMENTOS; 4:PAREDES E PISOS IMPERMEÁVEIS NOS SANITÁRIOS; 5:PAREDES NÃO COTADAS TEM ESPESSURA =15cm.
220 900
95
615
91
220
210
15
CHAPA PERFURADA METÁLICA WC
CAFÉ/LOUNGE
400
40
40
VAGA P/ CARROS
1
CHAPA PERFURADA METÁLICA
82
4015 150
465
220
WC
SALA DE CURSOS
DETALHE 1
5
55
54
55
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10%
158
RUFO DE ALUMÍNIO
163
163
107
CHAPA DE ALUMÍNIO
RUA LUCIANO DAS NEVES
VAGA P/ MOTOS
CORTE CC' ESC.
1/100
DETALHE 1 ESC.
1/5
60
TELHA ONDULADA DE FIBROCIMENTO INC. = 10%
60
40
40
163
PAÍNEL PERFURADO DE AÇO CHAPA DE ALUMÍNIO CORTEN
115
RUFO DE ALUMÍNIO
ELEVAD.
ENTRADA
520
40 90
102
VESTIÁRIO/M
104
220
165
ESCADA
COLMEIAS DE TRABALHO
40
S. PRIVATIVA
217
ELEVAD.
ESCADA
15 VAGA P/ CARROS
RAMPA DE SAÍDA
60
110
400
ELEVAD.
RAMPA DE ACESSO
RUA LUCIANO DAS NEVES
60
COPA
RAMPA INC= 8,33%
70
210
210
ARM.
60
DETALHE 2 ESC.
1/10
CORTE DD' ESC.
1/100
OBRA:
PROJETO ARQUITETÔNICO HIVE COWORKING ENDEREÇO:
ESCALA:
1/100
AVENIDA LUCIANO DAS NEVES - PRAINHA - VILA VELHA PROJETO:
ARQUITETURA
UNIDADE:
CM
DATA:
PRANCHA:
JUNHO/2017 ÁREA DO TERRENO:
1305 m2 ÁREA DO IMÓVEL:
CORTES
DESENHISTA:
CAROLINA SILVEIRA BORGES AUTOR DO PROJETO:
1033,04 m2
CAROLINA SILVEIRA BORGES
OBS:
1- COTAS E MEDIDAS EM CENTÍMETROS
FOLHA
07/08