HABITAÇÃO MODULAR Modulação e Variabilidade na Habitação
Caroline Sanches Françóia
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
HABITAÇÃO MODULAR Modulação e Variabilidade na Habitação
Trabalho de Graduação Integrado Caroline Sanches Françóia
São Carlos Dezembro 2014
Meus agradecimentos, a Deus por me permitir estar aqui; à minha família pelo carinho e compreensão, de modo especial a meu pai pelas ferramentas emprestadas para a maquete e à minha mãe pelas dicas de alongamento após as longas horas de trabalho; à Lúcia, ao David, à Akemi e à Lívia pela orientação durante todo o processo; aos colegas de TGI, Paula, Pedro e Ivan pelos conhecimentos compartilhados; às minhas queridas Chellys que fizeram desses 5 anos, anos memoráveis; e ao Rosa por me fazer rir nos momentos mais tensos e difíceis desse TGI.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................9 O PROGRAMA............................................................13 O PROJETO...........................................................19 MÓDULO.........................................28 UNIDADE.........................................34 CONJUNTO.........................................46 CIDADE........................................ 64 BIBLIOGRAFIA.........................................................139
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INTRODUÇÃO
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É uma questão de forma, mas não se trata apenas disso. Tem a ver com a construção do ambiente e mais ainda, com a interação das pessoas com esse ambiente. Trata-se de, a cada processo, entender para quem se constrói e o que está sendo construído. É preciso pensar primeiramente naqueles que irão usufruir e vivenciar o ambiente construído e entender que todo e qualquer espaço só passa a funcionar e a ter vida depois que o usuário manipula, apropria e compreende - à sua maneira - tal espaço. Ao se reconhecer isso, a arquitetura desenvolve-se em qualquer ambiente, independentemente do programa e independentemente do lugar no qual está inserida e, em qualquer caso, será possível reconhecer a preocupação da obra em atender as necessidades de seu usuário. Pensando nisso, o propósito deste trabalho é projetar um sistema que atenda às necessidades de diferentes usuários. O ambiente escolhido foi a habitação, tendo como usuários, seus moradores. Para além disso, a ideia é que tal sistema possa ser manipulado e montado pelos moradores da habitação, de modo que a partir de um módulo base, cada morador manipule-o, montando sua unidade habitacional.
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O PROGRAMA
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Desde o início do TGI, minha ideia é tentar fazer uma arquitetura de fácil compreensão. Não se trata de querer que todas as pessoas tenham a mesma percepção sobre uma obra, afinal isso é praticamente impossível, mas sim de criar meios que possam facilitar a compreensão do usuário em relação ao ambiente construído. O que importa, então, é o comportamento do usuário no espaço e como ele, ao manipular o ambiente ao seu redor, o compreende melhor. Assim, fui em busca de elementos que pudessem tornar uma obra simples, clara e objetiva, ou seja, elementos que facilitassem a leitura de uma obra, especialmente através da manipulação da mesma pelo usuário. Logo, a grande questão sempre foi produzir algo que as pessoas entendessem. Sendo assim, pensando numa relação mais intimista e direta entre usuário e obra, projetar uma residência me pareceu a coisa mais coerente a ser feita. Isso porque a casa, por fazer parte do dia-a-dia, do cotidiano do morador, é o local que ele mais manipula e compreende, e é nessa residência que o morador deve ter suas necessidades atendidas. A partir da escolha da habitação como programa para o TGI, passei a me basear em dois personagens: o morador desta habitação e as suas necessidades, de modo que todo o projeto foi desenvolvido em cima da elaboração de espaços que pudessem ser modificados de acordo com as necessidades do morador. Assim, comecei a pensar na construção de espaços que pudessem ser modificados pelo morador de acordo com suas necessidades. Mas o que tornaria tais espaços modificáveis? Me deparei com duas hipóteses: 1) alguma coisa dentro da obra já executada, como paredes móveis conformando novos espaços, por exemplo; ou 2) algo anterior a construção, quando o usuário pode escolher os itens que compõem sua casa. Na primeira hipótese, a ideia seria projetar uma casa para um personagem específico e dentro dessa casa haveria itens que pudessem ser manipulados, conformando novos espaços de acordo com as necessidades do momento. Já na segunda hipótese, a ideia seria projetar casas para um conjunto de diferentes personagens com diferentes necessidades, resultando, portanto, em um conjunto de casas distintas umas das outras. Dentro de tais hipóteses, percebe-se que as necessidades específicas de cada morador são mais atendidas na primeira, que diz respeito às obras mais elitizadas, nas quais o arquiteto projeta especificamente para tal e tal cliente. Enquanto que na segunda hipótese, que diz respeito à habitação multifamiliar, por exemplo, a tendência é generalizar as coisas, de modo a padronizar as residências e, assim,
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uma casa que atende a uma família muitas vezes não atende à outra. Sendo assim, escolhi trabalhar com a segunda hipótese e comecei a buscar soluções para atender a variabilidade de perfis e necessidades dentro da habitação multifamiliar. Durante esta busca por soluções para a variabilidade, me deparei com dois termos muito importantes: CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA e FLEXIBILIDADE. A CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA, segundo Frank Piller (2005), diretor do MIT Smart Customization Group, é o processo de fabricação de produtos que conta com a participação dos clientes, buscando atender as necessidades especificas de cada um deles. É a personalização de alguns itens pré-determinados dos produtos para que eles atendam aos requisitos específicos de cada usuário, “(...) sem que haja um aumento significativo de custo e tempo de entrega.” (TILLMANN, 2008). Levando isso para a habitação, tem-se a CUSTOMIZAÇÃO justamente COMO A PERSONALIZAÇÃO de alguns itens das unidades habitacionais de acordo com as necessidades de cada família, as quais possuem configurações cada dia mais variadas. Segundo Tillmann (2008), o que se vê hoje nos programas habitacionais do governo, é uma certa dificuldade em lidar com a diversidade de necessidades e desejos dos clientes finais. Assim, a customização seria uma forma de tentar atender essa demanda por unidades cada vez mais diferenciadas umas das outras. Neste trabalho, tal customização foi trabalhada a partir da modulação das partes da residência. Modulação tanto no sentido de medidas moduladas, mas principalmente no sentido de módulos tridimensionais, onde cada parte da residência - sala, quarto, cozinha, banheiro - é representada por um módulo: módulo de descansar, módulo de reunir e módulo hidráulico, respectivamente. Além disso, pensando na diversidade de núcleos familiares e nas transformações que as famílias sofrem ao longo dos anos, outro problema observado nos programas habitacionais é a estaticidade das unidades. Desta forma, além de customizar as mesmas, seria interessante conferir a elas certo grau de FLEXIBILIDADE, termo que, segundo Carolina Szücs (1998), “(...) deve ser entendido como a capacidade da edificação de se adequar a um leque de necessidades familiares específicas. Esta adequação passa pela possibilidade de transformação do edifício que, a partir do surgimento da necessidade e de condições financeiras favoráveis, pode ser modificada sem necessitar demolir parte da obra ou inviabilizar o uso da parte pronta”. A partir deste panorama, comecei a pensar em maneiras de conferir esse
ar mais customizado e flexível às unidades habitacionais. Sabendo da necessidade de produção de habitação em larga escala no Brasil, a solução deveria ser um processo que resultasse em agilidade na construção. Logo, a industrialização me pareceu a escolha mais lógica a ser feita, uma vez que aumenta a produtividade, a qualidade e a precisão da execução, reduz desperdícios de material e mão de obra, além de simplificar e organizar o canteiro de obras.
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O PROJETO MÓDULO UNIDADE CONJUNTO CIDADE
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A partir das decisões tomadas anteriormente em relação ao programa e à técnica de construção a ser utilizada, desenvolvi um sistema capaz de atender tanto as necessidades do programa quanto as da construção. Esse sistema compreende desde o básico da escolha da planta da habitação até a implantação disso em um terreno, e é composto por quatro partes: MÓDULO – UNIDADE – CONJUNTO – CIDADE. O módulo corresponde à menor parte e, quando combinado com outros módulos, formam as unidades. As unidades combinadas formam os conjuntos, e é na cidade que os conjuntos se inserem. Cada parte deste sistema será explicada detalhadamente nas próximas páginas. Assim, com a definição do sistema e pensando nas diversas configurações familiares existentes hoje em dia, comecei a fazer estudos sobre as possibilidades de módulos, unidades e conjuntos. Tais estudos foram apenas formais e feitos manualmente, recortando módulos, montando unidades e fazendo maquetes. A seguir estão colocadas algumas imagens de como isso foi feito. A ideia foi, a partir de um quadrado de 3x3, montar as possibilidades de quartos, salas e áreas molhadas, com cozinha, lavanderia e banheiro. Considerei que cada quarto teria 3x3 e assim desenhei as possibilidades de 1 até 3 quadrados, representando as possibilidades de 1 a 3 quartos. Fiz o mesmo para a sala e para a área molhada, mas para esses iniciei com dois quadrados. Recortei todas as possibilidades e manualmente combinei-as, analisando quais eram os melhores tamanhos e formatos para cada parte. Nesta fase do trabalho, terminei com: 3 possibilidades para os quartos, 4 para a sala e apenas 1 para a área molhada, as quais estão demarcadas pelos retângulos pretos nas imagens a seguir.
quarto
sala
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áreas molhadas
Com os módulos definidos, fiz combinações entre eles de modo a formar unidades e depois conjuntos. Foram obtidas 12 unidades e 4 conjuntos. A seguir estão algumas imagens das combinações, das unidades e dos conjuntos. as combinações
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as 12 unidades
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os conjuntos - casas isoladas
os conjuntos - agrupamentos de casas
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os conjuntos - agrupamentos horizontais
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os conjuntos - agrupamentos verticais
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A partir de tais estudos, foi poss铆vel desenvolver o m贸dulo final, o qual utilizei para montar as unidades. Com as unidades montadas e com o terreno definido, dei forma ao conjunto e, assim, pude concluir meu projeto de TGI.
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MÓDULO
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O módulo é a primeira parte do sistema e foi escolhido a partir da definição da industrialização para a execução da habitação, uma vez que com tal definição, os conceitos de modulação, repetição e racionalização passaram a fazer parte do projeto. Assim, vi justamente na modulação o caminho para começar a desenvolver as unidades habitacionais. Modulação tanto no sentido de medidas moduladas, mas principalmente no sentido de MÓDULOS TRIDIMENSIONAIS, onde cada parte da residência - sala, quarto, cozinha, banheiro - é representada por um módulo. Pensando na CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA, para cada um desses três módulos projetei variações, de modo que o morador fica responsável por escolher qual tipo melhor se adapta às suas necessidades, montando assim sua unidade personalizada. Para definir tais módulos, deixei de lado tanto a partição burguesa da casa em área social, íntima e de serviço, quanto a subdivisão em cômodos específicos e monofuncionais, isso porque tais definições não atendem a diversidade de usos e necessidades do modo de vida contemporâneo. Assim, os módulos definidos foram: módulo hidráulico, módulo de descansar e módulo de reunir. O módulo base mede 3,60m x 3,60m e foi definido tanto a partir da escolha pelo uso de fechamentos em painéis de drywall (pede medidas múltiplas de 1,20m) quanto a partir dos estudos de layout feitos pelo arquiteto português João Branco Pedro em seu livro Programa Habitacional- espaços e compartimentos, de 1999. Esse módulo base é um módulo tridimensional com altura de 2,80m e corresponde a uma unidade do módulo de descansar (D) com medidas de 3,60m x 3,60m com pé direito de 2,80m. A partir deste módulo de descansar, o qual chamei de módulo D1, projetei os módulos D2 (3,60m x 2,40m), D3, (4,80m x 3,60m), D4 (4,80m x 2,40m) e D5 (2,40m x 3,60m). A seguir, na escala 1:100, estão colocados os módulos D’s obtidos.
D1
D2 29
D3
D4
D5 O módulo de reunir (R), também com pé direito de 2,80m, possui as seguintes variações: R1 (3,60m x 6,00m), R2 (3,60m x 6,00m), R3 (4,80m x 4,80m) e R4 (7,20m x 4,80m). A seguir, na escala 1:100, estão colocados os módulos R’s obtidos.
R1 30
R2
R3
R4
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O módulo hidráulico (H) compreende as áreas de cozinha, lavanderia e banheiro. Tais ambientes podem estar resolvidos em uma única área com apenas uma parede hidráulica dentro da unidade habitacional ou então podem estar divididos em duas áreas, uma para a cozinha e a lavanderia e outra apenas para o banheiro, de modo que dentro da unidade existem duas paredes hidráulicas, uma servindo apenas o banheiro e outra servindo a cozinha e a lavanderia de duas unidades vizinhas. Tal módulo, também com pé direito de 2,80m, possui duas configurações: H1a (4,80m x 2,40m), H1b (3,60m x 1,20m) e H2 (4,80m x 2,40x). A seguir, na escala 1:100, estão colocados os módulos H’s obtidos (as paredes hidráulicas estão representadas pela cor azul nas imagens).
H1a - parede hidráulica entre duas cozinhas de duas unidades vizinhas
H1b - parede hidráulica servindo ao banheiro de apenas uma unidade
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H2 - apenas uma parede hidráulica dentro da unidade
Obtive então, 5 tipos para o módulo de descansar, 4 para o módulo de reunir e 2 para o módulo hidráulico e é dentro deste universo de tipos que o morador pode escolher aquele que melhor se adapta às suas necessidades, montando sua unidade habitacional personalizada. O desenho do layout é apenas uma base para a adoção de medidas, o que significa que ele não é uma coisa fechada em si mesma, uma vez que a ideia é que cada morador tenha a liberdade para mobiliar sua unidade da maneira que bem entender. Além disso, as aberturas propostas (portas e janelas) foram obtidas a partir da formação das unidades, as quais estão colocadas nas próximas páginas.
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UNIDADE
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Após a definição dos módulos, o próximo passo foi montar as possíveis unidades (segunda parte do sistema), geradas a partir da combinação dos mesmos e tendo em vista tanto o conjunto a ser formado quanto a implantação. Para isso me inspirei nas aulas de Prototipagem ministradas no primeiro de semestre de 2014, nas quais discutimos sobre GRAMÁTICA DA FORMA, cujo objetivo inicial, segundo Gabriela Celani (2006), “(...) era servir de sistema de geração de formas para a pintura e a escultura. Ao invés de projetar diretamente sua pintura ou escultura, o artista projetaria suas regras de composição, sendo então capaz de combiná-las de diferentes maneiras e, assim, criar uma variedade de obras de arte.” Passando essa ideia para o projeto, passei a ter módulos que ao serem combinados de diferentes maneiras, a partir de uma regra, resultam em diferentes unidades. Isso, somado a ideia de customização como personalização, significa que cada morador é responsável pela combinação dos módulos, ou seja, por escolher os tipos que irão compor sua unidade e combiná-los a partir da regra. Desta forma, eu tento atingir o propósito deste trabalho, que é criar meios que atendam a variabilidade de perfis e necessidades dentro da habitação multifamiliar, pois dentro de um mesmo edifício passa-se a ter diferentes unidades empilhadas, cada uma montada pelo seu morador. Além disso, acredito que consigo dar uma maior legibilidade à arquitetura, uma vez que o morador passa a ter que entender os módulos disponibilizados, conciliando-os com suas necessidades. Com base nisso, tudo o que vem a seguir trata-se de um ESTUDO DE CASO. Isso porque, os módulos podem ser combinados livremente infinitas vezes, formando várias unidades e consequentemente vários conjuntos. Logo, foi preciso dar um limite para as combinações, de modo a chegar em um número n de unidades e em um edifício (conjunto) que as contivesse. Tal limitação corresponde à REGRA proposta pela gramática da forma e se deu pela escolha do terreno, pela definição de uma implantação e pela malha estrutural proposta. Isso significa que a partir de uma outra regra - diferentes terrenos, implantações e malhas estruturais -, é possível obter, com os mesmos módulos, unidades e conjuntos diferentes. Sendo assim, a REGRA de composição dos módulos é dada tanto pela medida dos mesmos quanto pela malha estrutural do conjunto. Neste estudo de caso, a área escolhida é um terreno que corta uma quadra de uma rua a outra, de modo que a implantação do conjunto se deu ao longo de um eixo norte-sul, que será explicada oportunamente no item CIDADE, O que interessa neste item é saber que com base no eixo longitudinal norte-sul criei uma malha estrutural de pilares de aço
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com um vão, transversal ao eixo norte-sul, de 6.00m, e com vãos variáveis ao longo do mesmo eixo, com medidas de 7.20m, 6.00m, 4.80m e 3.60m, como mostrado no esquema abaixo.
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Dentro dessa malha é possível ter unidades habitacionais com 12,00m e 14,40m de comprimento, e largura variando entre 7,20m e 4,80m, sendo que tais medidas tratam-se do perímetro máximo que cada unidade pode atingir. Tal variação está mostrada na imagem da página ao lado.
Desta maneira, a regra de composição das unidades é justamente SEGUIR A MALHA ESTRUTURAL CRIADA E O PERÍMETRO MÁXIMO QUE CADA UNIDADE PODE TER. O perímetro máximo é dado por uma subregra, a qual determina que CADA UNIDADE PODE TER NO MÁXIMO 3 MÓDULOS DE DESCANSAR, 1 DE REUNIR E 1 HIDRÁULICO. Ao combinar os módulos a partir destes princípios, é possível obter 25 unidades variadas. Além disso, pensando em termos de FLEXIBILIDADE, a ideia é que mesmo que inicialmente um morador tenha montado sua unidade com o perímetro mínimo, ele pode acrescentar módulos ao longo dos anos e da mudança de necessidades. Por exemplo, uma pessoa solteira inicialmente monta sua unidade com apenas um módulo de descansar, dando prioridade a um módulo de reunir maior. Com o passar do tempo, ela se casa e tem filhos; pode então acrescentar
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mais módulos de descansar. O contrário também é válido, ou seja, uma unidade com perímetro máximo pode ter módulos removidos ou transformados, como seria o caso de uma família com filhos prestes a sair de casa; um módulo de descansar pode ser retirado ou então transformado em módulo de reunir. As 25 unidades possíveis estão divididas em 2 grupos, de acordo com o tipo de módulo hidráulico que possuem: o grupo 1 com módulo H1 e o grupo 2 com módulo H2. O grupo 1 é subdividido em 2 famílias: B, com 5 variações e C, com 14 variações. Já o grupo 2 possui apenas a família A, com 6 variações. A seguir, na escala 1:200, estão representadas as variações de cada uma das três famílias, em ordem decrescente, da maior unidade - número máximo de módulos-, a menor unidade - número mínimo de módulos. Lembrando que as unidades não são estáticas, elas se transformam umas nas outras, dentro de cada família. Os retângulos azuis identificam o módulo H dentro de cada unidade.
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FAMÍLIA A (módulo H2; comprimento máximo 14.40m)
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FAMÍLIA B (módulo H1; comprimento máximo 12.00m)
FAMÍLIA C (módulo H1; comprimento máximo 14.40m)
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CONJUNTO
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O conjunto corresponde à terceira parte dentro do sistema e é a combinação das unidades. Nesta fase, a ideia é que o conjunto ganhe forma a partir das escolhas de quem vai habitá-lo, ou seja, a partir das unidades que cada morador monta para si. Assim, as possibilidades de conjuntos são imensas, uma vez que dependem tanto dessas escolhas como também da implantação, isto é, dependem da regra de composição criada. Desta forma, a partir da regra formulada para este estudo de caso, o conjunto obtido neste projeto foi elaborado com base nas 25 unidades obtidas e tendo em vista a implantação do projeto na cidade. Devido à dependência entre o conjunto e a implantação, a forma final do conjunto se deu simultaneamente à definição da implantação. Assim, para melhor apresentar o conjunto final, dividi-o em duas partes: habitacional e comercial. A parte habitacional diz respeito à composição das unidades dentro da malha estrutural, enquanto que a parte comercial é aquela que faz a ligação entre a cidade e o conjunto. O que mostro neste item é apenas a parte habitacional do conjunto, com suas variações, ficando para o próximo item, a parte comercial e o conjunto como um todo. A parte habitacional é formada por 9 pavimentos, sendo que cada um deles é dividido em 8 nichos: 2 nichos de elevadores e escadas e 6 nichos para as unidades habitacionais. Dentre os 6 nichos habitacionais, 2 são destinados para as unidades da família A, 3 para as da família B e 1 para as da C, como indicado pelas hachuras ao lado, na planta esquemática de um pavimento. Além disso, ao dividir a planta do pavimento habitacional em nichos, a malha estrutural do conjunto foi estabelecida, uma vez que cada família de unidade possui uma modulação de pilares própria. Tal modulação também é mostrada no esquema ao lado.
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Com a divisão do pavimento em nichos, foi possível estabelecer onde cada família de unidades pode ser colocada, criando assim uma variedade de pavimentos, a partir da recombinação dos tipos de uma família dentro dos seus respectivos nichos. Para mostrar algumas das possibilidades de pavimentos, primeiramente separei as unidades em cores tendo em vista duas lógicas: uma colorindo-as de acordo com o número de módulos de descansar e outra colorindo-as de acordo com o tipo de módulo de reunir. Depois disso, fui montando os pavimentos distribuindo as unidades nos nichos definidos no esquema anterior. Ao todo, montei 15 pavimentos diferentes e empilhei-os de modo a mostrar como ficaria a aparência de um conjunto feito com eles. UNIDADES DE ACORDO COM O NÚMERO DE MÓDULOS DE DESCANSAR
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1 módulo D 2 módulos D 3 módulos D
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OS PAVIMENTOS (as áreas listradas em cinza representam tanto os corredores de acesso às unidades quanto os espaços de uso coletivo dos moradores).
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O CONJUNTO - parte habitacional (pavimentos empilhados do 1 ao 15; os X’s entre as unidades representam os espaços de uso coletivo dos moradores). 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 53
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UNIDADES DE ACORDO COM O TIPO DE Mร DULO DE REUNIR mรณdulo R1 mรณdulos R2 mรณdulos R3 mรณdulo R4
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OS PAVIMENTOS (as áreas listradas em cinza representam tanto os corredores de acesso às unidades quanto os espaços de uso coletivo dos moradores).
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O CONJUNTO - parte habitacional (pavimentos empilhados do 1 ao 15; os X’s entre as unidades representam os espaços de uso coletivo dos moradores). 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 59
Sabendo que a parte habitacional é formada por 9 pavimentos, escolhi 5, dentre os expostos anteriormente, para compor o conjunto final. Os pavimentos escolhidos foram os de número 1, 9, 13, 14 e 15. OS PAVIMENTOS ESCOLHIDOS (de acordo com o número de módulos de descansar).
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1
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O CONJUNTO FINAL - parte habitacional (o pavimento tipo 1 se repete nos andares 2 e 5; o tipo 9, nos andares 1. 6 e 7; o 13 estรก apenas no andar 3; o 14, nos andares 4 e 9; e o 15 apenas no andar 8).
andar 9: pavimento 14 andar 8: pavimento 15 andar 7: pavimento 9 andar 6: pavimento 9 andar 5: pavimento 1 andar 4: pavimento 14 andar 3: pavimento 13 andar 2: pavimento 1 andar 1: pavimento 9
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nir).
OS PAVIMENTOS ESCOLHIDOS (de acordo com o tipo de m贸dulo de reu-
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O CONJUNTO FINAL - parte habitacional (o pavimento tipo 1 se repete nos andares 2 e 5; o tipo 9, nos andares 1. 6 e 7; o 13 estรก apenas no andar 3; o 14, nos andares 4 e 9; e o 15 apenas no andar 8).
andar 9: pavimento 14 andar 8: pavimento 15 andar 7: pavimento 9 andar 6: pavimento 9 andar 5: pavimento 1 andar 4: pavimento 14 andar 3: pavimento 13 andar 2: pavimento 1 andar 1: pavimento 9
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CIDADE
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A quarta e última parte do sistema é a cidade, e foi a partir da escolha do terreno que o conjunto ganhou sua forma final. No item anterior apresentei apenas a parte habitacional do conjunto, ficando para este item apresentar sua parte comercial e o conjunto como um todo inserido na cidade. Para este estudo de caso a cidade escolhida foi São Carlos, no interior do estado de São Paulo, porém, por se tratar de um sistema, a ideia é que ele possa ser aplicado e adaptado a qualquer cidade e a qualquer terreno onde exista uma demanda por habitação. Tendo isso em vista e pensando a cidade como um lugar versátil que deve abrigar diferentes funções em uma mesma área, fui em busca de um terreno no centro para implantar meu projeto. Por se tratar de habitação, a ideia é levar moradia para os lugares onde existem pessoas e infraestrutura e não segregar os moradores. Além disso, queria uma área que cortasse uma quadra de fora a fora e não um lote específico, de modo que fosse possível implantar o projeto de uma maneira mais interessante do que a que se tem na cidade hoje (edifícios fechados em si mesmos cada um dentro do seu próprio lote), uma maneira condizente com a forma diferente que proponho para se construir habitação. O terreno encontra-se no bairro Jardim São Carlos, próximo ao centro comercial da cidade. Tal escolha considerou a infraestrutura existente na cidade, a oferta de empregos e a existência de instituições de ensino e saúde, além de levar em conta a existência de locais de lazer e entretenimento. A seguir estão algumas das distâncias, em número de quadras (mais ou menos 100m), entre o terreno e alguns dos pontos relevantes para a sua escolha: • 1 quadra da Avenida Comendador Alfredo Maffei (pontos e linhas de ônibus); • 6 quadras da Avenida São Carlos (pontos e linhas de ônibus); • 8 quadras do Mercado Municipal (próximo ao comércio, ao local de trabalho); • 8 quadras da Praça Coronel Salles (lazer); • 2 quadras de uma creche municipal (educação); • 12 quadras da Escola Estadual Álvaro Guião (educação); • 8 quadras da USP (educação); • 1 quadra da Unidade de Saúde da Família Jardim São Carlos (saúde); • 6 quadras da Praça da Catedral (lazer); • 8 quadras da Praça do Mercado (lazer);
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• 7 quadras do Teatro Municipal (cultura, entretenimento); • 11 quadras do Cine São Carlos (cultura, entretenimento). Nos mapas que seguem é possível localizar a cidade, o bairro, a quadra e um pouco da infraestrutura do entorno onde o terreno escolhido está inserido.
SÃO CARLOS
SÃO PAULO
mapa de localização da cidade sem escala
SÃO CARLOS
BAIRRO JARDIM SÃO CARLOS
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mapa de localização do bairro sem escala
LOCALIZAÇÃO DA QUADRA
mapa de localização da quadra sem escala
AVENIDA SÃO CARLOS
USP
PRAÇA
ESCOLA
TEATRO
AV COMEN
DADOR A
PRAÇA
UNIDADE DE SAÚDE
LFR CRECHE ED OM AF FE I
RUA SETE DE SETEMBRO
PRAÇA
MERCADO RUA GEMINIANO COSTA MUNICIPAL mapa de localização da infraestrutura do entorno sem escala
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A quadra na qual o terreno está inserido foge aos padrões da quadrícula de 100m x 100m da cidade, uma vez que é praticamente um trapézio com bases de 100m e 145m e altura de mais ou menos 200m. Tal trapézio é delimitado pelas ruas Conde do Pinhal (norte), Visconde de Inhaúma (leste), Treze de Maio (sul) e Alípio Benedito (oeste), e ainda é semi cortado por uma rua sem saída, a rua Benedito da Silva, como mostrado abaixo. AV COMENDAD
AFFEI
RUA C
ONDE
DO PI
NHAL
RUA TREZE DE MAIO
RUA VISCONDE DE INHAÚMA
RUA BENEDITO DA SILVA
RUA ALÍPIO BENEDITO
OR ALFREDO M
mapa de localização das ruas sem escala
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O que me chamou atenção para esta quadra foi a existência de uma grande área inocupada dentro dela, a qual permitiria um rasgo norte-sul, formando uma rua interna a quadra, de uso tanto para comércio quanto para pedestres, um rasgo muito bem vindo para quebrar os 200m de extensão da mesma. Para permitir tal rasgo foi necessário demolir duas casas não ocupadas na rua Treze de Maio. O mesmo não foi necessário na rua Conde do Pinhal, uma vez que neste lado não havia construções. Outra característica dessa quadra é a existência de uma rua sem saída, a rua Benedito da Silva (sentido leste-oeste), a qual acaba justamente na lateral oeste do terreno, que corta a quadra no sentido norte-sul. Isso torna esse terreno muito singular, uma vez que possui três acessos e dois eixos principais, além de apresentar um desnível de 10.02 metros entre as ruas Conde do Pinhal e Treze de Maio, características que nortearam o desenvolvimento do projeto. Nas imagens ao lado é possível localizar o terreno dentro da quadra e também suas três principais características.
ONDE
DO PI
RUA ALÍPIO BENEDITO
RUA BENEDITO DA SILVA
RUA TREZE DE MAIO
NHAL RUA VISCONDE DE INHAÚMA
RUA C
mapa de localização do terreno sem escala
16.22
m
38.08m
24.10m
-10.02m
eixo leste-oeste
74.24m
39.33m
16.26m
7.23m
26.27m
16.37m
Na imagem ao lado estão indicadas, em preto, as dimensões do terreno, que resultam em uma área total de 2672m². Já em vermelho, estão indicadas as 3 principais características do terreno. As bolas representam os 3 acessos, as linhas, os dois eixos e as cotas representam o desnível total.
0.00m
20.41m eixo norte-sul
características do terreno sem escala
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Nas próximas páginas, segue uma sequência de imagens ilustrativas do entorno da quadra e do terreno, começando por uma foto tirada da rua Visconde de Inhaúma, a algumas quadras de distância do terreno que, devido ao desnível do local, permite uma visão de cima da quadra escolhida.
vista de cima da área
cruzamento das ruas Visconde de InhaĂşma e Conde do Pinhal
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Rua Conde do Pinhal
acesso da Rua Conde do Pinhal
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Rua Conde do Pinhal
cruzamento das ruas Conde do Pinhal e AlĂpio Benedito
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cruzamento das ruas AlĂpio Benedito e Benedito da Silva
Rua Benedito da Silva
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acesso da Rua Benedito da Silva
cruzamento das ruas AlĂpio Benedito e Treze de Maio
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edifĂcios habitacionais da Rua Treze de Maio
acesso da Rua Treze de Maio
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cruzamento das ruas Treze de Maio e Visconde de InhaĂşma
Rua Visconde de InhaĂşma
83
84
Desta forma, a ideia que norteou a implantação do conjunto foi a busca desses vazios de centro de quadra, os quais permitem que os lotes deixem de ser simples lotes para transformem-se em passagem urbana e mais, no caso do terreno escolhido, tais vazios permitiram ainda que uma rua sem saída ganhasse também esse caráter de passagem. Com base nisso e pensando no conjunto como algo formado por uma parte habitacional e por uma parte que toca o terreno de fato, me pareceu coerente dar a essa segunda parte um caráter mais comercial, para que o eixo norte-sul do terreno se tornasse então uma rua para pedestres. O corte esquemático a seguir, ao longo do eixo norte-sul, mostra justamente a divisão do conjunto final.
Rua Treze de Maio
PARTE HABITACIONAL Rua Conde do Pinhal PARTE COMERCIAL
Devido ao grande desnível do terreno (10.02m), não seria possível fazer a rua de pedestres em uma única reta, pois ela teria uma inclinação superior aos 8% necessários para a acessibilidade de cadeirantes, uma vez que o comprimento total da mesma seria de 100 metros. Assim, foi necessário patamarizar o terreno, dividindo o desnível em três partes - cada uma com 3.34m - e adicionando, portanto, elevadores, rampas e escadas para o acesso entre os patamares. Assim, enquanto a parte habitacional do conjunto é composta por 9 pavimentos, a parte comercial do mesmo é dividida em 4 pavimentos, os quais abrigam um mini-mercado, uma padaria ou café, uma lavanderia, um atelier de costura, um bar ou lanchonete, além de contar com espaços para clínicas médicas e escritórios. Essa parte comercial conta ainda com áreas de estacionamento tanto para os moradores do conjunto quanto para aqueles que farão uso do comércio oferecido.
Rua Treze de Maio
33.40m 30.06m 26.72m 23.38m 20.04m 16.70m 13.36m 10.02m 6.68m 3.34m -0.00m -3.34m -6.68m -10.02m
habitação habitação habitação habitação habitação habitação habitação habitação habitação comércio comércio comércio comércio
Rua Conde do Pinhal
85
86
A partir de tais diretrizes, o conjunto foi implantado ao longo do comprimento total do terreno, dividindo o mesmo em duas partes, uma a oeste do conjunto e outra a leste. Na parte oeste, na qual a rua sem saída acaba, criei duas rampas metálicas que funcionam como a continuidade da rua dentro do projeto. Como a rua encontra-se na cota -5.02m, uma das rampas sobe até a cota -3.34m e a outra desce até a cota -6.68m, ambas com inclinação de 8.33%. Ao chegar na cota -6.68m o pedestre encontra uma grande praça arborizada e, a partir desse nível pode acessar o comércio deste nível (padaria/café) ou então os dos níveis superiores e inferiores, tanto através das rampas de aço do átrio quanto através das escadas e do elevador. Se o pedestre optar por subir até a cota -3.34m, ele tem acesso a uma praça e a uma área impermeabilizada, e também pode acessar tanto os comércios deste nível (lavanderia, atelier de costura, bar/lanchonete) quanto os dos níveis acima ou abaixo, também através do sistema de rampas do átrio, das escadas e do elevador. Já na parte leste, na cota -6.68m, tem-se um deck ao lado de um comércio - que pode ser tanto uma padaria quanto um café -, com acesso a uma praça e a uma área com pé direito duplo que faz a ligação entre os dois lados, leste e oeste. Além disso, na cota -3.34m, há também um deck ao lado de um comércio, o qual pode ser tanto um bar quanto uma lanchonete. Além do acesso oeste, existem mais dois acessos para a área, um a sul e outro a norte. O acesso sul, na cota 0.00m, leva o pedestre diretamente ao pavimento que contempla clínicas médicas e escritórios, e por ser o nível mais alto da parte comercial do conjunto, faz com que ele tenha que descer para acessar os outros níveis, utilizando as escadas e elevador ou então as rampas do átrio. Chegando à área pelo acesso norte, na cota -10.02m, o pedestre se depara com um mini-mercado de pé direito duplo, único comércio deste pavimento, além de encontrar vagas de estacionamento destinadas aos usuários do comércio. Em seguida, ele pode optar por subir até os outros pavimentos, neste caso, utilizando apenas a escada ou o elevador, uma vez que o átrio não chega até este nível. Assim, os níveis destinados ao comércio vão do -10.02m até o 0.00m, e é só a partir do nível 3.34m que a parte habitacional começa. O acesso dos moradores para suas habitações se dá em todos os níveis, inclusive há tanto um subsolo destinado a vagas de garagem na cota -13.36, quanto outras duas áreas de garagem para os moradores nas cotas -6.68m e -3.34m. Sendo assim, seguem a implantação, os cortes e as plantas do projeto.
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500
87
88 PARTE HABITACIONAL (de acordo com o número de módulos de descansar)
PARTE COMERCIAL
1.2 3.6
7.2 5
HABITAÇÃO
14.4 10
15
20
ESTACIONAMENTO COMÉRCIO
CORTE AA- esquemático ESCALA 1:500
PARTE HABITACIONAL (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
PARTE COMERCIAL
COMÉRCIO ESTACIONAMENTO
1.2 3.6
7.2 5
HABITAÇÃO
14.4 10
15
20
ESTACIONAMENTO COMÉRCIO
CORTE AA- esquemático ESCALA 1:500
89
90 1.2 3.6
7.2
14.4
5
10
15
20
CORTE AA ESCALA 1:500
HABITAÇÃO HABITAÇÃO PARTE HABITACIONAL (de acordo com o número de módulos de descansar)
1.2 3.6
7.2
14.4
ESTACIONAMENTO
PARTE HABITACIONAL (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
PARTE
PARTE
COMERCIAL
COMERCIAL
5
10
15
20
CORTES BB - esquemáticos ESCALA 1:500
CORTE BB ESCALA 1:500
91
92 1.2 3.6
7.2 5
PLANTA COTA -13.36m estacionamento residências - 36 vagas (entrada cota -10.02m; saída cota 0.00m) ESCALA 1:500
14.4 10
15
20
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTA -10.02m mini-mercado estacionamento comércio - 24 vagas (entrada/saída cota 0.00m) ESCALA 1:500
93
94 1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTA -6.68m padaria/café estacionamento residências - 13 vagas (entrada/saída cota 0.00m) ESCALA 1:500
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTA -3.34m lavanderia, atelier costura, bar/lanchonete estacionamento residĂŞncias - 06 vagas (entrada/saĂda cota 0.00m) ESCALA 1:500
95
96 1.2 3.6
7.2 5
PLANTA COTA 0.00m cl铆nicas e escrit贸rios ESCALA 1:500
14.4 10
15
20
planta esquemática pavimento tipo 1 (de acordo com número de módulos de descansar)
planta esquemática pavimento tipo 1 (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTAS 6.68m e 16.70m habitação andares 2 e 5 pavimento tipo 1 ESCALA 1:500
97
98
planta esquemática pavimento tipo 9 (de acordo com número de módulos de descansar)
planta esquemática pavimento tipo 9 (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTAS 3.34m, 20.04m e 23.38m habitação andares 1, 6 e 7 pavimento tipo 9 ESCALA 1:500
planta esquemática pavimento tipo 13 (de acordo com número de módulos de descansar)
planta esquemática pavimento tipo 13 (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTA 10.02m habitação andar 3 pavimento tipo 13 ESCALA 1:500
99
100
planta esquemática pavimento tipo 14 (de acordo com número de módulos de descansar)
planta esquemática pavimento tipo 14 (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTAS 13.36m e 30.06m habitação andares 4 e 9 pavimento tipo 14 ESCALA 1:500
planta esquemática pavimento tipo 15 (de acordo com número de módulos de descansar)
planta esquemática pavimento tipo 15 (de acordo com o tipo de módulo de reunir)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
PLANTA COTA 26.72m habitação andar 8 pavimento tipo 15 ESCALA 1:500
101
102
A seguir estão colocadas três montagens as quais simulam os acessos das ruas Conde do Pinhal e Treze de Maio, além de imagens da maquete física do projeto.
acesso pela Rua Conde do Pinhal
acesso pela Rua Conde do Pinhal
103
104
acesso pela Rua Treze de Maio
IMPLANTAÇÃO 105
106
ELEVAÇÃO LESTE
ELEVAÇÃO OESTE 107
ELEVAÇÃO SUL
ELEVAÇÃO NORTE 108
109
110
111
112
113
114
A parte habitacional do conjunto é formada por 9 pavimentos, cada um com 6 unidades, um total de 54 unidades, dentre as quais: • 2 do tipo A1; • 6 do tipo A2; 3 módulos de descansar • 5 do tipo C1; • 1 do tipo A4; • 14 do tipo B1; 2 módulos de descansar • 1 do tipo B2; • 3 do tipo C5; • 10 do tipo A5; • 1 do tipo A6; 1 módulo de descansar • 1 do tipo B3; • 10 do tipo B5. Levando em conta que apartamentos com 1 módulo de descansar possuem densidade de 1,25 habitante/unidade, com 2 módulos, 2,50 habitantes/unidade e com 3 módulos, 3,75 habitantes/unidade (PER, A. F, MOZAS, J., ARPA, J., 2009), esse estudo de caso abriga 123,75 habitantes em uma área de 0,2672 hectares. Logo a densidade do projeto é de 463 habitantes/ha ou 46300 habitantes/km², dando a essa área central de São Carlos um caráter bem mais adensado se comparado com a densidade da cidade, 2,10 habitantes/ha ou 210 habitantes/km² (fonte: IBGE). Para construir esse conjunto, o sistema estrutural escolhido é composto por pilares e vigas de aço com laje alveolar pré-fabricada de concreto protendido e com fechamentos em painéis de drywall. Os pilares e vigas possuem um vão de 6,00m, transversal ao eixo norte-sul do projeto, e vãos variáveis ao longo do mesmo eixo, com medidas de 7,20m, 6,00m, 4,80m e 3,60m. A laje alveolar está disposta no sentido do vão transversal ao eixo norte-sul, de modo a permitir os balanços correspondentes às passarelas de 2,40m ao lado do comércio e às varandas de 1,20m das unidades habitacionais. Os painéis de drywall estão divididos em 6 tipos: • painel parede; • painel janela do módulo D; • painel janela do banheiro; • painel janela da cozinha; • painel porta (de entrada da unidade, do banheiro e do módulo D); • painel porta do módulo R. As plantas e cortes deste sistema estrutural estão nas imagens a seguir.
detalhamento 1 ENCONTRO VIGA PILAR (página 120)
detalhamento 5 RAMPAS (página 135)
detalhamento 2 LAJE ALVEOLAR (página 121)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
detalhamento 2 SKYGARDEN (praça em cima do estacionamento) (página 121)
detalhamento 6 ESCADAS EXTERNAS E INTERNAS (página 136)
PLANTA ESTRUTURAL A andares 2, 3, 4, 5 e 9 (todas as unidades com varanda) ESCALA 1:500
115
116
detalhamento 1 ENCONTRO VIGA PILAR (página 120)
detalhamento 5 RAMPAS (página 135)
detalhamento 2 LAJE ALVEOLAR (página 121)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
detalhamento 2 SKYGARDEN (praça em cima do estacionamento) (página 121)
detalhamento 6 ESCADAS EXTERNAS E INTERNAS (página 136)
PLANTA ESTRUTURAL B andares 1, 6, 7 e 8 (apenas 3 unidades com varanda) ESCALA 1:500
detalhamento 1 ENCONTRO VIGA PILAR (página 120)
detalhamento 5 RAMPAS (página 135)
detalhamento 6 ESCADAS EXTERNAS E INTERNAS (página 136)
detalhamento 2 LAJE ALVEOLAR (página 121)
1.2 3.6
7.2 5
14.4 10
15
20
detalhamento 2 SKYGARDEN (praça em cima do estacionamento) (página 121)
PLANTA ESTRUTURAL C andares comerciais ESCALA 1:500
117
118
detalhamento 4 PAINÉIS DRYWALL (página 124)
1.2 3.6
7.2
14.4
5
10
detalhamento 3 FORRO (página 122)
15
20
detalhamento 5 RAMPAS DO ÁTRIO (página 135)
CORTE ESTRUTURAL AA ESCALA 1:500
detalhamento 3 FORRO (página 122) detalhamento 4 PAINÉIS DRYWALL (página 124)
detalhamento 5 RAMPAS DO ÁTRIO (página 135)
CORTE ESTRUTURAL BB ESCALA 1:500 119
A seguir estão colocados os detalhamentos indicados nas plantas e cortes das páginas anteriores.
DETALHAMENTO 1 ENCONTRO VIGA PILAR; PILARES DE AÇO; PERFIL I; lagura 0.30m, altura 0.30m; VIGAS DE AÇO; PERFIL I; largura 0.30m, altura 0.36m.
ESCALA 1:25 .1 .2 .3 .4 .5
1
PLANTA
placas soldadas em toda a extensão do perfil das vigas e aparafusada ao pilar
120
DETALHAMENTO 2 LAJE - alveolar de concreto protendido; “Composta de placas de concreto protendido que possuem seção transversal com altura constante e alvéolos longitudinais, responsáveis pela redução do peso da peça. Estas placas protendidas são produzidos na largura de 124,5 cm e nas alturas de 15, 20, 26 e 30 cm, com concreto de elevada resistência característica à compressão (fck ≥ 45 MPa) e com aços especiais (CP190) para protensão.” (fonte: Catálogo Laje Alveolar, Grupo Sistrel); medidas de projeto: espessura 0.15m, comprimentos de 6.00m, 7.20m e 8.40m, largura fixa de 1.245m; cobertura do edifício: laje impermeabilizada; praça leste da cota -6.68m (em cima do estacionamento): teto verde ou skygarden.
ESQUEMA LAJE ALVEOLAR ESQUEMA SKYGARDEN
(fonte: Catálogo Laje Alveolar, Grupo Sistrel)
Substrato Skygarden Ten Espessura de 10cm Manta Geodrenante Mcdrain e/ou Bidim
Laje
Proteção Mecânica Impermeabilização
SISTEMA DE TELHADO VERDE SKYGARDEN TEN Especificação: • espessura de substrato Skygarden - 10cm. • embalagens de 40 litros por m² - 2,5 embalagens. • vegetação - sem restrição para plantas herbáceas, forrações e arbustos. • pisoteio - livre, como um jardim convencional. • peso saturado - 85kg/m². • reservatório de água - 40l/m².
(fonte: Manual SkyGarden, ENVEC)
121
DETALHAMENTO 3 FORRO KNAUF D112 unidirecional - “utiliza uma estrutura metálica na qual são parafusadas uma ou mais chapas de drywall. A estrutura é fixada na laje superior e nas paredes laterais por meio de guias, perfis, tirante e suportes niveladores.” (fonte: Catálogo Tetos e Forro removíveis Knauf, 2011)
LAJE VIGA FORRO
CORTE ESCALA 1:25
122
.1 .2 .3 .4 .5
1
(fonte: Catálogo Tetos e Forros removíveis Knauf, 2011)
(fonte: CatĂĄlogo Tetos e Forros removĂveis Knauf, 2011)
123
DETALHAMENTO 4 PAINÉIS DRYWALL PAREDE KNAUF W111 - “Constituída por uma chapa de drywall Knauf fixada de cada lado de uma estrutura formada por perfis de aço galvanizado com larguras de 48, 70 ou 90mm. Proporciona, em comparação com a alvenaria, redução de peso de até 86% e ganho de área útil de até 4%. Normalmente utilizada como paredes que dividem ambientes internos em unidades comerciais ou residenciais.” (fonte: Catálogo Paredes Knauf, 2014) 6
1
3 4 3
7 1
5
2
6 (fonte: Catálogo Paredes Knauf, 2014)
124
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
125
126
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
127
PAREDE KNAUF W112 - “Constituída por duas chapas de drywall Knauf fixadas de cada lado de uma estrutura formada por perfis de aço galvanizado com larguras de 48, 70 ou 90mm. Seu isolamento acústico varia de 42 a 47dB, sem lã mineral. Com lã mineral, sobe até 55dB nas paredes de maior espessura. Indicada para separar unidades distintas ou a unidade da área comum (hall de elevador ou corredor.” (fonte: Catálogo Paredes Knauf, 2014) 6
8 3
1
4 3
5
7 8
1
2 5
6 (fonte: Catálogo Paredes Knauf, 2014)
128
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
129
130
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
(fonte: Catรกlogo Paredes Knauf, 2014)
131
OS PAINÉIS DO PROJETO • painel parede; • painel janela do módulo D; • painel janela do banheiro; • painel janela da cozinha; • painel porta (de entrada da unidade, do banheiro e do módulo D); • painel porta do módulo R.
painel parede
painel janela do módulo D
painel janela do banheiro
painel janela da cozinha
painel porta
132
painel porta do módulo R
Seguem algumas imagens de refer锚ncia das esquadrias propostas para cada painel.
painel parede (fonte: www.gessofinaarte.com.br)
painel janela do m贸dulo D (fonte: www.alumixbr.com.br)
painel janela do banheiro (fonte: www.arteboxtatui.com.br)
133
painel janela da cozinha (fonte: www.vnscvidros.com.br)
painel porta banheiro e m贸dulo D entrada (fonte: www.diamanteportasejanelas.com.br)
painel porta do m贸dulo R 134
(fonte: www.jpesquadrias.com.br)
DETALHAMENTO 5 RAMPAS DE AÇO; acesso pela Rua Benedito da Silva; átrio de acesso entre os pavimentos.
1. inclinação 8,33% comprimento 20,00m altura 1,68m 1 lance: sobe da cota -5,02m até a cota -3,34m
1
2. inclinação 8,33% comprimento 19,90m altura 1,66m 1 lance: sobe da cota -6,68m até a cota -5,02m
2
rampas de acesso pela Rua Benedito da Silva
4 3
3 4
3. inclinação 8,33% comprimento 18,00m altura 1,50m 4 lances: sobe da cota -6,68m até a cota -5,18m; da -5,01m a -3,51m; da -3,34m a -1,84m e da -1,67m a -0,17m. 4. inclinação 8,33% comprimento 19,90m altura 1,66m 4 lances: sobe da cota -5,18m até a cota -5,01m; da -3,51m a -3,34m; da -1,84m a -1,67m e da -0,17m a 0,00m.
rampas do átrio de acesso entre os pavimentos
135
DETALHAMENTO 6 ESCADAS; externas: acesso entre as cotas 0.00m e -10.00m; internas: escadas de emergência do conjunto.
escadas externas
escadas internas
• ambas as escadas possuem altura de 3,34m, transposta por 18 degraus (18 espelhos de 0,185m e 17 pisos de 0,28cm); • enquanto as externas se dão em um lance único, as internas se dão em dois lances.
136
Com esses detalhamentos concluo meu projeto de TGI. Ao longo do processo, a ideia sempre foi encontrar meios de atender a variabilidade de perfis e necessidades dentro da habitação multifamiliar. Assim, todas as minhas ações estiveram voltadas para a customização das unidades habitacionais, de modo a permitir que cada morador de um edifício tivesse a liberdade de montar seu próprio apartamento. Para isso, elaborei o sistema MÓDULO - UNIDADE - CONJUNTO - CIDADE e desenvolvi cada parte dele. Criei os módulos tridimensionais a partir das partes de uma residência e para cada módulo - módulo de descansar D, de reunir R e hidráulico H -, criei variações - D1, D2, D3, D4 e D5, R1, R2, R3 e R4, H1 e H2. É dentro deste universo de variações que o morador escolhe aquele módulo que melhor se adapta às suas necessidades, montando assim sua unidade personalizada. Para formar as unidades, utilizei o conceito de gramática da forma e, assim, os moradores devem seguir uma determinada regra para montá-las. A regra em questão levou em consideração a escolha do terreno, a definição de uma implantação e a malha estrutural proposta, de modo que considero este trabalho um estudo de caso, uma vez que partindo dos mesmos módulos, mas utilizando uma regra diferente, é possível formar diferentes unidades e conjuntos. Em seguida o conjunto foi desenvolvido a partir de estudos de combinação feitos entre as unidades, os quais geraram algumas possibilidades de pavimentos, dentre as quais 5 foram escolhidas para compor a parte habitacional do conjunto. O local escolhido para inserir este projeto na cidade foi uma quadra com um grande vazio central, no qual transformei simples lotes em passagem urbana, conformando uma rua de pedestres com comércio. Tal rua acontece em três patamares, os quais são interligados por escadas, rampas e elevadores, e em cada patamar há espaços destinados ao uso comercial, além de praças e deck’s de uso público. É em cima dessa estrutura comercial que a parte habitacional se desenvolve, com acesso apenas para os moradores do conjunto. Desta forma, assim como proponho uma maneira diferente para que a habitação seja construída, também o faço quando insiro o conjunto na cidade, dando à implantação um caráter mais interessante do que aquele que se tem na cidade hoje, onde os edifícios estão fechados em si mesmos, cada um dentro de seu próprio lote. Ao rasgar a quadra de fora a fora através de uma nova rua, abro-a para o exterior, expondo suas qualidades e chamando o pedestre para dentro dela.
137
138
BIBLIOGRAFIA
139
140
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IMAGENS REFERÊNCIA DAS ESQUADRIAS Alumix Esquadrias Especias: http://www.alumixbr.com.br. ArteBox Vidros Temperados: http://www.arteboxtatui.com.br. Diamante Portas e Janelas: http://diamanteportasejanelas.com.br. Gesso Fina Arte: http://www.gessofinaarte.com.br. JP Esquadrias: http://www.jpesquadrias.com.br. Vidraçaria N. S. da Conceição: http://www.vnscvidros.com.br.
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