ANO 3 - Nº 3
R$ 30,00
2013
PERIFA HYPE O olhar sobre o novo levou luxo e inovação para a periferia e a tornou moda.
CHOCOLATE DAS ILHAS Thiago e Felipe Castanho reinventam o chocolate artesanal. Made in Combu.
PAIXÃO POR BELÉM O paraense Paulo Chaves é o arquiteto homenageado pela mostra 2013.
É muito bom trabalhar num ambiente assim: produtivo.
VOCÊ FAZ PARTE DESSA HISTÓRIA. A CasaCor Pará 2013 agradece a todos os profissionais, parceiros e colaboradores que acreditaram e contribuíram para o sucesso de nossa terceira edição.
Marelli. Há 30 anos, transformando escritórios em espaços cheios de vida.
Marelli BelĂŠm Av. Gentil Bittencourt, 883 NazarĂŠ | Fone (91) 4006.5000
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Mendes
18 EDITORIAL 26 ENCONTROS Casa Cor Stars
32 MOSTRA 2013 Um novo olhar
38 PREMIADOS Destaques 2012
52 GOURMET
Chocolate do Combu para o mundo
60 HOMENAGEM A periferia não é mais a mesma
Sumário
PATROCÍNIO MASTER
PATROCÍNIO NACIONAL
PATROCÍNIO LOCAL
PATROCÍNIO ESTRUTURAL
68 COTIDIANO A cidade ribeirinha é inspiradora 76 HOMENAGEM Paulo Chaves e seu amor por Belém
84 MAPA 86 ÍNDICE DE ARQUITETOS 88 AMBIENTES 130 INSTITUCIONAL Um olhar muda tudo
Sumário
APOIO INSTITUCIONAL
APOIO LOCAL
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
MIDIA PARTNER
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FORNECEDOR OFICIAL
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PARÁ
VENHA CONHECER O ESPAÇO LEAL MOREIRA NA CASA COR PARÁ. VIVA UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL EM UM AMBIENTE COM TONS DE BLUES E JAZZ.
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EDITORIAL
Um olhar muda tudo Em seu terceiro ano no Pará, a Casa Cor inova, se (re)inventa e mantém o bom gosto como estandarte.
HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE A BELEZA DAS COISAS (e pessoas) era “medida” pela simetria de traços. Estudiosos dizem que o conceito mais antigo de beleza remonta à época de Pitágoras, que afirmava que “beleza e matemática” eram irmãs. Platão media a beleza pelas ideias e no generoso e prolífico período do Renascimento, o conceito de beleza era o “clássico”. O conceito, portanto, mudou com o passar dos tempos. Mas, substancialmente, mudou o olhar sobre o belo. Sabe-se que a tecnologia derrubou fronteiras e ajudou a aproximar pontos e (pessoas) distantes. Nessa grande aldeia global, miscigenaram-se definições, estilos, linguagens, pessoas... e a beleza. Cabe a nós conservar o olhar de novidade sobre tudo e todos - só ele poderá nos chamar a atenção ao que realmente nos é essencial. Não por acaso, “um olhar muda tudo” é o lema que norteia a Casa Cor, em seu terceiro ano no Pará. O aforismo, tal qual a beleza simétrica de outrora, casa perfeitamente com o que vivemos agora: a cultura paraense, nossa linguagem, nossos sabores e sons hoje são vistos de outra maneira. Somos os mesmos, e ao mesmo tempo crescemos aos olhos do país. Assim também é a Casa Cor Pará. Mantivemos o mesmo lugar mágico da edição anterior, porém reformulamos toda a estrutura - oferecemos a possibilidade de enxergar diferente. Mantivemos também a excelência - e ainda assim, mudamos. Quanto aos detalhes, deixaremos que você perceba, vivencie. Cada espaço, cuidadosamente preparado para que todos dele usufruam, certamente também reserva a você algo que só você pode ver. Venha nos visitar - esperamos você! Ana Paula Guedes André Leal Moreira
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EXPEDIENTE
Diretoria de CASA COR PARÁ André Leal Moreira.andre@casacorpara.com.br Ana Paula Guedes.paula@casacorpara.com.br
EQUIPE TÉCNICA CASA COR PARÁ GERENTE ADMINISTRATIVO E COMERCIAL Daniela Kress.daniela@casacorpara.com.br
PRESIDENTE Angelo Derenze angelo.derenze@casacor.com.br
ASSISTENTE FINANCEIRO Fábio Frahia
DIRETORA COMERCIAL Maria Cristina Moraes cristina.moraes@casacor.com.br
SUPERVISOR OPERACIONAL Suyane Macedo
DIRETORA DE MARKETING E LICENCIAMENTOS Christiane Ruegg christiane.ruegg@casacor.com.br
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Débora Aguiar
DIRETOR FINANCEIRO E DE FRANQUIAS Josér Alfredo M. Teixeira.alfredo.teixeira@casacor.com.br
PROJETO CASA COR PARÁ 2013 Arq. Aurélio Meira
GERENTE DE FRANQUIAS Alessandro Silva.alessandro@casacor.com.br
PROJETO GRÁFICO André Loreto
ASSISTENTE DE FRANQUIAS Victor Camargo victor.camargo@casacor.com.br
REPORTAGEM E TEXTOS Andreza Batalha, Fábio Nóvoa, Jecyone Pinheiro, Lorena Montenegro, Tyara de La-Roque
GERENTE COMERCIAL Sueli Cozza.suelicozza@casacor.com.br CONSULTORES DE NEGÓCIOS CASA COR SÃO PAULO Ana Paula Porto - apaulaporto@terra.com.br Daniela Dalle Molle - daniela.dalle@uol.com.br Luciana Lorenzi de Araújo - luferma@uol.com.br Cadu Torres - caducasacor@gmail.com
PRODUÇÃO EDITORIAL Camila Barbalho JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Lorena Filgueiras - MTB: 1505/DRT-PA
FOTOS Dilermando Cabral CAPA Foto: Dilermando Cabral Ambiente: Varanda Gourmet de Helder Coelho
CAP Eventos Ltda - EPP Rua João Balbi, 167/210 CEP: 66055-280 • Nazaré • Belém • PA Escritório Central Av. Visconde de Souza Franco, 776 - P5/G3 CEP: 66053-000 • Umarizal • Belém • PA Tel. 91 3222.1748 casacorpara.com.br contato@casacorpara.com.br
ISSN: 2237-1281 Proíbida reprodução parcial ou total sem prévia autorização da editora. Tiragem: 6.000 exemplares
/casacorpa @casacorpa
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REVISÃO José Rangel
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Sonata Residence
EBBEL, SEMPRE PRESENTE EM GRANDE EVENTOS. Além de patrocinar a CasaCor Pará, a Ebbel está presente nos empreendimentos da Leal Moreira como a Sonata Residence, um prédio de alto nível que tem a segurança e a beleza dos vidros Ebbel. Uma combinação atestada por tantas outras obras de qualidade. • Aumento de área útil. • Proteção contra vento, chuva, poluição e maresia. • Valor e qualidade otimizados, propondo melhor custo/benefício, uma vez que proporciona maior comodidade e conforto. • Segurança com uso de vidros temperados • Praticidade em seu manuseio e limpeza.
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ENCONTROS
26 Casa Cor Stars Relembre os astros de primeira grandeza da arquitetura e do design que já passaram pelo evento e conheça o convidado deste ano.
F OTO S D O E V E N TO : R A FA E L R E N Z O
POR MARIA HELENA PUGLIESI
CRIADO PELO GRUPO CASA COR, CASA COR STARS desde 2008 cumpre a missão de apresentar os mais importantes nomes do cenário nacional e internacional nos segmentos da arquitetura e do design. Em palestras dinâmicas, inteligentes e apaixonantes, os participantes contam experiências de seu universo criativo, debatem tendências e discutem conceitos. Voltados para profissionais da área, especificadores renomados em seu campo de atuação, os encontros reúnem também uma plateia seleta de convidados: “É o nosso presente a todos os envolvidos na mostra Casa Cor”, argumenta Angelo Derenze, presidente do grupo. Confira, a seguir, a constelação de talentos que estiveram presentes no CASA COR Stars, importante evento brasileiro de relacionamento sobre arquitetura e decoração.
C A R L O L AVATO R I
O designer e arquiteto italiano é o convidado de 2013. Aclamado pela expertise de misturar diferentes culturas e formas de expressão em produtos e projetos arquitetônicos, suas criações estão em museus do mundo inteiro, entre os quais o MoMA de Nova York, o Pompidou, de Paris, o Museu de Arte Contemporânea de Denver e o Vitra Design Museum de Weil, Alemanha. Sofá K2, exposto no Salão do Móvel de Milão 2013.
D I V U L G AÇ ÃO
Alessandro Mendini
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ENCONTROS
Designer belga, sua apresentação aconteceu em dezembro de 2012. Móveis feitos com apenas uma matéria-prima, de formas minimalistas e orgânicas são sua marca registrada. Para ele, design não é arte, e sim um processo industrial. Por isso, deve ser humanista e ter como principal preocupação servir às pessoas. Ao lado, a cadeira Cone, de estrutura almofadada e pés de metal, apresentada este ano em Milão.
F OTO S D I V U L G AÇ ÃO
Xavier Lust
S A N T I AG O D E M I G U E L D I V U L G AÇ ÃO D EC A
Simone Michelle Arquiteto italiano, foi o profissional escolhido para o encontro de agosto de 2011. Considerado um dos grandes nomes da estética futurista, ele possui uma forte preocupação com a sustentabilidade nas áreas de arquitetura, design de interiores e design de produtos. Seus metais para banheiro estão entre os mais valorizados do planeta. Esta torneira é um lançamento recente para a marca ST Rubinetterie.
Arquiteto italiano, esteve no Casa Cor Stars em novembro de 2011. Reconhecido por seus projetos que se adequam à natureza onde estão inseridos, ele tem obras fantásticas em Milão, Roma, Dubai e Teerã. No campo do design de móveis também surpreende. Ao lado, a vinícola Cantina Antinori, nas colinas de Chianti, na Toscana, cujo projeto não altera o visual exterior.
Marco Casamonti
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G. M A L G A R I N I
Marco Piva O arquiteto e designer italiano foi o primeiro profissional a se apresentar no evento, em 2008. Inventivo, seja na arquitetura, seja no desenvolvimento de produtos, está no panteão dos grandes criadores contemporâneos. Suas pesquisas de materiais e de tecnologias o levam a assinar peças de beleza e funcionalidade ímpares. Apresentado na Euroluce 2013, o pendente Witch, de vidro e metal, é uma delas.
A L B E RTO P E R O L I
E M A N U E L E- Z A M P O N I
Fabio Novembre Arquiteto e designer italiano, participou da edição de julho de 2012. Sobre suas criações, ele mesmo explica: “Meu objetivo é eliminar a fronteira que existe entre o observador e a obra. Busco a proximidade, o contato. A arquitetura e as peças de design precisam permitir que o usuário interaja com elas.” Ao lado, a cadeira Caveira, de polietileno moldado, lançada no Salão Internacional de Milão de 2013.
Rosita Missoni Em dezembro de 2010 foi a vez de Rosita Missoni, fundadora de uma das grifes mais luxuosas do mundo e considerada um dos maiores nomes da moda italiana e do design de interiores. Sua marca usa e abusa dos ensinamentos da passarela e da decoração para criar e provocar. Verdadeira celebração das flores, as peças ao lado, da coleção Daisies (2013), evocam temas do passado numa linguagem supermoderna.
Gaetano Pesce Arquiteto e designer italiano, abrilhantou o evento em 2009. Suas obras são bastante excêntricas e trabalham muito com o conceito do happening, que é a transformação do objeto e sua interação com o público. Por meio de formas e materiais inusitados, Pesce demostra seu apreço pelo novo e pelo inesperado. Quer prova maior do que o seu sofá Notturno A New York, de 2010, composto por diferentes módulos?
F OTO S D I V U L G AÇ ÃO
Ross Lovegrove O designer gaulês esteve em Casa Cor Stars em agosto de 2010. Reconhecido por suas criações, que aliam alta tecnologia com desenho inspirado na natureza, ele já trabalhou para grandes empresas, como Sony, Apple e Airbus. É considerado por muitos críticos como a própria linguagem estética do século 21. O protótipo Solar Tree é uma opção aos postes de iluminação urbana e se alimenta de energia solar. 29
MOSTRA 2013
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Novo olhar para o morar Totalmente renovada, a 27ª edição da Casa Cor São Paulo dedicou-se 100% à arte de morar com paixão e felicidade
E D UA R D O P OZ E L L A
POR MARIA HELENA PUGLIESI
SEMPRE SURPREENDENDO, CASA COR SP ESTE ANO LANÇOU um novo olhar para si mesma e trouxe o lar como o grande protagonista da mostra, encerrada no dia 21 de julho. Refletindo as mais diversas expressões e estilos do morar, o evento 2013 teve menos ambientes, mas se superou no tamanho e no perfil dos projetos. “Nesta autoanálise detectamos a expectativa dos visitantes em viver experiências reais. Por isso, criamos um circuito que abrangeu apartamentos, casas, lofts e estúdios, decorados por mais de 100 profissionais renomados. Com certeza, o entendimento do evento foi maior”, comemora Angelo Derenze, presidente do Grupo CASA COR. Outra novidade foi o Comitê Curador, que, formado por personalidades notórias do segmento, foi o responsável pela seleção criteriosa dos nomes que assinaram os 77 ambientes (veja mais no boxe na página seguinte). Sem perder a vocação de capturar o espírito de nossa época para antecipar tendências e inovar, a exibição teve como mote a valorização da arte e do design. Além dos profissionais incorporarem a temática em suas propostas, muitas áreas de acesso e de circulação se transformaram em um rico roteiro cultural ao longo dos 52 dias de evento. Uma das atrações foi a exposição de itens de mobiliário clássico cedidos pela Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, todos sonhos de consumo eternos. “Apresentamos parte de nosso acervo adquirido no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, na década de 1970”, explica Fernando Greiber, diretor financeiro da entidade. Dezessete ícones, como as cadeiras Mole, desenhada pelo brasileiro Sergio Rodrigues em 1957, a Panton, do alemão Verner Panton, de 1966, e a Thonet, do austríaco Gebrüder Thonet, de 1860, puderam ser apreciados numa das marquises do Jockey Club de São Paulo, com performance cenográfica coordenada pela arquiteta Ana Maria Vieira Santos. Outro destaque foi o Espaço Alessandro Mendini. Com ambientação do próprio designer e arquiteto italiano, a iniciativa abrigou peças inéditas no Brasil, vindas diretamente do Salão do Móvel de Milão. “Trouxemos a mesma coleção apresentada na Itália. Foram 16 produtos assinados pelos melhores designers do mundo, feitos exclusivamente com matéria-prima e tecnologia brasileiras”, conta Pedro Franco, curador da exposição e dono da A Lot Of Brasil, marca responsável pela fabricação e comercialização dos produtos. Ao lado de Mendini, participaram também Fabio Novembre, Paolo Ulian, Pininfarina, Vanni Pasca, Vico Magistretti e Xavier Lust. Completando as opções de entretenimento Ambiente Mil tons de cinza, da arquiteta Brunete Fraccaroli para CASA COR SP 2013. 33
MOSTRA 2013
Criativa, a campanha publicitária de Casa Cor 2013, “Um olhar muda tudo”, estimula um novo ponto de vista para a arte do bem morar.
e alimentação, o evento reuniu informação de qualidade, cultura do morar e diversão. “Oferecemos o melhor ao público que nos prestigiou, 197 mil visitantes que representam o novo consumidor brasileiro, que está cada vez mais informado e exigente na hora de construir, reformar ou decorar”, lembra Derenze. Este novo momento de Casa Cor resgata o formato original da mostra, que nasceu há 26 anos com a missão de explorar o conceito do morar bem. E morar bem é muito mais do que seguir as tendências, é buscar a felicidade em espaços aconchegantes, com a cara e as impressões digitais de quem os habita. A essência dessa mensagem foi capturada com maestria na campanha publicitária que divulga o evento 2013. Sob o slogan “Um olhar muda tudo”, as propagandas lançam mão de criações geniais, inspiradas em temas alheios ao universo da decoração, mas que se transformaram em objetos totalmente integrados ao design de interiores. Uma delas mostra a poltrona Egg (1950), de Arne Jacobsen, que surgiu do formato prosaico de um ovo. Outra, estampa a luminária Amy, recém-lançada por Diogo Carvalho, que se baseou no visual da cantora Amy Winehouse para conceber a peça. Em síntese, para ter ambientes funcionais e originais, só basta isso: olhar em volta e decifrar no cotidiano um jeito especial e próprio de viver. Casa Cor 2013 está aqui para ajudar. 34
O Comitê Curador Para garantir a diversidade de propostas e o alto nível do evento 2013, Casa Cor SP constituiu um comitê curador, composto por um grupo seleto de especialistas ligados a decoração, design e fotografia. Cristina Ferraz, diretora de relacionamento com o mercado de Casa Cor; Claudia Moreira Salles, designer de móveis; Roberto Dimbério, consultor especializado no segmento; Tuca Reinés, fotógrafo; e Waldick Jatobá, curador de design e arte contemporânea, fundador do salão Design São Paulo, foram os cinco responsáveis pela seleção, indicação e convite dos profissionais participantes. “Muito estimulante fazer parte dessa triagem. Tivemos que nos desvestir de preconceitos e analisar os diferentes estilos de morar. Com foco na qualidade do trabalho, na personalidade do projeto e em questões que iam do glamour à sustentabilidade, selecionamos profissionais que, com certeza, traduziram as aspirações de quem ama a casa”, diz Claudia.
F OTO S R A FA E L R E N Z O E D I V U L G AÇ ÃO
F OTO S D I V U L G AÇ ÃO
Acima, o banco Row, do italiano Paolo Ulian, uma das peças made in Brazil expostas no Espaço Alessandro Mendini. Ao lado, a famosa poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. Considerada um símbolo do design nacional, ela está à mostra na exposição da Fiesp, em CASA COR SP.
Crisitina Ferraz
Claudia Moreira Salles
Roberto Dimbério
Tuca Reinés
Waldick Jatobá 35
PENSOU CHEVROLET,
PREMIADOS
DESTAQUES DE CASA COR 2012 Confira a seguir os ambientes vencedores da categoria “Melhor Projeto CASA COR” eleitos por comissões julgadoras formadas por empresários, jornalistas, decoradores, arquitetos e designers.
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POR MARIA HELENA PUGLIESI
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PREMIADOS
Loft Todimo Marcelo Villaça Epaminondas CASA COR MT Mato Grosso teve dois ambientes premiados. Este foi eleito pela atmosfera realista do projeto. O arquiteto baseou-se nas necessidades e expectativas dos jovens casais, que buscam espaços práticos, tecnológicos e integrados. A imagem acima captura a disposição das áreas, realçando a proposta de unificação.
F OTO S M A R CI O T R E V I S A N
Espaço de Convivência Emili Ayoub Giglio CASA COR MT
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O clima de raiz do ambiente criado pela arquiteta cuiabana também conquistou o júri mato-grossense. Mesclando artesanato regional com o que há de mais luxuoso no mundo, como um jogo de jantar da Versace, o espaço, que agregava várias atividades, propunha um jeito atraente e confortável de reunir a família e os amigos.
A dupla catarinense conseguiu mostrar com talento e criatividade todo o conceito deste tipo de hotel. Com ênfase nos elementos de arte e de design, individualidade e interatividade, o projeto cosmopolita lembrava uma casa luxuosa, realçando a importância do hóspede se sentir dono de um espaço exclusivo.
LIO SIMAS
Hotel Boutique Salvio Jr. e Moacir Jr CASA COR SC
X I CO D I N I Z
Espaço Empresarial David Bastos CASA COR BA Em 240 m², o arquiteto baiano apresentou uma proposta surpreendente de escritório funcional destinado a uma incorporadora. Três ambientes - sala de estar e recepção, escritório e sala de reunião, que também podia funcionar como espaço gourmet – se interligavam por painéis e portas de correr laqueadas.
Idealizado para receber bem os visitantes, o lounge de entrada se destacou pela linguagem contemporânea, alicerçada por materiais e mobiliário sofisticados e por tecnologias de som, de imagem e de automação de última geração. Trabalhos de artistas importantes capixabas povoaram as paredes do espaço.
W E V E R S O N R O CI O
Lounge CASA COR Fábio Pinho e Fábio Pantaleão CASA COR ES
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DA N I E L M O N T ECI N O S
PREMIADOS
La Otra Casa Javier Pinochet CASA COR Chile O espaço do designer de interiores chileno atraiu a atenção pela maestria da composição entre elementos étnicos e design arrojado. Living, bar e sala de jantar se interligavam e instigavam o olhar com seus objetos únicos, entre eles, almofadas de estampas africanas e poltronas feitas de chifre de búfalo.
Inteiramente branco, o ambiente idealizado pelos profissionais ganhou atmosfera futurista por meio de equipamentos de alta tecnologia, baixo consumo de energia e longa durabilidade. Luminárias embutidas, com lâmpadas de LED em tons de azul, propiciavam um living confortável e cheio de personalidade. 42
DA N I E L S O R E N T I N O
Living Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande CASA COR PR
C L AU S E N B O N I FA C I O
Espaço do Chef Ney Lima CASA COR DF Empregando uma moderníssima linha de eletrodomésticos que permite personalizar a cozinha, Ney Lima apresentou um projeto impecável em termos de organização, distribuição e aproveitamento de espaço. Todas as tendências do mercado de luxo em relação a cores e materiais estavam lá, muito bem representadas.
G I L M A R B R AG A N Ç A
Sala de Estar Pedro Lázaro CASA COR MG Tendo como premissa a sustentabilidade, o autor elegeu a madeira araucária de demolição como elemento principal da proposta. O material veste piso, paredes e teto e ainda aparece na estante, cujo desenho foi modulado de forma a ser reaproveitado em outra situação futura. Peças vintage também foram destaque. 43
R A FA E L R E N Z O
PREMIADOS
Casa do Jatobá Débora Aguiar CASA COR SP Na residência de 300 m² construída pela arquiteta, a atmosfera de tranquilidade vinha dos tons neutros e dos materiais delicados empregados nos móveis e nos revestimentos. Desenhada por ela, a cama tinha estrutura forrada de camurça, material que também aparecia nas paredes. Ao fundo, a ala da massagem.
RICARDO LIMA
Sala Secreta Leo Romano CASA COR GO
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O ambiente foi aclamado por exibir diversos elementos do universo profissional e pessoal do arquiteto goiano. No total, mais de mil objetos foram inseridos no espaço de 80 m², imprimindo ousadia e personalidade. Várias peças foram criadas exclusivamente para a decoração, em especial o tapete gigante.
Paredes de cores instigantes, teto rebaixado sinuoso direcionando de forma impactante o caminho da luz e poucas e boas peças de design. Com esses ingredientes, o profissional panamenho cativou os visitantes da mostra e seduziu os jurados. Um espaço irresistível para todo colecionador de obras de arte.
J A I M E J U ST U N I A N I
Loft del Coleccionista Jorge Ruiz Diaz CASA COR Panamá
DILERMANDO CABRAL
Loft do Casal de Músicos Vanessa Martins CASA COR PA Ao homenagear a dupla de cantores mais famosa do Pará, Joelma e Chimbinha, a arquiteta criou um oásis de relax inspirador. Madeiras certificadas nos revestimentos e o predomínio dos tons neutros garantiam conforto e convidavam a uma parada mais longa no espaço. Sobressaiu-se, ainda, a automação do ambiente.
Pensado para um casal, o loft se revelou um espaço inovador, trazendo ao visitante uma nova forma de morar. Com 220 m², ele empregou um revolucionário sistema construtivo de tecnologia italiana, composto por estrutura de aço revestida de placas cimentícias pré-fabricadas, de montagem rápida e limpa.
E D UA R D O L I OT T I
Casa Conceito Lidia Maciel CASA COR RS
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M I G U E L V I EG A S
PREMIADOS
Loft do Designer de Moda Cláudia Turola Leal e Iza Moreira Lopes CASA COR MA Para integrar sala de jantar, área de trabalho, home theater e quarto, as arquitetas lançaram mão de painéis e biombos revestidos de tecidos utilizados em peças da coleção que celebra São Luís. Chique, uma das paredes foi folheada de ouro.
I VA L D O B E Z E R R A
Lounge de Entrada e Bilheteria André Carício CASA COR PE
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Em Pernambuco houve empate. Este ambiente, um dos vencedores exibia peças assinadas por uma constelação de mestres do design. Ao longo dos 130 m² era possível apreciar móveis de Sergio Rodrigues, Oscar Niemeyer e Guilherme Torres. Obras de arte também não faltaram, como as esculturas de Abelardo da Hora.
RODRIGO A ZEVEDO
Lounge do Hotel Gisele Taranto CASA COR RJ Boas e preciosas surpresas foram a marca registrada deste projeto. O espaço trazia como protagonistas a mesa da segunda metade do século 19, a estante de laca cinza desenhada pela arquiteta carioca e o buraco na parede preenchido com livros e cimento – uma homenagem ao artista alemão Hubertus Gojowczyk.
I VA L D O B E Z E R R A
Lounge Gourmet Márcia Nejam e Suzana Azevedo CASA COR PE Também eleito pelo juri pernambucano, o ambiente, que recebeu vários chefs convidados, seguia um layout simétrico, cujo ponto principal era a mesa de vidro com base de raiz de árvore. Integrada à ilha de preparo dos alimentos, a peça tinha como companhia nas laterais estantes poderosas de 3 metros de altura. 47
LU I Z M ACH A D O
PREMIADOS
Capela Maxwell Geraldi e Herbert Carvente Faustini CASA COR Campinas A dupla de profissionais concebeu este projeto baseada no que existia no antigo endereço da Cúria Metropolitana de Campinas. O altar de mármore é fruto de fragmentos do altar original da capela do Hospital Casa de Saúde, Já o painel bizantino é do artista Fernando dos Anjos.
A proposta bem resolvida da designer de interiores buscou mostrar as características de um quarto típico de noiva do século 19. Absolutamente possível nos dias atuais, o ambiente mesclava móveis de estilo inglês com papéis de parede de textura delicada. Closet e banheiro também fizeram parte do projeto. 48
R O D O L F O S OT E L O
Suite de la Novia Jessie D’ Angelo CASA COR Peru
Museu da Fábrica SIMAS Viviane Teles CASA COR RN Com projeto da arquiteta, o museu da extinta fábrica de balas Simas foi revitalizado. O espaço de 1.500 m² a céu aberto empregou material sustentável, com custo e manutenção baixos. Exposição do maquinário utilizado na época para a produção dos doces e registros fotográficos antigos completaram a proposta.
Construído na parte externa da casa, o ambiente convidava à relaxar entre peças de bom design e no frescor de um jardim vertical de samambaiais. Os móveis mesclavam ícones sonoros, como a estante e as poltronas de Sergio Rodrigues e de Jean Prouvé, além dos pufes forrados.
F OTO S E S D R A S G U I M A R Ã E S
Lounge Prime Marcus Novais e Lucas Novais CASA COR CE
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GOURMET
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O Doce diferencial paraense Como os irmãos Castanho descobriram o legítimo chocolate da Ilha do Combu, que já começa a fazer sucesso no Brasil inteiro POR FÁBIO NÓVOA
ATÉ OS MAIS DESTEMIDOS, À PRIMEIRA VISTA, criariam certa resistência ao ver chegar à mesa algo que parece um pequeno vaso de plantas – daqueles comuns de se ver em jardins de inverno ou parapeitos de janela. O cheiro que vem da sobremesa, porém, dissipa toda a desconfiança. Servida em uma pequena cumbuca de barro, com colheres moldadas artesanalmente como pequenas pás, a “Jardinagem de Chocolate” é um doce curioso de se ver, e de um charme difícil de ignorar. Mesmo assim, o visual não supera o sabor indescritível: feita com cacau em pó, doce de cupuaçu e chocolate, a inusitada receita acerta, pura e simplesmente, em todas as medidas. A criação, fruto da criatividade e do talento dos irmãos Thiago e Felipe Castanho, agrega uma novidade importante, tanto para a cozinha quanto para a economia: o chocolate utilizado é 100% paraense, produzido no Combu – região de pequenas ilhas conhecida pelos restaurantes e passeios pelo Rio Guamá, e que se separa de Belém por apenas 15 minutos de barco. Thiago e Felipe, aliás, dispensam apresentações a qualquer um que observe a culinária com alguma proximidade. Acumulando prêmios no Brasil e participando de eventos de cozinha no mundo inteiro, os Castanho estão entre os mais (re)conhecidos chefs paraenses. O talento vem da infância, época em que os dois começaram. O pai, Francisco, havia criado o restaurante da família, o Remanso do Peixe. Como o local funcionava em casa, os dois tiveram que ajudar a família no trabalho servindo os clientes e, posteriormente, ajudando na cozinha. Naturalmente, a paixão por cozinhar aflorou e a gastronomia se tornou parte dos irmãos – assim como o tino para a percepção. Não foi à toa que os dois se tornaram verdadeiros Midas da cultura gastronômica local: os irmãos, além de renovar os paradigmas da tradição, apresentam novas tendências que invariavelmente emplacam. Assim foi com o chocolate genuinamente paraense. Thiago e Felipe se tornaram seus maiores divulgadores, bem como atestadores de sua qualidade. O produto caseiro foi introduzido já no novo restaurante deles, o
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GOURMET
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Remanso do Bosque. O lugar é um bonito e aconchegante espaço localizado no coração do bairro do Marco, bem atrás do Bosque Rodrigues Alves – um cinturão verde de Belém. Inaugurado em dezembro de 2011, o Remanso do Bosque se especializou na recriação e redescoberta da cozinha paraense. A casa adequada, portanto, para recepcionar o doce de produção artesanal – quase tão acolhedora quanto o vasinho de cerâmica. Cacau, chocolate, combulate Como acontece com as melhores coisas, foi o acaso que apresentou os chefs ao produto – até então, praticamente desconhecido na cidade. Quem conta é Thiago, o primogênito da família Castanho. “Eu conheci a produtora desse chocolate há um ano e meio, por meio de uma amiga, a Neneca, dona da ‘Saldosa Maloca’”, diz, referindo-se ao tradicional e celebrado restaurante da ilha. “Conversávamos sobre o fato de eu já estar interessado em trabalhar com o chocolate daqui da região. Ela nos falou da Nena, que é uma pequena produtora que mora no Combu. Eu fiquei encantado com o chocolate dela. Pensamos: ‘vamos trabalhar com esse chocolate’. E assim foi”, lembra. Felipe, o irmão mais novo, se entusiasma com a versatilidade da iguaria. “Já fizemos bolo, torta, mousse e até molho de carne. Dá um gosto tostado, rústico. A gente acrescenta o molho para dar um gosto de mais assado”. A adoção do chocolate pelos Castanho trouxe visibilidade e a consequente ampliação do mercado para a produtora, Nena. “Antes, ela vendia pouco. Em uma semana, vendia um quilo de chocolate”, diz Felipe. “Hoje ela vende 20, 30 quilos de chocolate por mês. A gente compra boa parte da produção dela, mas várias pessoas já reconhecem a qualidade do produto, já sabem onde ela está e ligam pra ela pedindo”. O produto já encantou chefs como os paulistas Alex Atala e Roberta Sudbrack. Por conta disso, ainda segundo Felipe, ela acabou repensando sua vida profissional: o aumento da demanda a fez se dedicar exclusivamente ao chocolate. “Nena era enfermeira em um posto de saúde. O chocolate era apenas uma complementação de renda. Hoje, ela saiu do emprego, abriu sua empresa e vive do chocolate. Já tem CNPJ e vê isso como a carreira dela”. Com o aumento da popularidade e da comercialização, cresceu também o cuidado com a mercadoria. Hoje, o chocolate é vendido em uma simpática 55
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embalagem artesanal, feita com a folha do cacau e barbante. Felipe elogia: “é incrível, porque é completamente sustentável. A embalagem de plástico, por exemplo, se for jogada no chão, é lixo. Mas essa faz parte da própria natureza”, explica. E complementa, descrevendo a importância econômica que a valorização do chocolate artesanal traz para a região. “Muitas famílias no Combu trabalham com o cacau. Ali é uma grande zona produtora. Mas a maioria vende a amêndoa do cacau para as indústrias de chocolate e de cosmético, que dá um valor menor, já que não é agregado valor ao produto”. E é justamente no trato da questão econômica que surge o ponto nevrálgico: qual o diferencial do chocolate paraense comparado ao da indústria nacional? “Esse chocolate obedece ao modelo que os Incas adotavam. Antes dos europeus chegarem aqui, o produto já existia. O que ela faz tem origem indígena, é algo muito ancestral”, lembra Thiago. “Nena vem de uma tradição de chocolate sem açúcar e sem leite. Ela aprendeu com os pais. E os pais aprenderam com os pais deles. Trata-se de um conhecimento tradicional”. De fato, a tradição é o que conduz a feitura do doce, e é parte essencial do seu conceito desde a produção – que é completamente artesanal. Por não ser industrial, o processo acaba abandonando alguns pontos com os quais o mercado está habituado, como a homogeneidade – já que o cacau é moído em um moedor rústico. Para Thiago, não há demérito algum nisso. “O chocolate é vendido ainda com os grãos. O que muita indústria poderia interpretar como defeito, na verdade é uma qualidade desse produto, uma personalidade do chocolate”, diz. Felipe complementa: “é o chocolate verdadeiro, sem conservante, nem gordura. Nenhum chega aos pés dele”. Os Castanho não negam o encantamento com o chocolate do Combu, e deixam clara a intenção de continuar divulgando-o. “O produto que a gente acredita, a gente divulga. A gente faz questão de crescer juntos”, reitera Felipe. “Inicialmente é preciso acreditar no produto. Não deixar que a indústria mande [no mercado]. Precisamos mostrar que esse produto tem tanto ou mais valor que aquele que está no supermercado”. Felipe aproveita e estende a percepção a outros produtos paraenses. “A culinária paraense é mais autêntica. A influência indígena permaneceu, mesmo com a chegada dos europeus. Este é o ponto forte dela. A comida mantém as raízes”. 57
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O Hype da perifa A voz da periferia aparece e já não é mais a mesma. Falando em alto e bom som. Falando por meio da música, do grafite, do cinema. Falando em arte. Em todos os lugares do país. POR TYARA DE LA-ROCQUE
SE ANTES O DISCURSO POLÍTICO PROMETIA LEVAR a cultura para a favela, agora é diferente: a favela rebate e diz que o que não falta por lá é cultura! E mais, mostra que o mundo tem a aprender com eles. Sem mais esperar a oportunidade que nunca chegava, e que viria de fora, do centro, as periferias das cidades inventam novos circuitos culturais e novas soluções econômicas para sustentar suas invenções. E sem que o centro nem percebesse, produziu novas culturas que podem – e devem – vir a indicar caminhos para o futuro do centro. É o funk carioca, o forró eletrônico cearense, o rap paulista, o tecnobrega paraense, o arrocha baiano, o sertanejo do Brasil central e todas as músicas que o mercado chama de gheto tech. Todos produzidos na periferia para a periferia, sem passar pelo centro. A periferia – social, cultural ou econômica – assumiu o direito de dizer e fazer o que quer, do jeito que sabe – e gosta. Impõe-se e se afirma como pode – e deve. A contragosto de alguns, relativiza o central. O mundo inteiro acompanha a gênese das indústrias de entretenimento popular, estas que já produzem os sucessos musicais das ruas de todo o país sem as amarras das grandes gravadoras e grandes mídias. É, sem dúvidas, uma mudança de paradigmas, que vem de um processo cumulativo. Uma produção artística informal conquistada com muito esforço, sem intermediários e que estabelece conexões com todo o planeta. A periferia, cada vez mais, toma conta de tudo. É o que o antropólogo Hermano Vianna já fala há uns bons anos. É a menina dos olhos de estudos acadêmicos, está na TV, na internet, em jornais, revistas, na boca do povo. “A perifa ‘hypou’”. Porém, mais do que estar na moda, a cultura da periferia furou um cerco, está conquistando um espaço mais amplo, respeitado e, diga-se de passagem, merecido.
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Sob o lema “faça você mesmo”, o tecnobrega provoca uma radical inversão do modelo de produção e distribuição da música, antes comandado pelas multinacionais do entretenimento, e fez o próprio negócio. A partir de produções caseiras, com tecnologia barata, traça um caminho inverso, aliando-se à economia informal, sendo parceiro das rádios piratas e dos camelôs. No lugar de um músico para executar cada instrumento, estão os sintetizadores com batidas simples e pré-gravadas. Os resultados são custos mais baixos para a produção e a chance de criar a própria música sem mesmo nunca ter tocado um instrumento. Obviamente a principal divulgação – e afirmação – dessa produção se dá nas festas de aparelhagem (com máquinas sonoras superpotentes de estética oitentista). Apesar de toda a inversão num modo de produzir e distribuir, o tecnobrega (o rap, o funk carioca, o hip hop, etc.) é avaliado e criticado por valores estáveis e tradicionais da crítica de arte e entretenimento – e aqui mora a polêmica –. Assim, muito das produções que vêm da periferia passa a fazer parte da vida cultural de toda a cidade e entram em lugares (classes sociais) onde até então eram menosprezados ou marginalizados. E está aí gente que vem e fala da periferia e leva esse universo para o hype. O músico Criolo, após duas décadas de carreira, hoje faz sucesso no contexto pop de classe média, onde até então não entrava, assim como o rapper Emicida, o grupo Gang do Eletro e a cantora Gaby Amarantos. No grafite, Eduardo Kobra transita entre as galerias de arte e os muros das ruas da cidade. Gaby Amarantos, a dama da periferia. “Quem nasce no Jurunas (bairro da periferia de Belém) cresce no meio da feira, da caixa de som anunciando a festa de brega, do bar tocando música regional o dia inteiro, sem preconceitos musicais. Cresce sendo multicultural”. É o que diz Gaby Amarantos, um dos nomes mais importantes da atual cena musical brasileira. É também dessa observação que nasce a autenticidade – no palco e na personalidade – da cantora paraense. 62
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Assumidamente brega, ela não vê problemas em ser uma cantora que faz sucesso nas camadas populares, gosta de transitar por vários meios e pessoas pra mostrar que não existe segregação na música. Aprendeu a ser guerreira, a não abaixar a cabeça. E, acima de tudo, a não negar as origens. Nos shows, a artista faz questão de lembrar o nome de seu estado, de sua cidade, e afirma com orgulho que cresceu e que pertence à periferia. “As periferias não são invisíveis. Ninguém pode abaixar a cabeça só porque não vive no centro”. Gaby tem conquistado inúmeros prêmios e reconhecimento internacional. O disco “Treme” foi um dos mais aguardados pela mídia em 2012, músicas como “Xirley” e “Ex-Mai Love” (tema da novela “Cheias de Charme”), são conhecidas no país inteiro e fazem sucesso entre vários públicos, das periferias às baladas da classe média alta. Para a cantora de tecnobrega, o Brasil está começando a compreender o movimento da periferia, porque ele traz muita novidade. É muita informação, um processo lento, mas que está sendo solidificado. “Lá fora estão começando a entender que não somos só carnaval, então é um momento muito especial para música paraense estar em evidência”. Das ruas para as galerias. Num passado não tão distante, o grafite não tinha a visibilidade que tem hoje. Não tinha uma ligação mais forte com a estética. Não tinha o valor de arte. Era visto como uma técnica de menor expressividade, boa parte dos grafiteiros era rotulada de “vândalo” e o preconceito era maior. Atrelado a vários movimentos, em especial ao hip hop, o grafite ou grafitto – do italiano grafitti reflete a realidade das ruas, comunica por meio da pintura, seja na forma de protestos ou, mais atualmente, num deleite contemplativo. Foi pelo simples prazer de pintar que o grafiteiro, muralista e artista plástico Eduardo Kobra se apaixonou pela grafitagem. Nascido no bairro do Campo 64
Limpo, periferia de São Paulo, começou com a pichação nos muros, em 1987, quando tinha 12 anos. Como ele mesmo diz, a prática em nada tinha a ver com arte; era puro vandalismo. Vivendo o auge da pichação em SP, chegou a correr da polícia em certas ocasiões. As primeiras grafitagens foram na época em que pichava; pouco depois, trocou os rabiscos ilegais da pichação pela satisfação de levar beleza –com o spray – para os espaços públicos da cidade. Aprimorou a sua técnica, engrenou a carreira e ganhou as ruas do mundo. Hoje está entre os artistas que se destacam no cenário do grafite brasileiro, com grande repercussão internacional. Os traços bem definidos e desenhados, as criações ricas em detalhes, a linguagem própria que as obras de Kobra imprimem, refletem um trabalho marcante, ousado, maduro, fruto de muita dedicação. Autodidata, ele mostra na prática que o dom para a pintura e o amor pela arte sobressaem. Além dos muros da capital paulista, as obras de Eduardo Kobra estão espalhadas por vários cantos do Brasil, como Belo Horizonte (BH), Rio de Janeiro (RJ), Santa Catarina (SC), Rio Grande do Sul (RS), Belém (PA), entre outros. Fora do país, a assinatura “Studio Kobra” é vista em murais da Europa, além de Los Angeles, Nova Iorque e Miami. Suas produções também estão nas galerias, restaurantes da moda, residências, lojas, grandes parques como o Beto Carreiro World e chegou também no famoso Museu do Louvre, em Paris, onde participou de uma mostra brasileira contemporânea no Salon Nacional Des Beaux-Arts (SNBA). “Pintar naquela época era muito diferente de hoje”, diz, referindo-se à maneira como o grafite é bem melhor visto e tratado hoje, tanto pelos profissionais quanto pelos admiradores. Mas, a principal tela do artista não deixa de ser o espaço urbano, o grande museu são as ruas da cidade. “Meu maior prazer é pintar na rua. Se paro, não me sinto completo”. O grafite vai para o salão de arte, ganha um espaço cada vez mais conceitual e status de obra de arte, o hip hop conquista públicos cada vez mais diversos, o tecnobrega vai para as telonas, é tocado em vários lugares do mundo e chega a ser considerado, por alguns, como uma música eletrônica de vanguarda. É quando a periferia deixa de se comportar como periferia. De volta a Hermano Vianna: “A periferia agora inclui o centro. E o centro, excluído da festa, se transforma na periferia da periferia”. 65
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Tão longe, tão perto Do outro lado do rio, eles passam ao largo dos estereótipos e dão lições de empreendedorismo e sustentabilidade. Conheça a vida dos ribeirinhos contemporâneos, moradores das ilhas que cercam Belém. POR LORENNA MONTENEGRO
NO SEGUNDO MAIOR ESTADO EM DIMENSÃO TERRITORIAL DO PAÍS, as grandes riquezas naturais são visíveis e táteis para nativos e turistas. Quando se transita por localidades ribeirinhas, então, é possível vivenciar um pouco da essência do Pará de maneira ainda mais nítida. Partindo de Belém, o caminho das águas leva a alguns personagens que vivem à beira dos rios que serpenteiam por aqui. Interessantíssimos, eles vivem de um jeito muito diferente dos grandes centros urbanos, embora não estejam tão longe daqui. Mas quem pensa nessas pessoas como desprovidas de sabedoria pode se surpreender bastante. Estes personagens narram suas histórias de perseverança e criatividade. Mais: são pessoas felizes, apaixonadas pelo lugar onde vivem, e que contradizem o discurso da falta de oportunidade. São ribeirinhos sim, simplesmente porque gostam de sê-lo – e não trocam a vida fluvial por nada que esteja além-rio. Uma dessas pessoas é Orlando de Castro Viana, 72 anos. Encontrá-lo é até bem simples: aos fins de semana, passando pelo furo da Paciência e do Maracujá, chegando ao furo localizado no Rio Arapari, está um restaurante fluvial que se torna ponto de encontro de jet-skis, lanchas, barcos, iates e voadeiras. Lá estará seu Orlando. Há até um pequeno engarrafamento de embarcações, que se forma por volta de meio-dia, tornando disputado o embarcadouro e deixando bem ocupados os manobristas que trabalham na maloca que leva seu nome. Antes de se tornar o empreendedor responsável pelo delicioso negócio familiar que atrai visitantes de tudo quanto é lugar, ele, que nasceu no Marajó, catou muito açaí e trabalhou na terra, subsistindo como era possível. Até que, por ideia de amigos que frequentavam a sua casa – em busca de açaí fresquinho com peixe ou da saborosa “galinhada” de Dona Fifi, sua esposa –, uma maloca de palha foi montada para abrigar uma pequena cozinha e duas mesas. Nelas é que as delícias seriam servidas para a clientela – que cresceu rapidamente. Com o trabalho e a aplicação da família, ainda formada pelas filhas Jane e Jaque, o negócio foi ampliando e modificando a vida deles. “Um momento marcante foi o círio fluvial de quinze anos atrás.
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Nós íamos sempre daqui para Belém para acompanhar a procissão, e lembro que, na época, deixamos minha irmã e meu cunhado cuidando do restaurante. Quando estávamos retornando, umas duas horas da tarde, o rio estava cheio de barcos em frente à maloca”, recorda Maria Salomé Viana Leão, a dona Fifi. “Aí nossa tradição passou a ser arrumar para receber os clientes que lotam o nosso restaurante – em especial nesse dia, quando chegamos a receber cerca de 300 pessoas, e no período das cheias de março”, acrescenta Orlando. A felicidade dele ao atender seus clientes é visível. O ribeirinho faz questão de explicar o cardápio e dar dicas aos visitantes de primeira viagem, além de tratar como velhos amigos os fregueses constantes. É o caso do chef e Secretário de Estado Sérgio Leão. Fã da serenidade do lugar, Sérgio explicou à nossa equipe que estava há tempos sem ir à Maloca, mas que sempre que pode vai até lá comer um caranguejo ou um filhote na brasa, trazendo amigos a tiracolo para conhecer e desfrutar. “Considero a melhor comida de beira de rio, pelo sabor e simplicidade, pela simpatia no atendimento e a estrutura confortável”, frisa ele, acompanhado da família e amigos vindos de São Paulo. De mais longe ainda veio o casal Dieter Syring e Gabrielle Krautter-Syring. O advogado e a professora que vivem em Stuttgart, na Alemanha, desembarcaram do Amazon Queen na Maloca do Orlando. No país há apenas quatro dias, rumando pela Amazônia, eles também se encantaram com o lugar. “Belém é uma cidade com muita história e cultura, e os passeios de barco têm-nos feito conhecer mais ainda as peculiaridades daqui”, explica Dieter. Os alemães pediram um enorme Tucunaré, acompanhado de feijão santareno e farofa quentinha. A excelência é fruto do esmero da equipe de cozinheiras comandadas por Fifi. Nascida em Belém e criada em Barcarena, ela buscou se especializar desde cedo, indo para Belém fazer alguns cursos de arte culinária em um centro localizado atrás da Basílica de Nazaré. Às receitas que aprendeu, ela foi aplicando o tempero típico da região. Assim foram criados os pratos que atraem o público – não apenas pela exclusividade, mas principalmente pelo 70
carinho com que são feitos. Não à toa, a Maloca do Orlando é a queridinha dos chefs e amantes da gastronomia. Da comida de Dona Fifi são fãs – além de Sergio Leão – Thiago Castanho, Daniela Martins (levada lá pelo pai, o saudoso Paulo Martins), Alex Atala e Ferran Adriá, além do jornalista Marcelo Katsuki. Esse mesmo esmero está nas outras etapas do empreendimento gastronômico, como o atendimento comercial – responsabilidade da filha Jane, formada em Recursos Humanos. “Aqui sempre fizemos o nosso melhor, e com isso o ‘boca a boca’ foi se tornando a principal maneira de atrair uma clientela fiel. Temos cerca de 20 funcionários, que preparamos para melhor atender o público, sempre explicando os pratos. Com o tempo, fomos agregando também a internet como uma aliada. A nossa fanpage é hoje uma ferramenta importante, onde colocamos fotos atualizadas da Maloca, os nossos pratos e divulgamos horários”, diz Jane. Ela ainda ressalta que, por mais que grande parte dos frequentadores tenha transporte próprio, é possível ligar e solicitar transporte para chegar até o restaurante. Com uma visão bem particular sobre o empreendedorismo, seu Orlando já rejeitou parcerias com empresas de turismo que objetivavam levar excursões de 200 pessoas para almoço ou jantar: “prefiro trabalhar com grupos menores. Inclusive nós organizamos eventos em dias de semana e horários à escolha para aqueles que telefonam. Nossa ideia não é ter uma grande quantidade de clientes, mas sim manter aqueles que criam o hábito de vir aqui com frequência”. Jane conta que eles querem começar a concretizar o sonho de abrir uma pousada anexa ao restaurante. “Temos energia elétrica aqui há pouco mais de um mês, então estamos começando a investir em outras melhorias. Isso sem perder o foco nos produtos que oferecemos, no açaí tirado na hora, nas sobremesas feitas com as frutas que temos no quintal – cacau, bacuri, cupuaçu –, nos peixes que são pescados aqui pelo Arapari ou na mercadoria que o papai cuidadosamente escolhe quando vai a Belém”, enumera. Se a receptividade é ponto forte na família e na maloca de seu Orlando, na casa de seu Manoel a visita também é recebida com muita alegria. Seu 71
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Manoel e sua família moram na Ilha da Trambioca. Para se chegar lá, é preciso um pouco mais de trabalho do que percorrer apenas os 10 km de rio que separam Belém do furo do Arapari. Localizado no município de Barcarena, o arquipélago fluvial é banhado pelo rio do Pau Grande, que desemboca na baía de Marajó. Aproveitando a riqueza da floresta de forma sustentável, Manoel Costa vai levando uma vida em harmonia com a natureza na comunidade de Guajará da Costa, próxima à praia de Sirituba. A localidade é um verdadeiro paraíso fluvial. É preciso embarcar numa jornada de duas horas e meia de barco e carro entre Belém, o Arapari e a cidade de Barcarena, até chegar à ilha. Para entender um pouco da rotina do pescador aposentado, que já trabalhou como seringueiro junto do pai, é preciso vivenciar um dia na companhia da família Costa. Conhecer a bragantina dona Antônia, os filhos Tatiana, Marcelo, Marcos, Telma e os gêmeos Mauricio e Marcia. E ainda tem os netos que moram na casa ao lado – o Vinicius e a pequena Manu. Aos 63 anos, Manoel tem uma vitalidade invejável. Ele é quem conduz o barco pelo Furo Grande até a sua casa. Amarra a embarcação, denominada Moreira Filho, e logo depois convida a ir até o mato, catar um pouco de açaí. Em poucos segundos, Manoel sobe o açaizeiro e joga de lá de cima os cachos de açaí, que aqui embaixo são agrupados por Vinicius, companheiro frequente na atividade. Ele desce e rapidamente separa o fruto dos galhos, coloca nas rasas (espécies de cestos trançados de palha) e vem atravessando o terreno de igapó, com algumas trilhas traiçoeiras pelo mangue, cheias dos minúsculos caranguejos sararás. “Vamos fazer um lanche, vocês querem suco de manga? É tirada do nosso quintal” oferece dona Antônia, nos tirando da hipnose que é ver pai e filho trabalhando. Dona Antônia, aliás, também enfrenta uma jornada diária que exige um bom preparo físico. Educadora apaixonada, aos 57 anos ela aguarda com serenidade a chegada da aposentadoria para desfrutar de sossego ao lado do marido. “Eu pego o casco todo dia e depois ando na estrada de terra até a via principal, onde pego o ônibus para chegar à escola onde leciono português, matemática, história e geografia”, explica ela, orgulhosa em afirmar que a evasão escolar é baixa na localidade. O mais impressionante é que ela concluiu o ensino fundamental, o médio e o magistério depois de ser mãe – e tendo que pescar para auxiliar o marido. Todos os filhos de Antonia a tiveram como professora durante muitos anos. Hoje, quatro deles têm ensino superior. Seu Manoel nos leva a dar um passeio pelo lugar. É possível ver espalhadas por todo lado as armadilhas de apanhar camarões – principal fonte de sustento de seu Manoel. Chamadas de matapi, as gaiolas têm formato cilíndrico e são feitas de tala de jupati. No centro da engenhoca, se deposita uma isca feita de babaçu. Ela exala um cheiro forte que atrai o camarão. A atividade sustenta boa parte dos moradores do lugar, sendo que alguns poucos se aventuram a investir na criação de tambaquis e outros espécimes de peixes. “Com a abertura da estrada aqui na ilha, as coisas e os bichos foram ficando mais escassos. Teve uma época em que no meu quintal tinha cotia, veado, macacos, preguiças. Na flor da água (superfície do rio), ainda tem épocas onde se enxerga nuvens de bagre e de tucunaré. Aí eu pesco e vendo alguns, mas sobrevivemos mesmo do camarão”, ele explica, enquanto navegamos. No caminho, ele vai retirando alguns camarões do rio e depositando num balde. Chegamos numa praia paradisíaca, com um pedaço de areia intocado e água limpa. Nas margens, se enxergam alguns matapis diferentes. Eles são feitos de garrafa pet – o que, além de ecologicamente 73
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mais correto, “é bem mais fácil de construir”, explica o pescador. Ele leva os camarões até o viveiro aquático, onde é auxiliado pelos filhos Marcos e Maurício. Perguntado se ele pensou em passar o legado para eles, Manoel responde imediatamente que não. “É uma vida difícil, cheia de riscos e sacrifícios. Lembro que uma vez estava na baía do Marajó pescando tucunaré de madrugada, quando alguém cochilou e o barco quase foi esmagado por uma balsa. Eu e mais dois conseguimos escapar por sorte. Quando vimos a sombra da balsa, pulamos do barco, fugimos do rebojo da palheta do motor e ficamos à deriva por duas horas”. Um dos dois pescadores que acompanhavam Manoel era seu filho Marcos. Tendo sido o último a deixar a casa dos pais para ir a Belém estudar, ele queria viver da pesca, mas aos 20 anos desistiu do sonho. “Como o meu pai diz, não é fácil. Tinha épocas em que o peixe ficava escasso e se corria muito perigo na baía. Eu tentei o máximo que pude ficar aqui para não deixá-los sozinhos, mas acabou que meu irmão Marcelo hoje dá aula aqui na ilha e resolveu morar ao lado deles, então tudo ficou bem”, revela. De hábitos simples, Manoel conta que ele mesmo reformou seu barco após o acidente na baía. Incluiu uma torda inteira – uma espécie de toldo – e construiu mais dois cascalhos e a rabeta – uma pequena embarcação que Marcelo usa. Mostrando a propriedade e apresentando mais membros da família – os cachorros Aquiles, Aneta, Nina, Pescoço e Totó –, o anfitrião vai envolvendo calorosamente e mostrando como é possível ter uma vida saudável e de bem-estar à maneira ribeirinha. Mesmo sendo um homem atarefado, seu Orlando também mantém hábitos simples, como ir até um balneário com a família, ter um pouco de lazer... “A Maloca está aberta a qualquer hora, é só marcar. Investimos no negócio, compramos um barco e uma lancha. Com o dinheiro entrando, conseguimos construir três casas, além de ter caixas d’água e gerador de energia. Não troco isso daqui por nada”, afirma o empresário. 74
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Arquiteto do próprio destino Foi com ousadia e criatividade que Paulo Chaves mudou a cara de Belém – como também mudou de planos toda vez que a vida ofereceu novas possibilidades. Conheça o arquiteto homenageado da Casa Cor Pará 2013 – um homem que ama a beleza e que acredita que ela é capaz de mudar o mundo. POR ANDREZA BATALHA
EM PASSEIO PELO PARQUE DA RESIDÊNCIA, no fim da tarde, tendo como palco o famoso orquidário do local, um comentário é inevitável: “esse espaço me faz lembrar o Almir Gabriel. Ele colecionava orquídeas”. É com carinho que Paulo Chaves lembra o político que o ingressou no serviço público. A parceria rendeu muitas obras e restaurações no Pará. O próprio Parque da Residência é apenas um dos lugares que foram reformados pelo arquiteto. Os projetos de revitalização da cidade de Belém marcaram os doze anos em que foi secretário de Cultura do Estado do Pará, entre 1995 e 2007 – cadeira, hoje, ocupada novamente por ele. “Aqui, eu concilio o lado do arquiteto com a pessoa de cultura. Aqui é uma síntese da minha vida”, revela. Mas essa trajetória poderia ser bem diferente. Quando ainda era adolescente e tinha que escolher qual profissão seguir, não tinha muitas opções em mente. “Ou eu seria médico, engenheiro ou advogado. A faculdade de arquitetura não existia e eu nem pensava na possibilidade de morar fora de Belém”, lembra. Mais atrás, na infância do filho único da família Chaves, a carreira estava a uma distância ainda maior. A brincadeira favorita era dirigir os soldadinhos de chumbo em guerras, os cavalinhos de madeira em grandes roteiros de faroeste, cujos cenários eram criados com os tijolinhos de montar. Tudo fruto da farta imaginação do menino, que também pensava em ser aviador. Colecionador de miniaturas de aviões, o então menino exercitava a criatividade e a curiosidade pela aventura durante horas com aqueles pequenos objetos. “Eu tinha o desejo do voo. O desejo de descortinar as coisas, uma vontade enorme de voar. Mas eu sempre tive medo de andar de avião. Continuo tendo. Por isso, todo esse momento lúdico só pode ser uma metáfora”, avalia. Certamente era. O mundo explorável de Paulo ainda estava na caixa de brinquedos – e quando a realidade foi se tornando conhecida, ele entendeu que não é preciso sair do chão para voar, sonhar e concretizar. Em 1964, o país fervia com o Golpe Militar e as drásticas mudanças na vida política, econômica e social do Brasil. Era um momento importante
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para educação: foi neste turbulento ano que se criou a graduação em Arquitetura na Universidade Federal do Pará, que tinha como reitor José da Silveira Neto. O Chalé de Ferro localizado na Avenida Almirante Barroso no bairro de São Brás – hoje instalado no campus I da UFPA – abrigava o curso. Aluno da primeira turma, Paulo Chaves projetou o Tribunal de Contas do Estado quando ainda era estudante. A carreira na arquitetura era promissora, o que não impediu que o profissional também investisse na noite paraense – no início dos anos 70, então, tornou-se um dos sócios da famosa boate Papa Jimmy, que ficava na Praça da República. Não demorou muito para que Chaves arrumasse as bagagens para um novo endereço. O Rio de Janeiro foi a cidade escolhida. Lá, coordenava uma equipe com trinta arquitetos em um grande escritório no centro da cidade. Foram sete anos em terras cariocas. No trajeto para o trabalho, uma paisagem de encher os olhos: pessoas bronzeadas nas praias ilustravam o pensamento constante de que aquilo, sim, era vida. Paulo seguia firme e trocou a liberdade pelo trabalho intenso. Mas não foi por muito tempo. O desejo de jogar tudo para o alto gritou, e ele quase desistiu da carreira. Largou os projetos arquitetônicos para se dedicar ao mestrado em Comunicação Social e correr atrás de um velho sonho: trabalhar com o cinema. “Larguei as lapiseiras. De fato, os cariocas aproveitando as praias enquanto eu ia trabalhar me influenciaram. Mas larguei tudo não para ir à praia, e sim para buscar conhecimento no Museu de Arte Moderna e ampliar o meu universo”, rememora. Eram horas de estudos dentro do museu – atividade das mais prazerosas para ele, e que foi de grande contribuição para construir quem ele se tornaria. No final dos anos 70, Paulo Chaves conquistou uma bolsa para fazer cinema na Europa. O sonho, que outrora parecia tão distante, estava de repente ao seu alcance. Mas ele abriu mão. A razão para tal? Acompanhar o nascimento do filho, o que também o trouxe de volta a Belém. Graças à formação em Comunicação Social no Rio de Janeiro, o arquiteto ainda deu aula de Teoria 79
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da Comunicação e Estética da Comunicação nos recém-inaugurados cursos de Jornalismo e Publicidade na UFPA. Foi aí que recebeu o convite do empresário Flexa Ribeiro para voltar a carregar as lapiseiras no bolso e desenvolver traços da arquitetura em uma construtora. Paulo aceitou. Foi ele quem assinou a criação do primeiro prédio todo em concreto de Belém, o edifício Leonor Fernando; assim como também foi desenvolvido por ele aquele de maior espaço, o Aldebaro Klautau, com 660m2 – entre muitos outros. O hiato de mais de cinco anos entre a decisão de afastar-se da arquitetura e a retomada da carreira exerceu um papel importante na vida do profissional. Foi um período de crescimento pessoal e enriquecimento cultural. Uma separação crítica e fundamental para a ampliação do conhecimento. “Eu parei de fazer arquitetura, mas não criei raiva dela. Ao contrário: sou apaixonado pelo que faço”, conta o arquiteto – antes de comparar a pausa na profissão com a separação de um casal apaixonado, que fica distante por um tempo para pensar, viver novas experiências e descobrir que um nasceu para o outro. O Secretário de Cultura acredita na vocação profissional, no talento. Mas defende que não é o suficiente para ser tornar um profissional de qualidade. Para ele, quem pretende seguir uma carreira como a sua deve, sobretudo, valorizar a formação multidisciplinar, fomentar a curiosidade e se colocar no lugar dos usuários dos espaços criados. Descobrir o novo e envolver pessoas às novas formas, aliás, é o grande desafio do arquiteto. Chaves conta que sempre faz percursos mentais por entre os caminhos da obra que está criando – e sempre imagina como as pessoas podem usufruir da melhor forma possível a estética planejada. “A arquitetura tem que ter conceito, proporção, invenção e detalhe”, diz, assertivo. Graças ao estilo visionário e ao talento inquestionável, o trabalho desenvolvido por Paulo Chaves foi extremamente requisitado no mercado, o que fez com que ele atuasse na área comercial por muito tempo, sobretudo na construção de grandes prédios residenciais. Mas – embora o segmento 80
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HOMENAGEM
tenha lhe dado grande satisfação ao longo da carreira – o que enche o arquiteto de orgulho e satisfação até hoje é o vasto conjunto de trabalhos desenvolvidos como funcionário público. O arquiteto se define como uma pessoa que nunca fugiu de desafios, e servir a sociedade é o maior deles. Uma das primeiras grandes empreitadas assumidas com o interesse público veio em 1983, quando Almir Gabriel assumiu a prefeitura de Belém. Na ocasião, Paulo comandou a restauração das praças da República e Batista Campos. Daí em diante, esteve sempre presente nas criações e reformas que modificaram a face da cidade. No mandato de Coutinho Jorge, por exemplo, o arquiteto reformou o Mercado de São Brás, construção histórica erguida no auge do período da borracha na Amazônia. No período de 1995 a 2007, vieram as obras que mudaram em definitivo a estética da capital paraense: Estação das Docas, Complexo Feliz Lusitânia, Parque da Residência, Polo Joalheiro, Hangar e restauração da igreja de Santo Alexandre estão entre elas, todas assinadas pelo profissional. Nem mesmo nos quatro anos em que esteve fora do governo do Estado Paulo afastou-se do trabalho público. Nesse período seu escritório foi contratado pela prefeitura de Belém para fazer o projeto do Portal da Amazônia, na orla da cidade. De volta ao governo do Estado, ele garante que novos projetos irão deixar as cidades mais bonitas. “Nesses 45 anos de profissão, posso afirmar que estou em paz com a arquitetura”, conta. Diante de tanto esforço para contribuir para a qualidade da arquitetura pública, Paulo Chaves diz sentir apenas uma tristeza, porém difícil de mensurar, tamanha sua intensidade: ver que imóveis históricos são abandonados, destruídos e demolidos diariamente. “Nós temos um rico patrimônio arquitetônico, momentos de grande desenvolvimento socioeconômico, como o período da Borracha, meados do século XVIII com Landi... E nós não tomamos muito partido disso. Eu guardo essa amargura comigo”, desabafa. E aproveita para fazer um apelo aos arquitetos que tem ânsia de fazer uma arquitetura pessoal, pedindo para que estes “não aceitem projetos sem conceitos ou contextos, ou que tenham que demolir patrimônio histórico. E que pensem na proporção da cidade ao criar”. E é com o coração cheio de esperança que ele encerra a conversa: “desses valores eu não vou desistir”. 82
83
MAPA
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ALA ESTAÇÃO DAS DOCAS
01 02 03 04 05 06 07 08
Fachada • Heluza Sato e Maurício Toscano Recepção • Michell Fadul Lounge de Entrada • Michell Fadul Living • Larissa Chady Loft do Rapaz • Laíldo Mendes Varanda Gourmet • Helder Coelho Living com Cozinha Gourmet • Conceição Barbosa Studio da Cantora • Vanessa Martins
ALA ESPAÇO SÃO JOSÉ LIBERTO
09 10 11 12 13 14 15
Suíte das Irmãs • Tatiane Madeiro, Maria Antonia Castro e Quarto do Menino • Ana Cecília Lima e Patrícia Matos Loft High Tech • Ana Claudia Peres, Andréa Riccio, Sérgio Espaço ORM • Carlos Alves Ponto de Encontro • Caíque Lobo Home Office do Arquiteto • Fábio Seixas, Fernando Navarro Galeria de Arte Antar Rohit • Aurélio Meira, Vitor Blanco e
Ana Paula Furtado Andrade e Marcos Loureiro Emanuel Franco
ALA PARQUE DA RESIDÊNCIA
16 17 18 19 20
Home Theater • Margô Saldanha e Marcelo Gomes Cozinha Gourmet Experimental • Wallace Almeida Leal Moreira Experience • Heluza Sato e Maurício Toscano Leal Moreira em tons de Blues e Jazz • Perlla et Jr. Studio do Empresário • Raissa Colares e Kamila Baleixo
ALA MANGAL DAS GARÇAS
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Living Externo • Arnaldo Ribeiro Jr. e Herlon Castro Restaurante Contemporâneo • Leila Coringa e Keyla Henriques Doceria • Karen Casseb e Beth Gaby Livraria • Harianne Braga e Zinda Lobato Jardim do Palco • Margareth Maroto Jardim Praça Casa Cor • Margareth Maroto Garagem 4 Rodas • Ricardo Siqueira Terraço Gourmet • Linda Schweidzon e Marcia Lima Joalheria • Henry Harada Restaurante Italiano • Linda Schweidzon Arquitetos Cervejaria • Elisa Cardoso, Natália Jacob e Alana Miranda
ALA FELIZ LUSITÂNIA
32 33 34 35 36 37 38 39 40
Espaço ROMA Incorporadora • Carlos Alves Boulevard de Saída • Suyane Macedo Espaço Audiovisual • Socorro Ribeiro e Chris Longhi Banheiro Feminino • Vanessa Maia Fraldário • Débora Rodrigues Banheiro Masculino • Débora Rodrigues Espaço Sustentável • Ana Paula Furtado Loja Casa Cor • Manoel Corrêa, Albina Cruz, Isolda Contente e Aniela Kalif Lounge de Saída • Ana Cristina Iudice, Daniel Vinhas e Paulo Morelli 85
ÍNDICE DE ARQUITETOS
01 Fachada Heluza Sato e Maurício Toscano
pg88
02 Recepção Michell Fadul
pg89
03 Lounge de Entrada Michell Fadul
pg90
04 Living Larissa Chady
pg91
05 Loft do Rapaz Laíldo Mendes
pg92
06 Varanda Gourmet Helder Coelho
pg93
07 Living com Cozinha Gourmet Conceição Barbosa
pg94
08 Studio da Cantora Vanessa Martins
pg95
09 Suíte das Irmãs Tatiane Madeiro, Maria Antonia Castro e Ana Paula Furtado
pg96
10 Quarto do Menino Ana Cecília Lima e Patrícia Matos
pg97
11 Loft High Tech Ana Claudia Peres, Andréa Riccio, Sérgio Andrade
pg98
12 Espaço ORM Carlos Alves
pg99
13 Ponto de Encontro Caíque Lobo
pg100
14 Home Office do Arquiteto Fábio Seixas, Fernando Navarro e Marcos Loureiro
pg101
15 Galeria de Arte Antar Rohit Aurélio Meira, Vitor Blanco e Emanuel Franco
pg102
16 Home Theater Margô Saldanha e Marcelo Gomes
pg103
17 Cozinha Gourmet Experimental Wallace Almeida
pg104
18 Leal Moreira Experience Heluza Sato e Maurício Toscano
pg105
19 Leal Moreira em Tons de Blues e Jazz Perlla et Jr.
pg106
20 Studio do Empresário Raissa Colares e Kamila Baleixo
pg107
86
pg108
21 Living Externo Arnaldo Ribeiro Jr. e Herlon Castro
pg109
22 Restaurante Contemporâneo Leila Coringa e Keyla Henriques
pg110
23 Doceria Karen Casseb e Beth Gaby
pg111
24 Livraria Harianne Braga e Zinda Lobato
pg112
25 Jardim do Palco Margareth Maroto
pg113
26 Jardim Praça Casa Cor Margareth Maroto
pg114
27 Garagem 4 Rodas Ricardo Siqueira
pg115
28 Terraço Gourmet Linda Schweidzon e Marcia Lima
pg116
29 Joalheria Henry Harada
pg117
30 Restaurante Italiano Linda Schweidzon Arquitetos
pg118
31 Cervejaria Elisa Cardoso, Natália Jacob e Alana Miranda
pg119
32 Espaço ROMA Incorporadora Carlos Alves
pg120
33 Boulevard de Saída Suyane Macedo
pg121
34 Espaço Audiovisual Socorro Ribeiro e Chris Longhi
pg122
35 Banheiro Feminino Vanessa Maia
pg123
36 Fraldário Débora Rodrigues
pg124
37 Banheiro Masculino Débora Rodrigues
pg125
38 Espaço Sustentável Ana Paula Furtado
pg126
39 Loja Casa Cor Manoel Corrêa Jr, Albina Cruz, Isolda Contente e Aniela Kalif
pg127
40 Lounge de Saída Ana Cristina Iudice, Daniel Vinhas e Paulo Morelli
87
Fachada
Heluza Sato & Maurício Toscano Arquitetura . Interiores . Iluminação Ps. Fátima, 47 • Marco Belém • Pará Tel. 91 3226.5009 / 8129.8399 / 8127.9936 contato@heluzaemauricio.com.br Site: www.heluzaemauricio.com.br
APOIO: Design da Luz • Leinertex • Metallo • Wood Design • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
88
Recepção
Michell Fadul Arquiteto e Light Designer Rua Generalíssimo Deodoro, 1680 - c Nazaré • Belém • PA Tel. 91 3087.2322 / 8346.4499 michellfadul@hotmail.com
APOIO: Casa Amazonas • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
89
Lounge de Entrada
Michell Fadul Arquiteto e Light Designer Rua Generalíssimo Deodoro, 1680 - c Nazaré • Belém • PA Tel. 91 3087.2322 / 8346.4499 michellfadul@hotmail.com
APOIO: Casa Amazonas • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
90
Living
Larissa Chady Arquiteta Rua Dom Romualdo de Seixas, 1560/801 Umariza • Belém • PA Tel. 91 3249.6890 / 3259.6226 larissa@lchady.com.br
APOIO: Desing da Luz • Eliza Ferraz • Quarto e etc • SCA • Wood Design • Marmobraz Home Center • Master Segurança • Fast Frame Mart Print • ORM
91
Loft do Rapaz
Laildo Mendes Arquiteto e Desginer de Interiores Travessa Benjamim Constant, 800-B Reduto • Belém • PA Tel. 91 3352.2420 / 8179.7457 laildomendes@hotmail.com
APOIO: Casa amazonas • Leinertex • SOL Informática • Dellano • Deca • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
92
Varanda Gourmet
Helder Coelho Arquiteto Av. Alcindo Cacela, 1264 Nazaré • Belém • Pará Tel. 91 3228.4532 helder.coelho@gmail.com
APOIO: Leinertex • Spaço Casa • Brasil Granitos • Deca • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
93
Living com Cozinha Gourmet
Conceição Barbosa Arquiteta Av. Serzedelo Correa, 805/1705 Batista Campos • Belém • PA Tel. 91 3241.4720 / 3241.9852 / 8857.9090 cb@cbarquitetos.com.br www.cbarquitetos.com.br
APOIO: Deca • Design da Luz • Eliza Ferraz • Tramontina • Marmobraz Home Center • Horizonte Mobile • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print ORM
94
Studio da Cantora
Vanessa Martins Arquiteta Tel. 91 8115.6851 vanessamartinsarquitetura@hotmail.com www. vanessamartinsarquitetura.com.br
APOIO: Dellano • + Design • Deca • Design da Luz • Metallo • Portobello Shop • Saccaro • SOL Informática • Spazio del Bagno • Master Segurança Fast Frame • Mart Print • ORM
95
Suíte das Irmãs
Ana Paula Furtado Urbanista e Arquiteta de Interiores Tel. 91 8255.1223 / ana.arq72@gmail.com
Tatiane de Madeiro Urbanista, Eng. Civil e Arquiteta de Interiores Tel. 91 8239.7355 / tatianemadeiro@gmail.com
Maria Antônia Castro Arquiteta, Urbanista e Arquiteta de Interiores Tel. 91 9114.6754 / mariaantoniacastro@gmail.com
APOIO: Gramapedras • Eliza Ferraz • Casa Amazonas • Deca • Art Mil • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
96
Quarto do Menino
Ana Cecilia Lima & Patrícia Matos Arquitetura e Interiores Rod. Augusto Montenegro n° 5333 Cond. GreenVille Exclusive, quadra 3 casa 11 • Parque Verde Belém • Pará Tel. 91 8162.9945 / 8268.2434 arquiteta@anacecilialima.com.br patriciamatosarquiteta@gmail.com www.anacecilialima.com.br
APOIO: Casa Amazonas • Celmar Modulados • Design da Luz • SOL Informática • Tramontina • Wallpaper • Marmobraz Home Center Salt Engenharia e Automação • Tip Top • ORM Cabo • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
97
Loft High Tech
Ana Claudia Peres & Andrea Riccio Arquitetura e Design de Interiores Tv. Chaco, 2552 Marco • Belém • PA Tel. 91 3222.2201 / 8810.6226 / 8843.0684 amais.arquitetura@hotmail.com
Sérgio Andrade Engenheiro de Controle e Automação Tel. 91 8889.0696 / 9313.0696
APOIO: Deca • Celmar Modulados • Design da Luz • Eliza Ferraz • Gramapedras • Salt Engenharia e Automação • SOL Informática • Spaço Casa Marmobraz Home Center • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
98
Espaço ORM
Carlos Alves Urbanista e Engenheiro civil Av. Roberto Camelier, 75/203 Jurunas • Belém • PA Tel. 91 3224.9449 / 8199.2001 carlosalves@orm.com.br
APOIO: Casa Amazonas • Eliza Ferraz • SOL Informática • Marmobraz Home Center • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
99
Ponto de Encontro
Caique lobo Arquitetura Av. Governador José Malcher, 168/417 Nazaré • Belém • PA Tel. 91 3226.9922 projeto@caiquelobo.com.br www.caiquelobo.com.br
APOIO: Eliza Ferraz • Horizonte Mobile • Marmobraz Home Center • Design da Luz • Leinertex • Salt Engenharia e Automação • Spaço Casa • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
100
Home Office do Arquiteto
Marcos Loureiro Arquiteto Tel. 91 8199.2878 / marcosloureiro_@hotmail.com
Fernando Navarro Arquiteto Tel. 91 9989.1616 / fernandinhonavarro@gmail.com
Fábio Seixas Designer de Interiores Tel. 91 8112.9801 / fabioseixas@hotmail.com
APOIO: Piatra • Celmar Modulados • SOL Informática • Syanz • Marmobraz Home Center • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
101
Galeria de Arte Antar Rohit
Aurélio Meira Arquiteto Tel. 91 8111.8778 / arquitetura@m2p.com.br
Emanuel Franco Arquiteto e Artista Plástico Tel. 91 8179.5444 / emanueljff@yahoo.com.br
Vitor Blanco Arquiteto Tel. 91 8010.6661/ vitor.arquitetura@hotmail.com
APOIO: Leal Moreira • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
102
Home Theater
Marcelo Gomes & Margo Saldanha Arquitetura e Construção Tel. 91 8840.4722 / 8800.8626 saldanhagomes2@yahoo.com.br
APOIO: Design da Luz • Eliza Ferraz • ORM • Salt Engenharia e Automação • SOL Informática • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print ORM
103
Cozinha Gourmet Experimental
Wallace Almeida Arquiteto Rua Ó De Almeida, 1230 A Tel. 91 3230.2547 / Fax. 3224.5831 wallacealmeida.ad@hotmail.com
APOIO: Casa Amazonas • Deca • Gramapedras • Leinertex • SOL Informática • Tramontina • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print ORM
104
Leal Moreira Experience
Heluza sato & Maurício Toscano Arquitetura . Interiores . luminação Ps. Fátima, 47 . Marco • Belém • Pará Tel. 91 3226.5009 / 8129.8399 / 8127.9936 contato@heluzaemauricio.com.br www.heluzaemauricio.com.br
APOIO: Design da Luz • EBBEL • Leinertex • TAM Viagens • Salt Engenharia e Automação • Leal Moreira • Master Segurança • Fast Frame Mart Print • ORM
105
Leal Moreira em tons de Blues e Jazz
Perlla et Jr. Arquitetura e Interiores Av. Conselheiro Furtado, 2865 - Sl 506 São Braz • Belém • PA Tel. 91 3249.9932 / 8111.3605 perllaetjr@hotmail.com www.perllaetjr.com.br
APOIO: Design da Luz • EBBEL • Metallo • Saccaro • Salt Engenharia e Automação • SOL Informática • Spaço Casa • Wood Design Marmobraz Home Center • Horizonte Mobile • Florense • Arquitetura de Eventos • + Design • TAM Viagens • Leal Moreira Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
106
Studio do Empresário
Raissa Colares Arquiteta Av. Gentil Bittencurt, 1206 Nazaré • Belém • PA Tel. 91 8126.7683 raissabonna@yahoo.com.br
Kamila Baleixo Arquiteta Tv. São Francisco, 350 Campina • Belém • PA Tel. 91 9114.9221 kbaleixo@hotmail.com
APOIO: Deca • Gramapedras • Idélli • Marelli • Metallo • ORM Cabo • Salt Engenharia e Automação • SOL Informática • Tramontina Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM • Art Mil
107
Living Externo
Arnaldo Ribeiro Jr. Arquiteto Tv. WE-10/485 Conjunto Satélite Coqueiro • Belém • PA Tel. 91 8151.0809 / 9999.9967 arnaldoribeirojr@hotmail.com
Herlon Castro Arquiteto Rua Tiradentes, 720/1602 Reduto • Belém • PA Tel. 91 9986.6324 / 9617.4994 herloncastro@hotmail.com
APOIO: Amanco • Casa Amazonas • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
108
Restaurante Contemporâneo
Leila Coringa Arquiteta Tel. 91 8187.7990 leilacoringa@leilacoringa.com
Keyla Henriques Arquiteta Tel. 91 8100.7970 keylahenriques@hotmail.com
APOIO: Celmar • Eliza Ferraz • Leinertex • Wood Design • Deca • Salt Engenharia e Automação • Master Segurança • Fast Frame Mart Print • ORM
109
Doceria
Karen Casseb Arquiteta Tel. 91 8121.7203 karencasseb@terra.com.br
Beth Gaby Arquiteta e Designer de Interiores Tel. 91 3032.8974 / 8257.2555 bethgaby@yahoo.com.br www.bethgaby.com.br
APOIO: EBBEL • Eliza Ferraz • Gramapedras • Spaço Casa • Wood Design • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
110
Livraria
Harianne Braga Arquiteta Tel. 91 8166.7620 hariannebraga@gmail.com
Zinda Lobato Designer de Interiores Tel. 91 8388.5555 zindalobato@gmail.com
APOIO: SCA • Spazio del Bagno • + Design • Saccaro • Espaço Novo • Sol Informática • Wood Design • Spaço Casa • Casa Amazonas • Gramapedras • Salt Engenharia e Automação • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
111
Jardim do Palco
Margareth Maroto Paisagista Tel. 91 8420.6876 / 8281.4767 margarethmaroto@gmail.com
APOIO: Wood Design • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
112
Jardim Praça Casa Cor
Margareth Maroto Paisagista Tel. 91 8420.6876 / 8281.4767 margarethmaroto@gmail.com
APOIO: Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
113
Garagem 4 Rodas
Ricardo Siqueira Arquiteto Av. Serzedelo Corrêa, 805/1401 Batista Campos • Belém • PA Tel. 913249.8080 ricardosiqueira8@gmail.com
APOIO: Importadora • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
114
Terraço Gourmet
Linda Schweidzon Arquiteta Tel. 91 3249.7434 / 8853.041 linda.s.arq@gmail.com
Márcia Lima Arquiteta Paisagista Tel. 91 3242.7700 marcialima@marcialima.com.br
APOIO: Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
115
Joalheria
Henry Harada Arquiteto e Urbanista Rua Antônio Barreto, 912/Sala 03 Umarizal • Belém • PA Tel. 91 8119.8262/3212.2050 h.harada@uol.com.br
APOIO: Piatra • Design da Luz • SCA • Leinertex • Francesca Romana Diana • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
116
Restaurante Italiano
Linda Schweidzon Arquitetos Arquitetura e Interiores Av. Magalhães Barata, 695 – S 403 Nazaré • Belém • PA Tel. 91 3249.7434 / 8853.041 / 8132.0543 linda.s.arq@gmail.com
APOIO: Deca • Eliza Ferraz • Layout Móveis • Metallo • Magazan • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
117
Cervejaria
Elisa Cardoso & Natália Jacob Arquitetura e Interiores Rua dos Mundurucus, 3100/2202 Cremação • Belém • PA Tel. 91 3228.4917 / 8816.8538 / 8834.4556 enarquitetura@hotmail.com www.enarquitetura.com.br
Alana Miranda Designer de Interiores Tel. 91 8146.9995 / alana.agm@gmail.com
APOIO: Design da Luz • Metallo • Deca • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
118
Espaço ROMA Incorporadora
Carlos Alves Urbanista e Engenheiro civil Av. Roberto Camelier, 75/203 Jurunas • Belém • PA Tel. 91 3224.9449 / 8199.2001 carlosalves@orm.com.br
APOIO: Casa Amazonas • SOL Informática • Spazio del Bagno • Marmobraz Home Center • ROMA Incorporadora • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
119
Boulevard de Saída
Suyane Macedo Arquiteta Tel. 91 8215.2272 suyanemacedo@yahoo.com.br
APOIO: Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
120
Espaço audiovisual
Socorro Ribeiro & Chris Longhi Arquitetas e Designers de Interiores Av. Generalíssimo Deodoro, 230 Umarizal • Belém • PA Tel. 91 8138.8022 / 8141.7547 / 8851.0015 contato@pena01arquiteturadesign.com.br www.pena01arquiteturadesign.com.br
APOIO: Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
121
Banheiro Feminino
Vanessa Maia Arquiteta Tel. 91 8203.2444 vanessamaia.arquitetura@gmail.com
APOIO: Design da Luz • Wood Design • Salt Engenharia e Automação • Deca • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
122
Fraldário
Débora Rodrigues Designer de Interiores Tel. 91 9975.0211 / 8287.0290 / 3263.1079 deborasrod@gmail.com
APOIO: Design da Luz • Layout Móveis Modulados • Deca • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
123
Banheiro Masculino
Débora Rodrigues Designer de Interiores Tel. 91 9975.0211 / 8287.0290 / 3263.1079 deborasrod@gmail.com
APOIO: Design da Luz • Deca • Salt Engenharia e Automação • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
124
Espaço Sustentável
Ana Paula Furtado Arquiteta Tel. 91 8255.1223 anaarq72@gmail.com
APOIO: Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
125
Loja Casa Cor
Manoel Corrêa Jr. Tel. 91 9941.6701 / manocjr@gmail.com
Albina Cruz Tel. 91 8157.1807 / albina.cruz@hotmail.com
Isolda Contente Tel. 91 9144.4427 / isoldaoliveira@hotmail.com
Aniela Kalif Tel. 91 8114.1434 / anielakalif@hotmail.com
APOIO: Celmar • Leinertex • Spazio del Bagno • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
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Lounge de Saída
Ana Cristina Iudice Arquiteta, Paisagista e Consultora de Feng Shui Tel. 91 9912.2314 / anaiudice@gmail.com
Daniel Vinhas Arquiteto e Designer de Interiores Tel. 91 8267.2327 / danielvinhas@yahoo.com.br
Paulo Morelli Designer e Paisagista Tel. 91 8020.6727 / instagram: @morellimorelli paulomorellipaisagismo@gmail.com
APOIO: Spaço Casa • Salt Engenharia e Automação • Master Segurança • Fast Frame • Mart Print • ORM
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INSTITUCIONAL
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Casa Cor Pará, um show de talento e inovação A mostra, que vive um novo momento, celebra seu terceiro ano no Pará e evidencia projetos de profissionais paraenses, em 35 ambientes de conforto e sofisticação. POR JECYONE PINHEIRO
ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DA MAIOR MOSTRA DE ARQUITETURA , decoração e paisagismo das Américas, no Norte do Brasil – a Casa Cor Pará 2013. Idealizada com muito cuidado e preparada com muito afinco e bom gosto, a mostra foi pensada para garantir ao público visitante um encontro com a arte, requinte e sofisticação em ambientes inovadores de encher os olhos e fazer sonhar. O evento, que ocorrerá no período de 17 de outubro a 1º de dezembro, está em sua terceira edição, homenageia o arquiteto Paulo Chaves – atual secretário de Estado de Cultura –, a cantora Gaby Amarantos e o chef de cozinha Thiago Castanho. Uma homenagem póstuma ao artista plástico Antar Rohit, que dará nome à galeria de arte da Casa Cor Pará, também será feita. Em 2013, o cenário da Casa Cor Pará será novamente o galpão de 5.500 m2, ao lado da Importadora Veículos. “Com certeza será um evento inesquecível em que todos os visitantes poderão apreciar o que há de melhor na arquitetura, decoração e paisagismo paraenses, pois trabalhamos para dar visibilidade aos espaços e também a esses nomes. Nossa proposta é inspirar mudanças tendo um novo olhar e na Casa Cor Pará”, disse André Moreira, um dos franqueados da Casa Cor Pará, ao lado de Ana Paula Guedes. O evento levará ao público um inovador projeto do arquiteto Aurélio Meira, que responde pelo projeto geral do espaço que abrigará ideias de inovação dos principais arquitetos, decoradores e paisagistas do Pará que assinarão a decoração dos espaços e prometem surpreender o público ávido por novidade. Reconhecido pelo seu talento e história na arquitetura paraense, Aurélio Meira propôs um novo formato para a mostra que se encontra em um momento de reinvenção da marca no mercado, onde a arquitetura e o design também envolvem moda, lazer e sofisticação. A intenção, segundo os franqueados, é priorizar o arquiteto e seu trabalho, aumentando o espaço para quem vai expor, com o intuito de evidenciar cada trabalho, pois se trata de um projeto pensado para beneficiar todos os ambientes. Para Aurélio Meira, o desafio maior foi criar ambientes diferenciados na
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INSTITUCIONAL
área expositiva, que evidenciassem o talento de cada profissional. Ele criou ambientes que interagem, nos quais o visitante poderá ter contato direto com a criação de cada profissional. “A ideia nada mais é do que uma grande oportunidade para mostrar ao público o talento dos profissionais da terra de forma inovadora, pois a atividade arquitetônica em nosso estado é extremamente responsável e, quando os profissionais adotam projetos na dimensão da Casa Cor, se dedicam para oferecer o melhor”, disse. Homenageados falam sobre o evento O arquiteto Paulo Chaves será um dos homenageados da mostra deste ano. Atualmente à frente da Secretaria de Cultura do Estado, Chaves, responsável por grandes obras na capital paraense, disse ter ficado muito emocionado com a homenagem: “Fiquei em estado de graça, pois é muita honra ser homenageado na terra em que nasci, o que aumenta muito a minha responsabilidade como arquiteto e como paraense. A mostra é apurada a cada experiência e isso gera um frisson na cidade que fica ansiosa pelo evento que destaca o que está se fazendo de melhor na arquitetura de interiores”, comentou Paulo Chaves, que ganha um espaço inspirado em suas obras – o Home Office do arquiteto – projetado por Fábio Seixas. “No espaço, as obras do secretário ganham evidência e servem como pano de fundo de todo o projeto”, lembra Fábio. Vale ressaltar que no projeto da Casa Cor Pará – para facilitar a localização do público–, o espaço foi dividido em setores como “Estação das Docas”, “Feliz Lusitânia”, “Mangal das Garças”, “Parque da Residência” e “Espaço São José Liberto” – referências às obras idealizadas e projetadas por Paulo Chaves. Studio da Cantora - A cantora paraense Gaby Amarantos, musa do tecnobrega e que leva o ritmo para os quatro cantos do País e, até mesmo extrapolando as fronteiras nacionais, também foi lembrada nesta edição do evento e ganhou um espaço exclusivo inspirado em seu estilo – o “Studio da Cantora” – projetado pela arquiteta Vanessa Martins. “Transformarei o Studio da Cantora, um espaço de 101 m2, num espaço com DNA cheio 132
de estilo e ao mesmo tempo despojado, leve, sofisticado e contemporâneo, totalmente haute couture, único como a Gaby”, afirmou Vanessa. “Recebi essa homenagem com grande alegria, me senti privilegiada e reconhecida. Iniciativas como essas são muito importantes, pois nos incentivam a representar e defender cada vez mais a nossa cultura que é amazônida, além de demonstrar o carinho que os organizadores da Casa Cor Pará têm por mim, estou bem feliz mesmo”, disse Gaby Amarantos. Cozinha paraense ganha destaque O chef paraense Thiago Castanho também será homenageado da Casa Cor Pará 2013. Uma das mais promissoras promessas brasileiras no comando dos fogões, o paraense estudou gastronomia no Senac/SP e hoje comanda o respeitado Remanso do Bosque, seu segundo restaurante na capital paraense. O primeiro restaurante da família Castanho, Remanso do Peixe, capitaneado pelo patriarca, Sr. Francisco, mantém a tradição da inovação ao misturar ingredientes tradicionais da região amazônica com experiências de vanguarda no mundo gastronômico. “Senti-me muito honrado pela homenagem, por ser um reconhecimento do trabalho que temos feito ao longo desses 12 anos de Remanso. A Casa Cor Pará faz com que as pessoas tenham acesso físico a projetos, tendências e ideias de grandes arquitetos, chefs de cozinha, restaurantes e artistas”, disse o chef. E como não poderia ser diferente, a homenagem a Thiago Castanho será a Cozinha da Casa Cor Pará. No projeto da Casa Cor Pará, que ficou sob a responsabilidade do arquiteto Wallace Almeida. A Cozinha Gourmet experimental terá 82 m2 e, segundo Wallace, será um grande desafio. “Ela será maior do que muitos apartamentos comercializados atualmente. Falarei em linhas contemporâneas do chef Thiago Castanho, considerado um cara inquieto pela sua dinâmica de trabalho, o que soma ainda mais com a arquitetura, que nunca para. Imagine arquitetura e gastronomia juntas e genuinamente paraenses? É sinônimo de arte com uma pitada de ousadia”, observa. 133
INSTITUCIONAL
AMBIENTES 01 Fachada • Heluza Sato e Maurício Toscano 02 Recepção • Michell Fadul 03 Lounge de Entrada • Michell Fadul 04 Living • Larissa Chady 05 Loft do Rapaz • Laíldo Mendes 06 Varanda Gourmet • Helder Coelho 07 Living com Cozinha Gourmet • Conceição Barbosa 08 Studio da Cantora • Vanessa Martins 09 Suíte das Irmãs • Tatiane Madeiro, Maria Antonia Castro e Ana Paula Furtado 10 Quarto do Menino • Ana Cecília Lima e Patrícia Matos 11 Loft High Tech • Ana Claudia Peres, Andréa Riccio, Sérgio Andrade 12 Espaço ORM • Carlos Alves 13 Ponto de Encontro • Caíque Lobo 14 Home Office do Arquiteto • Fábio Seixas, Fernando Navarro e Marcos Loureiro 15 Galeria de Arte Antar Rohit • Aurélio Meira, Vitor Blanco e Emanuel Franco 16 Home Theater • Margô Saldanha e Marcelo Gomes 17 Cozinha Gourmet Experimental • Wallace Almeida 18 Leal Moreira Experience • Heluza Sato e Maurício Toscano 19 Leal Moreira em tons de Blues e Jazz • Perlla et Jr. 20 Studio do Empresário • Raissa Colares e Kamila Baleixo 21 Living Externo • Arnaldo Ribeiro Jr. e Herlon Castro 22 Restaurante Contemporâneo • Leila Coringa e Keyla Henriques 23 Doceria • Karen Casseb e Beth Gaby 24 Livraria • Harianne Braga e Zinda Lobato 25 Jardim do Palco • Margareth Maroto 26 Jardim Praça Casa Cor • Margareth Maroto 27 Garagem 4 Rodas • Ricardo Siqueira 28 Terraço Gourmet • Linda Schweidzon e Marcia Lima 29 Joalheria • Henry Harada 30 Restaurante Italiano • Linda Schweidzon Arquitetos 31 Cervejaria • Elisa Cardoso, Natália Jacob e Alana Miranda 32 Espaço ROMA Incorporadora • Carlos Alves 33 Boulevard de Saída • Suyane Macedo 34 Espaço Audiovisual • Socorro Ribeiro e Chris Longhi 35 Banheiro Feminino • Vanessa Maia 36 Fraldário • Débora Rodrigues 37 Banheiro Masculino • Débora Rodrigues 38 Espaço Sustentável • Ana Paula Furtado 39 Loja Casa Cor • Manoel Corrêa, Albina Cruz, Isolda Contente e Aniela Kalif 40 Lounge de Saída • Ana Cristina Iudice, Daniel Vinhas e Paulo Morelli
SERVIÇO A Casa Cor Pará 2013 conta com Patrocínio Master DECA, Patrocínio Nacional Todeschini, Patrocínio Estrutural Leal Moreira, Patrocínio Local de Boulevard Shopping, Ebbel, Importadora, SOL e Unama, Apoio Local da Casa Amazonas, Fornecedor Oficial Tramontina, Participação Especial de Idelli, Spaço Casa, Mart Print e Cerâmica Atlas. Mídia Partner Organizações Romulo Maiorana e TV Liberal. A mostra acontece na Av. Conselheiro Furtado, 100, ao lado do Espaço São José Liberto, de 17 de outubro a 1º de dezembro de 2013. Para maiores informações: www.casacorpara.com.br
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