OLHÃO ANO V | # 50 | FEV17 DIA 01 COM O JORNAL
O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs
JOANA ROSA BRAGANÇA ARTISTA & ILUSTRADORA p.10
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
02 | PATRIMÓNIO
MUSEU VAI ÀS ESCOLAS SERVIÇO EDUCATIVO
No âmbito do Serviço Educativo do município, o Museu Municipal de Olhão - Edifício do Compromisso Marítimo continua a desenvolver atividades pedagógicas com os alunos de Olhão. Em janeiro, foi desenvolvida a atividade O Museu vai à Escola, com todo o ensino pré-escolar do concelho, com o objetivo de despertar e estimular o gosto pelo património, valorizando o património histórico, artístico e cultural do município, junto dos mais novos.
Na sala de aula, os técnicos do Museu desenvolvem atividades de promoção e valorização do património local.
O Museu Municipal de Olhão, em colaboração com a Universidade do Algarve (UAlg), recebeu um grupo de cerca de 30 alunos que estão a frequentar o programa Erasmus. Este programa destina-se a apoiar as atividades europeias das instituições de ensino superior, promovendo a mobilidade e o intercâmbio de estudantes, professores e funcionários das respetivas instituições. Pretende -se com estas visitas que os alunos, oriundos de diversos países, fiquem a conhecer um pouco melhor as cidades algarvias e o seu património cultural. Em Olhão, os técnicos do Museu, apresentaram o património histórico, artístico e cultural do município, como: Caminho das Lendas, Caíque, Centro Histórico, Museu, Casa João Lúcio e Moinho de Maré (Parque Natural da Ria Formosa).
Alunos Erasmusda UAlg visitaram o Caminho das Lendas, os Mercados Municipais e o Caíque.
Na Sala de Exposições do Museu, os alunos puderam ver a exposição Olhão, Terra Cubista, numa mostra que pretende introduzir o tema do cubismo arquitetónico em Olhão através das fotografias de Artur Pastor e Dos traços de Roberto Nobre.
Na Casa João Lúcio/Ecoteca de Olhão os alunos conheceram a história do seu criador, o poeta olhanense João Lúcio (1880-1918). A visita terminou no Moinho de Maré situado no Parque Natural da Ria.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
PATRIMÓNIO | 03
Joaquim Parra Professor de História
BELEZA A QUANTO OBRIGAS! Há dias, à procura de inspiração para mais um artigo, deparei com uns estranhos objetos que mais pareciam instrumentos de tortura, saídos das caves da Santa Inquisição. Pergunta daqui, pergunta dali, vim a saber que se tratavam, afinal, de instrumentos de embelezamento feminino, mais concretamente, ferros para frisar o cabelo. Numa época em que os secadores de cabelo ainda não existiam ( e mesmo quando apareceram eram enormes, pouco práticos e fiáveis, muito dispendiosos e de aspeto algo alienígena), existiam estes artefactos que permitiam às senhoras moldar os seus cabelos na recreação dos penteados da moda ondulando/frisando os mesmos. A sua utilização requeria uma grande prática. Os ferros eram aquecidos nas brasas do fogareiro ou na chama de pequenos fogões próprios para esta função e a prática requerida tinha a ver exatamente com a temperatura, o momento ideal, para a sua aplicação no cabelo: demasiado quente, queimava e cortava, demasiado frio, não produzia qualquer efeito. O ferro era retirado do calor e, depois de limpo da fuligem, utilizado. Uma vez cumprida a sua função, cabia ao pente ou escova completar o processo, em que, eventualmente, a brilhantina podia dar uma pequena ajuda. Basicamente, estes ferros eram uma espécie de alicates, diferindo uns dos outros nas extremidades consoante o efeito pretendido. Para ondular usavamse os das fotografias 1 e 2. Para o famoso caracol o da fotografia 3. Para dar o efeito ondulado, tipo Marisa, o da 4, que era articulado: primeiro prendia-se o cabelo e depois puxava-se a anilha, que por sua vez puxava o cabelo através de uma peça a que estava presa. O da fotografia 5, mais simples, destinava-se a
virar o cabelo, para dentro ou para fora (deste modelo também existia uma miniatura, usada pelos homens para voltar as pontas dos bigodes). Ao que pude apurar, parece que o inventor destes “artefactos” terá sido um cabeleireiro francês de seu nome Marcel Grateau, em finais do século XIX, e daí serem conhecidos por ferros Marcel e o tipo de penteados com eles executados de Marcel W ave ou Marcelling. Estes penteados foram ganhando notoriedade durante a Belle Époque e projetando-se pelo século XX, nomeadamente durante os anos 20 e 30, prolongando-se a sua vitalidade até aos
nossos dias onde, com pequenas variações e algumas melhorias técnicas ainda continuam a ser utilizados. Para terminar, embora não estando propriamente relacionado com o cabelo, mas não deixando de estar ligado às capilosidades, achei curioso um outro “artefacto”, não para embelezar o cabelo, mas para eliminar o pelo das pernas. Não sei se o Taky já existia, mas podemos dizer que este instrumento lixava, literalmente, o pelo. De facto, tratava-se de uma lixa, de grão fino, tipo esmeril, que as senhoras esfregavam nas pernas para, desta forma, eliminarem os “inestéticos” pelos.
Fig. 6 - Depilatório Depilex
Fig. 1 - Ferro utilizado para ondular.
Fig. 2 - Ferro utilizado para ondular.
Fig. 3 - Utilizado para o famoso caracol.
Fig. 7 - Depilex, modo de utilização.
Fig. 4 - Para dar o efeito ondulado, tipo Marisa.
Fig. 5 - Destinava-se a virar o cabelo, para dentro ou para fora (deste modelo também existia uma miniatura, usada pelos homens para voltar as pontas dos bigodes.
Fig. 6 e 7 - Lixa, de grão fino, tipo esmeril, que as senhoras esfregavam nas pernas para, desta forma, eliminarem os “inestéticos” pelos.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
04 | LETRAS
UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA (V14)
João Pedro Baptista Músico
O ano terminou e começou outro. 2017 não vai trazer novidades. Há quem faça balanços e rebalanços, voltas e volteretas para "melhorar", o que supostamente se fez mal, errado no ano que passou. Antes do ano acabar, chegou a notícia que os pórticos na A22 são para continuar e com um aumento nos preços. Nada a estranhar aqui, ou nada a que não estivéssemos habituados. O problema não está aqui. O que me parece é que há um diferencial de luta da nossa parte.
A GUITARRA (V02)
Goreti Ferreira Escritora
A guitarra fica ali a olhar para mim e não sabe que tenho o olhar gasto, não tenho que lhe devolva. E ainda assim se afunda em mim e me espeta pontos de interrogação por todo o lado. Arranham quando me passam pelas artérias. Magoam quando os vomito. A comida não fica. Nem essa me quer. A gaja de cor-de-rosa olha para mim de cima abaixo, olhar velado, tentando verse superior a mim. Também não é difícil. A minha mãe deve ter sido assim: cor-de-rosa, que é a negação do vermelho e a conspurcação do branco, misturados numa amálgama fingida de pureza. A minha mãe não deve ter sido nada porque prefiro que a minha mãe conti-
O BALOIÇO DE TERESA
Petra Martins Blogger
Os murmúrios que se seguem. Os murmúrios que prosseguem. Tão baixos quanto a sua altura, Tão frios quanto as suas mãos. Já dizia quem se aproximava, não tenhas pressa, as palavras são velozes, e por vezes escutam-se tão depressa que nem as ouvimos. A Teresa vivia numa casa branca, estava
Sou Tuga e muito mais competente para fazer um escândalo porque o quilo de borrego nacional não estava em promoção, tal como dizia no folheto, mas se o meu vizinho tiver de andar na estrada, já é problema dele... Tenho, numa janela da casa da minha Mãe, um autocolante antigo que diz "Algarve livre de portagens", não conseguimos lutar contra isso. Fomos fracos! Eu fui fraco e assumo isso! Fui mais forte quando foi do petróleo que, ao que parece, foi anulado. Fui mais forte quando foi das ilhas, que quais irredutíveis Gauleses se bateram pelo que acham certo. Mas as portagens não me interessavam porque não tinha carro. Simplesmente
isso! Ou andava dormente demais na minha adolescência para pensar nisso. As casas na ilha não me interessam, porque não tenho casa na ilha e o petróleo também não me interessa para nada porque não vivo do mar. Mas há quem viva. Desde amigos, familiares ou mesmo só alguém que conhecemos no café. E sofro indirectamente com isso. Mas interessa-me a dormência. Aborrece-me a facilidade que há para a parvoíce estatal em aceitar tudo e mais alguma coisa. E a dificuldade que temos em contestar tudo. Temos de nos armar com advogados, leis penosas e tribunais demorados para que seja defendido o que nem supostamente seria possível.
nue a não existir. Às vezes imagino-a uma heroína caída em combate numa missão humanitária. Na verdade deve ter caído em conflito consigo mesma quando me abandonou. Se morreu ao menos podia mandar dizer, para eu não perder tempo a pensar nela. Ele está na outra aula. É mais velho, mas não muito. Não tem telemóvel, não quer que o controlem. Diz que é uma questão de imunidade à luminosidade dos ecrãs, que contamina o cérebro. Tenho que esperar que acabe a aula, de guitarra a tiracolo… Quando, depois das aulas, vamos para a casa dele (toda chique) pede-me que toque. Gosto de tocar para ele… Enquanto toco fica a olhar para mim com aquele ar… E depois ficamos por ali, como se fôssemos normais. Como se ele tivesse pai e mãe e eu não. Na verdade,
a ausência dele é maior. É uma missa de corpo presente diária, um velório de intimidade e um funeral de afectos com a maldição de se repetirem diariamente. Super bem sucedidos, super ocupados, super nadas na vida dele: pais. Pois… A empregada – que faz de conta quer não nos viu entrar– deixa uma bandeja com um lanche do lado de fora da porta do quarto como ruído suficiente para garantir que nos apercebemos do facto e da sua ignorância de nós. Perto dele a comida reclama-me, sobre a solidão que traz a fúria de me ter sempre só a mim. Sabe bem. Não vomito. A guitarra, a um canto, descansa. Ao pé dele os pontos de interrogação que me lança desfazem-se em reticências. Ao pé dele posso querer ser tudo o que quiser. Desde que o futuro não demore mais que 5 minutos a chegar
sempre sentada no baloiço. E lia devagar. Era calma e serena. E quando falava, parecia que tinha uma luz à sua volta.
AMANHÃ AMANHÃ
As pessoas diziam que a Teresa tinha morrido há muito tempo. Mas que quando passavam pela sua casa, conseguiam ouvir as suas palavras, tão velozes como um livro a desfolhar ao vento.
E somos leves e fomos leves, e levados por palavras. E somos grandes mas não gigantes. E somos tontos mas não malucos. E especulamos mas não fazemos. E pensamos mas não falamos. E levamos o amanhã para depois, Porque o depois é mais leve, é mais tarde. Não é já. É amanhã. E o amanhã já chegou. E para ser mais claro, o hoje de amanhã é mais escuro e mais pesado.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
LETRAS | 05
OÁSIS 04 FEV | 15H30 | Biblioteca Municipal Inauguração de exposição de Nuno Sá, patente de 04 a 25 de fevereiro de 2017
A Biblioteca Municipal José Mariano Gago e a Biblioteca Escolar António Macheira, do Agrupamento de Escolas João da Rosa, em parceria com a Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura da Região Autónoma dos Açores, apresentam a Exposição de fotografia Oásis de Nuno Sá. A exposição é uma pequena amostra de momentos captados na imensidão do mar que rodeia o arquipélago dos Açores. Retrata algumas espécies bem conhecidas pelos seus habitantes e amantes da natureza que anualmente procuram estas ilhas, bem como acontecimentos únicos e de rara beleza que o autor teve o privilégio de testemunhar. Nuno Sá, fotógrafo profissional desde 2004, especializou-se em fotografia de
vida selvagem de temas marinhos. Conta com 6 livros editados, e é colaborador regular de várias revistas Nacionais e Internacionais, entre elas a National Geographic Portugal. Conta com ima-
gens expostas em alguns dos maiores museus de história natural do mundo tais como London Natural History Museum e Smithsonian National Museum of Natural History, em Washington.
Conta com cerca de uma dezena de distinções em alguns dos principais concursos internacionais de fotografia de natureza, sendo hoje o mais premiado fotógrafo de natureza a nível Nacional.
NO TRILHO DO CAFÉ
Trata-se de um território implantado junto da fronteira com Espanha, onde os povos se movem numa reciprocidade fraterna. Duas linhas condutoras da história emergem, atravessando a narrativa O Contrabando e a Guerra Civil Espanhola. O primeiro, enquanto modo de vida, rendimento mas também adrenalina e medo, componentes de que os “ousados” não abdicavam, para condimentar a sua existência. A segunda é a guerra civil, que galgou fronteiras com os seus contornos subtis e temerosos. É verdade que assustou as gentes portu-
guesas mas, não conseguiu abalar os seus princípios de proteção e solidariedade. Ana Maria Sanches Bergano nasceu em Barrancos em 1946, vivendo atualmente em Olhão. Fez os estudos secundários no Colégio do Sagrado Coração de Jesus em Beja. Foi Professora do 1º ciclo do Ensino Básico, desde 1967 pela Escola do Magistério Primário e Particular de Beja. Frequentou a Alliance Française e a Berlitz School. Lecionou Língua e Cultura Portuguesa em França e na Suíça entre 1984 e 1993.
DEIXA-TE DE MERDAS
das autoras olhanenses Carla Sequeira e Marlene Romão, da professora Maria Manuela Moura (que apresentou o livro), o representante da editora Chiado e o músico Denzel Amaral (responsável pelos momentos musicais). Deixa-te de Merdas é um conjunto de relatos de quem não desistiu de acreditar no amor, recusando as migalhas da era do amor a retalhos, online e descartavél. Mais amor, sem favor.
18 FEV | 15H00 | Biblioteca Municipal Apresentação do livro de Ana Bergano
Ana Bergano apresenta o seu livro, No Trilho do Café, no dia 18 de fevereiro, pelas 15h, na Biblioteca Municipal de Olhão. O espaço geográfico da trama deste livro, consubstanciado na vila de Barrancos, é palco de uma simbiose cultural e linguística que nos conduz à diversidade e aceitação da nossa própria natureza, enquanto humanos.
De Marlene Romão e Carla Sequeira
A apresentação do livro Deixa-te de Merdas levou mais de 200 pessoas à Sociedade Recreativa Progresso Olhanense para assistir a um grande momento cultural, organizado pela Biblioteca Municipal de Olhão, com a presença
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘16
06 | EVENTOS
J - JUVENTUDE ARTES E IDEIAS. 14 086 MEMBROS. 6 427 FÃS! EM DESTAQUE, AS PUBLICAÇÕES MAIS VISTAS DA CASA DA JUVENTUDE E DA PÁGINA E GRUPO DO J
93 189 VISUALIZAÇÕES EM JANEIRO’17
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
EVENTOS | 07
MILHARES EM OLHÃO NA PASSAGEM DE ANO
A Passagem de Ano em Olhão atraiu milhares de olhanenses e forasteiros ao Jardim Pescador Olhanense, junto à Ria Formosa, cenário privilegiado para o espetáculo de fogo de artifício que decorreu à meia noite. Mas a festa começou mais cedo, com muita música proporcionada pelos grupos Iris e Gerações. O programa de animação da Passagem de Ano proporcionado pela Autarquia teve entrada livre e foi uma organização da Câmara Municipal e da Fesnima. O Fogo de Artifício sobre a Ria trouxe milhares de pessoas à Zona Ribeirinha de Olhão
A banda Gerações animou a noite da Passagem de Ano.
Grupo Iris deu as boas vindas ao Ano Novo.
Presidente António Miguel Pina e Domingos Caetano
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
08 | EVENTOS
NATAL EM OLHÃO DISTINGUIU-SE PELA QUALIDADE
As comemorações Natalícias realizadas em Olhão marcaram a diferença quer pela iluminação, que recebeu grandes elogios da população, quer pelas atividades variadas e para todos os públicos, num programa diversificado, organizado pela Câmara Municipal. O cartaz começou com a Iluminação de Natal, seguiu-se a abertura do Presépio Vivo (iniciativa da Acral), Cinema para as escolas do 1º Ciclo (em colaboração com a Sociedade Recreativa Progresso Olhanense), Teatro para as escolas, no Auditório Municipal e os habituais Campos de Férias de Natal. O Pai Natal chegou à cidade, na sua bicicleta voadora acompanhado pelas renas, duendes e demais personagens natalícios. Em cortejo, passaram pelo Largo Patrão Joaquim Lopes, continuaram pela Rua do Comércio, sempre ao som da música, e desfilaram até à Feira de Natal, junto à Igreja Matriz. Muita música, animação variada, ciclistas e motociclistas vestidos a rigor ajudaram a fazer a festa, nesta tarde onde as crianças foram as rainhas da festa. Aos mais novos foi ainda oferecida a possibilidade de durante esses dias andar gratuitamente no carrocel instalado na Av. da República O já tradicional bolo-rei gigante voltou a estar presente, este ano com 120 metros de comprimento. O chef Filipe Martins e o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, fizeram as honras da iniciativa ao cortarem e provarem a primeira fatia de bolo-rei, que depois foi distribuído aos presentes, mediante uma contribuição simbólica a favor da uma instituição de solidariedade social do concelho. A 6 de junho, a chegada dos Reis Magos, em camelo, a Olhão encerraram as festividades, com muita animação, música, dança e teatro, numa recriação levada a cabo pela companhia de teatro Viv’arte e que percorreu a Av. 5 de Outubro, a Av. da República, a Rua do Comércio e terminou na Zona Ribeirinha.
O Pai Natal chegou à cidade, na sua bicicleta voadora acompanhado pelas renas e duendes.
Bolo Rei Gigante deste ano teve 120 metros.
Natal com neve, em Olhão.
Muita música, animação variada, ciclistas e motociclistas vestidos a rigor ajudaram a fazer a festa que atraiu centenas de pessoas à Avenida.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
EVENTOS | 09
Reis Magos chegaram a Olhão pela Av. 5 de Outubro.
Momento de recriação junto à Igreja.
Visita dos Reis Magos terminou frente aos Mercados.
As crianças das escolas receberam os Reis Magos.
Reis Magos apresentaram-se ao Presidente e Vereação da CMO.
Reis Magos trouxeram RTP a Olhão.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
10 | TALENTO
JOANA ROSA BRAGANÇA ARTISTA & ILUSTRADORA
Joana Rosa Bragança a trabalhar.
Mel'Ânsia. 2015.
Vinci, o Gato voador. 2015.
Joana Rosa Bragança, ou Rosa, como gosta de ser tratada, nasceu em 1986, em Sagres, mas veio viver para Olhão com cerca de 1 ano. Estudou Artes, no ensino secundário e licenciou-se em Artes Visuais - Pintura (20052008) na Universidade de Évora. Participou em workshops de livros de artista, ilustração infantil, serigrafia. Posteriormente fez pósgraduação em ilustração artística pelo ISEC/ UE, em Lisboa (2010-2011). Rosa realizou várias exposições em Portugal e no estrangeiro das quais se destacam as individuais no Centro Cultural de Cascais (2009), no Museu Municipal de Estremoz (2009), na Galeria Trema Arte Contemporânea, em Lisboa (2010 e 2012) e no Avesso, em Esposende (2012). Das exposições coletivas destaque para: a X II Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira (2005); Tropa Macaca, na Bedeteca de Lisboa (2007); Circo Senza A nimali, no Centro Comunale d’Arte e Cultura EXMA’ em Cagliari, Itália (2011); O Museu Ilustrado, no Museu da Marioneta de Lisboa (2011); Geografias de água e outros sonhos, no Palácio da Galeria, em Tavira (2013); ART BOOKS WANTED, no Designblok / Openstudio Kafka's House, em Praga, República Checa (2013); Bottled Up Feelings, na Galeria CIRCUS, no Porto (2015); ILUSTRA 33, no Convento da Trindade, em Lisboa (2016); Pessoa Unveiled, na Walnut Contemporary, em Toronto, Canadá (2016); II Encontro Internacional de Poesia a Sul, no Auditório Municipal de Olhão (2016); SMA RT (2013), BOTANICA (2016) e MIDNIGHT (2016) na galeria Light Grey Art Lab, em Minneapolis, E.U.A. (2016). A artista conta com um Prémio de Mérito e uma Menção Honrosa do 3x3 Professional Show (2016) e duas Menções Honrosas, uma no A rt Books W anted (2013) e outra na 18ª Galeria Aberta de Beja (2013). Rosa conta-nos que sempre gostou de desenhar e de criar coisas com as mãos. “Tenho a sensação de que o faço desde sempre! Na hora de escolher o caminho a seguir em termos profissionais não tive muitas dúvidas, pois sempre senti que era a minha vocação e não me conseguia imaginar a fazer outra coisa. De todos os incentivos e apoios, o mais importante foi e é o dos meus pais. É preciso muita força de vontade e persistência para viver fazendo arte em Portugal, nos dias que correm. Não é impossível, mas é muito difícil.” A sua inspiração tem diversas origens. “Pode nascer de sonhos, dos livros, da música, por exemplo, mas vem sobretudo dos seres vivos que me rodeiam no dia-a-dia: pessoas, animais e plantas. A energia da zona em que vivo
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
TALENTO | 11
também interfere na minha forma de criar. Gosto muito de viver em Olhão e no Algarve. Estar num sítio com que me identifico e onde me sinto bem é muito importante para o fluir da minha imaginação. Tudo por aqui me inspira: o ambiente, a proximidade da ria, do mar e do campo, as praias e as ilhas, os banhistas veraneantes com os seus tiques e manias, a vegetação, os gatos que espreitam nas esquinas das travessinhas, as açoteias e mirantes, os vasos à porta das casas, as causas ambientais, a mitologia e as histórias locais, os dizeres, as pessoas genuínas com quem me cruzo todos os dias, as bancas do mercado e até os cães dos pescadores! Tudo isto está muito vivo dentro de mim e reflecte-se de alguma maneira no meu trabalho, tanto que, muitas vezes, não desenho ‘à vista’, sai-me quase tudo de memória.” Em simultâneo com a pintura e o desenho, mais por prazer do que por qualquer outro motivo, Rosa revela gostar muito de fotografar. “É importante para mim, pois é outra forma de treinar e aprimorar o meu olhar, de expressar a minha maneira de ver o mundo. Por vezes, percorro o meu diário de fotografias analógicas em busca de inspiração para desenhos e para paletas de cores, assim como também gosto de me embrenhar nos velhos álbuns dos meus avós, ou noutras fotografias a preto e branco que encontro em mercadinhos de velharias e em livros.” Recentemente, tem feito várias coisas em simultâneo, como trabalhos de desenho, pintura e colagem para exposições colectivas (as últimas três foram em Olhão; em Minneapolis, nos E.U.A. e em Toronto, no Canadá) e para encomendas personalizadas; ilustrações para aplicar em cadernos e calendários de projectos portugueses muito interessantes, como o Chapéu ou o Beija-Flor; isto ao mesmo tempo que tenta fazer trabalhos de iniciativa própria como, por exemplo, desenhos que contam histórias feitos apenas com tinta da China, ou criar personagens tridimensionais com tecidos. “Nunca sei muito bem o que esperar do futuro, por enquanto só consigo planear as coisas a curto prazo. Já ficarei bastante contente se no futuro conseguir continuar a trabalhar no que gosto, a aprender coisas novas e a evoluir como artista e como pessoa. Espero, em breve, ter a oportunidade de fazer uma experiência no campo da animação (desenhos animados!) pela primeira vez. Também faz parte dos meus objectivos voltar a fazer gravura, um campo das artes de que gosto muito, mas que deixei um pouco de lado por ter poucos meios técnicos ao meu alcance. Gostava, inclusive, de dar seguimento a alguns projectos pessoais que têm estado “na gaveta”, pacientemente à espera que eu tenha tempo para eles..”
Delícia de Verão. 2015.
Torna-Viagem. 2016.
Pescadora. 2016.
Maré Negra. 2016.
Arraúl. 2013
Being(s) In My Dreams. 2016.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
12 | PALCOS
João Pedro Baptista Músico
último "Chavascal", na cena do hip-hop português. Tiveram participações de nomes de peso como Sam the Kid, Capicua ou mesmo o Fuse. Não foi por isso que o Chavascal que está armado à volta deles acontece. Real Punch e Kristóman são "stage beasts" na verdadeira ascenção da palavra. São gajos que tratam o "flow" por tu e a prova disso está em "comprimidos do flow", um vídeo em que o farmacêutico lhes dá comprimidos e o flow muda consoante o efeito do comprimido. Original é dizer pouco.
Não sou propriamente fã de hip hop, mas este mês vou dar esta abébia neste espaço a uns que conheço.
Quem comanda o beat e dá o mote a esta Algazarra é, nem mais nem menos, que o grande GiJoe, que rebenta qualquer PA com misturas originais contemporâneas. Muito Soul, muito anos 70, mas a encaixar de uma forma moderna os dois MC's.
Os Tribruto, são 3 jovens que de brincadeira são um caso sério de popularidade e engenho. Com 4 trabalhos consagram-se com este
Visitem o Facebook para mais informações, mas vão a um live act. Não se vão arrepender! https://www.facebook.com/tribruto/
LEÔNICO & LENA
-se-ão por vias do matrimónio. Ambos fogem para Lisboa. Sim, diz que se cruzam e sem se conhecerem apaixonam-se e casam. Ah, o acaso e tal, mas não é bem assim. Com desenho de luz de Nuno Figueira, fotografia, vídeo e documentário de Rita Figueiredo e produção do LAMA – Laboratório de Artes e Média do Algarve, com apoio à produção e difusão da Oxalá Produções, Olhão é um dos 12 palcos que acolhe o espetáculo na região algarvia, até março.
TRIBRUTO
4 FEV | 16H00 | AUDITÓRIO
Leôncio & Lena é um espetáculo criado por João de Brito, a partir de Georg Büchner e inserido na programação da Rede Azul. Dois reinos dividem o Algarve, o pequeno reino do Barlavento e o pequeno reino do Sotavento. Leôncio e Lena são príncipes destes distintos reinos. Por vontade real, os seus destinos cruzar
TEMPESTADE NUM COPO D’ÁGUA 17 E 18 FEV | 21H30 | AUDITÓRIO
Tempestade num Copo d’Água é uma comédia de Roberto Pereira protagonizada por Marina Mota e Carlos Cunha, que decorre durante um copo d’água de um casamento. Fazem ainda parte do elenco os atores Rui de Sá, Érica Mota e Nuno Pires. Através de um grande número de personagens, e de um ritmo constante de en-
tradas e saídas, o público vai conhecendo a história de vários casais, de várias idades, que, embora apaixonados, escondem terríveis segredos uns dos outros, que durante o copo d’água vão sendo revelados. Passando-se em ambiente casamenteiro, os mesmos casais de várias idades vão desmistificando o casamento, mostrando como este é geralmente entendido nas diferentes fases da vida. Num dia repleto de fotografias, apita o comboio, cascatas de camarão, e muita loucura, o amor vai andar no ar. É preciso é que alguém o faça descer à terra…
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
CASA DA JUVENTUDE | 13
APOIO ÀS INICIATIVAS DOS JOVENS A Casa Municipal da Juventude de Olhão (CJO) é um espaço à tua medida, onde podes encontrar apoio para todos as tuas ideias e projetos. Para além das atividades regulares, como os clubes de Cinema, Teatro, Fotografia, Pintura, Desenho e
BD, e as atividades e eventos desenvolvidos ao longo do ano, a CJO é também um espaço onde podes desenvolver os teus projetos, utilizando os espaços e todos os recursos que a casa tem ao teu dispor.
Como já vem sendo hábito as equipas das Franscisquiadas da ESFFLprocuram na CJO espaço de reuniões, ensaios e todo o tipo de apoio de que necessitam.
A CJO recebeu o 13º Encontro de Coleccionismo Esco(u)tista e Guidista do Algarve.
Jovens do projeto Mais Sucesso E6G celebraram a Década Internacional dos Afrodescendentes. Uma atividade que contou com o apoio da Casa Municipal da Juventude Olhão.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
14 | DESPORTO
8 MEDALHAS NA ESGRIMA 2ª ETAPA DO CIRCUITO JUVENIL, EM SINTRA
A EsgrimAlgarve, de Olhão, esteve presente na 2ª etapa do Circuito Juvenil que decorreu em janeiro na Academia da Força Aérea, em Sintra e contou com competições de Iniciados e Cadetes às três armas. Alexandre Graça arrecadou a medalha de ouro e foi o grande vencedor da competição Sabre Masculino Cadetes da segunda etapa do Circuito Juvenil. No Sabre Feminino Cadetes Teresa Godinho conquistou o 2º lugar, Débora Jerónimo o 3º lugar e Marília Gonçalves o 6º. No Sabre Masculino Cadetes o pódio foi todo do clube EsgrimAlgarve, com Alexandre Graça em 1º, Fernando Chumbinho em 2º, João Farinha e Débora Jerónimo partilharam o 3º lugar; Fernando Chumbinho conquistou também o 3º lugar no Sabre Masculino Iniciados.
Alexandre Graça arrecadou a medalha de ouro e foi o grande vencedor da competição.
ATLETISMO EM OLHÃO 10º GP DE MARCHA ATLÉTICA DE PECHÃO | 4º TROFÉU ANA CABECINHA | CAMPEONATO REGIONAL DE MARCHA DO ALGARVE - ESTRADA O Clube Oriental de Pechão em pareceria com o Município de Olhão e a Associação de Atletismo do Algarve, levou a efeito no centro da freguesia de Pechão no dia 22 de janeiro três provas numa só, o 10ºGP de Marcha Atlética de Pechão, o 4ºTroféu “Ana Cabecinha” e o Campeonato Regional de Marcha do Algarve – Estrada. A atleta Olímpica Ana Cabecinha (CO Pechão) e o Internacional Dioniso Ventura (CA Tunes) foram os vencedores das principais provas. Participaram 100 atletas de quatro clubes do Algarve. O Clube organizador esteve em evidência em femininos, com vitórias individuais de: Iniciadas – Ana Catarina Mestre; Juvenis – Ana Vicente; Juniores – Carolina Costa; Esperanças (Sub23) – Edna Barros; Seniores – Ana Cabecinha; Veteranas – Anabela Moreira; Masculinos, Benjamins – Rodrigo Estrela; Masculinos Juniores – Rodrigo Marques. O CO Pechão conquistou 5 títulos Regionais coletivos: Benjamins Masculinos, Iniciadas, Juvenis, Juniores e Seniores Femininos. As provas tiveram o grande apoio do Município de Olhão, das Juntas de Freguesia de Pechão, Quelfes e Olhão, assim como da Associação de Atletismo do Algarve.
O Clube Oriental de Pechão esteve em evidência em femininos, com vitórias individuais.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
DESPORTO | 15
CAMPEONATO DE CORTA-MATO 500 ATLETAS PREVISTOS 12 FEV | 10H00 | PINHEIROS DE MARIM Numa organização conjunta entre o Clube Oriental de Pechão, o Município de Olhão e a Associação de Atletismo do Algarve, vai decorrer no próximo dia 12 de fevereiro pelas 10h nos Pinheiros de Marim - Circuito de Manutenção o Campeonato Regional de Corta-mato do Algarve. Haverá provas para todos os escalões etários de ambos os géneros, estimando-se a presença de cerca de quinhentos atletas oriundos de todas as equipas do Algarve. A organização convida todos os olhanenses a assistir e apoiar os melhores atletas da nossa região, entre os quais os Internacionais do Clube Oriental de Pechão, Ana Cabecinha, Edna Barros, Catarina Marques, Carolina Costa, Fatoumata Diallo e Rodrigo Marques.
SKATE PARK - FOI HÁ UM ANO! Faz um ano que foi inaugurado o Skatepark de Olhão, concretizando-se assim o sonho de muitos jovens olhanenses. Majestoso foi o nome escolhido para este espaço por ser a designação atribuída à linha de caminho de ferro, utilizada como corrimão, símbolo maior de várias gerações que, ao longo de décadas, representaram, com excelência, a nossa terra e a prática de skate. O Majestoso ficou a ser conhecido a nível nacional pela admiração provocada junto dos praticantes da modalidade, pelos excelentes resultados obtidos pelos nossos atletas que, não possuindo as condições adequadas, adquiriam competências extraordinárias, utilizando este corrimão improvisado.
Tiago Relógio e o Presidente António Pina, na inauguração do Skate Park.
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 50 | FEV‘17
16 | ÚLTIMA
» Áh-lá a bebedêra dele?! Móce, Janica, tás derminde?
» Derminde? É c’alguém consegue dermir, cu o barulhe que tás fazende!
Jady Batista Coordenadora Editorial J
SOCIEDADE RECREATIVA PROGRESSO OLHANENSE 99 ANOS DE ATIVIDADE
A Sociedade Recreativa Progresso Olhanense, fundada em 16 de janeiro de 1918, é a mais antiga coletividade em atividade em Olhão e uma das mais antigas do país. Perto de completar o seu 1º centenário, considerada de Utilidade Pública, prova a sua vitalidade e capacidade em acompanhar a evolução dos tempos recuperando o seu lugar como referência de cultura e recreio do nosso concelho. Honra feita à nova direção, eleita em finais de 2014, presidida por Francisco do Ó, que soube congregar os esforços necessários para regularizar a situação financeira e implementar uma dinâmica cultural que serve o interesse e as necessidades atuais dos sócios e da população em geral. Prova disso é a atividade continua e regular que resulta da iniciativa da coletividade e das parcerias estabelecidas com a Câmara Municipal e outras entidades da terra, em particular a Gorda.
Iniciativa:
O Grupo de Teatro da Casa da Juventude de Olhão é um dos bons resultados da parceria entre a Recreativa, a Gorda e a Câmara Municipal.
As sessões do Clube de Cinema de Olhão, uma iniciativa da Casa da Juventude do Município de Olhão decorre todas as quartas, às 21h30, com entrada gratuita.
Colaboração: