TFG - PARQUE LAVAPÉS

Page 1

PARQUE ACESSÍVEL E MULTISSENSORIAL

LAVAPÉS

1


parqu e ace ssí v e l e m u ltisse n so r ia l

lavapés

UNIVE R S IDA D E A NHA NGUE R A | A R QUITE TUR A E UR B A NISM O TR A B A L HO FINA L D E GR A D UA Ç Ã O II | MA IO 2 0 17 GUIL HE R ME D E C A RVA L HO D IA S | R A 5 6 6 0 12 5 7 88

PAR QUE ACES SÍV EL E SENSOR IAL LAVA PÉ S Mo no gr a fia a pr e s e nta da pa r a a d is c ipl ina d e tr a b a l ho final de graduação ii, c o mo r e q uis ito pa r c ia l pa r a a o b te nç ão d o gr a u d e b ac ha r el em arquit et ura e ur b a nis mo pe l a unive r s ida d e a nha ngue r a d e s ão pa ul o - cam p us unidade 3 sant o andré

O R IE NTA DORA: SIM ONE GATTI 2


agradecimentos A professora simone pela paciente orientação, conversas e ensinamentos que tanto agregaram a este trabalho. aos meus pais , pelo apoio e por acreditarem no meu sucesso. aos amigos da faculdade, almiro dias, guilherme fernandes, karen peres, kamila rossi, ligia silva e tamires lance pela amizade sincera e acolhedora, companheirismo, conversas, risadas e apoio durante esses 5 difíceis anos. somos uma grande família de arquitetos. Á vó aparecida. saudades.

3


RESUMO O trabalho apresentado traz a proposta de construção de um Parque Urbano Acessível e Multissensorial no Município de São Paulo, com intuito de atender não só os deficientes físicos, como a grande maioria dos projetos, mas promover a integração de deficientes físicos, visuais, auditivos, mentais, como também aqueles cujo não possuem nenhuma necessidade. Foram realizadas análises para desenvolvimento da proposta do projeto, sendo elas estudos de caso como referencias arquitetônicas, pesquisas da situação atual da região, conhecimento do programa de necessidades, fundamentos estatísticos, legislações e levantamentos in loco. O objetivo do projeto é a construção de um Parque Urbano com toda infraestrutura necessária para suprir a carência de espaços de lazer e atividades voltados para esse público especifico, mas que não os excluem da sociedade e sim os integram cada vez mais. Palavras-Chave: Parque Urbano, acessibilidade, sensorial, multissensorialidade, lazer, lavapés.

ABSTRACT The presented work brings the proposed construction of an Acessible and Multisensoriality Urban Park in São Paulo, in order to meet not only the physically disabled, as the majority projects, but to promote the integration of physically, visual, auditory and mental disabled, as well those which have no need. Analyses were performed for development of the project proposal, and they case studies as architectural references, research the surrent situation in the region, knowledge of the needs program, statistical foundations, legislation and surveys in situ. The aim of the project is the construction of an Urban Park with all necessary infrastructure to meet the shortage of leisure facilities and activities aimed at this specific audience, but that does not exclude them from society, but integrated them. Keywords: Urban Park, accessibility, sensory, Multisensoriality, leisure, Lavapés.

4


CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO E DIRETRIZES 1.1 Introdução - 6 1.2 Objetivo Geral - 6 1.3 Objetivos Específicos - 6 1.4 Justificativa do Projeto - 6 1.5 Metodologia - 7 CAPÍTULO 3 – REFERENCIAIS PROJETUAIS 3.1 Parque Victor Civita - 32 3.2 Projeto ALPAPATO – Anna Laura Parque Para Todos - 34 3.3 Toa Payoh Sensory Park - 36 CAPÍTULO 5 - CADERNO DE PROJETO - 47 ZONEAMENTO - 48 REMODELAÇÃO TOPOGRÁFICA - 49 ACESSOS - 50 CIRCULAÇÃO - 51 IMPLANTAÇÃO - 52 CORTES - 53 PISOS E ELEMENTOS - 55 PAISAGISMO - 56 AMPLIAÇÃO SETOR SENSORIAL - 58 AMPLIAÇÃO PLAYGROUND - 59 CICLOVIA - 60 ACESSIBILIDADE - 64 DRENAGEM - 73 CENTRO DE ATIVIDADES - 76 PERSPECTIVAS ELETRÔNICAS - 82 CAPÍTULO 7 - COMUNICAÇÃO VISUAL - 97 INTRODUÇÃO - 98 DIRETRIZES - 98 APRESENTAÇÃO - 98 REDUÇÃO E CAMPO DE PROTEÇÃO - 98 CORES - 98 PADRÃO TIPOGRÁFICO - 98 MALHA DE CONSTRUÇÃO - 99 SINALIZAÇÃO - 100

sumário

CAPÍTULO 2 – DIAGNÓSTICO 2.1 Parque Urbano no Brasil - 9 2.2 Parque Urbano em São Paulo - 13 2.3 Funções, Conceitos e Tipos - 15 2.4 Histórico da Região -Mooca - 16 2.5 A escolha do terreno - 20 2.6 Operação Urbana Bairros do Tamanduateí - 20 2.7 I nserção Urbana - 20 2.8 Condicionantes Físicos e Ambientais - 29 2.9 Condicionantes Legais - 30 CAPÍTULO 4 – O PROJETO 4.1 Premissas Projetuais - 39 4.1.1 Contaminação - 39 4.1.2 Acessibilidade - 39 4.1.3 Sensorialidade - 39 4.1.4 Potencial Paisagístico - 41 4.2 Programa de Necessidades - 41 4.3 Conceito e Partido - 42 4.4 Setorização Preliminar - 42 CAPÍTULO 6 - MEMORIAL DESCRITIVO - 90 LOCALIZAÇÃO - 91 HISTÓRICO DA ÁREA - 91 CONTEXTO URBANO - 91 DIRETRIZES DE PROJETO - 91 DIVISÃO POR SETORES - 92 REMODELAÇÃO TOPOGRÁFICA - 92 IMPLANTAÇÃO - 92 PISOS E ELEMENTOS - 92 CALÇAMENTOS - 92 MOBILIÁRIO - 92 SKATEPARK - 93 PLAYGROUND - 93 EQUIPAMENTOS A.T.I - 93 VIVEIRO - 94 CENTRO DE ATIV. - 94 SANITÁRIOS - 94 CONCHA ACÚSTICA - 94 JORNADA SENSORIAL - 94 CICLOVIA - 95 ACESSIBILIDADE - 95 DRENAGEM - 96 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 104

ANEXOS - 107

5


1.1 INTRODUÇÃO

Payoh, que trouxe uma inovação para os parques urbanos ao aplicar os 5 sentidos humano em sua O crescimento urbano vem somando ao longo totalidade. Esses estudos foram primordiais para a do tempo, implicações e adequações às cidades elaboração da proposta preliminar do projeto, sendo brasileiras. Junto com esse crescimento, e analisando fonte de referências arquitetônicas de cada local. a dinâmica da produção de espaços edificados e livres no século XXI, verifica-se no parque urbano uma O local escolhido para a implantação do projeto alternativa de promover o bem-estar social através foi o bairro Cambuci. O bairro está inserido na da interação entre esses espaços construídos, zona de qualificação urbana e o terreno inserido podendo ajudar nas problemáticas encontradas na em ZEIS-3, no qual explica melhor no capítulo 2 cidade atual. – diagnóstico. O terreno que antes abrigava um grupo de galpões da antiga empresa LIGHT, hoje Pensando nessa problemática e nessas soluções, encontra-se contaminado, o que trouxe uma grande o trabalho apresentado mostra a situação atual dificuldade e necessidade de estudos aprofundados do município de São Paulo em relação ao tema sobre a questão. O projeto preza pela melhoria na abordado, expondo índices populacionais de pessoas vida dos habitantes do entorno imediato (bairro) com deficiências e a relação delas com os parques como também toda a população do município de urbanos do município. Avalia também, a possibilidade São Paulo e municípios vizinhos. de utilizar os 5 sentidos humano em um projeto arquitetônico, mostrando quais as sensações que 1.2 OBJETIVOS GERAIS cada sentido tem em nosso corpo e como isso pode ser benéfico para a população atual, composta por Projetar um Parque Urbano Multissensorial, Acessível deficientes ou não. e Inclusivo, contendo equipamentos e atividades voltadas para o público em geral, portadores de Para a elaboração desse projeto foram executados necessidades especiais ou não, relacionando-os estudos de caso, no Parque da Mooca, integrante ao estimulo dos 5 sentidos humano, contribuindo do projeto ALPAPATO, cujo intuito foi avaliar a sua para a melhora da saúde física e mental de seus acessibilidade. Na Praça Victor Civita, a fim de frequentadores. analisar como um projeto em solo contaminado se tornou viável. E por fim o Parque Internacional Toa

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS A proposta é a criação de um ambiente onde todos podem ter um bom aproveitamento dos equipamentos, não gerando assim, a exclusão de uma parcela da sociedade. Além de trazer melhoria para a infraestrutura urbana local, uma vez que utilizará um terreno baldio, garantido uma melhor qualidade de vida para o bairro. O projeto preza pela identificação e criação de elementos que desenvolvam os sentidos humano do público alvo, sendo eles: visão, olfato, tato, audição e paladar. Desenvolvendo assim, soluções arquitetônicas que promovam a humanização da cidade, sendo elas: • Boa acessibilidade regional • Recuperação de áreas contaminadas • Qualificar a cidade para pessoas com necessidades especiais • Aumentar áreas verdes, equipamentos e espaços urbanos 1.4 JUSTIFICATIVA A ideia de projetar um Parque Urbano Multissensorial, Acessível e Inclusivo surgiu a partir da vivência em parques da cidade e também do estudo da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, onde se é proposto mais habitação, devido ao alto percentual de moradores da região. De acordo com dados da prefeitura de São Paulo a região possuía em 2010 (Data do ultimo senso do IBGE) um total

Imagem 1 - Foto Panorâmica, Bairro do Cambuci - SP. Foto: Erico Reale Galindo 6


de 139.648 habitantes, com estimativa de 251.873 habitantes em 2040, dando um total de 235 hab/ha. Também na OUC Bairros do Tamanduateí, se prevê mais áreas verdes para a região, onde no local escolhido para a implantação do projeto, está previsto a implantação do Parque Eletropaulo, que recebeu esse nome devido a área pertencer em seu passado, ou grupo distribuidor de energia de mesmo nome. De acordo também com a CETESB, em laudo de Dezembro/2013 Disponível em seu site, a área encontra-se em processo de remediação, tanto do solo superficial como das água subterrâneas, que foram contaminadas por metais, solventes halogenados, solventes aromáticos, PAHs e PCBs. Sendo assim , a construção de uma área verde seria de grande ajuda para o processo de remediação que já se prolonga por tantos anos. Outra justificativa, se baseia na questão da população com deficiência, que no último senso do IBGE em 2010, apontou que em SP, 22,66% da população possui algum tipo de deficiência, sendo elas: visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Depois de olhar para as pessoas com deficiência, devemos pensar em seu cotidiano, em como essa pessoa se locomove e como ela utiliza os equipamentos públicos existentes no município de SP. Atualmente, SP possui 107 parques, divididos entre urbanos, lineares e naturais e nenhum deles possui a acessibilidade como principal fator norteador de seus projetos. Quando possui algum tipo de acessibilidade, essa se dá somente no passeio

público do entorno. Ainda falando de parques, existe um projeto chamado ALPAPATO – Anna Laura Parque Para Todos, que é um projeto social, onde projetos de parques completos ou apenas de playgrounds acessíveis são doados aos parques já existentes. Esse projeto, trouxe para o município o primeiro parque acessível que fica situado na região da MOOCA, feito para as crianças da AACD local. Porém esse projeto foca apenas em deficiência motora e/ ou mental, sendo assim, continua excluindo uma parcela da população. Por isso a criação de um parque cujo o fator norteador do projeto seja a acessibilidade universal, onde todas as deficiências são incluídas, se faz tão importante. Um município tão grande como o de SP, deveria dar mais atenção aos seus munícipes especiais quando falamos em entretenimento.

Serão feitos ao longo do trabalho, estudos de casos de parques cujo o principal objetivo seja igual, ou próximo do tema de trabalho, esses estudos de caso englobam pesquisas tanto em livros e internet, como em área, com visitas in loco. O resultado desse estudo será a elaboração de um Parque Urbano Multissensorial, Acessível e Inclusivo em um dos principais eixos da cidade de SP. O Parque terá a função de incluir as pessoas em uma realidade que atualmente poucos usufruem. Um Parque em uma cidade tão grande, não pode ser exclusivo para pessoas com ou sem deficiência, mas sim inclusivo onde qualquer um possa tirar proveito do mesmo ambiente.

1.5 METODOLOGIA Para o presente projeto se fez necessário o estudo sobre a Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, uma vez que o terreno escolhido encontra-se dentro de sua área de abrangência. Assim como também os problemas enfrentados pelos munícipes com pouca ou grande deficiência e métodos de remediação de áreas contaminadas, pois o terreno era de propriedade da Eletropaulo, onde o armazenamento de substâncias e objetos durante demasiado tempo, acarretou em sua contaminação.

7


CAPÍTULO 2 - DIAGNÓSTICO

passeio público do rio de janeiro

imagem 2 - Foto portão de acesso ao passeio público - rj. Foto: halley pacheco de oliveira 8


2.1 O PRIMEIRO PARQUE URBANO NO BRASIL O primeiro espaço público com características de um parque no Brasil foi o Passeio Publico do Rio de Janeiro. O espaço foi construído entre 1779 e 1783 e foi o primeiro jardim público da cidade e do país. Até então, os únicos espaços cujo os pedestres podiam utilizar eram apenas pequenas hortas e canteiros e os únicos jardins eram discretos e privados. "Não havia a cultura européia dos grandes jardins, que eram uma afirmação de poder da nobreza e da burguesia. É algo fora da nossa cultura", afirma Claudio Toulouis¹. Antes de o espaço público ser projetado e construído, no séc XVIII existia a Lagoa Boqueirão da Ajuda, a única lagoa existente no Rio de Janeiro no período colonial. Como naquela época não havia saneamento básico, o Boqueirão da Ajuda era utilizado para o despejo dos dejetos da população. Mesmo com tamanha insalubridade, o Boqueirão era usado para banho, por algumas pessoas, como se observa na tela de Leandro Joaquim, onde crianças se divertem na água, em meio a bois, e lavadeiras.

IMAGEM 3 - Boqueirão passeiopúblico.com

da

Ajuda

-

RJ.

Fonte:

a pouca distância à sudoeste da lagoa. No local aterrado o vice-rei decidiu criar um jardim público, o qual foi o primeiro parque ajardinado do Brasil. O vice-rei, atribuiu ao Mestre Valentim da Fonseca e Silva (1745-1813)² a tarefa de aterrar a lagoa e construir o Passeio Público. Valentim era considerado o melhor escultor do Rio na época e construiu o Passeio Público entre 1779 e 1783. Como havia falta de recursos públicos e trabalhadores para a obra, o Vice-Rei decretou um recrutamento na cidade de forma que todos os “vadios da cidade” fossem presos na Fortaleza da Ilha das Cobras. Dentre os presos, aqueles que sabiam um ofício foram obrigados a trabalhar, de forma que o rendimento destes fossem vendidos e usados para financiar a obra, juntamente com o dinheiro proveniente da renda do Calabouço (prisão de escravos criada pelo vice-rei no local do atual Museu Histórico Nacional), através de uma taxa que os proprietários de escravos pagavam para mandar açoitar os que não seguissem as regras. Segundo trabalho publicado por Claudio Taulois (“A Esfinge Carioca”, Mais Passeio, Ano 2, Nº 21, Dezembro de 2003), Os “vadios” que não tinham ofício eram obrigados a trabalhar nas obras públicas. O aterro da lagoa do Boqueirão da Ajuda criou uma área equivalente a 200.000m², o que promoveu o povoamento daquela região e a abertura das ruas do Passeio e das Belas Noites (atual Rua das Marrecas). Valentim não trabalhou apenas como supervisor e autor da planta do Passeio, mas também confeccionou todas as peças de arte, inclusive as de metal, as primeiras fundidas no Brasil (na Casa do Trem, também no atual Museu Histórico Nacional). O Passeio Público era fechado por um muro alto, tendo janelas com balaústres de madeira e grades de ferro e era ornado na parte superior com vasos de cantaria (pedra esculpida). Na sua fachada principal havia dois pilares de pedra lavrada, que davam sustentação a um portão de entrada em ferro forjado em estilo rococó, tendo no alto o brasão com as armas reais e as efígies (representação em forma de escultura, pintura ou moeda) dos reis de Portugal; este muro servia para evitar que as esculturas ali existentes fossem depredadas.

Após um surto na época conhecido como Zamparina e que foi atribuído à lagoa, o vice-rei do Brasil Don Luís de Vasconcelos e Souza (1778-1790) determinou o aterro da lagoa, desobstruindo assim, o único obstáculo que impedia a ligação da cidade com a Zona Sul. O aterro foi feito com material proveniente do antigo Morro das Mangueiras, onde fica a atual Rua Visconde de Maranguape, na Lapa, O PROJETO DE VALENTIM

O jardim era em estilo francês e tinha a forma de um trapézio. No seu interior foram instalados mesas e bancos. As duas alamedas principais formavam uma cruz, com uma grande praça no centro. No fundo do jardim, quatro escadas de pedra levavam a um terraço, que se debruçava sobre a baía da Guanabara. Esse terraço, possuía cerca de 10m de largura e tinha piso de mármore policromado. Junto ao parapeito, Valentim construiu sofás de alvenaria, revestidos por azulejos de inspiração mourisca (Antiga fábrica situada em Portugal). O terraço era cercado por um guarda corpo de bronze e contava com uma iluminação especial, fornecida por lampiões de óleo de peixe. A alameda central ia do Portão de entrada à Fonte dos Amores e a quatro escadas de pedra, que levavam a este terraço. Na Fonte dos Amores havia uma pequena cascata onde se encontravam três aves de bronze, sobre pedras e entre plantas, que jorravam água pelos bicos. No centro desta mesma cascata, junto a dois jacarés de bronze, entrelaçados, e que também jorravam água pelas mandíbulas, para um grande tanque de pedra gnaisse, tinha um coqueiro de ferro, com seus frutos, todo pintado, para parecer real. Ao fundo ficava uma cartela com as armas de D. Luís de Vasconcelos. Subindo-se em direção ao terraço, havia nas costas da Fonte dos Amores, a Fonte do Menino, que era composta por um menino de mármore segurando um cágado, que por sua vez lançava água para um barril de granito. Quanto à planta, o Passeio foi classificado como hexágono irregular ou trapezoidal, que para a época era considerado irregular e pouco clássica para o período em que foi construído, sendo apelidado de “símbolo do fracasso”. As formas que eram aceitas na época, eram formas uniformes como o quadrado, o círculo, o retângulo e o octógono. No Passeio dos tempos de Valentim foram plantadas espécies vegetais diversas como mangueiras, oitizeiros, palmeiras, amendoeiras e até uma araucária, sendo ¹ DE AZEVEDO TAULOIS, Cláudio José. O passeio público setecentista, a cidade e a memória além-mar: traçado urbano e traça do jardim. 2003. Tese de Doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-Universidade Federal do RJ. ² Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (Serro, Minas Gerais, c. 1745 — Rio de Janeiro, 1813), foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no RJ.

9


O reconhecimento do valor histórico e artístico do Passeio Público foi decretado com o tombamento em 1938, pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com destaque para o conjunto do Portão Principal, o do Chafariz dos Jacarés (a Fonte dos Amores) e o par de obeliscos. E com a Carta de Florença, de maio de 1981, do Comitê Internacional de Jardins e Sítios Históricos – UNESCO, o Passeio Público se firmou como jardim histórico. A partir de então, a conservação devera ser a maior preocupação em relação ao parque, devido aos danos causados pela ação do tempo e pela utilização do bem patrimonial, que necessitam ser amenizados através de medidas preventivas, no tratamento desse monumento de grande valor.

IMAGEM 5 - Planta do Passeio Público. Fonte: passeiopublico.com

considerado por muito tempo o “Jardim Botânico Brasileiro”. (TAULOIS, Claudio José de Azevedo . O terraço do Passeio Público do Rio de Janeiro: uma aproximação da cidade com o mar. In: VII Encontro Nacional de Esino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo, 2004, Belo Horizonte MG. Anais do VII ENEPEA, 2004.) IMAGEM 7 - Teatro Cassino Fonte: http://ashistoriasdosmonumentosdorio.blogspot.com.br/

IMAGEM 6 - Redesenho do Passeio Público. Fonte: passeiopublico. com

10


A EVOLUÇÃO DO PASSEIO PÚBLICO

IMAGEM 8 - Passeio Público no SÉC. XIX Fonte: passeiopublico. com

IMAGEM 10 - Passeio Público em 1930 Fonte: passeiopublico.com

IMAGEM 12 - Passeio Público em 2016 Fonte: google street view

IMAGEM 9 - Passeio Público em 1906 Fonte: passeiopublico.com

IMAGEM 11 - Passeio Público em 1986 Fonte: passeiopublico.com

IMAGEM 13 - Passeio Público em 2016 Fonte: google street view

11


CAPÍTULO 2 - DIAGNÓSTICO

parque jardim da luz

imagem 14 - Foto parque jardim da luz - sp. Foto: guilherme de carvalho dias 12


2.2 O PRIMEIRO PARQUE URBANO EM SÃO PAULO seu visual e acompanhar a evolução da cidade conforme o tempo passava. Junto com o crescimento A ORDEM RÉGIA da cidade, milhares de novos habitantes foram tomando os terrenos ainda vazios, tendo o jardim Conforme Ricardo Ohtake e Carlos Dias (2011, p. como o único local de lazer, condição essa favorecida 24), uma ordem régia³ de 19 de dezembro de 1798 pela implantação de diversas linhas de bonde que determinou que fossem criados três viveiros de passavam próximos ao jardim, facilitando sua plantas: Um no Recife, um no Rio de Janeiro e um utilização. Com a sua modernização, as atividades em São Paulo. Mello Castro, o capitão-general da no jardim se intensificaram: musica no coreto, época na cidade de São Paulo, ordenou a criação do quermesses, exibição de inovações tecnológicas e horto botânico, que se tornaria um viveiro de mudas manifestações políticas eram eventos que sempre de árvores exóticas e nativas para futura reprodução ocorriam por ali. e distribuição entre os agricultores da região. O Nesse mesmo tempo, São Paulo viveu o apogeu horto foi construído em um terreno público doado da cafeicultura, onde cada vez mais os imigrantes pela Câmara de São Paulo, esse terreno continha chegavam às dezenas e a população já se aproximava uma área inicial de 22m x 44m. O início das obras dos 190 mil habitantes. Com esse crescimento da do horto só fora possível devido recursos doados cidade e da população, o Jardim da Luz, passou a de doze cidadãos, totalizando 6.906 réis (moeda da ser considerado um Parque Urbano, pois já estava época). cercado de edificações, reformado, modernizado, Foi então, em 1825, na gestão de Monteiro de Barros, vivia seu auge por continuar sendo o principal e único que o horto passou por diversas reformas para então centro de lazer público da cidade e acompanhou o ser transformado em passeio publico, sendo aberto prolongamento até o final da década de 1920 da em 29 de outubro de 1825, sendo muito frequentado cafeicultura. Nessa mesma época, o Parque se tornou pela população, pois a destinação de uma área cartão-postal símbolo da cidade. Os imigrantes ainda verde cuidadosamente projetada para a utilização chegavam em grandes quantidades e já vinham com do publico era uma grande novidade que chegava o referencial do parque em suas mentes, como a em São Paulo vinda da Europa e já implantada no principal forma de lazer e integração da população, Rio de Janeiro, que desde o século XVI construía uma vez que ali, as diferentes colônias que chegavam, amplos jardins junto aos palacetes da aristocracia. traziam consigo suas festividades tradicionais, sua Inicialmente, o passeio publico era utilizado apenas língua, vestimentas, comidas típicas, musicas, entre aos finais de semana e feriados, principalmente quando havia algum evento cultural na cidade, como apresentações de musica, que era muito comum na época. Sua evolução arquitetônica e paisagística foi lenta, nos primeiros 35 anos, sofreu constantemente com a falta de recursos. Nessa fase, as principais novidades foram a instalação de grades e o plantio de novas espécies de arvores, pois continuava sendo um horto botânico, tendo sua primeira grande reforma somente após a doação de parte do seu terreno para a construção da ferrovia e futura estação da luz. A chegada dessa ferrovia iniciou uma nova fase para o Jardim da Luz, que passou a ser chamado de “a porta de entrada da cidade” e devido a isso, IMAGEM 15 - Cartão Postal Jardim da Luz. Fonte: Jardim da Luz: várias reformas foram realizadas a fim de melhorar Um museu a céu aberto, pág 22.

tantas outras coisas de suas culturas. A PRIMEIRA REFORMA A ultima mudança da época ocorrida no parque, veio através do então prefeito Antônio Prado, membro de uma das famílias mais ricas do estado, que, ao visitar o parque, não gostou do seu estilo por achar muito provinciano. Com isso, iniciou uma grande reforma do parque. Dentre as alterações podem ser destacadas a introdução de gramados e canteiros a moda inglesa, e uma seleção de plantas e flores consideradas mais refinadas do que as encontradas na época. Foi nessa fase em que o coreto, a casa de chá, o quiosque da sorveteria e a nova casa do administrador foram criadas. Para atrair mais atenção ao parque, o prefeito também criou em seu interior, o primeiro zoológico da cidade de São Paulo. A reforma do parque tomou maiores proporções e passou a incorporar projetos nos locais próximos ao local, onde houve a criação da praça da república e o plantio de árvores frutíferas pela cidade. (OHTAKE, p. 91)

IMAGEM 16 - Estação da Luz. Fonte: Jardim da Luz: Um museu a céu aberto, pág 23.

³ Ordem Régia é o nome dado ao documento oficial assinado por um monarca que segue para uma autoridade sem passar pela chancelaria (Ministros), geralmente contendo determinações gerais e permanentes.

13


DA REFORMA AO ABANDONO Junto com a Revolução de 1930, o Parque começou a perder suas atrações. O zoológico, que fora o primeiro da cidade, foi desativado e alguns animais devolvidos aos locais de origem, outros foram transferidos para onde se encontra o atual Parque da Água Branca. Outra mudança que marcou o parque, foi a retirada das grades que o protegiam, transformando suas características de um parque público para um passeio publico, tornando-se um grande corredor por onde os pedestres cortavam caminho para chegar até a estação da Luz. Em 1931, o viveiro de plantas foi deslocado para o Viveiro Manequinho Lopes, no atual Parque do Ibirapuera, onde se encontra até hoje. Nos anos seguintes, o passeio perdeu duas grandes áreas, sendo a primeira delas destinada à construção de uma escola e a segunda, cedida para o aumento da Rua Prates e a Rua Ribeiro de Lima. Com todas essas perdas, paralelamente deu inicio a uma lenta e progressiva degradação da região da Luz, reflexo da crise existente na época. Tendo como agravante a construção do novo terminal ferroviário, intensificando cada vez mais o movimento na região. As moradias começaram a dar espaço para o comércio e pequenas industrias de roupas. Ainda na mesma época, começaram a surgir noticias referentes a degradação do parque, mostrando seu abandono e o aumento da criminalidade que deixara de ser apenas no entorno para adentrar os caminhos do parque. Com isso, o parque deixou de ser a referência da cidade, passando para um simples parque de bairro, situado no centro da cidade, que a essa altura, já começara a construir novos parques. (OHTAKE, p. 126)

parque passou a ter uma nova abordagem. Partindo da constatação de que o parque seria um museu a céu aberto, onde suas edificações, seu paisagismo, flora e fauna, possuem inúmeras historias e formam um acervo permanente de um espaço cultural e de lazer, o seu restauro era inevitável. Se fez então a adoção de novos padrões de manutenção, manejo e segurança do parque, pois era fundamental retomar a sua historia, trazendo de volta o parque referencia da cidade. (OHTAKE, p.151)

A EVOLUÇÃO DO PARQUE JARDIM DA LUZ

IMAGEM 17 - Jardim da Luz em 1887. Fonte: skyscrapercity.com

IMAGEM 19 - Jardim da Luz em 2000. Fonte: Jardim da Luz: Um museu a céu aberto. Pag. 32

IMAGEM 18 - Jardim da Luz em 1910. Fonte: skyscrapercity.com

IMAGEM 20 - Jardim da Luz em 2015. Fonte: Guilherme de Carvalho Dias

A LUZ REACENDE Em 1972, o parque passou a ser administrado pelo DEPAVE, Departamento de Parques e Áreas Verdes do Município de São Paul e em 1981 foi tombado pelo CONDEPHAAT e em 2000 pelo IPHAN. Após o seu tombamento e com a gestão de Ricardo Ohtake como secretario do verde e do meio ambiente da cidade, o

14


2.3 FUNÇÕES, CONCEITOS E TIPOS De acordo com o Art. 8º, § 1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006, considera-se área verde de domínio público: "o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização".

As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. Essas áreas verdes estão presentes numa enorme variedade de situações: em áreas públicas; em áreas de preservação permanente (APP); nos canteiros centrais; nas praças, parques, florestas e unidades de conservação (UC) urbanas; nos jardins institucionais; e nos terrenos públicos não edificados. Exemplos de áreas verdes urbanas são: praças; parques urbanos; parques fluviais; parque balneário e esportivo; jardim botânico; jardim zoológico; alguns tipos de cemitérios e faixas de ligação entre áreas verdes. Iniciamos então, a separação dessas áreas pela conceituação desenvolvida por Richter (1981 apud GERALDO, 1997, p. 40) o qual propõe a seguinte classificação: • Jardins de representação e decoração: Ligados à ornamentação, de reduzida importância com relação à interação com o meio e sem função recreacional. São jardins à volta de prédios públicos, igrejas etc; • Parques de vizinhança: Praças, playground – apresentam função recreacional, podendo abrigar alguns tipos de equipamentos; • Parques de bairro: São áreas ligadas à recreação, com equipamentos recreacionais, esportivos dentre outros, que requerem maiores espaços do que os parques de vizinhança; • Parques setoriais ou distritais: Áreas ligadas à recreação com equipamentos que permitam que tal

atividade se desenvolva; • Áreas para proteção da natureza: Destinadas à conservação, podendo possuir algum equipamento recreacional para uso pouco intensivo; • Áreas de função ornamental: Áreas que não possuem caráter conservacionista nem recreacionista – são canteiros de avenidas e rotatórias; • Áreas de uso especial: Jardins zoológicos e botânicos; • Áreas para esportes; • Ruas de pedestres: Calçadões. AS FUNÇÕES DAS ÁREAS VERDES PÚBLICAS URBANAS A sociedade possui diversas vantagens quando falamos de áreas verdes urbanas de uso público e suas funções. Segundo Guzzo (1999, p. 1 - 2), podemos separar essas vantagens em três grupos: ecológica, estética e social. • Ecológica: quando os elementos naturais que compõem esses espaços minimizam os impactos decorrentes da industrialização; • Estética: está pautada, principalmente, no papel de integração entre os espaços construídos e os destinados à circulação; • Social: está diretamente relacionada à oferta de espaços para o lazer da população. As áreas verdes urbanas são se extrema importância para a qualidade da vida urbana. Elas agem simultaneamente sobre o lado físico e mental do Homem, absorvendo ruídos, atenuando o calor do sol; se torna um eficaz filtro das partículas sólidas em suspensão no ar, contribui para a formação e o aprimoramento do senso estético, entre tantas outras funções listados abaixo: (LOBODA, C. R.; DE ANGELIS, B. L. D. p. 134)

• Ação purificadora por reciclagem de gases em processos fotossintéticos; • Ação purificadora por fixação de gases tóxicos; • Ação purificadora por fixação de poeiras e materiais residuais. Equilíbrio solo-clima-vegetação: • Luminosidade e temperatura: a vegetação, ao filtrar a radiação solar, suaviza as temperaturas extremas; • Enriquecimento da umidade por meio da transpiração da fitomassa (300 – 450 ml de água/ metro quadrado de área); • Umidade e temperatura: a vegetação contribui para conservar a umidade dos solos, atenuando sua temperatura; • Redução na velocidade dos ventos; • Mantém a permeabilidade e a fertilidade do solo; • Abrigo à fauna existente; • Influencia no balanço hídrico. Atenuante dos níveis de ruído: • Amortecimento dos ruídos de fundo sonoro contínuo e descontínuo de caráter estridente, ocorrente nas grandes cidades. • Transmite bem-estar psicológico, em calçadas e passeios; • Quebra da monotonia da paisagem das cidades, causada pelos grandes complexos de edificações; • Valorização visual e ornamental do espaço urbano; • Caracterização e sinalização de espaços, constituindo-se em um elemento de interação entre as atividades humanas e o meio ambiente.

Composição atmosférica urbana: • Redução da poluição por meio de processos de oxigenação – introdução de excesso de oxigênio na atmosfera; • Purificação do ar por depuração bacteriana e de outros microorganismos; 15


2.4 HISTORICO DA REGIÃO – CAMBUCI O bairro do Cambuci surgiu de uma grande chácara, denominada Chácara da Glória e foi oficialmente criado em 19 de Dezembro de 1906, pela Lei 1040 B. O distrito de Cambuci tem aproximadamente 27.000 habitantes e é composto pelos bairros de Vila Deodoro, Mooca (um pedaço) e Cambuci - ao todo tem uma área de 3,9 km2. (ALVES, Danilo Janúncio, Banco de Dados da Folha, Acervo Online) Desde o século 16, o Cambuci já era um conhecido caminho de tropeiros e viajantes que iam e vinham de Santos, utilizando o antigo Caminho do Mar que entravam na cidade pela baixada da Glória, e passavam pelo Córrego do Lavapés. Isso o determina como um dos bairros mais antigos da cidade de São Paulo. Justamente o córrego Lavapés leva este nome por ter sido, na época, o local onde os viajantes lavavam os pés e descansavam por algum tempo, dando comida e água aos animais de carga. Antes de entrarem na cidade, era muito importante o ato de "lavar os pés", de se banhar, visto que, depois de um longo e suado percurso, os mesmos haveriam de entrar na igreja, respeitosamente limpos. No passado, este córrego era um limite considerado a divisa entre a cidade urbanizada e a zona rural. Hoje em dia esse córrego deu espaço a famosa rua que seguiu com o mesmo nome: Rua dos Lavapés. Tudo começou no século XVI, quando em 1556 os padres, que foram os primeiros a chegar, ergueram uma ponte sobre o rio Tamanduateí (Tometeri). Com o nome inicial de Arraial de Nicolau Barreto, o Cambuci seguiu rural e na função de passagem de bandeirantes e jesuítas para o litoral até que, nos anos de maior imigração, a paisagem começou a mudar. A partir dessa transposição do rio, acelerouse o adensamento da área que foi gradualmente incorporando-se à cidade. O desenvolvimento urbano do bairro está associado à história econômica de São Paulo e as rápidas transformações que nas décadas finais do século XIX e a primeira metade do século XX, fizeram da capital paulistana uma grande metrópole industrial. Esse desenvolvimento se dá através de 3 principais pilares, sendo eles: (ARAÚJO, Maria Célia Soares, 1969, p. 25)

• A Revolução Industrial: A partir do final do século XVIII houve um crescimento econômico sem precedentes na Europa e nos Estados Unidos isto devido ao aperfeiçoamento da energia à vapor, que passou a ser empregada na indústria têxtil, no transporte através da ferrovia e na navegação marítima. Os custos foram reduzidos e novos mercados foram abertos.

imigrante que aportava em Santos e era trazida para a Casa da Imigração (hoje Museu dos Imigrantes). Os operários e suas famílias se instalavam nas proximidades de seus empregos e impulsionavam o comércio local. Após a primeira guerra mundial a industrialização de São Paulo ganhou novo impulso, acarretando a ampliação do parque industrial desta região.

A REVOLUÇÃO DE 1924 SEGUNDO ILKA STERN • O café: Na segunda metade do século XVII, COHEN o comércio internacional apresentou uma novidade. Era o café, originário da Etiópia, onde era consumido Oficiais do exército contrários ao governo do na forma de bebida desde a Antiguidade, que havia então Presidente da República, Arthur Bernardes, atravessado o mar Mediterrâneo para ganhar o deflagraram um movimento nacional que, em São mundo nos séculos seguintes. As primeiras mudas Paulo, resultou na derrubada do então Prefeito, de café, o nome popular da Coffea arábica, arbusto Carlos de Campos. O Governo Federal reagiu e da família das rubiáceas, chegaram ao Brasil vindas acabou massacrando a população da cidade. A da Guiana Francesa, em 1727, pelas mãos do oficial revolta demorou 23 dias e deixou como saldo 503 e aventureiro português Francisco de Mello Palheta. mortos e 4846 feridos, em sua grande maioria civis. Os bairros do Cambuci, Mooca, Belenzinho e Braz • A imigração: Desencantados com o trabalho foram os primeiros a sofrer as consequências nas fazendas de café, ainda administradas com dessa Revolução. Em desespero, os moradores mentalidade escravocrata, os imigrantes foram para começaram a abandonar suas casas e as famílias a capital e se instalaram no bairro do Brás, Mooca mais ricas procuravam sair da cidade, com destino a e Cambuci. Destes, cerca de 100 mil integravam Santos, Jundiaí, Campinas e outras cidades. Muitos, a nova classe operária paulistana, empregada não tendo onde se abrigar, acampavam ao ar livre, principalmente nas indústrias têxteis e alimentícias, armando barracas improvisadas em locais ermos que influenciaram os movimentos operários dos bairros. reivindicatórios. Segundo Eduardo Dias, no seu livro: O dia 13 de julho de 1924, foi particularmente Um Imigrante e a Revolução, na confluência das dramático para os paulistanos, especialmente para os Ruas Oratório-Mooca-Avenida Paes de Barros (Praça moradores da zona leste. Os bairros foram atingidos Vermelha), os comícios eram coisas de impressionar, por um canhoneiro tão pesado que as ruas ficaram tal o grau de politização dos trabalhadores da época. repletas de cadáveres. Os coveiros não davam conta de cavar sepulturas para enterrar todos os mortos, Fator importante para o desenvolvimento, foi à o que levou muitas famílias a enterrar os mortos instalação de duas ferrovias: em 1868 a São Paulo nos quintais de suas casas. Não satisfeitos com Railway (Estrada de ferro- Santos Jundiaí), ligando o massacre anterior, em 23 de julho, dois aviões São Paulo ao porto de Santos e em 1875, a Estrada carregados com bombas começaram a sobrevoar a de Ferro do Norte (o trecho paulista da estrada de cidade para evitar a artilharia dos rebeldes. ferro Central do Brasil), ligando São Paulo ao Rio de Janeiro. As áreas próximas das ferrovias foram às preferidas pelas indústrias, já que o transporte das matérias-primas e combustíveis importados, bem como a produção para fora de São Paulo, dependia dos trens. Essas indústrias utilizavam a mão-de-obra

16


imagem 22 - vítimas da revolução paulista de 1924. Foto: http://revolucaobrasileirade1924. blogspot.com.br/

imagem 21 - moradia atingida na revolução paulista de 1924. Foto: http:// revolucaobrasileirade1924.blogspot.com.br/

imagem 23 - moradia atingida na revolução paulista de 1924. Foto: http://revolucaobrasileirade1924.blogspot.com.br/ 17


PÓS REVOLUÇÃO Em 1925, as principais vias do bairro ainda não possuíam calçamento. A primeira rua urbanizada foi a Conselheiro João Alfredo, no bairro da Mooca. Apesar de já existirem carros a motor, ainda eram muitos os veículos a tração animal. O próprio corpo de bombeiros e os carros de segurança da Light (companhia de energia elétrica da época) moviamse a tração animal. Mas não demorou muito para o Cambuci e seus bairros vizinhos ganharam o bonde “camarão” (Bondes que eram fechados por postar e janelas, se assemelhando aos ônibus atuais). Na década de 30, São Paulo passou a ter um crescimento maior e os bairros continuavam a acompanhar este ritmo. Nessa década, a iluminação pública foi trocada pela eletricidade. (Cohen, Ilka Stern, p.50) O CAMBUCI ATUAL Com seus três quilômetros quadrados de área e uma população de mais de 36 000 habitantes, é um dos bairros mais com a cara de São Paulo. Hoje, o tradicional distrito é um dos mais valorizados da Zona leste Paulistana juntamente com o bairro da Mooca. Esses bairros passam atualmente por uma grande transformação em toda a sua extensão, com desativações de antigas industrias, fábricas e demais complexos, dando lugar a novos estabelecimentos comerciais e a imponentes condomínios residenciais. É também atendido pelo metrô e pelo trem da CPTM, com as estações mais próximas: Estação BresserMooca da linha 3 vermelha, São Joaquim, Vergueiro e Paraíso da Linha 1 azul do metro de São Paulo e pela estação Mooca da linha 10 da CPTM.

18


imagem 24 - grafite de osgemeos em muro de residĂŞncia do bairro cambuci - sp.. Foto: eduardo knapp - Folha de sp 19


2.5 A ESCOLHA DO TERRENO

O terreno está próximo à comércios locais e tem fácil acesso ao transporte público, sendo eles: Metro, • O terreno foi escolhido por fazer parte da CPTM e ônibus municipais. Nessa mesma operação Operação Urbana Bairros Tamanduateí, e ser urbana, se prevê também o aumento da ciclovia, destinado a abrigar o futuro Parque da Eletropaulo. que futuramente ia circundar a área escolhida. • No que diz a respeito do zoneamento, o terreno está inserido em área de ZEIS-3 e, deverá 2.6 OPERAÇÃO URBANA BAIRROS DO obrigatoriamente por lei, ter 80% de seu espaço TAMANDUATEI destinados a construção de HIS, porém por fazer parte de uma Operação Urbana, que também traz A Operação Urbana Consorciada Bairros do consigo uma legislação, PDE (16.050/14) e Estatudo Tamanduateí (OUCBT) possui este nome por estar da Cidade (10.257/01) a produção da HIS torna- inserida em uma região cujo um dos principais se flexível, uma vez que, na própria OU, os locais, rios da cidade de São Paulo foi o percursor para o tanto da HIS como do futuro parque, já estão pré- desenvolvimento dos bairros mais próximos. A área definidas, conforme apresentado nas figuras abaixo: dessa operação urbana, foi definida junto com o novo plano diretor da cidade (PDE), Lei 16.050/2014. O PDE estabelece diretrizes de modernização da cidade, sempre com a participação da a sociedade, em plenárias públicas, planejando diretrizes urbanísticas, econômicas, sociais, ambientais e participativas. A partir destas diretrizes é que a OUCBT define as transformações urbanísticas, as melhorias sociais e a qualificação ambiental futura para estes bairros. A Operação Urbana Bairros do Tamanduateí está integrada ao conjunto de diretrizes e estratégias criadas para ordenar a cidade, tendo como ponto de partida o seu crescimento com valorização da IMAGEM 25 - Delimitação da Área do futuro Parque previsto na qualidade de vida da população. O projeto visa OUBT. Fonte: gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br revitalizar a infraestrutura, com benefícios sociais. Por ser um eixo de conexão entre os moradores do Grande ABC e a capital paulista, seja por meio da via Anchieta ou pelo transporte público, que modernizou a região com a chegada no Metro do Tamanduateí, essa área é considerada como potencial de transformação e por esse motivo tem como objetivo o maior aproveitamento da terra urbana local, sobretudo nos terremos vagos de antigas indústrias, que é o caso do terreno escolhido para esse projeto, que abrigava antes o conjunto de galpões das indústrias Light, antiga cia de energia de SP. Prevê também o aumento das densidades populacionais e construtivas, a implantação de novas atividades econômicas e empregos e o atendimento IMAGEM 26 - Delimitação das Áreas destinadas as HIS previsto na às necessidades de habitação. O projeto prevê ainda OUBT. Fonte: gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br equipamentos sociais e públicos, como parques e

HIS para a população, aproveitando a ampla rede de transporte público existente na região, assim como também grandes avenidas como a Av. do Estado e também a malha ciclo viária que está em implantação. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÂO PAULO, 2016) 2.7 INSERÇÃO URBANA Potenciais e Limitações da Área

IMAGEM 27 - Delimitação do Bairro Cambuci e Bairros Vizinhos. Feito pelo autor em AutoCAD, com base de mapas disponível no site da prefeitura.

20


3

5

2 1 4

6

5 6

IMAGEM 28 - Delimitação do Bairro Cambuci e Bairros Vizinhos. Feito pelo autor em AutoCAD, com base de mapas disponível no site da prefeitura.

IMAGEM 29 - Delimitação dos Bairros Cambuci (5) e Liberdade (6). Feito pelo autor em AutoCAD, com base de mapas disponível no site da prefeitura.

LEGENDA:

O terreno proposto localiza-se na cidade de São Paulo, no limite entre os bairros Liberdade e Cambuci, e tem como suas principais ruas de acesso a Rua dos Lavapés, a Rua Teixeira Mendes e a Rua Otto de Alencar. Sua localização privilegiada pode ser considerada a maior potencialidade do lote, tendo em vista que o mesmo possui uma vasta oferta de serviços e facilidade em seu entorno próximo, conforme ilustrado na imagem a seguir, além de grandes equipamentos, como hospitais, escolas e universidades, há poucos minutos de carro ou transporte público, também encontrado em abundância no local.

1 - Sé;

3 - Belém;

5 - Cambuci;

2 - Brás;

4 - Mooca;

6- Liberdade.

IMAGEM 30 - Delimitação do Terreno escolhido. Feito pelo autor em AutoCAD, com base de mapas disponível no site da prefeitura.

Além disso, pode-se ressaltar, ainda, a proximidade com áreas verdes e arborizadas, sejam elas uma pequena concentração de vegetação preservada junto a algum lote, ou até mesmo um parque de porte significativo, como o Parque da Independência ou o Parque da Aclimação, ambos ideais para a pratica de exercícios físicos, passeios e contato com a natureza. 21


IMAGEM 31 - Delimitação dos pontos de interesse próximas ao terreno. Feito pelo autor em ArcGIS, com base de mapas disponível no próprio programa que o referencia na imagem usada. 5

1

3

7

3

2

4 1

14

3

5

2

2

6 3

7 8

4 7

6 5 6

2

8

1

15 5

8

1

Legenda

11

13

Cultura

1 10

4

8

4

4 5 12

1

Educação

9

6

Estacionamento

2

2 7

Transporte Publico

4

3

Hospitais 9 3

Parque

5

Segurança Publica

Raio 1Km

10

Raio 1Km

Raio 2Km

1

© OpenStreetMap (and) contributors, CC-BY-SA

Raio1km 2Km e 2km - Distância Raios de determinada a partir do caminhar Terrenoem um tempo médio de 15 humano, e 30 minutos. Terreno 22


MORFOLOGIA URBANA A área de intervenção localiza-se em um tecido diversificado, composto por edificações mais antigas, de gabarito baixo (entre 2 e 3 pavimentos), podendo possuir ou não recuos; por edificações de maior gabarito (entre 10 e 15 pavimentos), em sua maioria com a tipologia base e torre, pertencentes a uma ocupação mais recente e, ainda, em algumas situações pontuais, por edifícios especiais com a tipologia de galpões. Dessa forma, pode-se identificar um processo de transformação na região, na medida em que as edificações mais antigas, ainda predominantes na área, estão sendo substituídas gradualmente pelas edificações multifamiliares de maior porte, indicando uma tendência de densificação, conforme pode ser visualizado nas imagens.

IMAGEM 32 - Mapa do entorno em 3D elaborado pelo autor em SketchUP com base feita no AutoCAD.

IMAGEM 33 - Mapa do entorno em 3D elaborado pelo autor em SketchUP com base feita no AutoCAD.

IMAGEM 34 - Mapa do entorno em 3D elaborado pelo autor em SketchUP com base feita no AutoCAD.

23


V

R R

USO DO SOLO E ATIVIDADES EXISTENTES V

V

V

V V

V

V

R

V

C

C

IMAGEM 35- Mapa de usos feito pelo autor em AutoCAD.

Zona predominantemente residencial, com maior concentração de atividades comerciais e de edificações de uso misto na Rua do Lavapés, umas das principais ruas que dará acesso ao Parque. V

UNIFAMILIAR

MULTIFAMILIAR

USO MISTO

COMÉRCIO

F

PARQUES/PRAÇAS/CANTEIROS

OUTROS 24


SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

IMAGEM 36- Mapa de transporte. Fonte: Geosampa.

O terreno conta com uma vasta opção de transportes públicos para se chegar até ele. Na imagem acima podemos observar uma ciclovia que passa pela Rua Teixeira Mendes e a Rua Otto de Alencar, ruas diretas ao terreno. Vemos também Linhas de Ônibus, e quais as ruas que elas atendem. Podemos destacar também as estações do metrô que mais se aproximam, sendo elas: Liberdade, São Joaquim e Vergueiro ambas da Linha 2 Azul e também a estação de trem Mooca, essa da Linhas 10 Turquesa.

LINHAS DE ÔNIBUS

METRÔ

CICLOVIA

CPTM

25


V

R R

CLASSIFICAÇÃO DA VIAS V

V

V

V V

V

V

R

V

C

C

IMAGEM 37- Mapa de fluxos e classificação viária feito pelo autor em AutoCAD.

VIA COLETORA V

VIA LOCAL

PRINCIPAIS VIAS COM FLUXOS DE VEÍCULOS E PEDESTRES

Situado em uma zona de conexão entre diferentes pontos de São Paulo, o lote proposto é atendido por vias coletoras e locais, sendo acessado facilmente por outros pontos da cidade. Por localizar-se entre duas vias, o lote possui testada para ambas as ruas, porém cada uma com o seu perfil, a Rua do Lavapés de fluxo mediano e mais lento e a Rua Junqueira Freira, de maior fluxo e com mais rapidez e ruídos, abrindo a possibilidade para que a disposição dos elementos no futuro parque com as ruas seja explorada de diferentes maneiras, aproveitando suas particularidades. F

26


REDES DE INFRAESTRUTURA Os Bairros Liberdade, Cambuci e Mooca são bairros centrais e consolidados no tecido urbano da cidade, de forma que ambos dispõem da infraestrutura completa necessária para a realização das atividades previstas para um parque urbano, contando com abastecimento de água e energia elétrica, rede de esgoto, rede de coleta pluvial, iluminação pública, sistema de comunicações, etc., não havendo necessidade de melhorias do entorno nessas questões.

2 1

3 4

9

LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO

5

6 8 7 IMAGEM 38- Foto do entorno número 1.

IMAGEM 39- Representação dos pontos fotografados. Feito com base do google earth.

IMAGEM 40- Foto do entorno número 2.

IMAGEM 41- Foto do entorno número 3.

IMAGEM 42- Foto do entorno número 4.

27


LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DO ENTORNO

IMAGEM 43- Foto do entorno número 5.

IMAGEM 47- Foto do entorno número 9.

IMAGEM 44- Foto do entorno número 6.

IMAGEM 45- Foto do entorno número 7.

IMAGEM 46- Foto do entorno número 8.

28


2.8 CONDICIONANTES FÍSICOS E AMBIENTAIS

12h

Além das diretrizes citadas anteriormente, a escolha do terreno baseou-se ainda na sua dimensão (tendo em vista que um parque urbano acessível e multissensorial, necessita ter seus espaços bem definidos), na legislação e na topografia. Quanto a topografia, por ser um projeto cujo o foco é a acessibilidade, o mais aconselhável é que o terreno seja predominantemente plano ou com pouco desnível, de forma que sejam priorizadas as normas de acessibilidade, evitando o uso de escadas e também grande quantidade de movimentação de terra. O terreno selecionado tem acessos pelas Ruas Otto de Alencar e Junqueira Freire, para qual está voltada a testada norte e a Rua do Lavapés, testada sul. As testadas leste e oeste estão obstruídas por residências. Todas classificadas como vias coletoras e asfaltadas. As Ruas Otto de Alencar e Junqueira Freira possuem sentido duplo de direção, enquanto a Rua do Lavapés, possui sentido único. A predominância de uso no local é misto entre residência e comércios pequenos, por esse motivo o tráfego é menos intenso. O clima é tropical de altitude, caracterizado por chuvas de verão e temperatura média anual entre 19º C e 27º C (INMET – Instituto Nacional de Meteorologia). Mas todas as estações do ano podem ser vistas em um único dia em São Paulo. A cidade pode amanhecer ensolarada e sem nuvens e terminar o dia com um temporal. Por isso, é comum ver paulistanos com casacos e guarda-chuvas em dias quentes. Esses dias são mais comuns durante o verão, quando a chuva costuma cair no final da tarde, aliviando o calor. No outono, a temperatura é amena, com média em torno de 23ºC. O inverno costuma ter dias ensolarados e secos, com temperaturas que raramente caem abaixo dos 15º C. Na primavera, os dias são bastante quentes e secos.

18h

6h

IMAGEM 48- Mapa de Topografia. Fonte: Geosampa. Representação da trajetória do sol feita pelo autor.

TRAJETÓRIA DO SOL NO EQUINÓCIO

Verão 9:00am

Verão 15:00pm

TOPOGRAFIA

Equinócio 9:00am

Inverno 9:00am

Equinócio 15:00pm

Inverno 15:00pm 29


2.9 CONDICIONANTES LEGAIS A realização de um projeto arquitetônico deve levar em consideração a legislação vigente, que indica aspectos relacionados à tipologia da edificação e aos critérios para a escolha da localização, entre outros. As principais diretrizes legais para esse TFG serão: O Plano Diretor de São Paulo, Lei nº 16.050; a NBR 9050 (Lei de Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos) e a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de São Paulo, Lei nº 16.402 e o Código de Obras da Cidade, Lei 11.228.

A realização de um projeto arquitetônico deve levar em consideração a legislação vigente, que indica aspectos relacionados à tipologia da edificação e aos critérios para comuns, como sanitários, espaços de convivência, dentro dos limites dos imóveis; revoga a Lei no 8.266, a escolha da localização, entre outros. As principais diretrizes legais para esse TFG etc., quanto para os ambientes específicos para esse de 20 de junho de 1975, com as alterações adotadas serão:como O playgrounds, Plano Diretor deetc.São Paulo, por Leileisnºposteriores, 16.050; eadá NBR (Lei de público, trilhas, outras 9050 providências. Como todo parque público, devemos prever Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos) e asanitários, Lei de • Parcelamento, LEI Nº 16.402,Uso DE 22 MARÇO DEdo 2016 para alimentação como restaurantes, e DE Ocupação Solo deespaços São Paulo, Lei nº 16.402 e o Código cafés, de Disciplina o parcelamento, o uso e a ocupação do etc., e até mesmo espaços de convivência, sejam eles Obras da Cidade, Lei 11.228. solo no Município de São Paulo, de acordo com a Lei cobertos ou não. Para isso temos o código de obras nº 16.050, de 31 de julho de 2014 – Plano Diretor de SP, que será usado frequentemente durante todo Estratégico (PDE). projeto, a fim de respeitar limites construtivos e  LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DEo2014 O terreno escolhido encontra-se de acordo com a espaçamentos mínimos necessários para uma boa Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do nova lei de zoneamento, integralmente em ZEIS-3, utilização desses locais. de Sãoceder Paulo80% e revoga a Lei nº 13.430/2002. que deveráMunicípio obrigatoriamente para uso de HIS, porém está situado em área demarcada como Operação Urbana Consorciada, podendo estar sujeito as regras Operação No que diz oespecíficas Art. 275.dessa Da seção V:Urbana. “Nas áreas verdes públicas, existentes e futuras,

• LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014 Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo • integrantes do DE Sistema Municipal de Áreas LEI Nº 11.228, 04 DE JUNHO DE 1992 e revoga a Lei nº 13.430/2002. Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem Livres, poderão ser licenciamento, implantadas execução, instalações obedecidas no projeto, No que diz o Art. 275. Da seção V: manutenção e utilização de obras e edificações, “Nas áreas verdes públicas, existentes e futuras, integrantes do Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, poderão ser implantadas instalações de lazer e recreação de uso coletivo, obedecendo-se aos parâmetros urbanísticos especificados no quadro abaixo: ”

Onde: A - Área do Terreno; T.P - Taxa Mínima de Permeabilidade, calculada sobre a área livre; T.O Taxa Máxima de Ocupação; C.A - Coeficiente Máximo de Aproveitamento.

Protegidas, Áreas Verdes e Espaços de lazer e recreação de uso coletivo,

obedecendo-se aos parâmetros urbanísticos especificados no quadro abaixo: ” A (M²)

T.P

T.O

C.A

A < 1000

0,8

0,1

0,1

1000 < A < 10.000

0,8

0,1

0,2

10.000 < A < 50.000

0,9

0,1

0,3

50.000 < A < 200.000

0,8

0,1

0,1

• ABNT NBR 9050 > 200.000 0,8 0,05 0,05 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos Onde: A - Área do Terreno; T.P - Taxa Mínima de Permeabilidade, calculada sobre a QUADRO 1 - Parâmetros Urbanisticos referentes a áreas verdes públicas do Art 275, da seção V da Lei Tendo em vista que o público alvo do empreendimento 16.050, de 31T.O de Julho de 2014. livre; - Taxa Máxima de Ocupação; C.A - Coeficiente Máximo de será comporto por pessoas com necessidades nºárea especiais, a Norma Brasileira de Acessibilidade a Aproveitamento. edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos deverá ser seguida com rigor, visando atender às necessidades dos usuários.  ABNT NBR 9050 As determinações da norma serão consultadas ao longo do desenvolvimento do projeto, para que sejam Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos determinadas dimensões mínimas, sinalizações e equipamentos adequados tanto para os ambientes

Tendo em vista que o público alvo do empreendimento será comporto por pessoas 30


CAPÍTULO 3

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

IMAGEM 49 - Praça Victor Civita. Fonte: https://levonamochila.wordpress.com/tag/praca-victor-civita/

31


3.1 PRAÇA VICTOR CIVITA

O programa da praça possui: • Museus; A Praça Victor Civita Localiza-se na Rua do Sumidouro, • Auditório; 580, Pinheiros, SP • Oficinas Educacionais e Ambientais; • Exposições de Arte; Apresentação • Arena Coberta para Shows; • Arquitetos: Levisky Arquitetos Associados e • Camarins de Apoio; Anna Julia Dietzsch • Centro de Ginástica e de Convivência de Idosos; • Tipo de Projeto: Urbanismo • Centro de Pesquisas Ambientais; • Status: Construído • Praça de Paralelepípedos. • Características Especiais: Sustentável, construído em solo contaminado Relevância Social • Materialidade: Madeira e Otro Executado pelas arquitetas Adriana Levisky e Anna • Estrutura: Aço Dietzsch, o projeto da Praça Victor Civita tem como • Localização: São Paulo, SP principal objetivo, o desenvolvimento comunitário, • Área Construída: 2.650m² cultural e educacional, e consegue isso oferecendo • Área do Terreno: 13.648m² acesso a programas como a Arena Coberta, os • Data do Projeto: 2006/2007 Museus da Reabilitação, o Centro da Terceira • Conclusão: 2008 Idade, a Oficina de Educação Ambiental, o Núcleo de Investigação de Solos e Águas subterrâneas, Introdução/História a Praça de Paralelepípedos e o Museu Aberto da Construída em um terreno de 13.648 m² a praça Sustentabilidade. Para isso conta com a parceria Victor Civita preenche um vazio urbano deixado de instituições como Verdescola, CETESB, GTZ e pelo antigo incinerador Pinheiros, alem de imóveis MASP. A área, por ser considerada umas das áreas industriais abandonados. O terreno, localizado em mais nobres de SP, não conta com muitas opções Pinheiros, São Paulo, estava em profundo estado de espaço de usos públicos, além de o transporte de degradação e contaminação. Este fato se deve a público ser reduzido e precário. Mesmo com todas queima de toneladas de lixo durante quarenta anos. as opções de atividades, são poucas as pessoas de Foi então que através de um intenso processo de baixa renda que possuem acesso a praça, o que não parceria entre público e privado, que o projeto da a deixa ter uma relevância social tão grande assim praça teve inicio e foi entregue em 2007. Além da para a região de São Paulo. praça, o projeto foca na recuperação do solo e tem premissas sustentáveis, como aquecimento solar, Relevância Urbana reuso da agua e permeabilidade do solo. O principal A Praça Victor Civita está inserida em uma área elemento do projeto é o deck de madeira certificada de grande circulação de veículos e pedestres. O que cruza diagonalmente a praça, suspenso um projeto foi implantado próximo a estação Pinheiros metro do chão e sustentado por uma estrutura da CPTM, um terminal de ônibus e a Av. das Nações metálica, assim os frequentadores não entram em Unidas, sendo essa via de grande importância para contato com o solo contaminado. a capital paulista, uma vez que liga a Zona Sul à O deck possui um design diferente e interessante: Zona Noroeste da cidade. além de caminho, ele se torna mobiliário, onde suas O projeto ocupa uma área de 13.648m², sendo extremidades se dobram verticalmente formando apenas 2.650m² de área construída e se tornou um bancos ou coberturas, além de possuir iluminação elemento de destaque na paisagem urbana local, linear embutida. devido a sua via de circulação de pedestres ser

toda através do deck elevado de madeira. Com 2 entradas, os frequentadores possuem 2 perspectivas iniciais diferentes; uma entrada dá acesso direto ao deck de madeira, onde já começamos a vivenciar toda a sustentabilidade do local através do projeto, já a segunda entrada, nos leva direto ao museu da sustentabilidade, que também nos faz vivenciar a questão da sustentabilidade da praça, mas de uma diferente perspectiva. A região em que a praça está localizada, tem características planas e de acordo com a Nova Lei de Zoneamento nº 16.402/16 o zoneamento em sua maioria ao redor da praça se dá por ZM – Zona Mista. Conclusão Esse projeto foi escolhido por ter sido implantado em solo contaminado, semelhança do terreno escolhido para este TFG, virando grande e única referência na cidade de SP. Sem muitas novidades na questão de equipamentos, a solução encontrada para que os frequentadores não tivessem contato com o solo, foi a de elevá-los a 1m do chão, através de um deck de madeira. Esse deck foi uma grande novidade e um ponto em destaque dessa construção. Feito em uma estrutura metálica e coberto por madeira, esse deck possui em seus pontos positivos: O frequentador se sente convidado a explorar todo o parque, sendo levado gradativamente para todos os equipamentos existentes na praça. Outro ponto já citado anteriormente, é que esse deck possui as bordas elevadas, criando coberturas e também mobiliários urbanos. Porém ao mesmo tempo se torna algo que talvez deixe a desejar. Quando pensamos em um parque, pensamos em uma grande área verde, com gramíneas onde os frequentadores podem sentar e observar o pôr do sol, ao mesmo tempo que que fazem um piquenique, por exemplo, poder andar descalços por uma porção de terra ou de vegetação. A utilização da madeira não proporciona um contato tão direto com a natureza, isso traz uma grande problemática para o tema escolhido, que deverá ser pensada e respondida em projeto, como projetar um parque, que possua grande contato direto com a natureza em solo contaminado? 32


IMAGEM 50 - Praça Victor Civita. Fonte: archdaily.com

IMAGEM 53 - Praça Victor Civita. Fonte: arcoweb.com

IMAGEM 54 - Praça Victor Civita. Fonte: arcoweb.com IMAGEM 51 - Praça Victor Civita. Fonte: archdaily.com

IMAGEM 56 - Praça Victor Civita. Fonte: https://levonamochila. wordpress.com/tag/praca-victor-civita/

IMAGEM 52 - Praça Victor Civita. Fonte: archdaily.com

IMAGEM 55 - Praça Victor Civita. Fonte: arcoweb.com

Todas as atrações citadas, encontram-se no mesmo nível do solo, e dispostas de modo que o frequentador da praça, sinta-se convidado a entrar e conhecer todas as atrações ali presentes, realizando todo o percurso que foi projetado 33


3.2 Projeto ALPAPATO – Anna Laura Parque Para criadores e desenvolvedores, foi criado aos fundos utiliza os brinquedos disponíveis a ela. Todos da AACD, e com apenas uma pequena entrada ao lado do prédio, dentro do seu próprio quintal. Todo O parque escolhido dentro do Projeto ALPAPATO o parque é envolto por muros que não dão acesso foi o Parque da Mooca, que fica localizado na Rua direto ao público, porém por ser o único parque com Taquaro, 549, Mooca, SP playgrounds acessíveis, e mesmo que seu acesso seja quase que restrito a pacientes e a AACD, ser Apresentação um hospital público, ambos cumprem sua função • Arquitetos: Barbieri & Gorski social para com a cidade. • Tipo de Projeto: Urbanismo • Status: Construído Relevância Urbana • Características Especiais: Acessível O Parque ALPAPATO está inserido em uma área de • Localização: São Paulo, SP média circulação de veículos e pedestres. Situado • Data do Projeto: próximo a universidade São Judas, a circulação se IMAGEM 57 - Parque da Mooca - ALPAPATO. Fonte: • Conclusão: 2014 dá em sua maioria por estudantes. A estação mais Introdução/Historia O Projeto ALPAPATO, Anna Laura Parques Para Todos, foi criado como uma homenagem a Anna Laura Petlik Fischer, que faleceu em 2012. O projeto visa criar quatro parques acessíveis por ano todos os anos. O primeiro parque foi inaugurado na AACD da Mooca em 25/01/2014. Estão em criação parques em Porto Alegre e Recife (AACD), em Araraquara (APAE), no Parque do Cordeiro da Prefeitura de São Paulo, entre outros. Voltado para crianças que possuem qualquer tipo de dificuldade motora, esse projeto possui como principais objetivos: promover a acessibilidade social de crianças com deficiência, criar espaços de acesso abrangente e difundir um novo conceito de acessibilidade social. O parque da Mooca conta com 15 brinquedos adaptados, ideais para a recuperação e desenvolvimento das crianças, sem excluí-las dos aparatos tradicionais utilizados em outros parques. Relevância Social Executado pelo escritório Barbieri & Gorski, o projeto do Parque da Mooca - ALPAPATO tem como o principal objetivo o desenvolvimento humano de crianças com deficiências mentais e motoras, oferecendo acesso a playgrounds acessíveis. Para isso conta com a parceria da AACD, entre outras instituições e escritórios de arquitetura, como o que executou o projeto Barbieri & Gorski. O projeto, porém, apesar de ser caracterizado como público pelos próprios

próxima do parque, é a estação de metrô Bresser Mooca, mas a caminhada até o local pode fazer algumas pessoas desistirem de visita-lo. O projeto não se destaca na paisagem urbana local, uma vez que está todo cercado por muros e o seu acesso se dá através da AACD. Logo a sua frente os prédios da universidade tem maior destaque, tanto pela composição, quanto pela movimentação de alunos. Sendo assim, o parque não possui grande relevância urbana, quando pensamos em destaque e função na cidade como um elemento construtivo.

Conclusão Esse projeto foi escolhido devido a premissa principal ter sido a acessibilidade, assunto pouco abordado nos parques do País, e quando abordado, vem apenas em seu entorno imediato e em ilhas especificas, não criando a integração dessas pessoas com a sociedade. Esse parque não é diferente, por ser de uso quase que exclusivo por parte da AACD da Mooca e também por ser utilizado somente por deficientes físicos e mentais, cujo a sua função motora seja reduzida. O parque conta com caminhos bem definidos, porém os utilitários deixam a desejar com a falta de explicação de uso, fazendo com que somente as enfermeiras da unidade consigam utilizar o parque com os pacientes. Apesar de não atender as premissas iniciais do tema escolhido, o parque foi de grande ajuda para o entendimento de como uma criança com deficiência se locomove e como ela

annalaura.org.br

IMAGEM 58 - Parque da Mooca - ALPAPATO. Fonte: annalaura.org.br

IMAGEM 59 - Parque da Mooca - ALPAPATO. Fonte: annalaura.org.br

34


IMAGEM 60 - Parque da Mooca - ALPAPATO. Fonte: annalaura.org.br

35


3.3 TOA PAYOH SENSORY PARK O Toa Payoh Sensoory Park é um parque sensorial internacional e fica localizado na Rua Lor 5 Toa Payoh em Singapura. Apresentação • Arquitetos: Surbana International & Yoshisuke Miyake • Tipo de Projeto: Urbano • Características Especiais: Sensorial • Status: Construído • Localização: Singapura • Data Projeto: • Conclusão: 2009 • Área do terreno: 1.1ha Introdução/Historia O primeiro parque público sensorial em Singapura foi inaugurado oficialmente em 04 de outubro de 2009 pelo ministro da Educação, Dr. Eng Hen. Localizado ao lado do famoso centro de vendedores ambulantes da Rua Toa Payoh Lor 5, que se estende por uma área de 1,1 hectares de vegetação. O parque possui um jardim sensorial, um parque infantil sensorial e estações de ginástica. A ideia por trás do projeto é simples: Estimular os 5 sentidos humano, com ferramentas em sua maioria provindas da natureza. Localizado em uma área de predominância residencial, o parque foi projetado para ser utilizado por todos os membros da família. Possui um playground para as crianças, uma área de ginástica para os adultos e a área sensorial de uso comum de todos. Divido em 5 zonas, podemos entender melhor o projeto: Zona da Visão: Constituída por corredores com flores como a lantana, jasmim, ixora gigante, entre muitas outras, além de um espaço com algodão sob a cabeça dos frequentadores, criando a ilusão do céu. Possui também a caminhada dos reflexos, local que possui espelhos espalhados por toda a sua extensão e refletem tanto a vegetação, quanto quem passa por lá, criando a ilusão de que o espaço é bem maior do que aparenta ser.

Zona de Audição: Constituída basicamente por tubos que emitem sons, seja pelo vento ou por intermédio dos usuários, que são convidados a brincarem nesse espaço. Com aparência que lembra o órgão das grandes igrejas, um grupo de tubos está inserido no cento dessa zona. Com aberturas na altura das mãos, ao tampar determinada abertura, escutamos diferentes tipos de sons. Outros tubos distribuídos ao longo dessa zona, possui apenas partes acima do solo, tendo sua maior extensão acomodada abaixo da terra. Nesse brinquedo um utilizador fala em qualquer tubo, enquanto o outro tenta procurar em qual extremidade o som irá sair. Porém a grande sensação dessa zona, são os pratos parabólicos, um par de pratos dispostos um de frente para o outro, faz com que você não saiba a frequência com que determinado som irá sair, um sussurro pode soar como um grito, enquanto um grito pode soar como um sussurro.

cidade, situada em Singapura. Por ser um parque totalmente sensorial, ele tem uma relevância social muito importante, por incluir toda e qualquer pessoa que possua algum tipo de deficiência que afetem os sentidos que temos, além de servir de exemplo para muitos que pretendem seguir nesse ramo de projeto.

Relevância Urbana O projeto em si, não se destaca na paisagem urbana local, porém foram utilizadas ferramentas que chamam a atenção dos transeuntes e os convidam a adentrar e conhecer o parque, como por exemplo e letreiro abaixo: O parque possui uma área de 10.000m² e se tornou uma rota de fuga para os moradores locais, uma vez que é o único parque da cidade, e as moradias serem em sua maioria, prédios residenciais. O parque, apesar de não se destacar tanto na paisagem, é bem definido no tecido urbano local. Todos que passam Zona do Toque: Ao final da zona de audição e início ali são agraciados com uma intensa área verde, que da zona de toque, temos uma fonte que emite os convida a entrar. sons agradáveis da água, nos deixando imaginar uma área totalmente natural. Nessa mesma fonte Conclusão existem diferentes objetos submersos para serem Por não existir um parque totalmente sensorial no tocados, como conchas e estrelas do mar. Possui o Brasil, esse projeto foi escolhido, por contemplar jardim sensorial do toque, nesse jardim nenhuma não só um jardim sensorial, com plantas para planta é comestível, sendo só o toque permitido. E toque, mas o projeto como um todo ter aplicado por último, mas não menos importante, a caminha os princípios do sentido humano. Tema de estudo a pés descalços, por uma trilha que possui água, desse projeto, O Toa Payoh vem como um divisor de areia, grama e blocos de cimento com gravuras em águas, mostrando que é possível aplicar respostas alto relevo de folhas e plantas. fisiológicas ao projeto de arquitetura. Como potencialidade a ser destacada, podemos falar do Zona do Olfato e do Paladar: Com estufas de ervas cuidado aplicado pelo escritório ao projetar todas para o olfato e arvores frutíferas para o paladar as partes do parque, com um breve estudo já é espalhadas nesse lado do parque, o frequentador é perceptível a conversa de todas as áreas, onde uma convidado a experimentar as duas sensações juntas. não funciona sem a outra. Com ideias inovadoras de brinquedos e equipamentos, o tema sensorial Relevância Social permanece sempre ativo no local. Porém para algo Executado pelo escritório Surbana International assim funcionar, devemos mensurar 4 parâmetros em parceria com o paisagista Yoshisuke Miyake, e básicos, sendo eles: tipo, intensidade, localização inserido em um pequeno vilarejo, o projeto do Parque e duração. No projeto estudado podemos analisar Toa Payoh busca usar o espaço como catalisador somente o tipo e a localização, sendo assim ainda de desenvolvimento educacional e sensorial, ficamos com uma defasagem, por quanto tempo oferecendo acesso a ferramentas que aguçam os uma pessoa consegue permanecer em um mesmo sentidos humano e trazendo algo inovador para a local e qual a intensidade média para que todos se

36


sintam confortรกveis em participar das atividades propostas?

IMAGEM 61 - Toa Payoh. Fonte: surbana.com

IMAGEM 62 - Toa Payoh. Fonte: surbana.com

IMAGEM 63 - Toa Payoh. Fonte: surbana.com

IMAGEM 64 - Toa Payoh. Fonte: surbana.com

IMAGEM 65 - Toa Payoh. Fonte: surbana.com

37


V V

V

V V

V

R R

V

V

V

CAPÍTULO 4 V V

V

O PROJETO V

R

V

C

C

IMAGEM 66 - GEGRAN da cidade de SP. Fonte: Prefeitura de Sãp Paulo

F

V

38


4.1 PREMISSAS PROJETUAIS 4.1.1 CONTAMINAÇÃO Uma das principais preocupações do projeto foi o terreno, que antes abrigava um conjunto de galpões da Eletropaulo e por esse motivo, hoje, se encontra contaminado como podemos observar em Laudos realizados pela CETESB desde 2010. (Ver Anexo 1). Por esse motivo, uma das premissas do projeto foi a de trabalhar essa contaminação de forma que os frequentadores do futuro parque não se prejudiquem, assim como também a recuperação do solo. De que forma um parque em solo contaminado poderia funcionar? Tomando como exemplo a Praça Victor Civita, manter os frequentadores em uma distancia segura do solo seria uma solução viável.

propor um melhor uso para a área que hoje está o projeto. Caso não ocorra, o projeto entregue em completamente abandonada, com risco de invasão 2017 poderá sofrer alterações. e proliferação de animais. 4.1.2 ACESSIBILIDADE A solução encontrada pelos órgão públicos Tanto no interior, como no exterior do parque, responsáveis, foi a de realizar o bombeamento da a acessibilidade foi um ponto primordial a ser água contaminada e a cobertura do solo contaminado considerado no projeto. O terreno não conta com com um solo novo. Com essa remediação acontecendo desníveis significativos que possam vir a causar em 2013 e 2014 (ver anexo 2) e em seu ultimo problemas para os frequentadores, porém a devida Laudo Divulgado em Dezembro de 2015 (ver anexo sinalização e construção de elementos voltados 3) a CETESB classica o terreno da seguinte maneira: para esse público se faz necessária, uma vez que o projeto foca nessas pessoas. - Área em Processo de Monitoramento para O projeto de acessibilidade deve ser feito de forma Encerramento (AME), no que diz o Decreto nº 59.263 convidativa e democrática para proporcionar acesso de 5 de junho de 2013, que regulamenta a Lei 13.577 fácil, rápido e confortável as dependências do parque, que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a tanto por parte das pessoas com deficiência, como proteção da qualidade do solo e gerenciamento de por pessoas que não as possuem, visando assim áreas contaminadas, e dá providências correlatas: a criação de um parque para todos, priorizando a inclusão e não a seleção de uma parcela da sociedade. - Capítulo I, Seção III, Das Definições: 4.1.3 SENSORIALIDADE

A agressão ao meio ambiente tem sido considerada de diversas formas, porém o tema “contaminação do meio físico” é tema recente e tem recebido bastante atenção pela grande aparição de casos de IX - Área em Processo de Monitoramento para contaminação. Como por exemplo o mais recente Encerramento (AME): área na qual não foi que chegou às mídias nacionais, o Parque Orlando constatado risco ou as metas de remediação Vilas Boas, que foi construído onde antes funciona foram atingidas após implantadas as medidas uma unidade de tratamento da SABESP, foi fechado de remediação, encontrando-se em processo de por suspeita de contaminação da área. Desde 9 monitoramento para verificação da manutenção das concentrações em níveis aceitáveis; de março de 2014, o espaço está trancado e sob cuidados de vigilantes. Ele funcionou por mais de cinco anos e foi fechado após frequentadores terem Esses laudos são divulgados em Dezembro de cada ano. Se a remediação feita for bem-sucedida, esse passado mal depois de usar a quadra. (http://especial.folha.uol.com.br/2016/morar/perdizes- ano a área passará de AME, para AR (Área Reabilitada vila-leopoldina/2016/02/1743864-unico-parque-de-vila- para o Uso Declarado), no que diz o Decreto nº leopoldina-villas-boas-esta-fechado-por-ordem-da-justica. 59.263 de 5 de junho de 2013,: shtml)

Segundo a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81), a qualidade do solo é considerada um bem a proteger, e tendo por base a contaminação existente na área escolhida, o presente trabalho foi desenvolvido para atender as necessidades da população para que possam usufruir de uma área de lazer com segurança, dando um uso ao terreno que hoje encontra-se sem uso. É ideia da Prefeitura de São Paulo, por meio da Operação Urbana Bairros do Tamanduatei, propor um parque nessa região. Foram estudadas técnicas de remediação para

X - Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR): área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria anteriormente contaminada que, depois de submetida às medidas de intervenção, ainda que não tenha sido totalmente eliminada a massa de contaminação, tem restabelecido o nível de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger;

Tendo como referência esses laudos divulgados, o pré dimensionamento do projeto, será baseado na ideia de que em Dezembro deste ano, o solo estará livre de contaminação e pronto para receber

Vale até hoje aquilo que aprendemos ainda no ensino fundamental sobre os cinco sentidos básicos do corpo humano: visão, audição, tato, olfato e paladar. São eles os responsáveis por captar os diversos estímulos no ambiente e fazer com o corpo reaja de acordo com cada situação específica. O interessante é que mesmo sendo criaturas de uma mesma espécie e possuindo órgãos sensoriais em comum, a forma com que se dá nossa percepção ainda é única para cada pessoa, já que fatores como condição social ou cultura podem influenciar. Então, como cada um desses sentidos são influenciados e estimulados pelo projeto arquitetônico e até onde vão as responsabilidades do arquiteto nisto? Pensando nessa questão desenvolvemos outra premissa para este projeto. Aplicar funções sensoriais que conversem com todo o parque e sua acessibilidade se faz necessária, uma vez que a acessibilidade aplicada em todos os parques e também base de estudos de normas e legislações, incluem apenas deficientes físicos e mentais, excluindo outra parcela da sociedade que são os deficientes visuais, auditivos, etc. 39


tons escuros, médios e claros de um pigmento, ou da combinação de plantas cujas cores se aproximem Por isso se faz tão importante criar o parque acessível umas das outras no gráfico das cores. e sensorial, para amenizar toda essa dificuldade, Cores primárias: vermelho, azul e amarelo além de proporcionar para esta parcela da sociedade • • Cores secundárias: verde, laranja e violeta o contato com a natureza. Cores quentes: amarelo, vermelho e laranja O Parque sensorial deverá considerar tanto • Cores frias: azul, violeta e verde cadeirantes como deficientes visuais e idosos. • O recurso do “sensorial” garante o livre acesso a todos que queiram utilizar um espaço público Temos então as seguintes cores e sensações: com qualidade. Segundo a Arq. Prof. Ms. Beatriz Chimenthi (http://www.forumdaconstrucao.com.br/ conteudo.php?a=16&Cod=130) um jardim sensorial possui grande influência oriental, manifestando-se através de quatro sentidos do corpo humano: • • • • •

O tato, através das texturas das plantas, A audição, com as fontes d’água, A visão, através das cores exuberantes, O olfato com os aromas das espécies, O paladar, através de ervas comestíveis.

As espécies possuem diferentes texturas e através delas é possível garantir um resultado satisfatório, através do tato. Um bom exemplo disso é o caso das suculentas. Um pequeno jardim de cactos pode apresentar infinitas texturas e um resultado excelente principalmente considerando os deficientes visuais. As pequenas fontes d’ água também são responsáveis por agradáveis sensações e podem ser inseridas em qualquer parque através de um simples sistema de bombeamento de água semelhante ao utilizado em aquários. O som emitido pela água é calmante e terapêutico segundo especialistas holísticos. As cores exuberantes das flores e folhagens também garantem excelentes resultados no que se refere ao aspecto visual do jardim. Suas combinações podem considerar as mais infinitas gamas de cores. Petúnias, rabos de gato, violetas, lírios da paz, gerânios, ixoras e plumbagos estão entre as mais cotadas.

FONTE: ABAP- Assoc.Brasileira dos Arquitetos Paisagistas E finalmente o paladar e olfato, que podem ser trabalhados juntos nos comumente conhecidos como jardins aromáticos ou de ervas. Nestes jardins é possível sentir o agradável aroma das ervas e degustar alguns temperos. As espécies mais utilizadas são o alecrim, hortelã, manjericão, salsinha, cebolinha, gengibre, coentro, além de ervas que servem para ungüentos e chás, como camomila, erva doce e erva-cidreira.

Segundo especialistas, as ervas aromáticas possuem efeitos terapêuticos, entram através das células sensíveis que cobrem as passagens nasais, chegando direto para o cérebro. Desta forma tais ervas afetam O resultado policromático também pode variar as emoções, atuando no sistema límbico que também controla as principais funções do corpo. (http:// conforme as estações do ano. As combinações www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=16&Cod=130) harmoniosas são alcançadas através da mistura de

40


Algumas plantas sensoriais e de tempero Plantas de tempero Alecrim (Rosemarinus officinalis L.) Cebolinha (Allium sativum L., Allium cepa) Hortelã (Mentha piperita) Mangericão-de-jardim (Ocium basilicum) Menta (Mentha sp.) Orégano (Origanum vulgare) Plantas medicinais Basilicão (Ocimum basilicum var. basilicum) Boldo-de-arvorezinha (Coleus sp.) Cavalinha (Equisetum hyemale L.) Chambá (Justicia pectoralis Jacq.) Falso-boldo (Coleus ambonicus) Gengibre (Zingiber officinalis L.) Gerânio-medicinal (Pelargonium odorantissimum) Guaco (Mikania glomerata Spreng.) Maranta (Maranta arundinaceae L.) Patchuli (Pogostemum heyneanus Benth.) Plantas de perfume Bogarí (Jasminum sambac) Cravo (Dianthus cariophyllus) Jasmim-estrela (Trachelospermum jasminoides Lindl.) Madressilva (Lonicera hildebrantiana) Mini-gardênia (Gardenia radicans florepleno) Plantas de texturas variadas Calancoe (Kalanchoe laxiflora, Kalanchoe orgyalis) Espada-de-são-jorge (Sansevieria zeylanica laurentii) Espadinha-anã (Sansevieria hahnii) Gasteria / língua-de-boi (Gasteria verrucosa) Jacaré (Kalanchoe gastonis-bonnieri) Lança-de-são-jorge (Sansevieria cylindrica) Roel (Rhoeo spathacea (discolor) Plantas aquáticas Agua-pé ou jacinto-d'água (Eichornia crassipes) Flores-vermelhas (Ludwigia sedioides) Ninféa ou nenufar (Nymphae sp.) Pinheirinho-d'água (Miriophyllum brasiliense) Santa-luzia ou alface-d'água (Pistia stratiotes)

4.1.4

PONTENCIAL PAISAGÍSTICO

O terreno está localizado em uma área totalmente urbanizada, não possuindo grandes vistas e paisagens. Na extremidade norte do terreno, na Rua Otto Alencar e Junqueira Freire, encontramos uma boa arborização urbana, assim como na extremidade sul, na Rua do Lavapés, além de poucos casebres antigos que compõe a paisagem no local. As extremidades Leste, na Rua Teixeira Mendes e Oeste, na continuidade da Rua do Lavapés estão fechados por residências e comércios. Através desses pontenciais encontrados é que serão determinados os posicionamentos dos elementos naturais e físicos do projeto. 4.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES • Concha acústica • Entrada principal / adm • Praça de Alimentação • Equipamento ginastica acessível e não acessível • Banheiro com vestiário • Estacionamento (ADM e Policia) • Paraciclos • Quadra Poliesportiva • Quadra de Areia • Arquibancadas • Trilha sensorial • Skate Park • Gramados • Praça/Playground Infantil • Lago • Centro de Atividades • Alameda dos Ipês • Ciclofaixas • Pista de Caminhada • Fonte Interativa

QUADRO2:2 Jardim - Plantas Sensoriais. Tabela Botânico do Jardim Rio deBotânico Janeirodo Rio de Janeiro

4.1.4

PONTENCIAL PAISAGÍSTICO

41


4.3 CONCEITO E PARTIDO CONCEITO - O projeto do Parque do Lavapés, tem como conceito o desempenho ambiental, o desenvolvimento da infra-estrutura local e de bairros próximos, e o desenvolvimento social, tanto da cidade como da população, trazendo um olhar diferente para os parques de São Paulo. Transformar o parque em um lugar referencial para a cidade, possibilitando melhor dinamização dos polos industriais abandonados na cidade, promovendo o desenvolvimento harmonioso da região, criando um sentimento de harmonia com o meio ambiente e comtemplação íntima.

PROBLEMAS ENCONTRADOS NO PRIMEIRO ESTUDO O segundo problema, foi a setorização. A ideia desde o principio foi criar um parque inclusivo, com O primeiro estudo foi pensado sob um terreno acessibilidade e a multi sensorialidade. A primeira contaminado, havendo a necessidade de se construir setorização proposta foge desse conceito, uma vez um deck em toda a sua extensão. O deck proposto foi que “excluiu” as pessoas que fossem usar a trilha pensando através do conceito dos telhados verdes. sensorial em um único lado do parque. Uma vez que a proposta do parque é que as pessoas desfrutem de áreas verdes e não de pequenos O terceiro problema foi o estacionamento, uma espaços arborizados para apenas contemplação. vez que o projeto segue as premissas da operação urbana, e a mesma diz que prioriza o transporte público. Logo as vagas de estacionamento devem ser reduzidas.

PARTIDO - O Parque se estrutura através dos fluxos e dos pontos focais do entorno. Todos os caminhos levam ao centro do parque, onde se encontra a Trilha Sensorial, que foi o ponto de partida. Pensando na delicadeza das flores e suas pétalas, assim como as pessoas e as suas particularidade, essa trilha sensorial se inspira na flora para ser criada. Ao definir os espaços a partir da disposição de pétalas, a trilha passa a criar caminhos adjacentes aos seus, mas todos a abraçam de forma que cada caminho tenha sua peculiaridade, criando ambientes calmos, confortáveis e aconchegantes, onde as atividades propostas podem ser feitas com calma, a fim de serem apreciadas ao máximo.

IMAGEM 67 - Esquema desenhado pelo autor.

O problema encontrado é que o terreno já está em monitoramento para que seu uso seja liberado. Então o deck já não é mais válido nessa primeira parte, até que o laudo de 2016 seja liberado pela CETESB, a fim de confirmar que o solo está pronto para uso.

4.4 SETORIZAÇÃO PRELIMINAR 1º Estudo - Pensando em separação por setores, ficou um parque divido ao meio. Com setor de esportes e eventos de um lado. Caminhada, trilha sensorial e centro de convivência de outro. Além do estacionamento e o prédio da ADM voltado para a Rua Junqueira Freire, devido o maior fluxo de carros e o restaurante voltando para a Rua do Lavapés devido o grande número de comércios existentes nessa parte da quadra.

IMAGEM 69 - Desenho feito pelo autor.

IMAGEM 68 - Desenho feito pelo autor.

42


SETORIZAÇÃO PRELIMINAR

Foi possível também, identificar os deslocamentos já existentes no terreno.

fluxos

e

2º Estudo - Levando em consideração o entorno, foi possível definir quais os pontos focais vistos de Como o local abrigava um grupo de galpões dentro do terreno escolhido, que foram eles: industriais, os caminhos identificados foram os utilizados anteriormente por entre as edificações - Rua do Lavapés: que ali existiam. Destacados em vermelho no mapa abaixo, os fluxos foram feitos com sobreposição da imagem do google maps.

IMAGEM 72 - Fluxos e Deslocamentos. Fonte: Google Maps

IMAGEM 70 - Ponto focal da Rua Lavapés - Arquitetura de época. Fonte: rumoastrilhas.com

IMAGEM 71 - Ponto focal da Rua Junqueira Freire - Arquitetura de uso multifamiliar. Fonte: Google Street View

IMAGEM 73 - Estudo feito pelo autor.

43


SETORIZAÇÃO PRELIMINAR A partir do 2º estudo, foi desenvolvido a planta de setorização preliminar.

IMAGEM 74 - Setorização Preliminar feito pelo autor.

44


01

02 03

04

02

IMAGEM 77 - Jardim Sensorial. Fonte: flores. culturamix.com

03 IMAGEM 78 - Concha Acústica. Fonte: archdaily.com

05 06 07

IMAGEM 75 - Identificação de Pontos Importantes.

04 IMAGEM 79 - Playground. Fonte: Lauren Parker

01 IMAGEM 76 - Fonte interativa do Washington Park. Fonte: washingtonpark.org

06 IMAGEM 81 - Ginástica ao ar livre Parque Celso Daniel, Sto. André. Fonte: Diário do Grande ABC

05 IMAGEM 80 - Quadra Poliesportiva. Fonte: Prefeitura de São Paulo

07 IMAGEM 82 - Pista de Skate Bertioga. Fonte: uol. com

45


IMAGEM 83 - Planta baixa esc 1:2000.

46


CAPÍTULO 5

CADERNO DE PROJETO

IMAGEM 84 - Perspectiva eletronica. Fonte: Guilherme Dias 2017.

47


NÚCLEO ADMINISTRATIVO Estacionamentos Acesso 3

(Pedestres, Adm. e Veículos de Serviço)

Administração Integração Posto P.M

Acesso 8

(Pedestres, Ciclistas e Veículos)

Áreas arborizadas (Pedestres e Ciclistas)

Pista de caminhada

ALUNO (A):

Acesso 4

Ciclofaixa

01/42

(Pedestres, Ciclistas e Veículos)

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA

Acessos Principais 1 e 2

Paraciclos

Espelho d`água Concha acústica Ciclofaixa Paraciclo Bike Sampa

ORIENTADOR (A):

1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

Centro de exposições

ZONEAMENTO

Sanitários

TFG - PARQUE LAVAPÉS

Jornada sensorial

ESCALA

NÚCLEO LAZER ATIVO: RECREAÇÃO E ESPORTES

Acesso 7

(Pedestres e Ciclistas) DATA

Fonte interativa

ETAPA

NÚCLEO LAZER COMTEMPLATIVO: ESTAR E CONVÍVIO Áreas ajardinadas

PROJETO

POLICIA MILITAR

Playground Sanitários / Vestiários Quadras poliesportivas;

V

Pista de skate / patins; Equipamentos de ATI; Ciclofaixa

Acesso 6

(Pedestres e Ciclistas)

Acesso 5

(Pedestres e Ciclistas)

48


APE

FR

OT

RU

TO

A

E

EIR

OT

E

TO

DE

IR

E FR

DE

AL

OR

EN

EN

PROFESS

CA

CA

RUA

RU

A

TEI X

R

R

PEDRO

AL E IR A

PRANCHA

IGU

DOUTOR

A

RU

A

SEVERIA

OT

OT

TO

A

EIR

U NQ

ALUNO (A):

A

IR

A RU

ORIENTADOR (A):

JU

MEN DES

UE

NQ

NO

TO

JU

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 02/42

RU

POLICIA MILITAR

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO GRÁFICA MUNICIPAL

A

RU

A

DATA

RU

ETAPA

REMODELAÇÃO TOPO.

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

TEIX

EIRA

A

1:1500

RU

ESCALA

V

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

V

VILL

A

MAR

IA HEL

ENA

RUA

730

PÉS

LAVA

DO

735

SCU VER O

RUA

740

730

49


ETAPA

ACESSOS

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

50

1:2000

ESCALA

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 03/42

DATA


ETAPA

CIRCULAÇÃO

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

51

1:1500

ESCALA

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 04/42

DATA


DE FONTE INTERATIVA

IGU

APE

OT

RU

TO

A

E

IR RE

OT

F ESTACIONAMENTO

CICLOVIA BIDIRECIONAL

TO

E

DE

EIR

FR

ESTACIONAMENTO

DE

AL EN

PROFESS

CA

R

RUA

CA

R

PEDRO

AL

25

24 23

XE IRA

OR

EN

22

19

TEI

07

18

13

17

06

12 11

04

15 10

03

14

09

02

SEVERIA

08

PARA CICLO

05

16

VIVEIRO

C

21

20

01

INTEGRAÇÃO COM POSTO DA P.M EXISTENTE

ALUNO (A):

NO

CICLOVIA UNIDIRECIONAL

A

IR

UE

Q UN

GUILHERME DE C. DIAS

A

DOUTOR

RU

05/42

PRANCHA

RUA

UES RODRIG

RODRIGUES

BARÃO

J

POLÍCIA MILITAR

B

ORIENTADOR (A):

RU

A

MEN DES

JARDIM DE CHUVA

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO GRÁFICA MUNICIPAL

A

RU

A PARACICLO

DATA CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

RUA MADEIRA

AREIA

PEDRAS

JORNADA SENSORIAL

MADEIRA

ESCALA

V

PLAYGROUND + A.T.I SOLÁRIO

PEDRAS

A

EIRA

CONCHA ACÚSTICA

TEIX

A V

W.C

ETAPA

CICLOVIA UNIDIRECIONAL

JARDIM DE CHUVA

W.C + VESTIÁRIO

C

VILL

A

MAR

IA HEL

ENA

CICLOVIA UNIDIRECIONAL

SKATE PARK

FOOD TRUCK PARK

PÉS

LAVA

RECUO DO GRADIL E IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA UNIDIRECIONAL

RUA

VER

O

PARACICLO

PROJETO

BIKE SAMPA

ALAMEDA DOS IPÊS

SCU

DO

LAGO

RUA

B

TFG - PARQUE LAVAPÉS

RU

IMPLANTAÇÃO GERAL 1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

ADM + ATIVIDADES CULTURAIS

52


PASSEIO

REDÁRIO

ÁRVORES FRUTIFERAS

PASSEIO CONCHA ACÚSTICA

QUADRA POLIESPORTIVA

PLAYGROUND

PASSEIO

ALUNO (A):

JORNADA SENSORIAL AUDIÇÃO

ORIENTADOR (A):

CORTE A-A

PASSEIO

ÁREA AJARDINADA

ÁREA AJARDINADA

PASSEIO

ÁREA AJARDINADA

LAGO

PASSEIO

ALAMEDA DOS IPÊS

ÁREA AJARDINADA

ACESSO

ESCALA

CENTRO DE ATIVIDADES

DATA

ESC. 1:1000

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 06/42

PRANCHA PASSEIO

ÁRVORES FRUTIFERAS

ÁREA AJARDINADA

SOLARIUM

CORTE B-B

CICLOFAIXA CAMINHADA

CAMINHADA

CAMINHADA CAMINHADA PASSEIO

CICLOFAIXA

CICLOFAIXA

PASSEIO

FONTE INTERATIVA

PASSEIO

JORNADA SENSORIAL OLFATO

ÁRVORES FRUTIFERAS

PASSEIO

ÁREA AJARDINADA

PASSEIO

ÁREA AJARDINADA

PASSEIO

JARDIM DE CHUVA

CORTE C-C

PROJETO

ESC. 1:1050

CORTES

PASSEIO CICLOFAIXA

TFG - PARQUE LAVAPÉS

ESTACIONAMENTO

ETAPA

ESC. 1:900

53


AMPLIAÇÃO CORTE C-C

ESC. 1:150

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 07/42

ESCALA ETAPA PROJETO

A FONTE INTERATIVA POSSUI UM SISTEMA INTERLIGADO AO LAGO ARTIFICIAL, ESTE FORNECE A ÁGUA NECESSÁRIA PARA O CORRETO FUNCIONAMENTO DA FONTE, FUNCIONANDO COMO RESERVATÓRIO. POSSUINDO BOMBAS DE CAPTAÇÃO E IRRIGAÇÃO, ONDE PODEMOS OBSERVAR MELHOR NO MEMORIAL DESCRITIVO.

CORTES

AMPLIAÇÃO CORTE A-A

ESC. 1:150

TFG - PARQUE LAVAPÉS

PRANCHA ALUNO (A): ORIENTADOR (A): DATA

.45

1.46

A CONCHA ACÚSTICA FOI PENSADA A PARTIR DO CONFORTO DA PLATÉIA, TENDO OS ASSENTOS LARGOS, ONDE UMA FAMILIA PODE SE SENTAR CONFORTAVELMENTE E DA MANEIRA QUE QUISER, E EM TERRENO PLANO, ONDE OS CADEIRANTES PODEM OPTAR ONDE QUEREM VER O ESPETÁCULO QUE ALI OCORRA, PODENDO FICAR TANTO DA FRENTE DO PALCO COMO EM QUALQUER OUTRO LOCAL, TRANSFORMANDO ASSIM O LOCAL EM UM AMBIENTE ACOLHEDOR E NÃO SEGREGADOR.

54


TO

TO

DE

FR

DE

AL

EN

AL

25

EN

24 23 22

CA

R RUA

CA

R

19

07

18 13

12

05

11

04

15 10

03

14

09

02

08

A

45

J

32

44

33

4

5

POLÍCIA MILITAR

6

1

4

1

45

44

5

26 22

1

25

21 1 14

12

13

14

16 1

23

37

20 21

22 15

4 11

31

28 27 29 30

24

19 5

17

10

7

RU

A

8

18 9

39

38

EIRA

40

TEIX

1

36

41 V

35

5

3

4

1

5

4

3 42

1

38 unidades

MESA DE MADEIRA COM BANCO ACOPLADO

28 unidades

BANCO DE CONCRETO CORRIDO

130,31 ml

2

BANCO DE MADEIRA

9 unidades

3

ARQUIBANCADA DE CONCRETO CORRIDO

4

BEBEDOURO EM AÇO GALVANIZADO EM DUAS ALTURAS

11 unidades

5

LIXEIRA DUPLA COM HASTE METÁLICA

13 unidades

6

SKATEPARK

1 unidade

7

CENTRO DE ATIVIDADES A

1 unidade

8

TÚNEL DO TEMPO

1 unidade

9

JERICA

1 unidade

10

TREPA TREPA

2 unidades

01

EIR

U

4 unidades

BANCO DE POLIETILENO ROTOMOLDADO

19,36 ml

06

17 16

Q UN

1 VILL

A

34

11

ESCORREGADOR

3 unidades

12

BALANÇO DUPLO

2 unidades

13

CASA DO TARZAN

1 unidade

14

GANGORRA DUPLA

4 unidades

15

JANGADINHA

1 unidade

16

RANGER

1 unidade

17

SPIRIBALL GOG (ACESSÍVEL)

2 unidades

18

BALANÇO DUPLO FRONTAL (ACESSÍVEL)

2 unidades

19

BALANÇO DUPLO ASTRONAUTA (ACESSÍVEL)

2 unidades

20

BANCADA CIÇA (ACESSÍVEL)

2 unidades

21

PAINEL ÁBACO (ACESSÍVEL)

4 unidades

22

GIRASSOL COLETIVO (ACESSÍVEL)

8 unidades

23

PAINEL XILOFONE (ACESSÍVEL)

6 unidades

24

PAINEL PICTOGRAMA (ACESSÍVEL)

6 unidades

25

PAINEL ESPELHO CALEIDOSCÓPIO (ACESSÍVEL)

3 unidades

26

CAMINHADA DUPLO (A.T.I)

1 unidade

27

ESQUI TRIPLO (A.T.I)

1 unidade

28

ROTAÇÃO DIAGONAL DUPLA (A.T.I)

1 unidade

29

JOGO DE BARRAS (A.T.I)

1 unidade

30

PUXADOR DE COSTAS DUPLO (A.T.I)

1 unidade

31

MULTIPLO EXERCITADOR (A.T.I)

1 unidade

32

VIVEIRO

640,83 M²

33

CENTRO DE EXPOSIÇÕES

34

W.C COM VESTIÁRIO

35

W.C

36

CONCHA ACÚSTICA

M² 118,74 M² 61,12 M² 1.602,55 M²

37

TUBAS ACÚSTICAS

1 unidade

38

PERCUSSÃO HUMANA

1 unidade

39

PERCUSSÃO AKADINGA

1 unidade

40

FONTE INTERATIVA

40,57 M²

41

CAMINHO DOS BAMBUS

42

GUIA LEVE DE CONCRETO

4.308,54 M² 3.156,18 M²

64,25 M²

43

FOOD TRUCK PARK

44

CICLOFAIXA

9 km

45

PARACICLO

6 unidades

46

ESTAÇÃO BIKE SAMPA

1 unidade

47

PERGOLADO

910,17 M²

PONTOS DE ILUMINAÇÃO PROPOSTOS

08/42

5 unidades

BANCO DE POLIETILENO ROTOMOLDADO

1

21

20

BANCO DE POLIETILENO ROTOMOLDADO

ALUNO (A):

OT E

EIR

592,77 M²

ORIENTADOR (A):

EI

FR

42,63 M²

MADEIRA (JORNADA SENSORIAL - OUFATO E TATO)

DATA

A

GUILHERME DE C. DIAS

OT

RU

RE

ESCALA

APE

653,70 M²

PEDRAS (JORNADA SENSORIAL - TATO E VISÃO)

ETAPA

IGU

25.789,17 M²

1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

AREIA (QUADRA E JORNADA SENSORIAL - TATO)

A

PISOS E ELEMENTOS

PISO INTERTRAVADO (TODAS AS ÁREAS DE CIRCULAÇÃO)

RU

PRANCHA

LEGENDA - PISOS E ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

DE

248 unidades

1

1

5 44 4

5

43 5

44

PROJETO

RUA

O

46

VER

DO

PÉS

LAVA

SCU

45

2

4

6

3

5

RUA

2

TFG - PARQUE LAVAPÉS

47

2

55


AL

25

EN

24 23 22

CA

CA

R

R

RU

A

21

19

20

13

06

12

05

11

10

JU

A

03

09 08

RU

04

15 14

02

RA

EI

QU

N JU

13 IPÊ BRANCO QT.19 D.P.6.60/7.50m 12 RAVENALA QT.08 D.P.5.15/5.30m

26 PAPO DE PERU QT.08 D.P.1.80/2.40m 27 AMOR AGARRADINHO D.P.3.60/4.70m

43 GRAMA AMENDOIM QT.V.T D.P.0.20m

32 DENTE DE LEÃO QT.103 D.P.0.03/0.05m 33 TANCHAGEM QT.68 D.P.0.60m

14 JASMIM D.P.3.45/3.60m 15 JASMIM MANGA D.P.3.45/3.60m

18 AROEIRA D.P.3.60/4.70m

28 MANACÁ D.P.0.91/1.50m

37 VELUDO ROXO D.P.0.45/0.60m

40 CACTOS D.P.0.07/0.15m 19 CÁSSIA ALELUIA D.P.1.12/1.80m

41 PLANTA MOSAICO D.P.0.15m

MADEIRA

AREIA

PEDRAS

20 FLAMBOYANT D.P.3.60/4.70m

23 PRIMAVERA VERMELHA D.P.1.55m

16 DAMA DA NOITE D.P.2.40/7.90m

42 MOSAICO AQUÁTICO D.P.0.30m

38 KALANCHOE D.P.0.15/0.30m MADEIRA

39 ESPADA DE S. JORGEPEDRAS D.P.0.07/0.15m 31 JASMIM LEITE D.P.2.40m 24 ABACAXI ROXO D.P.0.30m

34 BORRAGEM QT.75 D.P.0.60m

62 md

02

Ipê Rosa

Tabebuia pentaphylla

3,00m

70 md

03

Munguba

Pachira aquatica

12,00m

62 md

04

Palmeira Betel

Areca Catechu

10,00m

04 md

05

Oiti

Licania tomentosa

12,00m

09 md

06

Pata de vaca

Bauhinia variegata

9,00m

51 md

07

Sibipiruna

Caesalpinia pluviosa

12,00m

18 md

08

Pitanga

Eugenia uniflora

3,00m

17 md

09

Acerola

Malpighia emarginata

1,80m

23 md

10

Manga

Mangifera indica

6,00m

16 md

11

Coco da Bahia

Cocos nucifera

4,00m

05 md

12

Ravenala

3,50m

08 md

13

Ipê Branco

Ravenala madagascariensis Tabebuia roseo-alba

3,00m

19 md

14

Jasmim

Jasminum

3,00m

04 md

15

Jasmim manga

Plumeria rubra

3,00m

04 md

16

Dama da noite

Cestrum nocturnum

4,70m

04 md

17

Uvaia

Eugenia pyriformis

4,00m

01 md

18

Aroeira

Schinus terebinthifolius

12,00m

36 md

19

Cássia Aleluia

Senna macranthera

8,00m

25 md

20

Flamboyant

Delonix regia

12,00m

08 md

Phormium tenax

1,00m

15 md 332 md

21

09 ACEROLA D.P.2.40m

08 PITANGA D.P.4.65/4.95m

35 CALÊNDULA D.P.0.60/0.95m

RUA

36 CAPUCHINHA D.P.0.10/0.25m

Formio

22

Alpinia

Alpinia purpurata

1,20m

23

Primavera

Bougainvillea glabra

1,20m

40 md

24

Abacaxi roxo

0,60m

45 md

25

Inhame preto

Tradescantia spathacea Colocasia esculenta

1,20m

110 md

29 HERA D.P.0.60m

ESPÉCIES TREPADEIRAS

30 TREPADEIRA MEXICANA D.P.1.52m 11 COCO DA BAHIA D.P.3.65/7.60m 07 SIBIPIRUNA QT.18 D.P.6.05/7.10m

V

26

Papo de peru

Aristolochia gigantea

2,00m

08 md

27

Amor agarradinho

Antigonon leptopus

3,00m

06 md

28

Manaca de cheiro

Brunfelsia uniflora

2,00m

05 md

29

Hera

Hedera canariensis

3,60m

15 md

30

Trepadeira Mexicana

Senecio confusus

2,50m

20 md

31

Jasmim leite

Trachelospermum jasminoides

1,50m

10 md

32

Dente de leão

Taraxacum officinale

0,15m

103 md

33

Tanchagem

Plantago major

0,30m

68 md

34

Borragem

Borago officinalis

0,30m

75 md

35

Calêndula

Calendula officinalis

0,60m

37 md

36

Capuchinha

Tropaeolum majus

0,30m

33 md

37

Veludo Roxo

Gynura aurantiaca

0,90m

50 md

38

Kalanchoe

0,40m

51 md

39

Kalanchoe blossfeldiana Espada de São Jorge Sansevieria trifasciata

0,90m

80 md

40

Cactos

0,30m

50 md

06 PATA DE VACA QT.51 D.P.6.00m 44 GRAMA SÃO CARLOS D.P. -

22 ALPINIA D.P.0.60

FORRAÇÕES

01 JACARANDA QT.62 D.P.7.45

25 INHAME PRETO D.P.0.30m

05 OITI QT.09 D.P.7.30/8.30m 21 FORMIO QT.07 D.P.1.00/1.20m

Cactaceae

41

Planta mosaico

Fittonia albivenis

0,30m

60 md

42

Mosaico aquatico

Ludwigia sedioides

0,20m

80 md

43

Grama amendoim

Arachis repens

0,15m

13.961,95 m²

44

Grama São Carlos

Axonopus compressus

0,03m

49.534,42 m²

RUA

04 PLAMEIRA BETEL QT.04 D.P.2.90/3.65m

PÉS

LEGENDA PLANTIO

LAVA

03 MUNGUBA QT.62 D.P.5.60/7.80m

CÓDIGO

02 IPE ROSA QT.70 D.P.6.70/9.30m

RUA

SCU VER O

DO

QUANTIDADE

09/42

15,00m

ESPÉCIES ARBUSTIVAS

10 MANGA D.P.4.50/6.00m

17 UVAIA D.P.2.28m

Jacaranda mimosifolia

01

A

EIR

PORTE (m)

Jacarandá

07

18 17 16

U NQ

NOME CIENTÍFICO

01

NOME POPULAR DP= DISTÂNCIA DE PLANTIO

QT= QUANTIDADE

* V.T.= VER TABELA

PAISAGISMO

EN

NOME POPULAR

TFG - PARQUE LAVAPÉS

AL

CÓD.

GUILHERME DE C. DIAS

ESPÉCIES ARBÓREAS

DE

ALUNO (A):

EIR

FR

ORIENTADOR (A):

E

DE

DATA

TO

ESCALA

OT

1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

LEGENDA - DIRETRIZES PARA PROJETO DE PAISAGISMO

TO

A

PRANCHA

OT

RU

E

IR

E FR

ETAPA

APE

PROJETO

IGU

56


ESTACAS DE BAMBÚ OU MADEIRA (TUTOR)

DIÂMETRO NA ALTURA DO PEITO

TERRA PARA PLANTIO*

APROX.1,20

ALUNO (A):

TORRÃO

TORRÃO SOBRE UMA CAMADA DE TERRA DE PLANTIO LEVEMENTE COMPACTADA*

TORRÃO SOBRE UMA CAMADA DE TERRA DE PLANTIO LEVEMENTE COMPACTADA*

MADEIRA

ALTURA TOTAL VIDE TABELA

AMARRAÇÃO COM MANGUEIRA DE BORRACHA COM ARAME POR DENTRO

ESCALA

TUTORAMENTO

DATA

MUDA ÁRVORE

BASE DE ESTOPA (ANIAGEM)

TUTOR DE MADEIRA REDONDO Ø8 Á 10cm OU VIGOTA 06x12cm

PALMITO

TORRÃO

ETAPA

DET. AMARRAÇÃO SEM ESCALA

1,50 -2,00

VIDE DET. AMARRAÇÃO

TUTOR DE MADEIRA REDONDO Ø8 Á 10cm OU VIGOTA 06x12cm

TUTOR DE MADEIRA REDONDO Ø8 Á 10cm OU VIGOTA 06x12cm

TORRÃO

DETALHE PLANTIO ARVORE

TERRA PARA PLANTIO*

R=1.50m

TORRÃO SOBRE UMA CAMADA DE TERRA DE PLANTIO LEVEMENTE COMPACTADA*

DETALHE PLANTIO PALMEIRA PLANTA BAIXA SEM ESCALA

PROJETO

PALMITO

ESC 1:25

10/42

TERRA PARA PLANTIO*

ESC 1:15

MADEIRA ENTERRADA PARA APOIO

DET. PAISAGISMO

PORTE TOTAL VIDE TABELA

ORIENTADOR (A):

ESC. 1:25

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

DETALHE PLANTIO ARBUSTO

MUDA ÁRVORE ESC. 1:25

TFG - PARQUE LAVAPÉS

D.A.P.

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA ALTURA TOTAL

PORTE TOTAL VIDE TABELA

MUDA ARBUSTO

57


11/42 GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA ALUNO (A): DATA

ORIENTADOR (A):

PALADAR

TATO

VISÃO MADEIRA

PEDRAS

OBS: LISTA DE PLANTAS E ELEMENTOS USADOS PARA COMPOR A TRILHA SENSORIAL, ENCONTRAM-SE NAS FOLHAS 08/42 E 09/42

AUDIÇÃO

OTT

RU

IGUA

PE

A

E

EIR

FR

O

OTT

O

E

EIR

FR

DE

DE

AL

EN

AL

EN

CAR

CAR

RUA

RU

A

ETAPA

PEDRAS

ESCALA

AREIA

RU

A

OTT

O

A

IR

UE

NQ

OTT

A

O

IR

JU

E QU

JORNADA SENSORIAL 1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

OLFATO

N

JU

MEND

ES

POLÍCIA MILITAR

A

RU

A

RU

OLFATO

PALADAR

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO

RUA

TATO PEDRAS

VISÃO MADEIRA

PEDRAS

TEIXE

IRA

AUDIÇÃO

V

VILLA

MARIA HELE

RUA

NA

S

LAVAPÉ

IMPLANTAÇÃO TRILHA SENSORIAL ESC. 1:500

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA

PROJETO

DO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

AREIA

58


A

OBS: LISTA DE PLANTAS E ELEMENTOS USADOS PARA COMPOR O PLAYGROUND, ENCONTRAM-SE NAS FOLHAS 08 42 E 09/42 OTT

RU PE

A

E

EIR

FR

O

OTT

O

E

EIR

FR

DE

DE

AL

EN

AL

EN

CAR

CAR

RUA

RU

A

ETAPA

IGUA

RU

A

OTT

O

A

IR

UE

NQ

OTT

A

E QU

12/42 GUILHERME DE C. DIAS

O

IR

JU

JORNADA SENSORIAL 1:1.500 MAI/2017 SIMONE GATTI

PRANCHA ALUNO (A): ORIENTADOR (A): DATA ESCALA

RU

N

JU

MEND

ES

POLÍCIA MILITAR

A

RU

A

RU

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO

RUA

MADEIRA

PEDRAS

TEIXE IRA

PEDRAS

V

VILLA

MARIA HELE

RUA

NA

S

LAVAPÉ

IMPLANTAÇÃO PLAYGROUND ESC. 1:300

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA

PROJETO

DO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

AREIA

59


1B PÉS ORIENTADOR (A):

LAVA

DO

DATA

IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA NOS ACESSOS 5 E 6 DA RUA DO LAVAPÉS COM RECUO DO GRADIL

ESCALA

ESC. 1:1000

3.5

13/42 GUILHERME DE C. DIAS INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

PRANCHA ALUNO (A):

1A

6

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

0.40

2.61

PASSEIO EXISTENTE

3.50

1.20

RECUO PROPOSTO

FAIXA DE SEGURANÇA 1A - AMPLICAÇÃO CICLOVIA UNIDIRECIONAL ACESSO PORTÃO 6 ESC. 1:100

CICLOVIA

ETAPA

FAIXA DE CIRCULAÇÃO LIVRE

60


2.15 RECUO PROPOSTO

14/42

PASSEIO EXISTENTE

ORIENTADOR (A):

3.50

BIKE SAMPA ESTAÇÃO PARQUE LAVAPÉS

ALUNO (A):

FAIXA DE SEGURANÇA

GUILHERME DE C. DIAS

0

1.2

0

0.4

1B - AMPLICAÇÃO CICLOVIA UNIDIRECIONAL ACESSO PORTÃO 5

V

2B

ETAPA

2A

PROJETO

TEIX

EIRA

A

INDICADA TFG - PARQUE LAVAPÉS

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

RU

IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA NO ACESSO 7 DA RUA CESÁRIO RAMALHO ESC. 1:1000

CICLOVIA

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO GRÁFICA MUNICIPAL

ESCALA

MEN

DES

DATA

ESC. 1:100

MAI/2017 SIMONE GATTI

PARACICLO

PRANCHA

3.98 FAIXA DE CIRCULAÇÃO LIVRE

61


40

0.

ALUNO (A):

FAIXA DE SEGURANÇA PASSEIO EXISTENTE

ETAPA

FAIXA DE CIRCULAÇÃO LIVRE FAIXA DE SEGURANÇA

0.40

ESC. 1:100

PROJETO

1.20

2B - AMPLICAÇÃO CICLOVIA UNIDIRECIONAL ACESSO PORTÃO 7

PASSEIO EXISTENTE

15/42 INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI CICLOVIA

ESCALA

ESC. 1:100

TFG - PARQUE LAVAPÉS

J

2A - AMPLICAÇÃO CICLOVIA BIDIRECIONAL ACESSO PORTÃO 7

ORIENTADOR (A):

N U

U Q DATA

FAIXA DE CIRCULAÇÃO LIVRE

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA

1. 25

1. 25

4.90

62


16/42 GUILHERME DE C. DIAS

3A

ALUNO (A):

JU

A

RU

IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA NO ACESSO 4 DA RUA JUNQUEIRA FREIRE

ESCALA

DATA

ESC. 1:1000

MAI/2017 SIMONE GATTI

A

RU

INDICADA

ORIENTADOR (A):

RU A

I E

FAIXA DE CIRCULAÇÃO LIVRE 3A - AMPLICAÇÃO CICLOVIA UNIDIRECIONAL ACESSO PORTÃO 4 ESC. 1:100

0.40

1.20

CICLOVIA

FAIXA DE SEGURANÇA

TFG - PARQUE LAVAPÉS

ETAPA

PASSEIO EXISTENTE

PROJETO

U

PRANCHA

TE IXE IRA

A R

A

EIR

U NQ

63


IMPLANTAÇÃO ACESSIBILIDADE CALÇADAS ESC 1:1500

QUANTIDADE

LADRILHO HIDRÁULICO BRANCO E PRETO TIPO MAPA DE SÃO PAULO (PROPOSTO)

1

GUIA LEVE DE CONCRETO

1.533,07 m

5.270,52 m²

2

RAMPAS DE ACESSIBILIDADE EM CONCRETO

8 unidades

3

PISO TÁTIL DIRECIONAL

273,33 m²

4

PISO TÁTIL DE ALERTA

6,64 m²

5

GRADIL TIPO PARQUE PADRÃO PMSP

744,04 m

17/42 INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI ACESSIBILIDADE TFG - PARQUE LAVAPÉS

ESPECIFICAÇÃO 1

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA ALUNO (A): DATA

ORIENTADOR (A): ESCALA ETAPA PROJETO

LEGENDA - PISOS E ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

64


1,24

04

02.E

03

0,25

1,02

01

2%

SCU VER O

s/ escala

DATA

02.A. TRECHO 1: RUA DO LAVAPÉS - ARTICULAÇÃO

171,97°

0,50

1 01

177,15°

05

166,95° 03

04

i=2%

03

04

03

0,25

3,21

05

04

1

03

01

01

02.B. TRECHO 1: RUA DO LAVAPÉS

18/42 INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

01

ACESSIBILIDADE

04

01

04

TFG - PARQUE LAVAPÉS

1

ESCALA

04

1

ETAPA

141,66°

PROJETO

03

13 0,0 6°

01 01

ALUNO (A):

03

04

03

01

03

i=2%

1 01

05

ORIENTADOR (A):

05

166,95°

0,50

177,15°

03

i=

i=2% 03

04

1

0,25

0,25

171,97°

03

PÉS

LAVA

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA 0,25

2%

1,02

03

1,67

0,50

02

1

01

0,25

3,21

3,36

0,25

01

01

05

DO

05

03

01

1

03

04

i=

1,45

3,50

02.B

1,84

05

04 164,01°

2,27

04

172,08° 1

03

0,84

02.D

02.C

ESCALA 1:300

65


0,25

03

01

1 01 0,25

i=2%

ALUNO (A):

S É P A LAV

03

GUILHERME DE C. DIAS

01

1,84

3,50

05

19/42

PRANCHA

1,45

03

ESCALA

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

ETAPA

ACESSIBILIDADE TFG - PARQUE LAVAPÉS

04

PROJETO

03

171,97°

ESCALA 1:300

02.C. TRECHO 1: RUA DO LAVAPÉS

0,50

02

1

1,24

1,02

03 0,25

1,02

04

1,67

01

DATA

05

03

0,25

2,27

i=

1

3,36

0,84

04 164,01°

2%

04

172,08°

ORIENTADOR (A):

01

01

03

05

i=

0,25

2%

1

RUA

01

ESCALA 1:300

0,25

02.D. TRECHO 1: RUA DO LAVAPÉS

03

01

04

02.E. TRECHO 1: RUA DO LAVAPÉS

1

04 01

13

0,

141,66°

06

°

03

ESCALA 1:300

66


03.B. TRECHO 2: RUA TEIXEIRA MENDES

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

ACESSIBILIDADE

ESCALA 1:300

TFG - PARQUE LAVAPÉS

ORIENTADOR (A):

s/ escala

ESCALA

DATA

03.A. TRECHO 2: RUA TEIXEIRA MENDES - ARTICULAÇÃO

ETAPA

03.C

GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

03.D

PROJETO

20/42

PRANCHA

03.B

67


03.D. TRECHO 2: RUA TEIXEIRA MENDES ESCALA 1:300 ESCALA

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

ETAPA

ACESSIBILIDADE TFG - PARQUE LAVAPÉS

ORIENTADOR (A):

ESCALA 1:300

PROJETO

DATA

03.C. TRECHO 2: RUA TEIXEIRA MENDES

68

GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

21/42

PRANCHA


07

24

06

23

05

21

19

13

18

12

ORIENTADOR (A):

03

05

04 03

22/42 INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

25

ACESSIBILIDADE

05

05

TFG - PARQUE LAVAPÉS

ALUNO (A):

i=2%

0,25

05

2,57

1

03

22

04.B. TRECHO 3: RUA OTTO DE ALENCAR

DATA

01

3,42

03

0,25

05

ALENCAR

01

2,47

1,80

03

3,36

01 1

04

DE

ESCALA

1,02 1,021,24

OTTO

ETAPA

RUA

02

s/ escala

PROJETO

04.A. TRECHO 3: RUA OTTO DE ALENCAR - ARTICULAÇÃO

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA

04.C

04.B

ESCALA 1:300

69


FREIRE 05

3,33

0,25

2,53

03

0,55

3,45

0,25

2,62 0,59

3,37

2,45

0,25

0,66

0,70

3,11

0,25

05

1

1 05

03

i=2%

1

03

i=2%

05

01

01 i=2%

4

03

01 i=2%

0,6

1

i=2%

04

3,44

01

04

03 05

04 5° 165 ,72 °

173,7

02 1

05 04

01 03

23/42 INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI ACESSIBILIDADE TFG - PARQUE LAVAPÉS

ORIENTADOR (A):

05.D

GUILHERME DE C. DIAS

PRANCHA ALUNO (A):

05.C

1

DATA

05.B

ESCALA

FREIRE

ETAPA

ESCALA 1:300

JUNQUEIRA

PROJETO

04.C. TRECHO 3: RUA OTTO DE ALENCAR

8

1,8

0

2,4

05

0,25

3,48

1

05

02 1,0 2 1,2 4 1,0

2

04

03

1

6

3,3

05.A. TRECHO 4: RUA JUNQUEIRA FREIRE - ARTICULAÇÃO

s/ escala

70


3,45

0,25

03

05 2,53

3,33

0,25

0,55

2,62

1

05

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

ACESSIBILIDADE

ESCALA 1:300

TFG - PARQUE LAVAPÉS

03

ESCALA

01

ETAPA

ORIENTADOR (A):

ESCALA 1:300

PROJETO

DATA

i=2%

05.C. TRECHO 4: RUA JUNQUEIRA FREIRE i=2%

0,59

05.B. TRECHO 4: RUA JUNQUEIRA FREIRE

71

GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

24/42

PRANCHA


ESCALA

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

ETAPA

ACESSIBILIDADE

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

ORIENTADOR (A):

ESCALA 1:300

DATA

05.D. TRECHO 4: RUA JUNQUEIRA FREIRE

72

GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

25/42

PRANCHA


ORIENTADOR (A): DATA

2% 2%

ESCALA

LEGENDA

EIXO DO PASSEIO

26/42 GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

2%

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

PRANCHA

2%

DRENAGEM SUPERFICIAL DRENAGEM CANALIZADA

RU

IGU

APE

OT

RU

TO

A

E

EIR

FR

DOUTOR

A

OT

TO

E

IR RE

F

DE DE

AL

A

EN

PROFES

CA

R RUA

CA

R

TEIX

EIR

SOR

EN

AL

PEDRO

AMPLIAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM ESC.1:100

NO

ETAPA

SEVERIA

A

IR

UE

NQ

JU

A

IR

UE

NQ

JU

DRENAGEM

BOCA DE LEÃO

RU

A

MEND ES

POLÍCIA MILITAR

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO GRÁFICA MUNICIPAL

A

RU

A

RU

PASSEIO COM PISO DRENANTE INTERTRAVADO

GUIA

CANTEIRO

GUIA

V

BOCA DE LEÃO

BOCA DE LEÃO 2%

2%

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

RU

A

V V

MADEIRA

AREIA

PEDRAS

MADEIRA PEDRAS

2%

2%

.30 TEIX EIRA

.30

AREIA DE ASSENTAMENTO V

BRITA

CAIXA DE RETENÇÃO E INFILTRAÇÃO VILL

A

MARI

A HELE

NA

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA

RUA

ESC. 1:25

PROJETO

V

DETALHE DRENAGEM

PÉS

LAVA

DO

RUA

TFG - PARQUE LAVAPÉS

CANTEIRO

73


27/42

JARDIM DE CHUVA ORIENTADOR (A):

BARRAGEM

DATA

PAREDE DO JARDIM DE CHUVA = +0,10

LEGENDA

FLUXO

NC NÍVEL CALÇAMENTO

NP NÍVEL GUIA DO JARDIM

NÍVEL JARDIM

ESCALA

NJ

AMPLIAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM ESC.1:100

RU

APE

OT

RU

TO

A

E

IR

E FR

DOUTOR

A

IGU

OT

TO

E

EIR

FR

DE DE

AL

SOR

EN

PROFES

CA

R RUA

TEIX EIR A

NC

AR

PEDRO

ALE

NO

SEVERIA

A

IR

UE

NQ

JU

A

IR

UE

NQ

JU

ETAPA

RU

A

MEND ES

POLÍCIA MILITAR

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE

A

RU

DRENAGEM

FLUXO

GUILHERME DE C. DIAS

ALUNO (A):

FLUXO

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

PRANCHA

GRADIL

GRÁFICA MUNICIPAL

A

RU

parede do jardim de chuva e = 10cm

V

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

RU

A

MADEIRA

AREIA

PEDRAS

MADEIRA PEDRAS

V

solo do jardim de chuva

VILL

A

MARI

A

areia grossa

HELE

NA

material agregado RUA

solo existente

PÉS

LAVA

DO

AMPLIAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM ESC.1:100

PROJETO

RUA

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA

TFG - PARQUE LAVAPÉS

TEIX

EIRA

barragem em argila compactada

74


28/42

ALUNO (A):

JARDIM DE CHUVA ORIENTADOR (A):

BARRAGEM

LEGENDA NC EIXO DO PASSEIO

NP NÍVEL GUIA DO JARDIM

NÍVEL JARDIM

ESCALA

NJ

AMPLIAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM ESC.1:100

RU

APE

OT

RU

TO

A

E

IR

E FR

DOUTOR

A

IGU

OT

TO

E

EIR

FR

DE DE

AL

SOR

EN

PROFES

CA

R RUA

TEIX EIR

A

NC

AR

PEDRO

ALE

SEVERIA NO

A

IR

UE

NQ

JU

A

IR

UE

NQ

JU

ETAPA

RU A

MEND ES

POLÍCIA MILITAR

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE

A

RU

DRENAGEM

FLUXO

DATA

PAREDE DO JARDIM DE CHUVA = +0,10

GUILHERME DE C. DIAS

FLUXO

FLUXO

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI

PRANCHA

FLUXO

GRÁFICA MUNICIPAL

A

RU

V

parede do jardim de chuva e = 10cm

CEMES- CENTRO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO

RU

A

MADEIRA

AREIA

PEDRAS

MADEIRA

sarjeta e meio-fio

V

solo do jardim de chuva VILL

A

MARI

A

areia grossa

HELE

NA

forro

AMPLIAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM ESC.1:100

PÉS

LAVA

DO

RUA

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA

PROJETO

solo existente

RUA

material agregado

TFG - PARQUE LAVAPÉS

TEIX EIRA

PEDRAS

75


G

E F

ORIENTADOR (A):

A

1

REUNIÕES

1.80 2.04

1.85 4.89

7.97

SALA DE ESPERA

SALA DE ESPERA

6

.80

.80

ESCALA

2.57

20.40

2 1

3.38

.80

4 3

2.50

ÁREA DE ESTAR E CIRCULAÇÃO

6 5

4.00

SOBE 8 7

W.C

B

ADMINISTRAÇÃO

.80

1.65

6.14

4.97

2.87

4 B 5

1.97

RECEPÇÃO

8.12

7

POLICIA MILITAR

ETAPA

1.69

.80

.15

CENTRO DE ATIVIDADES

2 5.80

3

DATA

5.34

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 29/42

PRANCHA

C D

B

ALUNO (A):

A

31.92

V

A V

ESC. 1:150

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA PROJETO

IMPLANTAÇÃO TÉRREO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

V

76


F G H

C D E

I

A

ALUNO (A):

B

1.24

2 1

W.C PNE

BIBLIOTECA

3.99

1.00

ESCALA

4 3

2.96

6 5

2.37

1.10

3.31

SOBE 8 7

DATA

1.61 .60

4.17 7.58

.80

1.51

4.89

QUADROS DE FORÇA

B

W.C

1.61 .60

4.00

1.66 DEPÓSITO

1.66

1.70

1.00

3.31

3.12

APOIO

SACADA

1.86

1.86

3.46

20.10

9

6.89

3.47

4.00

5 6 7 8

3.25

2 3 4

ORIENTADOR (A):

20.30

11.22

B

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 30/42

PRANCHA

A

CENTRO DE ATIVIDADES

POLICIA MILITAR

ETAPA

10

3.25

4.00

.80

10.50

V

A V

ESC. 1:150

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA PROJETO

1º PAVIMENTO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

V

77


F G H

C D E

I

A

ALUNO (A):

B

4 3

2 1

3.99

DATA

1.61 .60 W.C PNE

1.00

ESCALA

6 5

2.37

1.10

3.31

SOBE 8 7

2.96

B

1.51

4.89

QUADROS DE FORÇA

SACADA

1.24 1.66

7.58

.80

4.17

1.66 DEPÓSITO

W.C

1.61 .60

4.00

APOIO

1.70

1.00

3.31

3.12

3.47

1.86

1.86

3.46

20.10

9

6.89

4.00

5 6 7 8

3.25

2 3 4

ORIENTADOR (A):

20.30

11.22

B

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 31/42

PRANCHA

A

POLICIA MILITAR

ETAPA

3.25

10

SALA DE ATIVIDADES DIVERSAS

CENTRO DE ATIVIDADES

4.00

.80

10.50

V

A V

ESC. 1:150

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA PROJETO

2º PAVIMENTO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

V

78


I

A 4 3

2 1

3.99

DATA

1.61 .60 W.C PNE

1.00

ESCALA

6 5

2.37

1.10

3.31

SOBE 8 7

2.96

B

1.51

4.89

QUADROS DE FORÇA

SACADA

1.24 1.66

7.58

.80

4.17

1.66 DEPÓSITO

W.C

1.61 .60

4.00

APOIO

1.70

1.00

3.31

3.12

3.47

1.86

1.86

3.46

20.10

9

6.89

4.00

5 6 7 8

3.25

2 3 4

ORIENTADOR (A):

20.30

11.22

B

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 32/42

PRANCHA

F G H

C D E

ALUNO (A):

B

A

POLICIA MILITAR

ETAPA

10

3.25

EXPOSIÇÕES

CENTRO DE ATIVIDADES

4.00

.80

10.50

V

A V

ESC. 1:150

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA PROJETO

3º PAVIMENTO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

V

79


ESCALA

CALHA EM CONCRETO

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 33/42

PRANCHA ALUNO (A): DATA

ORIENTADOR (A):

.15 20.10

20.40

2%

2%

LAJE IMPERMEABILIZADA COM MANTA ASFÁLTICA

.15

.15

1.05

14.76

14.76

1.05

CENTRO DE ATIVIDADES

POLICIA MILITAR

ETAPA

PLATIBANDA EM ALVENARIA

.15 V

31.92

V

ESC. 1:150

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO SEM ESCALA PROJETO

COBERTURA

TFG - PARQUE LAVAPÉS

V

80


3.00

1.69

.15

1.86

.15

.15

4.18

2.87

.15

6.73

8.92

.49

1.71

.49

1.86

ALUNO (A):

.20

13.30

ATIVIDADES DIVERSAS

SALA DE APOIO

.15

5.73

2.87

.15

2.50

RECEPÇÃO

SALA DE REUNIÕES

.15

4.09

6.43

ÁREA LIVRE

DATA

3.00

2.29

ORIENTADOR (A):

.20

BIBLIOTECA

CORTE A-A

.20

SACADA

EXPOSIÇÕES

SANITÁRIOS

ATIVIDADES DIVERSAS

SANITÁRIOS

BIBLIOTECA

SANITÁRIOS

ETAPA

1.20 .20

SACADA

SACADA

ÁREA LIVRE

ADMINISTRAÇÃO

PROJETO

CORTE B-B

ESC. 1:150

TFG - PARQUE LAVAPÉS

3.00

1.20 .20

3.00

13.30

3.00

1.20 .20

3.00

.50

ESCALA

ESC. 1:150

INDICADA MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 34/42

.20 3.00

SALA DE APOIO

CENTRO DE ATIVIDADES

PRANCHA

.20

.50 3.00

EXPOSIÇÕES SALA DE APOIO

81


PERSPECTIVAS ELETRONICAS TFG - PARQUE LAVAPÉS

JORNADA SENSORIAL: AUDIÇÃO

ESCALA

A.T.I - ATIVIDADES PARA A TERCEIRA IDADE ETAPA

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

PROJETO

ALAMEDA DOS IPÊS

82

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 35/42

DATA


PERSPECTIVAS ELETRONICAS -

83

TFG - PARQUE LAVAPÉS

FONTE INTERATIVA

ESCALA

CONCHA ACÚSTICA ETAPA

JORNADA SENSORIAL: AUDIÇÃO

PROJETO

JORNADA SENSORIAL: AUDIÇÃO ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 36/42

DATA


PERSPECTIVAS ELETRONICAS TFG - PARQUE LAVAPÉS

JORNADA SENSORIAL: PALADAR

ESCALA

JORNADA SENSORIAL: PALADAR ETAPA

JORNADA SENSORIAL: OLFATO

PROJETO

JORNADA SENSORIAL: OLFATO

84

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 35/42

DATA


PERSPECTIVAS ELETRONICAS TFG - PARQUE LAVAPÉS

PLAYGROUND

ESCALA

PLAYGROUND ETAPA

PLAYGROUND VISÃO AÉREA

PROJETO

PLAYGROUND

85

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 38/42

DATA


PERSPECTIVAS ELETRONICAS TFG - PARQUE LAVAPÉS

SKATE PARK

ESCALA

QUADRA POLIESPORTIVA ETAPA

QUADRA DE AREIA

PROJETO

CENTRO DE ATIVIDADES

86

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 39/42

DATA


PERSPECTIVAS ELETRONICAS TFG - PARQUE LAVAPÉS

JORNADA SENSORIAL: VISÃO

ESCALA

JORNADA SENSORIAL: TATO ETAPA

JORNADA SENSORIAL: TATO

PROJETO

SKATE PARK

87

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 40/42

DATA


ETAPA

PERSPECTIVAS ELETRONICAS -

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

JORNADA SENSORIAL: VISÃO

88

ESCALA

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 41/42

DATA


ETAPA

PERSPECTIVAS ELETRONICAS -

PROJETO

TFG - PARQUE LAVAPÉS

PARQUE ACESSÍVEL E SENSORIAL LAVAPÉS 89

ESCALA

ORIENTADOR (A):

ALUNO (A):

PRANCHA

MAI/2017 SIMONE GATTI GUILHERME DE C. DIAS 42/42

DATA


CAPÍTULO 6

MEMORIAL DESCRITIVO

90


LOCALIZAÇÃO A área correspondente ao Parque Lavapés, cujo projeto é objeto do presente memorial, situa-se na vertente oeste do Rio Tamanduateí, próximo ao córrego da Aclimação, na Zona Central da cidade, Subprefeitura da Sé. O terreno possui 105.673,59m². Destaca-se em relação à localização da área, o acesso direto pelas Ruas Junqueira Freire e Lavapés, que conectam o bairro do Cambuci, aos bairros Liberdade e Mooca, ambos em zonas centrais. Em seu quadrante nordeste e sudeste, o perímetro da área é delineado pelo córrego da aclimação, este canalizado e tamponado. O Parque Lavapés localiza-se, também, nas proximidades do Parque da Aclimação, Independência e Mooca, o Museu da Imigração e Museu Catavento. Bem como a estação de trem da Linha 10 - Turquesa Mooca e as estações de Metro da Linha 1 – Azul Liberdade, São Joaquim e Vergueiro. A demanda real para um parque no local é expressa através da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí. HISTÓRICO DA ÁREA A região do Cambuci exerce na cidade a importância histórica e cultural situada pelo início da formação da cidade de São Paulo. Tendo na época, a Rua do Lavapés como a principal e única trilha para chegar até a estrada Caminho do Mar que os levava a Santos. Durante o caminho, os tropeiros lavavam seus pés no córrego que ali existia, dando nome a rua, Lavapés. Com o uso constante, aos poucos a região passou a ser urbanizada, em 1850 já existiam chácaras e comércios na região. O bairro também sofreu com a Revolta Paulista de 1924, onde grande parte de suas construções sofreram com o impacto das batalhas entre rebeldes e as tropas legalistas. Após a revolta, o bairro acompanhou a industrialização do país e passou a servir como instalação de diversas fábricas e galpões industriais, como é o caso do terreno escolhido que abrigava um grupo de galpões para armazenamento de equipamentos da antiga empresa LIGHT (Atualmente conhecida como Eletropaulo). Porém a partir de 1970 as fábricas começaram a migrar para bairros mais afastados do centro, o que transformou o bairro do Cambuci,

mudando seu aspecto fabril para serviços, ao mesmo tempo em que atraía os moradores sem-teto para os terrenos ali deixados pelas grandes indústrias. O terreno escolhido faz parte da atual Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, que visa melhorias viárias, de drenagem, transporte, empregos, moradia, equipamentos e também a criação de novos parques, prevendo inclusive um parque no terreno em questão. Por esse motivo se fez necessário um estudo mais profundo da área e um projeto mais elaborado de um parque que atraísse a população para a região e revivesse o bairro que já foi palco para grandes eventos. CONTEXTO URBANO Situação e Acessos A área do Parque Lavapés confronta a Rua Junqueira Freire, por onde se dá os acessos de veículos (Portão 1 e 2), uma vez que essa rua possui o maior fluxo desse tipo de transporte e também o acesso de pedestres e ciclistas (Portão 3 e 4) onde o último acesso dessa rua possui a saída da ciclo faixa unidirecional implantada no parque e também a proximidade com paraciclos. Os acessos pela rua do Lavapés (Portão 5 e 6) são exclusivos para pedestres e ciclistas, onde foi destinado próximo à essas entradas a praça de alimentação devido à grande quantidade de comércios instalados à sua frente. Nessa mesma rua contamos também com a implantação de uma estação do projeto Bike Sampa, nomeando de Estação Parque Lavapés. O acesso pela rua Cesário Ramalho (Portão 7) possui proximidade com Colégios e Prédios Públicos, por isso foi implantada aqui o inicio das ciclo faixas uni e bidirecional existentes no parque e também ficou definida no zoneamento prévio das atividades, zona de lazer ativo, recreativo e de esportes. O último acesso encontra-se na rua Otto de Alencar (Portão 8) e possui proximidade com o posto da polícia militar existente no local e que foi integrado ao parque. No que diz respeito à situação e aos acessos, é importante, ainda, destacar que as ciclo faixas implantadas é um projeto de contiguidade da área à rota de bicicletas ao longo das ruas Cesário Ramalho, Otto de Alencar e Junqueira Freire. Com isso, as ciclo

faixas e paraciclos visa integrar, a partir dos Acessos 7 e 4, os espaços do parque à circulação ciclo viária do entorno. Inserção Urbana Como fora visto, o Parque Lavapés localiza-se no distrito do Cambuci, Subprefeitura da Sé, e compreende área de 105.673,59m², na bacia hidrográfica do Córrego da Aclimação. A subprefeitura da Sé é formada por oito distritos: Cambuci, Liberdade, Bela Vista, Consolação, Sé, Republica, Santa Cecília e Bom Retiro. De acordo com o censo demográfico de 2010, a população total era de 36.948 habitantes e a densidade demográfica foi de 9.474 hab/há. Aspectos físicos do Terreno Topograficamente, o terreno pertence à uma planície aluvial, apresentando declividades baixas e quase imperceptíveis. Situada junto à afluência do córrego da aclimação, a área apresenta cotas que variam de 726m a 728m. O terreno passou recentemente por um processo de remediação pois encontrava-se contaminado por metais e solventes provenientes do armazenamento incorreto de equipamentos da Eletropaulo. Em relatório da CETESB divulgado todos os anos o terreno encontra-se em monitoramento para encerramento das atividades de remediação, tendo seu uso liberado a seguir. DIRETRIZES DE PROJETO

QUADRO 3 - Quadro de áreas desenvolvido pelo autor.

91


O conceito Parque Urbano Acessível e Sensorial se definiu mediante o desempenho ambiental, o desenvolvimento da infraestrutura local e de bairros próximos e o desenvolvimento social, tanto da cidade como da população, trazendo um olhar diferente para os parques de São Paulo. Transformar o parque em um lugar referencial para a cidade, possibilitando melhor dinamização dos polos industriais abandonados na cidade, promovendo o desenvolvimento harmonioso da região, criando um sentimento de união com o meio ambiente e a contemplação íntima. Inserir a sustentabilidade, infraestrutura verde e a valorização do espaço recriando um ambiente humanizado e ecológico. O partido se deu através dos fluxos e dos pontos focais do entorno. Todos os caminhos levam ao centro do parque, onde se encontra a “Jornada Sensorial” que foi o ponto de partida do projeto. Pensando na delicadeza das flores e suas pétalas, assim como as pessoas e suas particularidades, a jornada sensorial se inspira na flora para ser criada. Ao definir os espaços a partir da disposição de pétalas, a trilha passa a criar caminhos adjacentes aos seus, mas todos a abraçam de forma que cada caminho tenha sua peculiaridade, criando ambientes calmos, confortáveis e aconchegantes, onde as atividades propostas podem ser feitas com calma, a fim de serem apreciadas ao máximo. DIVISÃO POR SETORES Como podemos observar na folha 01/42 o parque foi divido em 3 núcleos: núcleo administrativo, núcleo lazer contemplativo: estar e convívio e núcleo lazer ativo: recreação e esportes. Com isso temos a seguinte diagramação do programa estabelecido:

REMODELAÇÃO TOPOGRÁFICA Como fora mencionado anteriormente no presente memorial, o terreno está inserido em uma planície aluvial, ou seja, possui pouca inclinação, sendo assim, não se fez necessária a utilização de cortes e aterros, como podemos observar na folha 02/42. As únicas alterações feitas, foram para implantação dos equipamentos do skate park, do lago, da concha acústica e dos jardins de chuva. IMPLANTAÇÃO A implantação do empreendimento foi definida partindo dos caminhos existentes utilizados anteriormente pela empresa Eletropaulo, quando o mesmo ainda era de sua propriedade. Na folha 43 deste caderno temos um estudo mostrando a foto do google e um croqui feito com sobreposição das folhas. Os caminhos encontrados e também os estudos dos pontos focais do entorno foram determinantes para a localização de todos os equipamentos e atividades, podendo serem vistos na folha 05/42.

IMAGEM 85 - Bancos de polietileno rotomoldado. Fonte: out-sider. dk/

PISOS E ELEMENTOS (VER FOLHA 08/42) IMAGEM 86 - Banco de polietileno rotomoldado. Fonte: out-sider. dk/

CALÇAMENTOS PISO INTERTRAVADO DRENANTE – Pavimento composto por peças de concreto, assentadas sobre BANCO DE MADEIRA COM BANCO ACOPLADO – camada de areia e travadas entrei si por contenção Banco de madeira com apoios em ferro, ambos na cor azul. Ver detalhe abaixo (medidas em mm): lateral. AREIA – Presente na quadra poliesportiva e também em um trecho da jornada sensorial, na trilha do tato. PEDRAS – Presente na Jornada sensorial, na trilha do tato e da visão. MADEIRA – Presente na Jornada sensorial, na trilha do Olfato e do tato. MOBILIÁRIO BANCO DE POLIETILENO ROTOMOLDADO - Polietileno, 6mm de espessura, tingido, moldado e resistente contra influências, tais como desgaste e mudanças climáticas. Disponível nas cores vermelho, verde, laranja e amarelo. Ver detalhe abaixo (medidas em mm):

IMAGEM 87 - Banco de Madeira. Fonte: out-sider.dk/

Quadro 4 - Programa adotado desenvolvido pelo autor.

92


BANCO DE CONCRETO CORRIDO - Em concreto aparente, oferece resistência ao vandalismo e à agressão do próprio uso urbano, além da qualidade de acabamento, simplicidade de instalação e baixo custo. 1,50x0,45x0,45. Ver localização da folha de pisos e elementos.

como aglutinante o cimento comum, acrescido de água limpa, e deverá ser misturada em betoneira, de forma a garantir homogeneidade do material. O piso revestido deverá apresentar aspecto uniforme quanto ao seu plano, coloração e tonalidade, não podendo apresentar fissuras, rachaduras, ou quaisquer outros tipos de falhas que venham a comprometer a sua BANCO DE MADEIRA – Presente da alameda dos aparência, desempenho e durabilidade. Também ipês. Ver detalhe abaixo (medidas em cm): não poderá apresentar depressões que venham ocasionar empoçamentos. Deverá ser realizado a limpeza de todas as impurezas da superfície, tanto da laje ou do lastro de concreto. Colocação de juntas plásticas, formando quadros de acordo com IMAGEM 90 - Bebedouro. Fonte: http://www.delazzari.com.br/ o projeto, não devendo ultrapassar a modulação de LIXEIRA COM HASTE METÁLICA E TAMPA – Ver 2,00 x 2,00 m. Utilizar cantoneira 5,0cm x 5,0cm x 0,5cm, nos cantos detalhe abaixo (medidas em mm): vivos dos obstáculos serão colocadas cantoneiras de com perfil “L” de 5cm x 5cm com 0,5cm de espessura. Serão instalados tubos em aço galvanizado de 2” de diâmetro e 2.0 mm de espessura para proteção das quinas , com grapas chumbados na estrutura, nos locais definidos em projeto. IMAGEM 88 - Banco de Madeira. Fonte: http://www.delazzari.com. Pintura esmalte sintético 2 demãos para ferro br/ galvanizado com duas demãos na cor cinza sob uma demão de anticorrosivo. ARQUIBANCADA EM CONCRETO CORRIDO – Em concreto aparente, oferece resistência ao vandalismo PLAYGROUND e à agressão do próprio uso urbano, além da qualidade O playground (Folha 12/42 - Ampliação) foi todo de acabamento, simplicidade de instalação e baixo montado através do arquivos disponibilizados pela custo. 1,50x0,45x3,00. Ver localização da folha de IMAGEM 91 - Lixeira. Fonte: http://www.delazzari.com.br/ LAO ENGENHARIA, inclusive os brinquedos acessíveis. pisos e elementos. Os projetos referente aos brinquedos utilizados SKATE PARK (verificar folha 08/42) podem ser verificados no site: BEBEDOURO EM AÇO GALVANIZADO EM DUAS A Pista de Skate será executada no piso, laje maciça laoengenharia.com.br/produtos/listagem-produtos/ ALTURAS – Ver detalhe abaixo (medidas em mm): em concreto armado (com malha de aço 15cmx15cm, recreacao-e-esporte/ diam: 4.2mm), fck de 25MPa e espessura de 10cm. A laje de piso que servirá como base de concreto para o EQUIPAMENTOS DE A.T.I revestimento granilite será concretada nivelada com Os equipamentos de A.T.I podem ser verificados na os caimentos devidos para as áreas de vazão, utilizar folha de Pisos e Elementos 08/42. Todas maquinas concreto 25 Mpa e tela de aço com recobrimento foram disponibilizadas pela Ginast e seus projetos de 8 cm. O acabamento final será sarrafeado, podem ser verificados no site: https://ginast.com. desempenado e levemente acetinado deixando a br/produtos/ superfície com com uma pequena rugosidade para ponte de aderência com o contrapiso de argamassa. O piso terá acabamento com argamassa de alta resistência, composta de agregados minerais de IMAGEM 89 - Bebedouro. Fonte: http://www.delazzari.com.br/ alta dureza (granilite), cor cinza claro. A massa terá 93


VIVEIRO JORNADA SENSORIAL Conta com 16 canteiros para plantio, uma estuda TUBAS ACÚSTICAS: para armazenamento e manuseio de mudas e uma casa de ferramentas para armazenamento dos equipamentos necessários para o cuidado e conservação do viveiro. Totalizando uma área de 640,83m². CENTRO DE ATIVIDADES Com 2.733,92m² divididos entre térreo + 3 andares. O edifício foi projetado pensando em abrigar funcionários e visitantes do parque, possuindo a seguinte disposição: Térreo: Recepção, administração, sala de reuniões 1º Pav: Biblioteca, Midiateca, sanitários, depósito e sala de apoio IMAGEM 92 - Tuba Acústica. Fonte: percussionplay.com 2º Pav: Sala de atividades diversas, sanitários, depósito e sala de apoio PERCUSSÃO HUMANA: 3º Pav: Sala de exposições, sanitários, depósito e sala de apoio. O edifício conta ainda com escada, elevador e todos os sanitários possuem acesso a cadeirantes. Para sua estrutura foram adotados: Pilares de concreto moldado in loco, e laje nervurada executada com formas plásticas reutilizáveis. SANITÁRIOS O parque conta com dois sanitários dispostos em pontos estratégicos. No núcleo lazer ativo: recreação IMAGEM 93 - Percussão Humana. Fonte: percussionplay.com e esportes encontra o sanitário com vestiários e no núcleo lazer contemplativo: estar e convívio outro PERCUSSÃO AKADINGA: sanitário, esse porém, sem vestiário, uma vez que o vestiário foi integrado pensando nos transeuntes que por ventura venham a utilizar os equipamentos esportivos encontrados no parque. CONCHA ACÚSTICA Totalizando 1.602,55m² a concha acústica foi projetada em terreno plano, com os assentos largos, pensando em um mobiliário em que toda a família possa se sentar unida, fora do padrão lado a lado, com isso é pretendido criar um ambiente integrador IMAGEM 94 Percussão. Fonte: percussionplay.com entre familiares e amigos. Os bancos saão de concreto corrido, assim como a concha. FONTE INTERATIVA - A fonte interativa é também conhecida como fonte seca, pois seus jatos saem do piso, proporcionando uma ótima oportunidade para

as pessoas interagirem e se divertirem com os jatos d’água. Faz muito sucesso, pois é segura, bonita, moderna, não estimula o vandalismo, quando desligada seu espaço pode ser utilizado em eventos ou festas. Não esperdiça água, pois esta retorna a um reservatório subterrâneo onde é tratada e enviada de volta para os jatos. Ver detalhe abaixo:

IMAGEM 95 - Esquema de Fonte interativa. Fonte: gestaourbana. prefeitura.sp.gov.br/rede-de-espacos-publicos/anhangabau/ estrategias/

CAMINHO DOS BAMBUS – Com base semelhante a de um pergolado, a trilha dos bambus conta com a base e diversos bambus de diversas espessuras e tamanhos dispostos estrategicamente durante o percurso, para que, com a movimentação humana, os bambus se toquem e emitam diferentes sons. PAISAGISMO A seguir veremos os procedimentos a serem seguidos para execução do projeto de paisagismo e manutenção dos jardins do Parque Lavapés. O projeto receberá vegetação nos pontos e formas indicados, atendendo a codificação de espécie definida na folha 09/42. Tanto o cultivo como o plantio deverão ser executados seguindo as diretrizes abaixo indicadas. COVAS PARA PLANTIO Deverá ser procedido o estaqueamento para demarcação das covas, nos locais indicados pelo projeto. As covas serão cúbicas, recomendandose executá-las nas dimensões mínimas indicadas no projeto de paisagismo. As covas para plantio de vegetação de grande porte terão dimensões 94


mínimas de 60x60x60cm. As covas para plantio de arbustos terão dimensões mínimas de 40x40x40cm. E para o plantio de mudas de vegetação rasteira as covas deverão ter as dimensões das embalagens das mesmas. Na abertura das covas deve-se ter o cuidado de separar a terra da superfície, da camada mais profunda, a qual não deverá retornar à cova. Após a execução, o fundo da cova deverá ser coberto com terra vegetal selecionada. 6.2 SISTEMA DE PLANTIO Retirar a muda do saco plástico ou cesto de fibras antes de plantar, evitando que os torrões sejam desfeitos; as mudas deverão ser colocadas nas covas, de tal modo que as raízes fiquem livres. A posição correta é a vertical, de forma que sua base permaneça a alguns centímetros acima do solo. A terra vegetal deve ser cuidadosamente espalhada em torno das raízes para que o ar permaneça disseminado no solo; após a cova preenchida, apertando-se livremente, constituindo-se, em torno do pé da muda, uma espécie de bacia para reter a água da chuva ou rega. A operação deve ser completada envolvendo-se o pé da muda com palha, ou material semelhante, para abrigá-lo do sol e diminuir a evaporação do solo. A época adequada para o plantio é o início das chuvas, de preferência em dias nublados ou úmidos. 6.3 ESTABILIDADE E ADUBAÇÃO As árvores e palmeiras devem ser seguramente amparadas por estacas denominadas tutores, que é fincada no solo e onde se prende a muda, por meio de cordões resistentes. De uma maneira geral, todas as espécies vegetais plantadas, deverão ser adubadas anualmente, com húmus ou estrume, e assegurada sua irrigação. Os tutores devem preceder a muda a fim de que não seja cravado no seu torrão, vindo a destruí-lo. 6.4 GRAMADOS Os gramados serão constituídos por grama amendoim e São Carlos em placas, livre de inço e com espessura média de 5cm, assentadas em terra vegetal adubada. Antes do assentamento, o terreno deverá ser preparado com a retirada de todos os materiais

estranhos, tais como pedra, torrões, raízes, tocos, etc. As superfícies elevadas deverão satisfazer as condições de desempenho, alinhamento, declividade e dimensões previstas no projeto. O solo local deverá, sempre que necessário, ser previamente escarificado (15cm), podendo ser manual ou mecânico, para receber a camada de terra fértil, a fim de facilitar a sua aderência. As placas deverão ser assentadas sobre a camada de 5cm no mínimo de terra fértil adubada, compondo, ao todo, um conjunto de espessura de aproximadamente 10cm de altura. As placas serão assentadas como ladrilhos, em fileira com as juntas desencontradas para prevenir deslocamentos e deformação de área gramada. Após o assentamento, as placas deverão ser abatidas para efeito de uniformização da superfície. A superfície deverá ser molhada diariamente (exceto em dias de chuva), num período mínimo de 60 dias, a fim de assegurar sua fixação e evitar o ressecamento das placas de grama. 6.5 EQUIPAMENTOS O parque deverá conter os seguintes equipamentos para manutenção do jardim: -Mangueira Plástica de Jardim com Ponteira e Esguicho -Suporte Móvel para Mangueira de Jardim. -Suporte de Parede para Mangueira de Jardim -Irrigadores para Jardim As especificações das espécies podem ser encontradas no Projeto de Paisagismo, folha 09/42. CICLOVIA Com o intuito de incorporar a ciclovia existente no entorno, foi implantada duas ciclovias no Parque, uma unidirecional com acesso pelo portão 7 sentindo portão 6. Por não possuir espaço suficiente e para maior sensação de integração, o gradil voltado para a rua do lava-pés deverá oferecer um recuo de 2m, onde será implantada a continuação da ciclovia, onde ao chegar no portão 5 entra novamente no parque e segue até o portão 4. Também com acesso pelo portão 7, deverá ser implantada a ciclovia bidirecional, que segue sua rota específica no interior do parque. Induzindo o uso de bicicletas, foi implantada uma estação do Bike Sampa no acesso 5 da rua do lava-

pés e também um total de 8 paraciclos em pontos estratégicos do parque. O modelo de paraciclo adotado para o parque é o M17-A aprovado pela Resolução SMDUCPPU/009/2011 e utilizado pela prefeitura em todos os seus projetos. Veja o detalhe abaixo:

IMAGEM 96 - Paraciclo adotado pela PMSP. Fonte: http://www. cetsp.com.br/consultas/bicicleta/estacionamento-de-bicicletas/ paraciclos.aspx

ACESSIBILIDADE Deverão ser executadas rampas de acesso nas proximidades das esquinas nos locais indicados, as rampas devem seguir o projeto, e serão executadas com o mesmo material das calçadas. Tipo de piso tátil: Pisos em placas de borracha, espessura 7mm, dimensões 250 x 250mm, de assentamento com argamassa, indicados para aplicação nas rampas conforme detalhes de projeto folhas 17/42, 18/42, 95


19/42, 20/42, 21/42, 22/42, 23/42, 24/42 e 25/42. Procedimento a ser adotado: -Rasgar o piso existente em 15mm de espessura da base; -Fazer contra-piso de 5mm acabado, sarrafeado e nivelado, deixando 10 mm para colocação do piso; -Colocação: limpar e molhar o contra piso c/ cascorez dissolvido em água; colocar argamassa c/ desempenadeira dentado no contra piso; encher a placa com argamassa e fixa-la.Traço Argamassa: 1 saco de Cimento 50kg / 4latas de Areia / 6kg de cascorez ou bianco /25 litros de água. Obs.: Dissolver os 6 kg de cascorez ou bianco em 25 litros de água, para molhar o piso. -Fixar a placa usando batedor de madeira (se necessário); -Caso haja necessidade, rejuntar entre o piso existente e a placa de borracha, usando a própria argamassa; -É necessário um período, de no mínimo, 48/72 horas, sem pisar. DRENAGEM A drenagem do parque se dá través do córrego da aclimação, no decorrer do parque foram dispostas bocas de leão para facilitar a drenagem. Para garantir uma boa absorção das água pluviais e manter a sustentabilidade do parque, deverá ser implantado além das bocas de leão, dois jardins de chuva, ver folha 27/42 e 28/42 Projeto de drenagem para dimensões e detalhamentos.

96


CAPÍTULO 7

comunicação visual PARQUE ACESSÍVEL E SENSORIAL LAVAPÉS

IMAGEM 97 - Logo do Parque com foto retirada de: http://www. portalace.com.br/noticias

97


INTRODUÇÃO

e que ao mesmo tempo em que passa a informação CORES necessária também se torna lúdica. Atraindo assim A identidade visual é um meio muito importante todos os tipos de público. para se identificar uma instituição visualmente, agregando valores a mesma. Sob esta perspectiva, o ponto de partida foi pensar em qual sentido é o mais usado, sendo esse o tato, O manual, além de todas as instruções e normas ele foi colocao ao centro da imagem, logo a primeira referentes aos elementos que compõem a coisa observada no campo de visão. identidade visual do Parque, tem por objetivo mostrar a importância de definir elementos de fácil Ao redor dessa primeira imagem, encontram-se entendimento para o público, para assim o parque todos os outros sentidos, em um desenho que os agregar ainda mais valor a sua imagem. conecta independente do sentido ou deficiência representada, e é esse o intuito do parque, mostar que todos somos iguais e temos os mesmos direitos DIRETRIZES e podemos utilizar os mesmos espaços.

C= 67,07% M= 36,35% R= 86 Y= 90,63% G= 113 K= 22,18% B= 61 C= 28,62% M= 89,72% R= 140 Y= 88,82% G= 47 K= 29,11% B= 39 C= 20,85% M= 44,68% R= 200 Y= 95,08% G= 143 B= 53 K= 2,51% C= 89,13% M= 46% Y=37,32% K= 10,35%

R= 13 G= 109 B= 131

independên cia

APRESENTAÇÃO Na criação da identidade visual, além de todos os pricípios e bases para uma comunicação efetiva, buscou-se a utilização de uma imagem contemporânea

Na construção da marca do Parque a fonte trajan foi escolhida pela sofisticação e pelo seu contraste histórico e ao mesmo tempo contemporâneo, que seus traços carregam.

independência

E SENSORIAL LAVAPÉS

IMAGEM 98 - Redução do logo, criado pelo autor.

O campo de proteção é a margem de segurança, Trajan é uma fonte de estilo antigo serifas, para que não haja interferências de outros elementos desenvolvida em 1989 por Carol Twombly para a Adobe. O desenho é baseado nas inscrições usadas junto à marca. na base da coluna Trajan, localizada em Roma, Itália. Na construção da m -Regular Essa margem de segurança deve ser proporcional a cia a fonte Trajan Trajan ‘X’ referente a letra ‘P’ da tipologia utilizada. pelo seu contrast abcdefghijklmnopqstuv contemporâneo, q

PP

X

ão Tipográfico

parque da

30 mm

5. Redução

São elas: Tato, apresentado pela figura da mão, onde também representa os deficientes físicos. Visão, apresentado pela figura de um olho, onde também representa os deficientes visuais. Paladar, apresentado pela figura da boca, onde também representa os deficientes auditivos que não conseguem reproduzir palavras e sons. Audição, apresentado pela figura de uma orelha, onde também representa os deficientes auditivos. E por fim o olfato, apresentado pela figura de um nariz, onde também representa uma parcela da sociendade que possui algum disturbio ou até mesmo deficiencia olfativa, conhecida como anosmia. X X

proporcional a ‘X’ referente a letra parque da ‘P’ da PARQUE tipologia utilizada. ACESSÍVEL

6. Campo de Proteção

Pensando nas diretrizes projetuais já apresentadas REDUÇÃO E CAMPO DE PROTEÇÃO anteriormente, temos como diretrizes para o projeto O campo de proteção éa alegibilidade, margem dea marca do de comunicação visual, também a acessibilidade e a Para não comprometer X X C= 31,85% segurança, para que não haja inter- não deve sensorialidade. Parque Acessível e Sensorial Lavapés M= 28,87% R= 178 exceder a redução máxima de 30mm (contados na ferências de outros elementos junto Y=39,24% G= 169 Aqui nessa parte do caderno o acessível e o imagem). K= 0,26% B= 152 à marca. sensorial se tornaram uma coisa só onde foi Para não comprometer a legibilidade a marca do Parque QUADRO 6 - Esquema de cores utilizadas criado pelo autor. pensado a utilização das figuras representativas dos da Independência não deve exceder a redução máxima sentidos mas que também definem as maioria das Essa margem de segurança de 30mm. deve ser PADRÃO TIPOGRÁFICO necessidades especiais existentes.

IMAGEM 99 - Demonstração de margem de segurança criado pelo autor.

wxyz ABCDEFGHIJKLMNOPQR STUVWXYZ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@

IMAGEM 100 - Padrão Tipográfico fonte Trajan.

-Bold

Trajan é uma fon desenvolvida em Adobe. O desenh das na base da co Roma, Itália.

98Trajan d Os escritos mas foi Twombly


1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ -Bold

Trajan abcdefghijklmnopqstuv wxyz ABCDEFGHIJKLMNOPQR STUVWXYZ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@

Roma, Itália.

CONSTRUÇÃO Os escritos TrajanMALHA datam osDE tempos da roma antiga, mas foi Twombly o primeiro a fazer uma tradução literal dos escritos, as devidas modificações, representa a base das A com malha de construção criando tambémproporções uma tipográfiaecom números, e da marca que presicam alinhamentos letras minúsculas. ser seguidos caso seja necessário seu redesenho ou reprodução.

IMAGEM 101 - Padrão Tipográfico fonte Trajan.

Para a sinalização do parque, a fonte Calibri foi escolhida como fonte auxiliar, pela legibilidade e clareza.

Calibri -Regular abcdefghijklmnopqstuvwxyz abcdefghijklmnopqstuvwxyz Calibri ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqstuvwxyz 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ -Italic

-Italic Calibri Calibri -Italic abcdefghijklmnopqstuvwxyz abcdefghijklmnopqstuvwxyz Calibri ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqstuvwxyz 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ -Bold

-Bold abcdefghijklmnopqstuvwxyz abcdefghijklmnopqstuvwxyz -Bold ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqstuvwxyz 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ IMAGEM 102 - Padrão Tipográfico fonte Calibri. 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@ ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 1234567890.:,;”’ (?!) -+/%=@

Para a papelaria e sinalização do parque, a fonte Calibri escolhida como fontedo auxiliar, pela legPara afoi papelaria e sinalização parque, a fonte ibilidade clareza. como fonte auxiliar, pela legCalibri foie escolhida 52 MÓDULOS Para a papelaria e sinalização do parque, a fonte ibilidade e clareza. Calibri foi escolhida como fonte auxiliar, pela legCalibri é uma família tipográfica sem serifa. O ibilidade e clareza. designer família criada para a Microsoft Calibri éda uma família tipográfica sem serifa.foiO Lucas de Groot, para se beneficiar tecnologia designer da família criada para adaMicrosoft foi Calibri é uma família tipográfica sem serifa. O de renderização da empresa. Em uma Lucas de Groot,ClearType para se beneficiar da tecnologia designer da família criada para a Microsoft foi pesquisa realizadaClearType por pesquisadores da Wichita de renderização da empresa. Em uma Lucas de Groot, para se beneficiar da tecnologia State University, nospor Estados Unidos, Calibri era pesquisa realizada pesquisadores da Wichita de renderização ClearType da empresa. Em uma aState fonteUniversity, mais popular e-mail, mensagens nospara Estados Unidos, Calibri inera pesquisa realizada por pesquisadores da Wichita stantâneas e popular apresentações de PowerPoint. a fonte mais para e-mail, mensagensOs inState University, nos Estados Unidos, Calibri era entrevistados demonstraram uma alta stantâneas e também apresentações de PowerPoint. Os a fonte mais popular para e-mail, mensagens inaceitação ao uso da fonte na Internet, uma quando entrevistados também demonstraram alta stantâneas e apresentações de PowerPoint. Os apresentados uma um bloco de aceitação ao auso daimagem fonte nacom Internet, quando entrevistados também demonstraram uma alta texto em váriasafamílias tipográficas diferentes. apresentados uma imagem com um bloco de aceitação ao uso da fonte na Internet, quando texto em várias famílias tipográficas diferentes. apresentados a uma imagem com um bloco de 38 MÓDULOS texto em várias famílias tipográficas diferentes. IMAGEM 103 - Malha de Construção criado pelo autor.

8.1 Padrão Tipográfico 8.1 - Padrão Tipográfico 8.1 - -Padrão Tipográfico

Calibri é uma família tipográfica sem serifa. O designer -Regularda família criada para a Microsoft foi Lucas de Groot, para se beneficiar da tecnologia de -Regular 16 • MANUAL DEClearType IDENTIDADE PARQUE DA IDEPEDÊNCIA renderização da empresa. Calibri

99


SINALIZAÇÃO

300

80

1800

Materiais: Estrutura de Alumínio Revestido em acrílico Pictograma e Texto em vinil Medidas em mm Esc: 1:7000

1400

PARQUE ACESSÍVEL E SENSORIAL LAVAPÉS

IMAGEM 104 - Placa de Sinalização criado pelo autor.

100


IMAGEM 105 - Mapa de localização das atividades, criado pelo autor.

101


IMAGEM 106 - Modelo de Placa de Sinalização criado pelo autor.

102


LOCALIZAÇÃO DOS TOTENS DE IDENTIFICAÇÃO E DIREÇÃO LOCALIZAÇÃO DO MAPA GERAL DO PARQUE PORTÃO

PORTÃO

1

2

PORTÃO

8

PORTÃO PORTÃO

3

Rua

4

a eir

Ott

od

eA

e eir

len

Fr

car

qu

un J a

Ru

PORTÃO

7

Rua C

esár

io Ra

malh

o

PORTÃO PORTÃO

5

pés

Lava Rua do

6

IMAGEM 107 - Mapa de localização dos Totens, criado pelo autor.

103


REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

de mobilidade urbana conforto ambiental para a avenida Pessoa Anta. Monografia (Graduação) LIVROS, TESES E PUBLICAÇÕES Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia, Departamento de Arquitetura, Curso de Arquitetura LOBODA, C. R; ANGELIS, B. L. D. Áreas Verdes e Urbanismo, Fortaleza, 2015. 229p. Públicas Urbanas: Conceitos, Usos e Funções. Ambiência, Guarapuava/PR. v1 n1. Jan/Jun 2015. GOMES, M. A. S. De Largo a Jardim: praças públicas 15p. no Brasil – algumas aproximações. FERREIRA, L. I. E. P. Parque Urbano. Requalificação de um espaço urbano localizado a margem da Av. Raul Lopes. Paisagem Ambiente - Ensaios - n23 São Paulo - 2007. p. 20-33. ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland. Programa Soluções para Cidades. Iniciativas Inspiradoras: Requalificação de Ruas Comerciais. 07 - São Paulo - 18p. ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland. Programa Soluções para Cidades. Iniciativas Inspiradoras: Projeto Técnico, Calçadas Acessíveis 07 - São Paulo - 22p. SERPA, A. Espaço Público e Acessibilidade: Notas para uma abordagem geografica. GEOUSP - Espaço e Tempo - São Paulo - n15, p. 21-37. 2004. OLIVEIRA, L. M. B. Cartilha do Censo 2010, Pessoas com Deficiências. Brasilia/DF - 2012 - 36p. MORAES, S. L.; TEIXEIRA, C. E.; MAXIMIANO, A. M. S. Guia de Elaboração de Planos de Intervenção para o Gerenciamento de Áreas Contaminadas. 1 Edição Revisada. Edição IPT e BNDES. São Paulo 2014. 398p. OHTAKE, R.; DIAS, C. Jardim da Luz, Um Museu a Céu Aberto. Editora Senac São Paulo - 2011 - 240p. Espaços Públicos. Diagnóstico e metodologia de projeto. Coordenação do Programa Soluções para Cidades, Simone Gatti – São Paulo, ABCP, 2013. 91 p. ARARIPE, N. B. Percursos Humanos: Um projeto

SCALISE, Walnyce Parques Urbanos – Evolução, Projeto, Funções e Usos. In: Revista da Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia. Vol. 4 Nº 1 Out. 2002.

SILVA, LUCIENE DE J. M. DA. Parques Urbanos: A Natureza na Cidade -uma análise da percepção dos atores urbanos. UnB-CDS, Mestre, Gestão e MACEDO, S. S.(Coord.).Introdução a um quadro Política Ambiental, 2003. Dissertação de Mestrado – do paisagismo no Brasil. São Paulo: Projeto Quapá, Universidade de Brasília. Centro de Desenvolvimento Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Sustentável. de São Paulo, 1998. SILVA, J. B.; PASQUALETO A. O caminho dos parques MARX, M. Cidade Brasileira. São Paulo: urbanos brasileiros: da origem ao séc xxi. Estudos. Melhoramentos: Editora da Universidadede São Goiania, v.40 n.3. p. 287-298. 2013. Paulo, 1980. TAULOIS, Claudio José de Azevedo . O passeio ROBBA, F; MACEDO, S. S. Praças Brasileiras. (public público setecentista, a cidade e a memória alémsquares in Brazil). São Paulo: Edusp: Imprensa mar: traçado urbano e traça do jardim. 2003. Tese de oficial do Estado. 2002, 312p. Doutorado. Faculdade de Arquitetura e UrbanismoSEGAWA, H. Ao amor do público: jardins no Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro. São Paulo: Studio Nobel:Fapesp, 1996. TAULOIS, Claudio José de Azevedo . O terraço do QUAPA, QUAPASEL, Revistas Paisagem & Ambiente: Passeio Público do Rio de Janeiro: uma aproximação ensaios (coleção QUAPASEL) da cidade com o mar. In: VII Encontro Nacional de MACEDO, Silvio Soares e ROBBA, Fábio; Praças Esino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Brasileiras; São Paulo: Edusp, 2002 Urbanismo, 2004, Belo Horizonte - MG. Anais do VII ENEPEA, 2004. MARQUES, A. M. F. Por uma Arquitectura dos Sentidos, Uma experiência na arquitetura multi- LORENZI HARRI - Árvores Brasileiras: Manual de sensorial contemporânea. Dissertação do Mestrado Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas Integrado em Arquitectura. Departamento de do Brasil. Instituto Plantarum de Estudos da Flora. Arquitectura. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Edição 3. São Paulo, 2011, 385p. Cidade de Coimbra. Coimbra. 2011. 282p. Herzog, Cecilia P. Green infrastructure as a strategy BOVO, Marcos C. Áreas Verdes Urbanas, Imagem e to reinstate resilience to an Uso: Um Estudo Geográfico Sobre a Cidade de Maringá urban watershed in Rio de Janeiro, Brazil. In: Sessão – PR. Universidade Estadual Paulista Faculdade paralela - Intelligent Urban de Ciências e Tecnologia – Presidente Prudente Fabric. 1st World Congress on Cities and Adaptation Programa de Pós – Graduação Em Geografia Área to Climate Change. Resilient de Concentração: Produção Do Espaço Geográfico. Cities 2010. Bonn, 28-30 de maio de 2010. Disponível Presidente Prudente, 2009 em http://resilientcities. iclei.org/bonn2010/program/sunday-30-may/ KLIASS, Rosa Grená. Os Parques Urbanos de São parallel-sessions-g/#c194 Paulo. São Paulo: Pini, 1993. Hough, Michael. City and Natural Process. Van

104


Nostrand Reinhold Company, Berkshire, 1984.

16 de Agosto de 2016.

PREFEITURA DE SÃO PAULO. Mapa digital da cidade Herzog, Cecilia P. Guaratiba Verde: subsídios para o de São Paulo. Disponível em <http://geosampa. projeto de infraestrutura prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx> verde em área de expansão urbana na cidade do Rio Acesso em 16 de Agosto de 2016. de Janeiro. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, TAIXEIRA, A. N. A produção do espaço público no Faculdade de Arquitetura e projeto urbano eixo tamanduatehy (snato andré, Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em SP) Disponível em < http://www.vitruvius.com.br/ Urbanismo/PROURB, Rio de revistas/read/arquitextos/11.122/3483> Acesso Janeiro, 2009. em 20 de Agosto de 2016. Cormier, Nathaniel S. e Pellegrino, Paulo R.M. “InfraEstrutura Verde: uma Estratégia Paisagística para a Água Urbana”. Paisagem e Ambiente n. 25, São Paulo, 2008. pp. 127142. MEIOS ELETRÔNICOS VILLELA, F. IBGE: 6,2¢ da população têm algum tipo de deficiência. Disponível em <http://agenciabrasil. ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-dapopulacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia> Acesso em 16 de Agosto de 2016. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico de 2010. Pessoas com Deficiência. São Paulo. Disponível em < http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas. php?sigla=sp&tema=censodemog2010_defic> Acesso em 16 de Agosto de 2016. SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Resultados Preliminares da Amostra. Censo 2010. Disonível em < http://www. pessoacomdeficiencia.gov.br/app/indicadores/ censo-2010> Acesso em 16 de Agosto de 2016. MARTINS, R. Primeiro Parque para crianças deficientes em São Paulo é inaugurado. Disponível em < http:// planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/ primeiro-parque-infantil-para-criancas-deficientessao-paulo-inaugurado-774679.shtml> Acesso em

em 22 de Setembro de 2016. LITTLE DAY OUT. Toa Payoh Sensory Park: For our senses. Disponível em < http://www.littledayout. com/2015/04/16/toa-payoh-sensory-park-for-oursenses/> Acesso em 25 de Stembro de 2016. BROWNIES, P. C. Toa Payoh Sensory Park. Disponível em < http://introtpsensorypark.blogspot.com.br/> Acesso em 25 de Setembro de 2016.

LOMOGRAFY. Chill out moment: Sensory park at Toa Payoh, Singapure. Disponível em < http://www. GESTÃO URBANA SÃO PAULO. Operação Urbana lomography.com.br/magazine/129072-chill-outConsorciada Bairros do Tamanduateí. Disponível em moment-sensory-park-at-toa-payoh-singapore> < http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arco- Acesso em 25 de Setembro de 2016. do-futuro/oucbt/> Acesso em 21 de Agosto de 2016. HO, F. Flora and Fauna @ Toa Payoh Sensory Park. TOURINHO, A. O.; PIRES, W. Como anda a Temperatura Disponível em < http://peacockroyal.blogspot.com. do Cambuci? Patrimônio idustrial e dinâmicas urbanas br/2009/08/flora-and-faunatoa-payoh-sensoryna demolição das antigas oficinas da Light em São park.html> Acesso em 25 de Setembro de 2016. Paulo. Disponível em < http://www.vitruvius.com. br/revistas/read/arquitextos/17.193/6086> Acesso PASSEIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO. Construção em 22 de Agosto de 2016. e Inauguração. Disponível em < http://www. passeiopublico.com/construcao.asp> Acesso em 27 GESTÃO URBANA SÃO PAULO. Zonas Especiais de Setembro de 2016. de Interesse Social. Disponível em < http:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/novo-pde-zeis/> SCHLEE, M. B. O passeio público do Rio de Janeiro. Acesso em 23 de Agosto de 2016. Disponível em < http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/resenhasonline/05.052/3141> Acesso ANNA LAURA PARQUE PARA TODOS. Parques em 27 de Setembro de 2016. doados. Disponível em < http://annalaura.org.br/ parqueparatodos.php?id=25.php> Acesso em 11 de PASSEIO PUBLICO DO RIO DE JANEIRO. A esfinge Setembro de 2016. cariora. Disponível em < http://www.passeiopublico. com/htm/sec21-08.asp> Acesso em 28 de Setembro SECRETARIA MUNICIPAL DO VERDE E DO MEIO de 2016. AMBIENTE. Parque municipais. Disponível em < http:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ DIAS, V. As histórias dos monumentos do ambiente/parques/index.php?p=144010> Acesso Rio de Janeiro. Disponível em < http:// em 11 de Setembro de 2016. ashistoriasdosmonumentosdorio.blogspot.com. br/2011/12/o-passeio-publico-do-rio-de-janeiro. OLIVEIRA, F. L. O nascimento da ideia de parque html> Acesso em 03 de Outubro de 2016. urbano e do urbanismo modernos em São Paulo. Disponível em < http://www.vitruvius.com.br/ MAIA, A. L. Histórias e Monumentos: Brasil: RJ: Rio revistas/read/arquitextos/10.120/3433> Acesso de Janeiro: Passeio Público. Disponível em < http:// ashistoriasdosmonumentosdorio.blogspot.com. 105


br/2011/12/o-passeio-publico-do-rio-de-janeiro. html> Acesso em 03 de Outubro de 2016. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Parques e áreas verdes. Disponível em < http://www.mma.gov. br/cidades-sustentaveis/areas-verdes-urbanas/ parques-e-%C3%A1reas-verdes> Acesso em 09 de Outubro de 2016. SP BAIRROS. Cambuci. Disponível em < http:// www.spbairros.com.br/cambuci/> Acesso em 15 de Outubro de 2016. BANCO DE DADOS FOLHA. História dos bairros paulistanos - Bairro do cambuci. Disponível em <http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros_ cambuci.htm> Acesso em 18 de Outubro de 2016. LAO ENGENHARIA. Equipamentos de Recreação e Esporte. Disponível em < laoengenharia.com.br/ produtos/listagem-produtos/recreacao-e-esporte/> Acesso em 25 de Abril de 2017. OUT-SIDER Mobiliário urbano. Disponível em < outsider.dk/> Acesso em 04 de Maio de 2017. GINAST Equipamentos de ginástica ao ar livre. Disponível em < https://ginast.com.br> Acesso em 08 de Abril de 2017. DELAZZARI Mobiliários Urbanos. Disponível em < http://www.delazzari.com.br> Acesso em 15 de Abril de 2017. PERCUSSION PLAY - Equipamentos de Percussão. Disponível em < percussionplay.com> Acesso em 28 de Abril de 2017.

106


ANEXO 1

ANEXO 2

Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A R DO LAVAPÉS 463 - CAMBUCI - CEP: 1519000 - SÃO PAULO indústria Atividade posto de combustível comércio

Coordenadas (m): fuso 23 Classificação

DATUM SAD69

UTM_E

Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A

resíduo

acidentes 333.887,00 UTM_N 7.393.423,00

agricultura desconhecida CNPJ: 48539407000207

contaminada

reutilização

Etapas do gerenciamento

R DO LAVAPÉS 463 - CAMBUCI - CEP: 1519000 - SÃO PAULO indústria Atividade posto de combustível comércio

Coordenadas (m): fuso 23

DATUM SAD69

UTM_E

resíduo acidentes 333.887,00 UTM_N 7.393.423,00

em processo de remediação (ACRe)

Classificação

reutilização

avaliação preliminar

avaliação da ocorrência

avaliação preliminar

medidas para eliminação de vazamento

investigação confirmatória

medidas para eliminação de vazamento

investigação confirmatória

investigação confirmatória

investigação detalhada

investigação confirmatória

investigação detalhada

avaliação de risco/ gerenciamento do risco

investigação detalhada e plano de intervenção

concepção da remediação

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

projeto de remediação

monitoramento para encerramento

avaliação de risco/ gerenciamento do risco

investigação detalhada e plano de intervenção

concepção da remediação

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

projeto de remediação

monitoramento para encerramento

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

monitoramento para encerramento

descarte disposição

desconhecida

Etapas do gerenciamento

avaliação da ocorrência

Fonte de contaminação armazenagem

agricultura

produção

manutenção

infiltração

emissões atmosféricas

monitoramento para encerramento

tratamento de efluentes

desconhecida

acidentes

descarte disposição

Contaminantes

Meios impactados Meio impactado

Propriedade Dentro

Fora

solo superficial subsolo águas superficiais águas subterrâneas sedimentos ar biota existência de fase livre

produção

combustíveis líquidos

fenóis

metais

biocidas

outros inorgânicos

ftalatos

solventes halogenados

dioxinas e furanos

subsolo águas superficiais

solventes aromáticos

anilinas

solventes aromáticos halogenados

radionuclídeos

PAHs

microbiológicos

PCBs

outros

emissões atmosféricas

tratamento de efluentes

desconhecida

acidentes

Contaminantes combustíveis líquidos

fenóis

metais

biocidas

outros inorgânicos

ftalatos

solventes halogenados

dioxinas e furanos

águas subterrâneas

solventes aromáticos

anilinas

sedimentos

solventes aromáticos halogenados

radionuclídeos

PAHs

microbiológicos

Meio impactado

Propriedade Dentro

Fora

solo superficial

ar biota existência de fase livre

metano/outrosvapores/gases

PCBs

TPH

metano/outrosvapores/gases

outros

existência de POPs

Medidas emergenciais isolamento da área (proibição de acesso à área) ventilação/exaustão de espaços confinados monitoramento do índice de explosividade monitoramento ambiental remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) fechamento/interdição de poços de abastecimento interdição edificações proibição de escavações proibição de consumo de alimento

restrição

Medidas de controle institucional proposta na avaliação de risco comunicada ao implantada ou no plano de intervenção órgão responsável

uso de solo uso água subterrânea

Medidas emergenciais isolamento da área (proibição de acesso à área) ventilação/exaustão de espaços confinados monitoramento do índice de explosividade monitoramento ambiental remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) fechamento/interdição de poços de abastecimento interdição edificações proibição de escavações proibição de consumo de alimento

uso água superficial consumo alimentos uso de edificações trabalhadores de obras

Medidas de remediação bombeamento e tratamento

oxidação/redução química

barreira física

barreiras reativas

barreira hidráulica

extração de vapores do solo (SVE)

air sparging

lavagem de solo

biosparging

remoção de solo/resíduo

biorremediação fitorremediação

extração de vapores do solo (SVE)

manutenção

infiltração

Meios impactados

existência de POPs

Medidas de remediação bombeamento e tratamento

Fonte de contaminação armazenagem

restrição

Medidas de controle institucional proposta na avaliação de risco comunicada ao implantada ou no plano de intervenção órgão responsável

uso de solo uso água subterrânea uso água superficial consumo alimentos uso de edificações trabalhadores de obras

oxidação/redução química

barreira física

barreiras reativas

barreira hidráulica

air sparging

lavagem de solo

biosparging

remoção de solo/resíduo

biorremediação fitorremediação

bioventing

recuperação fase livre

biopilha

bioventing

recuperação fase livre

biopilha

extração multifásica

encapsulamento geotécnico

atenuação natural monitorada

extração multifásica

encapsulamento geotécnico

atenuação natural monitorada

declorinação redutiva

cobertura de resíduo/solo contaminado

outros

declorinação redutiva

cobertura de resíduo/solo contaminado

outros sem medida de remediação

Medidas de controle de engenharia

Medidas de controle de engenharia

CEP 1520

CEP 1520

Diretoria de Licenciamento e Gestão Ambiental CETESB

Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental dezembro/2010

Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental Página 2354 de 3675

CETESB

dezembro/2013

Página 2920 de 4771

107


ANEXO 3

ANEXO 4

Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo

Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A R DO LAVAPÉS 463 - CAMBUCI - CEP: 1519000 - SÃO PAULO indústria Atividade posto de combustível comércio

Coordenadas (m): fuso 23

DATUM SAD69

UTM_E

ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SÃO PAULO S.A

resíduo

acidentes 333.887,00 UTM_N 7.393.423,00

agricultura

R DO LAVAPÉS 463 - CAMBUCI - CEP: 1519000 - SÃO PAULO indústria Atividade posto de combustível comércio

Coordenadas (m): fuso 23

em processo de remediação (ACRe)

Classificação

desconhecida

reutilização

Etapas do gerenciamento

DATUM SAD69

UTM_E

resíduo acidentes 333.887,00 UTM_N 7.393.423,00

em processo de monitoramento para encerramento (AME)

Classificação

reutilização

avaliação preliminar

avaliação da ocorrência

avaliação preliminar

medidas para eliminação de vazamento

investigação confirmatória

medidas para eliminação de vazamento

investigação confirmatória

investigação confirmatória

investigação detalhada

investigação confirmatória

investigação detalhada

avaliação de risco/ gerenciamento do risco

investigação detalhada e plano de intervenção remediação com monitoramento da eficiência e eficácia monitoramento para encerramento

avaliação de risco

investigação detalhada e plano de intervenção

concepção da remediação

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

projeto de remediação

monitoramento para encerramento

remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

produção

manutenção

infiltração

emissões atmosféricas

tratamento de efluentes

Meio impactado

Dentro

Fora

solo superficial

produção

manutenção

infiltração

biocidas

solventes halogenados

ftalatos

tratamento de efluentes

desconhecida Contaminantes metais

fenóis

outros inorgânicos

biocidas

solo superficial

solventes halogenados

ftalatos

solventes aromáticos

dioxinas e furanos

fenóis

outros inorgânicos

emissões atmosféricas

acidentes

Meios impactados

metais

Propriedade

Fonte de contaminação armazenagem descarte disposição

Contaminantes

Meios impactados

projeto de remediação monitoramento para encerramento

desconhecida

acidentes

plano de intervenção remediação com monitoramento da eficiência e eficácia

monitoramento para encerramento

descarte disposição

desconhecida

Etapas do gerenciamento

avaliação da ocorrência

Fonte de contaminação armazenagem

agricultura

Meio impactado

Propriedade Dentro

Fora

subsolo águas superficiais

solventes aromáticos

dioxinas e furanos

subsolo águas superficiais

águas subterrâneas

solventes aromáticos halogenados

anilinas

águas subterrâneas

solventes aromáticos halogenados

anilinas

radionuclídeos

sedimentos

PAHs

radionuclídeos

PCBs metano

microbiológicos

sedimentos

PAHs

ar

PCBs metano

biota

microbiológicos

outros

outrosvapores/gases

existência de POPs Medidas emergenciais isolamento da área (proibição de acesso à área) ventilação/exaustão de espaços confinados monitoramento do índice de explosividade monitoramento ambiental remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) fechamento/interdição de poços de abastecimento interdição edificações proibição de escavações proibição de consumo de alimento

uso de solo uso água subterrânea consumo alimentos uso de edificações trabalhadores de obras

Medidas de remediação bombeamento e tratamento extração de vapores do solo (SVE) air sparging biosparging bioventing extração multifásica desclorinação redutiva tratamento térmico in sito

Medidas emergenciais isolamento da área (proibição de acesso à área) ventilação/exaustão de espaços confinados monitoramento do índice de explosividade monitoramento ambiental

barreira hidráulica biorremediação fitorremediação biopilha atenuação natural monitorada

bombeamento e tratamento extração de vapores do solo (SVE) air sparging biosparging

cobertura de resíduo/solo contaminado

outras

desclorinação redutiva

sem medida de remediação

tratamento térmico in sito

bioventing extração multifásica

pavimentação

outras

adequação de projeto

uso água superficial consumo alimentos uso de edificações trabalhadores de obras barreira física

oxidação química redução química barreiras reativas lavagem de solo remoção de solo/resíduo recuperação fase livre encapsulamento geotécnico

barreira hidráulica biorremediação fitorremediação biopilha atenuação natural monitorada

cobertura de resíduo/solo contaminado

sem medida de remediação

outras

impermeabilização

pavimentação

outras

CEP 1520

Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental dezembro/2014

uso de solo uso água subterrânea

Medidas de controle de engenharia impermeabilização

CEP 1520

CETESB

Medidas de controle institucional proposta na avaliação de risco comunicada ao implantada ou no plano de intervenção órgão responsável

restrição

Medidas de remediação barreira física

oxidação química redução química barreiras reativas lavagem de solo remoção de solo/resíduo recuperação fase livre encapsulamento geotécnico

Medidas de controle de engenharia adequação de projeto

outros

outrosvapores/gases

remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) fechamento/interdição de poços de abastecimento interdição edificações proibição de escavações proibição de consumo de alimento

uso água superficial

TPH

combustíveis automotivos

existência de fase livre existência de POPs

Medidas de controle institucional proposta na avaliação de risco comunicada ao implantada ou no plano de intervenção órgão responsável

restrição

biota

TPH

combustíveis automotivos

existência de fase livre

ar

Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental Página 3119 de 5148

CETESB

dezembro/2015

Página 3225 de 5376

108


109


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.