TFG - Centro de Formação Cultural Sumaré

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EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE Centro de Formação Cultural Sumaré Por: Caroline Pinheiro Eugenio

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP Curso de Arquitetura e Urbanismo

Caroline Pinheiro Eugenio

EDUCAÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE Centro de Formação Cultural Sumaré

Orientadora | Renata Priore Lima

São Paulo 2020

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DEDICATÓRIA

Nordestina, pernambucana, mulher e mãe por gerações, aquela que sozinha lutou pela família, felicidade e lar. Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso a mulher que me ensinou sobre o amor, que me apoiou e sempre esteve comigo nesta jornada. Para Alzira Pinheiro da Silva, minha avó e mãe de criação.

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AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço a minha mãe, que desde o meu nascimento sempre lutou por mim. Por cada incentivo, pela contribuição financeira, pelo apoio nos meus desabafos e por nunca ter desistido de mim nessa caminhada. Agradeço meus familiares e amigos, que sempre estiveram ao meu lado, pela amizade incondicional e compreensão demonstrado ao longo de todo o período de tempo em que me dediquei a este trabalho. Aos meus companheiros de graduação, mesmo aqueles que se foram conforme precisavam seguir suas vidas fora da faculdade, que suportaram meus maiores medos, minhas inseguranças e discussões, além das risadas, conversas e compartilharem suas experiências comigo. Um agradecimento especial à Gabriela Costa, minha amiga querida que levarei para a vida. Agradeço as pessoas que se disponibilizaram a colaborar com a realização deste trabalho, a criadora do Arquinuvem Thaisa Porfirio e a pedagoga Givanilda Pinheiro Eugenio, minha mãe e ótima professora. Aos professores, que ao longo dos anos compartilhamos conhecimentos e aprendizagem, pela ajuda e pela paciência com a qual guiaram o meu aprendizado. Especialmente à minha Professora Orientadora Renata Priore Lima, pelo suporte e todo apoio durante a realização deste trabalho, obrigada por todas as orientações e ensinamentos. Por fim, porém não menos importante, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui.

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RESUMO

A proposta de intervenção arquitetônica deste trabalho de curso consiste em uma escola técnica de produção cultural e design localizada na região de Perdizes, na Avenida Sumaré, em São Paulo. O desenvolvimento da proposta se baseia em levantamentos realizados na área de estudo e em um plano urbano para um fragmento da área de estudo, o qual engloba um eixo viário estrutural existente que conecta à Zona Oeste e à região central. A ênfase do trabalho se dá no sentido de incrementar as possibilidades de novos usos e práticas que ampliem a participação de jovens e trabalhadores cursando a educação profissional, dentro de espaços atrativos e interativos de aprendizagem cultural e artística. A proposta visa também fornecer soluções urbanísticas para o entorno. A educação profissional e tecnológica vem se mostrando como um importante elemento de impulso, juntamente com outras políticas e ações públicas. Por isso, a criação do Centro de Formação Cultural Sumaré propõe a incentivar a profissão artística e a participação da comunidade dentro dos espaços coletivos. Dentro desse contexto, este trabalho de curso tem como objetivo repensar os programas de ensino para integrar a sociedade ao trabalho, à cultura e à cidadania. Palavras-chaves: Educação profissional, programas de ensino, arte e cultura.

Fotografia por: Feliphe Schiarolli, 2017. Local: Campinas, SP, Brasil.

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ABSTRACT

The architectural intervention proposal of this course work consists of a technical school of cultural production and design and is located in the region of Perdizes, on Avenida Sumaré, in São Paulo. The development of the proposal is based on surveys carried out in the study area and in an urban plan for a fragment of the study area, which includes an existing structural road axis connected to the West Zone and the central region. The emphasis of the work is in the sense of increasing the possibilities of new uses and practices that expand the participation of young people and workers studying professional education, within attractive and interactive spaces of cultural and artistic learning. The proposal also aims to provide urban solutions for the surroundings. Professional and technological education has been showing itself as an important element of impulse, along with other public policies and actions. For this reason, the creation of the Sumaré Cultural Formation Center proposes to encourage the artistic profession and the participation of the community within collective spaces. Within this context, this course work aims to rethink new teaching programs to integrate society into work, culture and citizenship. Keywords: Professional education, teaching programs, art and culture.

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SUMÁRIO Introdução...................................................................................................................................................................................................................................11 1. Educação e Cultura.............................................................................................................................................................................................................13

1.1. A Importância da Educação na Cidadania...............................................................................................................................15 1.2. A Longa Jornada na Educação Brasileira...............................................................................................................................16 1.3. A Desigualdade no Acesso à Educação de Qualidade............................................................................................19

2. Análise Urbana......................................................................................................................................................................................................................21

2.1. Eixo Sumaré - Perdizes.......................................................................................................................................................................23 2.2. Linha do Tempo...................................................................................................................................................................................24-25 2.3. Estrutura Urbana..........................................................................................................................................................................................27 2.4. Infraestrutura e Mobilidade Urbana.............................................................................................................................................29 2.5. Dinâmicas Urbanas......................................................................................................................................................................................31 2.6. Legislação Urbanística............................................................................................................................................................................33 2.7. Projetos Desenvolvidos para a Área...........................................................................................................................................35

3. Plano de Massas.................................................................................................................................................................................................................37

3.1. Diagnóstico........................................................................................................................................................................................................38 3.2. Diretrizes...........................................................................................................................................................................................................;.39 3.3. Plano de Massas Usos.............................................................................................................................................................................40 3.4. Plano de Massas Final...............................................................................................................................................................................42 3.5. Cortes.....................................................................................................................................................................................................................43 3.6. Maquete Volumétrica (3D)................................................................................................................................................................45

4. Área de Intervenção.......................................................................................................................................................................................................47

4.1. O Terreno e o Entorno..........................................................................................................................................................................49 4.2. Terreno e seu Entorno Imediato....................................................................................................................................................51 5. Estudos de Caso..................................................................................................................................................................................................................53 5.1. Centro Paula Souza - Santa Ifigênia...........................................................................................................................................55 5.2. Centro de Formação Cultural - Cidade Tiradentes.......................................................................................................57 5.3. Biblioteca Pública de Amsterdã....................................................................................................................................................59 5.4. SESC Belenzinho - Belenzinho.......................................................................................................................................................61

6. Ensaios Projetuais...........................................................................................................................................................................................................63 6.1. Desenvolvimento da Forma............................................................................................................................................................65 7. Centro de Formação Cultural Sumaré.........................................................................................................................................................67

7.1. Condicionantes da Área de Intervenção.........................................................................................................................69 7.2. Conceito e Partido Arquitetônico................................................................................................................................................71 7.3. Programa de Necessidades............................................................................................................................................................72 7.4. Peças Gráficas...............................................................................................................................................................................................75

Referências.................................................................................................................................................................................................................................... 95

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Fotografia por: Marten Bjork. Local: Biblioteca Real, Copenhague, Dinamarca.

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INTRODUÇÃO O sistema educacional pode ser visto como parte de um processo amplo de formação do cidadão e não apenas como instrumental de preparo da força de trabalho. Tal como afirma Freire (2003, p. 34, 46, 87), ao sistema escolar não cabe somente a tarefa de alfabetizar. A escola precisa transformar o ser humano num ser verdadeiramente pensante, que faça ele passar da intransitividade para a transitividade. Ela precisa inquietar o homem e tirar do seu espírito o conformismo. O ser humano necessita urgentemente ter vontade de ter vontade. E isso só é possível se a escola fizer o seu papel de transformadora e disseminadora do conhecimento.

Segundo o dicionário Michaelis, a educação é o processo que visa ao desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, através da aplicação de métodos próprios, com o intuito de assegurar-lhe a integração social e a formação da cidadania. Em sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de geração para geração. No sentido técnico, a educação é o processo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, com o objetivo de se integrar na sociedade ou no seu próprio grupo. O acesso à educação é significativo pois não há outro processo que insira o cidadão ao conhecimento e a compreensão de culturas, de nações e do mundo. Dentro deste cenário, a educação profissional e tecnológica vem mostrando um importante elemento de alavancagem, juntamente com outras políticas e ações públicas, para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. De acordo com o Ministério da Educação (2004), sobre políticas públicas para a educação profissional e tecnológica, destaca-se que a educação profissional é um elemento estratégico para a construção da cidadania e para uma melhor inserção de jovens e trabalhadores na sociedade. Do mesmo modo, os novos usos públicos e cursos técnicos deste trabalho abrangem os conhecimentos de criação, desenvolvimento e produção cultural e artístico como meio de incluir o aluno em um contexto social, permitindo o acesso em equipamentos culturais onde classes sociais de baixa renda são excluídos deste cenário por não possuir espaços educacionais de qualidade. A partir destas considerações, um fator que permanece em evidência é a importância de espaços interativos e estruturados no ambiente educacional. Criar espaços acolhedores e agradáveis ao processo de ensino se torna mais difícil sem uma infraestrutura adequada. Em consequência, os alunos são os mais prejudicados dentro desta problemática, ocasionando ao acesso restrito em equipamentos culturais não encontrados nas unidades de ensino da região, permanecendo a desigualdade e este ciclo de exclusão. Portanto, buscou-se reunir informações com o propósito de responder ao seguinte problema de pesquisa: Como o ambiente escolar e cultural pode influenciar no desenvolvimento social? A relevância desta pesquisa contribui para estudos e mudanças de programas que auxiliarão no desenvolvimento do ensino educacional e, assim, aprimorar a inclusão dentro do ambiente escolar. A pesquisa também tem como objetivo mostrar, claramente, uma proposta de novos usos e práticas que mitiguem esta baixa participação das classes menos favorecidas na educação, a fim de espalhar mais conhecimento dentro de atividades culturais. Através de estudiosos da área, que apontaram que a arte na educação é um importante instrumento para a identificação cultural e desenvolvimento, como Ana Mae Barbosa (2004), quem diz que é a arte que capacita um homem ou uma mulher a não ser um estranho em seu meio ambiente, nem estrangeiro no seu próprio país, que supera o estado de despersonalização, inserindo o indivíduo no lugar ao qual pertence.

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EDUCAÇÃO E CULTURA

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Fotografia: Google Earth, 2020. Local: Av. Sumaré, São Paulo, SP, Brasil.

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A Importância da Educação na Construção da Cidadania Nos últimos anos ouvimos frequentemente a falar sobre uma “educação para a cidadania” nas escolas, que se refere a práticas de cidadania na sociedade e que procuram explicar a ausência de participação e organização de políticas públicas efetivas. Porém, o que entendemos por cidadania? Qual seria o papel da educação nesse processo? A cidade corresponde a uma unidade territorial e política que surge na antiguidade, junto com a ideia de um espaço coletivo e com o passar do tempo adquire uma conotação de um lugar socialmente justo. Assim, entendemos que ser cidadão implica na atuação de direitos e deveres, sendo um acordo que sempre prevaleça o bem comum. O cidadão pressupõe identidade e um sentido solidário de participação numa causa comum. Para que os cidadãos possam viver melhor, existem as leis que constituem a construção de normas e regras sociais. No nosso país, é comum criarmos um conjunto legislativo perfeito, mas que, por práticas tradicionais centralizadoras, quer dizer, orientadas de cima para baixo, há maior dificuldade em funcionar no espaço, se fixando e se tornando práticas a longo prazo. A escola é um locus essencial de educação para a cidadania, que trabalha a importância da responsabilidade pessoal e comunitária, que busca o conhecimento e a compreensão de culturas, de nações e do mundo. A escola fornece um horizonte mais amplo no qual os indivíduos podem escrever sua própria história. Por este motivo, aposta-se neste trabalho na importância de uma educação com o compromisso social.

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Uma Longa Jornada na Educação Brasileira Breve Contexto Histórico da Educação no Brasil A educação contribui para fazer de cada pessoa um agente de transformação. Porém, de nada adiantam preceitos legais, que vinculam educação e cidadania, se as políticas públicas não estiverem comprometidas e preparadas para essa finalidade. A análise a seguir da história da educação no Brasil será apresentado de forma que podemos identificar como, historicamente, foi solucionando um problema que é discutido e presente até os dias atuais. Analisar sobre os aspectos da baixa qualidade da educação não pode ser entendida sem um contexto histórico das condições sob as quais se desenvolveram os mecanismos educacionais. Desde o período colonial, na chegada dos jesuítas ao Brasil, inúmeras mudanças ocorreram na educação brasileira. Focada exclusivamente na catequização, assim surgiu o início do ensino no Brasil, em 1549, quando os primeiros jesuítas desembarcaram na Bahia. Inicialmente a educação era pensada pela Igreja Católica, que mantinha uma relação próxima com o governo português e tinha como objetivo converter o espírito do índio à fé cristã. Além disso, havia claramente uma separação de ensino: as aulas lecionadas para os indígenas decorriam de escolas improvisadas, construídas pelos próprios índios, nas chamadas missões; enquanto os filhos dos colonos recebiam o aprendizado nos colégios, espaços mais estruturados por conta do alto investimento. Conhecido um dos maiores atuantes pedagogos da Companhia de Jesus, o padre José de Anchieta lançava mão de recursos ainda atuais em algumas escolas, como a música, a poesia e o teatro para educar os indígenas. Pela sua obra preservada, particularmente as cartas que Anchieta documentava sobre as rotinas escolares, o padre pode ser considerado um dos maiores nomes de destaque na história da educação brasileira. Em outro ponto de vista da educação, com privilégios diferenciados, estavam os descendentes de portugueses. Os filhos de europeus também compareciam nas aulas dos jesuítas, entretanto recebiam um ensinamento mais aperfeiçoado, incluindo outras disciplinas. Assim, as aulas repassadas não se restringiam à propagação do ensino religioso e envolvia mais conteúdo voltado para letras. Essa diferenciação de ensino para estes indivíduos privilegiados era um requisito que foi feito pela própria elite colonial que residia no Brasil. A hierarquia familiar dos portugueses funcionava da seguinte forma: o primeiro filho teria poder sobre todos os bens da família; o segundo filho era mandado aos colégios, provavelmente concluindo os estudos superiores na Europa; já o terceiro filho seria enviado à Igreja para seguir a vida religiosa. No caso de descendentes femininas, as mulheres não tinham acesso aos colégios, eram educadas apenas para a vida doméstica e religiosa. Apesar de haver uma clara divisão entre os ensinamentos repassados para os índios e os filhos dos colonos, a educação jesuíta tentava seguir um documento curricular, chamado Ratio Studiorum. Esse documento foi elaborado em 1599, constatando o ensino da gramática média e superior, das humanidades, da retórica, da filosofia e da teologia. A partir do ensino das letras, começou a formar uma organização da sociedade hierarquizada pelo acesso à alfabetização, ou seja, teria mais chances a prosperar aquele que aprendesse a ler e escrever. Além disso, nos locais de ensino, os comportamentos exemplares eram cobrados rigorosamente pelos padres. Os alunos que desrespeitassem os princípios morais cristãos eram severamente punidos com castigos. No geral, a Companhia de Jesus criou 36 missões, 25 residências e 17 colégios e seminários até ser expulsa do Brasil. Atualmente, a educação nas escolas nos mostra um cenário pouco semelhante a educação jesuítica. Portanto, a expulsão dos jesuítas significou uma remodelação total do sistema educacional brasileiro. O responsável por essa mudança foi comandado pelo primeiro-ministro de Portugal, Marquês do Pombal, que tinha convicções de que era preciso modificar a educação no Brasil. E então surge a chamada reforma pombalina, em 1772. Porém, entre a expulsão dos jesuítas e a organização de um novo modelo educacional, fez com que o país tivesse um hiato de dez anos sem uma escola estruturada, de acordo com uma matéria do jornal Gazeta do Povo, publicado em 2018.. Após a construção dessas mudanças, o Brasil começa seus primeiros passos na criação de um ensino público. Com o rompimento do ensino da escola jesuíta, entretanto fez com que os povos indígenas perdessem espaço no sistema de ensino. Todavia, a reorganização na educação tornou o professor uma figura central nesse processo. É neste período que as aulas eram ministradas por docentes concursados, que nada mais eram funcionários do Estado. Entretanto, as aulas eram realizadas nas residências dos próprios professores, também não havia uma sistematização de idade escolar. Eram atendidas crianças a partir dos sete anos, mas não havia limite para o tempo de estudo. Essa carência histórica obviamente deixou vários jovens sem acesso à escola e, apesar das reformas pombalinas terem sido revolucionária na época, o alcance deste ensino foi menor do

Alunos da Escola Caetano de Campos, em São Paulo, em 1905 Fotografia por: Divulgação/Escola Estadual Caetano de Campos Fonte: Gazeta do Povo, 2018.

Ratio Studiorum, de 1599: conteúdo elaborado pela Igreja. Fonte: Gazeta do Povo, 2018.

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Material didático de Português, utilizado em 1915. Fonte: Gazeta do Povo, 2018.

Capa de livro de História usado pelo Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1945.. Fonte: Gazeta do Povo, 2018.

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que as práticas estruturadas pela Companhia de Jesus, cujo ofício se expandiu por quase todo país. Um dos acontecimentos mais importantes da história da educação ocorre com a presença da família real ao Brasil, em 1808. A chegada da coroa portuguesa incentivou a formação de professores e a criação das primeiras escolas de ensino superior. Estes locais tinham como objetivo, obviamente, a ensinar os filhos da nobreza portuguesa e da aristocracia brasileira. Entretanto, esses locais de ensino tiveram duas marcantes características: o ensino profissionalizante e a preparação para o trabalho no serviço público. Apesar da independência do país em 1822 e mesmo no período Imperial, a educação não obteve muitos avanços práticos. O ensino público não adquiriu investimentos em construção de escolas com espaços adequados, muito menos em contratação de professores bem formados, uso de métodos e materiais didáticos aprofundados. Essa falta de prioridade na educação prejudicou de forma escancarada as classes populares do país, enquanto filhos de famílias ricas tinham fácil acesso ao colégio e, posteriormente, poderiam cursar universidades em Portugal. A Lei Geral da Educação Pública no Brasil Independente, em 1827, foi o início de uma nova organização no ensino brasileiro. Em seu artigo 1°, afirmava que “Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de primeiras letras que forem necessárias”, tornando-se um marco para as garotas, que passaram a frequentar escolas de letras juntamente com os meninos. Em 1890, após a Constituição Republicana, algumas reformas foram realizadas. A primeira reforma teve como foco o ensino superior, no entanto, as escolas de base não entraram nas prioridades dos primeiros governos republicanos. Resumidamente, as escolas mantidas pelo governo federal eram destinadas aos mais ricos. Enquanto isso, os colégios do sistema estadual eram para os mais pobres, que mesmo com um investimento maior após a lei, ainda eram locais com estrutura carente e composto por professores de baixa qualificação profissional. Uma herança que é presente até os dias atuais. Afim de mudar essa realidade, só a partir da década de 1920 que conseguimos um novo movimento. A Escola Nova, no Brasil, ficou marcada pela tentativa de tornar a educação mais inclusiva e adotar um modelo mais moderno de ensino. Também na década de 1920 foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE), tendo como função promover os primeiros debates sobre a educação em nosso país. Sabemos que apesar dos esforços para tentar avançar, é evidente que o analfabetismo entre jovens e adultos continua assolando a sociedade. De acordo com o IBGE, na década de 1920, para pessoas a partir dos 15 anos, era de 65%. Esse percentual só abaixou da metade da população na década de 1940, caindo para 40%, o que representava cerca de 15 milhões de brasileiros. Em São Paulo, com o crescimento da população e a vinda de imigrantes, efeitos da industrialização e da produção do café, aumentam a demanda por educação. Surge a intenção de eliminar o analfabetismo, assim expandindo o número de escola preliminares, noturnas e também profissionais. Sabemos que quantidade não quer dizer qualidade e, infelizmente, o ensino educacional nas redes públicas ainda está bastante fora do admissível. No governo ditatorial de Getúlio Vargas, na década de 1930, cria-se um sistema organizado de ensino, surgindo o Ministério da Educação e as secretarias estaduais de Educação. No período varguista, o sistema educacional seguia as orientações e determinações do governo federal. A autonomia dos Estados era bastante limitada e regulada. Em 1942, foi regulamentado o ensino industrial. No mesmo ano, surgem as escolas do SENAI, direcionadas às classes mais pobres da população. Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Porém, é na segunda versão da LDB que se torna possível perceber um sistema de ensino mais parecido com o atual. Neste documento, de 1971, fica obrigatória a conclusão do primário, que tem duração de oito anos, e passam a ser utilizados os termos 1º grau e 2º grau. Essa estrutura permanece até 1996, quando entra em vigor a denominação de Ensino Fundamental e Ensino Médio. A mudança incluiu ambos os ensinos como etapas da educação básica, integrando a educação infantil, que ganhou mais relevância no cenário nacional. E em 2007, o programa Brasil Profissionalizado integrou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do governo Lula, da mesma forma que outras iniciativas voltadas à educação profissional, ampliando a oferta de ensino médio integrado à educação profissional. O objetivo do programa era repassar recursos para os estados, os incentivando a retomar a educação profissional gratuita de nível médio na rede de educação pública estadual. Portanto, apesar da longa jornada e inúmeras tentativas criadas, o que podemos concluir é que o Brasil ainda enfrenta apuros na área da educação em vários ambientes pouco pensados em atividades e espaços que estimulam os alunos. As condições de infraestrutura das escolas também são um dos motivos e exemplos que avançamos pouco ao longo da história, fazendo com que as camadas menos favorecidas sofram com o ensino precário e a escassa presença de classes de baixa renda em espaços de lazer.

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Fotografia por: Feliphe Schiarolli, 2017. Local: Campinas, SP, Brasil.

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A Desigualdade no Acesso à Educação de Qualidade É surpreendente quando pensamos que frequentemente ouvimos notícias de escolas que estão caindo aos pedaços e sem infraestrutura escolar mínima para acolher os alunos de diferentes idades em quase todo país. Mesmo que as escolas tenham bons diretores, professores eficientes e a participação ativa por parte dos alunos, um estudo da Unesco mostra que a infraestrutura escolar é um dos pilares para a melhoria da qualidade do ensino no país. Uma breve descrição sobre o conceito de infraestrutura escolar é que ela vai desde itens básicos, como manutenção e limpeza dos ambientes, salas de aulas confortáveis, banheiros e cozinha, até de espaços de apoio didáticos como bibliotecas, laboratórios, entre outros espaços para organização do funcionamento da instituição. Seja uma escola de ensino básico ou técnico, é indispensável o uso da infraestrutura no ambiente escolar. Criar um ambiente acolhedor e agradável ao processo de ensino se torna mais difícil sem uma infraestrutura adequada. Como por exemplo, um prédio escolar sem sala para o diretor pode afetar o trabalho na gestão escolar, assim como a falta de salas de aula adequadas limita o que os professores podem fazer em suas aulas. Em resumo, os mais prejudicados são os próprios alunos. Em uma cidade como São Paulo, onde há mais de 12 milhões de habitantes, também não é oferecido infraestrutura básica em locais mais vulneráveis, agravando a situação da educação para a população mais necessitada. Em suma, esta população que já não tem acesso aos equipamentos culturais também não vão encontrá-los nas unidades de ensino de sua região, permanecendo, portanto, um ciclo de exclusão e desigualdade. Ao trabalhar com as artes, envolvemos o aluno em um contexto social, onde se amplia conhecimentos, permitindo no desenvolvimento da capacidade de refletir, de questionar e de criticar aspectos do cotidiano. Ao vivenciar a expressão, abrimos um leque de conhecimento acerca do nosso país e do mundo. Por consequência, esta é uma problemática contínua e precisa ser resolvida juntamente ao problema social que afeta as classes mais vulneráveis, também iniciando em processos urbanísticos na melhoria para o entorno e a comunidade. É imprescindível que espaços mais atrativos e interativos de aprendizagem sejam pensados, estruturados e, principalmente, focados no uso público para assim resolver este problema.

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ANÁLISE URBANA

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ESTÁDIO DO PACAEMBU ESTAÇÃO BARRA FUNDA PARQUE DA ÁGUA BRANCA FACULDADE SANTA MARCELINA

PUC

CEMITÉRIO DO ARAÇÁ

SHOPPING WEST PLAZA

ALLIANZ PARQUE

METRÔ SUMARÉ

SHOPPING BOURBON SESC POMPÉIA

LEGENDA

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AV. SUMARÉ (EIXO) AV. FRANCISCO MATARAZZO AV. DR. ARNALDO x R. HEITOR PENTEADO ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URNANO ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Eixo Sumaré - Perdizes Localizada na Região de Perdizes, a Avenida Sumaré consiste em um eixo viário estrutural existente, composto pelas Avenidas Antártica x Francisco Matarazzo que possuem grande fluxo viário, interligando a região central. que conecta a Zona Norte à Zona Oeste da cidade, o local possui uma vasta infraestrutura de transporte de massa com seus corredores de ônibus e grande incentivo a mobilidade através de suas ciclovias. Além disso, na região é possível acessar diversos pontos referenciais importantes, como o Allianz Parque, a Sociedade Esportiva Palmeiras, a PUC-SP, o Parque da Água Branca, o Terminal Rodoviário Barra Funda, o Sesc Pompeia e os shopping centers West Plaza e Bourbon (demarcações na imagem ao lado). O bairro, que se desenvolveu ao longo do eixo, está em transformação e possui o uso do solo predominantemente em Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana em um parte significativa de sua extensão. A área também contará com a implantação de uma nova estação de metrô vinculada à futura Linha 6 Laranja. A partir da análise urbana será proposta uma proposta urbanística de um fragmento específicio da área de estudos, para intervenção a qual foram definidas diretrizes do projeto urbano.

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LINHA DO TEMPO

Evolução Urbana e Histórico da Avenida Sumaré Conhecida como “quintal das Perdizes” a região foi oficializada na planta da cidade de São Paulo em 1897. No final do século XIX e começo do século XX, regiões como a Lapa e a Barra Funda se desenvolviam rapidamente com a chegada de fábricas e linhas de trem. Por outro lado, as várzeas e riachos de Perdizes ainda resistiam em receber as primeiras ruas. A principal via da região, no começo, era a Tabor, uma homenagem a um monte bíblico, sendo nomeada Cardoso de Almeida anos depois.

<1900

1920

1924

A avenida Sumaré começou a ser construída pela “Sociedade Paulista de Terrenos e Construções Sumaré Ltda.”, mais conhecida na época como “Sociedade Sumaré Ltda”.

1928

Iniciando a abertura das ruas, os primeiros lotes começaram a ser vendidos em 1928.

1929

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Por meio da Lei nº 3.375, a Prefeitura aceitou e denominou as 26 (vinte e seis) ruas e 10 (dez) praças constantes do loteamento. Para as recém abertas Ruas “2”, “2-D” e “2-E”, foi dada a denominação de “Av. Sumaré”.

1930

1940

1945

Os anos 40 marcaram o desenvolvimento da região. O bonde chegava a Perdizes e ligava o bairro à Praça do Correio. Outra linha ligava o largo das Perdizes e da Pompeia com a Barra Funda. Por ali passava o córrego Água Branca, afluente do rio Tietê. “Uma nova avenida cortará os bairros do Sumaré e Perdizes. O projeto da avenida Sumaré acaba de ser refeito na Prefeitura”, noticiou o jornal em sua edição de 25 de fevereiro.

1950 1953

Por meio da Lei nº 4.346, ficou oficializada como “Av. Sumaré” toda a sua extensão desde o seu início na Rua Turiassu até o seu término na Rua Cardoso de Almeida.

1947

Por meio do Decreto-Lei nº 420, um novo trecho foi aberto em prolongamento pela mesma Sociedade Sumaré entre a R. Pombal e a Cardoso de Almeida.

1949

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), chega à R. Monte Alegre, no antigo prédio do Mosteiro de Santa Teresa. Os antigos quartos viraram salas de aula e, o terreno de 18.000 m², a tradicional instituição.

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Perdizes Av. Sumaré

1960 1965

Os velhos casarões da esquina com a rua Turiassu foram demolidos pelo prefeito Faria Lima. O córrego foi canalizado para a construção de um canteiro central todo arborizado. O Tuca, teatro da Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foi fundado.

1969

Iniciaram-se as obras de pavimentação da nova avenida Sumaré que foi inaugurada pelo mesmo prefeito no dia 1 de abril, com 2.500 m de extensão e duas pistas de 10,5 m. Até os anos 1960, a região era conhecida como Grande Vale e era formada por fazendas, chácaras e casarões que pouco a pouco foram vendidas à Cia. City, responsável pelos planos de ocupação da região.

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1970 1970

Ligação entre Av. Sumaré e R. Henrique Schaumann.

1978

Com a abertura da Av. Paulo VI, a Av. Sumaré passou a ter o seu traçado atual.

1990 1996

A via no canteiro central da Av. Sumaré que se estende até parte da Av. Paulo VI, foi inaugurada como ciclovia com cerca de 2,7km.

2010 2013

Em novembro de 2013, as faixas para veículos de passeio foram novamente alargadas, e a avenida integrou-se ao padrão da metrópole paulistana, recebendo uma faixa exclusiva para o transporte público.

2014

Em agosto de 2014, a CET definiu o espaço , que liga as praças Caetano Fracaroli e Marrey Junior, como de “circulação compartilhada entre pedestres e ciclistas”.

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CÓRREGO QUIRINHO DOS ANJOS

CÓRREGO PACAEMBU

CÓRREGO SUMARÉ

CÓRREGO VERDE II

CÓRREGO ÁGUA PRETA

CÓRREGO COM. MARTINELLI

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CÓRREGO VERDE I

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Estrutura Urbana Implantada em terreno com topografia de relevo acidentado, a Avenida Sumaré possui desníveis consideráveis, principalmente na região próxima ao metrô Sumaré e apresenta pontos de concentração de áreas alagadas. Por conta dos riscos de alagamento, a região possui intensos congestionamento de veículos nos arredores do Parque da Água Branca, onde há risco de ocorrer desagregação ou decomposição do solo, por conta da drenagem ser insuficiente. Além disso, a avenida conta com um córrego, que atualmente é coberto, causando um grande problema de permeabilidade, que faz com que ocorra diminuição da infiltração e aumento da quantidade e da velocidade de escoamento das águas superficiais na região. A área de estudo também apresenta usos predominantemente residenciais contém pontos comércios e serviços distribuídos ao longo da Avenida Sumaré e da Avenida Francisco Matarazzo. Na área de intervenção urbana (terreno demarcado no mapa), o uso atual predominante é de serviço.

LEGENDA USO RESIDENCIAL USO COMERCIAL USO INSTITUCIONAL USO MISTO CÓRREGOS CURVA DE NÍVEL MESTRA 5 M ÁREA DE RESTRIÇÃO GEOTÉCNICA (RISCO DE EROSÃO) ÁREA COM RISCO DE ALAGAMENTO CENTRALIDADE ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URBANO ÁREA DE INTERVENÇÃO

FONTE: Mapa elaborado pelos autores a partir da base de dados Geosampa, 2020.

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Consolação Av. Pacaembu Av. Pa

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Infraestrutura e Mobilidade Urbana A mobilidade urbana predominante na Avenida Sumaré é o transporte individual, transporte público coletivo (ônibus), ciclovia e pedestres. Entretanto, a acessibilidade é desigual, pois o transporte individual é priorizado. E em seguida vem o transporte público, enquanto o uso da ciclovia e áreas de circulação de pedestres são limitados e em muitos pontos, o que atrapalha na relação do pedestre com a rua. Além desses problemas, devido à falta de equipamentos urbanos, como bicicletários e a falta de postos de vigilância ao longo da Avenida Sumaré, torna a via ociosa e insegura, sendo cada vez mais difícil a permeabilidade urbana ocorrer com liberdade naquela região.

LEGENDA CICLOVIA CORREDOR DE ÔNIBUS LINHA VERDE DO METRÔ LINHA AMARELA DO METRÔ LINHA VERMELHA DO METRÔ ESTACIONAMENTO ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URBANO ÁREA DE INTERVENÇÃO FLUXO DE PEDESTRES CONCENTRAÇÃO DE LINHAS DE ÔNIBUS ESTAÇÃO DE METRÔ

FONTE: Mapa elaborado pelos autores a partir da base de dados Geosampa, 2020.

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Consolação Av. Pacaembu Av. Pa

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Sesc Pompéia

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Dinâmicas Urbanas A região possui diversas atividades para atender a população, como as feiras de rua, os blocos de Carnaval, o Allianz Parque, o Sesc Pompéia, os shoppings centers e a ciclovia do canteiro central da própria avenida. Porém, o local está carente de praças com qualidade e áreas verdes bem integradas ao entorno. Por mais que exista arborização no eixo Sumaré, muitos canteiros e praças são subutilizados. Na área de intervenção (quadra demarcada no mapa), as dinâmicas são mais concentradas, principalmente pela questão de shows, jogos e atividades que o estabelecimento Allianz Parque oferece.

LEGENDA NOVA LINHA DE METRÔ LINHA VERDE DO METRÔ LINHA AMARELA DO METRÔ LINHA VERMELHA DO METRÔ FECHAMENTO AOS DOMINGOS ÁREA DE JOGOS E SHOW ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URBANO ÁREA DE INTERVENÇÃO CICLOVIA FEIRAS DE RUA ESPORTE RADICAL ESCADÃO SUMARÉ BLOCOS DE CARNAVAL

FONTE: Mapa elaborado pelos autores a partir da base de dados Geosampa, 2020.

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31


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Legislação Urbanística De acordo com o zoneamento, a área apresenta dois parâmetros distintos. Ao longo do maior trecho, a Avenida Sumaré se destaca em Zona de Eixo da Transformação Urbana (ZEU) e Zona Mista (ZM). No ponto mais alto da avenida se destaca a Zona Exclusivamente Residencial (ZER-1), onde se localiza o bairro tipo Cidade-Jardim do Pacaembu que é menos vertical , devido à grande quantidade de áreas residenciais de baixa densidade. Assim, o zoneamento contribui com o incentivo de novas transformações em grande parte na região, já que possui áreas de ZEU e de ZM. No mapa, o zoneamento da área de intervenção (terreno demarcado) é ZEU. A Zona de Eixo da Transformação Urbana é destinadas a promover usos residenciais e não-residenciais com densidades demográficas e construtivas altas. Prevê também a qualificação paisagística e dos espaços públicos, de modo articulado ao sistema de transporte coletivo e à infraestrutura urbana de caráter metropolitano.

LEGENDA ZER-1: ZONA EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAL 1 ZM: ZONA MISTA ZC: ZONA DE CENTRALIDADE ZCOR-1: ZONA CORREDOR 1 ZCOR-2: ZONA CORREDOR 2 ZCOR-3: ZONA CORREDOR 3 ZOE: ZONA DE OCUPAÇÃO ESPECIAL ZEM: ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO METROPOLITANA ZEU: ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO URBANA ZEPAM: ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL PRAÇA/CANTEIRO ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URBANO ÁREA DE INTERVENÇÃO

FONTE: Mapa elaborado pelos autores a partir da base de dados Geosampa, 2020.

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Consolação Av. Pacaembu Av. Pa

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Paulista

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Clínicas

PUC Cardoso de Almeida

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Palmeiras - Barra Funda

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OPERAÇÃO URBANA ÁGUA BRANCA

PERÍMETRO EXPANDIDO DA OPERAÇÃO URBANA ÁGUA BRANCA Av. Paulo VI

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Sesc Pompéia

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Projetos Desenvolvidos para Área A região conta com dois grandes projetos de influência, um deles é a Operação Urbana Água Branca (1995), que abrange parte dos bairros da Água Branca, Perdizes e Barra Funda. O objetivo estratégico da Operação Urbana Água Branca é promover o desenvolvimento da região de modo equilibrado, dando condições para que as potencialidades regionais sejam devidamente efetivadas. O segundo projeto de influência é a extensão da Linha 6 - Laranja do Metrô, que ligará, em 15,3 km de extensão, a região de Brasilândia e Freguesia do Ó à região central da capital paulista. Além disso, a área de estudo contará com três estações, o Metrô Sesc Pompéia, o Metrô Perdizes e o Metrô PUC Cardoso de Almeida.

LEGENDA NOVA LINHA DE METRÔ LINHA VERDE DO METRÔ LINHA AMARELA DO METRÔ LINHA VERMELHA DO METRÔ OPERAÇÃO URBANA ÁGUA BRANCA PERÍMETRO EXPANDIDO DA OPERAÇÃO URBANA ÁREA DE ESTUDO ÁREA DO PLANO URBANO ÁREA DE INTERVENÇÃO

FONTE: Mapa elaborado pelos autores a partir da base de dados Geosampa, 2020.

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PLANO URBANO

3 37

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ÁREA ESPECIAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

ÁREA DE ALAGAMENTO

Diagnóstico da Área

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Após o levantamento apresentado anteriormente, podemos concluir que dentro da área de estudo há mais fragilidades do que potencialidades. Entretanto, com a análise baseada na teoria de Lynch (1960), nota-se que a região tem fortes pontos positivos que ajudam nas questões urbanas para que a área não seja totalmente degradada. Além disso, as áreas vazias e subutilizadas apresentadas no mapa significam que a região passará por um processo de transformação, pois já conta com demolições principalmente em quadras com residências de baixa densidade. Na área de intervenção (demarcado no mapa), o terreno conta com alguns edifícios subutilizados que passarão por possíveis transformações.

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METRÔ PERDIZES

LEGENDA

ÁREA DE ALAGAMENTO

Áreas ociosas Área verde Áreas de risco de alagamento Área do plano de massas Área de intervenção Centralidade/Metrô Alta concentração de veículos

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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Diretrizes de Projeto

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PARQUE DA ÁGUA BRANCA

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Hierarquização do Sistema Viário, proporcionando ao pedestre a prioridade. Permeabilidade Urbana / Fruição Pública. Conexões Transversais nas Quadras Extensas. Jardim de Chuva. Novas Áreas Verdes. Instalação de Equipamentos Coletivos. Promover Diversidade de Usos. Adensamento de Uso Misto e Fachada Ativa.

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O perímetro estudado faz parte da Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU), tendo como objetivo principal a requalificação da área através do adensamento diversificado, promovendo maior qualidade para os espaços públicos. Por meio da análise deste tecido urbano, foi possível identificar áreas já consolidadas e espaços que permitem uma nova tipologia de uso e funções, chegando as seguintes diretrizes:

LEGENDA Áreas consolidadas Promover adensamento Áreas verdes Permeabilidade urbana Passeio qualificado dentro dos edifícios Área do plano de massas Área de intervenção Centralidade/Metrô Hierarquização do viário

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

Diagrama 1: Edifícios existentes na área.

O Plano de Massas O perímetro do plano urbano escolhido foi desenvolvido devido ao grande potencial construtivo pelo zoneamento e a instalação do futuro Metrô Perdizes, da Linha 6 Laranja, possibilitando uma nova centralidade no local. As diretrizes do projeto que resultaram no programa foram: - Hierarquização do sistema viário como principal rota de planejamento, proporcionando que a permeabilidade urbana seja equilibrada entre os veículos motorizados e os pedestres na região. - Conexões transversais nas quadras extensas existentes como direcionamento para esse ponto de recuperação da área, tratando a fruição pública mais acessível e segura para os pedestres e criando novas áreas verdes. - Jardim de chuva como solução para as áreas alagadas próximas do perímetro urbano, colaborando no escoamento de água da chuva e recolher os fluxos em caso de chuvas intensas. - Instalações de equipamentos coletivos para uso público, já que existem poucos equipamentos adequados ou completos na região, composto no programa que esses equipamentos fossem localizados perto de instituições e áreas verdes. - Promover diversidade de usos e fachada ativa possibilitando que o programa funcionasse adequadamente naquela região, já que o perímetro de intervenção urbana é próximo de grandes marcos e da centralidade existente na Rua Turiassú, além de contribuir na alta densidade do local.

Diagrama 2: Edifícios existentes e fachada ativa.

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Diagrama 3: Edifícios existentes, fachada ativa e usos das novas edificações

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Cortes do Plano de Massas

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CORTE TRANSVERSAL 1 - AVENIDA SUMARÉ ESCALA: 1:1000 745,00

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GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

CORTE TRANSVERSAL 1 - AVENIDA SUMARÉ

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LEGENDA:

ESPAÇO VIÁRIO CICLOVIA LEGENDA: CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE ORTE TRANSVERSAL 1 - AVENIDA SUMARÉ CORTE TRANSVERSAL 1 - AVENIDA SUMARÉ CALA: 1:1000 ESCALA: 1:1000 ESPAÇO VIÁRIO ÁREAS VERDES GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL CICLOVIA CORREDOR DE ÔNIBUS CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE EDIFÍCIOS EXISTENTES ÁREAS VERDES EDIFÍCIOS DO PROJETO GENDA: LEGENDA: CORREDOR DE ÔNIBUS ESPAÇO VIÁRIO ESPAÇO VIÁRIO EDIFÍCIOS EXISTENTES CICLOVIA CICLOVIA EDIFÍCIOS DO PROJETO CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE ÁREAS VERDES ÁREAS VERDES CORREDOR DE ÔNIBUS CORREDOR DE ÔNIBUS EDIFÍCIOS EXISTENTES EDIFÍCIOS EXISTENTES EDIFÍCIOS DO PROJETO EDIFÍCIOS DO PROJETO

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GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

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GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

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CORTE LONGITUDINAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO - AVENIDA SUMARÉ ESCALA: 1:750

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RTE LONGITUDINAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO CORTE - AVENIDA LONGITUDINAL SUMARÉ DA ÁREA DE INTERVENÇÃO - AVENIDA SUMARÉ

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LEGENDA RESIDENCIAL SERVIÇO COMÉRCIO INSTITUCIONAL MISTO FACHADA ATIVA EDIFÍCIOS EXISTENTES

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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Maquete Volumétrica

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CORTE TRANSVERSAL 1 - AVENIDA SUMARÉ

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GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

GRÁFICO DE FUNCIONAMENTO PROJETUAL

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ESPAÇO VIÁRIO CICLOVIA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE ÁREAS VERDES CORREDOR DE ÔNIBUS EDIFÍCIOS EXISTENTES EDIFÍCIOS DO PROJETO

Imagem 1: Perspectiva 1 da Maquete. 755,00 730,00

Imagem 2: Perspectiva 2 da Maquete.

CORTE LONGITUDINAL 1 - AVENIDA SUMARÉ ESCALA: 1:2000 0

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CORTE LONGITUDINAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO - AVENIDA SUMARÉ ESCALA: 1:750

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ÁREA DE INTERVENÇÃO

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SESC POMPEIA

SHOPPING BOURBON

SHOPPING WEST PLAZA

ALLIANZ PARQUE ÁREA DE INTERVENÇÃO

FUTURA ESTAÇÃO METRÔ PERDIZES

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O Terreno e o Entorno Após levantamentos e estudos sobre a região Perdizes, é possível perceber que a Av. Sumaré enfrenta um grande problema de qualidade de espaços verdes e públicos, a ausência de áreas de lazer, equipamentos adequados e instituições públicas. Por isso, saber que esse eixo viário é uma das principais conexões entre as zonas Norte e Oeste da cidade, que está em constante crescimento e desenvolvimento econômico e espacial, percebendo que até então existem essas problemáticas, além de um grande potencial construtivo pelos galpões ociosos, gabarito baixo de altura e próximo ao novo Metrô Perdizes, a escolha do terreno foi previsível. Feito tudo isso, o principal objetivo para o desenvolvimento da proposta é poder oferecer às pessoas a possibilidade de ir e vir, de ocupar espaços públicos e culturais, qualificar e inspirar jovens e trabalhadores dentro do mercado de trabalho e sobretudo, dentro da vida de cada indivíduo.

ESTAÇÃO BARRA FUNDA

PARQUE DA ÁGUA BRANCA

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FOTO SATÉLITE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO. FONTE: GOOGLE EARTH E EDIÇÕES PRÓPRIAS.

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PARQUE ÁGUA BRANCA

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SHOPPING WEST PLAZA

LEGENDA Áreas ociosas importantes Área verde Área de intervenção Centralidade

ALLIANZ PARQUE

Trânsito intenso Metrô Perdizes

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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Clínicas

PUC Cardoso de Almeida Parque da Água Branca

Terreno e seu Entorno Imediato LEGENDA

Perdizes

NOVA LINHA DE METRÔ CICLOVIA ALLIANZ PARQUE PARQUE DA ÁGUA BRANCA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Allianz Parque

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Sesc Pompéia

No entorno do terreno escolhido para o projeto de intervenção arquitetônica existem galpões de concessionária de automóveis que ocupam a maior parte da quadra e algumas residências de baixa densidade. Além disso, a quadra fica de frente ao terreno no qual está prevista a construção da Estação Perdizes que compõe a Linha 6 - Laranja do Metrô, Perdizes, tornando o local potencialmente atrativo para o desenvolvimento deste projeto de intervenção. Sumaré Assim, nas questões urbanísticas, o zoneamento da quadra é ZEU (Zona de Estruturação da Transformação Urbana) e a maior parte tem usos de comércio e serviço. O uso residencial que se encontra nesse local é predominantemente baixo. No gabarito de altura do diagrama ao lado, podemos observar que as alturas variam de lote a lote, entretanto, a quadra é predominantemente de altura baixa e os poucos edifícios mais altos são residenciais (demarcado em amarelo) e há apenas um edifício comercial (demarcado em vermelho), como mostra o diagrama ao lado.

LEGENDA 1-3 PAVIMENTOS 4-6 PAVIMENTOS 7-9 PAVIMENTOS 10-20 PAVIMENTOS ÁREA DE INTERVENÇÃO

Informações Urbanísticas ZEU: Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Coeficiente de Aproveitamento = 4 (máximo) Taxa de Ocupação = 70% Taxa de Permeabilidade = 25% (mínimo) Área total do terreno: 10.838 m²

TRANS FORMA ÇÃO

TIPO DE ZONA

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ZM: ZONA MISTA ZEM: ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO METROPOLITANA ZEU: ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO URBANA ZEPAM: ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ÁREA DE INTERVENÇÃO

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LEGENDA

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Estudo de cada caso pelo Executivo ou observar o Plano Urbanístico Específico.

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ESTUDOS DE CASO

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ESTUDO DE CASO 1 Centro Paula Souza - Santa Ifigênia FICHA TÉCNICA Arquitetos: Spadoni AA, Pedro Taddei Arquitetos Associados Área: 29.490 m² Ano: 2013 Fotografias: Nelson Kon

LEGENDA

Localizado na Rua dos Andradas, número 140, na Santa Ifigênia, a escola foi construída como parte de um projeto de requalificação da área central de São Paulo. Projetada por Spadoni AA e Pedro Taddei Arquitetos Associados e possui uma área de 29.490 m². O edifício é dividido em dois prédios, porém podemos observar a divisão de três núcleos na perspectiva ao lado. No primeiro bloco, está o núcleo administrativo, no segundo estão as salas de aula e laboratórios e, por fim, no terceiro está o núcleo onde foi agregado o prédio pré-existente, onde está localizado a quadra, o auditório e a biblioteca. Outro ponto interessante nesse projeto é a circulação, onde a circulação vertical é feita em seis pontos entre escadas e elevadores enquanto a circulação horizontal é feita por toda extensão do edifício dos prédios em grandes áreas, se preocupando com a privacidade dos ambientes sem prejudicar a fruição. O programa desse projeto abriga diferentes usos, como mostra nos estudos ao lado, no térreo se localiza uma área de convivência, auditório, cafeteria, área de exposições, recepção e jardins. No mezanino se encontram o museu, bancos, ambulatório, livraria, laboratórios e segundo piso do auditório. E já no terceiro pavimento está a biblioteca, quadra poliesportiva, sala de conferência, salas de estudo e mais laboratórios. Após analisar este edifício, foi observado que a construção não tirou as características de seu entorno. O local também conta com bom aproveitamento de luz natural, assim como o programa foi bem distribuído e a circulação foi bem planejada. Apesar do projeto ter resolvido muitos aspectos importantes para o edifício, a obra possui características do modernismo, com o uso de concreto armado, brises, pilotis e amplas janelas em fita, o que mostra nossa limitação em utilizar outros materiais e sistemas construtivos mais inovadores e que sejam menos agressores ao meio ambiente. APLICAÇÃO NO PROJETO: - Forma de distribuição do programa - Setorização por meio dos núcleos - Volumetria - Passarela - Jardim interno

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LEGENDA

ÁREA VERDE USO COLETIVO ADMINISTRATIVO COMÉRCIO E SERVIÇO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL WC FLUXOS

LEGENDA

LEGENDA

EDUCACIONAL USO COLETIVO ADMINISTRATIVO COMÉRCIO E SERVIÇO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL WC FLUXOS

EDUCACIONAL USO COLETIVO ADMINISTRATIVO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL SUBSOLO BLOCOS

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EDUCACIONAL USO COLETIVO COMÉRCIO E SERVIÇO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO VERTICAL WC FLUXOS


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ESTUDO DE CASO 2 Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes FICHA TÉCNICA Arquitetos: José Rollemberg de Melo Filho, Lara Melo Souza e ODVO arquitetura e urbanismo Área: 30.000 m² Ano: 2012 Localizado na Rua Inácio Monteiro, número 6900, na Cidade Tiradentes, o CFCCT é o maior equipamento cultural da Prefeitura de São Paulo na Zona Leste da cidade. O conjunto tem sua programação integrada às atividades desenvolvidas em outros equipamentos da Secretaria e oferece à população atividades artística e esportivas, de formação profissional, lazer e meio ambiente. O terreno acentuado do projeto propõe circulações livres e novas conexões com extensões da rua, além do edifício não incluir muros e gradis separando o pedestre da edificação. O principal objetivo do CFCCT é nutrir o pertencimento, promovendo a inclusão a partir da transformação positiva do local. A escolha do projeto transmite a principal proposta deste trabalho, tanto pelo seu programa similar quanto na maneira em que se configura a implantação no terreno, onde a praça é usada como passagem e local de estar. APLICAÇÃO NO PROJETO: - Volumetria - Circulação livre (sem muros e gradis) - Programa similar

LEGENDA CIRCULAÇÃO LAJE DO ESTACIONAMENTO EDIFICAÇÃO ÁREA VERDE ÁREA LIVRE

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ESTUDO DE CASO 3 Biblioteca Pública de Amsterdã FICHA TÉCNICA Arquitetos: Jo Coenen & Co Architekten Área: 28.500 m² Ano: 2007 Fotografias: Arjen Schmitz Localizado em Oosterdokseiland, a Biblioteca Pública de Amsterdã foi escolhida como estudo de caso para a biblioteca deste trabalho pela forma como o arquiteto resolveu seus grandes programas dentro dessa edificação. O exterior é, de certa maneira, pensado a partir do interior. O objetivo principal do projeto era criar recantos, que ganham vida por si só e desenvolvem um valor de permanência no espaço. O edifício também possui uma animada praça, uma área onde as pessoas podem relaxar e ficarem protegidas por uma grande cobertura. Logo após o hall da biblioteca estão as escadas rolantes, oferecendo uma subida organizada de movimentos cruzados. O penúltimo pavimento possui um diferente uso no interior da biblioteca, pois é através das grandes escadas que se abrem para um pavimento onde existe um café e um mirante sob uma cobertura que oferece uma vista telescópica de Amsterdam. Além disso, a luz natural que penetra o núcleo do edifício ou para fornercer vistas de luz natural que antigamente não era possível, ao curvar as paredes laterais da biblioteca, a luz no lado côncavo consegue penetrar mais profundamente no edifício. Os espaços vazios e as aberturas nos pavimentos também permitem que a luz do dia penetre o edifício. As escadas rolantes também servem de objeto de luz. Graças as plantas não compartimentadas, a biblioteca pode facilmente ser adaptada à outros layouts. A atual divisão entre a biblioteca e o edifício de escritórios atrás pode facilmente ser removida. E por último, toda a cobertura está equipada com células fotovoltaicas.

LEGENDA ABERTURA PARA LUZ NATURAL ESCADAS ROLANTES CIRCULAÇÃO VERTICAL EDIFÍCIO

APLICAÇÃO NO PROJETO: - Luz natural por aberturas - Escadas rolantes para circulação - Conexão direta com a praça - Espacialização do programa

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ESTUDO DE CASO 4 SESC Belenzinho FICHA TÉCNICA Arquitetos: Ricardo Chahin Área: 32.072 m² Ano: 2010 Localizado no bairro de Belenzinho, zona leste de São Paulo, é uma das maiores unidades do SESC na capital. O projeto foi escolhido por conta do grande escadão que existe como acesso para o edifício e seu paisagismo simples, porém com destaque em seu entorno. Com cerca de 50.000 m² de área construída, o Sesc inclui bicicletário, pista de caminhada, piscina interna e externa, biblioteca, teatros e cafeterias. Além disso, o programa criou especialmente para crianças de até 6 anos o Espaço de Brincar, que dispõe de atividades diversas que podem incluir os adultos. Em relação ao esporte, o edifício possui pista de cooper, salas de ginásticas e quadra de futebol. A arte tem seus espaços com shows, exibição de filmes, oficinas, teatro e exposições. APLICAÇÃO NO PROJETO: - Escadão - Paisagismo - Área externa

LEGENDA ESCADÃO EDIFICAÇÃO ÁREA VERDE PAGINAÇÃO DE PISO DO PAISAGISMO

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ENSAIOS PROJETUAIS

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

Imagem 1: Ideias iniciais de projeto e organização da proposta.

Imagem 2: Proposta 1 - Croqui da volumetria e organização espacial

Imagem 3: Proposta 2 - Croqui da volumetria e organização espacial

Neste croqui, é possível analisar que a fruição urbana foi pensada desde o ínicio da proposta arquitetônica, como também as conexões entre os edifícios e a praça pública.

Nesta primeira proposta surgiu a ideia dos escadões para vencer os grandes desníveis que o terreno possui, além de pensar na volumetria como traçado da própria quadra. A praça localizada no segundo patamar, criando um convite para os pedestres utilizam aquele espaço e consequentemente os edifícios. As setas indicam de onde os maiores fluxos poderiam surgir.

Neste croqui, a segunda proposta teve grandes alterações devido ao estudo de insolação e ventilação do terreno, onde foi analisado que os edifícios do entorno (demarcado na quadra) possuem gabaritos altos e que prejudicam totalmente o conforto ambiental das edificações. Entretanto, a praça central no segundo pavimento e os escadões permanecem como proposta para este projeto.

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EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

Desenvolvimento da Volumetria A partir do desenvolvimento do programa, junto com a busca de alternativas para integrar os pedestres aos espaços públicos, foram os principais motivos que direcionaram as volumetrias atingidas. Utilizando a topografia existente, o terreno foi dividido em três patamares principais para que o desnível fosse alcançado, com os “escadões” presentes e as edificações, foi criado uma praça central. Dessa forma, foi possível ter conexões com a Rua Turiassú e a Av. Sumaré, possibilitando essa permeabilidade urbana que foi proposto no plano de massas. Vale ressaltar no projeto que as volumetrias foram dividas em três espaços, porém com conexões internas e externas, além de setorizar os espaços públicos e privados adequadamente.

Imagem 4: Proposta 3 - Croqui da volumetria e implantação do projeto.

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CENTRO DE FORMAÇÃO CULTURAL SUMARÉ

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Condicionantes da Área de Intervenção Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, ficou mais evidente as condicionantes que a área de intervenção do projeto possui. Por isso, a fim de resolver esses impedimentos, foi mapeado na imagem aérea ao lado as dificuldades da área para ajudar na proposta arquitetônica, que são elas: - Bloqueio de permeabilidade urbana existente no terreno; - Terreno do futuro Metrô Perdizes que atualmente se encontra com as obras paralisadas; - Fluxo de pedestres que é feito somente pelas calçadas das quadras extensas, tornando o percurso cansativo; - Vias sem hierarquização adequada e veículos motorizados privilegiados ao longo da avenida; - Canteiro utilizado para atividades ao ar livre com ciclovia e equipamentos, mas sem qualquer atrativo ao atravessar a via;

LEGENDA BLOQUEIO DE PERMEABILIDADE TERRENO DO METRÔ FLUXO DE PEDESTRES VIAS CANTEIRO

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R

RU A

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1

M

744 743

734 734

2

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738

LEGENDA 3

Escola Comedoria e Salão de Exposição Biblioteca, Mediateca e Auditório Passarela Fluxo Principal Fluxo de Pedestres Permeabilidade Acessos Acesso ao Estacionamento e Carga e Descarga

JÉS

PIN A

EUGENIO, CAROLINE P., 2020. RU A

A

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Referências e Possibilidades 1

Conceito e Partido Arquitetônico

.

Sesc Belenzinho , Sã oP a

, SP o l u

O Centro de Formação Cultural Sumaré (CFCS) é uma instituição técnica com o objetivo de oferecer cursos de Produção Cultural e Design para a região de Perdizes. Além dos cursos, a instituição possui oficinas, laboratórios, midiateca, biblioteca, palestras e espetáculos artísticos para todos, além de uma grande praça aberta ao público pela Avenida Sumaré, com restaurantes e cafés. CONCEITO

2

O conceito do projeto tem como objetivo mostrar fluidez e permeabilidade urbana em seu entorno (3), criando espaços integrados e de convivência tanto para os estudantes como para usuários dos espaços públicos (praça, auditório, biblioteca, etc).

Centro de Form açã oC

u

P.

Tiradentes, São ade Pau d i lo, al C r S ltu

Para que o projeto fosse elaborado nesses conceitos, foram criados 3 volumes no térreo, com apenas um único caminho para o pedestre, onde encontra-se o escadão (1) e indo diretamente à praça (2). Além disso, os volumes estão interligados, não somente pelos usos similares escolhidos, mas também pelo pavimento superior à partir do 1º e 2º andar, onde encontra-se laboratórios e terraços para convível interno.

3 c

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Corte esquemá tico

PARTIDO

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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Programa de Necessidades Com base nos programas pesquisados nos estudos de caso apresentados, o número médio de pessoas em cada sala de aula é entre 30 e 35 alunos, exceto os laboratórios e ateliês. Nas Normas Técnicas Brasileiras, como a NBR 9050 e 9077, teve grande parcela de desenvolvimento dos ambientes internos do projeto, se preocupando com os espaços e maior conforto possível para cada indivíduo que usufruir as edificações. Em alguns edifícios, como da escola e biblioteca, foi desenvolvido um átrio no meio das edificações, criando ventilação cruzada e luz natural pelos ambientes. No térreo da praça, existe a comedoria do edifício, onde possuem pequenos comércios para atender as necessidades de quem frequenta a escola e os espaços culturais. Por fim, o acesso para automóveis é feito pela Rua Turiassú, onde existem os estacionamentos para carros, motos e bicicletário público. Zoneamento Atual do Projeto: CA: 32.013 m² TO: 4.961 m² TP: 2.076 m²

BLOCO 1 AMBIENTES

QUANT.

ÁREA (m²)

Diretor

1

14 m²

C

Vice-diretor

1

14 m²

C

Recepção

1

78 m²

C

Secretaria

1

11 m²

C

Almoxarifado

1

6 m²

S

Coord. Pedagógico

1

40 m²

T

Sala dos Professores

1

73 m²

Copa/Professores

1

28 m²

Salas de Design

18

140 m²

Atiliê de Design

6

105 m²

Salas de Artes Visuais

9

77 m²

Atiliê de Artes Visuais

12

130,5 m²

Salas de Artes Musicais

24

104 m²

Lab. de Multimídia

2

77 m²

Lab. de Informática

18

70 m²

Ofi cina

2

157 m²

Depósito

9

14 m²

Sala de Apoio 1

8

75 m²

Sala de Apoio 2

1

38 m²

10

60 m²

Conj. Sanit. Fun.

1

46 m²

Área de Convivência

1

712 m²

Conj. Sanit.

TOTAL:

2.069,5 m²

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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72


BLOCO 2 AMBIENTES

BLOCO 3

QUANT.

ÁREA (m²)

Comedoria

1

1.013 m²

Cozinha 1

1

Cozinha 2

QUANT.

ÁREA (m²)

Acervo

1

872 m²

155 m²

Midiateca

1

2.362 m²

1

169 m²

Biblioteca

1

2.823 m²

Conj. Sanit.

1

50 m²

1

646 m²

Salão de Exposição

1

926 m²

1

290 m²

TOTAL:

2.053 m²

AMBIENTES

Fluxograma

Foyer Hall Auditório DIRETOR TOTAL

BLOCO 3 AMBIENTES

QUANT.

ÁREA (m²)

Acervo

1

872 m²

Midiateca

1

2.362 m²

Biblioteca

1

2.823 m²

Foyer

1

646 m²

Hall

1

290 m²

Auditório

1

352 m²

TOTAL

ACESSO AO PÚBLICO

VICE DIRETOR

RECEPÇÃO1 SECRETARIA

352SALA m²DE DESIGN 7.375 m²

LAB. MULTIMÍDIA

SALA DE VISUAIS

SALA DE MUSICAIS

LAB. INFORMÁTICA

OFICINA

DEPÓSITO

ALMOXARIFADO

CONJ. SANIT.

COORD. PEDAGÓGICO

PROFESSORES COPA PROFESSORES ÁREA CONV. COB. SALA DE EXPO.

7.375 m²

MEDIATECA

BIBLIOTECA

ESPAÇOS DE CONV.

AMB. DE ESTUDO AUDITÓRIO

PRAÇA

DEP. MAT. LIMPEZA COMEDORIA

ESTACIONAMENTO

CONJ. SANIT. FUNC.

ACESSO AO PÚBLICO

EUGENIO, CAROLINE P., 2020.

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73


74

74


3 8,1

76

4,

13

75

6,

13

75

6,

13

75

0,

13

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IMPLANTAÇÃO - ESCALA 1/750

75

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PLANTA COTA 734 - ESCALA 1/500

76

76


PLANTA COTA 738 - ESCALA 1/500

77

77


PLANTA COTA 744 - ESCALA 1/500

78

78


LA RE SA PA S

PLANTA COTA 750 - ESCALA 1/500

79

79


13 6, 75

PLANTA COTA 756 - ESCALA 1/500

80

80


13 6, 75

PLANTA COTA 768 - ESCALA 1/500

81

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13 6, 75

PLANTA COTA 780 - ESCALA 1/500

82

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PLANTA SUBSOLO COTA 740 À 728 - ESCALA 1/500

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CORTE AA - ESCALA 1/400

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CORTE BB - ESCALA 1/400

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CORTE CC - ESCALA 1/400

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FACHADA RUA TURIASSÚ - ESCALA 1/400

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FACHADA AVENIDA SUMARÉ - ESCALA 1/400

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FACHADA DA ESCOLA E PRAÇA - ESCALA 1/400

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LAJE DE CONCRETO

DETALHE DA FACHADA PILAR MISTO

784,13 LAJE NERVURADA VIGA FAIXA LUMINÁRIA DE TETO

BRISE

780,13

GUARDA CORPO PORTA PAINEL TRELIÇA METÁLICA CAIXILHO JANELA

FACHADA VIDRO DUPLO 776,13 PILAR DE APOIO

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BIBLIOGRAFIA:

LYNCH, K. A Imagem da Cidade. 3 ed. Lisboa: Edições 70, 1999. GEHL, J. Cidade para Pessoas. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. HELLER, E. A Psicologia das Cores: Como as cores afetam a emoção e a razão. 1 ed. São Paulo, Gustavo Gili, 2013.

TESES/DISSERTAÇÕES: PIVATO, C. G. Arte e Transformação Social: Um Diálogo entre o Documantário “Lixo Extraordinário” e o Projeto “Janela Aberta”. 2012. Tese (Graduação de Licenciatura em Artes Visuais) - FAAL – Faculdade de Administração e Artes de Limeira, 2012. Disponível em: <https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/educacao/grupodeestudosepesquisaslinguagensexperienciaeformacao/3p-cristina_pivato_eliane_bacocina.pdf>. Acesso em: 1 de julho de 2020. FAVORETO, J. F. A Evasão Escolar na Educação Profissional: Uma análise junto à comunidade escolar da Etec de Nova Odessa/SP. 2016. Dissertação (Pós-Graduação em Stricto Sensu) - Centro Universitário Salesiano de São Paulo, 2016. Disponível em: <https://unisal.br/wp-content/uploads/2017/04/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Jo%C3%A3o-Francisco-Favoreto.pdf>. Acesso em: 2 de julho de 2020. MAGALHÃES, G. L; CASTIONI, R. Educação profissional no Brasil – expansão para quem?. 2018. Artigo. Instituto Federal de Brasília, Brasília, DF, Brasil, 2018. Universidade de Brasília, Brasilia, DF, Brasil, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-40362019002701647>. Acesso em: 3 de julho de 2020. LIMA FILHO, D.L. O Ensino Técnico-Profissional e as Transformações do Estado-Nação Brasileiro no Século XX. Florianópolis, 2002. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: <http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema6/0668.pdf>. Acesso em: 3 de julho de 2020. VASCONCELOS, T. A Importância da Educação na Construção da Cidadania. Saber (e) Educar. Porto: ESE de Paula Frassinetti. Nº 12 (2007). Disponível em: <http://repositorio.esepf.pt/handle/20.500.11796/714>. Acesso em 4 de julho de 2020.

SITES:

REFERÊNCIAS

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NORMAS:

PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo. São Paulo, 2014. PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de São Paulo. São Paulo, 2016. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janiero, 2015.

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CAROLINE PINHEIRO EUGENIO Universidade Paulista 2020

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