Plano Regional para a Subprefeitura da Mooca

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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AUP0238 - PLANEJAMENTO URBANO: ESTRUTURAS

PLANO REGIONAL DA SUBPREFEITURA DA MOOCA PROF. DRA. RAQUEL ROLNIK

Caroline Yamashita Caleguer Catarina de Oliveira Polonio Érica Saori Acamine Gabriela Quadros Matsuzaki Luiz Felipe da Costa Sakata Rodrigo Pereira da Silva

8961118 7966932 8961442 8961810 8961268 7212232


SUMÁRIO DIRETRIZES PAG. 03

NOVO ZONEAMENTO PAG. 04 I.

II. Projeto Requalificação da Av. Salim Farah Maluf

PAG.09

1.Redimensionamento da estrutura viária com corredor de ônibus

2.Uso do solo

Zona A - Zona de contenção dos usos não-residenciais

II. Zona B - Zona de estímulo e qualificação dos

III. Projeto Parque de Várzeas do Rio Tietê

PAG.09

usos comerciais e industriais de pequeno porte III. Zona C - Zona de manutenção do uso industrial

IV. Obras de Prevenção Contra Alagamentos

PAG.10

V.

PAG.11

IV. Zona D - Zona de consolidação de usos V.

Zona E - Zona de preservação do uso residencial

Abertura de Novo Eixo Transversal

VI. Zona F - Zona de controle de verticalização VII. Zona G - Zona de transformação de tipologias

VI. Requalificação de vias de intensa atividade

VIII.Zona H - Zona de transformação de usos e tipologias

1.Parklets

IX. Zona I - Zona de manutenção e qualificação de uso residencial

2.Calçadões

X.

PAG.11

Área do projeto de Parque Várzeas do Tietê

XI. Áreas do projeto de urbanização de favelas, ZEIS e ZEECs

VII. PROJETOS HABITACIONAIS

XII. Zona de Centralidade Regional

1.Urbanização de favelas

1.Radial Leste

2.ZEIS

2.Avenida Salim Farah Maluf

-ZEIS 1

3.Avenida Celso Garcia

-ZEIS 2

4.Avenida Sapopemba

-ZEIS 3

5.Avenida Paes de Barros

VIII. ZEEC GRANDES PROJETOS URBANOS I. Projeto Nova Radial

PAG.12

PAG.12

PAG.08 PAG.08

1.Enterramento dos trilhos de trem e metrô

2.Redimensionamento da estrutura viária com corredor de ônibus

3.Projeto de praça linear com equipamentos públicos e culturais

4.Reabertura dos cruzamentos da Radial Leste

5.Rebaixamento de viadutos

6.Uso do solo

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DIRETRIZES O Plano Regional da Subprefeitura da Mooca criado segue os seguintes princípios: I. Aumentar as áreas permeáveis nas margens do Rio Tietê e em toda a subprefeitura no geral; II. Qualificar as principais estruturas viárias para o pedestre, alargando calçadas, criando corredores de ônibus e novas faixas de travessia; III. Criar e estimular centralidades com importância local e regional;

IV. Criar um novo eixo transversal que não siga o modelo radio-concêntrico de desenvolvimento da cidade; V. Estipular um controle sobre os usos e tipologias presentes na subprefeitura, controlando o processo de verticalização, o qual deve ser direcionado às áreas específicas; VI. Aumentar o número de habitação de interesse social, tentando suprir a demanda habitacional da subprefeitura e, se possível, atendendo parte da

demanda de outras áreas da cidade; VII. Aumentar o número de equipamentos culturais e espaços públicos da subprefeitura, além de requalificar os já existentes, principalmente no Brás e na Água Rasa; VII. Manter áreas específicas de uso residencial baixo onde há esse interesse local, como forma de preservar a identidade dessas áreas, ameaçadas por processos de mudança de usos ou de verticalização.

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NOVO ZONEAMENTO PROPOSTO

Legenda PROJETOS Projeto Parque de Várzeas do Rio Tietê Projeto Nova Radial Projeto de reurbanização de favelas ZONAS Zona de centralidades regionais ZEIS 1 ZEIS 2 ZEIS 3 ZEEC Zona A Zona B Zona C Zona D Zona E Zona F Zona G Zona H Zona I TRANSPORTES Linha Planejada Metrô Linha Planejada Metrô Linha Existente Metrô Linha Existente Trem Estação Existente Trem Estação Planejada Metrô Estação Existente Metrô Corredor de ônibus planejado Corredor de ônibus existente Corredor de ônibus planejado MAPA I -

NOVO ZONEAMENTO PROPOSTO

750

0

750

1500

2250

3000 m

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NOVO ZONEAMENTO PROPOSTO I. ZONA A - ZONA DE CONTENÇÃO DOS USOS NÃO-RESIDENCIAIS Essa zona possui um caráter predominantemente residencial e institucional, havendo nela grandes lotes da área de várzea do Rio Tietê e uma área residencial mais consolidada. Essa última área atualmente está ameaçada pelo avanço do comércio especializado do Brás. Na zona só poderá haver 20% da área com uso comercial e de serviços, sendo necessário o uso misto sempre, onde o comércio e serviços localizam-se na fachada térrea. O gabarito de alturas máximo para novas construções na zona é de térreo mais 3 pavimentos, ou 12 metros. II. ZONA B - ZONA DE ESTÍMULO E QUALIFICAÇÃO DOS USOS COMERCIAIS E INDUSTRIAIS DE PEQUENO PORTE Essa zona se caracteriza pela intensa atividade comercial e relativa atividade industrial, com predominância na área de têxtil. Para as novas construções na zona, define-se como gabarito máximo térreo mais 3 pavimentos, ou 12 metros. Será também necessária a inclusão de residências, de pelo menos 50% da área construída. III. ZONA C - ZONA DE MANUTENÇÃO DO USO INDUSTRIAL Zona estritamente industrial próxima às margens do Rio Tamanduateí. Mantém-se com o uso predominantemente industrial, cujo gabarito é térreo mais 1 pavimento. Os galpões sem uso têm prioridade de repasse para as indústrias que serão removidas da Marginal Tietê nas fases de implantação do Parque de Várzeas Rio Tietê. Serão realizadas obras de drenagem para combater os alagamentos na região.

IV. ZONA D - ZONA DE CONSOLIDAÇÃO DE USOS Zona predominantemente residencial horizontal, com exceção do entorno da Avenida Paes de Barros, uma centralidade que concentra atividades comerciais e de serviços que possui um gabarito maior. Para a zona, mantém-se a predominância de usos residenciais, permitindo-se um gabarito máximo de térreo mais 7 pavimentos, ou 25 metros. V. ZONA E - ZONA DE PRESERVAÇÃO DO USO RESIDENCIAL Zona extremamente residencial, caracterizada por lotes pequenos e construções baixas. Mantém-se o caráter residencial e baixo da zona, protegendo-a do processo de verticalização que migra para o centro da Subprefeitura. O remembramento de lotes é permitido até que se atinja área máxima de 0,1 hectare (1.000 m²), sendo permitido o gabarito máximo de térreo mais 3 pavimentos ou 12 metros. VI. ZONA F - ZONA DE CONTROLE DE VERTICALIZAÇÃO Essa zona possui uma grande presença de residências baixas, apesar de ter um alto índice de verticalização. Há várias pequenas centralidades, como as ruas perpendiculares à Radial Leste, que interligam a via ao interior do distrito do Tatuapé. Nas ruas Tuiuti, Emília Marengo, Itapura, Francisco Marengo e Antônio de Barros, segue-se com predominância de usos comerciais e de serviços. No restante da zona, será permiti do o remembramento de lotes até se atingir a área de 0,2 hectare (2.000 m²), com gabarito máximo de térreo mais 7 pavimentos ou 25 metros e predominância de uso residencial. Em qualquer nova construção que exerça atividade não residencial, será necessária a presença do uso misto, no modelo de comércio e serviços no térreo e residência nos pavimentos restantes.

VII. ZONA G - ZONA DE TRANSFORMAÇÃO DE TIPOLOGIAS Caracteriza-se pelo recente aumento do processo de verticalização e predominância residencial. As novas construções deverão ter gabarito de altura máximo de térreo mais 7 pavimentos, e o uso residencial é prioritário. VIII. ZONA H - ZONA DE TRANSFORMAÇÃO DE USOS E TIPOLOGIAS Caracteriza-se por possuir uma grande área que fará parte do Parque de Várzeas Rio Tietê e por possuir áreas com diversos usos distintos. Nessa zona possibilita-se a migração do processo de verticalização iniciado no Tatuapé, sendo permitido remembramento de lotes até 0,2 hectares (2.000 m²) e gabarito de alturas máximo de térreo mais 7 pavimentos ou 25 metros. IX. ZONA I - ZONA DE MANUTENÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE USO RESIDENCIAL Essa zona, localizada no centro da subprefeitura, possui o eixo de ligação das áreas mais consolidadas da Mooca e do Tatuapé. O processo de verticalização da Subprefeitura começa a estender-se para a área. Novas construções poderão ter gabarito máximo de térreo mais 7 pavimentos ou 25 metros, mantendo-se a predominância para usos residenciais. Os remembramentos poderão ser de até 0,1 hectare (1.000 m²). X. ÁREA DO PROJETO DE PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ Zona de interesse para a construção do Parque Várzeas do Tietê, formado por áreas verdes já existentes, áreas integradas, áreas de equipamentos públicos com seu uso realocado, lotes demarcados para desapropriação e áreas com direito de preempção.

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XI. ÁREAS DO PROJETO DE URBANIZAÇÃO DE FAVELAS, ZEIS e ZEECs. Para suprir a demanda exigida da Subprefeitura e ainda ofertar mais habitações de interesse social (HIS), foi feito um levntamento dos terrenos e dos imóveis vazios e sub utilizados da Subprefeitura, os quais ficam determinados como ZEIS (2 e 3) e ZEEC (Zona Especial para Equipamentos Culturais públicos). Além disso, os lotes onde funcionam cortiços serão destinados a ZEIS 1 e as favelas serão inseridas num projeto de urbanização. XII. ZONA DE CENTRALIDADE REGIONAL São marcadas como centralidades as áreas localizadas em até uma quadra de cada lado das vias que estruturam, conectam e possuem importância na Subprefeitura. São elas: Radial Leste, Paes de Barros, Salim Farah Maluf e Sapopemba. Nas zonas de centralidade regional propõe-se o uso misto, na tipologia de térreo com fachada ativa de comércio e serviços e pavimentos superiores com residências (FIGURA I). Juntamente com o uso misto há requalificação das vias, com aumento de calçadas, redução de pistas e da velocidade dos automóveis, aumento e requalificação de travessias e implantação de corredores de ônibus, o último também presente na Avenida Celso Garcia.

FIGURA I - PRESENÇA DE USO MISTO NAS CENTRALIDADES

2. Avenida Salim Farah Maluf (MAPA III) A Avenida Salim Farah Maluf receberá obras de requalificação viária, passando a ter calçadas maiores e regulares, um corredor de ônibus com pontos de parada em canteiro central e redução de pistas de automóveis. Como propõe-se o adensamento populacional e construtivo na área, é estipulado um gabarito de alturas máximo de térreo mais 7 pavimentos.

1. Radial Leste (MAPA II) Com o Projeto Nova Radial, haverá na via a implementação de um corredor de ônibus isolado das pistas de automóveis, com pontos de parada em dois canteiros laterais e espaço de ultrapassagem, além da redução de pistas de automóveis, aumento de calçadas e implementação de uma grande praça linear onde hoje há os trilhos do metrô e do trem.Desse modo, a Radial Leste se tornará uma importante centralidade. Para a área, portanto, estipula-se que o gabarito de alturas máximo dos novos edifícios deverá ser de térreo mais 14 pavimentos ou 50 metros.

3. Avenida Celso Garcia (MAPA IV) Com o Projeto Nova Radial, a Avenida Celso Garcia perde uma parte de sua força comercial, como já acontece atualmente. Estimula-se então o uso misto e, portanto, o adensamento populacional da área, para tirar proveito da estrutura da avenida. Os edifícios construídos na avenida poderão ter gabarito de alturas máximo de térreo mais 7 pavimentos ou 25 metros. 4. Avenida Sapopemba (MAPA V) A avenida Sapopemba já é uma centralidade de alcance local com uso predominantemente comercial. Com a chegada do metrô da linha verde na região, estimula-se a densidade habitacio nal na via. É delimitado, porém, um gabarito menor, de no máximo térreo mais 3 pavimentos ou 12 metros, que seja coerente com a capacidade local 5. Avenida Paes de Barros A Avenida Paes de Barros é uma área com verticalização mais antiga e usos e tipologias consolidadas. Para ela, propõe-se a manutenção desses usos, com a delimitação de um gabarito máximo para novas construções de térreo mais 7 pavimentos.

Legend

USOS

250

0

250

500

750

1000 m

MAPA II - USO DO SOLO NA RADIIAL LESTE

Misto até 8 pavimentos Comércio e serviços de alcance geral Comércio e serviços de grande porte Institucional Áreas verdes 6


Legend

USOS 500

0

500

1000

1500

MAPA IV - USO DO SOLO AV. CELSO GARCIA

2000 m

Residencial com mais de 8 pavimentos Misto até 8 pavimentos Comércio e serviços de alcance geral Institucional

Legend 100

0

100

200

300

MAPA V - USO DO SOLO AV. SAPOPEMBA

400 m

USOS Misto até 4 pavimentos Misto até 8 pavimentos

Legend

USOS Residencial com mais de 8 pavimentos Misto até 4 pavimentos Misto até 8 pavimentos Comércio e serviços de alcance geral Comércio e serviços de grande porte Institucional

100

0

100 200 300 400 m

MAPA III- USO DO SOLO AV SALIM FARAH MALUF

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GRANDES PROJETOS URBANOS I. PROJETO NOVA RADIAL: Objetivo: Por ser uma grande barreira física na região, impossibilitando uma adequada integração das regiões norte e sul da subprefeitura, foram definidas intervenções na área correspondente à Avenida Radial Leste e às suas áreas adjacentes, buscando-se uma maior integração e diminuição da barreira física e visual que essa área impõe à subprefeitura. Estratégias:Para uma adequada implantação desse projeto, dividiu-se as intervenções em fases. Fase 1: Enterramento do trem e metrô (4 a 8 anos) Sendo espinha dorsal para a integração adequada da Subprefeitura, esse plano tem o enterramento do trem como primeiro passo para a quebra da barreira que praticamente divide a subprefeitura em duas partes. Fase 2: transposição das vias e redesenho dos lotes (2 anos) Após o enterramento do trem e do metrô, será aproveitado o grande espaço obtido para adequar os desenhos dos lotes lindeiros à nova situação da região, além de também aproveitar esse espaço para a ampliação da Avenida Radial Leste com o acrescimo de uma faixa, possibilitando a implantação de um corredor de ônibus central isolado das pistas de automóveis, no centro da via, além da implantação das vias que cruzarão essa área transversalmente e que farão a ligação norte/sul da região.

Fase 4: implantação de equipamentos públicos e culturais (4 a 8 anos) Além da revitalização que se conseguirá com a praça linear, por ser uma área grande, pretende-se também implantar, nessa mesma região, diversos equipamentos públicos e culturais, como creches, postos de saúde, museus e centros culturais, buscando-se dessa forma diminuir o déficit desses equipamentos na subprefeitura. 1. Enterramento dos Trilhos do Trem e do Metrô Partindo da premissa da existência de um ferroanel acabado, buscando acabar com o abandono de investimentos que o sistema ferroviário sofre a anos, e aliado à tentativa de quebra da barreira que existe na subprefeitura, serão enterrados os trilhos do trem e do metrô na Radial Leste, liberando-se um grande espaço para uso público e requalificação das áreas antes afetadas pela presença dos trilhos, sem impossibilitar a integração de outras linhas ferroviárias.

FIGURA II -Situação atual

Fase 3: criação da praça linear (2 anos) Com todas as obras de adequação viária realizadas, será criado uma praça linear no espaço onde antes operava o metrô e o trem, aumentando, dessa forma, a qualidade urbanistica da região, já que será fornecida uma grande área verde permeável, área essa que está em falta na subprefeitura.

2. Redimensionamento da Estrutura Viária com Corredor de Ônibus Devido ao amplo espaço que será obtido graças ao enterramento do metrô e trem, será possível (executada a ampliação) ampliar a Avenida Radial Leste, possibilitando a implantação de um corredor de ônibus (isolado das pistas de automóveis, no centro da via) central (FIGURA IV). Também serão implantadas vias transversais a esse amplo cinturão (faixa) por onde passarão o trem e o metrô subterraneamente. Essas vias possibilitarão a integração entre o norte e o sul da subprefeitura (FIGURA V), ajudando dessa forma a quebrar a barreira (o papel de barreira física e visual que a Radial Leste assume atualmente) que existe em relação a essa integração entre as diferentes áreas da sub.

Figura IV - CORTE NOVA RADIAL

FIGURA V - ESQUEMA TRANSIÇÃO NORTE - SUL FIGURA III- Situação Proposta

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3. Projeto Parque Linear com Equipamentos Públicos e Culturais Com a desocupação do terreno, será consolidado um grande “corredor verde”, implantado como praça linear que será paralela à Avenida Radial Leste, e que proporcionará um grande aumento de áre a verde e permeável na região. Além da requalificação da paisagem urbana com uma grande área verde e permeável, será destinada uma porcentagem da área para a implantação equipamentos públicos e culturais ao longo desse parque. Esses equipamentos consistirão de creches, postos de saúde, telecentros, museus, centros culturais, bibliotecas e quadras poliesportivas. 4. Reabertura dos Cruzamentos da Radial Leste As ruas interrompidas pelos trilhos de trem e metrô serão religadas após o rebaixamento destes. São elas: -Rua Vilela -Rua Antônio de Barros -Rua Tuiuti -Rua Álvaro Ramos

O incentivo à travessia de pedestres é um objetivo central na restruturação viária, e por isso, serão implantadas novas faixas de pedestre, calçadas mais largas (5 metros)(FIGURA VIII) , e rampas de acesso nos canteiros em que houver desníveis (Figura VII).

FIGURA VI - Corredor exclusivo de ônibus no canteiro central e novas faixas de pedestre

Objetivo: O Projeto de Parque Várzeas do Tietê visa retomar a permeabilidade na margem do rio Tietê, a fim de requalificar o ambiente urbano com áreas verdes e de lazer e desocupar as áreas de risco a médio e longo prazo, evitando desapropriações de residências e conservando e integrando áreas institucionais às áreas verdes já existentes. (FIGURA IX) Estratégia:O Projeto de Parque Várzeas do Tietê possui 2 fases de implantação, sendo a primeira de médio prazo, entre 5 e 7 anos, e a segunda de longo prazo, de 15 a 20 anos. (MAPA VI) -Etapa 1: construção de um parque a partir das áreas verdes já existentes e dos lotes demarcados, integrando às instituições lindeiras. -Etapa 2: continuação do parque a partir dos lotes contidos na região da várzea de maior nível de consolidação. Instrumentos:(MAPA VII)

5. Rebaixamento de Viadutos Os viadutos que cruzam a Radial Leste serão rebaixados no nível da avenida. São eles: -Viaduto Guadalajara -Viaduto Carlos Ferraci -Viaduto Antônio Abdo

II.PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA AV. SALIM FARAH MALUF

III. PROJETO PARQUE VÁRZEAS DO TIETÊ

FIGURA VII - Rampa de acesso nos canteiros com desnível

Objetivo: Implantação de corredor exclusivo de ônibus e requalificação da via para o pedestre.

1. Desapropriação dos imóveis em lotes demarcados. O proprietário terá 5 anos para a desocupação e receberá a indenização referente ao valor do imóvel. Serão desapropriados um total de 78 imóveis, dentre eles: -10 residências unifamiliares -34 galpões e depósitos -7 indústrias -27 empresas, serviços e comércios Serão ofertados aos ex-proprietários de indústrias, e de empresas, serviços e comércio, galpões subutilizados da Zona C e lotes ganhos do Projeto Nova Radial, respectivamente.

Estratégia: Fase única (1 ano) -Redimensionamento da Estrutura Viária com Corredor de Ônibus: O redimensionamento da Avenida Salim Farah Maluf será realizado através da implementação de corredores exclusivos de ônibus nas faixas laterais ao canteiro central (Figura VI). Figura VIII

FIGURA IX -IMPLANTAÇÃO DO PARQUE

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MAPA VI - FASES DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE

MAPA VII - INSTRUMENTOS APLICADOS EM CADA ÁREA

2. Áreas demarcadas como áreas de integração deverão obedecer condições específicas de uso e ocupação de acordo com os interesses do projeto de Parque Várzeas do Tietê, visando maior integração com o parque como um todo, sem que suas atividades sejam prejudicadas. São elas: -Clube do Corinthians no Parque São Jorge -Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros -Fábricas de Cultura -Academia ADPM Falcão Azul -Casa transitória Fabiano de Cristo -União dos Operários Futebol Clube -Organização Santamarense de Educação e Cultura (OSEC) -Ambulatório Médico de Especialidades Maria Zélia (AME) -EMEF Anália Franco Bastos -EMEI Prof. Eidy Poli Bifone -Centro de Segurança e Formação Urbana -Escola Estadual Frei Paulo Luigi -Estádio da Portugues As instituições indicadas acima devem substituir muros por gradis que possibilitam maior transparência, sem obstruir a visão do ambiente como um todo; As instituições Clube do Corinthians no Parque São Jorge e o Estádio da Portuguesa devem, além de se sujeitar a medida anterior, ceder parte do terreno não equipado (quadras, piscinas, prédios) para o poder público, para que este seja aproveitado na construção do parque. 3. Realocação de equipamentos públicos que entram em conflito com o parque devido ao seu tipo de uso. São eles: Ecoponto da subprefeitura da Mooca Centro de Detenção Provisória Chácara Belém 4. Demarcação de áreas com direito de preempção. O prorietário do imóvel dentro dessa região, manifestado o interesse de venda, deverá ofertá-lo primeiramente à prefeitura.

IV. OBRAS DE DRENAGEM CONTRA ALAGAMENTOS NA ÁREA INDUSTRIAL DA MOOCA

MAPA VIII - USO DO SOLO

Com o objetivo de evitar alagamentos na região industrial da Mooca, às margens do Rio Tamanduateí, e melhorar o tráfego das vias nessa região, serão feitas obras de drenagem artificial de águas e esgotos nas Avenidas Henry Ford e Presidente Wilson. Essas obras serão públicas, feitas pela Prefeitura Municipal de São Paulo e sem a participação de investimentos privados. 10


V. ABERTURA DE NOVO EIXO TRANSVERSAL Objetivo: criar eixo transversal na subprefeitura da Mooca.(MAPA IX) Estratégia: ligação entre as vias Instrumento:PPP, transferência de potencial construtivo, desapropriação de ultilidade pública (MAPA X) e redesenho de lotes e quadras. Para se concretizar o eixo transversal na subprefeitura da Mooca, será feita a extensão da Av. Bom Jardim até a Av. Cruzeiro do Sul, interrompendo a Rua Pascoal Ranieri e via de embarque e desembarque do Shopping D, desapropriando os 6 lotes, os quais terão transferência de potencial construtivo.

Continuando o eixo, será feita a extensão da Av. Pedroso Silveira até a Rua Joaquim Carlos, passando por um lote da SPtrans. A Rua Joaquim Távora será alargada para ter as mesmas dimensões da Av. Pedroso Silveira. Após cruzar a Av. Celso Garcia, a Rua Joaquim passa por quatro quadras para juntar-se à Av. Paes de Barros; nesse pedaço foram redesenhadas lotes e quadras, o que acarretou no fim da Rua José Monteiro. A criação de um eixo transversal gerou no total: -Desapropriação parcial de 101 lotes, com transferência de potencial construtivo. -Total desapropriação de 67 lotes -Ampliações de 33 lotes -Criação de 36 lotes, os quais terão como prioridade de concessão às pessoas que tiveram seus lotes desapropriados.

-Extinção de 2 vias: Rua Pascoal Ranieri e a Rua José Monteiro -Desapropriação da ala de embarque e desembarque do shoppingD.

VI. REQUALIFICAÇÃO DAS VIAS DE INTENSA ATIVIDADE Projeto proposto para requalificar e ampliar a oferta de espaços públicos em áreas de intensa atividade comercial e fluxo de pedestres, promovendo a convivência em espaços abertos e a implantação de maior espaço para vegetação, mobiliário e equipamentos urbanos. 1. Parklets: Os parklets são uma extensão temporária da calçada acessíveis ao público 24 horas por dia nos 7 dias da semana, assim como uma calçada. Serão instalados na Rua Oriente (Mapa XI), no Brás, em alguns pontos das faixas laterais utilizadas para estacionamento de automóveis, e ocupando duas vagas de carro (FIGURA X), que seriam usadas por cerca de 40 veículos/dia. No entanto, após a instalação, que pode ser realizada à curto prazo, há a expectativa do uso de aproximadamente 300 pessoas/dia (FIGURA X), além do provável estímulo ao desenvolvimento econômico do local, com expectativa de aumento médio de 14% das vendas nas lojas localizadas em frente aos parklets, de acordo com pesquisa realizada em 2012 pela prefeitura da cidade de Nova Iorque (NYC DOT, “Measuring the Street’, Outubro/2012).

FIGURA X MAPA IX - EIXO TRANSVERSAL

MAPA X - LOTES AFETADOS

PELA CRIAÇÃO DO EIXO TRANSVERSAL

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VII.PROJETOS HABITACIONAIS 1. Urbanização de Favelas Objetivo: Urbanização das favelas na subprefeitura da Mooca Estratégia: requalificação e reassentamento Instrumento: reajuste de terras

FIGURA XI REPRESENTAÇÃO PARKLET

2. Calçadões: Os calçadões serão implantados nas ruas Carnot e Tiers, no trecho entre as ruas João Teodoro e Itaqui (Mapa XI), com determinação de horários para a passagem de veículos de abastecimento das lojas. Para não causar danos ao fluxo de automóveis o projeto prevê a alteração da Rua Canindé, de mão única atualmente, para uma rua de mão dupla. O intuito é de intensificar e estimular o passeio exclusivo de pedestres, criando espaços de transição, descanso e convivência junto ao comércio local.

O plano de urbanização das favelas da Subprefeitura da Mooca tem como princípio requalificar as áreas de loteamentos irregulares da cidade e reassentar os moradores, promovendo sua inserção no contexto legal da cidade. Estima-se a área correspondente de favelas em 5,885ha, onde foram levantadas 1222 habitações (INFOCIDADE, 2014). Para a realização do plano na Mooca foi estabelecida uma tipologia de sobrados de dois pavimentos geminados que abrigarão um domicilio por andar. Com essa tipologia é possível reservar 20% de área para o leito viário, 10% para área livre e/ou obras públicas, e ainda atender a demanda de habitação prevendo uma área de 67m² por domicilio.

FIGURA XII - REURBANIZALÇÃO DE FAVELAS

2.ZEIS

calçadões parklets

MAPA XI - LOCALIZAÇÃO CALCADÃO E PARKLETS

A partir do levantamento dos imóveis encortiçados na subprefeitura, estima-se uma demanda de 7200 habitações. Buscando suprir essa carencia habitacional da Subprefeitura, foram levantadas as seguintes zonas, que têm por objetivo atender a demanda da Subprefeitura e ofertar ainda mais habitações:

- ZEIS 1, lotes de cortiços. O número de cortiços mapeados hoje corresponde a 360 lotes. É prevista a reforma e a verticalização dos casarões encortiçados, estabelecendo uma tipologia de térreo comercial + 3 andares, onde será possível implantar entre 4 a 5 domicílios por andar de cerca de 60m², garantindo o espaço de circulação e ventilação do prédio, e sendo possível ofertar mais de 4 mil domicilios. - ZEIS 2, terrenos ociosos com pouca ou sem infraestrutura urbana As ZEIS 2 têm área equivalente a 10,800ha e estão localizadas principalmente nas regiões da Água Rasa e Mooca. Atendendo aos padrões de tipologia já estabelecidos em cada região pelo zoneamento proposto, é previsto a oferta de aproximadamente 4 mil domicílios unifamiliares. - ZEIS 3, terrenos ociosos com infraestrutura urbana As ZEIS 3 também atenderão aos padrões de tipologia já estabelecida em cada região pelo zoneamento proposto. Sua área equivale a 21,654ha, onde se prevê a oferta de aproximadamente 15 mil domicílios unifamiliares. VIII. ZEEC As ZEECs são as zonas especiais destinadas a equipamentos públicos e culturais, sua área corresponde a 6,091ha. Nestas zonas, pretende-se instalar equipamentos que atendam a necessidade particular de cada região. Creches públicas no caso do Pari e Tatuapé, Casas de Saúde e atendimento a idosos na Água Rasa, e num contexto mais geral da Subprefeitura, equipamentos de lazer e cultura, que também estarão presentes no Projeto da Nova Radial.

ZEIS 1

ÁREA DISPONÍVEL DOMICÍLIOS OFERTADOS (aproximadamente) 10,800 ha 4320

ZEIS 2

5,819 ha

4360

ZEIS 3

21,654 ha

15400

TOTAL

38,273 ha

24080

TOTAL DE DOMICÍLIOS DEMANDA LOCAL

OFERTA

24080

16880

7200

12


URBANIZAÇÃO DE FAVELAS, ZEIS E ZEECS Legenda

Urbanização zeis 1 zeis 2 zeis 3 zeec MAPA XII - MAPA LOCALIZAÇÃO DE ZEIS, ZEECS E URBANIZAÇÃO DE FAVELAS

0.75

0

0.75

1.5 km 13


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