SÉRGIO FONSECA
Tr a b a l h o Fi n a l d e G r a d u a ç ã o EAU UFF-2014-2 Caroline do Vale Chagas
Escola de Música Popular Sérgio Fonseca UFF - Trabalho Final de Graduação rio de janeiro, março de 2015 Autoria: Caroline do Vale Chagas Orientação: Laura Elza Supervisão: Vinícius Netto
Agradecimentos Chega o momento de agradecer aos que de alguma forma estiveram presentes na minha vida no período que dediquei a esta faculdade. Pessoas que contribuíram profissionalmente ou afetivamente para o êxito deste momento da minha conclusão de curso.
À arquiteta Lúcia Siano por aceitar o convite para fazer parte da minha banca e pelas contribuições na pré-banca e auxílio à pesquisa.
Agradeço a Deus por me dar a oportunidade de cursar e concluir a tão sonhada Arquitetura, por me conceder forças para superar as dificuldades e coragem para seguir em frente.
À professora Louise e à Arquiteta Lourdes Zunino pela gentileza de contribuírem com orientações sobre acústica.
Aos meus amados pais Vera e Getúlio, por terem sido sempre tão dedicados na minha educação e por terem contribuição fundamental nesta minha formação. Sem vocês nada seria possível. Ao meu marido, pelo apoio, por se esforçar para compreender todas as vezes que precisei me dedicar aos trabalhos acadêmicos, pela amizade, carinho e amor que se revigoram a cada ano. À minha querida Família do Vale, pela união que é o meu suporte, a minha raiz, a minha referência.
Agradeço à minha família Chagas pelo carinho e apoio.
Agradeço à minha orientadora laura elza, por ter me cativado e inspirado já nas suas aulas de projeto e pelas orientações e incentivos, que foram o suporte necessário ao bom desenvolvimento deste trabalho. Ao professor Maurício Campbell, pelas ricas contribuições a este projeto e por ter compartilhado sua sabedoria durante o período que foi meu professor de projeto de Arquitetura.
Ao professor Pompei por sua solicitude nas orientações de projeto estrutural.
Agradeço a todos os queridos professores da EAU por dedicarem seu tempo na partilha de seus conhecimentos e pela busca na formação de arquitetos conscientes de seu papel na sociedade. Também agradeço aos professores que colaboraram para que eu conseguisse conciliar meu trabalho com as aulas da faculdade. Aos amigos da turma 2009/1, que tive a felicidade e a sorte de fazer parte, por termos compartilhado alegrias, estresses de entrega de projeto e momentos inesquecíveis em choppadas, viagens de estudos ou até mesmo nos corredores da EAU. Agradeço, à Jessica Ojana, pela amizade sincera e parceria desde o início da faculdade, pelo apoio essencial nas aulas de Sistemas e neste projeto. Agradeço a Lucas Salim, pelas muitas risadas que me proporcionou deixando tudo um pouco mais leve e pela parceria nas madrugadas de virada de TFG. Agradeço aos amigos Patrícia Ferreira, Kashmir Thamires, Natália Santos e Bruno Tavares por, cada um a sua maneira, terem contribuído com o êxito deste trabalho.
Agradeço à família Ribeiro, que me acolheu com tanto carinho e acreditou nesta conquista desde o início, em especial minha cunhada Michele, minha sogra Eunice e meu falecido sogro Eudi, in memoriam. Aos amigos especiais que a vida me deu, pela compreensão das minhas ausências neste período que exigiu tanto de mim e pela torcida e certeza de que esta vitória viria. Em especial Esther Raphaela, Manuella Russo, Renata Folly e Márcia Short, que acompanharam de perto este processo. Agradeço aos escritórios onde estagiei, fiz amigos e adquiri conhecimentos fundamentais para minha vida no trabalho. Às diretoras Maria Cataldi e Marcia Regina do CIEP Henfil, pela compreensão e colaboração nos momentos que mais precisei, aos meus amigos professores e aos meus alunos do EJA, por fazerem das minhas noites semanais tão agradáveis. A todos que contribuíram para minha pesquisa durante as visitas e que estiveram dispostos a ajudar de alguma forma. De maneira especial agradeço ao meu tio Jorge Itaméia pelas muitas conversas que tivemos sobre o tema e as sugestões dadas e ao professor e músico Ivan machado, que esteve disposto a me auxiliar de todas as maneiras que precisei na pesquisa sobre as questões culturais de Mesquita . E finalmente, agradeço a Sérgio Fonseca, por ser fonte de inspiração deste trabalho.
Canta, Meu Povo Canta
Sérgio Fonseca/Noca da Portela Apesar dos pesares, meu povo ainda canta, Canta a esperança, canta o amor, E vê um canto de paz, nos ares, Vindo de um peito mais sofredor. É que cantando, se espanta os males, De um canto certo de paz e amor, É que cantando, se espanta os males, De um canto certo de paz e amor. Este povo eu tenho a certeza, Não tem trato com a tristeza, Não tem não ! O teu canto é o mais bonito, Tão bonito quanto a força, da criação ! Mas, antes que tudo desabe, Que o sonho se acabe, De que serve o clamor ? Solta, a voz O teu canto Solta, a voz O teu canto
na de na de
garganta, e canta, amor, garganta, e canta, amor.
Canta meu povo, canta, espalha o teu cantar, Que venha de cada canto, o canto, O canto de libertar, Canta meu povo, canta, espalha o teu cantar, Que venha de cada canto, o canto, O canto de libertar...
Prefácio Este trabalho consiste no projeto de uma escola pública de ensino de música popular no município de Mesquita, no Estado do Rio de Janeiro. O tema é fruto de uma inquietação sobre o tratamento que se dá à cultura e à educação no Brasil, em especial nas regiões mais periféricas das metrópoles, não raras vezes deixadas em segundo plano nos planejamentos das políticas públicas. somado a isto, trago aspirações há tempos acumuladas por mim para este município no qual passei parte da minha infância e ainda hoje possuo familiares residindo. O trabalho se debruça sobre a observação de práticas culturais do universo musical existentes na região e evidencia a importância de reforçá-los, além de abordar a necessidade da valorização do potencial artístico e da bagagem cultural do povo local que insistem em se manter vivos, apesar das dificuldades encontradas. Desta forma, proponho o projeto de um equipamento fixo para o atendimento de crianças, jovens, adultos e idosos em três turnos, que forneça espaços físicos de aprendizado e socialização de saberes musicais, onde a cultura brasileira tenha liberdade de fruição e os eventos próprios à tradição local sejam acolhidos.
Acervo pessoal
Sumário INTRODUÇÃO............................................................... 11 METODOLOGIA ..........................................................13 A CIDADE DE MESQUITA................................................ 15 HISTÓRICO DA CIDADE LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO
MÚSICA, Educação e Identidade...................................... 19 EDUCAÇÃO MUSICAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES ATIVIDADES CULTURAIS NO MUNICÍPIO DESVENDANDO AS RAÍZES CULTURAIS
Local de Implantação do Projeto....................................25 MOBILIDADE O TERRENO EQUIPAMENTOS DO ENTORNO IMEDIATO
O PROJETO ................................................................31 LEGISLAÇÃO, FLUXOGRAMA E PROGRAMA DE NECESSIDADES REFERÊNCIAS CONCEITUAIS REFERÊNCIAS PROJETUAIS CONCEITO E EVOLUÇÃO DO PARTIDO ESTUDO DE SOMBRAS FLUXOS E SETORIZAÇÃO MEMORIAL DESCRITIVO PLANTA DE SITUAÇÃO PLANTA DE PAGINAÇÃO DE PISO E PAISAGISMO PLANTA BAIXA DO SUBSOLO PLANTA BAIXA DO TÉRREO PLANTA BAIXA DO SEGUNDO PAVIMENTO PLANTA BAIXA DO TERCEIRO PAVIMENTO PLANTA DE COBERTURA FACHADA NORTE FACHADA LESTE FACHADA OESTE FACHADA SUL CORTE LONGITUDINAL AA CORTE BB CORTE TRANSVERSAL CC SISTEMA ESTRUTURAL CONFORTO ACÚSTICO CONFORTO TÉRMICO CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS PERSPECTIVAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acervo pessoal
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Introdução Utilizo como campo de estudo e como local de realização do projeto a cidade de Mesquita, localizada na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Este Município, é onde faço uma busca na tentativa de descobrir as práticas culturais formais e espontâneas já existentes e quais as defasagens em relação ao campo cultural se mostram atualmente. O município conta com uma estrutura de fomento à cultura muito incipiente e ainda não dispõe de espaços culturais fixos. As atividades realizadas dependem da intenção política dos governantes a cada mandato ou da busca independente dos moradores, deste modo, o presente trabalho pretende, através de um projeto arquitetônico a nível preliminar, propor a implementação de um equipamento público permanente que viabilize o resgate da identidade cultural do povo mesquitense, a valorização de suas raízes e seus saberes populares, a estimulação do movimento musical da baixada fluminense, e que seja local de ampliação do repertório musical dos alunos e via de promoção de novas experiências de apropriação como forma de ingresso a um universo pouco acessível. Aspira-se a concepção de um espaço que seja complementar às manifestações culturais já existentes e que abrigue ambientes para formação musical e atividades efêmeras eventuais, onde o encontro e a troca sejam parte do aprendizado e onde a técnica e o amor à arte possam convergir. A prática de ensino da música foi compreendido como um caminho para a transformação do pensamento, o avivamento da sensibilidade e um recurso capaz de trazer benefícios tanto individuais como coletivos. Minhas formações, tanto na Pedagogia, quanto na Arquitetura, me influenciaram na fusão de duas posturas neste trabalho: a busca pela socialização do conhecimento e o esforço pela elaboração de um espaço que permita experiências humanas que interfiram positivamente no cotidiano do usuário. Apresento, portanto, um projeto que pretende ser um meio de valorização da cultura brasileira e das experiências no Município de Mesquita, no qual a arquitetura esteja dialogando com seu entorno, atraindo olhares e sendo convidativa, mas não perdendo o seu caráter acolhedor.
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Metodologia A concepção do tema inicial
Elaboração do Programa e do Partido
O embrião deste trabalho consistiu na observação da carência de investimentos públicos no setor cultural na Baixada Fluminense e a percepção da expansão da cultura de massa e perda das referências culturais pelo povo brasileiro em geral. A partir disto, foi feita a escolha da localização para realização do trabalho. Trata-se do Município de Mesquita, onde possuo vínculos afetivos e tenho conhecimento de algumas de suas particularidades.
Diagnóstico
Levantamento físico e fotográfico em campo;
Para conhecimento da dinâmica e funcionamento de escolas de música, foram feitas visitas às principais escolas públicas do ramo existentes na Baixada Fluminense, como o Centro Cultural Kenedi Jaime, em São João de Meriti, a Escola Municipal Professor Weberty Bernardino Aniceto, em Nilópolis, e a Escola de Música Nogueira do Trombone - Núcleo Avançado da Escola Vila Lobos, em Paracambi. E também foram feitas visitas às escolas de Música mais importantes instaladas na Capital, como a escola estadual Villa Lobos e o Conservatório Brasileiro de Música.
Foram feitas pesquisas qualitativas com moradores, integrantes do Conselho de Cultura do Município, ONGs e professores, diretores e alunos de redes públicas de ensino, para verificar atividades já existentes e suas demandas em relação ao aspecto cultural.
Em seguida foram feitos: pesquisa de referências arquitetônicas; elaboração do programa de necessidades; e desenvolvimento do Partido Arquitetônico;
Visitas à Secretaria de Cultura foram feitas conhecimento das atividades já realizadas na região.
Projeto
para
Definição do tema A partir da análise dos dados deu-se a escolha do tema “Escola de Música”.
Se desenvolveu na seguinte ordem: elaboração do plano de massas, estudo de fluxos e pré-dimensionamento; desenvolvimento de maquetes físicas e croquis para estudo; consultorias sobre questões técnicas específicas para definição do sistema construtivo, das estratégias para sustentabilidade, conforto térmico e acústico; definição da forma arquitetônica e do paisagismo; determinação das áreas e ambientes internos; e elaboração de desenhos técnicos, maquetes eletrônicas e memorial descritivo.
Coleta de dados e conceituação Junto à Secretaria de Urbanismo do Município foi feita a aquisição das legislações vigentes e mapas cadastrais. Foi realizada pesquisa de dados censitários e histórico do Município; pesquisas de referências conceituais e projetuais. Busca por bibliografias que tratassem sobre o tema, sua importância e contribuições sociais.
Desenvolvimento de justificativa e conceituação teórica;
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A Cidade de Mesquita
Fonte: https://www.flickr.com/photos/73182472@N04/10258793796
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Histórico
Mapas de 1555 e 1575 apontam que territórios em torno da Baía de Guanabara eram ocupados por aldeias tribais compostas por índios Tupis. Com a colonização, deu-se início, a partir de 1558 a concessão de sesmarias a patrícios pela Coroa Portuguesa. No século XVII, nesta região, os portugueses introduziram a cultura de cana de açúcar e por esse motivo os lugares receberam nomes de engenhos. Estes engenhos produziam para o sustento da colônia e para a Europa e utilizaram-se, inicialmente, da mão de obra das antigas aldeias antes da chegada dos escravos africanos. Os engenhos se espalharam pelo território, entre eles, os Engenhos da Cachoeira e da Maxambomba ambos localizados na Freguesia de Jacutinga, a qual conhecemos hoje como Mesquita, Nova Iguaçu, Belford Roxo e Nilópolis. Em 1694 o sargento mor Martinho Correia Vasques, que tinha cargo régio a serviço da Coroa Portuguesa, era o senhor de ambos engenhos Maxambomba e Cachoeira. Os engenhos foram, por anos, administrados por membros da família Correia Vasques. As terras passaram por donos diversos.
resultou num adensamento populacional cada vez maior. a pressão por melhorias da infraestrutura e pela liberdade, que vinha sendo empreendida desde 1950 pela população, culminou com a emancipação de Mesquita em relação à cidade de Nova Iguaçu em 25 de setembro de 1999.
Primeiro Barão de Mesquita
Segundo Barão de Mesquita
Rótulo de Embalagem de laranjas, década de 1930
Até meados do século XX o café e a laranja mantiveram a economia da região que só perdeu sua força a partir dos anos de 1940. A ferrovia foi construída para que se pudesse transportar o café produzido no Vale do Paraíba e em São Paulo para o porto do Rio de Janeiro. Em 1884 foi criada a estação que recebeu o nome de Barão Jerônimo de Mesquita. De um lado da via férrea, no pé do maciço do Gericinó, começou, logo após a decadência da cultura da laranja, um intenso processo de parcelamento do solo, enquanto do outro lado surgiam as olarias, impulsionadas pelo crescimento urbano da cidade do Rio de Janeiro e pela oferta de matéria prima abundante no local, uma nova fonte econômica que se espalhou por mesquita e transformou a região num importante centro produtivo. Em 1908, uma das mais importantes olarias da região foi construída: a Companhia Materiais de Construção - Olaria Ludolf e ludolf. A indústria chegou a ter uma área de 383.298m² com quatro galpões, vinte e duas casas de operários e uma infraestrutura que contava com escola, cinema, igreja e armazém.
Fonte da Imagem: Livro Nossas Ruas têm História- Mesquita/RJ
Mapa com algumas aldeias em torno da baía de Guanabara No século XIX o Engenho da Cachoeira, foi adquirido por José Francisco Mesquita, o Marquês de Bonfim. Em 1864 a fazenda passou a seu filho Jerônimo de Mesquita, o primeiro Barão de Mesquita, depois a seu herdeiro homônimo que recebeu o mesmo título. Em 15 de janeiro de 1833 o município de Iguassú tinha sido criado e ficou subdividido em 5 distritos: Iguassú, Pilar, Merity, Marapicu e Jacutinga. Com o declínio da produção de açúcar e a implantação da estrada de ferro Central do Brasil em 1858, que cortou o território da antiga fábrica do engenho, o terreno foi sendo dividido em chácaras menores onde iniciou a produção de café e a plantação de laranjais. 16
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300g38g.htm
Trabalhadores da olaria Ludolf Ludolf em Mesquita, década de 1920/30
Telha francesa Ludolf & Ludolf
As vilas operárias instaladas pelas olarias contribuíram para o crescimento da população. Em 1940 a população já correspondia a cerca de nove mil habitantes. Durante as décadas de 1950 e 1960 Mesquita passou de território com características rurais para zona urbana com população de cerca vinte e nove mil habitantes e em crescimento. Mas a exploração intensa de matéria prima fez com que a qualidade dos produtos produzidos fossem afetados e as olarias perdessem seu potencial, após 1954 gradativamente suas terras foram sendo loteadas. De 1940 a 1970, 1744 loteamentos foram aprovados. Seguindo o caminho do crescimento, outras importantes indústrias se instalaram na região, como a laminação Brasferro, A PUMAR, a SONAREC - Sociedade Nacional Reconstrutora Limitada e a ibt-Indústria Brasileira de Tubos. ao mesmo tempo, os transportes e as vias de comunicação com o Rio de Janeiro foram sendo melhorados. Isto tudo
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0300g38g.htm
Chaminé da olaria Ludolf Ludolf, no início do Séc. XX
Localização e Contexto Atual
Mesquita é um município do Estado do Rio de Janeiro, localizado na Baixada Fluminense. Segundo dados do Censo de 2010 do IBGE, possui um território de 39.062km² e população estimada em 2014 de 170.473 habitantes. Faz limite com Nova Iguaçú, Belford Roxo , São João de Meriti, Nilópolis e Rio de Janeiro. Está a 29,40 Km da Capital. A baixada Fluminense é uma área localizada na porção oeste da Baía de Guanabara, Abrange 13 municípios e aproximadamente 3,7 milhões de habitantes. Esta região, é caracterizada por uma paisagem natural rica em planícies, morros, matas e uma abundante rede hidrográfica que desagua na Baía de Guanabara. Sempre teve o seu desenvolvimento econômico e social associados ao Rio de Janeiro e ainda hoje é responsável por fornecer grande parte da mão de obra da capital, gerando altos fluxos diários de trabalhadores que se deslocam por meio das principais vias expressas e do trem, único transporte de massa que faz essa conexão em larga escala.
BR
Rio de janeiro
Guapimirim Nova Iguaçú Japeri
Duque de Caxias
Magé
Apesar de abrigar o sistema Guandu, a Baixada Fluminense sofre cronicamente com a falta de abastecimento regular de água. Boa parte das ruas de muitos municípios têm problemas de manutenção, são esburacadas ou ainda não passaram por asfaltamento. O saneamento básico também é precário em algumas regiões. Além disso, com o início da implementação das UPPs (Unidade de polícia Pacificadora) no ano de 2008 em determinadas localidades do estado do Rio de Janeiro, em especial na capital, traficantes de drogas migraram para a baixada Fluminense e isto culminou com o aumento da violência na localidade.
Paracambi Seropédica
Belford Roxo
Itaguaí
São João de Meriti Nilópolis Queimados Mesquita
Baixada Fluminense
Fonte dos mapas: Elaboração própria
Fontes das imagens: Ver referências bibliográficas 17
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Música, Educação e Identidade
https://www.flickr.com/photos/liarafotografias/8751566035/in/photostream/
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Educação Musical e Suas Contribuições As manifestações musicais estão presentes por toda a nossa vida no cotidiano das relações humanas. Quando pequenos somos submetidos aos sons e também os produzimos. Somos expostos ao contato com pessoas, objetos e natureza que nos fazem absorver, reproduzir e empreender experiências sonoras. Segundo constatações apresentadas na 87a Assembleia Científica e Encontro Anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte, mesmo os surdos podem perceber as vibrações sonoras do espaço e senti-las na região do cérebro que pessoas sem essa deficiência utilizam para ouvir.
assim, precisa ser valorizado e desenvolvido da mesma forma que as outras componentes educativas, tendo em vista que possibilita a aquisição de competências específicas e sem elas as experiências de aprendizagem são limitadas. Também declara que a modificação do papel das artes pelas correntes modernas de pensamento sobre a cultura e a sociedade, obrigada uma mudança de postura diante da educação artística, sendo essencial permitir a preservação das culturas minoritárias, que estão em risco perante a globalização, e contribuir para o conhecimento e criação das próprias identidades pessoais.
A música tem o poder de evocar lembranças, sentimentos e sensações, é capaz de tranquilizar, despertar o ânimo, sensibilizar, modificar o humor, reduzir níveis de stress e ansiedade. Muitas são as possibilidades de quem a sente, a escuta ou a toca, é um exercício artístico expressivo que está intimamente ligado às emoções. Ela pode ser usada como instrumento de humanização de relações, de encontro e interação, um exemplo disso, são as iniciativas de músicos profissionais, que se dispõe a visitar hospitais e a partir disso provocam emoções de modo a “surpreender, acalmar, concentrar, ensinar, relaxar, embalar, dar espaço para a tristeza ou angústia, fazer rir ou sonhar” (Flusser,2013)
torna-se essencial, portanto, a reflexão sobre o contexto cultural e social em que a escola está inserida, para que seja feito um reconhecimento das suas singularidades de modo a estimular a afirmação e o reconhecimento da sua identidade cultural e ampliar seu repertório artístico para que o conhecimento não se restrinja aos elementos fornecidos pelas mídias que resultam na produção de um padrão de preferência.
A Constituição Federal determina o ensino da música como conteúdo obrigatório do componente curricular nas escolas, mas ainda que reconhecida como relevante no desenvolvimento humano, não é amplamente introduzida nas escolas pelo país. É evidente a necessidade de se democratizar o acesso a este tipo de linguagem de expressão e à sua apropriação, viabilizando o desenvolvimento complementar de aptidões e a formação de indivíduos que tenham mais recursos emocionais e criativos para se expressar. A educação musical constitui-se como um dos preciosos instrumentos de busca de emancipação, fortalecimento da cidadania e consciência da diversidade cultural.
Além disso, está presente nas manifestações culturais dos povos e em seus rituais religiosos, é um meio de reconhecimento do pertencimento cultural e instrumento de integração social, pois está intimamente ligada aos interesses de grupos, à memória coletiva e às práticas de uma geração. Segundo Maura Penna, para que a educação musical possa contribuir para o desenvolvimento integral do indivíduo, é preciso que haja uma articulação e um equilíbrio entre as funções “essencialistas”, que são as “voltadas para os conhecimentos propriamente musicais, enfatizando o domínio técnico-profissionalizante da linguagem e do fazer artístico” e as “contextualistas”, “que priorizam a formação global do indivíduo, enfocando aspectos psicológicos ou sociais”. Penna ainda constata que: “[…] os projetos educativos extra-escolares, com finalidade social, têm mostrado a validade, no ensino das artes, das funções contextualistas – tais como o desenvolvimento da autoestima, da autonomia, da capacidade de simbolizar, analisar, avaliar e fazer julgamentos, além de um pensamento mais flexível […] Muitas vezes, tais projetos articulam essas funções contextualistas, voltadas para a formação global dos alunos, com o domínio do fazer artístico, inclusive como alternativa de profissionalização.” (Penna, 2006, p. 37).
“A arte de modo geral – e a música aí compreendida – é uma atividade essencialmente humana, através da qual o homem constrói significações na sua relação com o mundo”
Segundo Teresa André, consultora da UNESCO, o ensino das artes deve ser compreendido como educação para a vida, sendo
(PENNA, 2008) Fonte: http://www.vozeviolaoparaeventos.com/
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Atividades Culturais no Município As incursões realizadas em Mesquita e em outras cidades onde foram feitas entrevistas e observações, orientaram-me na concepção e afirmação deste tema. Inicialmente investiguei as preexistências no município com relação ao tema cultura e as suas carências. através de conversas com diretores de escolas, alunos de uma instituição pública, ONGS, promotores culturais e funcionários da secretaria de Cultura do Governo Municipal, foi possível a verificação de algumas das atividades e eventos culturais oferecidos pela administração do Governo municipal atual aos habitantes, mas também as manifestações que ocorrem por iniciativa da própria população. Dentre as atividades propostas pelo governo, estão as oficinas de Dança de Salão, Dança de rua, Teatro, Malabares e Animação de festas; e atividade de projeção de filmes nas praças. Além disso, são realizados alguns eventos de maior porte, como os shows anuais de comemoração do aniversário do município com a presença de bandas midiáticas brasileiras; o evento “Forró da Feira” que acontece todos os domingos no espaço denominado “Centro Cultural da Feira”, na Estrada Feliciano Sodré - Uma tenda armada na rua configura o espaço da festa, leva este nome por estar na mesma rua onde é realizada uma feira nos finais de semana - e também o evento anual de Rock que tem sua origem popular e independente e posteriormente teve sua direção assumida pela prefeitura. No início dos anos 2000 um bar no Centro do Município promovia shows de bandas de rock que começaram a atrair pessoas de diversas localidades. Elas ocupavam o espaço público livremente de forma democrática. A passarela da estação de trem era tomada por jovens e suas camisas pretas. Com o tempo, as drogas e violência começaram a estar presentes no evento, isto causou incômodo a parte da população e ao poder público. Iniciou-se então um processo de repressão da atividade e proibição, para encerrála e transferi-la para outro lugar, o que acabou por extinguí-la. Alguns anos depois, com o fim da chamada “Passarela do Rock”, em forma de resistência, frequentadores organizados na rede Conexão Baixada rock and roll, em diálogo com a Coordenadoria de Políticas para a Juventude, aprovaram a proposta para que o Dia 13 de Julho, Dia Mundial do Rock, integrasse o calendário oficial da cidade. Isto culminou com a aprovação da Lei Municipal 2.154/2013 que garantiu a realização de um festival anual em Mesquita. A partir de então, anualmente se comemora o dia Mundial do Rock com um grande festival gratuito promovido pelo governo municipal com a participação de diversas bandas independentes e um grande público. Está prevista a inauguração do Centro Cultural Mr. Watkings, uma parceria Público Privada entre o Governo Municipal de Mesquita e uma ONG internacional ligada à família de Mister Watkins, industrial
Fonte:https://www.google.com.br/maps/
Centro Cultural da feira
Fonte: http://extra.globo.com/noticias/rio/festival-de-rockde-mesquita-comeca-na-proxima-sexta-dia-25-13313325. html
Fonte:http://revistalivemusic.com/aniversario-de-mesquita/
Reportagem do jornal Extra sobre festival Festa do Aniversário de Mesquita no ano de de Rock em Mesquita 2012
Fonte: http://www.passareladorock.blogger.com. br/2003_10_01_archive.html
Fonte: http://roquepense.com.br/?p=439
Passarela do Rock - anos 2000
Festival de Rock em Mesquita - 2013
http://ivanmachadoarte-educao.blogspot.com.br/2012_07_01_ archive.html
Centro Cultural Mister Watkins 21
que investiu na área metalúrgica no então 5º Distrito de Nova Iguaçu, como Mesquita era classificada administrativamente. O centro Terá uma área total média de 400m2, onde haverá um auditório, áreas de convivência, espaço de exposições, mini biblioteca e um café. Vale salientar que o município já possuiu salas de cinema e teatro, mas atualmente não dispõe de nenhum desses espaços. Eles foram extintos ou direcionados a outro uso não cultural. Algumas iniciativas autônomas também se mostram presentes no local. Elas se iniciam, em geral, com intuito de suprir as carências de atividades culturais que o municípío não dispõe. São realizadas de forma independente, sem participação governamental e posteriormente adquirem patrocínio ou permanecem ocorrendo com o esforço da coletividade. Uma delas, sem fins lucrativos, denominada “Caldo de Cultura”, é organizada, mensalmente, desde início de 2014 por dois moradores locais, Ewerson Claudio e Ivan Machado. Ela conta com diversos colaboradores e é realizada nas praças do município. Tem como objetivo fomentar encontros culturais de músicos, poetas, pintores, educadores, agentes culturais e o povo em geral. Nas reuniões são realizados apresentações, debates e exposições a fim de disseminar a cultura da região e dos demais municípios da baixada fluminense.
Fonte: https://www.facebook.com/media/t/?set=a.776618222392707.10 73741838.719813294739867&type=3
“Caldo de Cultura” na Praça João Luiz Nascimento Centro de Mesquita
Acervo Pessoal
Caldo de Cultura na Praça João Luiz Nascimento - Centro de Mesquita
O município possui uma agremiação própria de escola de samba, o Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Chatuba de Mesquita, que desfila na quinta divisão do Carnaval do Rio de Janeiro. Fundada em 2003, funciona com elementos improvisados, emprestados e recursos proveniente de doações, arrecadamentos por meio de eventos criados ou eventuais patrocínios pleiteados junto à prefeitura do Município. Uma tradição em atividade há 144 anos, a folia de Reis Sete Estrelas do Rosário de Maria, sobrevive ainda hoje em Mesquita. Trata-se de uma festa cristã que se inicia em 24 de dezembro e vai até 06 de janeiro, no Dia de Reis. Na Baixada Fluminense, ela é realizada até dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião. Lembra os acontecimentos ocorridos desde o nascimento do menino Jesus até a fuga para o Egito. Este grupo que se apresenta anualmente nas ruas da cidade, corresponde a uma família cuja matriarca D. Maria Anna, falecida em 2011, contribuiu fortemente para a continuidade da tradição. No mesmo ano, a Folia foi indicada ao Prêmio de Cultura do Governo do Estado do Rio de Janeiro na categoria Patrimônio Imaterial. O Centro Cultural Oscar Romero é uma Instituição não governamental existente desde 1985, criada a partir do esforço de um grupo de jovens apoiados pela Paróquia São José Operário e pela Associação de Moradores do Parque Ludolf (AMPLA). É considerado o primeiro aparelho cultural de Mesquita. No espaço funciona a única biblioteca do Município e são realizados eventos abertos à comunidade: cursos, oficinas, sessões de vídeo, shows de música para promover os artistas da Baixada, apresentações de teatro e debates sobre problemas sociais. 22
Uma outra ONG no Bairro da Chatuba,
chamada Mundo
Fonte: https://www.facebook.com/media/t/?set=a.776618222392707.10 73741838.719813294739867&type=3
“Caldo de Cultura” na Praça João Luiz Nascimento - Centro de Mesquita
Fonte: http://ivanmachadoarte-educao.blogspot.com.br/2011/02/uma-grande-festa-da-cultura-popular-na. html
folia de Reis Sete Estrelas do Rosário de Maria,
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:76-_GRES_Chatuba_de_ Mesquita_2010_-_carro.JPG
http://centroculturaloscarromero.blogspot.com.br/p/do-centro-cultural-oscar-romero-teatro.html
Gres Chatuba de Mesquita
Centro Cultural Oscar Romero
Novo, foi criada em 2003 por uma moradora local aos seus 16 anos de idade. Ela tomou iniciativa com recursos próprios devido sua inquietação com a carência de educação e cultura na comunidade. Hoje a instituição oferece ensino gratuito para crianças, atividades de dança, teatro, artesanato apoio escolar, oficina de leitura e passeios culturais a crianças no contraturno escolar. também oferece aulas e atividades para Jovens e adultos e cursos de apoio à formação profissional.
Desvendando as raízes culturais Mesquita, assim como outros municípios da Baixada Fluminense, configura-se como um território de artistas da música popular brasileira, em especial o samba e o choro. Cantores que iniciaram sua trajetória na periferia ou compositores que tiveram seus talentos refletidos nas vozes de grandes artistas e propagados nas ruas da baixada fluminense. Muitos são grandes talentos, porém sem reconhecimento popular e midiático, mas que contribuiram de forma enriquecedora para o cenário musical brasileiro. Entre eles, Nelson Cavaquinho, um importante músico brasileiro, sambista carioca e compositor de músicas até hoje cantadas como “A Flor E O Espinho”; Romildo Souza Bastos, compositor de sucessos como o de “Conto de Areia” junto a Toninho Nascimento, cantado por Clara Nunes; Edson Menezes, o compositor de sambas enredo e cantor, mais conhecido como Edson Bombeiro; Roque da Paraiba, poeta e compositor; Dicró, cantor e compositor, que integrou a ala das escolas de samba Beija-Flor, em Nilópolis, e Grande Rio, em Duque de Caxias. Edson Show, compositor ; E o letrista, nascido e criado em Mesquita e morador ainda hoje, Sergio Fonseca. Nascido em 1944, Sérgio Fonseca é descendente de uma das primeiras famílias a habitar o município.
http://www.ongmundonovo.org.br/projetos
Alunos da Ong Mundo Novo
Foi possível constatar com a pesquisa, que grande parte dos eventos promovidos pelo Governo Municipal são atividades desenvolvidas eventualmente por circustância de uma data comemorativa e dependem da iniciativa do poder governamental vigente, não dispõe de estrutura física que promova ensino ou amplo fomento ao movimento cultural no município. Esta defasagem acaba por impulsionar iniciativas populares que resistem ao processo de exclusão dos investimentos governamentais e muitas vezes fazem uso do espaço público para a realização de suas práticas. Tendo em vista tal situação, entende-se que a implantação de um equipamento com caráter educacional e cultural no município contribuirá para a elevação da auto-estima dos moradores locais, para desenvolvimento da região e poderá trazer benefícios individuais e coletivos, a medida que pode vir a ser um elemento que trará ocupação, divertimento, formação, conhecimento e profissionalização para pessoas de diversas idades, podendo até mesmo contribuir para a melhoria redução da violência na cidade.
Fonte: http://claricemagalhaes.com/2008/04/07/o-encontro-com-sergio-fonseca/
Sérgio Fonseca
Segundo ele mesmo relata, quando jovem, pelos anos de 1972, jogava futebol com um grupo de amigos em Mesquita e parava ao final do jogo para ouvir Nelson Cavaquinho, seu vizinho, cantar e tocar com João da Viola, Tonico Pandeiro e Luiz do Cavaco. Isto o influenciou no seu gosto musical por samba, assim como seus amigos Romildo de Souza Bastos, Edson Show, Dicró, Odilón, Elias Dupac e Tuninho Nascimento. Hoje, professor, escritor, compositor e poeta, já compôs diversas músicas, mais de 200 delas gravadas por muitos cantores nacionais, dentre eles, Elizeth Cardoso, Jorge Aragão, Alcione e mais recentemente, Maria Rita e o grupo Casuarina. Também fez importantes parcerias com Romildo Bastos, Noca da Portela e Ernesto Pires, entre outros.
http://www.mis.rj.gov.br/blog/mais-de-duas- Fonte: https://www.youtube.com/ watch?v=7fH0F0Aj1u8 decadas-de-saudade-de-nelson-cavaquinho/
Nelso cavaquinho
Edson Show
Fo n t e ? h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / watch?v=UYBW7rKgv7w
Fonte: http://ricardoschott.blogspot. com.br/2013/04/um-ano-sem-dicro.html
Apesar do material cultural existente na região, pouco se conhece pela própria população local a respeito de seus artistas e suas obras. Vê-se a cultura de massa disseminada amplamente, mas a própria raíz cultural é desconhecida. Sendo assim, a escolha do nome de Sérgio Fonseca para escola corresponde a um incentivo à valorização das raízes culturais e um reconhecimento da importância da contribuição de Sérgio Fonseca para a cultura brasileira.
Romildo de Souza Bastos
Dicró 23
24
Local de Implantação do Projeto
M
1,5K
Após a definição do tema, uma visita à Secretaria de Urbanismo do município foi possível constatar a escassez de terrenos públicos livres, principalmente em áreas mais centrais do município, sendo assim, foi feita a escolha de um terreno no bairro de Edson Passos, a 1,5 Km de distância do centro do Município.
Google Earth
25
Mobilidade SENTIDO CENTRO DE MESQUITA e NOVA IGUAÇU
400M
LEGENDA
LEGENDA Local de Implantação
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Ferrovia Ramal japeri
FERROVIA RAMAL JAPERI
Travessia de pedestres sobre linha férrea Via de Integração Intermunicipal Via de Municipal Viaduto férrea
Integração sobre
Ponto de ônibus estação de trem
26
via
300
200
BAIRRO DE EDSON PASSOS
100
01
02
06
03
04 05
TRAVESSIA DE PEDESTRES
VIA DE INTEGRAÇÃO INTERMUNICIPAL
VIA DE INTEGRAÇÃO MUNICIPAL
VIADUTO
SENTIDO NILÓPOLIS
O local foi eleito como apropriado para a realização do projeto devido suas condições favoráveis de infra-estrutura e acessibilidade. É característico por sua vitalidade, devido seu caráter de centralidade de escala municipal. Comércios e serviços atraem o público da região, no entanto, predomina o uso residencial. Possui nas proximidades vias de ligação intermunicipal e a estação de trem de Edson Passos, que pertence à linha férrea que conecta diversos municípios da Baixada Fluminense, desde Paracambi até o centro do Rio de Janeiro. Esta proximidade com um importante meio de transporte de massa é visto como vantajosa para o projeto por dois motivos, primeiro por reafirmar seu conceito de integração, por permitir o fácil deslocamento de alunos e professores munícipes ou moradores de outras localidades e convidados a eventos que porventura vierem de outras regiões, segundo, por colaborar para as boas práticas de mobilidade sustentável e, consequentemente, contribuir para a redução de automóveis nas vias públicas.
01
02
Acervo Pessoal
04
03
05
Acervo Pessoal
Google Earth
Acervo Pessoal
06
Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
27
O Terreno O local de implantação fica na Rua João Bittencourt, número 79 e corresponde a dois terrenos planos. Um deles, de propriedade do governo municipal, funciona como um estacionamento informal e o outro, de propriedade privada, funciona como estacionamento privatido. Os dois terrenos totalizam uma área de 1639,21 m2. Segundo dados do plano Diretor do município (Lei nº 355 de 25 de outubro de 2006) e da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo (Lei complementar Nº 015 DE 14 de fevereiro de 2011), o terreno escolhido está localizado na Área de Adensamento Controlado (AAC), que compreende as áreas com condições suficientes para o adensamento, mas inferiores às das Áreas de Ocupação Prioritária. A edificação proposta é de uso tolerado por corresponder ao uso Institucional educação 3, visto que tem área acima de 500 m². Sendo assim, pode ser considerado, segundo a legislação, como “complementar ou acessório ao uso predominante estabelecido para a área”.
01
02
N
01 03
Acervo Pessoal
02
Rua João Bittercourt
05
06
Perímetro do terreno escolhido
Vista frontal do público adotado
Terreno
28
Google maps Vista frontal do privado adotado
Acervo Pessoal
04
03
04
Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
06
05
Terreno
Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
Acervo Pessoal
Equipamentos do Entorno Imediato
Telecentro de Inclusão digital
Vila Olímpica de Mesquita
Unidade de pronto Atendimento Estádio de futebol Niélsen Louzada Terreno proposto
Unidade Básica de saúde
N
Escola Municipal Gov. Roberto Silveira
Praça da Revolução
Estação de trem Edson passos 29
30
O Projeto
31
Legislação
Programa de Necessidades
Área do terreno = 1639,21m2
A partir das visitas realizadas em escolas de música públicas e privadas do Estado Rio de janeiro, da adaptação de parâmetros do livro “Manual para elaboração de projetos de edifícios escolares na cidade do Rio de Janeiro” e da verificação da legislação local, foi possível desenvolver o programa da escola, que terá a capacidade de atendimento de 200 alunos em uso simultâneo, utilizando salas de aula teóricas, salas de ensaio, estúdio e midiateca. O público atendido compreende crianças em idade escolar (a partir de 6 anos de idade) até idosos. É importante destacar que o público total matriculado pode variar em função da grade curricular e quadro de horários adotados pela direção vigente na escola.
Código de Obras do Município Coef. de aproveit. Máx= 4,0 Taxa de ocupação máx= 70% Taxa de permeabilidade = 20% Afastamento Frontal mín Afastamento Lateral mín Afastamento de fundos mín
Gabarito Máximo Vaga de estacionamento
Fluxograma
Permitido 6.556,84m² 1147,44m² 327,84m² 3,00m 1,50m 1,50m (Não havendo afastam. Lateral, o afastam. de fundos deve ser de no mín 2,50m) Não Informado 1 para cada 50m² de área efetivamente ocupada
Ambiente
Estacionamento (17 vagas comuns e 2 vagas PCR) Vestiário Feminino de Funcionários
Quantid.
Ambiente
Quantid.
1
Sound Lock
1
1
Sala de Equipamentos Ruidosos
1
Vestiário Masculino de Funcionários
1
Sala Técnica
1
Área de Serviço
1
Circulação com Isolamento Acústico
1
Casa de Bombas e Filtro Reservatório Inferior de Água Potável Reservatório Inferior de Águas Pluviais
1
Espera
1
1
Terraço Jardim
2
1
Sala de Ensaio (até 5 alunos)
Compartimento Temporário de Lixo
1
Sala de Aula Teórica (Até 20 alunos)
2
Depósito de Instrumentos
1
Sala de Aula Teórica (até 32 alunos)
1
Almoxarifado Auditório (60 lugares, sendo 1 para PO; 1 para PMR além de 3 espaços para PCR)
1
Sala de Aula Infantil
1
1
Copa para funcionários
1
1
Lavabo para funcionários
1
1
Sala de Professores
1
1 1 1
Sala de Reunião Espera para salas da administração Sala de Reprografia
1 1 1
Depósito da Lanchonete
1
Servidor de Informática
1
Foyer Externo Coberto
1
Diretoria
1
Recepção/Hall Sanitário Masc. de atendimento ao público interno Sanitário Fem. de atendimento ao público interno Secretaria
1
Coordenação Pedagógica
1
3
Sala de Ensaio de Bateria
1
Espera da secretaria
1
Midiateca Sala de Gravação
1 1
Sanitário Fem. para atendimento ao público externo Sanitário Masc. para atendimento ao público externo Lanchonete Lavabo da Lanchonete Despensa da Lanchonete
3 1
Acesso à sala de bateria com isolamento acústico Sala de Ensaio de Percussão Acesso à sala de percussão com isolamento acústico Praça Pública Espaço para platéia externa
10
1 1 1 1 1
*PCR - Pessoa com cadeira de rodas *PMR - Pessoa com mobilidade reduzida *pcr - pessoa com cadeira de rodas *PO - Pessoa obesa
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Referências Conceituais Bituca - Universidade de Música Popular
Escola de Música da Associação do Movimento dos Com-
BArbacena - MG/ brasil
positores da Baixada Fluminense
É uma escola de música gratuita, com cursos livres que faz formação de caráter profissionalizante. Os alunos são incentivados a atuar em uma metodologia de construção coletiva. Trabalham como nas escolas de música erudita que utilizam um repertório em comum, mas com ensino voltado para a música brasileira: seus ritmos e seus compositores.
São João de Meriti - RJ/ Brasil
As aulas de prática de instrumento e formação complementar são ministradas por semana de forma intercalada. Além das aulas obrigatórias, são oferecidas atividades opcionais como: arranjo, harmonia, piano complementar, leitura a primeira vista e prática de estúdio.
A escola trabalha exclusivamente com a cultura popular brasileira, priorizando o Samba de Raiz e o Choro. Têm como princípio a ampliação dos conhecimentos musicais dos alunos para além da cultura de massa e resgatar as referências culturais.
A escola é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1991 destinada a atender crianças e adolescentes. busca levar lazer e cultura para a população local e Tem a função social importante de integrar comunidade, família e alunos e oferecer uma ocupação e uma formação profissional aos jovens, dando-lhes uma nova perspectiva de vida.
http://www.bituca.org.br/?page_id=31
Desenvolve um projeto que leva compositores e instrumentistas para apresentarem-se na escola acompanhados pelos alunos.
A escola tem a prática de promover concursos de bandas, o que incentiva a associação de músicos e fomenta a produção musical. http://www.bituca.org.br/?page_id=31
Escola Portátil de Música Rio de Janeiro -RJ/Brasil
http://escolamc.com.br/Site%20Antigo/Oficinas.htm
Criado no ano de 2000, é uma escola privada de cursos livres e profissionalizantes com formação teórica e prática. preza pelo ensino da musica popular brasileira, em especial o choro, e utiliza seus espaços ao ar livre para promover o ensaio semanal aberto do “Bandão”, o qual virou uma programação que atrai apreciadores da música popular brasileira e turistas.
Acervo Pessoal
http://dorina.com.br/blog/bravas-mulheres-texto/
33
Referências Projetuais Praça das Artes - SP/Brasil Brasil Arquitetura O espaço livre entre as edificações oferta térreos qualificados de miolo de quadra que mantém a relação das áreas interna privada com externa de uso público. A disposição de espaços abertos cobertos no térreo possibilitam a ocorrência de exposições, eventos e o uso livre para apropriações diversas por parte do público. A dinâmica proporcionada pelas diversidade volumétrica dos edifícios fornece movimento à paisagem.
//www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.151/4820
http://arcoweb.com.br/projetodesign/design/brasil-arquitetura-marcos-cartum-complexo-institucional-sao-paulo-10-04-2013
Centro Galego de Arte Contemporânea Santiago de Compostela/ Espanha Alvaro Siza
O prédio abriga um centro cultural. Sua aparência exterior reflete a função para a qual a arquitetura interior foi desenvolvida. O volume cria arestas e ângulos que expressam essa dinâmica.
//www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.151/4820
34
http://araanga.blogspot.com.br/2010/12/siza-2.html
auditorio ibirapuera SP/Brasil
Praça do Centro Georges Pompidou Paris/França Renzo Piano e Richard Rogers
Oscar niemeyer
No acesso principal ao Centro, uma grande esplanada serve a diversos fins muito democráticos. É palco para eventos populares onde artistas de rua se expõe, músicos se apresentam tocando seus instrumentos, pintores retratam pessoas e visitantes se utilizam do espaço para descansar, conversar ou ler um livro.
O auditório consiste em um bloco único em formato de trapézio. Ele se eleva diante de um gramado para receber apresentações de espetáculos musicais atendendo uma platéia que pode ocupar o seu interior ou o exterior para apresentações de maior público.
http://www.parqueibirapuera.org/equipamentos-parqueibirapuera/auditorio-do-ibirapuera/
http://www.france.fr/pt/museus/centro-georges-pompidou.html
http://www.parisprimetour.com/museu-george-pompidou/
Colombia 325 SP/ Brasil http://myarchitecturalvisits.com/2014/02/05/centre-pompidou-beaubourg/
Escola de Música do Instituto Politécnico de Lisboa/Portugal
Triptyque O uso de brise-soleil, contribui para a redução da insolação nas fachadas e permitem a transparência, mantendo um nível de privacidade.
CarrilhoGraça Arquitetos A transparência das esquadrias permite a percepção das atividades desenvolvidas dentro das salas de aula, o que pode ser tornar um convite ao ingresso na escola.
http://www.archdaily.com.br/br/01-29305/escola-superior-de-musica-do-instituto-politecnicode-lisboa-carrilho-da-graca-arquitectos
http://www.archdaily.com.br/br/01-24106/colombia-325-triptyque
35
Conceito
Evolução do Partido
O projeto busca uma franca relação com a cidade. Propõe a construção de uma escola de música aberta, um espaço que mantenha uma relação simbólica com o lugar, suas tradições, raízes e costumes, que permita a participação ativa do povo e sua apropriação.
Em função do conceito adotado, das condicionantes do terreno, do programa definido, do público atendido e da legislação, foram feitos diversos estudos. Eles se desenvolveram tendo como premissa, a realização do projeto em torno de uma praça pública central, um elemento integrador.
Busca-se uma arquitetura que seja um espaço integrador, disponha de ambientes livres que viabilizem os encontros, permita a exploração do espaço de diferentes maneiras, inclua as pessoas e facilite o intercâmbio de experiências diversas. Um local convidativo, uma arquitetura atraente, acolhedora, que priorize o conforto térmico e acústico para os usuários e que seja acessível a todos.
Condicionantes
Condicionantes N
N
A proposta de integração deve ocorrer em diferentes escalas. Tanto a realizada entre os usuários, quanto a do espaço construído e seu entorno, da escola com a comunidade, do município com outras regiões vizinhas através de seus eventos e suas atividades e entre espaços edificados da própria escola.
Estudos de MassaInicial para Implantação
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Estudos de Implantação Inicial
Partido Inicial - Elemento integrador e convidativo: praça pública construída - Respeito ao gabarito e dimensões dos volumes do entorno - Entrada da edificação sob pilotis - Bloco mais alto nos fundos bloqueando ruídos provenientes da quadra de esportes e vista do galpão - Espaços livres, vazios, abertos descobertos ou sombreados para convivência e atividades diversas
N
Estudo N - Nova Implantação - preocupação com orientação solar - A edificação abraça a praça - Maior integração entre os volumes do edifício
Estudo - Orientação solar dá lugar à preocupação com proteção das fachadas - Quinas da edificação repensadas para maior harmonia do edifício com o entorno, um diálogo com o plano ortogonal urbano -Movimento e musicalidade dos Volumes - Valorização da área livre no térreo - Criação de espaços diversificados de convivência no térreo e nos terraços
Situação na Pré-banca - Reordenação dos blocos - Expressão firme de linhas verticais e horizontais e volumes - Definição precisa da setorização - permeabilidade visual - Estudo de Revestimentos, cores e proteções solares
Prisma Articulador Salas de aula Auditório
Administração e midiateca Espaço de Uso Público 37
Definições Após Pré-banca:
O estabelecimento da praça como elemento orientador do partido foi responsável pela implantação dos blocos no terreno. a preocupação com a orientação solar dos blocos se reverteu à preocupação com a proteção das fachadas, que receberam elementos vazados nos locais de maior insolação, um alpendre na fachada do auditório e vegetação que faz a complementação dessas estratégias, além de lajes com jardim e telhas termoacústicas. A vista que se tem dos fundos do lote adotado é uma quadra de esportes de uma Escola Municipal, isto orientou a concepção dos volumes da edificação, sendo estes mais altos nos fundos e mais baixos na parte frontal do terreno. A localização dos blocos se deu com base na ideia de manter uma diferenciação de volumes, proporcionando movimento às fachadas e à paisagem. O bloco das salas de aula foi disposto num sentido longitudinal com gabarito mais alto nos fundos onde foram acomodadas as salas de aula. Esta estratégia garantiu o bloqueio da visão do galpão da quadra de esportes, no entanto, demandou cuidados especiais com a acústica desta fachada dos fundos. Foi feita a opção do gabarito máximo de 3 pavimentos a partir do nível da rua com o objetivo de respeitar o gabarito baixo das edificações do entorno e manter o caráter mais concentrado do programa. O programa foi dividido em 4 blocos distintos interligados e um subsolo. O primeiro bloco (01), consiste em um prisma articulador que integra os espaços e concentra as circulações verticais e sanitários. Assim é obtida a fluidez espacial entre volumes resultando em uma expressão formal particular. Os halls de cada
pavimento estão neste bloco, neles não há refrigeração, porém a ventilação cruzada é facilitada por meio da fachada e do um átrio de ventilação e iluminação existente neste bloco. O segundo bloco (02) é destinado, em especial, às salas de administração, mas também é onde fica a midiateca, um espaço pedagógico de uso dos alunos e do público externo. Terceiro bloco (03), é um volume ortogonal onde se concentram salas de uso didático (salas de aula, salas de ensaio e estúdio de gravação). Ele se apoia sobre o bloco do auditório e toca o prisma articulador criando um espaço aberto coberto que se estabelece como uma entrada para a escola e ao mesmo tempo um foyer externo para o auditório onde fica a lanchonete, um espaço de convivência com jardins e sombreamento. A elevação deste bloco permitiu a circulação livre de ventos, proporcionando conforto a este espaço térreo. Após a pré-banca algumas modificações foram realizadas, tanto funcionais quanto no volume. dentre elas, a mais relevante, consiste na movimentação do quarto bloco (04), onde localiza-se o auditório. Foi feita uma rotação do volume a partir de um eixo central de modo a fazê-lo ter uma maior conexão com o espaço e a dinâmica da praça, bem como, ampliar a capacidade de atendimento de público. Criou-se um destaque na paisagem em relação aos blocos da escola e às edificações existentes do entorno. O auditório deixou de ser um bloco fechado e introspectivo para um volume que se direciona para a praça, simbolizando uma relação com a rua, com a cidade, um convite à população para a participação nos eventos da escola reforçando a forte relação do povo com a prática de apropriação dos espaços públicos.
03 04
38
01 02
Estudo de Sombras FEVEREIRO
8h
10h
12h
14h
12h
14h
JUNHO
8h
10h
Após a definição da forma, foram feitos estudos de incidência solar e sombras nas fachadas de modo a orientar quais as proteções seriam adotadas para minimizar o desconforto térmico.
1- Proteção Proporcionada pela Sombra das Árvores
Foram considerados os períodos do verão (fevereiro) e do inverno (junho) em quatro horários distintos.
2- Brises de Chapa de Metal Perfurado
Legenda:
3-Brises com aletas Horizontais 4- Marquise A - Ecotelhado ( Telhado Verde)
5- Jardim Vertical
B - Telhas TermoAcústicas
6- Esquadrias de vidro
39
40 Controle
Veículos
Fluxo restrito
Fluxo público
Legenda:
Fluxos
Espetáculo
Estar, Lazer, Alimentação
Serviços
Pedagógico Administração
Legenda:
Setorização
Memorial Descritivo A Escola de Música Popular Sérgio Fonseca é um espaço singular de educação e cultura que pode ser definido por seu conceito de integração. Ela não se trata apenas de uma escola com função pré definida, se insere na cidade com a proposta de fornecer mais um espaço qualificado de lazer e convivência, aberto a possibilidades diversas. Um ambiente facilitador de relações, do intercâmbio, de novas experiências. Por meio de sua praça central aberta e arborizada a escola se abre ao público de forma convidativa. Seu acesso, é feito em piso de pedra portuguesa que se inicia no passeio público e se estende num mesmo nível até o interior da escola, o percurso é livre, acessível e o espaço é democrático. Por meio de canteiros sinuosos, o caminho é marcado. A edificação abraça a praça, seus volumes se implantam deixando um amplo espaço disponível no térreo para que ela se desenvolva. Um paisagismo abundante em árvores de diversos portes foi pensado para a praça. A intenção foi criar espaços sombreados para o conforto dos usuários e proteção da insolação direta no auditório, no bloco destinado à midiateca e administração e nos terraços acessíveis
horário da manhã recebeu esquadrias de vidro que dão permeabilidade visual deixando notar pelos vizinhos do entorno as atividades realizadas dentro da escola. Essa fachada é vista por quem está no pátio da escola municipal e até mesmo por quem passa na praça vizinha. A intenção ao mostrar o que se desenvolve dentro da escola e causar interesse, atrair novos alunos. A escola é composta por 4 blocos que ocupam um total de 2297,59 m² de área construída. Toda a escola recebe climatização por ar condicionado através do sistema VRV, exceto os halls e corredores. As unidades externas ficam na cobertura. A intenção é favorecer o isolamento acústico das salas. O auditório possui seu próprio sistema de climatização cuja unidade externa fica no térreo. No prisma articulador foi projetado um átrio que permite ventilação por efeito chaminé, no qual o vento fresco entra pela fachada de painel perfurado e esquadria de vidro bascomic e também pelos vãos de janela e porta e dissipam o ar quente por meio de venezianas na cobertura. Uma claraboia de vidro laminado permite a iluminação natural no interior do edifício. Pelo átrio também é possível içar instrumentos musicais de grande volume. O auditório é um volume que se destaca na paisagem, ele
se direciona ao exterior se integrando ao espaço público numa declarada relação com a cidade. É um elemento independente do funcionamento da escola, por possuir sua própria estrutura de apoio, uma lanchonete e um foyer externo coberto sob o bloco pedagógico. Nele podem ocorrer espetáculos em seu espaço interior para um público de até 62 pessoas ou os eventos podem se abrir para o espaço externo de 161,17m² atendendo a média de 230 pessoas sentadas ou 402 em pé, logo a frente do palco. Estes valores tem como referência o código de obras da cidade para espaços de reunião de público. Foi considerado 53º para ângulo de abertura para visibilidade do palco. Ainda no térreo encontra-se o acesso ao prisma articulador onde fica o hall de entrada da escola. Ele interliga, por meio de circulação vertical os espaços pedagógicos, administrativos e apoio. Neste local estão uma recepção, uma secretaria e a midiateca para 22 alunos. Nesse espaço poderá haver um controle da entrada na recepção por questões de segurança, tendo em vista que se trata de uma escola que também atende ao público infantil. Os sanitários foram todos dispostos neste prisma articulador tendo em vista que este atende todos os pavimentos, otimizando
A fachada frontal do edifício está voltada para o sentido intermédio Nor-noroeste. Por questões práticas chamaremos de Fachada norte. Ela recebe maior parte de luz do sol durante todo o dia, sendo assim, um grande painel metálico perfurado faz a proteção solar do prisma articulador, onde ficam as circulações verticais, os halls e os sanitários. Ele se apoia na esquadria de aço que serve como exoesqueleto estrutural. O espaço deixado na fachada entre a esquadria de vidro de bascomic e o painel metálico permite a subida e dispersão do ar quente ocasionado pelo contato da radiação solar com o painel. Assim como os Muxarabis, muito usados no período colonial, o painel permite a difusão da luz direta, a ventilação livre e a vista para o exterior pelos ocupantes da parte interna. A noite, com a iluminação interna, cria uma leve transparência permitindo a percepção de silhuetas no interior do edifício. As perfurações criam um interessante resultado estético dando movimento à fachada. Este elemento metálico contrasta com o material dos brises soleils de madeira plástica que foram projetados para a proteção da fachada e conforto térmico dos espaços internos do bloco pedagógico. Lâminas de madeira plásticas com espaços de 10 cm entre elas, bloqueiam a passagem da radiação direta para o interior. Este material foi escolhido por demandar pouca manutenção e por seu caráter sustentável. A escola conta com uma circulação vertical feita por meio de elevadores e uma escada não enclausurada, o que é permitido de acordo com os parâmetros do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, pois não apresenta nenhum ponto do prédio com distância superior a 35m da escada e não possui nenhum pavimento com mais de 1000m² de área construída.
A fachada sul, que recebe iluminação direta apenas no 41
portanto, as instalações prediais em uma só prumada. Um shaft foi proposto para abrigar as prumadas. O segundo pavimento pode ser separado em dois setores, de um lado do Hall estão as salas da administração, dos professores e uma sala de reunião que se destina ao uso administrativo e ao uso dos alunos, nela há um jardim interno vertical que se liga ao exterior criando uma ambiência agradável e facilitando a ventilação cruzada. Voltado para o outro lado do hall, estão sala de aula teórica, 1 sala de aula infantil para 20 alunos, 5 salas de ensaio totalizando até 25 alunos em aula, simultaneamente. Além disso, há um estúdio de gravação com um ambiente de espera. Neste local há o acesso ao terraço jardim, que é um espaço livre para uso não pré-determinado, podendo servir a diversos fins e que tem a função de impedir a insolação direta à laje do auditório promovendo conforto térmico ao ambiente interno. No terceiro pavimento estão mais 5 salas de ensaio, totalizando o atendimento de 25 alunos, 1 sala de ensaio de bateria para 3 alunos e uma sala de ensaio de percussão para 15 alunos. O acesso a outro terraço jardim é feito por este andar. Trata-se de um espaço livre para uso alternativo com cobertura vegetal de ecotelhado. Neste espaço podem ocorrer atividades diversas desde ensaios, reuniões entre alunos, oficinas, ou apenas encontros informais. Compreende um espaço de piso de pedras naturais antiderrapantes e outro de vegetação onde as
pessoas podem acessar livremente. O subsolo é predominantemente um espaço destinado a atividades de apoio e também é onde fica o estacionamento com capacidade para 19 veículos, sendo duas vagas designadas a pessoas com cadeiras de rodas. O cálculo das vagas foi feito de acordo com o código de obras local. A ventilação do subsolo é mecânica com exceção dos vestiários que possuem janelas com contato para o exterior por meio de um recuo na laje do térreo. A entrada pela rampa de veículos é controlada por um portão automático. A cobertura técnica é onde ficam os reservatórios superiores de água potável e águas pluviais para reuso, além das unidades condensadoras de ar condicionado. A laje é impermeabilizada. Por ela é possível acessar a parte superior das telhas termoacústicas do bloco pedagógico para algum tipo de manutenção necessária. Tanto os reservatórios superiores como os superiores de água potável foram calculados com base na NBR 5626 e foram levados em consideração o público atendido em um dia durante os três turnos, a reserva técnica de incêndio e a reserva de água para três dia, tendo em vista que o município não possui abastecimento regular de água. A lâmina longitudinal elevada sobre o terreno, destinada à prática pedagógica recebe, no seu interior, um sistema de isolamento acústico chamado “Box in the Box”, no qual todas as paredes, pisos e tetos são desprendidos da arquitetura original
Código de Obras do Município Área Total do Terreno
Testada Profundidade Gabarito Máximo Altura total do edifício Área construída total Área útil total Coef. de aproveit. Máx= 4,0 Taxa de ocupação máx= 70% Taxa de permeabilidade = 20% Afastamento Frontal mín Afastamento Lateral mín Afastamento de fundos mín Vaga de estacionamento 42
por meio de elastômeros e tratados com revestimentos de drywall e lã de rocha. Esta estratégia isola a passagem do som entre as salas e bloqueia a vibração gerada. Em complementação ao sistema foram adotadas esquadrias com caixilhos acústico e vidros duplos e portas acústicas metálicas. A escola foi toda projetada para ser acessível. Dois elevadores com dimensões definidas para uso de pessoas com cadeiras de rodas atendem os quatro pavimentos. O auditório foi projetado para receber pessoas com cadeiras de rodas e com mobilidade reduzida no nível térreo. Assentos para pessoas obesas também foram previstos. Uma plataforma permite que alunos com mobilidade reduzida ou com cadeira de rodas subam para o palco. Sanitários com acessibilidade foram destinados para os dois sexos em toda a escola. As portas de acesso a todos os ambientes de uso público e de professores têm no mínimo 80cm de largura para permitir livre passagem. Os terraços jardim também têm acesso facilitado. O terraço sobre o auditório recebeu elevação de piso em EPS em substituição à rampa que seria necessária devido ao desnível entre lajes de cobertura do auditório e de piso do segundo pavimento da escola.
Permitido
Dados do Projeto
X
1639,21m²
X X Não Informado X X X 6.556,84m² 1147,44m² 327,84m² 3,00m 1,50m 1,50m (Não havendo afastam. Lateral, o afastam. de fundos deve ser de no mín 2,50m)
44,92m 36,75m Subsolo e 3 pavimentos 14,44m 2391,18m²
1 para cada 50m² de área efetivamente ocupada
19 vagas
1978,39m²
2297,59m² 747,92 m² 340,72m² 6,93m² 0 e 2,00 2,50m
RUA JOÃO BITTENCOURT
IMPLANTAÇÃO ESC.: 1:500 N 43
RUA Marquesa de Grizelda
AV. PRESIDESNTE COSTA E SILVA
B
C
01 01 PEDRA PORTUGUESA BRANCA
PEDRA PORTUGUESA PRETA
ACESSO AO AUDITÓRIO
A
A
ACESSO À ESCOLA
GRAMA
PALMEIRA PROPOSTA
PALMEIRA EXISTENTE A SER TRANSPLANTADA
PALMEIRA TRANSPLANTADA
ÁRVORE PROPOSTA
01 01
02
01
ÁRVORE EXISTENTE A REMOVER
JARDIM VERTICAL
01
01 03 03
03
ACESSO DE PEDESTRES
B
ACESSO DE VEÍCULOS
RUA JOÃO BITTENCOURT
ÁRVORE DE PEQUENO PORTE
02
ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
03
ÁRVORE DE GRANDE PORTE
02 03
ACESSO DE SERVIÇO
01
ACESSO DE PEDESTRES
C Nota:
PAGINAÇÃO DE PISO E PAISAGISMO ESC.: 1:200 44
Taxa de Permeabilidade do projeto = 340,72m² ( 20% )
N
B
C 02
03
07 05 04
Vaga 01
Vaga 02
Vaga 03
Vaga 04
Vaga 05
Vaga 06
Vaga 07
Vaga 08
Vaga 09
Vaga 10 06
08
09
10
01
A
A
11
12
Vaga 11
Vaga 12
Vaga 13
Vaga 14
Vaga 15
Vaga 16
Vaga 17
Vaga 18
Vaga 19
B
C QUADRO DE ÁREAS DO SUBSOLO Nº
AMBIENTE
Estacionamento (17 vagas comuns e 2 01vagas PCR) 02- Vestiário Feminino 03- Vestiário Masculino 04- Área de Serviço 05- Circulação 06- Casa de Bombas e Filtro 07- Reservatório Inferior de Água Potável 08- Reservatório Inferior de Águas Pluviais 09- Compartimento Temporário de Lixo 10- Depósito de Instrumentos 11- Hall 12- Almoxarifado ÁREA TOTAL
PLANTA BAIXA - SUBSOLO N
M²
500,42 8,76 8,76 4,63 3,74 14,18 16,51 9,23 9,3 16,64 13,43 22,08 627,68
0 1
5
10
15m 45
B
C 12
13
14 05
06
15
08
03
10 11
09
ACESSO AO AUDITÓRIO
04
A
07
A
ACESSO À ESCOLA
02
16
I=23%
17
01
QUADRO DE ÁREAS DO TÉRREO Nº
B PLANTA BAIXA - TÉRREO N 46
AMBIENTE
01- Auditório ( 59 lugares + 3 PCR + 1 PO) 02- Sanitário Feminino 03- Sanitário Masculino 04- Unidade Condensadora de Ar 05- Lavabo da Lanchonete 06- Despensa da Lanchonete 07- Depósito da Lanchonete 08- Lanchonete 09- Circulação 10- Foyer Externo Coberto 11- Recepção/Hall 12- Sanitário Masculino 13- Sanitário Feminino 14- Espera 15- Secretaria 16- Midiateca 17- Sacada ÁREA TOTAL
M²
128,57 12,59 11,8 28,14 2,77 5,23 1,69 11,31 11,24 183,82 63,4 16,96 12,19 12,1 34,45 95,55 2,84 634,65
C
0 1
5
10
15m
B
C 18
17
19 21 Hidrante
02
20
14 10
01
11 22
A
i=8,00%
23
A
12
03 07 05
29 16
04
09
06
13
15
25
24
26
5%
4,1
I=
08
28
27
QUADRO DE ÁREAS DO 2º PAV. Nº
B PLANTA BAIXA - SEGUNDO PAV. N
AMBIENTE
01- Sala de Gravação 02- Armário para Cabos e Painéis Rebatedores 03- Sound Lock 04- Sala de Equipamentos Ruidosos 05- Sala Técnica 06- Circulação com Isolamento Acústico 07- Espera 08- Terraço Jardim 09- Sala de Ensaio (até 5 alunos e 1 professor) 10- Sala de Aula Teórica 11- Sala de Ensaio (até 5 alunos e 1 professor) 12- Circulação 13- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 14- Sala de Aula Infantil ( até 20 alunos) 15- Sala de Ensaio (até 5 alunos 16- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 17- Sanitário Masculino 18- Sanitário Feminino 19- Copa 20- Lavabo 21- Sala de Professores 22- Hall 23- Sala de Reunião 24- Espera 25- Sala de Reprografia 26- Servidor de Informática 27- Diretoria 28- Coordenação Pedagógica ÁREA TOTAL
M²
39,03 3,08 3,41 2,88 12,54 5,66 16,56 81,51 11 28,66 11,69 37,51 11,12 41,9 11,08 11,08 12,31 12,19 7,35 3,49 28,1 57,7 28,13 12,4 7,09 4,42 20,13 13,78 535,8
C 0 1
5
10
15m 47
B
C 14
13
Escada Acesso à Cobertura
05
03
11
I=8,33%
09
Hidrante
06
01 15
I=8,00% 08
A
A
07 04
12
10
16
02
I=8,33%
17
QUADRO DE ÁREAS DO 3º PAV.
B PLANTA BAIXA - TERCEIRO PAV. N 48
Nº AMBIENTE 01- Sala de Bateria 02- Sala de Ensaio de Percussão 03- Acesso à Sl. de Bateria com isolam. acústico 04- Acesso à sl.de percussão com isolam. Acústico 05- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 06- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 07- Sala de Aula Teórica (até 32 alunos) 08- Circulação 09- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 10- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 11- Sala de Ensaio (até 5 alunos) 12- Sala de Aula Teórica (até 20 alunos) 13- Sanitário Masculino 14- Sanitário Feminino 15- Hall 16- Terraço Jardim 17- Sacada ÁREA TOTAL
M² 36,2 40,93 3,45 2,09 11,12 11,08 41,69 40,72 11,08 11,95 11,12 28,29 12,3 12,19 52,3 137,9 2,84 467,25
C 0 1
5
10
15m
B
C unidades condensadoras
RESERVATÓRIOS DE ÁGUA POTÁVEL
telha termoacústica i= 10% 01 LAJE IMPERMEABILIZADA CALHA - 80 cm de largura com lamina d'água de 15cm
A
A
telha termoacústica i= 10%
RESERVATÓRIO DE ÁGUA POTÁVEL
RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL
C B PLANTA BAIXA COBERTURA
QUADRO DE ÁREAS DA COB.
N
Nº AMBIENTE 1Cobertura técnica ÁREA TOTAL
M² 115,07 115,07
0 1
5
10
15m 49
PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL NA COR BRANCA COM MODULAÇÕES E PERFURAÇÕES PERSONALIZADAS
TELHAS TERMOACÚSTICAS 30mm
BRISE DE MADEIRA PLÁSTICA 2500x150x25 mm NA COR MARROM
ESCADA TIPO MARINHEIRO DE ACESSO À COBERTURA JARDIM VERTICAL DE CONTÊINERES FLOREIRAS (JARDIM CANGURU) MOLDURA DE POLIESTIRENO EXPANDIDO E ARGAMASSA CIMENTÍCIA COM ACABAMENTO DE TINTA ACRÍLICA NA COR ESPECIFICADA ESQUADRIA MAXIM AR DE ALUMÍNIO ANODIZADO NA COR BRANCA PINTURA EM TINTA ACRÍLICA BRANCA
REVESTIMENTO DE ARGAMASSA TEXTURIZADA PINTADA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
PORTA CORTA-FOGO
PORTA METÁLICA ACÚSTICA COM ISOLAMENTO DE 50DB NA COR AMARELA REF. VIBRASOM
FACHADA NORTE
50
0 1
5
10
15m
TANQUE D'ÁGUA DE POLIETILENO COM CAPACIDADE PARA 10 MIL LITROS REF. AQUALIMP
PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL COM MODULAÇÕES E PERFURAÇÕES PERSONALIZADAS
TELHAS TERMOACÚSTICAS 30mm
PINTURA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
BRISE DE MADEIRA PLÁSTICA 2500x150x25 mm NA COR MARROM
GUARDA-CORPO EM GRADE DE AÇO ANODIZADO NA COR BRANCA REVESTIMENTO DE ARGAMASSA TEXTURIZADA PINTADA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
PINTURA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
JARDIM VERTICAL PARA TREPADEIRAS COM ESTRUTURA DE MADEIRA E TELA METÁLICA
PORTA CORTA-FOGO
FACHADA LESTE
0 1
5
10
15m
51
PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL COM MODULAÇÕES E PERFURAÇÕES PERSONALIZADAS
JARDIM VERTICAL DE CONTÊINERES FLOREIRAS (JARDIM CANGURU)
TANQUE DÁGUA COM CAPACIDADE PARA 10 MIL LITROS DA AQUALIMP
ESCADA TIPO MARINHEIRO PARA ACESSO À COBERTURA
PINTURA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
JARDIM VERTICAL PARA TREPADEIRAS COM ESTRUTURA DE MADEIRA E TELA METÁLICA
FACHADA OESTE
52
0 1
5
10
15m
PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL COM MODULAÇÕES E PERFURAÇÕES PERSONALIZADAS
PINTURA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
TANQUE D'ÁGUA DE POLIETILENO COM CAPACIDADE PARA 10 MIL LITROS REF. AQUALIMP TELHAS TERMOACÚSTICAS 30mm
ESQUADRIA MAXIM AR DE ALUMÍNIO ANODIZADO COM CAIXILHO ACÚSTICO E VIDROS DUPLOS TEMPERADOS COM 8 E 15MM
ESQUADRIAS COM VIDRO DUPLO LACRADAS PARA ISOLAMENTO ACÚSTICO MOLDURA DE POLIESTIRENO EXPANDIDO E ARGAMASSA CIMENTÍCIA COM ACABAMENTO DE TINTA ACRÍLICA NA COR ESPECIFICADA
ESCADA TIPO MARINHEIRO PARA ACESSO À COBERTURA
PINTURA COM TINTA ACRÍLICA NA COR BRANCA
FACHADA SUL
0 1
5
10
15m
53
Unidade Condens.
Cobertura Sala de Ensaio de Percussão
3º Pav.
2º Pav.
Sala de apar. Ruidosos
Unidade Condens.
Sala de Aula Teórica
Sala Técnica
Terraço
Sala de Reunião
Sala de Ensaio
Sala de Ensaio
Sala de Aula Teórica
Sala de Ensaio
Sala de Ensaio
Sala de Ensaio
Jardim interno
Sanitário Feminino
Térreo
Acesso ao Auditório
Foyer Externo
Compartimento Temporário de Lixo 18
Estacionamento
Subsolo
Midiateca
Hall de Entrada
Depósito
B
CORTE LONGITUDINAL AA'
54
0 1
5
10
C
15m B
C
Sala de Ensaio de Bateria
Sala de Ensaio de percussão
Estúdio de gravação
Despensa Sanitário da Masculino Lanchon.
Sanitário Feminino
Auditório
Estacionamento
B
CORTE BB'
0 1
5
10
C
15m B
C
55
Reservatórios de águas pluviais
Reservatórios de água potável
Cobertura Sanitário Masculino Circ.
3º Pav. Sanitário Masculino
Circ.
2º Pav.
Sanitário Masculino
Térreo o
Subsolo
Vestiário Masculino
Poço do Elevador
VER DETALHE (pág 61)
B
CORTE TRANSVERSAL CC'
56
0 1
5
10
C
15m B
C
Sistema Estrutural o sistema estrutural adotado consiste na combinação de pilares e vigas de concreto armado e laje pré-fabricada pré-laje em toda a escola, com exceção do auditório. A pré-laje de 20cm de espessura possui EPS como elemento intermediário para reduzir o peso próprio da laje acabada. Este recurso diminui as reações nos apoios das vigas, pilares e fundações, o que representa economia de aço e concreto. No auditório optou-se pela laje nervurada com 35cm de espessura, apoiadas em vigas faixas. Esta estrutura permitiu vãos maiores sem a necessidade de pilares centrais. A utilização de lajes nervuradas também fornece mais leveza e traz economia de concreto e aço. Na cobertura do Auditório, as vigas de borda se elevam e se estendem formando um alpendre, que consiste em um elemento de composição da fachada.
Para o subsolo foi prevista a construção de muro de contenção.
Parte laje de piso dos dois pavimentos do bloco de atividades pedagógicas foram rebaixados em 13cm para receber o piso flutuante que faz o isolamento acústico.
Legenda: Pilar laje Viga Muro de contenção Escada Alpendre Laje rebaixada 57
Conforto Acústico “Box in Box” Prevendo a redução da interferência de ruídos e vibrações do exterior e entre ambientes das salas de aula e ensaio, algumas estratégias foram adotadas para proporcionar isolamento acústico necessário. Foi seguido os fundamentos do sistema construtivo tipo massa-mola-massa, o qual a massa de parede absorve parte da onda sonora que logo depois tem sua intensidade quebrada pela mola (podendo ser ar ou algum material absorvente) e por conseguinte é bloqueada por outra massa de parede. Em todo o bloco pedagógico da escola, onde localizam-se as salas de aula, de ensaio e o estúdio, foi empregado o sistema “Box in Box” que segue este princípio e consiste na construção de uma estrutura dupla introduzindo um Forro em lã mineral da Corte Sala de Ensaio espaço vazio entre a estrutura portante de piso, parede e teto e a uma outra Amstrong modelo Optima Pendurais Elastoméricos Escala 1:25 estrutura interna com a mesma função. Para um bom desempenho do conjunto e Vector em placas na dimensão simples VE 1143 T da 625x625x22mm na cor branca Vibetech uma eficiência do isolamento proposto é preciso que não haja ligações rígidas entre as duas estruturas. São necessárias, portanto, ligações elásticas. Foi adotado como parâmetro de índice de redução sonora ponderado (RW) um valor em torno de 80 a 100 decibéis, este último valor que corresponde, por exemplo, à intensidade de som produzida por um instrumento musical como a bateria. Optou-se pelo uso de blocos de concreto sem reboco de 90mm que ocupam pouca área e isolam em média 40 DB. Para aumentar seu potencial foi proposto o seu preenchimento com areia lavada. Em todo o sistema foram utilizadas paredes de drywall 73mm preenchidas com lã de rocha que, segungo fornecedores, possuem indice de redução de 44DB. A lã de rocha é encontrada em forma de placa ou manta. É feita de fibras minerais de rocha vulcânica e é excelente para isolamento térmico e acústico. Paredes de blocos de Concreto 90mm preenchidos com areia
Estabilizador entre paredes: VE10170 (Vibetech) - permite espaçamento de 48mm
Da esquerda para a direita: Elastômero de parede VE 10170, de piso VE 1138 e de teto VE 1143T , Referência: Vibetech.
VER DET. (pág 59)
Paredes de Drywall 73mm
Sala de Ensaio
Elastômero de parede VE10174 E (Para espaçamento entre paredes acima de 48mm)
Amortecedor elastomérico VE 1138 da Vibetech 58
Disponível em:http://www.vibtech.com.br/upload/catalogo/19.pdf
Detalhe Esquemático de Parede e Piso Flutuantes
Esquadrias
Escala 1:10
01 02 03 04
07
08
05
09
06
10 11 12
Detalhe Esquemático do Piso Flutuante sem escala
LEGENDA: 1- Aduela dupla ligada camadapor de silicone 1- Aduela duplapor ligada camada de silicone 2- Silicone 3-Espuma expandida 2- Silicone 4-Piso Laminado 7mm 3-Espuma20mm expandida 5- Compensado 6- Estrutura madeira com 4-Piso de Vinílico 7mmpernas de 3”x3” preenchida com lã de rocha 10mm densidade 32kg por m³ 5- Compensado 7- Esquadria com caixilho20mm acústico e vidros laminados (8 e 10 6mm)Estrutura de madeira com pernas de 8- Moldura externa de poliestireno expandido, com 3"x3" preenchida com lã de rocha 10mm densidade 32kg cimentícia por m³ e acabamento de tinta cobertura de argamassa acrílica na cor conforme projeto 7- Esquadria com caixilho acústico e 9- Bloco de concreto 90mm (8 de largura preenchido com vidros temperados e 10 mm) areia 8- Molduraelastomérico externa de VE10170 poliestireno 10- Estabilizador (Vibetech) expandido, com cobertura de argamassa permite espaçamento de 48mm cimentícia e acabamento de tinta acrílica 11- Paredes Drywall 73mm preenchida com lã de na corde conforme projeto rocha densidade 32kg por m³ 9- Bloco de concreto 90mm de largura 12- Amortecedor elastomérico preenchido com areia VE 1138 50mm de altura 10- Estabilizador elastomérico VE10170 (Vibetech) - permite espaçamento de 48mm
As esquadrias são a parte de maior fragilidade do sistema, logo faz-se necessário um cuidado especial. As esquadrias de giro são as que apresentam melhor eficiência, por este motivo, para vãos de janelas das salas onde foram empregadas o sistema “box in Box” foi feita a escolha de esquadrias maxim ar que têm um poder de vedação maior que as demais. Por questões de espaço, não adotou-se esquadrias e portas duplas nas salas de aula e ensaio, entretanto, é proposto o uso de caixilhos acústicos e vidros duplos temperados de 8 e 15 mm com uma câmara de ar entre suas camadas. Caixilhos de alumínio têm desempenho superior ao dos demais materiais em decorrência de seu peso específico maior, ou seja, massa que impede a entrada de ruído no ambiente. Na sala de gravação, ensaio de bateria e percussão foram utilizados vidros temperados duplos com espessuras diferentes somente com abertura para iluminação. As portas adotadas no sistema foram as metálicas de 5cm de espessura com isolamento de 46 Decibéis para as salas de aula e de 10cm de espessura com isolamento de 56 Decibéis para a sala de estúdio de gravação.
11- Paredes de Drywall 73mm preenchida com lã de rocha densidade 32kg por m³ Piso VINÍLICO 7mm 12- Amortecedor elastomérico VE 1138 50mm de altura
Compensado 20mm Preenchimento da estrutura com Lã De Rocha 10mm densidade 32kg por m³
Estrutura de madeira com pernas de 3"x3"
Caixilho acústico com vidro duplo
Portas metálicas acústicas, Ref Somax
Disponível em: http://www. mastecson.com.br/home
Disponível em: http://www.somaxbrasil.com. br/
Apoio de Elastômero VE 1138 (Vibetech)
59
Conforto Térmico Ventilação Natural e Iluminação zenital O átrio interno projetado favorece a ventilação no interior da edificação por meio do efeito chaminé no bloco de circulação não atendido pelo sistema de ar condicionado. É uma estratégia passiva, na qual o vento fresco entra na edificação pelos brises e esquadrias e dissipa o ar quente acumulado através da claraboia com venezianas projetadas na cobertura da edificação. Este elemento também contribui para que a iluminação natural penetre no espaço interno. Apesar de 60% de seu território ser de mata, Mesquita possui pouca vegetação em seus espaços públicos. Durante o verão, o calor é intenso, deste modo, é proposto um paisagismo que contribua para a melhoria do conforto térmico na edificação e no espaço externo, com uma generosa quantidade de árvores.
Legenda Ventos Frescos Ventos Quentes
60
Detalhe 02 - Fachada Escala 1:25
Detalhe 01 - Esquadria e Painel Metálico Perfurado Sem escala A combinação dos vidros basculantes com o brise metálico permite a aeração do ambiente interno que se completa com o átrio central de ventilação e iluminação.
BRISE DE PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL ESQUADRIA DE AÇO ANODIZADO NA COR BRANCA CONJUGADA À ESTRUTURA DO BRISE DE PAINEL METÁLICO A PARTIR DE MONTANTES HORIZONTAIS DE AÇO SEGUNDO CÁLCULO PORTA DE AÇO ANODIZADO NA COR BRANCA COM VIDRO TEMPERADO DE 8MM PEÇA DE ACABAMENTO - CORRIMÃO EM AÇO ANODIZADO NA COR BRANCA
ESTRUTURA SEGUNDO CÁLCULO
CAIXILHO DE AÇO ANODIZADO NA COR BRANCA
PERFIL Z SCREEN PANEL ALUZINC
VIDROS BASCULANTES TEMPERADOS 8MM TIPO BASCOMIC
BRISE DE PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL G NA COR BRANCA
BRISE DE PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL G DE QUINA NA COR BRANCA
ESTRUTURA SEGUNDO CÁLCULO
PAINEL METÁLICO PERFURADO FIXADO AO MONTANTE GUARDA CORPO DE PAINEL METÁLICO PERFURADO SCREEN PANEL XL PERFIL METÁLICO ESTRUTURAL DO GUARDA-COPO SCREEN PANEL TIPO C * Painel metálico Perfurado Linha Screen Panel Ref. Hunter Douglas, perfuração conforme projeto.
SACADA EM BALANÇO FORMADA PELO PATAMAR DA ESCADA VIDROS BASCULANTES 8MM TIPO BASCOMIC
Disponível em: http://www.hunterdouglas.cl/ap/uploads/cl/productos/productos_ archivo_descarga_122.pdf
Brise de Madeira Plástica
DETALHE ESQUEMÁTICO DA ESQUADRIA E DO PAINEL METÁLICO PERFURADO SEM ESCALA
A proteção solar de brise soleil horizontal de madeira plástica especificado para a fachada norte, além de colaborar para o meio ambiente por ser um material reciclável, possui necessidade de baixa manutenção e tem como objetivo bloquear parte da incidência direta de radiação solar no interior do edifício, contribuindo para a redução do calor e utilização de energia para resfriar o interior das salas.
Brise de madeira Plástica maciça, Ref.: Ecopex Disponível em: http://www.ecopex.com.br/fachadas-ebrises/fachada-de-madeira-plastica-macica/
61
Sistema de ar condicionado O sistema de ar condicionado VRV (Volume de Refrigeração Variável) foi escolhido para este projeto tendo em vista a necessidade de isolamento das salas. Nesse sistema uma unidade externa que ficará na cobertura do edifício é ligada a diversas unidades internas. Segundo dados cedidos pela fornecedora Kelvin Clima, serão necessários, no total, 23.3500 BTUs/h para atender toda a escola, exceto o auditório. Todas as salas receberão um aparelho K7 e os estúdio e sala técnica receberão duto de alta pressão (Built in) para que não ocorra interferências por ruidos provenientes do aparelho. O auditório terá seu sistema independente Multisplit 15 TR que terá sua unidade condensadora instalada na área externa destinada a ela no térreo.
Jardim Vertical O jardim vertical do terraço jardim e do jardim interno na sala de reunião consistem em módulos contêiners projetados para reservar água e repassar o excedente aos módulos inferiores por gravidade. O sistema conta com abastecimento automático de água ligado à rede urbana podendo ser controlado em sua frequência de rega, contribuindo, desse modo, para a redução de trabalhos com manutenção e ocasionando a economia de água.
Este sistema minimiza a absorção de calor provocado pela radiação direta nesta fachada.
Telha Termoacústica As telhas Termoacústicas adotadas são fornecidas por empresa na própria localidade do projeto. Elas amenizam o calor provocado pela insolação direta na cobertura.
Jardim vertical Ref: Ecotelhado Telha Termoacústica Ref. Panisol - Linha Isocobertura Disponível em: http://www.panisol.com.br/telha-termica-isocobertura/
Disponível em: http://ecotelhado.com/wp-content/uploads/2014/08/Novo-Jardim-de-ParedeCanguru.pdf
Cobertura Vegetal O Sistema do telhados verdes propostos trata-se do Sistema Alveolar Grelhado composto por uma membrana que reserva água tanto para a rega contínua da vegetação quanto para o reúso de águas pluviais, resultando em conforto térmico para os ambientes abaixo da laje que receberá este sistema e economia de água .
Telhado Verde com sistema Alveolar Grelhado, ref. : Ecotelhado Disponível em: http://ecotelhado.com/wp-content/uploads/2013/09/Manual-e-Especificacoes-do-Sistema-Alveolar-Grelhado-Ecotelhado1.pdf
62
Captação de Águas Pluviais Atendendo à orientação da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo do Município de Mesquita que estimula a captação, o armazenamento e a reutilização das águas pluviais; e Tendo em vista os problemas enfrentados na região devido o abastecimento irregular de água pela Cedae, viu-se a necessidade de implementação de um sistema de captação, filtragem e armazenamento de água de chuva, para posterior utilização não potável. Além de ser sustentável por garantir uma reserva de água para uso em sanitários e jardins, contribui para a prevenção de enchentes, pois não faz o lançamento da água da chuva nas vias públicas e retarda o despejo de água no sistema de esgoto.
Legenda Coleta de águas Pluviais
O cálculo utilizado para os reservatórios de águas pluviais foi feito a partir do método A5 com base na ABNT NBR 15527. no qual:
Reuzo de águas pluviais
Jardim
V = 0,05 x P x A
Sendo V - o valor do volume de água aproveitável
P - a precipitação anual em mm
A - área de coleta em m2
Ficando assim:
Sanitários
Bomba de recalque
Reservatório Superior (40%) – 8.464L (adotouse 10 mil Litros)
filtro
V = 0,05 x 1000mm x 560m² = 28.000L
Reservatório Inferior ( 60%) – 12.696L (adotouse 10 mil litros)
63
Perspestiva Externa da Praรงa 64
Perspectiva AĂŠrea 65
Perspectiva do Foyer Externo
66
Perspectiva do Hall do Segundo Pavimento
67
Perspectiva do Terraรงo Jardim 68
69
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Referências Bibliográficas Livros: FLUSSER, Victor. Músicos do Elo: Músicos Atuantes humanizando Hospitais.São Paulo: AnnaBlume, 2013. FERNANDES, Otair; SILVA, Edna Inácio da Silva e. Frutos da Terra: Sambas e Compositores Iguaçuanos. Rio de Janeiro: Evangraf, 2013. PENNA, Maura. Música(s) e seu ensino. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2008. SMITH, Rachel Darnley; PATEY, Helen M. Music Therapy. Creative Therapies in Practice. Califórnia, 2003. p. 7 Manual para Elaboração de Projetos de Edifícios Escolares na Cidade do Rio de Janeiro; Pré-escolar e Primeiro grau. Rio de Janeiro: IBAM/CPU, PCRJ/SMU, 1996. CORBELLA, Oscar; YANNAS Simos. Em BUsca de Uma Arquirtetura para os Trópicos. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2009. BARROS, Gisela de jesus. Nossas Ruas têm História. Rio de JAneiro: Edição do autor, 2011
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Normas: ABNT NBR 9050 - Acessibilidade e circulações ABNT NBR 10844 - Instalações prediais de águas pluviais ABNT NBR 13994 - Elevadores de passageiros - Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência ABNT NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios ABNT NBR 15.527- Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos DECRETO No 897, DE 21 DE SETEMBRO DE 1976 :Codigo_de_ Seguranca_Contra_Incendio_e_Panico PORTARIA CBMERJ Nº 727 DE 09 DE ABRIL DE 2013
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