História da Olaria
A oficina de oleiro é considerada a mais antiga das indústrias, isto porque a humanidade, na pré-história, começou a substituir os vasos de cerâmica pelos vasilhames (utensílios domésticos) feitos de porongos, cocos e cabaças, entre outras cascas utilizados para o armazenamento de alimentos. A manufatura de objetos do barro e o surgimento de oficinas de oleiro ocorreu no período neolítico, quando os povos ou sociedades iniciam a confecção de instrumentos mais sofisticados para sanar o problema do armazenamento ou do preparo dos produtos oriundos da produção agropastoril, principal característica da revolução neolítica. Existem peças de cerâmica (artesanato) encontradas em terra que na atualidade fazem parte do continente europeu que datam de 6000 a.C., mas somente em 1200 a.C é que são fabricados os primeiros tijolos na Europa, indicando, assim, a provável data do surgimento das primeiras oficina de oleiro no velho continente.
A olaria no Ribatejo e na Asseiceira
A arte da olaria está em extinção em quase todo o Ribatejo, tendo muitas localidades desta região vivido da olaria: Canha, Marinhais, Vale de Estacas, Ribeira Branca, Árgea, Ourém, Charneca da Peralva, Alferrarede, Medroa, Olho de Boi, Valhascos (Sardoal), Penhascoso e Mação. Na Asseiceira chegaram a ser mais de trinta talheiros, hoje restam apenas um ou dois a trabalhar o barro. Muitos chegaram à conclusão que onde se vendiam as talhas também se vendiam os cântaros, os alguidares, as cafeteiras, as panelas, os vasos, os assadores de castanhas, púcaros para extração de resina, entre outros, tendo assim estes oleiros aumentando a sua oferta recompondo parte da história da modelagem do barro que envolve a olaria medieval e a olaria dos descobrimentos do Vale do Tejo.
Pottery History
The potter workshop is considered the most ancient of the manufactured industries, all because in the prehistorical period, the humans started to replace the ceramical vases with the containers made with “porongos”, conconuts and calabash, from other hard skin products used to store food.The clay objects handmakers and the creation of potter workshops occured in the neolitical period, when people and the society started to make more sophisiticated instruments, in order to solve the food storage, or food preparation problem, from the agricultural and pastoral productions, main feature of the neolitical revolution. There are ceramical items (handcrafted) found in the lands that actually are part of the european mainland that are from the year 6000 bC, but the first bricks were only made in europe in 1200 bC, showing the probable date of creation of the first potteries in the old continent land.
The pottery in Ribatejo and Asseiceira
The pottery are is extinguished in almost the whole Ribatejo, where many places once lived from this occupation Canha, Marinhais, Vale de Estacas, Ribeira Branca, Árgea, Ourém, Charneca da Peralva, Alferrarede, Medroa, Olho de Boi, Valhascos (Sardoal), Penhascoso and Mação. Asseiceira used to have more than 30 clay pot workers. Today, there are only one or two left, working with clay. Many came to the conclusion that where the clay pots were sold, also could find jugs, bowls, coffee pots, pans, vases, chestnut spits, bowls used to extract resin from pinetrees, between otherclay articles. This way, the clay workers had a bigger article range, recomposing part of clay modelling history that way, that evolves the medieval clay pottery and the discovery times in Tagus Valley.
Pote de 200 litros Altura: 130 cms Refª: POT01
Suporte Argolas 2 Aros 75x70 – Ferro 50x8 Refª: SPG00028
Pote de 180 litros Altura: 115 cms Refª: POT02
Suporte Caracol 60x38 Ferro 30x8 Refª: SPG00035
Os potes, as talhas e as “tarefas” para a separação do azeite.
The pots ans jugs and the “jobs” to separate olive oil
O recipiente destinado ao apuramento e separação do azeite era escavado, com frequência, no solo e num plano inferior ao da prensa ou da base do torcularium.
The container destined to clear and separate olive oil was frequently carved in the ground, in a lower plan from the squeezer, or from the torcularium base.
A extração do azeite é típica dos povos antigos da bacia do Mediterrâneo, e na Europa, o primeiro vestígio do aproveitamento da azeitona, no estado silvestre, data da Idade do Bronze e foi verificado no norte de Itália. Contudo, foram os Gregos que melhoraram a cultura da oliveira e utilizaram a técnica da extração do azeite, cujo princípio mecânico os Romanos aproveitaram, aperfeiçoaram e difundiram.
Este processo de escavar ou construir abaixo da superfície natural do solo o recipiente colector dos líquidos resultantes da trituração e compressão da azeitona foi seguido na Península Ibérica pelos Mulçumanos. Com o evoluir dos tempos e da história, os reservatórios construídos no solo para recolha da água-ruça e do azeite foram substituídos por talhas de barro.
O desenvolvimento da indústria e a importância dada à plantação de oliveiras, desenvolvimento e importância que recrudesceram em Portugal durante os séculos XVIII e XIX, permitiram a conservação de costumes e práticas que só a tecnologia contemporânea viria a ultrapassar. Foram os Romanos que generalizaram o uso de grandes potes de barro para a guarda e conservação de azeite.
A olaria, dada a sua natureza específica, correspondeu, durante mais de três milénios, às exigências do progresso, tornando-se, durante muitos séculos, insubtituível.
Olive oil extraction is typical from the ancient people of the Mediterranean. In Europe, the first sign of olive use, in its wild state, comes from Bronze age and was verified in northern Italy. Although, the Greeks were the ones that improved the olive tree culture and used the techniques to extract the olive oil. The mechanical principle was reused, pefected and difunded by the Romans.
This process of carving or building the recipient that colected the liquids from the olive milling and compression below the soil natural surface was followed in the Iberic Peninsula by the Muslims.
As time and history passed by, the resevoirs that were built in the ground to collect the “dirty water” and olive oil were replaced with clay pots.
Industrial development and the important role given to olive tree plantation, that were mainly important and developed in Portugal during the 18th and 19th century, allowed the customs and use preservation, that were only surpassed by contemporary technology. The Romans were the ones that generalized the use of big clay pots to store and maintain olive oil.
The pottery, due to its specific nature, matched, for more that three millenniums, the progress requirements, becoming irreplaceable, during many centuries.
Pote de 180 litros envelhecido Altura: 115 cms Refª: POT02A
Pote de 120 litros Altura: 90 cms Refª: POT03
Suporte 1 Aro 42x56 Ferro 40x8 Refª: SPG00017
No «Regimento dos lagareiros dos lagares de azeite», de 1572, se prescreve que em todos os lagares deveriam de existir potes para guardar azeite, assim como em documentos do século XVI se discrimina o uso daqueles, «bem cintados», e de talhas de dezoito a vinte alqueires, potes que aumentaram de tamanho e que se produziram com a exatidão da forma dos dólios romanos em muitos centros oleiros do Alentejo. No entanto, na Asseiceira, outro vaso de barro, conhecido como a “tarefa” é utilizado na separação do azeite da água-ruça, é pouco conhecido, ignorando-se até que ponto foi insuperável e insubstituível. Nos terrenos circundantes às olarias da Asseiceira, além dos potes e das talhas, era frequente existirem exemplares de “tarefas”, aguardando a têmpera ou endurecimento necessário para a cozedura.
Estas olarias da Asseiceira abasteciam de “tarefas” além dos lagares da própria freguesia, os lagares da Sertã, Pombal, Lousã, Góis e Ponte de Mucela (Vila Nova de Poiares).
A arte de amassar o barro
Em Portugal, os oleiros usam, ainda atualmente, vários processos de amassar barro. Ora o pisam com um calcador para o reduzir a pó, peneiram-o e diluem-o, amassando-o e sovando-o à mão, sobre uma banca de pedra; ora é pisado com os próprios pés depois de diluído e retirado dos tanques onde permaneceu uns dias. É empregado, com por alguns oleiros tradicionais, um aparelho rudimentaríssimo, designado por amassador, ou atafona, moinho, engenho, foca ou maromba.
Herança e Tradição
Após a preparação do barro numa máquina que conta mais de 70 anos de idade, designada de fieira, o barro está pronto a ser moldado lentamente dando corpo às peças pretendidas. Peças de grande e de pequenas dimensões com finalidades distintas.
José Miguel começou com o pai, que por sua vez já havia aprendido com o seu avô, a bonita arte de trabalhar o barro.
In «Regimento dos lagareiros dos lagares de azeite» – document that ruled the workers from olive oil press -, dated 1572, is written that in all the olive oil press should exist pots for olive oil keeping, In documents from the 16th century is made common the use of that “well-belted” vases, as well as clay pots, measuring from 18 to 20 bushels, that increased its sizes during time, and that were produced with the exact form of the roman “dólios”, in many of Alentejo’s potery centers. In Asseiceira, although, other less well known clay vase, named “tarefa”, is used to separate olive oil from the “dirty water”. It’s not known yet by what point “tarefas” were insuperable and irreplaceable.
In Asseiceira’s potterys surrounding areas, besides pots and clay jars, it used to be frequent finding “tarefas”, waiting temper or the harding needed before going to the oven. This local potteries were the suppliers of “tarefas” to the olive oil press of the nearby places, but also to the ones in Sertã, Pombal, Lousã, Góis and Ponte de Mucela (Vila Nova de Poiares).
The art of clay kneading
In Portugal, clay pot wotkers still use today many ways of clay kneading. They can smash it reducing it to dust with a presser, sift it, and then dilute it by mixing with water, being knead and whopped over a stone table. The clay can also be stepped with the workers’ feet after being diluted and removed from the tanks where remained a few days.
A really udimentary tool is used by some traditional pottery workers, named “amassador” – kneading, or “atafona”, “moinho”, “engenho”, “foca” or “maromba”.
Heritage and Tradition
After clay preparing ina more than 70 years old machine, named “fieira” – spinneret, the clay is ready to be slowly molded, giving body to the desired items. They can be big or small, with many different uses.
José Miguel started with his father, that by his way learned from his grandfather, the beatiful art of clay working.
Pote de 100 litros envelhecido Altura: 80 cms Refª: POT03A
Pote de 60 litros Altura: 70 cms Refª: POT04
Suporte 1 Aro 42x56 Ferro 40x8 Refª: SPG00017
Pote de 40 litros Altura: 60 cms Refª: POT05
Pote de 30 litros Altura: 50 cms Refª: POT06
Pote de 20 litros Altura: 45 cms RefÂŞ: POT07
Taça Grande 1 Cinta Altura: 65 cms Diâmetro: 70 cms Refª: TAÇ07
Suporte Caracol 29x55 - Ferro 30x5 Refª: SPG00013
Taça Grande 2 Cintas Altura: 65 cms Diâmetro: 75 cms Refª: TAÇ07
Taça Grande Lisa Altura: 65 cms Diâmetro: 75 cms Refª: TAÇ07
Taça Pequena Altura: 40 cms Diâmetro: 68 cms Refª: TAÇ09
Taça Mini Altura: 30 cms Diâmetro: 50 cms Refª: TAÇ10
Taça Rústica Grande Altura: 75 cms Diâmetro: 60 cms Refª: TAÇ18
Suporte 1 Arro 42x56 Ferro 40x8 Refª: SPG00017
Taça Rústica Pequena Altura: 45 cms Diâmetro: 65 cms Refª: TAÇ20
Taça Rústica Mini Altura: 35 cms Diâmetro: 54 cms Refª: TAÇ22
Taça Lisa Altura: 35 cms Diâmetro: xx cms Refª: TAÇ23
Taça Nova Pequena Altura: 50 cms Diâmetro: 54 cms Refª: TAÇ21
Taça Nova Média Altura: 60 cms Diâmetro: 58 cms Refª: TAÇ24
Taça Nova Grande Altura: 65 cms Diâmetro: 65 cms Refª: TAÇ25
Ânfora Pequena Altura: 80 cms Refª: ANF15
Suporte 1 Aro 37x52 Ferro 40x8 Refª: SPG00018
Ânfora Grande Altura: 110 cms Refª: ANF14
Ânfora Gigante Altura: 130 cms Refª: ANF16
Pote 150 litros p/ vinho Altura: 90 cms RefÂŞ: POT08
Tarefa de Lagar Altura: 95 cms Refª: TARF03
Suporte Tarefa 1 Aro 65x45 - Ferro 40x8 Refª: SPT00043
Vaso Grande Altura: 90 cms Refª: VAS11
Vaso Médio Altura: 75 cms Refª: VAS12
Suporte 1 Aro 37x52 Ferro 40x8 Refª: SPA00018
Vaso Pequeno Altura: 50 cms Refª: VAS13
Púcaro de Resina Altura: 10,5 cms Refª: PCR01
Púcaro de Resina para Parede Altura: 10,5 cms Refª: VSP01
Púcaro de Resina para Suspensão Altura: 10,5 cms Refª: VSP02
Tijolo Romano / Burro 24 x 11 x 5,5 cms Refª: TJR00089
Ladrilho Romano 25 x 13 x 5 cms Refª: LDR00082
Tijolo de Forra 25 x 10 x 5 cms Refª: TJR00080
Telha Portuguesa Comprimento: 49 cms RefÂŞ: TLH01
Vaso Coimbra Pequeno Altura: 35 cms Refª: 33PCB00208
Vaso Coimbra Grande Altura: 50 cms Refª: 33PCB00206
Vaso Coimbra Médio Altura: 44 cms Refª: 33PCB00209
Morangueiro Pequeno Altura: 40 cms Refª: 33MRG00203
Morangueiro Grande Altura: 55 cms Refª: 33MRG00201
Morangueiro Médio Altura: 45 cms Refª: 33MRG00202
Vaso Bola Médio Altura: 30 cms Refª: 33VBC00279
Vaso Bola Grande Altura: 40 cms Refª: 33VBC00278
Vaso Bola Pequeno Altura: 26 cms Refª: 33VBC00280
Suporte 1 aro 20x35 Ferro 25x5 Refª: SPA00021
Suporte 1 aro 42x56 Ferro 40x8 Refª: SPA00017
Suporte 1 aro 37x52 Ferro 40x8 Refª: SPA00018
Suporte 1 aro 40x30 Ferro 30x5 Refª: SPA00041
Suporte Caracol 38x60 Ferro 30x8 Refª: SPC00035
Suporte 1 aro 51x70 Ferro 50x8 Refª: SPA00035
Suporte 1 aro 25x45 Ferro 30x5 Refª: SPA00049
Suporte Caracol 29x55 Ferro 30x5 Refª: SPC00013
Talhas, Herança e Tradição – Olaria, Lda – Casa das Talhas Rua Doutor Aurélio Ribeiro, 35 – 2305-101 Asseiceira (Tomar) Telm: 917 819 807 / 917 604 294 – Tel / Fax: 249 382 064 Site: www.casadastalhas.com / Email: geral@casadastalhas.com Coordenadas GPS: 39 31’18.044”N / 8 24’30.668”W