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BOM DIA... LEÔNIDAS

BOM DIA... LEÔNIDAS!

É cedinho da manhã e estou a jardinar. O fresco ar primaveril não demora tornar-se-á mais ameno, à medida que, o sol for se erguendo e a natureza se aquecerá.

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Meu pequeno jardim ainda está sob a sombra de dois frondosos jambolões, que são como guardiões, localizados como estão, a poucos metros do portão.

Ponho a máquina a funcionar, e logo nos primeiros lances do corte da verdejante grama exala o cheiro característico, vai ao ar e parece que chama o Leônidas a me acompanhar.

Desce da copa da árvore, onde mora com a família e na minha volta fica a andar. Tem comigo uma proximidade, não lhe mete medo o zumbido da máquina em célere atividade.

Marcos Costa Filho 46

Dou-lhe Bom dia!... Ele mudo, caminha rápido, cabeça a balançar, sempre coordenando a passada, em seu movimento, como a entender tudo, que aceito como se estivesse a conversar e registro como retorno, uma resposta dada.

Muito ágil vai em bicadas certeiras a recolher o que lhe fica à vista em meio aos fragmentos de grama, com certeza, um alimento facilitado pelo meu trabalho e por ele aproveitado.

Em dado momento, fico a invejá-lo. Farto, talvez, ou por necessidade de levar alimento aos seus filhotes, ele alça voo, o máximo da liberdade. Invejo, sim, seu modo de locomoção!

Vai e volta... vai e volta... várias vezes, a bicar novos lances de grama cortada. É uma bela companhia, prazerosa. Discreto, me ouve sem contra verso. Assim é Leônidas, o lindo sabiá, meu vizinho, morador do jambolão.

Miscelânea Poética

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