TCC Arquitetura e Urbanismo - Universidade Paulista 06/2020

Page 1


Curso de Arquitetura e Urbanismo Campus Anchieta

CENTRO EDUCATIVO MULTICULTURAL ALZIRA FRANCO CAROLINE DOS SANTOS

Monografia apresentada para obtenção do título em nível de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista – UNIP, sob a orientação da Professora Thaís Pestana.

SÃO PAULO 2020


Agradecimentos

Agradeço primeiramente à minha família, por proporcionar todo apoio possível para que eu pudesse realizar a graduação em Arquitetura e Urbanismo, e também ao meu marido por sempre permanecer ao meu lado nos momentos difíceis.


RESUMO

ABSTRACT

O presente trabalho de curso tem como objetivo apresentar a

The current paper aims to present an architectural project of an

elaboração de um projeto arquitetônico de um Centro Educativo

Multicultural Educational Center, aside with a diagnosis of the area in

Multicultural, assim como o diagnóstico da área de estudo, levantamento

question, data collection in regard of the current legislation and the reading

de dados a respeito da legislação vigente e a leitura do espaço urbano no

of the urban space it will be inserted.

qual será inserido. The main goal of the project is to bring education, study and O principal objetivo do projeto é levar educação, oficinas de estudos e lazer aos moradores e visitantes da região da Vila Homero Thon e

recreation workshops to residents and visitors of the region of Vila Homero Thon and Jardim Alzira Franco in Santo André – SP.

Jardim Alzira Franco em Santo André – SP.

Keywords: Project. Education. Recreation. Palavras chave: Projeto. Educação. Lazer.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Localização Santo André na Região Metropolitana de São Paulo..10

Figura 27 – Mapa de estado de conservação........................................20

Figura 2 – Área urbana e área de mananciais................................................10

Figura 28 – Mapa de uso do solo...........................................................21

Figura 3 – Mapa esquemático do Município de Santo André..........................10

Figura 29 – Mapa de mobilidade urbana................................................21

Figura 4 – Releitura das ruínas de Santo André da Borda do Campo.............11

Figura 30 – Mapa de sistema viário........................................................21

Figura 5 – Malha urbana 1938.........................................................................11

Figura 31 – Proposta de intervenção Master Plan Liga..........................23

Figura 6 – Malha urbana 1948.........................................................................11

Figura 32 – Terminal de ônibus..............................................................23

Figura 7 – Malha urbana 1954.........................................................................11

Figura 33 – Edifícios residenciais com fachada ativa.............................23

Figura 8 – Macrozona urbana.........................................................................12

Figura 34 – Projeto final divisão de quadras Master Plan Liga...............24

Figura 9 – Taxa de permeabilidade.................................................................13

Figura 35 – Localização CEU Pimentas.................................................27

Figura 10 – Índices urbanísticos.....................................................................13

Figura 36 – Vista aérea CEU Pimentas..................................................27

Figura 11 – Mapa de áreas contaminadas......................................................14

Figura 37 – CEU Pimentas.....................................................................27

Figura 12 – Mapa de cheios e vazios..............................................................14

Figura 38 – Implantação CEU Pimentas.................................................28

Figura 13 – Mapa de áreas verdes..................................................................15

Figura 39 – Pavimento superior CEU Pimentas......................................28

Figura 14 – Mapa ilhas de calor......................................................................15

Figura 40 – Praça central CEU Pimentas...............................................28

Figura 15 – Mapa de uso do solo....................................................................16

Figura 41 – Pavimento térreo CEU Pimentas.........................................29

Figura 16 – Mapa de gabarito de altura..........................................................16

Figura 42 – Estudo de insolação CEU Pimentas....................................29

Figura 17 – Mapa de estado de conservação.................................................17

Figura 43 – Fachada aberta para o pátio interno....................................29

Figura 18 – Mapa de equipamentos urbanos..................................................17

Figura 44 – Corte 1 CEU Pimentas........................................................30

Figura 19 – Mapa de sistema viário................................................................18

Figura 45 – Corte 2 CEU Pimentas........................................................30

Figura 20 – Mapa de mobilidade urbana.........................................................18

Figura 46 – Localização Escola Secundária em Cabrils.........................31

Figura 21 – Mapa de áreas contaminadas......................................................19

Figura 47 – Escola Secundária de Cabrils..............................................31

Figura 22 – Mapa de cheios e vazios..............................................................19

Figura 48 – Praça da Escola Secundária................................................31

Figura 23 – Mapa de áreas verdes..................................................................19

Figura 49 – Brise Escola Secundária......................................................31

Figura 24 – Mapa ilhas de calor......................................................................19

Figura 50 – Implantação Escola Secundária...........................................32

Figura 25 – Mapa de uso do solo....................................................................20

Figura 51 – Pavimento térreo Escola Secundária...................................33

Figura 26 – Mapa de gabarito de altura..........................................................20

Figura 52 – Primeiro pavimento Escola Secundária................................34


Figura 53 – Segundo pavimento Escola Secundária......................................35

Figura 81 – Ventilação cruzada......................................................................61

Figura 54 – Corte Escola Secundária.............................................................35

Figura 82 – Ventilação no edifício..................................................................61

Figura 55 – Localização SESC Birigui............................................................36

Figura 83 – Fachada leste/sul........................................................................61

Figura 56 – Fachada SESC Birigui.................................................................36

Figura 84 – Fachada Norte............................................................................61

Figura 57 – SESC Birigui...............................................................................36

Figura 85 – Veneziana para ventilação permanente.......................................61

Figura 58 – Pavimento térreo SESC Birigui...................................................37

Figura 86 – Vidro para ventilação permanente...............................................61

Figura 59 – Pavimento intermediário SESC Birigui........................................38

Figura 87 – Fachadas principais....................................................................62

Figura 60 – Pavimento superior SESC Birigui................................................39

Figura 88 – Cobertura....................................................................................62

Figura 61 – Corte 1 SESC Birigui...................................................................39

Figura 89 – Indicações da cisterna e caixa d’água.........................................62

Figura 62 – Corte 2 SESC Birigui...................................................................39

Figura 90 – Telha galvanizada isolante térmica e atenuação acústica...........63

Figura 63 – Terreno para o projeto.................................................................41

Figura 91 – Parede dupla...............................................................................63

Figura 64 – Vista aérea do terreno.................................................................42

Figura 92 – Vista explodida da estrutura........................................................65

Figura 65 – Fachada Av. dos Estados............................................................42

Figura 93 – Perspectiva estrutural..................................................................65

Figura 66 – Nível do terreno em relação a rua...............................................42

Figura 94 – Entrada CEMAF..........................................................................66

Figura 67 – Avenida dos Estados...................................................................42

Figura 95 – Bicicletário...................................................................................67

Figura 68 – Insolação terreno.........................................................................43

Figura 96 – Espaço descanso........................................................................68

Figura 69 – Gráfico de temperatura...............................................................43

Figura 97 – Fachada principal com letreiro....................................................69

Figura 70 – Gráfico rosa dos ventos /São Paulo............................................43

Figura 98 – Entrada da praça.........................................................................70

Figura 71 – Gráfico de temperatura...............................................................43

Figura 99 – Centro da praça...........................................................................71

Figura 72 – Setorização térreo.......................................................................48

Figura 100 – Área recreativa piscinas............................................................72

Figura 73 – Setorização pavimento superior..................................................48

Figura 101 – Vista dentro do restaurante.......................................................73

Figura 74 – Conceito do projeto.....................................................................49

Figura 102 – Quadras....................................................................................74

Figura 75 – Volumetria explodida...................................................................50

Figura 103 – Fundo da praça.........................................................................75

Figura 76 – Inércia térmica.............................................................................60

Figura 104 – Vista aérea................................................................................76

Figura 77 – Materiais de evonltória................................................................60

Figura 105 – Quadra de vôlei de praia...........................................................77

Figura 78 – Aquecimento solar.......................................................................60

Figura 106 – Vista aérea da ligação / barreira................................................78

Figura 79 – Fachada principal........................................................................60

Figura 107 – Vista aérea da cobertura do edifício..........................................79

Figura 80 – Fachada Oeste............................................................................60

Figura 108 – Detalhe cobogó com vista para área recreativa das piscinas....80


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................8

4.5

CAPÍTULO 1....................................................................................................9

CAPÍTULO 5..................................................................................................51

1.1

Localização área de estudo................................................................10

5.1

1.2

Breve histórico.....................................................................................11

5.1.1 Implantação..........................................................................................52

1.2.1 Evolução da malha urbana..................................................................11

5.1.2 Planta pavimento superior.....................................................................53

1.3

Levantamento de dados.....................................................................12

5.1.3 Planta de cobertura...............................................................................53

1.3.1 Legislação............................................................................................12

5.1.4 Planta de forma do térreo......................................................................55

1.3.2 Plano diretor participativo de Santo André............................................12

5.1.5 Planta de forma do pavimento superior.................................................55

1.3.3 Mapas de estudo..................................................................................14

5.1.6 Memorial de cálculo..............................................................................57

1.3.4 Diagnóstico geral..................................................................................22

5.1.7 Cortes...................................................................................................58

1.4

5.1.8 Elevações.............................................................................................59

Intervenção..........................................................................................23

Volumetria e índices urbanísticos......................................................50

Projeto arquitetônico..........................................................................52

CAPÍTULO 2..................................................................................................25

5.2

Estratégias bioclimáticas...................................................................60

2.1

Escolha do tema e justificativa..........................................................26

5.2.1 Conforto térmico....................................................................................60

2.2

Projetos de referência.......................................................................27

5.2.2 Ventilação natural..................................................................................61

2.2.1 CEU Pimentas.....................................................................................27

5.3

Estratégias ecoeficientes....................................................................62

2.2.2 Escola Secundária em Cambrils..........................................................31

5.3.1 Iluminação natural.................................................................................62

2.2.3 SESC Birigui........................................................................................36

5.3.2 Cogeração de energia elétrica...............................................................62

CAPÍTULO 3..................................................................................................40

5.3.3 Captação de água da chuva..................................................................62

3.1

Escolha do terreno.............................................................................41

5.3.4 Controle de ruídos.................................................................................63

3.2

Fotos terreno......................................................................................42

CAPÍTULO 6..................................................................................................64

3.3

Estudo de insolação..........................................................................43

6.1

Projeto 3D............................................................................................65

CAPÍTULO 4..................................................................................................44

6.1.1 Estrutura................................................................................................65

4.1

Programa de necessidades e quadro de áreas.................................45

6.1.2 Fachadas...............................................................................................66

4.2

Fluxograma..........................................................................................47

CONCLUSÃO................................................................................................69

4.3

Setorização..........................................................................................48

REFERÊNCIAS..............................................................................................70

4.4

Conceito e partido...............................................................................49


INTRODUÇÃO Nos dias atuais, com o crescimento da população, as dificuldades

O lote escolhido para tal intervenção, está situado na Avenida dos

são grandes para encontrar espaços adequados para as pessoas, que

Estados entre a Vila Homero Thon e o Jardim Alzira Franco, possuindo uma

possam proporcionar ambientes de qualidade para o lazer e educação.

grande área de vegetação rasteira. A partir da intervenção denominada

Neste âmbito, tal crescimento não foi acompanhado no que se refere à

masterplan liga, realizado pela turma AU9A da UNIP Anchieta, foi feito o

habitação e serviços urbanos. As cidades não somente devem ter um

parcelamento de quadras e lotes, a inserção de ruas para acesso dos ônibus,

espaço para tais atividades, mas também um lugar para incentivo do

um grande terminal modal e passarelas interligando os dois lados da ferrovia.

convívio entre as pessoas. Portanto, o projeto proposto pretende promover o convívio dos Após a análise do Eixo Tamanduateí, tendo em foco o trecho do

moradores, incentivando a cidadania, deixando evidente o quanto um

viaduto Pedro Dell Antônia até o viaduto Salvador Avamileno, percebemos

equipamento público pode afetar na vida de uma cidade, tornando ela mais

o quanto a linha férrea é uma barreira que impossibilita o acesso dos

segura e mais convidativa.

moradores da periferia aos equipamentos públicos e áreas de lazer. No trecho que se estende do Jardim Alzira Franco até a Vila Homero Thon, notamos que há uma grande concentração de pessoas em áreas invadidas e insalubres. Essa questão pode ser resolvida com a implantação de habitações e grandes equipamentos de saúde, lazer e educação, já que a região é carente de equipamentos desse porte.

Com o intuito de escolher um tema que agregasse ao meio o qual foi inserido, e que promovesse lazer e ao mesmo tempo educação e esportes, incentivando o convívio entre os moradores, decidiu-se pela implantação de um Centro Educativo Multicultural. Com propostas de oficinas de estudo na área de artes, meio ambiente, mercado financeiro, entre outros, levando conhecimento em todos os campos necessários, que muitas vezes não são oferecidos nem mesmo nas escolas. Unindo também, cultura, lazer e conhecimento em um só equipamento, tornando acessível atividades que seriam necessárias um deslocamento maior.

8


CapĂ­tulo 1


Figura 3 – Mapa esquemático do Município de Santo André

1.1 LOCALIZAÇÃO ÁREA DE ESTUDO Figura 1 – Localização Santo André na Região Metropolitana de São Paulo

Eixo Tamanduateí Área de Estudo

Fonte: PSA. Elaboração: DISE/SOPP/PSA

Figura 2 – Área urbana e área de mananciais

A área de estudo está situada no eixo Tamanduateí (figura 3), na região que se Eixo Tamanduateí Área urbana

estende do viaduto Pedro Dell Antônia até o viaduto Salvador Avamileno em Santo André – SP.

Área de mananciais

Responsável por interligar a região da Grande São Paulo com a capital.

Fonte: Prefeitura de Santo André acesso em: https://consulta.siscam.com.br/camarasantoandre/Documentos/Documento/43921 Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU) Departamento de Projetos Urbanos.

10


1.2 BREVE HISTÓRICO Uma questão importante no contexto de modernização da região em Nos primeiros anos da história do Brasil colonial, o portugueses tinham

meados do século XIX, foi a instalação da ferrovia nas proximidades do Rio

grande preocupação em defender as costas brasileiras de invasões

Tamanduateí. Esse empreendimento visava a melhoria do transporte de produtos

francesas e holandesas, pois, os mesmos não compartilharam da divisão

agrícolas do interior para o Porto de Santos, em especial o café que começava a

expressa no Tratado e Tordesilhas.

ser produzido em larga escala na Província de São Paulo. Tal situação começou

Nos primórdios do século XV, os países que possuíssem uma terra

a atrair indústrias que se aproveitavam das facilidades de transporte, da

com maior exploração de riquezas, era superior que os demais. Assim,

disponibilidade de áreas próximas à linha férrea e ao rio, além dos incentivos

devido a vários ataques às suas terras, Portugal aumentou a colonização

fiscais apresentados pelo município.

das costas brasileiras, fortificando o litoral com a criação de vilas.

Fonte: Anuário de Santo André

Após impasses sofridos por João Ramalho, o então rei de Portugal, conseguiu criar a vila de Santo André da Borda do Campo. Um ponto de

1.2.1 EVOLUÇÃO DA MALHA URBANA Figura 5 – Malha urbana 1938

Figura 7 – Malha urbana 1954

Fonte: Prefeitura de Santo André

Fonte: Prefeitura de Santo André

parada e descanso entre o litoral e o interior. Os jesuítas, instalados na Vila de São Vicente, transferiram seu colégio em 1954 para a Aldeia de São Paulo de Piratininga. Fonte: Anuário de Santo André

Figura 4 – Releitura das ruínas de Santo André da Borda do Campo

Figura 6 – Malha urbana 1948 Fonte: Anuário de Santo André

Após dificuldades de subsistência, pressão dos jesuítas e pouca proteção, Santo André foi transferida para São Paulo de Piratininga em 1560, deixando de ser unidade administrativa e tornando-se um local de passagem entre o Porto de Santos, a capital e o interior. Fonte: Prefeitura de Santo André

11


1.3 LEVANTAMENTO DE DADOS

1.3.2 PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE SANTO ANDRÉ Parâmetros Urbanísticos

1.3.1 LEGISLAÇÃO Com o objetivo de estabelecer medidas de controle do uso do solo no A área de Estudo, eixo Tamanduateí, é classificada como zona de reestruturação urbana (figura 4).

tocante à interferência ou incomodidade que os usos não residenciais geram na vizinhança residencial, a legislação vigente estabeleceu

Segundo o plano diretor da cidade de Santo André, a Zona de Reestruturação Urbana caracteriza-se pela predominância de uso misto,

parâmetros de incomodidade relacionados: I.

residencial que não interfiram negativamente no meio ambiente;

carência de equipamentos públicos, incidência de edificações não utilizadas e terrenos subutilizados ou não utilizados.

não incômodos – o uso residencial e as categorias de uso não-

II.

incômodos nível I – categorias de uso não-residencial compatíveis com o uso residencial;

São objetivos da Zona de Reestruturação Urbana: •

Reconverter e implantar novos usos e atividades, inclusive o habitacional;

Requalificar a paisagem;

Estabelecer um controle ambiental eficiente; Figura 8 – Macrozona urbana

Valorizar e proteger o patrimônio cultural.

III.

incômodos nível II – o uso não-residencial, cujo nível de incomodidade permite sua instalação nas proximidades do uso residencial, conforme o disposto no artigo 81;

IV.

incômodos nível III - o uso não-residencial, cujo nível de incomodidade restringe sua instalação à localização definida no artigo 80;

V.

incômodos nível IV – o uso industrial e correlatos, cujas atividades

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

apresentam níveis de incomodidade e nocividade incompatíveis com o uso residencial. Art. 80. Os usos e as atividades não incômodos e os incômodos nível I poderão se instalar em toda a Macrozona Urbana. Art. 81. Os usos e atividades Incômodos nível II deverão se localizar:

Fonte: Prefeitura de Santo André

I.

nas Vias Metropolitanas;

II.

nas Vias Arteriais Primárias e Secundárias;

III.

nas Vias Coletoras Primárias;

IV.

nas Zonas Especiais de Interesse Comercial (ZEIC);

V.

na Zona de Reestruturação Urbana;

VI.

na Zona Exclusivamente Industrial

12


Podemos observar abaixo as categorias construtivas com seus respectivos

Fica permitida a redução de um dos recuos de frente para 2,00m (dois metros) nos lotes de esquina se:

edificação de uso residencial com até 4 (quatro) unidades; para os 2

parâmetros urbanísticos. A edição foi realizada utilizando os números de acordo com o código de obras de Santo André – COESA.

(dois) primeiros pavimentos das demais edificações desde que utilizem coeficiente básico de aproveitamento de até 1,5 (um e cinquenta

Figura 10 – Índices urbanísticos Parâmetros Urbanísticos - Zona de Reestruturação Urbana

centésimos). •

O uso não-residencial ou misto enquadrado como Não-incômodo ou Incômodo nível I, poderá valer-se dos parâmetros urbanísticos do uso

CA Categoria Construtiva

Recuos Mínimos (m)

Descrição Min

Med.

Max

TO Máx.

Frent e

Fund o

Lateral

Numero máx. de pavimentos

Gabarito Max. de Altura (m)

residencial multifamiliar vertical da zona. •

9 (nove) metros de altura, contados a partir do ponto mais baixo do

Unifamiliar

Apenas uma unidade no lote

0,4

1,34

4

67%

5

1,50

2

4

9

Pequeno Porte

Unidades Isoladas, justapostas ou geminadas e sobrepostas com no máx. uma sobre a outra

0,4

1,34

4

67%

5

1,50

2

4

9

Vila

Unidades habitacionais que poderão ser isoladas, justapostas e ou sobrepostas com no máx. uma sobre a outra, desde que garantido o acesso individual direto de todas as unidades para via ou praça interna descobertas.

0,4

1,34

4

67%

5

1,50

2

4

9

Vertical

Edificação composta de unidades habitacionais sobrepostas em múltiplos pavimentos

0,4

1,34

4

67%

5

1,50

2

8

18

Atividades comerciais, industrial, prestação de serviços ou institucional

0,4

1,5

3

75%

5

2

4

9

alinhamento até o nível mais alto da laje de cobertura do pavimento mais alto. Observar quota mínima de terreno por unidade habitacional:

a.

Multifamiliar de Pequeno porte 31,25m²

b.

b. Vila = 40,00m²

c.

c. Vertical = 15,00m²

Figura 9 – Taxa de permeabilidade

Residenciais

Não Residencial

1,50

Fonte: prefeitura de Santo André, acesso em: https://consulta.siscam.com.br/camarasantoandre/Documentos/Documento/43921

Fonte: prefeitura de Santo André, acesso em: https://consulta.siscam.com.br/camarasantoandre/Documentos/Documento/43921

13


1.3.3 MAPAS DE ESTUDO Figura 12 – Mapa de cheios e vazios

Figura 11 – Mapa de áreas contaminadas

1

2

4

2

2

1

1 2

2

1 2

1

1 3 S/ESC Fonte: S/ESCEquipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Linha férrea Cheios Vazios

Observa-se que no eixo tamanduateí há poucas áreas contaminadas. Alguns lotes já foram reabilitados para uso, enquanto outros estão em processo de monitoramento. O número de lotes que realmente possuem contaminação com risco confirmado são 4, sendo que um deles era utilizado como posto de gasolina (1). Os demais atualmente funcionam como borracharia (2), estacionamento (3) e supermercado Makro (4). Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Observa-se que ao sul da linha férrea os lotes são menores e mais definidos, possuindo praticamente vazios apenas dos recuos conforme legislação vigente. Já os lotes maiores possuem edificações que ocupam quase todo o terreno. As indústrias e comércios, ao norte da linha férrea, se encontram localizadas em grandes glebas, sem divisão de lote visível, possuindo edificações soltas e deixando grande extensão de terreno ocioso (geralmente estacionamento (1) ou áreas permeáveis (2)). Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

14


Figura 14 – Mapa ilhas de calor

Figura 13 – Mapa de áreas verdes

S/ESC

S/ESC

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

No eixo tamanduateí não há muitas áreas verdes de lazer e

De acordo com o digrama de calor, observa-se que as áreas mais

convivência, contudo observa-se grande extensão de áreas permeáveis.

próximas às industrias

Há o parque regional da criança (1), e próximo a ele um lote de área verde

temperaturas, e as áreas mais distantes (sentido Centro e sentido Capuava)

pertencente ao grupo de escoteiros (2). O Rio Tamanduateí é protegido

apresentam queda no índice de calor. Toda a área do eixo

por área permeável em toda sua extensão (3), as outras áreas

possui variações entre 29, 30 e 31 graus.

são

ao Sul do eixo Tamanduateí apresentam maiores

tamanduateí

pequenas praças ao redor de viadutos e cruzamentos (4), e áreas dentro de grandes

glebas (5). Os terrenos ociosos também apresentam

vegetação rasteira decorrente da não edificação (6), se tornando área permeável.

15


Figura 15 – Mapa de uso do solo

Figura 16 – Mapa de gabarito de altura

S/ESC

S/ESC

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Próximo a Av. dos Estados e a linha férrea é possível notar a presença predominante de lotes industriais e comerciais. Ao norte da Avenida dos estados podemos ver a presença de lotes residenciais na maior parte da área, exceto nos lotes lindeiros à Av. dos Estados, que são lotes comerciais.

À sudoeste da área de intervenção é possível notar que grande parte da área é composta por edificações de até 3 pavimentos com poucos lotes pontuais de edifícios altos. Da parte norte indo para nordeste, percebe-se no bairro parque Jaçatuba edificações com gabarito de altura baixo, térreo e

Os lotes localizados entre a linha ferroviária e a Rua General

térreo mais 1 pavimento, bem ao lado de um parque público (Parque Regional

Glicério são compostos predominantemente por comércio e serviço, além

da Criança Palhaço Estremilique) e apenas 2 lotes com gabarito alto, com

de existirem alguns lotes residenciais, industriais e também lotes

mais de 6 pavimentos. No bairro ao lado, Parque João Ramalho, observa-se

desocupados.

que o gabarito de altura também é baixo, com edificações térreas e térreas

Já ao sul da linha ferroviária, principalmente próximo a Avenida

mais 1 pavimento. No Bairro Jardim Alzira Franco, vê-se gabarito

baixo,

Queirós dos Santos e Avenida Santos Dummont, que posteriormente vira

térreo e térreo mais 1 pavimento, porém há uma grande área de edificações

Rua Giovanni Batista Pirelli, notou-se a presença de vários tipos de

irregulares que chega até a Av. dos Estados. O bairro Jardim Rina está em

indústrias, galpões e lotes comerciais, desde comércio local como

área regularizada, o gabarito de

padarias e lojas, até grandes supermercados e shoppings. Já entre a

pavimento. Somente beirando a Av. dos Estados, se tem um

Avenida Queirós dos Santos e a Avenida Artur de Queirós, percebeu-se

habitacional com torres altas, térreo mais 6 pavimentos. Por fim, ao sul para

uma área distribuída entre lotes comerciais, residenciais, industriais e

sudeste, do outro lado da Av. dos Estados, notou-se gabarito de altura baixo,

também lotes vazios, gerando uma baixa densidade habitacional na área

térreo e térreo mais 1 pavimento.

de estudo.

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

altura é baixo, térreo e térreo mais 1 conjunto

16


Figura 18 – Mapa de equipamentos urbanos

Figura 17 – Mapa de estado de conservação

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

S/ESC Alto Médio Baixo

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

À oeste da área estudada, a predominância do estado de conservação é boa, com algumas edificações médias. À sul e sudoeste, a análise do estado de conservação foi realizada fazendo uma média dos lotes nas quadras, onde notou-se que as áreas que possuem indústrias estão em bom estado de conservação, mas as quadras residenciais e comerciais próximas acabam sendo degradadas em média e alta intensidade. Da parte norte indo para nordeste, no bairro Parque

A região de estudo possui uma grande área industrial ao redor da linha férrea. Em seu norte encontramos apenas quatro escolas públicas e, no sul, não há equipamentos de educação pública.

Jaçatuba, o estado de conservação dessas edificações é bom. No bairro

Na região mais ao leste, há uma certa concentração de equipamentos

Parque João Ramalho, no Jardim Alzira Franco e no Jardim Rina é ruim o

de saúde e educação particulares, assim como na área central, onde há

estado de conservação. Do outro lado da Av. dos Estados, próximo ao

também uma grande escola técnica de cursos voltados para motoristas.

bairro Casa Branca, Centro, o estado de conservação das edificações é

O único parque encontrado, sendo ele o Parque Regional da Criança

bom enquanto que, pro lado do bairro Capuava, as edificações têm o

Palhaço Estremilique, fornece oficinas de arte para quem está ao norte da

estado de conservação médio e ruim.

linha férrea.

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

17


Figura 19 – Mapa de sistema viário

Figura 20 – Mapa de mobilidade urbana

S/ESC

S/ESC

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

De acordo com análise de mobilidade urbana no perímetro de estudo, percebe-se que os terminais de ônibus e a estação de trem se localizam no extremo oeste. A ciclovia de maior extensão fica no sudoeste da área e com base no levantamento o leste apresenta um maior número de veículos. Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Linhas de ônibus: R. Luíz Pinto Fláquer B13 - Jardim Aclimação B19 - Jardim Aclimação T15 - Hospital Mário Covas R. Luíz Pinto Fláquer / Av. Santos Dumont B13 - Jardim Aclimação B19 - Jardim Aclimação T15 - Hospital Mário Covas I05 - Vila Rica R. Luíz Pinto Fláquer / Av. Santos Dumont / R. Giovanni Batista Pirelli B21 - Cidade São Jorge I02 - Cidade São Jorge T23 - Cidade São Jorge T25 - Vila Suiça T27 - Condomínio Maracanã T28 - Parque Gerassi T29 - Vila Suiça

Terminal de ônibus Leste e Oeste Estação Prefeito Celso Daniel Estação desativada Pirelli Linha de ônibus

De acordo com a análise de transporte

no

perímetro

de

estudo, percebe-se que as ruas e avenidas em que os ônibus mais atendem são ao lado sul da ferrovia. Os terminais de ônibus e a estação de trem ficam no extremo oeste da área. Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

18


Figura 23 – Mapa de áreas verdes Figura 21 – Mapa de áreas contaminadas

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Figura 24 – Mapa ilhas de calor

Figura 22 – Mapa de cheios e vazios

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Conclui-se através das análises dos mapas que a área em estudo possui bastante terrenos vazios, porém eles não estão contaminados, podendo serem ocupados sem nenhum problema. As grandes glebas apresentam mais vazios do que cheios, e em geral esses vazios são áreas

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Linha férrea

permeáveis. Contudo, a existência de poucas áreas verdes arborizadas

Cheios

(possuindo somente o Parque Regional da Criança e o do Grupo de

Vazios

Escoteiros) num perímetro extenso do eixo justifica as altas temperaturas apresentadas no mapa térmico. Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

19


Figura 27 – Mapa de estado de conservação

Figura 25 – Mapa de uso do solo

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

S/ESC Alto Médio Baixo

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Esta análise foi composta por três mapas: uso do solo, gabarito de altura e estado de conservação. De acordo com o mapa de uso do solo, nota-se que há uma predominância de lotes industriais e comerciais, restando poucas áreas Figura 26 – Mapa de gabarito de altura

residenciais para uma área tão abrangente quanto a área de intervenção. Considerando o gabarito de altura da área de intervenção, podemos ver que a média de gabarito é de até 3 pavimentos, com lotes pontuais de 6 ou mais pavimentos, o que gera uma baixa densidade populacional na área. Com a análise do estado de conservação da área de intervenção, podemos notar que grande parte está em bom estado. As áreas que possuem indústrias estão também em bom estado, porém as quadras residenciais e comerciais próximas acabam sendo degradadas em média e alta intensidade.

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Sintetizando as análises dos mapas de gabarito de altura, uso do solo e estado de conservação da região estudada, no trecho do eixo tamanduateí, podemos notar que as áreas são em grande parte industrial e comercial, sendo poucas quadras residenciais e possuindo uma média de gabarito de até 3 pavimentos. Existem poucos edifícios residenciais, tal que não conseguem aumentar consideravelmente a densidade habitacional da região. Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

20


Figura 28 – Mapa de uso do solo

Figura 30 – Mapa de sistema viário

S/ESC

S/ESC

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

A área do eixo Tamanduateí foi de uso predominantemente industrial, no qual hoje encontram-se grandes glebas vazias e/ou desocupadas. Figura 29 – Mapa de mobilidade urbana

Traçando um eixo usando como base a ferrovia notamos que o lado sul não interage com o norte, pois a ferrovia funciona como uma barreira entre as áreas. Através do estudo realizado na região norte da área, é possível perceber uma carência de equipamentos urbanos de saúde e educação pública. Nessa área ainda temos a av. do Estado, que divide mais uma vez a região, criando uma nova barreira para os moradores e usuários locais.

S/ESC

A segurança pública também é um déficit dessa região. O movimento

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Terminal de ônibus Leste e Oeste

Linha de ônibus

maior é de carros e nos horários comerciais, sendo assim o pedestre não se sente seguro.

Estação Prefeito Celso Daniel

Estação desativada Pirelli

De acordo com a análise de mobilidade e equipamentos urbanos no perímetro de estudo, o transporte público atende grande parte da região que contém equipamentos urbanos, porém as pessoas não veem vantagem em trocar seus veículos particulares por qualquer outro meio transporte. Calçadas

A dificuldade maior é transpor as barreiras e ligar o lado norte com o sul, usufruir das áreas vazias criando mais moradias, áreas de lazer, saúde e educação. O deslocamento também é um ponto a ser estudado, trazendo equipamentos que facilitem a vida do usuário. Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

irregulares e estreitas, lotes sem recuos e com muros altos e ciclovias sem planejamento são alguns dos motivos por optarem por seus veículos.

21


1.3.4 DIAGNÓSTICO GERAL Através dos levantamentos estudados em sala, foi possível analisar que a região possui uma grande carência de equipamentos urbanos e infraestrutura. Com base nas análises, foi proposto um projeto de renovação urbana para a região, através do Master Plan Liga, inserindo habitação, comércio, serviços, cultura, lazer, educação, esporte e saúde. Revitalizando a área degradada pelas enchentes e levando qualidade de vida para a população da região.

22


1.4 INTERVENÇÃO Figura 31 – Proposta de intervenção Master Plan Liga

JARDIM ALZIRA FRANCO

01

Novas quadras com comércio e serviços, residências, equipamentos públicos e de saúde.

02

Terminal de ônibus e estação da cptm com ligação do lado norte da linha férrea para o lado sul.

01

03

02

Edifícios comerciais. Ligação dos bairros Jardim Alzira Franco e Vila Homero Thon.

03

Santo André é repleta de grandes VILA HOMERO THON Fonte: Google Maps, adaptado pela autora – 09/03/2020.

Limite Master Plan

glebas de galpões

industriais umas das

propostas é melhoramento do

viário,

quebrando e subdividindo essas grandes Figura 32 – Terminal de ônibus

02

Figura 33 – Edifícios residenciais com fachada ativa

USO MISTO Edifícios que reúnem usos diversificados em um mesmo espaço, como apartamentos

01

serviços, utilizados como dispositivos para

Uso fachadas ativas em edifícios de

inclusiva a fim de promover a vitalidade do uso

uso misto, com abertura

problemas

relacionados à mobilidade urbana.

no horário diurno ou noturno e diminuir

FACHADA ATIVA

uma ocupação mais intensa, qualificada e

do espaço urbano e amenizar

para a passagem do pedestre tanto como

grandes distâncias.

residenciais, salas comerciais, institucionais e

Fonte: republica.arq.br

glebas para tornar às ruas mais seguras

e acesso ao

logradouro, a fim de promover interação Fonte: Plano Diretor de São Paulo

Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

Projeto desenvolvido por alunos do 9º semestre da faculdade de arquitetura e urbanismo, sendo eles Lilian

entre as

atividades comerciais e de

serviços dos pavimentos térreos

com o

passeio público.

Amparo, Caroline dos Santos, Gabriel Carrilho, Tatiana Minutelli e Fernanda Ribeiro.

23


A intervenção tem como

Figura 34 – Projeto final divisão de quadras Master Plan Liga

objetivo trabalhar uma área desocupada que fica entre a linha de trem e a avenida dos Estados na cidade de Santo André, ligando estes trechos

1

com o restante da cidade.

2 LEGENDA: Calçada Rua Ciclovia Ponto de ônibus

3

Fonte Área permeável

P

4

P

Parque Sentido da via Passarela Limite Master Plan Liga

5

1

Terreno escolhido

2

Hotel – ( aluna Fernanda Ribeiro)

3

Edifício residencial – (aluna Lilian Amparo)

4

Terminal modal – (aluno Gabriel Carrilho)

5

Edifício comercial – (aluna Tatiana Minutelli)

S/ESC Fonte: Equipe UNIP Anchieta – turma AU9A39

24


CapĂ­tulo 2


2.1 ESCOLHA DO TEMA E JUSTIFICATIVA

A partir do diagnóstico realizado na área de estudo ao longo do eixo Tamanduateí, constatou-se que a região é carente de equipamentos de lazer e educação. Levando em consideração o crescimento da população, é possível criar espaços públicos não só para incentivar o convívio, como também levar educação de qualidade aos bairros não consolidados, que muitas vezes são prejudicados pelas barreiras da linha férrea e das grandes avenidas. O maior problema encontrado está nos projetos de avenidas que não priorizam o pedestre e sua passagem. Tais questões podem ser facilmente resolvidas, construindo calçadas mais largas e seguras, com arborização e pavimentação bem cuidada, além de propostas de mobiliário urbano e praças, que incentivam a permanência de pessoas e torna essa “barreira” quase inexistente, formando uma passagem segura. Com o estudo do Master Plan Liga, foi possível entender como o espaço público pode interligar e ultrapassar tais barreiras. É com essa premissa de criar um local público que ao mesmo tempo proporcione cidadania, leve educação e conecte os dois lados da barreira, que o tema deste presente trabalho foi escolhido: a implantação de um Centro Educativo Multicultural, com propostas de oficinas de arte, esporte, lazer e cultura. Tal equipamento é capaz de produzir conhecimento em grande escala, urbanizando a quadra e incentivando o convívio entre os moradores e visitantes da região. E, como identidade visual, criou-se o nome em homenagem ao bairro vizinho, com o intuito de aproximar a comunidade ao equipamento público.

26


2.2 PROJETOS DE REFERÊNCIA 2.2.1 CEU PIMENTAS

Arquitetos: Mario Biselli e Artur Katchborian

Figura 36 – Vista aérea CEU Pimentas

Ano: 2010 Área construída: 16000 m² Área do terreno: 30780 m² Endereço: Estr. do Caminho Velho, 351 - Pimentas, Guarulhos - SP Tipo de projeto: Educacional Principais materiais: Concreto e Metal Estrutura: Concreto O projeto configura-se em uma lâmina, com uma grande cobertura metálica que possui nas bordas de sua dimensão longitudinal diversos usos, com um terreno plano, o edifício se configura em blocos, seja em concreto pré-fabricado, ou em concreto moldado in-loco. Biblioteca, salas de aula e

Fonte: Archdaily

Figura 37 – CEU Pimentas

refeitório se localizam no lado oeste do eixo. No lado oposto, localizam-se os volumes das salas de aula, ginástica olímpica, dança e auditórios. Possui um vazio central onde está inserida uma praça. Figura 35 – Localização CEU Pimentas

Fonte: Archdaily

Brises de alumínio na fachada trabalham a insolação, assim como as telhas de aço tipo painel com isolamento térmico e acústico. Fonte: Google Maps

27


Figura 40 – Praça central CEU Pimentas

Figura 38 – Implantação CEU Pimentas

Cobertura

Área verde Piscinas Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

Quadras

Grande praça interna, onde o piso foi bem trabalhado e acaba sendo lúdico. Incentivo forte de convivência tanto nas áreas internas, quanto externas. A ideia de deixar o pátio Figura 39 – Pavimento superior CEU Pimentas

interno visível ao pavimento superior, dá a sensação de espacialidade e monumentalidade, com uso de gabarito baixo, projetando na escala humana, segundo Jan Gehl, é projetar para as pessoas, priorizando o espaço público e de convivência. Quadra coberta Vivência Pedagógico Circulação Vertical Circulação horizontal Serviços

Fonte: Archdaily

28


Figura 41 – Pavimento térreo CEU Pimentas

Figura 43 – Fachada aberta para o pátio interno

Pedagógico

Auditórios

Fonte: Archdaily

Circulação Vertical Circulação horizontal

Fachada de vidro que torna possível a visão do pátio interno e da extensão do edifício.

Fonte: Archdaily

Sanitários Esporte Administração

Figura 42 – Estudo de insolação CEU Pimentas

Fachada frontal: Solstício de verão a partir das 14 horas, inverno 16h50, equinócio 15h. Fachada lateral esquerda: Solstício de verão a partir das 12h, inverno 10h, equinócio 10h50. Fachada fundos: Solstício de verão a partir das 11h50, inverno 9h40, equinócio 10h30. Fachada lateral direita: Solstício de verão a partir das 11h50, inverno 9h40, equinócio 10h30. Ventos predominantes

Fonte: Archdaily

Influencia dos ventos dentro da edificação Brises Bloqueio solar

29


Figura 44 – Corte 1 CEU Pimentas

ENTRADA

Fonte: Archdaily

Pedagógico Esporte Administração

Auditório

Figura 45 – Corte 2 CEU Pimentas

ENTRADA

Fonte: Archdaily

30

30


2.2.2 ESCOLA SECUNDÁRIA EM CAMBRILS

Figura 47 – Escola Secundária de Cabrils

Arquitetos: Josep Val Ravell e Arnau Solé Simón Localização: Av. de les Escoles, Cambrils, Barcelona, ​Espanha Ano projeto: 2016 Área: 2990, 0 m2 Afim da necessidade de liberar o máximo de espaço contínuo possível para o pátio, concebeu-se uma peça longitudinal de 100 metros de largura paralela a rodovia de acesso ao povoado e ao rio que descende em direção ao mar. O desnível entre os dois extremos supera um pavimento de altura. O projeto possui uma características visual perceptível á metros de distância, por sua monumentalidade e cor

Fonte: Archdaily

amarela.

Figura 48 – Praça da Escola Secundária

Figura 46 – Localização Escola Secundária em Cabrils

Fonte: Archdaily

A maior parte das salas de aula possuem orientação

noroeste.

Brises

solares

de

Figura 49 – Brise Escola Secundária

aço

galvanizado lacado ao forno, na mesma cor amarela, evitam o sol da manhã. Esse elemento desenhado Fonte: Google Maps

com o tamanho e a orientação necessária para evitar a entrada direta de luz solar, repetido em cada janela, é o segundo elemento que caracteriza o edifício.

Fonte: Archdaily

31


Figura 50 – Implantação Escola Secundária

Construído na escala humana, a escola proporciona, além de educação, uma visão privilegiada da obra arquitetônica e um espaço ao redor para permanência convidativo.

Área verde Edificação

Fonte: Archdaily

32


Figura 51– Pavimento térreo Escola Secundária

Pedagógico Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários

Fonte: Archdaily

33


Figura 52 – Primeiro pavimento Escola Secundária

Pedagógico Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários Cantina

Fonte: Archdaily

34


Figura 53 – Segundo pavimento Escola Secundária

Pedagógico Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários Fonte: Archdaily

Cantina

Figura 54 – Corte Escola Secundária

Pedagógico Administrativo Fonte: Archdaily

35


2.2.3 SESC BIRIGUI

Figura 56 – Fachada SESC Birigui

Arquitetos: Escritório Teúba (Christina de Castro Mello e Rita Vaz) Ano: 2017 Área construída: 7.586m2 Endereço: R. Manoel Domingos Ventura, 121- Birigui – SP Área de telhado verde cultivado: 2.227m2 Instalação do telhado verde: Verdeplan Paisagismo Principais materiais: Concreto e Metal Estrutura: Concreto Um projeto novo implantado no interior de SP, o SESC Birigui, traz sustentabilidade em todos os aspectos, captação de água da chuva e

Fonte: Archdaily

Figura 57 – SESC Birigui

reuso, teto verde que melhora o conforto térmico e ao mesmo tempo traz umidade ao ar, já que a região é caracterizada por clima muito quente. Com proposta de redução de energia, a água dos chuveiros é aquecida por placas solares. Figura 55 – Localização SESC Birigui

Fonte: Blog Instituto Cidade Jardim

O programa do novo Sesc do interior do estado é composto por espaços diversos: teatro amplo; quadra poliesportiva; quadra de areia; campo de futebol society; parque aquático com piscinas semiolímpica climatizada, infantil e de biribol; solário; biblioteca com cerca de 3 mil títulos; clínica odontológica; espaço de tecnologia e artes; áreas de exposições; Fonte: Google Maps

espaço

de

brincar;

sala

de

ginástica

multifuncional

(climatizada) e cafeteria.

36


Figura 58 – Pavimento térreo SESC Birigui

CORTE B

A quadra descoberta localizada no térreo, possui vãos livres em duas laterais, que permitem a visão dos ambientes externos e com a proposta das fachadas de vidro, todos os ambientes ficam interligados. CORTE A

Fonte: Archdaily.

Convivência Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários Área permeável Manutenção Serviços

37


Figura 59 – Pavimento intermediário SESC Birigui

A circulação principal dá-se

CORTE B

por rampas acessíveis que estão localizadas nos principais pontos das áreas de convivência

Convivência Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários Área permeável Manutenção Serviços

CORTE A

Fonte: Archdaily.

38


Figura 60 – Pavimento superior SESC Birigui CORTE B

Sua horizontalidade foi pensada para que dialogasse com o entorno, que constitui em edificações de baixo gabarito.

Passarelas que ligam a área administrativa ao setor convivência CORTE A

Figura 61 – Corte A

Fonte: Archdaily.

Convivência Circulação Vertical Circulação horizontal Sanitários

Fonte: Archdaily.

Área permeável Manutenção

Figura 62 – Corte B Serviços Administração

Fonte: Archdaily.

39


CapĂ­tulo 3


3.1 ESCOLHA DO TERRENO

Figura 63 – Terreno para o projeto

Área total terreno Master Plan: 171870,66m² Área do projeto: 13577,55m² Macrozona urbana Zona de reestruturação urbana Uso misto

Fonte: Google Maps, adaptado pela autora – 2020.

Terreno escolhido

A partir do estudo feito em classe a respeito do Master Plan Liga, a área escolhida para a implantação do projeto foi a quadra que faz esquina com a Avenida dos Estados, pois a ideia principal é construir um equipamento horizontal na escala humana com gabarito baixo, para interferir o menos possível na paisagem e permitir uma permeabilidade visual. O terreno está localizado próximo a um shopping de carros, onde o fluxo de pessoas é baixo. A proposta é trazer movimentação para a região que possui, na maior parte, indústrias, deixando as ruas mais seguras, pois, além de promover cultura, lazer e esporte, o projeto tem como objetivo uma renovação urbana, que sirva como âncora para novos projetos, revitalizando a vida urbana da população que vive na região.

41


3.2 FOTOS TERRENO Figura 67 – Avenida dos Estados

Figura 64 – Vista aérea do terreno

Fonte: Google Maps

O terreno possui um desnível de aproximadamente 2 metros e é uma área alagável, pois fica ao lado do eixo Tamanduateí. Para o projeto constatou-se que seria necessário construir uma barreira em frente à Avenida, para proteger a Terreno

Fonte: Google Maps

edificação, assim como subir 1 metro na cota para impedir que a água adentre o equipamento.

Figura 65 – Fachada Av. dos Estados

Fonte: Google Maps

Figura 66 – Nível do terreno em relação a rua

Fonte: Google Maps

42


Figura 70 – Gráfico rosa dos ventos /São Paulo

3.3 ESTUDOS DE INSOLAÇÃO

Figura 68 – Insolação no terreno

OESTE

LESTE Fonte: Projeteee - 2020

DIREÇÃO DOS VENTOS O gráfico rosa dos ventos mostra as estatísticas sobre o vento, reunidas Fonte: Autora

ao longo do tempo. Essas medições incluem velocidade do vento, direção e

A fachada principal será voltada para Leste (116º), ela receberá o sol da manhã, com intensidade maior ás 10:00 horas, para que se tenha um bom conforto térmico, é necessário criar uma barreira (brise) horizontal nessa fachada.

frequência. Como podemos observar em São Paulo, os ventos predominantes são do sudeste e a chuva acompanha a sua direção, sendo assim, é necessário prever aberturas nessa fachada para entrada do ar, fazendo-o percorrer a edificação e sair por nordeste/norte.

Figura 69 – Gráfico de temperatura Figura 71 – Gráfico de temperatura

Observa-se no gráfico que fachada

temperaturas

oeste mais

possui elevadas.

Deve-se projetar de modo que os ambientes voltados para essa orientação

não

sofram

Temperatura (ºC)

a

com

excesso de calor, criando saídas de ar quente e barreiras para a

Meses

radiação solar. Fonte: SOL-AR, adaptado pela autora – 2020

Fonte: Projeteee – 2020

43


CapĂ­tulo 4


área, tendo em vista que a região é carente de equipamentos públicos e centros esportivos, foi avaliado tanto a demanda de pessoas quanto de atividades, abrigando em um só equipamento, educação, cultura, lazer, esporte e até mesmo gerando mais empregos.

AMBIENTE

ÁREA (m²)

ATENDIMENTO PROFISSIONAL

O programa de necessidades se deu através do estudo realizado na

SETOR

Sala educador físico

23

Sala exame médico piscina (2)

37

Nutricionista

23

Enfermaria (2)

43

TOTAL

126

SETOR

AMBIENTE

ÁREA (m²)

ADMINISTRAÇÃ O

4.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E QUADRO DE ÁREAS

Direção Secretaria Sala administração Sala de reuniões Almoxarifado Sala de arquivos TOTAL

12 12 52 20 20 12 116

SETOR

AMBIENTE Depósito materiais de limpeza Copa funcionários Central de monitoramento e segurança Casa de máquinas Vestiário funcionários Estacionamento (25 vagas) TOTAL

ÁREA (m²) 20 26

realização das atividades propostas, utilizando amplas áreas para circulação e convivência.

SOCIAL

SETOR

ESPORTE

SETOR

AMBIENTE

ÁREA (m²)

Hall de entrada

140

Recepção

24

Área para exposições/ divulgação

305

Sanitário público

34

Restaurante

440

TOTAL

943

AMBIENTE ÁREA (m²) Academia 320 Espaço brincar 93 Salas de dança e ginástica (3) 226 Sala de luta 220 Vestiário quadras 48 Vestiário academia 150 Depósito materiais esportivos (2) 32 Quadras (3) 1118 Piscina infantil 150 Piscina adulto 500 Vestiário piscina 280 TOTAL 3137

SERVIÇOS

A estimativa de área para cada ambiente atende o básico para

16 35 35 440 572

45


ÁREA (m²) 12 180 40 20 20 263 240 44 35 4 32 10 900

AMBIENTE Recepção oficinas Sala informática Sala de artes Salas multiuso (5) Exposições alunos Sanitário público Sala professores

ÁREA (m²) 16 60 60 272 204 40 45

Copa professores

37

TOTAL

734

SETOR

AMBIENTE

ÁREA (m²)

Recepção e controle de acesso

44

Acervo livros

290

Salas de estudo (3)

30

Manutenção do acervo TOTAL

10 374

AUDITÓRIO (COLETIVO)

AMBIENTE Bilheteria Foyer Sanitário público Controle iluminação Cabine de som Espaço cadeiras (165 assentos) Palco Camarim coletivo elenco (2) Sanitários elenco (2) Acesso elenco Depósito Copa TOTAL

BIBLIOTECA (COLETIVO)

SETOR

OFICINAS (COLETIVO)

SETOR

46


SALAS MULTIUSO ACESSO FUNCIONÁRIOS

ACESSO ELENCO

SANITÁRIO PÚBLICO

4.2 FLUXOGRAMA

VESTIARIO

SANIT. PÚBLICO

FOYER

SALA PROF. SANITÁRIO FUNCIONÁRIOS

REUNIOES

SANITARIO

BILHETERIA

SERVIÇOS COLETIVO

VESTIÁRIOS FUNCIONÁRIOS

COPA

ARQUIVOS

SEGURANÇA

SALAS ADMINISTRATIVAS

ADMINSTRAÇÃO

SANIT. FUNCION.

COPA

ALMOXARIFADO

LEGENDA:

AUDITORIO

PALCO

COPA

SOCIAL ATENDIMENTO PROFISSIONAL

DEPÓSITO

SOM

ILUMINAÇÃO

DEPÓSITO MATERIAIS LIMPEZA

BIBLIOTECA

ALMOXARIFADO

ESPORTE

VESTIÁRIOS DEPÓSITO MATERIAIS ESPORTIVOS

SALAS MULTIUSO

QUADRAS

ACADEMIA

VESTIÁRIO

CASA DE MÁQUINAS

VESTIÁRIOS

SECRETARIA ACESSO CARGA E DESCARGA

EXPOSIÇÃO

RECEPÇÃO PISCINAS

RESTAURANTE HALL

EXAME MÉDICO

SANIT. PÚBLICO SANITÁRIO FUNCIONÁRIOS

É possível identificar através do fluxograma que os setores foram divididos de forma que a parte de acesso público não interfira na área administrativa, sendo assim, ficando

SALA EDUCADOR

exclusivo para convivência dos visitantes e alunos. Através do hall há acesso para todos os ambientes, seja ele exclusivo para alunos ou

NUTRICIONISTA

não, de modo que você possa ter visão ampla de toda a edificação. ENFERMARIA

47


4.3 SETORIZAÇÃO Com o estudo do fluxograma foi definida a setorização, sendo possível através das cores utilizadas, identificar cada setor.

Figura 72 – Setorização térreo

PRAÇA

Fonte: Autora

Térreo

Figura 73 – Setorização pavimento superior

LEGENDA: ADMINSTRAÇÃO SERVIÇOS COLETIVO SOCIAL ATENDIMENTO PROFISSIONAL ESPORTE

Fonte: Autora

Pavimento superior

48


4.4 CONCEITO E PARTIDO

Figura 74 – Conceito do projeto

Acesso funcionário e carga Administração Cultura

Hall

Esporte

Piscinas e quadras

Praça

Conexão Acesso Público Fonte: Autora

Barreira

O conceito do projeto foi analisar possíveis barreiras que impedissem enchentes, já que a região é alagável. Deixando piscinas e quadras próximos à barreira num desnível de 1 metro, criando na praça um jardim alagável,

+

onde possui numa cota abaixo da calçada, armazenando a água da chuva em

+

uma cisterna, para posteriormente ser utilizada na limpeza da pavimentação e irrigação da praça. Foi pensado também para ser uma edificação de baixo gabarito, para que se tenha uma ampla visão da edificação, dado que o terreno fica numa cota mais baixa em relação á região do entorno. Por abranger um equipamento público, é necessário que tenha uma escala humana, como dito nos livros de Jan Gehl “Cidade para pessoas”, com gabaritos baixos, é

=

CEMAF CENTRO EDUCATIVO MULTICUTURAL ALZIRA FRANCO

possível criar espaços mais convidativos, com calçadas mais largas e árvores proporcionando sombra. O partido do projeto foi distribuir de forma uniforme os ambientes e circulações. Tendo em mente a criação de um complexo esportivo e cultural público, o terreno por ser amplo e com poucos desníveis, foi possível criar um edifício horizontal e com amplas áreas de lazer.

49


4.5 VOLUMETRIA E ÍNDICES URBANÍSTICOS

Área terreno

13577,55m²

T.O

33,4% (4529,77m²)

C.A

0,5

terreno, deixando o restante para áreas

A.C

6848,17m²

permeáveis e de lazer.

T.P

38% (5221,3m²)

A fim de projetar em escala humana, de modo que a edificação possa ser visualizada em toda sua horizontalidade, foi ocupado 33,4% do

A volumetria deu-se a partir do estudo da horizontalidade e programa de necessidades, subindo 1 metro do nível da rua para impedir alagamentos na edificação. No térreo foi posicionado a maior parte do setor de esportes e cultura, como também o setor administrativo. Já no pavimento superior, as oficinas foram alocadas na fachada principal, para que se possa ter a visão da rua e baixa insolação nas salas.

Figura 75 – Volumetria explodida

PAVIMENTO SUPERIOR h= 4,36m TÉRREO h= 5,04m PAVIMENTAÇÃO ELEVADA h=1m

TERRENO Fonte: Autora

50


CapĂ­tulo 5


5.1

PROJETO ARQUITETÔNICO

5.1.1 IMPLANTAÇÃO

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

10.00

10.00 R1.50

D B

5.00

10.00 A

A

C

C

10.00

10.00

10.00

10.00

5

10

20

B

D

0

40

50

N

52


5.1.2 PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

10.00

10.00

B

D

5.00

10.00 A

A

10.00

C

C

10.00

10.00

10.00

N

5

10

20

B

D

0

40

50

53


5.1.3 PLANTA DE COBERTURA

D B

A

A

C

C

B

D

N 0

5

10

20

40

50

54


5.1.4 PLANTA DE FÔRMA DO TÉRREO

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

10.10

10.00

B

D

5.00

10.00 A

A

10.00

C

C

10.00

10.00

10.00

N

5

10

20

B

D

0

40

50

55


5.1.5 PLANTA DE FÔRMA PAVIMENTO SUPERIOR

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

10.10

10.00

B

D

5.00

10.00 A

A

10.00

C

C

10.00

10.00

10.00

N

5

10

20

B

D

0

40

50

56


5.1.6 MEMORIAL DE CÁLCULO PILAR DE CONCRETO: 7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

10.10

10.00

Aixnºpxq/80 = 75x2x1000/80 = 1875cm² - (Adotado para todos 43,3x43,3cm²= 1875cm²)

VIGA PERFIL I:(De acordo com catálogo) 5.00

tf

Ry=h/46

bf Térreo: 504 46= 10,95cm

10.00

10.00

10.00

d h

Dimensões: Ry=10,43cm bf=400mm tf=19mm tw=9,5mm d=400mm h=362mm

tw

Pior situação

Pav 1: 436 46= 9,47cm 10.00

Dimensões: Ry= 9,83cm bf=400mm tf=19mm tw=16mm d=400mm h=362mm

10.00

Planta área de influência esc: 1:600

b

Dimensões: h= 76mm b= 35,8mm to= 4,32mm massa= 6,1 kg/m

h

TRELIÇA PERFIL U: (De acordo com catálogo) to

VIGAS INTERMEDIÁRIAS PERFIL U: Para a instalação das lajes galvanizadas, foi necessário utilizar vigas intermediárias

TRELIÇA PERFIL U

LAJE ALVEOLAR: (De acordo com catálogo) Peso próprio: 3kn/m² Carga Acidental:3kn/m² (salas de aula) Carga do revestimento do piso:2kn/m² (Alvenaria de vedação de blocos vazados revestida com pasta de gesso) Sobrecarga total: 8kn/m² Vão de apoio das lajes: 7,5 (Adotado 8m de acordo com catálogo) = Laje PE20, h= 25cm CF= L/300 = 750 300 = 2,5cm

Laje apoiada em pilar metálico de perfil I

Dimensões: h= 250mm b= 200mm Placa metálica para corte da laje 0.05 0.20 1,00

57


5.1.7 CORTES

Corte A

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

20.00

3.55 5.04 3.00

0

5

10

20

40

50

Corte B

5.00

Corte D

10.00

10.00

10.00

10.00

10.00

5.00

10.00

10.00

10.00

10.00

10.00

2.39

0.90 0.90

0.40

0.60

3.60 2.10

0

5

10

20

40

1.95

50

0

5

10

20

40

50

Corte C

10.00

10.00

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

7.50

6.25 3.70 3.00

0

5

10

20

40

3.10

50

58


5.1.8 ELEVAÇÕES

Elevação 1

Elevação 4 Elevação 2

Elevação 3

59


5.2 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS

Figura 79 – Fachada principal

5.2.1 CONFORTO TÉRMICO

Vidro 8mm Veneziana industrial Brise de madeira

Inércia térmica para aquecimento: Uma edificação de elevada inércia

Figura 76 – Inércia térmica

térmica proporcionará uma diminuição das amplitudes térmicas internas e um atraso térmico no fluxo de calor devido a sua alta capacidade de armazenar calor, fazendo com que o pico de temperatura interna apresente

uma

defasagem

e

um

Fonte: Autora

A fachada principal está voltada para a face leste/sudeste, que por sua vez,

amortecimento em relação ao externo. Fonte: Projeteee - 2020

Fonte: Projeteee - 2020

recebe pouco sol a tarde e tende a ser mais fria. Para resolver tais questões, criou-se aberturas em vidro 8mm, captando a radiação solar direta e aquecendo

Figura 77 – Materiais da envoltória

os ambientes.

Para que se obtivesse inércia térmica no

Sombreamento de aberturas:

projeto, foi utilizado o bloco cerâmico 12x19x19cm

Para que a radiação solar entre e ao mesmo tempo não afete as atividades

e argamassa interna e externa de 2.5cm, pois são

culturais desta fachada no período da manhã, utilizou-se um brise como

materiais que apresentam capacidade térmica

sombreamento das janelas. A fachada oeste (traseira), que recebe a maior radiação solar, necessita de

elevada.

técnicas de sombreamento e como forma de minimizar os elementos desta área, Fonte: Projeteee - 2020

Aquecimento solar passivo:

foi adaptado exaustores para liberação de ar quente do pavimento superior, por Figura 78 – Aquecimento solar

se tratar de uma academia, que além de tudo, possui excessivo calor humano. Figura 80 – Fachada Oeste

O aquecimento solar passivo é uma estratégia que consiste na utilização da

Exaustores eólicos

radiação solar direta para aquecimento ambiental da edificação. Este tipo de aquecimento pode ser direto ou indireto. Fonte: Projeteee - 2020

Fonte: Autora Fonte: Projeteee - 2020

60


5.2.2 VENTILAÇÃO NATURAL Figura 83 – Fachada leste/sul

Ventilação cruzada e efeito chaminé

Figura 81 – Ventilação cruzada

Venezianas industriais

02

A ventilação cruzada acontece pelo diferencial de pressão provocado pelo vento na edificação. Onde a zona de pressão Entrada de ar

Fonte: Autora

positiva acontece na área onde sopra o vento e a zona de pressão negativa, no lado oposto.

Fonte: Projeteee - 2020

Fonte: Projeteee - 2020

Venezianas industriais

Figura 84 – Fachada Norte

01

Para que seja possível a renovação de ar na edificação, foram projetadas aberturas nas faces leste/sul e em suas opostas, sendo assim, o ar percorre todo o edifício. Figura 82 – Ventilação no edifício

Saída de ar

02

Fonte: Autora

Entrada de ar

01 Saída de ar quente pelos exaustores eólicos

Figura 85 – Veneziana para ventilação permanente

Figura 86 – Vidro para ventilação permanente

Saída de ar Fonte: Autora

Ventilação permanente vidro 8mm

Já para a realização do efeito chaminé, que seria a liberação do ar quente de um ambiente, foram adaptados exaustores eólicos no pavimento superior, eliminando odores e calor excessivo da academia e salas de

Fonte: Autora

Fonte: Autora

dança.

61


5.3.3 CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA

5.3 ESTRATÉGIAS ECOEFICIENTES 5.3.1 ILUMINAÇÃO NATURAL

Reutilização, recuperação e integração com vegetação e tratamento superficial de áreas permeáveis: A iluminação natural deu-se através de aberturas nas fachadas com vidros laminados de 8mm, sendo postos nas salas de oficinas, biblioteca e

Para realizar a captação de água da chuva, foi projetado uma praça

restaurante. Tais vidros são capazes de proporcionar luz natural e também

alagável ao lado do edifício, onde ela capta a água e transfere para uma

barrar uma parte da radiação solar.

cisterna localizada próximo à entrada do edifício, para ser finalmente utilizada na irrigação da praça e limpeza de calçadas e demais

Figura 87 – Fachadas principais

pavimentações.

Figura 89 – Indicações da cisterna e caixa d’água CISTERNA

Fonte: Autora RESERVATÓRIO

5.3.2 COGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Painéis solares: A estratégia para redução do

Figura 88 – Cobertura

consumo de energia elétrica nos Fonte: Autora

chuveiros, foi a instalação de placas

Reservatório de água:

solares térmicas para aquecimento da água, logo que eles serão

Por se tratar de um edifício que receberá usuários diariamente e que

utilizados diariamente pelos alunos e

terá uma utilização mais intensa de água, foi proposto o reservatório

visitantes.

externo, de acordo com a NBR 5626, a NTS 181 da SABESP e a IT22 do

Foram instalados com face para

norte,

recebendo

maior

Fonte: Autora

corpo de bombeiros, para o cálculo de seu volume.

radiação solar.

62


5.3.4 CONTROLE DE RUÍDOS Cálculo do volume do reservatório externo: Ruídos urbanos e acústica interna:

NTS 181: Clubes esportivos = 26xnº de chuveiros 26x30 = 780m³/mês ou 26m³/dia

O edifício está localizado ao lado da Avenida dos Estados, que possui

IT22 = Reserva de incêndio = 20%

um grande volume de carros, transmitindo poluição sonora para os Total: 26.000 litros por dia + 5.200 litros (reserva) = 31.2m³

ambientes. Como forma de barrar parcialmente esses ruídos, foram utilizados vidros laminados de 8mm que são compostos por duas ou mais lãs. Assim como os vidros, as coberturas da quadra e do auditório possuem

Cálculo do tamanho do reservatório:

também isolantes que barram parcialmente, que são as telhas galvanizadas isolantes térmicas e atenuação acústica com núcleo de poliestireno (isopor).

Área(m²) cilindro A= π . r²

O edifício possui ainda uma acústica interna, localizada no auditório,

1m

A= 3,14 . 1²

onde foi projetado paredes duplas com câmara de ar e forros de gesso

A= 3,14

acartonado duplo para isolar ruídos internos e externos. 10 m

RESERVATÓRIO

Volume

Figura 90 – Telha galvanizada isolante térmica e atenuação acústica TELHA METÁLICA

V= A . h V= 3,14 . 10 V= 31,4m³ 10 m

COLUNA D’ÁGUA POLIESTIRENO

Cálculo coluna d’água: Fonte: Regionaltelhas

TELHA METÁLICA

(1kgf=1m³) Pressão = força/área

Figura 91 – Parede dupla

P = 31,4 kgf / 3,14 P = 10 m.c.a (metros de coluna d’água) CÂMARA DE AR Fonte: Projeteee - 2020

63


CapĂ­tulo 6


Figura 93 – Perspectiva estrutural

6.1 PROJETO 3D 6.1.1 ESTRUTURA

Figura 92 – Vista explodida da estrutura

TELHA GALVANIZADA (COBERTURA DO AUDITÓRIO E QUADRA INTERNA)

Fonte: Autora

TRELIÇA E VIGAS PERFIL U

LAJES DO PAVIMENTO SUPERIOR

VIGAS E PILARES DO PAVIMENTO SUPERIOR

LAJES DO TÉRREO

VIGAS E PILARES DO TÉRREO

Fonte: Autora

65


6.1 PROJETO 3D 6.1.2 FACHADAS

Figura 94 – Entrada CEMAF

Fonte: Autora

66


Figura 95 – Bicicletário

Fonte: Autora

67


Figura 96 – Espaço descanso

Fonte: Autora

68


Figura 97 – Fachada principal com letreiro

Fonte: Autora

69


Figura 98 – Entrada da praça

Fonte: Autora

70


Figura 99 – Centro da praça

Fonte: Autora

71


Figura 100 – Área recreativa piscinas

Fonte: Autora

72


Figura 101 – Vista dentro do restaurante

Fonte: Autora

73


Figura 102 – Quadras externas

Fonte: Autora

74


Figura 103 – Fundo da praça

Fonte: Autora

75


Figura 104 – Vista aérea

Fonte: Autora

76


Figura 105 – Quadra de vôlei de praia

Fonte: Autora

77


Figura 106 – Vista aérea da ligação / barreira

Fonte: Autora

78


Figura 107 – Vista aérea da cobertura do edifício

Fonte: Autora

79


Figura 108 – Detalhe cobogó com vista para área recreativa das piscinas

Fonte: Autora

80


CONCLUSÃO

Propostas de renovação urbana são capazes de mudar um bairro por

Através do Centro Educativo Multicultural Alzira Franco, a população

completo, deixando-o convidativo e promovendo cidadania. Com essa

terá não só oportunidades de emprego, assim como no projeto Master Plan,

premissa, o projeto elaborado para a conclusão de curso, busca suprir

como também aprender práticas esportivas, ter acesso à cultura, através de

necessidades de uma região, que por sua vez tem predominância de

peças teatrais, workshops, exposições e até produções artísticas. E, além de

indústrias, através de propostas que revitalizam as áreas que estão presas

tudo, um equipamento público construído na escala humana que incentiva o

por barreiras e acabam sendo abandonadas, pois não há interesse

convívio e práticas sustentáveis.

comercial. A priorização do pedestre, por meio de objetos que dificultam o acesso de carro e que incentivam o pedestre, fará com que a região tenha mais movimentação de pessoas e não tanto por carros, como é sua atual situação. A ideia de poder atravessar uma barreira física de um jeito simples, muda completamente o cotidiano e a qualidade de vida, pois muitas vezes, são essas barreiras (rios, córregos, linhas férreas) que prejudicam uma família de ter um bom estudo ou até mesmo lazer. Com a proposta do Master Plan, o principal objetivo é que as pessoas possam atravessar tais barreiras e, nesse meio tempo, possam usufruir das atividades oferecidas por ele. Como no projeto apresentado do Master Plan, a ideia principal é mudar o paradigma de que a população precisa ter um deslocamento maior para ter acesso à saúde, ao lazer e até mesmo á qualidade de vida, gerando seres humanos mais conscientes e com diversas experiências e conhecimentos.

81


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Blog Instituto Cidade Jardim. Disponível em: <https://institutocidadejardim.wordpress.com/>. Acesso em: mar. 2020.

CATÁLOGO TATU. Lajes alveolares. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/tatu/catalogo-tatu-laje-alveolar.pdf>. Acesso em abr. 2020.

CIDADE DE SÃO PAULO. Desenvolvimento urbano. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/>. Acesso em

DOKUMEN. Estudo de caso CEU Pimentas. Disponível em: <https://dokumen.tips/documents/estudo-de-caso-ceu-pimentas.html>. Acesso em: ago. 2019.

FAM - Tabela perfil soldado. Disponível em: <https://www.famsteel.com.br/pdf/fam-tabelas-perfil-soldado.pdf>. Acesso em abr. 2020.

FERREIRA, Ricardo. Ecoeficiência é princípio e conceito no SESC Birigui. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/noticias/noticias/ecoeficiencia-e-principio-e-conceito-no-sesc-birigui>. Acesso em: ago. 2019.

FRACALOSSI, Igor. CEU Pimentas / Biselli + Katchborian arquitetura. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-26029/ceu-pimentas-bisellimais-katchborian-arquitetos>. Acesso em: ago. 2019.

GARCIA, Simon. Escola secundária em Cabrils. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/889325/escola-secundaria-em-cabrils-josep-val-ravellplus-arnau-sole-simon/5a60b2bdf197cc2bba000401-secondary-school-in-cabrils-josep-val-ravell-plus-arnau-sole-simon-photo>. Acesso em: ago. 2019.

IT22 - Corpo de bombeiros

MAPS, Google.

NBR 14861/2002 – Laje pré-fabricada – Painel alveolar de concreto protendido.

NBR 5626 – Instalação predial de água fria.

82


NBR 9050/2004 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

NTS 181 SABESP

PEREIRA, Matheus. SESC Birigui / Teuba Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/925058/sesc-birigui-teubaarquitetura-e-urbanismo>. Acesso em: ago. 2019.

PERFIS LAMINADOS - Padrão americano. Disponível em: <http://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2017/03/Tabelas-de-Perfis-Nacionais.pdf>. Acesso em abr. 2020.

PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ. Anuários de Santo André. Disponível em: <https://www2.santoandre.sp.gov.br/index.php/component/phocadownload/category/3-anuarios-de-santo-andre>. Acesso em: ago. 2019.

PREFEITURA DE SÃO PAULO. Plano diretor de SP. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/PDE-SuplementoDOC/PDE_SUPLEMENTO-DOC.pdf>. Acesso em: ago. 2019.

Projeteee - Projetando edificações energeticamente eficientes. Disponível em: <http://projeteee.mma.gov.br/>. Acesso em: mar. 2020.

Regional Telhas. Disponível em: < https://www.regionaltelhas.com.br/>. Acesso em: mar. 2020.

REPUBLICA Arquitetura. Disponível em: <republica.arq.br/>. Acesso em: mar. 2020.

ROCHA, Sérgio. Telhado Verde SESC Birigui: contra ilhas de calor, ilhas de revegetação. Disponível em: <http://blog.institutocidadejardim.com.br/2017/11/27/telhado-verde-sesc-birigui-contra-ilhas-de-calor-ilhas-de-revegetacao/>. Acesso em: ago. 2019.

SANTIBAÑEZ, Danae. Escola secundária em Cabrils. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/889325/escola-secundaria-em-cabrils-josep-valravell-plus-arnau-sole-simon>. Acesso em: ago. 2019.

SBARRA, Marcelo. Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <https://marcelosbarra.com/>. Acesso em: mar. 2020.

83


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.