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SANTA INVEJA
SANTA INVEJA
Não há uma folha no chão para contar a história, caíram e o vento as levou para não fixar a memória do tempo... que faz pouco tempo quando foi primavera e verão.
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Na linda Avenida Portugal as árvores exibem seus galhos nus e ao vê-los assim despidos penso: será que estão arrependidos? Lá estão, sem sua verde cobertura a se olharem sem perder a compostura, pois estão iguais, então, isto é normal.
Mesmo assim as árvores despidas deixam a Avenida de bela aparência pois lhes assiste a natureza e com capricho lhes acomoda um jeito de ser e estar na moda... A moda inverno. E, até desfolhadas, com certeza, ai está o tom da beleza.
Em meio a elas, em caminhada, sentindo entre uma e outra a carícia da fria brisa, no dia ensolarado, todas elas podem sentirem-se invejadas
Marcos Costa Filho 58
por mim a caminhar em meu inverno, sem retorno aos meus verdes anos, sabendo minha primavera longe, fugidia, enquanto na delas o vigor é retornado e lhes repõem o viço, recupera os danos!
Miscelânea Poética