OLHÃO ANO V | # 49 | DEZ16 DIA 01 COM O JORNAL
O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs
CLÁUDIA SOFIA SOUSA LITERATURA p.09
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
02 | PATRIMÓNIO
SERVIÇO EDUCATIVO O Serviço Educativo do Museu Municipal de Olhão recebe todas as terças - feiras de manhã duas turmas do 1º e 2º anos das escolas do 1º ciclo do concelho de Olhão, na Casa João Lúcio: Porque será que a casa tem este nome?
A Casa tem quatro entradas e quatro escadas com formas de instrumentos musicais e formas de animais. As paredes estão repletas de flores, formas geométricas, figuras humanas e animais. Vamos tentar perceber quem foi João Lúcio e porque é que mandou construir esta casa que parece um poema.
Descobrir a Casa João Lúcio
PLANO HIDROGRÁFICO DAS BARRAS DE FARO E OLHÃO - 1885 Coleção BN Na segunda metade do século XIX desenvolve-se em Portugal a moderna cartografia temática. Data deste período a carta que apresentamos, editada em 1885, mas com levantamento realizado entre 1870-73. Atualmente, para além do caráter artístico que é atribuído à cartografia histórica, há que ter em atenção a sua função essencial: a segurança da navegação costeira e a facilidade de acesso aos portos marítimos. A navegação não se baseava totalmente na cartografia, mas sim na visualização do contorno da costa, sendo esta também a razão da inclusão de desenhos panorâmicos de vistas do mar para a terra nos mapas.
OLHÃO CÚBICO DE PEDRO ÁGUAS, Inauguração da exposição Olhão Cúbico de Pedro Águas, natural de Olhão, capa do J de
outubro, patente no Museu Municipal, na Sala das Arcadas. Para o autor, a obra nasce no sentido de homenagear/assinalar de modo transcendente à sua mera existência a sua cúbica incubadora vila piscatória, Olhão…
Inauguração da exposição Olhão Cúbico, de Pedro Águas, no Museu.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
PATRIMÓNIO | 03
Joaquim Parra Professor de História
O QUÊ?... É PROIBIDO?... Há dias, remexendo nos meus arquivos, encontrei uns documentos bastante curiosos mas, simultaneamente, caricatos, testemunhos de uma época em que a palavra liberdade era um suspiro em surdina. Os “mais jovens” que atravessaram essa época, ainda se devem recordar das proibições absurdas então vigen-
tes e que uma policia atenta e uma censura mais ou menos eficaz (lembram-se do refrão das Janeiras de Zeca Afonso? Pam parari piri pam) zelavam para que fossem escrupulosamente cumpridas. Não se podia dar um beijo em público; os rapazes tinham a sua escola e as raparigas, a sua, por vezes a funcionarem no mesmo edifício, mas devidamente separadas, não fosse o Diabo tecê-las; enfermeiras, hospedeiras do ar, telefonistas e, em alguns casos, as professoras, não se podiam casar, uma vez que eram consideradas profissões incompatíveis com as tarefas de esposa e mãe; usar isqueiro, só com a devida licença; o casamento, era “até que a morte os separe”, não sendo permitido o divórcio. A mulher podia sair de casa, mas para além do olho negro, levava a aliança que a prendia ao marido para sempre. Se começasse uma nova relação e tivesse um filho, o apelido seria o do seu ex e sempre, marido, resultando desta absurda situação as célebres e estigmati-
Doc. 1 e 2 - Declarações “ajuramentadas” e seladas com “palavra de honra” a que todos os funcionários públicos estavam obrigados.
Doc. 5 - Carta que foi aberta (e lida) para inspecção, pela censura.
zantes classificações de “filho de pai incógnito” ou “filho de mãe incógnita”. Os exemplos são imensos, por isso, o melhor é voltar aos documentos. Os documentos 1 e 2 referem-se a declarações “ajuramentadas” e seladas com “palavra de honra” a que todos os funcionários públicos estavam obrigados. Nelas declaravam que estavam integrados na ordem social e constitucional vigente, repudiando o comunismo, todas as ideias subversivas e que jamais pertenceriam a institutos ou associações secretas. Estão datadas de 1948. O documento 3 é, igualmente, uma declaração, só que feita pelo marido, a autorizar a sua esposa a ir a Espanha, provavelmente para comprar caramelos ou uma “esfregona”, com a certeza porém que, sem esta declaração, a mulher não podia sair do país, uma vez que não podia ter um passaporte individual. Está datada de 1967. O documento 4 diz respeito a um parecer da Comissão Concelhia da União
Doc. 3 - Declaração feita pelo marido, a autorizar a sua esposa a ir a Espanha.
Nacional informando que é de conceder o visto no passaporte uma vez que, o individuo em causa, “não tem manifestado ideias subversivas e não consta que seja desafecto à actual situação política do país”. Está datado de 1951. O documento 5 é diferente. Trata-se de uma carta que foi aberta (e lida) para inspecção, pela censura. Desconheço as razões, mas é sabido que nessa época bastava estar debaixo de olho da PIDE ou DGS, para que a vida pessoal e íntima fosse esmiuçada. Neste caso, a pessoa teve sorte, uma vez que recebeu a carta, porque muitas vezes a correspondência pura e simplesmente desaparecia (como se pode verificar nos arquivos destas polícias). Está datada de 1945. O documento 6, datado dos anos 70, diz respeito ao Boletim do Funcionário (público) no qual, anualmente, era averbada, após exame médico, a situação sanitária do mesmo (seria substituído mais tarde pelo “atestado de robustez física” ).
Doc. 4 - Parecer da Comissão Concelhia da União Nacional informando que é de conceder o visto no passaporte uma vez que, o individuo em causa, “não tem manifestado ideias subversivas e não consta que seja desafecto à actual situação política do país”.
Doc. 6 - Boletim do Funcionário (público) no qual, anualmente, era averbada, após exame médico, a situação sanitária do mesmo.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
04 | LETRAS
UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA (V13)
João Pedro Baptista Músico
VIDA ERRADA (V01)
Goreti Ferreira Escritora
CLARA
Petra Martins Blogger
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
LETRAS | 05
LUMINÁRIA 17 DEZ | 15H00 | Biblioteca Municipal Inauguração de exposição coletiva, patente de 17 a 30 de dezembro de 2016
O coletivo Luminária surgiu da vontade e necessidade de um grupo de amigos (de vários pontos do país) de criar e de partilhar diversas formas de manifestação artísticas tais como, pintura, desenho, escultura e música. Atualmente integram este coletivo os artistas Nuno Pinto Ribeiro, Ricardo Baptista e Zélia Paixão.
A GORDA 02 DEZ | 18H00 | Biblioteca Municipal Apresentação de livro com presença da autora
Em parceria com a Editora Caminho, com a presença da autora e do editor Zeferino Coelho, no âmbito das atividades complementares do Clube de Leitura da Biblioteca Municipal José Mariano Gago, a escritora Isabela Figueiredo apresenta ao público olhanense o seu mais recente livro, A Gorda, na sexta feira, 2 de dezembro, pelas 18h00.
Maria Luísa, a heroína deste romance, é uma bela rapariga, inteligente, boa aluna, voluntariosa e com uma forte personalidade. Mas é gorda. E isto, esta característica física, incomoda-a de tal modo que coloca tudo o resto em causa. Na adolescência sofre, e aguenta em silêncio, as piadas e os insultos dos colegas, fica esquecida, ao lado da mais feia das suas colegas, no baile dos finalistas do colégio. Mas não desiste, não se verga, e vai em frente, gorda, à procura de uma vida que valha a pena viver. Segundo a crítica, este é um dos melhores livros que se escreveu em Portugal nos últimos anos.
LIVROS Apresentações de livros em novembro
No âmbito da promoção do livro e da leitura, a Biblioteca Municipal de Olhão continua a sua grande aposta nas apresentações de obras com a presença dos seus autores. Em novembro passaram pela biblioteca: José Assis, com Canções da A dolescência; Sheila Margaret Ward, com Freda e Fernando no Rio Tejo; Cláudia Sofia Sousa, com SobreV iver; Benedita Benedito, com Loucura de Instantes.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
06 | EVENTOS
J - JUVENTUDE ARTES E IDEIAS. 14 086 MEMBROS. 6 427 FÃS! EM DESTAQUE, AS PUBLICAÇÕES MAIS VISTAS DA CASA DA JUVENTUDE E DA PÁGINA E GRUPO DO J
104 579 VISUALIZAÇÕES EM NOVEMBRO’16
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
EVENTOS | 07
A iluminação de Natal volta a Olhão com grande nível, simples e com muito bom gosto com realce para os ícones da nossa cidade.
NATAL E PASSAGEM DE ANO EM OLHÃO
A passagem de Ano traz a Olhão Fogo de Artifício e a Música de Iris e de Gerações.
A Câmara Municipal de Olhão organiza, este ano, um programa de Natal de excelência. A iluminação de Natal volta a Olhão com grande nível, simples e com muito bom gosto com realce para os ícones da nossa cidade, a Igreja, os Mercados, o Caíque, o Largo do Compromisso Marítimo, os Passos do Concelho e a Avenida da República e a Rua do Comércio. A forte aposta na animação pretende servir a população, quem nos visita e promover o comercio local e conta com momentos como a Chegada do Pai Natal, divertimentos para os mais novos, Teatro e Cinema para as escolas, grupos de fanfarra, uma Feira de Natal , entre outras surpresas. O programa termina com a Chegada dos Reis Magos a Olhão, e a entrega de oferendas no presépio promovido pela ACRAL. Mas antes disso, a Passagem de Ano traz a Olhão Fogo de Artifício e a Música de Iris e de Gerações.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
08 | PALCOS
João Pedro Baptista Músico
CONTRA CORRENTE Nada melhor que iniciar esta rubrica pelos Contra Corrente. Devo dizer que sou suspeito, pelo percurso destes rapazes que há muito acompanho, e em muitas ocasiões tive a sorte de fazer parte. Dispensam apresentações este quinteto composto por duas guitarras, baixo,
IRÍS: BALADAS
A sala do Auditório esgotou (alguns dias antes do dia do espetáculo) para receber uma das mais carismáticas bandas de rock nacional. Quem conseguiu bilhete assistiu a um concerto memorável e único dos Iris. Num outro formato, mas com a qualidade de sempre poderão voltá-los a ver já na Passagem de Ano, em Olhão.
OLHÃO: 6 RETRATOS À LA MINUTA 3 E 10 DEZ | 21H30 | RECREATIVA
A mais recente produção teatral do Grupo de Teatro da Casa da Juventude regressa à recreativa. São 6 quadros de comédia que recordam as vivencias e expressões muito características da nossa terra. Este regresso traz novidades, com novas cenas e novos actores e personagens, nomeadamente a dupla João Evaristo e Joaquim Parra.
bateria e 4 vozes, já são bem conhecidos a nível Nacional. Não só por este projecto, mas por outros, de outras vertentes que já percorreram o País de lés a lés. Para quem achava que Contra Corrente seria um resquício de bandas já extintas, mas certamente dignas das "reuniões" da moda, desengane-se. É um projecto sólido e com espinha dorsal pronta para tudo. O som caracteriza-se por um punk rock moderno de lírica forte, da responsabilidade do carismático João Relógio, bem como a bateria e guitarras bem presentes que podemos ouvir no primeiro registo de estúdio. A surpresa não fica por aqui, há uma voz a destacar, bastante característica e presente em todo o disco, do baixista Toni, que abre as cores do disco para uma paleta fora do punk convencional. "Navegando" é o nome do primeiro, e este ano prometem mais com "Mundo Novo". Disco que já está em fase de fecho de produção.
Os moços cresceram e a prova viva são os concertos ao vivo, que podem ser encontrados alguns excertos bem como
novas datas, no facebook oficial: facebook.com/contracorrentebanda Abraços!
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
TALENTO | 09
CLÁUDIA SOFIA SOUSA LITERATURA p.09
Cláudia Sofia Sousa, nasceu em 1979, em Lisboa, mas cresceu em Olhão. Toda a sua família é algarvia, dai dizer que foi a Lisboa nascer por acaso. Licenciada em Comunicação Social pela Escola Superior de Educação em Setúbal, com especialização em Jornalismo, foi diretora de Comunicação e Marketing numa multinacional de novas tecnologias e em 2009 decidiu regressar ao Algarve e dedicar-se à empresa familiar fundada pelo pai em 1986. Atualmente, coordena o negócio online da empresa. Paralelamente, desde 2014, colabora como assessora de comunicação e repórter freelancer na região do Algarve. A escrita surge na sequência de uma conversa com seu pai, numa fase de algumas dúvidas existenciais, em que a determinada altura o pai lhe perguntou: - O que é que tu gostas de fazer? - À resposta imediata: - Eu gosto é de escrever! - seguiu-se nova pergunta: - Então porque não escreves? A pergunta tocou-a de forma tão forte que decidiu criar um blogue, a que chamou Escrevo Porque Gosto. Escreveu o primeiro texto a 25 de novembro de 2009, precisamente 7 anos antes da apresentação do seu primeiro livro SobreV iver, na Biblioteca Municipal de Olhão. Para a autora, “SobreViver tem um duplo sentido, se dividirmos em duas palavras responde à pergunta que mais nos fazem quando escrevemos um livro, que é: - Então mas o livro é sobre o quê? E eu costumo brincar que é sobre viver. Porque todos os textos são episódios do quotidiano desenvolvidos por uma determinada perspetiva onde qualquer pessoa pode se identificar” Revela que escreve, não porque saiba, mas porque gosta e acrescenta: “Comecei a libertar-me das palavras, das palavras soltas, porque eu sentia sempre muita informação na minha cabeça, muitas ideias soltas e não conseguia deixá-las seguir o seu caminho. A página em branco começou a ser uma forma de libertação e ao mesmo tempo de encontrar compreensão do outro lado, ou seja sempre fui uma pessoa um bocado tímida, e sentir que alguém se identifica com aquilo que eu penso é uma forma de me ligar com os outros. E isso dá-nos uma certa força. Eu gosto muito de escrever sobre os sentimentos, e até um amigo meu espanhol de chamou de “escritora dos sentimentos” eu achei muito engraçado, gosto de escrever sobre os sentimentos sem ser lamechas, eu gosto de escrever sobre os sentimentos que é a forma mais universal de comunicarmos, podemos não falar a mesma língua mas os sentimentos são iguais, em qualquer língua, pais, cultura, qualquer povo, esse livro pode ser traduzido na china e qualquer pessoa vai se identificar com os mesmos sentimentos, e é ai que eu quero chegar.” Considera que ainda leu muito pouco. Quem a conhece sabe que a sua grande referência a nível da literatura portuguesa atual é José Luís Peixoto, um escritor com o qual se identifica. Outras referências são Afonso Cruz e Mia Couto.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
10 | EDUCAÇÃO E DESPORTO
BOLSAS DE EXCELÊNCIA EX-ALUNAS DA ESFFL
No dia 19 de novembro, foram atribuídas Bolsas de Excelência, pela Universidade do Algarve a cinco ex-alunas da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes: Catarina Anjos Casimiro, Catarina Pedro Matos, Isa Flora Ribeiro e Maria Cassio Brito, numa cerimónia que contou com a presença do diretor da escola Idalécio Nicolau.
INICIATIVA PIONEIRA
As novas orientações curriculares para a educação pré-escolar, concretamente no domínio da educação artística, em especial da Música, com a qual se pretende desenvolver nas crianças diferentes sensibilidades nas áreas da audição, interpretação e criação, levaram o Município de Olhão a contratar os serviços do Conservatório de Música local, num investimento de 25 mil euros/ano. Desta forma, a promoção desta atividade passa por uma sessão semanal de expressão musical em cada um dos grupos/turma existentes neste nível de ensino na rede pública do concelho de Olhão. Esta é uma iniciativa pioneira na região algarvia que envolve 27 turmas, de todas as freguesias do concelho, o que corresponde a cerca de 650 crianças entre os três e os cinco anos.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
CASA DA JUVENTUDE | 11
APOIO A INICIATIVAS A Casa da Juventude é um espaço à tua medida, onde podes encontrar apoio para todos as tuas ideias e proje-
O Clube de Cinema da Casa da Juventude promove sessões regulares de Cinema, todas as quartas, pelas 21h30, na Recreativa. Entrada Livre.
tos. Exemplo disso é o apoio dado às Listas candidatas à Associações de Estudantes, que todos os anos procuram este espaço para realizar as suas reuniões e produzir materiais de campanha.
A Lista S, vencedora das eleições para a Associação de estudantes da ESFFL, numa das sessões de trabalho de campanha, na Casa da Juventude de Olhão.
OLHAM CLUBE DE FOTOGRAFIA DA CASA DA JUVENTUDE DE OLHÃO
O OLHAM - Clube de Fotografia da Casa da Juventude de Olhão está a dar os primeiros passos. Orientado por Luís Torres , é composto por um grupo de fotógrafos com diferentes níveis de conhecimentos, experiencia e interesses mas que se juntaram com o objetivo comum de partilhar e desenvolver projetos nas áreas da formação, realização de eventos e organização de sessões e passeios fotográficos … A participação é gratuita e aberta a todos!
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 49 | DEZ‘16
12 | ÚLTIMA
» Móce, atão na tava um mecinhe de Fare, ali passande o bate estacas, dezende qu’Olhão chêra mal?!
Jady Batista Coordenadora Editorial J
BANDA FILARMÓNICA 1º DE DEZEMBRO DE MONCARAPACHO Em dezembro fomos falar com a Banda Filarmónica 1° de Dezembro de Moncarapacho, que comemora o seu 154º aniversário, tendo sido fundada em 1 de dezembro de 1862 pelo pároco da freguesia, Prior Simas. Em 1953, a Banda foi forçada a parar a sua atividade durante 5 anos. Mas, graças à vontade e ao esforço dos músicos, a Banda voltou a sair à rua em 1 de dezembro de 1958. A 28 de julho de 2006 constituiu-se como Associação Cultural sem fins lucrativos. Atualmente, presidida por Amarilo Alves, é composta por 30 elementos não profissionais, de todas as idades, dirigidos pelo Maestro Luís Rodrigues. Ao longo da sua carreira muitos foram os momentos de destaque, como a parti-
Iniciativa:
» Olhão chêra mal?
cipação na Grande Exposição do Mundo Português, em 1940, ou no 1° Concurso Nacional de Bandas Civis, em 1960. No dia 16 de junho de 2012, foi agraciada com a medalha de mérito - Grau Ouro pelo Município de Olhão como reconhecimento pelas atividades desenvolvidas na cultura. Com participação regular em eventos nacionais e internacionais, possui um reportório actual, integrando bastantes medley´s, música de cantores da atualidade e com popularidade, tais como: Adele In Concerto, Xutos, António Variações, Tony Carreira, Frozen, We Are The World, Game of Thrones…”. A Banda conta ainda com uma Escola de Musica com aulas de formação musical, solfejo e aprendizagem de instrumentos de sopro ou percussão. As parcerias estabelecidas com a Câmara Municipal de Olhão e as Juntas de Freguesias do concelho são essenciais à manutenção desta que é , talvez a mais antiga entidade do concelho, em atividade. Prova disso é a perspetiva de aquisição de um novo espaço, através do apoio da CMO, com quem, segundo Amarílio Alves, a Banda tem uma relação excepcional: “Ao fim de 154 anos de existência, finalmente a nossa sede é uma realidade e vai continuar em Moncarapacho. Como Presidente desta instituição sinto que neste percurso, fui insistente nos meus intentos e tive a sorte de encontrara pessoa certa à frente dos destinos do Município. Considero que
» Olhão chêra mal conde o vente tá daquele lade!
os objetivos foram alcançados, com o apoio de todos os intervenientes, sendo que o mérito e a vitória também é um pouco daqueles que em mim confiaram e depositaram confiança.”, sublinha Amarilio Alves, que deixa também o seu agradecimento aos presidentes das Juntas de Freguesia do concelho.
» Móce mó!!!
Próximos eventos: 2 DEZ | 21h30 | Auditório Municipal Concerto em Celebração do 154º aniversário 8 DEZ | Quarteira Procissão de N. Srª da Conceição 18 DEZ | 15h00 | Algarve Outlet Concerto de Natal
Momento de ensaio da Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho.
Concerto de Aniversário, no Auditório Municipal , em 2015
Colaboração: