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poema de Franco Fortini

La gioia avvenire um poema de Franco Fortini

Potrebbe essere un fiume grandissimo Una cavalcata di scalpiti un tumulto un furore Una rabbia strappata uno stelo sbranato Un urlo altissimo

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Ma anche una minuscola erba per i ritorni Il crollo d’una pigna bruciata nella fiamma Una mano che sfiora al passaggio O l’indecisione fissando senza vedere

Qualcosa comunque che non possiamo perdere Anche se ogni altra cosa è perduta E che perpetuamente celebreremo Perché ogni cosa nasce da quella soltanto

Ma prima di giungervi Prima la miseria profonda come la lebbra E le maledizioni imbrogliate e la vera morte Tu che credi dimenticare vanitoso O mascherato di rivoluzione La scuola della gioia è piena di pianto e sangue Ma anche di eternità E dalle bocche sparite dei santi Come le siepi del marzo brillano le verità.

A alegria por vir

Poderia ser um rio grandíssimo Um tropel de cascos um tumulto um furor Uma raiva rasgada um caule devorado Um grito altíssimo

Mas também uma minúscula erva para os regressos O desmoronar de uma pinha queimada na chama Uma mão que roça ao passar Ou a indecisão que fita sem ver

Algo que de qualquer forma não podemos perder Mesmo que qualquer outra coisa esteja perdida E que perpetuamente celebraremos Porque cada coisa nasce apenas daquela

Mas antes de chegar aí Antes a miséria profunda como a lepra E as maldições emaranhadas e a verdadeira morte Tu que acreditas esquecer vaidoso Ou disfarçado de revolução A escola da alegria está cheia de choro e sangue Mas também de eternidade E das bocas desaparecidas dos santos Como as sebes de Março brilham as verdades.

Franco Fortini tradução de Serena Cacchioli

Franco Fortini (1917-1994) foi um poeta, tradutor e ensaísta italiano. Este poema faz parte do seu primeiro livro de poesia «Foglio di via» publicado em 1946. São poemas marcados pela Segunda Guerra Mundial, pela experiência de soldado e de exilado.

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