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Sábado 5 de Dezembro 2015

ENTREVISTA HILÁRIO DE SOUSA

“A Casa do Professor não vive de subsídios”

Págs. 7 a 10

Correio

do Minho.pt DIRECTOR PAULO MONTEIRO | ANO LXXIX SÉRIE VI N.º 9843 DIÁRIO € 0.85 IVA Inc.

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CONCURSO EMPREENDER E INOVAR NA UNIÃO EUROPEIA DESAFIA ESTUDANTES DO CÁVADO E AVE

“É DESTA FORMA QUE SE CONSTRÓI O PROGRESSO”

ROSA SANTOS

Págs. 3 a 6

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BRAGA

CABECEIRAS DE BASTO

Pág. 14

Pág. 17

Crianças mantêm viva Animação de Natal a lenda do milagre transforma concelho da fruta de S. Geraldo num ‘Lugar Mágico’ VILA NOVA DE FAMALICÃO

CAMINHA

População escolhe proposta para o mercado municipal

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VILA VERDE

Centro de Formação Desportiva formalizado ontem em Prado

Pág. 24

AMARES

Município lança projecto para Jogos Olímpicos 2016

S. Silvestre espera cativar 1500 atletas num espírito solidário

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Pág. 27 Publicidade


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Hilário de Sousa

Entrevista

Hilário de Sousa, presidente da Casa do Professor, entrevistado pela Antena Minho e Correio do Minho, sublinha a dimensão nacional da associação que aprofundou a matriz social e solidária que esteve na génese do nascimento da instituição em 1979. A futura ampliação do lar residencial é, por isso, um dos projectos importantes da associação que não vive de subsidios estatais e tem na formação profissional de docentes uma das suas valências de afirmação. FLÁVIO FREITAS

| José Paulo Silva/Rui Alberto Sequeira |

P – A Casa do Professor (CdP) é um projecto único no país. O que o torna tão distintivo uma vez que não estamos a falar de um Ordem profissional nem de um entidade sindical? R – Tem uma dimensão que não têm a maioria das associações em Portugal. É um projecto profissional, ímpar e entusiasmante com 40 colaboradores e 11 mil associados. Em 2009, quando assumi a presidência da direcção deu-se esta alteração ao nível da gestão. A CdP tem conseguido níveis de eficácia assinaláveis do ponto de vista dos seus resultados, quer no plano económico/financeiro, quer do ponto de vista associativo. Não vivemos de subsídios. Vivemos da nossa capacidade de gerar receita, cumprindo o orçamento de forma rigorosa. As questões da profissionalização e da dimensão, o projecto de crescimento que temos vindo a desenvolver desde 2009 - sendo certo que há um trabalho anterior - tem características que a distinguem de uma associação mais comum. A CdP tem sido objecto de apreciações positivas de vários quadrantes que conhecem o nosso trabalho. P – Podemos afirmar que é uma associação nacional? R – A CdP tem dimensão nacional e tem representatividade a nível nacional. O número de associados é significativo apesar da instabilidade gerada junto da classe docente. O número de sócios não aumentou como desejaríamos mas apresenta níveis de crescimento que têm garantido estabilidade. P – A CdP é uma associação de solida-

A CASA DO PROFESSOR NÃO VIVE DE SUBSÍDIOS riedade social, mas tem-se afirmado também no domínio da formação contínua de professores. R – A CdP tem um centro de formação a funcionar há 20 anos e foi precisamente em 2015 que tivemos mais professores certificados em todo o país, quase 8 mil. Fizemos 36 acções de formação em 18 cidades. Estivemos duas vezes no Funchal. Esta valência faz da CdP o maior centro de formação contínua de professores do país. P – Há muita procura por parte dos docentes? R – A procura tem de ser estimulada. Infelizmente os professores não têm o apoio que deveriam por parte das entidades competentes no sentido de lhes proporcionarem formação gratuita. Encontrámos mecanismos para o fazer. P – Não sendo a CdP financiada pelo Estado ou fundos comunitários, como é que consegue fazer essa formação gratuita para os professores? R – Com criatividade, envolvendo parceiros estratégicos que tenham uma identificação com a escola, com a educação,

com preocupações similares às nossas. Unimos esforços e apoiamos a realização de formação gratuita. Estou a referir-me a este programa que tem sido desenvolvido por nós a nível nacional e quer vai prosseguir em 2016. P – Com condições para crescer? R – Tem condições para crescer, mas não no modelo actual. Com financiamentos comunitários que se perspectivam e também porque incrementámos uma política mais abrangente do público a quem queremos chegar. Vamos assinar um protocolo com a organização dos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo e com as escolas profissionais a nível nacional para alargar a formação de professores de molde a continuarmos a crescer. Contratámos um gestor de formação e autonomizámos a formação do ponto de vista orgânico para criar uma maior dinâmica na formação profissional de docentes. P – A CdP vai ao encontro dos professores no país para dar a formação contínua? R – Essa é uma das dimensões da nossa actuação. Mas também temos a formação

organizada por nós e dada nas nossas instalações. P – No passado havia um foco da CdP na formação de alunos, de apoio ao estudo e emalguma investigação publicada sobre questões pedagógicas... R – Tivemos em determinado momento a funcionar com grande dinamismo as Edições Casa do Professor. Fomos pioneiros na abordagem da educação para a sexualidade nas escolas. O mercado do livro alterou-se nos últimos anos e deixámos de ter capacidade para considerar esse sector como estratégico. Iremos ter uma nova dinâmica nesse âmbito, na concepção e partilha de materiais pedagógicos/didácticos a partir de uma plataforma informática que estamos a desenvolver. P – O que é que poderá, concretamente, mudar em 2016 na formação contínua de professores? R – O que vai mudar é a possibilidade desse projecto ser financiado e, dessa forma, continuarmos a oferecer formação, não numa lógica exclusiva de parcerias, mas fazer mais formação e mobilizar mais professores.


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Entrevista ? 5 de Dezembro 2015 correiodominho.pt

Hilário de Sousa

FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO P – O programa Portugal 2020 abre boas perspectivas nessa matéria? R – Abre expectativas de que a formação profissional possa vir a ser financiada. Mas é importante sublinhar que temos um projecto estratégico que assenta em outros pilares no que diz respeito à definição do nosso plano de formação. O plano passa, além do regime jurídico da formação contínua professores, por aquelas que são as perspectivas de desenvolvimento do próprio currículo, as necessidades dos docentes a partir de um diagnóstico muito apoiado que nós temos vindo a consolidar ao longo do tempo porque temos um contacto muito regular com os professores. A CdP pretende fazer em Braga, em Outubro de 2016, uma conferência internacional dedicada à temática da escola, da aprendizagem, da sociedade do conhecimento. Queremos que a conferência contribua – vai ter especialistas de outros países – com orientações muito importantes para redefinir o nosso próprio projecto de formação contínua de professores. P – O trabalho desenvolvido na área da formação de professores faz da CdP um parceiro escutado pelas entidades oficiais, o Ministério da Educação em concreto? R - Confesso que não temos uma relação próxima e sistemática com o Ministério. Sabem que temos uma importância muito grande nessa área. Dos contactos que tivemos nunca senti que existisse um projecto estratégico que pudesse integrar, ao nível da formação contínua, a CdP. O problema aqui é a inexistência de um apoio, de uma política orientada para a formação contínua de professores. O que é pena porque a OCDE aponta a formação continua como um dos maiores desafios das políticas educativas para 2015. O que temos assistido é a um desinvestimento total nos últimos anos por parte das entidades competentes. Mas isto não é um lamento porque a CdP tem desenvolvido o seu trabalho contando consigo e com quem quer estar connosco. P – Há uma relação próxima da CdP com a Universidade do Minhoo e o Instituto da Educação que também trabalham na formação de docentes? R – As duas instituições têm um papel relevante ao nível da formação inicial de professores, mas, modéstia à parte, não

Queremos ser uma entidade presente na comunidade, com uma força cada vez maior, evidenciando esta capacidade que temos de mobilização. Por isso a orientação da nossa gestão de estabelecermos parcerias.”

creio que tenham um programa como a CdP no domínio da formação contínua. O Instituto da Educação é nosso parceiro, temos um enorme respeito pelo trabalho que desenvolvem e cooperamos em diversas áreas, mas não ao nível da formação contínua de professores. Nesse campo não temos em Braga nenhum parceiro que tenha cooperado connosco de forma sistemática. P – A CdP nasceu como um projecto solidário e de respostas sociais para os professores aposentados. É uma valência que continua a ser uma forte aposta da direcção?. R - Não nos desviámos daquela que é a matriz estatutária e a missão da CdP. Em 1979, quando surgiu inicialmente como Casa do Professor Primário, veio colmatar uma lacuna que era a de algum isolamento dos professores que se sentiam entregues a si próprios com imensas carências sociais. Foi criada a partir uma dinâmica muito interessante que nós mantivemos e acrescentámos. O lar residencial e, recentemente, o serviço de apoio domiciliário, são as duas grandes respostas que temos para professores aposentados e familiares directos. Gostávamos de continuar a crescer. P - Há procura para o lar residencial? A capacidade de resposta desta valência está esgotada? R - Esgotada, sim! A procura é muita. A qualidade do nosso lar é conhecida. O conceito é totalmente diferente do conceito convencional de lar residencial. A CdP é nesta área absolutamente distintiva pelo conceito e pela qualidade dos serviços. P - Existem condições no local para uma ampliação desse equipamento? R - Há condições sob o ponto de vista físico e da vontade das pessoas e das entidades com quem temos de negociar para podermos concretizar este objectivo. Existem dificuldades processuais que não estão ao nosso alcance ultrapassar e temos de saber lidar com elas da melhor forma. P - Estão à espera de financiamento público para o projecto de ampliação da estrutura residencial? R - Não estamos à espera de financiamento. É verdade que esse também pode

ser um projecto apoiado no âmbito do programa comunitário Portugal 2020, mas não estamos à espera desse dinheiro para avançar. P - Sendo um dos projectos que o levou a recandidatar-se ao terceiro mandado como presidente da CdP, espera terminá-lo nos próximos três anos? R - Receio que as minhas palavras reflitam mais o anseio do que a concretização efectiva. Não quero gerar expectativas. Se algo não correr conforme desejamos, não é por incapacidade da CdP, nem por falta de vontade ou de trabalho. P - O que é que impede o avanço imediato da ampliação do lar residencial?

R - São matérias administrativas e burocráticas que têm a ver com os proprietários dos terrenos. P - O objectivo passa por ampliar o existente ou fazer um lar de raiz em outro local é uma hipótese em cima da mesa? R -É uma possibilidade, mas não é a primeira prioridade. Temos de rentabilizar a estrutura de custos que temos neste momento na CdP. P - Quantos utentes tem o lar actualmente? R - Tem 28, com capacidade para 33 pessoas. A ampliação aponta para mais oito a dez quartos numa primeira fase.


? Entrevista correiodominho.pt 5 de Dezembro 2015

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Hilário de Sousa

"Já fizemos sentir ao poder politico a necessidade de atender à dicotomia entre empresas lucrativas e entidades não lucrativas. Olhar de outra forma para as empresas sociais, conferindo-lhes uma regulamentação que permita ter um quadro de actuação muito mais sustentável do que temos hoje enquanto associação social". ses da Economia Social, que tem a ver com a criação de empresas sociais. Nós somos uma associação em que os resultados que contribuem para o equilíbrio da gestão da instituição revertem directamente para os associados no sentido de melhorar as condições que lhes proporcionamos. Se houvesse um desenvolvimento da regulamentação dessa Lei de Bases no que diz respeito à criação de instrumentos jurídicos, de mecanismos de financiamento e, muito em particular, à questão fiscal, isso ia dar-nos-ia um outro conforto para sermos muito mais intervenientes no sector social. P - A matéria fiscal é penalizadora? R - Há uma elevada carga fiscal. A TSU é muito elevada no sector não lucrativo como é o nosso caso. Há custos sobre o trabalho no sector social que são elevadíssimos. Veria com bons olhos que estivesse indexada uma redução dos custos do trabalho ao aumento do investimento e do emprego.

FLÁVIO FREITAS

P - Quando diz que o lar residencial da CdP é distintivo em relação a outros equipamentos do género refere-se a que aspectos? R - É pertinente essa pergunta. Os professores que estão neste momento na estrutura residencial da CdP têm espaço reservado que corresponde aos seus quartos. Mas os outros espaços são de grande dinâmica intergeracional. Temos uma agenda cultural, a ‘Claraboia’, com muitas actividades programadas ao longo do ano, não só para os utentes do lar mas para toda a comunidade. Outro aspecto que contribui para que o lar seja distinto de muitos outros é o facto de o nosso restaurante estar aberto ao público.

P - E é muito frequentado? R - Tem muita frequência. Aliás, foi a área que mais cresceu nos últimos dois anos em termos relativos. Os utentes do nosso lar estão em permanente contacto com outras pessoas que se deslocam aos nossos espaços. Pessoas de todas as idades, inclusivé crianças. Nós temos uma Academia de Música. P - Este modo de funcionamento de alguma forma impede a CdP de aceder a financiamento público para estas valências? R - Crescemos de forma sustentada com os recursos que somos capazes de gerar. Não somos subsídio-dependentes, o que nos dá uma grande margem de autono-

mia, desde logo para manter a nossa fidelidade estatutária. A maioria das associações que eu conheço têm uma lógica de funcionamento muito assente no voluntariado. Nós decidimos profissionalizar para que dessa forma pudéssemos conseguir uma outra solidez financeira. Foi efectuado um enorme investimento em 2006, quando requalificámos a sede na Avenida Central, e que é o suporte do nosso crescimento. A responsabilidade em relação às entidades que nos financiaram é grande; já foi maior; mas tornou-se necessário pegar no projecto de uma forma profissional e esse é um dos segredos. Não temos ainda um quadro legislativo em Portugal que nos permita ter a segurança, a solidez que desejávamos. Saiu em 2013 a Lei de Ba-

P - A CdP vive da quotização dos sócios? R - A CdP vive dos sócios. A quotização é importante, não é alterada há muitos anos e não é previsível que tal venha a suceder. P – Quais são as formas de financiamento da CdP? R – Aumentámos o número de associados, reforçámos a nossa credibilidade e por isso temos parceiros estratégicos que olham para nós numa vertente comercial mas também social. A CdP tem prestigio e tem encontrado em todo o país parceiros de dimensão social que querem trabalhar connosco. Temos cerca de uma centena de parcerias. As fatias do nosso orçamento que são relevantes é o lar, a formação profissional e o restaurante.


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Braga ? 5 de Dezembro 2015 correiodominho.pt

Hilário de Sousa

“Espero que o novo ministro da Educação olhe para o sector à luz dos bons exemplos que existem na Europa, nomeadamente na Polónia. É fundamental apostar na formação de professores, na autonomia das escolas, na descentralização, tendo como prioridade absoluta o aluno. Espero que haja essa sensibilidade.”

A TSU É MUITO ELEVADA NO SECTOR SOCIAL NÃO LUCRATIVO

P – Um projecto recente da CdP é a Academia de Música. R – Nasceu há dois anos, mas sofreu uma reorientação da oferta formativa este ano lectivo. A Academia de Música cumpre o propósito de nós termos uma valência âncora para um público jovem. A Academia é uma escola do ensino artístico tutelada pela CdP que pretende desenvolver as capacidades musicais e humanas. O projecto que tem como director artístico e pedagógico o professor Artur Caldeira, assenta numa equipa de docentes com um perfil habilitado para que pudesse ter continuidade no ingresso posterior numa escola que tenha paralelismo pedagógico. Neste momento estamos focados nos alunos do 1ºciclo, com o curso preparatório de música, que segue um plano de estudos igual aquele que é o plano de estudos de uma entidade que tenha paralelismo pedagógico, que nós não temos. Quisemos preparar-nos para dentro de dois, três anos sermos reconhecidos como uma escola de ensino artístico com paralelismo pedagógico. Temos o curso preparatório de música, o curso básico, cursos livres e temos um curso de instrumentos tradicio-

“A CdP sente-se confortável com a não dependência do Estado. Temos de olhar para nosso projecto numa lógica de autosustentabilidade, acreditando no potencial dos professores e dos nossos sócios.” táculo em Fevereiro, por altura do nosso aniversário, e um concerto em Maio. São dois momentos em que pretendemos reforçar o fundo solidário para o projecto. P – Estão a ser apoiados muitos jovens estudantes? R – Perto de uma centena e meia. São estudantes que frequentam a escola pública. A ideia é criar uma situação de igualdade de oportunidades e de inclusão. Há uma dimensão do projecto que assenta muito nas parcerias que temos. Esses parceiros no âmbito da responsabilidade social, que também têm nos seus projectos, acabam por também a apoiar a CdP, disponibilizando serviços, nomeadamente na área da saúde. Há imensas carências nessa área por parte dos nossos alunos. P – As parcerias têm um papel importante na estratégia da CdP? R – Tratou-se uma orientação estratégica desta gestão desde o início. Entendemos que o crescimento da CdP deveria apoiar-se junto de parceiros que pudessem ter uma presença nacional, até por uma questão de visibilidade da nossa instituição e do trabalho que desenvolvemos. São parceiros que estão em áreas estratégicas como os serviços, e que para nós são fundamentais porque desoneram de forma significativa o orçamento dos nossos associados e dos seus familiares directos.

FLÁVIO FREITAS

§Perfil HILARIO COUTINHO DE SOUSA é, desde 2009, o presidente da direcção da Casa do Professor. Inspector do Ensino Superior e Ciência, é Mestre em Educação pela Universidade do Minho. Foi professor no ensino secundário e profissional, orientador do estágio de Latim da Faculdade de Filosofia em Braga e presidente do Conselho Directivo, Pedagógico e Administrativo da Escola Secundária de Amares. Em Novembro de 2011, assumiu o cargo de membro da direcção da ASDPESO, entidade titular do Colégio João Paulo II, Braga.

nais. P - ‘Novelos de Afectos - Meadas de Partilha’ é um projecto solidário desenvolvido pela CdP, orientado para apoiar estudantes com dificuldades. Qual é a avaliação que faz três anos depois? R – Tem estado a evoluir e é muito acarinhado por nós. Entendemos que é fundamental que os alunos se sintam devidamente integrados no contexto escolar com questões básicas do dia-a-dia resolvidas para estarem mais predispostos para aprender. Há a intenção de ajudar os professores a ter alunos com mais disponibilidade para aprender, permitindo a realização profissional dos docentes e o sucesso dos estudantes, que não é só escolar mas também de inclusão. Estamos presentemente nos agrupamento de Escolas Francisco Sanches, de Maximinos e de Celeirós. Prevemos, em 2016, concretizar duas iniciativas solidárias: um espe-

P – Como é que a CdP se posiciona em relação aos docentes que estão desempregados? R – É sempre com angústia que falo de docentes desempregados, porque se trata de um grupo de profissionais que apostou na docência por vocação e que poderá nunca vir a dar aulas. Admito que tenham de redireccionar o seu percurso profissional. O Gabinete de Apoio ao Professor tem a atribuição de ajudar os docentes desempregados a encontrar soluções de empregabilidade em outras áreas. P – O projecto ‘Clarabóia’ que existe desde 2010 é uma agenda cultural para a cidade de Braga e para a região? R – Conhecimento, Educação e Cultura são três pilares da intervenção da CdP. A ‘Clarabóia’ tem a capacidade de levar à prática um conjunto diversificado de iniciativas gratuitas de índole cultural na área do cinema, da música, da escrita e leitura. Temos ainda as tertúlias de reflexão dedicadas á educação. A festa de Natal do filho do professor é uma das iniciativas marcadas para este mês e que vai decorrer nas nossas instalações.


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