A trajetória recente do Rio de Janeiro é reconhecidamente positiva. Após décadas de dificuldades, vivemos um momento de recuperação da capacidade de ação pública, revitalização econômica e formação de novas convergências em favor de uma sociedade mais justa e integrada, com o surgimento de novos atores sociais e políticos impulsionando esta visão. Há no entanto muito por avançar, com a maior parte do processo ainda por construir. A extensão da desigualdade persistente em qualquer aspecto que se olhe – renda, educação, saúde, segurança, moradia, infraestrutura e serviços urbanos – não permite fazer da celebração dos passos recentes mais do que combustível para o vasto e complexo percurso à frente. Os ganhos setoriais na ação governamental e a ampliação de forças na sociedade civil ainda anseiam por avanços no cotidiano da vida democrática – transparência e participação social nas decisões públicas, valorização dos parlamentos, ampliação dos canais de colaboração entre o poder público e a sociedade. A distância em relação à universalidade no acesso a direitos e bens públicos, na cidade, na região metropolitana e no estado, indo além de conquistas localizadas, dá a medida do quanto apenas iniciou-‐se a construção de uma existência coletiva digna da que devemos ambicionar. A Associação Casa Fluminense propõe-‐se a ser um novo ponto de encontro e ação coletiva em face desses desafios. Formada em fevereiro de 2013 como espaço de rede reunindo pessoas de todo o Rio identificadas com eles, busca fomentar a proposição de políticas direcionadas à promoção de igualdade e o aprofundamento democrático no Rio de Janeiro e a extensão plena delas a toda a sua "cidade metropolitana" e às demais regiões do estado.
Missão Fomentar a ampliação da esfera pública e a elaboração e sustentação de políticas para a promoção de igualdade, o aprofundamento democrático e o desenvolvimento sustentável em toda a cidade metropolitana e o estado do Rio de Janeiro.
Atividades Para cumprir sua missão, a Casa atuará como espaço comum de seus associados para a soma de esforços em três frentes: • Formação e debate, por meio de cursos, encontros e grupos temáticos, com o envolvimento de lideranças e agentes sociais de todo o Rio, ampliando os canais de construção pública democrática na cidade, metrópole e estado. • Monitoramento de políticas, com foco no acompanhamento de investimentos públicos e de programas específicos, à luz dos objetivos de equidade, respeito a direitos e transparência na ação governamental. • Elaboração de propostas voltadas à superação de desafios prioritários na agenda pública fluminense, reunindo o acúmulo das atividades anteriores e conduzindo iniciativas específicas de formulação coletiva. Na realização dessas ações, a Casa busca também a expansão contínua da sua rede de associados, incorporando sempre novos atores de segmentos e regiões variadas da região metropolitana e do estado, unidos pela agenda comum. Combinando este esforço com a atuação cotidiana, realiza assim o objetivo de estabelecer-‐se como plataforma coletiva para a expansão das conquistas sociais e políticas em todo o Rio.
Organização Formada por pessoas identificadas amplamente com a construção pública inclusiva e democratizante no Rio, a Casa Fluminense funciona de maneira genuinamente associativa, oferecendo uma base comum para a articulação dos esforços de seus integrantes e trazendo para dentro de si a vocação participativa e descentralizadora que motiva a sua existência. Com este propósito, a Casa está aberta à associação e envolvimento de todos e todas que compartilham de suas aspirações, somando-‐se ao entusiasmo de convertê-‐las em ação informada e realizadora. Seus associados participam do estabelecimento de prioridades e do planejamento das atividades da Casa, e atuam na execução de projetos e ações específicos a partir de suas vocações e respectivos espaços de atuação. Da mesma forma, eles também são co-‐responsáveis pela sustentação da Casa como espaço comum, contribuindo também periodicamente com recursos e apoiando a promoção de campanhas de doações de outros apoiadores e parceiros. Assim, e sempre perseguindo o objetivo de envolver continuamente novas pessoas de verdadeiramente todo o Rio, a Casa contribui para a multiplicação dos laços entre agentes comprometidos com a atuação cidadã em todo o seu território.
Funcionamento Constituída formalmente em fevereiro de 2013, a Casa Fluminense encontra-‐se ao longo deste ano em fase inicial de funcionamento e atuação. Neste período, a Casa conta com seu núcleo executivo abrigado no ISER, provendo a base física e os recursos necessários para as atividades até a conformação institucional definitiva. Um conselho diretor formado no momento da constituição é responsável pela
condução desta etapa, articulando esforços de associados e parceiros em duas frentes. A primeira delas concentra as ações de planejamento e estruturação institucionais, com o detalhamento de focos, projetos e modos de atuação e a construção de novas parcerias para a implantação integral das atividades propostas. Como parte deste ciclo inicial, um campanha aberta de novas associações e arrecadação de recursos materializa também a vocação colaborativa da Casa e contribui para a mobilização dos recursos necessários para o seu funcionamento regular. Na segunda frente, a Casa desenvolve também ao longo deste ano a sua primeira ação pública com a formação coletiva da "Agenda Rio 2017", mobilizando vozes de toda a cidade, metrópole e estado para a formulação de propostas na direção do Rio que queremos, indo além dos grandes eventos nos próximos anos. Nos próximos meses, buscaremos reunir respostas para o que precisa haver neste Rio, do "depois de 16", e o que não está sendo feito hoje para construí-‐lo, em depoimentos de pessoas diversas e uma série de encontros temáticos distribuídos pela região metropolitana. A formação compartilhada da agenda, agregando visões e propostas como fruto deste processo, materializará a contribuição inicial da Casa à construção pública no Rio e oferecerá a base para sua atuação permanente de monitoramento, debate e proposição de políticas para uma existência comum mais igual, democrática e sustentada.
Associados Conselho de Constituição Dudu de Morro Agudo Eduardo Alves Eliana Silva José Marcelo Zacchi Marcus Vinicius Faustini Maria Abreu
Mariana Cavalcanti Miguel Lago Pedro Strozenberg Valéria Pero Associados Alberto Strozenberg Alex Armenio Alexandre Damascena Ana Beatriz Duarte Anabela Paiva Armando Gamboa Bruna Cardoso Ribeiro Catherine Osborn Cecília Olliveira Charles Siqueira Christina Fontainha Damian Platt Daniela Fichino Daniela Mothci Dudu de Morro Agudo Ecio Salles Eduardo Alves Eliana Silva Felipe Magalhães Lins Fernanda Erlea Gabriel Barbosa Gabriela Prestes Gabriela Mayall Gustavo Noronha Henrique Silveira Igor Pantoja Ilana Strozenberg Isabel Coelho Joana Fontoura José Marcelo Zacchi Julia Michaels
Leilah Landim Maíra Acioli Manuel Thedim Marcella de Carvalho Marcus Vinicius Faustini Maria Abreu Maria Isabel Macdowell Couto Maria Pandolfi Guerreiro Mariana Cavalcanti Mariana Reade Marielle Franco Miguel Lago Natália Fazzioni Paula Martini Pedro Gerolimich Pedro Strozenberg Rafael Silva Rita Lamy Rodrigo Nogueira de Carvalho Ronaldo Lemos Samuel Lima Silvia Ramos Suzana Mattos Thales Vieira Theresa Williamson Valéria Pero Vanessa Cortes Vinícius Gentil