Administração de Medicamentos em Neonatologia

Page 1

CARTILHA 10SET2012.indd 1

12/09/13 09:59


FICHA CATALOGRÁFICA C376a

Cavalcante, Drielle Souza. Administração de medicamentos em neonatologia / Drielle Souza Cavalcante, Géssica Borges Vieira. - Brasília:[s.n],2012 65f.: il. Orientador: Casandra G. R. M. Ponce de Leon, Laiane Medeiros Ribeiro. Projeto de Iniciação Científica (Curso de Enfermagem) – Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia

1. Ferramenta educativa. 2. Enfermagem. 3. Medicamentos. I.Cavalcante, Drielle Souza. II. Vieira, Géssica Borges. III.Universidade de Brasília.Faculdade de Ceilândia. IV.Aministração de Medicamento em Neonatologia. CDU – 615.03

Realização:

Elaboração de Texto e Tabela Drielle Souza Cavalcante Géssica Borges Vieira Casandra G. R. Martins Ponce de Leon Laiane Medeiros Ribeiro Colaboração: Luciana Batista de Mesquita Regina de Souza Barros

Direção de Arte: Américo de Brito | A7

CARTILHA 10SET2012.indd 2

12/09/13 09:59


Hospital Regional de Ceilândia Núcleo de Educação Permanente Universidade de Brasília – Faculdade de Ceilândia

Administração de Medicamentos em Neonatologia

Ceilândia – DF | 2012

3

CARTILHA 10SET2012.indd 3

12/09/13 09:59


O QUE VOCÊ VAI VER NA CARTILHA I - ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM NEONATOLOGIA

05

II - ETAPAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 2.1. Absorção 2.2. Distribuição 2.3. Eliminação

08 08 09 09

III - VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 3.1. Intravenosa (IV) 3.2. Intramuscular (IM) 3.3. Subcutâneo (SC) e Intradérmica (ID) 3.4. Oral

10 10 14 15 16

IV - CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 4.1. Determinação da dose certa 4.2. Administração de líquidos 4.3. Cálculo de gotejamento 4.4. Cálculo: aumento da concentração de glicose no soro 4.5. Cálculo de infusões medicamentosas contínuas

18 18 21 22 22 23

V - AÇÕES NÃO-FARMACOLÓGICAS PARA ALÍVIO DA DOR

24

VI - PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA UTIneo

27

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

57

4

CARTILHA 10SET2012.indd 4

12/09/13 09:59


I - ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM NEONATOS

Quando se fala em administração de medicamentos em neonatologia é preciso ter conhecimento das particularidades fisiológicas dos recém–nascidos, assim como a consciência de que o cuidado a estes pequenos seres envolve a capacitação contínua do profissional de enfermagem1,2. A medicação tem o objetivo de produzir uma reação efetiva para a atividade terapêutica desejada. Nos neonatos algumas variáveis influenciam neste objetivo, pois contribuem para a definição da dose da medicação. 5

CARTILHA 10SET2012.indd 5

12/09/13 09:59


O peso, por exemplo, altera nos primeiros dias de vida e 10 a 20% de mudança já indicam ajuste da dose2. Outros fatores que influenciam a dosagem são: superfície e composição corporal; enfermidade; maturidade dos órgãos envolvidos na metabolização, absorção e eliminação dos medicamentos. Quando estes itens não são levados em consideração, pode-se afetar a farmacodinâmica (ação do medicamento em nível celular) e a farmacocinética (mobilização dos medicamentos pelo corpo por meio da absorção, distribuição, eliminação) da droga, e a administração de medicamentos torna-se insegura e imprecisa1,2. Sendo assim, é importante observar alguns pontos para que a administração seja efetuada de forma segura, estes pontos compõem os oito acertos da administração de medicação e estão dispostos a seguir1: 1 - Medicamento certo: Entender a ação e efeitos do medicamento, certificar-se de que o medicamento fornecido é, de fato, o que foi prescrito, assim como a data de validade. 2 - Paciente certo: Sempre confirmar a identidade do recém-nascido antes do preparo e administração. 3 - Hora certa: Administrar dentro de 20 a 30 min do horário prescrito e no caso de medicações (SOS) verificar quando foi administrada a última dose para não incorrer em volumes maiores do que a concentração recomendada. 6

CARTILHA 10SET2012.indd 6

12/09/13 09:59


4 - Via de administração certa: Seguir a prescrição verificando se a via prescrita é a mais segura e eficaz para a criança. 5 - Dose certa: Calcular a dose recomendada conforme o peso da criança, conversar com a equipe médica caso ocorra uma discordância em relação à posologia indicada (prescrição). 6 - Documentação certa: Evoluir ou checar sempre que necessário, assim como, a recusa dos medicamentos. 7 - Razão certa: É importante confirmar a justificativa para a medicação ordenada; qual a história do paciente e atentar para o uso prolongado dos medicamentos. 8 - Resposta certa: Assegurar que a medicação teve o efeito desejado. Certifique-se de documentar as intervenções de enfermagem realizadas.

7

CARTILHA 10SET2012.indd 7

12/09/13 09:59


II - ETAPAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS A administração de medicamentos é um procedimento que requer conhecimentos de farmacologia relacionados ao tipo da droga, mecanismos de ação, excreção, atuação nos sistemas orgânicos, além do conhecimento dos efeitos adversos, que podem ser de grandes proporções5. Algumas etapas estão envolvidas neste processo e os profissionais de enfermagem devem conhecer suas peculiaridades a fim de prevenir erros que coloquem em risco a vida do cliente, são elas: absorção, distribuição e eliminação5. Falaremos destas, resumidamente, em seguida. 2.1. Absorção Transferência da droga do local de administração para a corrente sanguínea, a taxa de absorção depende do local onde a droga foi administrada1,2. Em neonatos, a absorção dos medicamentos administrados por via intravenosa é imediata. Por via intramuscular a quantidade de massa muscular, o tônus e a perfusão dos músculos, além da instabilidade vasomotora também são determinantes, assim como a baixa perfusão por via subcutânea. A via oral é afetada pela motilidade intestinal acelerada, maior superfície do intestino delgado, pH alto, níveis baixos de lipase e amilase1,2. 8

CARTILHA 10SET2012.indd 8

12/09/13 09:59


2.2. Distribuição Refere-se à transferência do medicamento do sangue para os espaços intersticiais e depois para as células1. Na circulação, as drogas podem estar livres (quando não estão ligadas a proteínas) ou ligadas (quando estão ligadas ao tecido ou a proteína plasmática). Somente as drogas livres produzem seu efeito terapêutico2. Drogas com características similares competem pelos mesmos sítios de ligação, o que produz alteração na absorção e ação terapêutica. A administração de sangue e derivados, presença de bilirrubina e algumas drogas também alteram a capacidade de ligação à proteína plasmática provocando um aumento na porcentagem de droga livre2. Nos prematuros, a quantidade de proteína plasmática disponível é diminuída e de baixa afinidade de ligação, como consequência, mesmo em doses terapêuticas a droga pode provocar toxicidade pela quantidade livre1,2. 2.3. Eliminação Envolve o processo de metabolização (modificação realizada pelo fígado) e excreção (eliminação da droga, principalmente realizada pelo rim)2. O metabolismo dos medicamentos é alterado pela diferente produção das enzimas hepáticas e alta taxa metabólica. A imaturidade renal até aos dois anos de vida altera o fluxo sanguíneo nos rins, a filtração glomerular e a secreção tubular ativa, o que prolonga o tempo de permanência do medicamento no organismo potencializando a toxicidade dos medicamentos excretados pelo rim1. 9

CARTILHA 10SET2012.indd 9

12/09/13 09:59


III - VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 3.1. Intravenosa (IV) ou Endovenosa

Esta via é utilizada quando se deseja uma resposta rápida ao medicamento ou quando está impossibilitada a utilização das outras vias por doença ou condição do neonato. Requer um acesso venoso periférico ou central, que deve ser observado, pois as veias das crianças são finas e facilmente irritáveis1. 10

CARTILHA 10SET2012.indd 10

12/09/13 09:59


A superdosagem ou toxicidade são riscos, pois nesta via de administração a ação do medicamento acontece de forma rápida, portanto o conhecimento quanto ao medicamento, à quantidade a ser administrada, à osmolaridade e pH, à diluição mínima do medicamento, ao tipo de solução para diluição ou infusão, ao tempo e à taxa de infusão (apenas algumas drogas tem indicação de serem administradas rapidamente (0,5ml/Kg/ min), à capacidade de volume dos tubos IV e à compatibilidade entre as várias soluções e os medicamentos, são imprescindíveis1,2. O uso de bomba de infusão garante precisão do volume na administração IV. A administração direta é utilizada em emergências quando se pretende alcançar rapidamente níveis sanguíneos terapêuticos. Na administração direta o medicamento deve ser devidamente diluído e aplicado a uma velocidade específica. Deve-se ter cuidado com a incompatibilidade de medicamentos aplicados seguidamente, por isso o equipo deve ser lavado, com solução fisiológica, entre uma medicação e outra1. A velocidade de infusão específica é utilizada geralmente para nefrotóxicos e ototóxicos ou medicamentos que podem causar parada cardíaca, e a endovenosa contínua é utilizada para hidratação, soluções glicosadas, eletrolíticas, nutrição parenteral ou medicamentos como dobutamina, dopamina, entre outros2. Nas injeções, para evitar o desconforto e dor da criança, um anestésico tópico pode ser aplicado no local1. Também 11

CARTILHA 10SET2012.indd 11

12/09/13 09:59


se pode recorrer ao uso de intervenções não farmacológicas como a Sucção não Nutritiva, o método canguru, colocar no colo ou mesmo a amamentação, caso o neonato tenha condições de sugar ao seio materno. 12 ,13 Para administração de medicamentos IV por períodos curtos ou longos podem ser utilizados vários locais, dispositivos e equipamentos1. As veias de acesso podem ser centrais ou periféricas. Os locais de preferência para acesso periférico são: mãos, pés, antebraços. Em lactentes de até 9 meses também são utilizadas veias do couro cabeludo pois são fáceis de localizar e estão cobertas apenas por uma fina camada de tecido subcutâneo. Estas veias não possuem valvas, então o dispositivo pode ser introduzido nas duas direções com preferência para a direção do fluxo sanguíneo e são utilizadas, geralmente, quando as outras veias periféricas estão inacessíveis1. O tratamento IV central (também conhecido como PICC) requer uma veia calibrosa: subclávia, femoral, jugular ou veia cava. O dispositivo é colocado cirurgicamente ou por via percutânea1. O PICC – cateter central de inserção periférica - é um dispositivo de inserção periférica com localização central; os principais locais de escolha para sua inserção em membros superiores são as veias basílica, cefálica e braquial, o cateter é introduzo nestes locais até atingir a veia cava superior. Seu material é bio e hemocompatível e menos trombogênico possibilitando sua permanência por longos períodos (até seis meses) para administração de antibióticos, analgésicos, 12

CARTILHA 10SET2012.indd 12

12/09/13 09:59


nutrição parenteral, quimioterapia e transfusões sanguíneas. É a primeira escolha para acesso central após o cateterismo umbilical6. A veia e artéria umbilical geralmente são utilizadas nos primeiros dias depois do nascimento para hidratação venosa e coleta de sangue. Estas vias devem ser heparinizadas para prevenir a formação de coágulos ao longo do cateter; isso é feito adicionando-se heparina (0,5 a 1U de heparina por ml da solução parenteral) de acordo com o peso1, 2. O extravasamento de solução endovenosa para fora do vaso causa irritação, isquemia e destruição do tecido com necrose e pode ocorrer por vários motivos: má perfusão periférica, falta de observação do local, não interrupção da infusão imediatamente após a observação de sinais de irritação, flebite, edema local, diminuição da perfusão local, esfriamento da extremidade afetada, alteração da coloração da pele, formação de bolhas no local. O tratamento recomendado para o caso de extravasamento é elevar a extremidade afetada, não aplicar compressas, observar a lesão2.

13

CARTILHA 10SET2012.indd 13

12/09/13 09:59


3.2. Intramuscular (IM)

Nesta via, a droga é absorvida pela vascularização muscular. A absorção é proporcional ao fluxo sanguíneo, superfície de coleção da droga no músculo e tonus muscular2. O músculo vasto lateral da coxa (face lateral no terço médio) é o indicado em recém nascidos (RN), devendo a agulha ser injetada em 90° em relação à pele; um RN com menos de 1.000 g aceita um volume máximo de 0,25ml por área, um peso maior que 1000g suporta 0,5 ml por área. Não é recomendável massagear o local, apenas pressionar levemente2.

14

CARTILHA 10SET2012.indd 14

12/09/13 09:59


3.3. Subcutâneo (SC) e Intradérmica (ID)

Administração na tela subcutânea (tecido adiposo), não tolera substâncias irritantes. A solução injetada deve ser isotônica e o volume máximo não pode ultrapassar 0,1ml. Os locais indicados são face externa lateral da coxa e parede abdominal, a agulha deve ser injetada em um ângulo de 45° com a pele2. A via subcutânea é utilizada principalmente para a aplicação de insulina. As regiões das nádegas e os braços também podem ser utilizados. As agulhas utilizadas são de 25 a 27 de calibre e de 1, 5 a 1,6 de comprimento. Deve se esticar ou levantar ligeiramente a pele com a mão não dominante de modo a isolar os tecidos subcutâneos do músculo, a agulha é introduzida a um ângulo de 45 a 90°, 15

CARTILHA 10SET2012.indd 15

12/09/13 09:59


solta-se a pele e injeta-se o medicamento lentamente1. Na via intradérmica o medicamento é depositado logo abaixo da epiderme; o antebraço é o local indicado. Esta via é utilizada principalmente em testes de tuberculose e de alergia; com uma seringa de 1 ml e agulha de 1,5 cm, de calibre 25 ou 27. A agulha é introduzida em um ângulo de 5 a 15°1. 3.4. Oral

Na administração oral, os medicamentos se apresentam de diferentes formas - líquidos, pós, comprimidos ou cápsulas. Neonatos correm o risco de aspirar por sentirem dificuldade em engolir, neste caso recomenda-se triturar ou abrir 16

CARTILHA 10SET2012.indd 16

12/09/13 10:00


comprimidos e cápsulas respectivamente e misturar com um líquido de sabor agradável, ou uma colher de sopa de alimento (que não seja o leite materno ou da mamadeira). É importante atentar-se para não misturar os medicamentos em alimentos essenciais (leite materno), pois a criança pode passar a rejeitar o alimento por associá-lo ao sabor. Também não se deve triturar comprimidos com revestimento entérico nem cápsulas de liberação lenta. Os medicamentos líquidos devem ser agitados para se assegurar uma distribuição homogênea. Equipamentos calibrados (copinho, colher de medida, seringa oral plástica, conta-gotas) são utilizados neste tipo de administração, porém deve-se ter o cuidado de não utilizar o medidor de um medicamento para administração de outra droga, sob o risco de errar na dosagem. Na utilização de conta-gotas e seringas deve-se direcionar o líquido para a região posterior da boca e administrar lentamente com a criança em posição ereta (mínimo 45°). Quando a criança tem um tubo nasogástrico, orogástrico, de gastrostomia ou nasojejunal, estes medicamentos podem ser administrados por estas vias, com pequena quantidade de leite no início da gavagem, assim o medicamento é colocado diretamente no estômago ou região jejunal. Deve-se verificar a posição do tubo antes da administração e após deve-se administrar uns 20 a 30 ml de água filtrada para mantê-lo desobstruído1,2.

17

CARTILHA 10SET2012.indd 17

12/09/13 10:00


IV - CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 4.1. Determinação da dose certa

Com base no peso corporal: na primeira semana de vida, o peso considerado é o mesmo do nascimento, após a primeira semana, considera-se o peso atual para os cálculos2. Este método é o mais comum para cálculos das doses de medicamentos em que a dose é expressa pela quantidade de medicamento a ser administrada em 24 h (mg/Kg/dia), ou por dose (mg/Kg/dose) a depender da prescrição. São adotados os seguintes passos:

18

CARTILHA 10SET2012.indd 18

12/09/13 10:00


1. Pesar a criança (medida de peso em quilograma). 2. Verificar uma fonte de referência para definir a dose segura (posologia). 3. Calcular o intervalo de dose segura (menor e maior dose, a partir da referência do item anterior). 4. Certificar-se de que a dose prescrita está no intervalo calculado no item anterior. As doses pediátricas não podem ser maiores que as doses mínimas recomendadas para adultos.

Com base na superfície corporal (SC): leva em consideração a taxa metabólica e o crescimento da criança, geralmente utilizada para cálculo de doses de agentes quimioterápicos, são lidas “mg/SC/dose”. 19

CARTILHA 10SET2012.indd 19

12/09/13 10:00


Para determinar a dose com base na SC é necessário conhecer a altura e peso da criança, aplicadas a um gráfico (nomograma), como pode ser visto abaixo: São adotados os seguintes passos: 1. Medir a estatura da criança. 2. Determinar o peso da criança. 3. No gráfico (abaixo) traçar uma linha que interligue a medida da estatura à medida do peso. 4. Determinar o ponto em que a linha cruza a coluna da superfície corporal (coluna do meio). Esse ponto corresponde a SC expressa em metros quadrados (m2). Após encontrar a SC aplica-se a posologia recomendada para calcular as doses seguras1. Nomograma para crianças

20

CARTILHA 10SET2012.indd 20

12/09/13 10:00


4.2 Administração de líquidos1

Em geral determina-se a quantidade de líquidos a ser infundido em um único dia (24h) pelo peso (Kg) da criança, com base nas seguintes fórmulas:

21

CARTILHA 10SET2012.indd 21

12/09/13 10:00


- 100 ml por Kg de peso corporal para os primeiros 10 Kg da criança; - 1.000 ml + 50 ml por Kg de peso corporal que exceder os 10Kg; - 1.500ml + 20 ml por Kg de peso corporal que exceder os 20Kg; Ou seja: • ≤10 Kg de peso: 100 ml por cada Kg/em 24 h • >10 Kg a <20 Kg de peso: 1.000 ml + 50 ml por cada Kg que excedeu os 10 Kg/em 24 h • >20 Kg de peso: 1.500 ml + 20 ml por cada Kg que excedeu os 20Kg/em 24h Além de monitorar a infusão de líquidos, deve-se também monitorar cuidadosamente as perdas. O débito urinário esperado para crianças é de 1 a 2 ml/Kg/h. Para medir o débito urinário de um lactente deve-se pesar a fralda; e lembrar que 1g = 1ml de líquido1. 4.3. Cálculo de gotejamento

microgotas:

4.4. Cálculo: aumento da concentração de glicose no soro

22

CARTILHA 10SET2012.indd 22

12/09/13 10:00


4.5. Cálculo de infusões medicamentosas contínuas Para obter a dose: Para obter a dose:

Para obter a velocidade de infusão: Para obter a velocidade de infusão:

Para Para calcular a concentração: calcular a concentração:

23

CARTILHA 10SET2012.indd 23

12/09/13 10:00


V - AÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS PARA ALÍVIO DA DOR Tratamentos invasivos, assim como cuidados médicos e de enfermagem intensivos são implementados com a finalidade de manutenção da vida do RN enfermo. O sofrimento e a dor podem aparecer como consequências destas intervenções sendo manifestadas pelo choro, pela movimentação da face, pela atividade corporal e pelo estado de sono vigília além de manifestações sistêmicas cardiovasculares, respiratórias, digestivas e alterações hormonais. Dentre as situações em que a analgesia é indicada no período neonatal tem-se a inserção de cateteres centrais, múltiplas punções arteriais e/ou venosas e/ou capilares; estas intimamente ligadas ao procedimento de administração de medicamentos3. Outras ocasiões de dor que merecem atenção são as punções de calcâneo para coleta de sangue, aspiração, intubação, exame de triagem para retinopatia, sondagem gástrica7,8,9. Para alívio e manejo da dor aguda observada em alguns procedimentos, a intervenção não farmacológica tem sido indicada, pois além da eficácia comprovada tem baixo custo e apresenta poucos riscos aos bebês. Acredita-se que este tipo de intervenção promova a auto-regulação e organização do neonato, ajudando-o a modular a experiência dolorosa. As ações mais indicados são3:

Administração de substâncias adocicadas: água com 24

CARTILHA 10SET2012.indd 24

12/09/13 10:00


sacarose ou glicose; 1mL a 25% por via oral administrada na porção anterior da língua 2 minutos antes dos procedimentos; a ação analgésica acontece a partir do 2º minuto e dura de 3 a 4 minutos: Estas soluções, em contato com os receptores localizados na língua causam a liberação de opióides endógenos ou endorfinas com propriedades analgésicas intrínsecas3,7,9. Sucção não nutritiva (chupeta ou dedo do cuidador enluvado): inibe a hiperatividade, modula o desconforto do RN e diminui a dor de RN a termo ou prematuro em procedimentos como coleta de sangue. Durante os movimentos ritmados há liberação de serotonina no sistema nervoso central gerando as respostas de alívio3,4. Amamentação: O leite, além de fornecer benefícios nutricionais e proteção contra infecções, quando administrado seguido de sacarose (1mL a 25%) diminui a duração do choro e da atividade comportamental durante punção capilar3. Método Canguru e Contato pele a pele entre mãe e filho: Reduz a duração da atividade facial de dor, o choro e a frequência cardíaca principalmente após punções capilares e com maior eficácia se combinada à administração de glicose oral. O contato deve ser iniciado antes e mantido durante e após o procedimento doloroso. No contato o RN é capaz de sentir o cheiro da mãe reconhecendo-a3,4,10,11. Também se observa uma diminuição na desorganização e movimentos de extensão e um aumento nos sinais de atenção nos bebês submetidos ao método. Além disso, o método demonstra-se eficaz por regular emoção e estado de vigília-sono, diminuir o tempo de internação, minimizar os índices de infecção e 25

CARTILHA 10SET2012.indd 25

12/09/13 10:00


favorecer o ganho de peso. Este método requer que mãe e filho se demonstrarem dispostos, e a unidade comporte esta atividade10, 11. Diminuição da estimulação tátil: Evitar ou neutralizar estímulos adversos do tipo luminosidade, barulho, manuseio frequente e procedimentos dolorosos repetidos. Contribui para promover a maturação e organização dos comportamentos do bebê, facilitando estados comportamentais de vigília e sono e reduzindo comportamentos de estresse. Também para conservar a energia do bebê. Deve-se orientar os pais a interpretar o comportamento do bebê3. Musicoterapia: A música erudita possui efeitos calmantes em RN a-termos e pré termos. Acredita-se que a música promova uma distração da dor chamando a atenção do paciente para ouvi-la4. Recomenda-se a exposição do bebê a no máximo 15 minutos de música para evitar danos auditivos; o que se observa é a estabilização do neonato, redução da frequência cardíaca, menor tempo de recuperação, aumento da saturação de oxigênio, diminuição da agitação e mímica facial11. Mudança de decúbito: Nova posição pode aliviar a pressão sobre proeminências ósseas ou áreas edemaciadas, promover aceleração da circulação, relaxamento muscular e conforto generalizado4.

26

CARTILHA 10SET2012.indd 26

12/09/13 10:00


VI - PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA UTINEO Algumas drogas quando administradas juntas podem interferir no efeito uma da outra. Na UTI neonatal o grande número de medicações recebidas ao mesmo tempo pode predispor o RN às interações. É interessante que em cada unidade haja uma lista das medicações utilizadas com as possíveis interações para que equipes médica e de enfermagem tenham certeza de suas condutas. Para uma administração segura, é necessário que o responsável pelo preparo conheça a ação, efeitos adversos, toxicidade e dosagem adequada. Assegurar-se de que é o medicamento correto, dose e via correta, o método exato de administração, hora e pacientes corretos, ler a etiqueta do frasco várias vezes; a pessoa que prepara deve administrar o medicamento avaliando antes os fatores que podem afetar a absorção, distribuição, metabolismo e eliminação da droga; qualquer dúvida deve ser sanada com o farmacêutico. Abaixo estão descritos os principais medicamentos utilizados na UTIneo, separados segundo grupo farmacêutico.

27

CARTILHA 10SET2012.indd 27

12/09/13 10:00


28

CARTILHA 10SET2012.indd 28

12/09/13 10:00

Tratar infecções por Pseudomonas aeruginosa, E. coli, Proteus, Klebsiella, Citrobacter e Staphylococcus.

Sua função Esta droga deve ser diluída em SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir em 30 a 60 min. Deve-se diluir para manter concentração de 5mg/ml.

REAÇÕES ADVERSAS: GU: nefrotoxicidade, oligúria, proteinúria, diminuição da creatinina; Otorrinolaringológicas: ototoxicidade, diminuição da audição; SNC: cefaleia, tontura, letargia, bloqueio neuromuscular; Outras: choque anafilático, necrose hepática. INTERAGE COM: Aciclovir, Aminoglicosídeos, Anfotericina B, Cisplatina, Vancomicina, Anestésicos, Bloqueadores neuromusculares, Cefalotina, Furosemida, Penicilina.

Esta droga deve ser diluída em SF ou SG

Atenção

Importante saber

Ampicilina Tratar infecções de REAÇÕES ADVERSAS: (Amplacilina, pele e dos tecidos Dermatológicas: eritema

Amicacina (Amicilon, Novamin, Sulfato de Amicacina).

Nome do Medicamento

• ANTIBIÓTICOS


29

CARTILHA 10SET2012.indd 29

12/09/13 10:00

Anfotericina B (Abelcet, Ambisome, Amphocil, Fungizon).

Amplacin, Amplocilin, Binotal, Bipencil, Ciclinon, Parenzyme Ampicilina, Uni Ampicilina).

Tratar infecção fúngica sistêmica, histoplasmose, coccidioidomicose, blastomicose, criptomicose, monilíase disseminada, aspergilose e meningite.

moles, respiratórios e geniturinárias, otite média, sinusite, meningite, septicemia e na profilaxia da endocardite.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão, arritmia cardíaca, assistolia; GI: náusea, vômito, dispepsia, diarreia, cólica epigástrica; GU: disfunção renal, azotemia, acidose tubular renal, insuficiência renal aguda ou crônica, anúria, oligúria; Hematológicas: hipomagnesemia, anemia normocítica; Locais: queimação,

maculopapular, urticária; GI: náusea, vômito, diarreia, estomatite; Hematológicas: anemia, trombocitopenia, eosinofilia, leucopenia; Outras: choque anafilático. INTERAGE COM: Alupurinol.

Esta droga deve ser diluída em AD ou SG 5% ou SG 10%. Deve-se diluir para manter a concentração de 5mg/ml. Não misturar com solução salina. Trata-se de uma droga fotossensível, deve-se

5% ou SG 10%. EV deve-se infundir em 15 a 30 min. A máxima concentração EV é de 100mg/ ml de SF e de 200mg/ml de SG. A solução reconstituída em SG deve ser usada dentro de 1h.


30

CARTILHA 10SET2012.indd 30

12/09/13 10:00

Cefepima (Cemax, Cloridrato de cefepima, Maxcef).

Tratar infecções causadas por bactérias sensíveis a cefepima. Infecções da pele e de tecidos moles, ósseas e articulações, urinárias e ginecológicas, respiratórias e intra-abdominais.

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: rash, febre, erupção, urticária, prurido; GU: nefrotoxicidade, vaginite; GI: colite pseudomembranosa, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, flatulência, constipação; Hepática: hepatotoxicidade; Locais: dor, abscesso, inflamação, flebite; SNC: anorexia, cefaleia, tontura, letargia, parestesia, convulsão; Outras: choque anafilático, reações de

pontada, irritação, edema, flebite ou tromboflebite; Musculoesquelético: artralgia, mialgia, fraqueza muscular; SNC: anorexia, cefaléia, neuropatia periférica; Outras: perda de peso, febre, calafrios, dor no corpo. INTERAGE COM: Corticosteróides, Digitálicos, Nefrotóxicos. Quando administrada IM deve-se diluir em SF 0,9% ou glicosado 0,5%; lidocaína 0,5% ou 1% ou água estéril ou bacterisostática para injeção com parabeno ou álcool benzílico. Quando administrada IV deve-se diluir em 50-100ml de SF0,9% ou glicosado 5% ou 10%.

protege-la da luz inclusive durante a administração.


31

CARTILHA 10SET2012.indd 31

12/09/13 10:00

Tratar infecção do trato urinário, óssea e das articulações, respiratórias, da pele e diarreia.

Tratar infecções

Ciprofloxacino (Ciflox, Cipro, Ciproglen, Floxen, Proflox).

Gentamicina

Septicemia. Tratamento empírico de neuropênicos febris.

Esta droga deve ser diluída

Esta droga deve ser diluída em SF0,9% ou SG5% (concentração: 1-2mg/ml) e infundida no mínimo em 1h.

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: rash, fotossensibilidade, sudorese; GI: náusea, diarreia, vômito, dor, desconforto abdominais, candidíase oral; GU: cristais na urina; Hematológica: eosinofilia; Locais: tromboflebite, queimação, prurido, eritema; SNC: convulsão, cefaleia, tremor, confusão mental, alucinação, parestesia. INTERAGE COM: Antiácidos (hidróxidos de magnésio ou alumínio) e Teofilina. REAÇÕES ADVERSAS: GU:

100ml de SF0,9% ou glicosado 5% ou 10%.

hipersensibilidade, superinfecção. INTERAGE COM: Aminoglicosídeos, Diuréticos de alça, Drogas nefrotóxicas, Anticoagulantes, Drogas bacteriostáticas.


32

CARTILHA 10SET2012.indd 32

12/09/13 10:00

raves por bacilos Gram-negativos e infecções cruzadas por estafilococos.

Oxacilina

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: monilíase, prurido, rash; GI: colite pseudomembranosa, constipação, diarreia, náusea, vômito; Locais: flebite, inflamação; SNC: convulsão, tontura, cefaleia; Respiratório: apneia. INTERAGE COM: Probenecida.

nefrotoxicidade; Hidroeletrolítica: hipomagnesemia; Musculoesqueléticas: paralisia muscular; Otorrinolaringológica: ototoxicidade; Outras: reações de hipersensibilidade. INTERAGE COM: Anestésicos inalatórios, Bloqueadores neuromusculares, Cefalosporina, Penicilinas, Diuréticos de alça, Nefrotóxicos.

Tratar infecções de REAÇÕES ADVERSAS:

Meropenem Tratar infecções (Mepenox IV, intra-abdominais e Meronem). meningite bacteriana. Neutropenia febril, pneumonia adquirida em hospital e sepse.

(Geramicina, Gentaron).

Esta droga deve ser diluída

A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas.

em SF ou SG 5 e 10% ou RL. Sua dose será: RN > 7 dias: IM ou IV 2,5 mg/Kg, 8/8 h ou 16/16h; RN a termo ou prematuros < 7 dias: IM ou IV 2,5 mg/kg, 12/12h ou 24/24h.


33

CARTILHA 10SET2012.indd 33

12/09/13 10:00

Penicilina potássica (Aricilina, Cristalpen).

(Bactocilin, Oxacil, Oxacilina sódica, Oxanon, Oxapen, Staficilin-N).

Tratar várias infecções, incluindo pneumonia pneumocócica,

vias aéreas superiores, pele e tecidos moles.

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: rash, urticária; GI: diarreia, desconforto apigástrico, náusea, vômito, colite pseudomembranosa; GU: nefrite

Dermatológicas: rash; GI: glossite, estomatite, gastrite, dor na boca, náusea, vômito, diarreia, enterocolite, colite pseudomembranosa; GU: nefrite, oligúria, proteinúria, hematúria, azotemia, piúria; Hematológica: anemia, trombocitopenia, leucopenia, neutropenia, sangramento prolongado; Hepática: hepatite não-específica; Locais: dor, flebite, trombose; SNC: convulsão; Outras: anafilaxia, superinfecção. INTERAGE COM: Aminoglicosídeos, Tetraciclina. Para meningite IM ou IV em RN > ou = 2kg: 50mUI/kg, 8/8h, durante os primeiros 7 dias de vida; em

em SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir em 2 a 3 horas.


34

CARTILHA 10SET2012.indd 34

12/09/13 10:00

Tratar infecções oculares.

Tratar infecções estafilocócicas

Tobramicina (Tobragan).

Vancomicina (Celovan,

faringite estreptocócica, sífilis e gonorreia. Tratar infecção enterocócica. Prevenção de febre reumática. Meningite.

Esta droga é encontrada na forma de pomada oftálmica ou solução oftálmica.

Esta droga deve ser diluída em SF a 0,9% ou SG 5% ou 10%.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão; Dermatológicas: rash; GI:

seguida, 50mUI/kg, 6/6h. IM ou IV em RN < 2kg: 25-50mUI/ kg, 12/12h, durante os primeiros 7 dias de vida; em seguida, 50mUI/kg, 8/8h. Para as outras indicações IM ou IV para crianças: 8.333-16.667 mUI/kg, 4/4h; 12.550-25MUI/kg, 6/6h.

REAÇÕES ADVERSAS: Nenhum de significado clínico. INTERAGE COM: Nenhum relato encontrado até o momento.

intersticial; Hematológica: eosinófilia, anemia hemolítica, leucopenia; Locais: dor, flebite; SNC: convulsão; Outras: reações alérgicas (anafilaxia, doença do soro), superinfecção. INTERAGE COM: Metotrexato, Probenecida e Tetraciclinas.


35

CARTILHA 10SET2012.indd 35

12/09/13 10:00

Cloridrato de vancomicina, Vancocid, Vancoson).

(endocardite, osteomielite, pneumonia e septicemia); infecções dos tecidos moles em pacientes alérgicos à penicilina ou aos seus derivados ou quando o teste de sensibilidade demonstra resistência à meticilina; infecções sistêmicas graves.

náusea, vômito; GU: nefrotoxicidade; Hematológicas: eosinofilia, leucopenia; Local: flebite; Musculoesquelética: dor nas costas e no pescoço; Otorrinolaringológica: ototoxicidade; Outra: reação de hipersensibilidade. INTERAGE COM: Anestésicos, Bloqueadores neuromusculares não-despolarizantes, Nefrotóxicos e ototóxicos (outros, incluindo ácido acetilsalicílico, aminoglicosídeos, ciclosporinas, cisplatina e diuréticos de alça).

Sua dose será: IV (crianças > 1 mês): 10mg/kg, 6/6h; ou 20mg/ kg, 12/12h. IV (recém-nascido de 1semana-1mês): inicialmente 15mg/kg; em seguida 10mg/kg, 8/8h. IV (recém-nascido < 1 semana): inicialmente 15mg/kg; em seguida 10mg/kg, 12/12h.


36

CARTILHA 10SET2012.indd 36

12/09/13 10:00

Profilaxia e tratamento de anemias mealoblásticas e macrocísticas.

Sua função

Atenção Administrado VO com dose terapêutica de até 1 mg/dia e dose de manutenção de 0,1 mg/dia.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: rash; outra: febre. INTERAGE COM: Carbamazepina, Estrogênio, Fenitoína, Glicocorticóides, Metotrexato, Sulfonamidas, Triantereno, Sulfassalazina.

Vitamina K (Kanakion, Vikatron,

Nome do Medicamento

Profilaxia e tratamento de doenças

Sua função

Atenção Sempre que possível prefere-se a via IM ou SC à IV. Para crianças

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: Rara: reações semelhantes à de hipersensibilidade ou anafilaxia,

• SUPLEMENTO NUTRICIONAL

Ácido fólico (Endofolin, Enfol, Folacin, Folin, Materfolic).

Nome do Medicamento

• ANTIANÊMICO


37

CARTILHA 10SET2012.indd 37

12/09/13 10:00

VitaK).

hemorrágicas do RN e da hipoprotrombinemia causada por nutrição deficiente, absorção inadequada de vitamina K no trato GI ou ação tóxica de certas drogas usadas concomitantemente com anticoagulantes.

incluindo choque e parada cardíaca e/ou respiratória, podendo resultar ocasionalmente em morte após uso IV, principalmente quando rápida; Outras: rubor da face, hiperidrose, sensação de constipação do peito, cianose, insuficiência vascular periférica, vermelhidão, dor ou edema no local da injeção, sensação de gosto peculiar. INTERAGE COM: anticoagulantes orais, Antibióticos, Hidróxido de alumínio, Óleo mineral e Primaquina.

VO, SC, IM dose de 2,5-25 mg. IV, IM, SC para profilaxia de doenças de doença hemorrágica do RN na dose de 0,5-1 mg imediatamente após o nascimento e, se possível, 1-5mg podem ser dados à mãe 12-24h antes do parto. Para tratar doença hemorrágica no RN deve-se utilizar a dose de 1mg IM ou SC.


38

CARTILHA 10SET2012.indd 38

12/09/13 10:00

Sua função

Ácido urDissolução de cálculos sodesoxicóli- biliares. Tratar sintomatco (Ursacol). icamente a cirrose biliar primária. Colecistopatia cálculos em vesícula biliar funcionante. Litíase residual do colédoco ou recidivas após intervenções sobre as vias biliares. Síndromes dispéptico-dolorosas das colecistopatias com ou sem cálculos e póscolecistectomia; discinesias das vias biliares e síndromes associadas. Alterações lipêmicas por aumento do colesterol e/ ou trigliserídios. Terapêutica coadjuvante da litotripsia extracorpórea.

Nome do Medicamento

• ANTICOLELÍTICO Atenção Esta droga deve ser administra VO.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: Ex. laboratoriais: aumento dos níveis plasmáticos de fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase e bilirrubinas; GI: diarreia. INTERAGE COM: Antiácidos (à base de alumínio), Colestiramina, Barbitúrios, Clofibrato, Neomicina.


39

CARTILHA 10SET2012.indd 39

12/09/13 10:00

Epinefrina (Drenalin, Adrenalina).

Nome do Medicamento

Usado na reação anafilática ou asma; controle de reações alérgicas graves; ressuscitação cardiopulmonar; bradicardia; controle de doenças respiratórias devido à asma ou DPOC;

Sua função

Atenção Esta droga deve ser diluída em SF 0,9% ou SG 5%. Sua dose será: para sibilos: 0,01 mL/Kg (até um máximo de 0,3mL) da solução 1:1.000 (ou 0,1 mL/Kg da solução 1:10000 subcutânea com seringa de 1ml; para crupe grave: uma tentativa com 2mL da solução

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: CV: fibrilação ventricular fatal, hemorragia subaracnóide ou cerebral, aumento da PA, podendo causar ruptura aórtica, angina pectoris, obstrução da artéria central da retina; GI: náuseas, vômitos; GU: diminuição do débito urinário, retenção urinária, disúria, espasmo vesical; Locais: queimação transitória (durante a administração); Oftalmológicas: fotofobia, visão turva, hipersensibilidade ocular, dor nos olhos; SNC: anorexia, tendência suicida ou

• SIMPATICOMIMÉTICO


40

CARTILHA 10SET2012.indd 40

12/09/13 10:00

Fenilefrina (Cloridrato de fenilefrina).

Realizar hipotensão, taquicardia supraventricular paroxística, choque. Uso tópico como midriático. Usada também, associado a outros medicamentos, em preparação antigripais.

controle de parada cardíaca; suplemento de anestesia; anestesia local.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: palpitações, taquicardia, hipertensão, batimentos ectópicos, angina, bradicardia reflexa; GI: náusea, vômito; Locais: necrose, gangrena; SNC: cefaleia, ansiedade, tremor, insônia, tontura. INTERAGE COM: Alfa-bloqueadores, Anestésicos gerais, Antidepressivos tricíclicos, Guanetidina, Inibidores da MAO, Oxitócitos.

homicida, tontura, ansiedade, medo, palidez, desorientação, perda da memória, agitação psicomotora, alucinação, inquietação, sonolência, tremor, insônia, convulsão, depressão no SNC, sintomas de paranoia, cefaleia. INTERAGE COM: Adrenérgicos, Bloqueadores betaadrenérgicos, Inibidores da MAO. Em crianças: para hipotensão IM ou SC 0,1 mg/kg/dose, a cada 1-2h. Para o choque 5-20mg/kg/ dose em bolus, a cada 10-15 min; ou 0,1-0,5mg/kg/min.

:1000 em nebulização; para anafilaxia: 0,01 mL/Kg da solução 1:1000 ou 0,1 mL/Kg da solução 1: 10000 subcutânea com seringa de 1 mL.


41

CARTILHA 10SET2012.indd 41

12/09/13 10:00

Alprostradil (Prostin, Aplicav, Bedfordalprost, Caverject, Prostavasin)

Nome do Medicamento

Terapia paliativa (não definitiva) de manutenção da potência do ductus arteriosus, até que seja efetuada cirurgia paliativa ou corretiva, em neonatos com mal formação cardíaca e que dependem de um ductus patente para sobreviver.

Sua função

Atenção Utilizado IV com dose de 0,05-1 mcg/kg/min.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: Locais: edema, equimose. INTERAGE COM: Anticoagulantes (heparina e varfarina), Hipotensores (anti-hipertensivo), Drogas usadas no tratamento da doença cardíaca coronariana e vasodilatadores, Vasoativos.

• PROSTAGLANDINA


42

CARTILHA 10SET2012.indd 42

12/09/13 10:00

Aminofilina (Minoton).

Nome do Medicamento

Tratar o broncoespasmo.

Sua função

Atenção Esta droga deve ser diluída em SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir em 20-30 min. A concentração final não deve exceder de 5mg/ ml.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: CV: palpitações, taquicardia sinusal, extra-sístole, hipotensão; Dermatológicas: urticária; GI: náusea, vômito, dispepsia, peso no estômago, diarreia; Respiratórias: aumento da frequência respiratória; SNC: anorexia, inquietação, nervosismo, tontura, cefaleia, insônia, convulsão. INTERAGE COM: Adenosina, Barbitúricos, Carbamazepina, Fenitoína, Nicotina, Rifampicina, Bloqueadores beta-adrenérgicos, Cimetidina, Eritromicina e Quinolonas (ciprofloxacino).

• BRONCODILATADOR


43

CARTILHA 10SET2012.indd 43

12/09/13 10:00

Captopril (Capoten, Capotrat, Captolin, Captotec, Captopron, Hipoten).

Nome do Medicamento

Tratar a hipertensão e a insuficiência cardíaca.

Sua função

Atenção A segurança e a eficácia do Captopril em crianças não foram estabelecidas.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: CV: ICC, taquicardia, hipotensão, angina pectoris, pericardite; Dermatológicas: rash, maculopapular, prurido; Ex. laboratoriais: aumento transitório das enzimas hepáticas; GI: irritação gástrica, úlcera péptica, disgeusia, constipação; GU: insuficiência renal, proteinúria, síndrome nefrótica, glomerulopatia membranosa; Hematológicas: leucopenia, agranulocitopenia, pancitopenia; Respiratórias: tosse seca e persistente; SNC: anorexia, tontura; Outras: febre, hipercalemia, linfadenopatia. INTERAGE COM: Antiácidos, Digitálicos, Diuréticos, Drogas que aumentam o potássio sérico, Hipoglicêmicos orais e insulina.

• HIPOTENSOR ARTERIAL


44

CARTILHA 10SET2012.indd 44

12/09/13 10:00

Dexametasona (Deflaren, Dexaden, Deamex, Dexazona).

Nome do Medicamento

Tratar doenças crônicas (distúrbios endócrinos e afecções reumáticas crônicas, estados edematosos, doenças respiratórias e GI), algumas doenças dermatológicas e hematológicas, lúpus eritematoso sistêmico, pênfigo, sarcoidose sintomática, estados alérgicos doenças oftalmicas e afecções reumáticas agudas e subagudas, cardite aguda

Sua função

Atenção Esta droga deve ser diluída em AD ou SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir em 1 a 5 minutos se a dose é < 10mg.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: CV: ICC, hipertensão, tromboembolismo; Dermatológicas: prejuízo na cicatrização de ferimentos, pele fina e frágil, eritema, hipersudorese, dermatite alérgica, urticária, edema angioneurótico, petéquias; Endócrinas: irregularidades no ciclo menstrual, desenvolvimento de estado cushingóide, supressão do crescimento (em crianças) refratariedade secundária adrenocortical e hipofisária. INTERAGE COM: Ácido fólico, AINEs, Alimentos ou medicamentos que contêm sódio, Antiácidos ou Colestiramina, Bloqueadores

• CORTICOSTERÓIDE


45

CARTILHA 10SET2012.indd 45

12/09/13 10:00

reumática, neoplasias, leucemia aguda, síndrome nefrótica, síndrome adrenogenital, edema cerebral, meningite bacteriana, neurodermites e pruridos.

neuromusculares nãodespolarizantes, Diuréticos, Hormônios tiroidianos, Imunossupressores, Isoniazida, Paracetamol, Salicilatos, Suplementos de potássio, Vacinas de vírus atenuados ou outras imunizações.

Dobutamina (Cloridrato de dobutamina, Dobuton, Hibutan).

Nome do Medicamento

Aumentar o débito cardíaco em insuficiência cardíaca descompensada causada por depressão da contratilidade.

Sua função

Atenção Esta droga deve ser diluída em SF ou SG 5%. EV deve-se infundir continuamente em veia de grande calibre.

Importante saber REAÇÕES ADVERSAS: CV: angina, aumentos da frequência cardíaca, da PA sistólica e da PVC; GI: náusea. SNC: cefaleia. INTERAGE COM: Anestésicos, Betabloqueadores.

• CARDIOTÔNICO NÃO-DIGITÁLICO

VitaK).


46

CARTILHA 10SET2012.indd 46

12/09/13 10:00

Corrigir o desequilíbrio hemodinâmico devido ao choque, trauma e hemorragias, síndrome do baixo débito, hipotensão e insuficiência renal.

Domperidona (Domperol, Motilium, Peridona).

Nome do Medicamento

Administrado VO em crianças com dose de 0,3 mg/kg, 3 vezes por dia.

Esta droga deve ser diluída em SF ou SG 5%. EV deve-se infundir continuamente em veia de grande calibre. Concentração máxima é de 3200 mcg/ml. Administração dentro de cateter arterial umbilical não é recomendada.

REAÇÕES ADVERSAS: Endócrinas: ginecomastia. INTERAGE COM: Antiácidos, Anti-histamínicos H2, Anticolinérgicos.

Importante saber

REAÇÕES ADVERSAS: CV: arritmias, taquicardia, angina, hipotensão, vasocontrição, bradicardia, hipertensão; GI: náusea, vômito; Local: necrose do tecido; Respiratória: dispnéia; SNC: cefaleia. INTERAGE COM: Anestésicos orgânicos, Betabloqueadores, Fenitoína.

Tratar sintomaticamente náuseas e vômitos, principalmente pósoperatórios, afecções hepato-digestivas, após administração de citotóxicos, em pediatria e após hemodiálise. Tratar refluxo gastro-esofágico.

Sua função

• PROCINÉTICO

Dopamina (Cloridrato de dopamina).


47

CARTILHA 10SET2012.indd 47

12/09/13 10:00

Midazolam (Dormonid, Dormire, Dorminun, Induson).

Nome do Medicamento

Sedação/ansiólise/amnésia pré-operatória; durante procedimentos terapêuticos, diagnósticos ou radiográficos. Sedação de pacientes sob ventilação mecânica, durante a anestesia ou em UTI.

Sua função

• SEDATIVO REAÇÕES ADVERSAS: CV: parada cardíaca, arritmias; Dermatológicas: rash; GI: soluços, náuseas, vômito; Locais: flebite, dor; Oftalmológicas: visão borrada; Respiratórias: apnéia, laringoespasmo, depressão respiratória, broncoespasmo, tosse; SNC: agitação, sonolência, sedação excessiva, cefaleia. INTERAGE COM: Álcool, Anti-histamínicos, Opióides, Sedativos/hipnóticos, Antihipertensivo, Nitratos, Alimentos, Carbamazepina, Fenitoína, Fenobarbital, Rifabutina, Rifampicina, Catoconnazol, Cimetidina, Verapamil, Indutores, Inibidores do citocromo P-450 3ª4.

Importante saber Esta droga deve ser diluída em AD ou SF ou SG 5%. EV deve-se infundir lentamente ou de modo contínuo.


48

CARTILHA 10SET2012.indd 48

12/09/13 10:00

Espironolactona (Aldactone, Aldosterin, Spiroctan).

Nome do Medicamento

Neutralizar a perda de potássio causada por outros diuréticos; geralmente usado com outros agentes (tiazidas) no tratamento de edema ou hipertensão; hiperaldosteronismo.

Sua função

• DIURÉTICOS REAÇÕES ADVERSAS: CV: arritmia; Endócrinos: ginecomastia, impotência; GI: irritação GI; Hematológicos: discrasias sanguíneas; Hidroeletrolíticas: hipercalemia, hiponatremia; Musculoesquelética: cãibras musculares; SNC: tontura, confusão mental, cefaléia; Outra: reações alérgicas. INTERAGE COM: AINEs, Anti-hipertensivos, Nitratos, Ciclosporina, Indometacina, Inibidores da ECA, Suplementos de potássio, Digoxina, Lítio.

Importante saber Administrado VO em crianças com dose de 1-3mg/kg/dia, como dose única; ou divididos em 2-4doses (dose máxima de 3 vezes a dose inicial).


49

CARTILHA 10SET2012.indd 49

12/09/13 10:00

Furosemida (Furosan, Furosem, Flurosetron, Furozix, Lasix).

Tratar o edema devido a ICC ou distúrbios hepáticos ou renais. Hipertensão arterial. Hipercalemia maligna.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão; Dermatológicas: fotossensibilidade, rash; Endócrina: hiperglicemia; GI: náusea, vômito, boca seca, diarreia, constipação, dispepsia; GU: poliúria; Hematológicas: discrasias sanguíneas, hiperuricemia; Hidroeletrolíticos: desidratação, hipocloremia, alcalose metabólica; Musculoesqueléticas: cãibras, artralgia, mialgia; Otorrinolaringológica: perda da audição, zumbido; SNC: tontura, encefalopatia, cefaleia, insônia, zumbido. INTERAGE COM: Aminoglicosídeos, Anti-hipertensivos, Nitratos, Anticoagulantes, Trombolíticos, Varfarina, Anfotericina B, Diuréticos (outros), Glicocorticoides, Mezlocilina, Piperacilina, Lítio. Esta droga deve ser diluída SF ou AD. EV deve-se infundir lentamente.


50

CARTILHA 10SET2012.indd 50

12/09/13 10:00

Hidroclorotiazida (Clorana, Clorizin, Drenol, Mictrin).

Tratar o edema.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão postural, trombose venosa, arritmias, dor no peito; Dermatológicas: fotossensibilidade, rash, púrpura, dermatite esfoliativa; GI: náusea, vômito, boca seca, diarreia, constipação, pancreatite; GU: hipopotassemia, poliúria, noctúria; Hematológicas: leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose, anemia aplástica, neutropenia; Hepáticas: icterícia, hepatite; Metabólicas: perda de peso, gota; Musculoesqueléticas: cãibras e espasmos musculares; SNC: anorexia, tontura, parestesia, fraqueza, cefaleia, sonolência, fadiga. Outras: febre, rubor. INTERAGE COM: AINEs, Álcool, Anti-hipertensivo, Nitratos, Alopurinol, Anfotericina B, Glicocorticoides, Mezlocilina, Piperacilina, Ticarcilina, Colestipol, Colestiramina, Glicosídeos digitálicos, Lítio. Até 2 anos de idade: dose diária total de 12,5 a 25mg administrado duas vezes por dia. A dose pediátrica diária usual deve ser baseada em 2 a 3 mg/kg de peso corporal, ou a critério médico, administrado duas vezes por dia.


51

CARTILHA 10SET2012.indd 51

12/09/13 10:00

Fenitoína (Hidantal, Unifenitoin).

Nome do Medicamento

Tratamento e profilaxia de crises tônico-clônicas e crises parciais complexas.

Sua função

• ANTIEPILÉPTICO REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão, taquicardia, vasodilatação; Dermatológicas: hipertricose, rash, dermatite esfoliativa, prurido; Endócrina: perda de peso; GI: hiperplasia gengival, náusea, disgeusia, constipação, boca seca, vômito; GU: alteração na cor da urina; Hematológicas: agranulocitose, anemia aplástica, leucopenia, anemia megaloblástica, trombocitopenia; Hepática: hepatite medicamentosa; Hidreletrolítica: hipocalemia; Musculoesqueléticas: dor nas costas, osteomalácia, dor pélvica; Oftalmológicas: diplopia, nistagmo; Otorrinolaringológica: zumbido; SNC: anorexia, ataxia, agitação, edema cerebral, coma, tontura, sonolência, disartria, discinesia, reações extrapiramidais, cefaleia, nervosismo, fraqueza; Outra: reações de hipersensibilidade. INTERAGE COM: Ácido fólico, Amiodarona, Benzodiazepínicos, Cetoconazol, Cimetidina, Cloranfenicol, Dussulfiram, Estrógenos, Felbamato,

Importante saber Esta droga deve ser diluída SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir lentamente ou de modo contínuo (máximo 0,5 mg/kg/min). A infusão deve ser iniciada logo após a solução ser preparada. Fenitoína é altamente instável em qualquer solução EV.


52

CARTILHA 10SET2012.indd 52

12/09/13 10:00

Fenobarbital (Barbitron, Edhanol, Gardenal, Unifenobarb).

Anticonvulsivante em crises tônicoclônicas, crises parciais e febris. Sedação pré-

REAÇÕES ADVERSAS: CV: hipotensão; Dermatológicas: fotossensibilidade, rash, urticária; GI: constipação, diarreia, náusea, vômito; Local: flebite; Musculoesqueléticas: artralgia, mialgia,

Fenilbutazona, Fenotiazinas, Fluconazol, Fluoxetina, Holota-no, Isoniazida, Metilfenidato, Metronidazol, Miconazol, Omeprazol, Salicilatos, Sucinamidas, Sulfonamidas, Tolbutamida, Rtazodona, Vacinas (influenza), Barbiturados, Carbamazepina, Reserpina, Varfarina, Antiácidos, Cálcio, Sucralfato, Ciclosporina, Digitoxina, Doxiciclina, Estrógenos, Felbamato, Glicocorticoides, Metadona, Quinidina, Rifampicina, Varfarina, Depressores do SNC, Dopamina, Fenitoína, Estreptozocina, Teofilina, Lidocaína, Propranolol, Nutrição enteral. Esta droga deve ser diluída AD ou SF ou SG 5% ou SG 10%. EV deve-se infundir


53

CARTILHA 10SET2012.indd 53

12/09/13 10:00

Fentanila (Biofent,

Nome do Medicamento

Esta droga deve ser diluída SF ou SG 5% ou

lentamente ao redor de 10 a 15 minutos.

REAÇÕES ADVERSAS: CV: bradicardia; Dermatológica:

Importante saber

neuralgia; Respiratórias: depressão, sonolência, excitação, letargia, vertigem; Outras: reações de hipersensibilidade (incluindo angioedema e doença do soro), dependência física e psicológica. INTERAGE COM: Ácido valpróico, Divalproex, Inibidores da MAO, Antidepressivos tricíclicos, Ciclosporina, Cloranfenicol, Dacarbazina, Glicocorticoides, Quinidina, Varfarina, Ciclofosfamida, Depressores do SNC (outros), Paracetamol.

Auxiliar na indução da anestesia. Auxiliar na

Sua função

• ANALGÉSICO

operatória e em outras situações nas quais a sedação pode ser necessária. Profilaxia e tratamento de hiperbilirrubinemia.


54

CARTILHA 10SET2012.indd 54

12/09/13 10:00

anestesia regional. Para o controle da dor, taquipnéia e delírios no pós-operatório. Na anestesia geral com oxigênio e um relaxante muscular. Para indução e manutenção da anestesia geral.

Fluconazol (Candizol, Flucodan, Fluconal, Fresolcan, Helmicin, Hiconazol, Pantec,

Nome do Medicamento

Tratar a Candidíase na orofaringe, no esôfago, sistêmica grave e em pacientes submetidos

Sua função

Dose única de Fluconazol 150 mg não é recomendado para crianças, exceto sob supervisão médica.

SG 10%. EV deve-se infundir lentamente ou de modo contínuo, 1-5mcg/kg por hora. Nalaxona é a droga indicada para reverter os efeitos adversos da fentanila.

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: distúrbios esfoliativos; GI: deconforto abdominal, diarreia, náusea, vômito; Hepática: hepatotoxicidade; SNC:

Importante saber

diaforese; Musculoesqueléticas: rigidez torácica e musculoesquelética. SNC: convulsão. INTERAGE COM: Diazepam, Óxido nitroso, Droperidol, Inibidores da protease, Ritonavir.

• ANTIMICÓTICO

Durogesic, Fentanil).


55

CARTILHA 10SET2012.indd 55

12/09/13 10:00

transplante da medula óssea. Tratar Meningite criptocócica. cefaleia. INTERAGE COM: Ciclosporinas, Fenitoína, Gliburida, Glipizida, Tolbutamida, Isoniazida, Rifampicina, Varfarina.

Sua função

Tratar Esofagite erosiva, Omeprazol Úlcera duodenal e Úlcera (Extomepe, Eupept, gástrica. Gaspiren, Gastrium, Losar, Omep, Omepamp, Omeprotec, Oprazon, Peprazol, Pepsicaps, Prazonil, Uniprazonil, Uniprazol, Victrix).

Nome do Medicamento

REAÇÕES ADVERSAS: Dermatológicas: rash, urticária, prurido, alopecia; GI: boca seca, diarreia, dor abdominal, náusea, vômito, constipação, atrofia da língua; Respiratórias: sintomas de insuficiência respiratória, tosse, epistaxe; SNC: cefaleia, tontura, astenia, insônia, apatia, ansiedade, parestesia; Outras: febre, dor nas costas. INTERAGE COM: Benzodiazepínicos.

Importante saber

• ANTI-ÚLCERA PÉPTICA

Pronazol, Riconazol, Triazol, Unizol, Zelix, Zolstatin, Zoltec).

São limitadas as experiências do uso do Omeprazol em crianças.


56

CARTILHA 10SET2012.indd 56

12/09/13 10:00

Utilizado com midriáco e cicloplégico.

Sua função REAÇÕES ADVERSAS: CV: taquicardia, rubor facial; Dermatológicas: exantema; GI: sede, boca seca; Local: irritação; Oftálmicas: visão turva, fotofobia; Respiratória: colapso respiratório; SNC: reações psicóticas, distúrbios de comportamento, confusão. INTERAGE COM: nenhum relato até o momento.

Importante saber Utilizado topicamente em crianças com dose de 1-2 gotas no saco conjuntival; após 5min, instilar mais 1-2 gotas.

* Fonte destas informações: 1) AME – Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem: 2009/2010. RJ: EPUB, 2009. 2) Área temática de saúde da criança; CIM- Centro de Informações sobre Medicamentos. Guia de estabilidade de medicamentos injetáveis comumente usados em UTI neonatal. Disponível em: < http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0004/dilui.pdf> Acessado em: 6 Julho 2012. 3) BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Bula eletrônica. Disponível em: <http://www4.anvisa. gov.br/BularioEletronico/default.asp> Acessado em: 6 Julho 2012.

Tropicamida (Ciclomidrin, Mydriacyl, Tropinom).

Nome do Medicamento

• HEMOSTÁTICO


VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - KYLE, TERRI, Enfermagem pediátrica, Rio de Janeiro: Guanabara Roogan, 2011. 2 - TAMEZ, R.N.; SILVA, M.J.P., Enfermagem na UTI neonatal: Assistência ao Recém Nascido de Alto Risco, 2.ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 3 - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Guia para os Profissionais de Saúde. Intervenções Comuns, Icterícia e Infecções. Série A. Normas e Manuais Técnicos. V. 2. Brasília, 2011. 166p. 4 - FARIAS, L.M.; RÊGO, R.M.V.; LIMA, F.E.T.; ARAÚJO, T.L.; CARDOSO, M.V.L.M.L.; SOUZA, Â.M.A. Cuidados de Enfermagem no Alívio da Dor de Recém-Nascido: Revisão Integrativa. Rev Rene, Fortaleza, 2011 out/dez; v.12, n.4. p.866-74. 5 - LOPES, C.H.A.F.; CHAVES, E.M.C.; JORGE, M.S.B. Administração de medicamentos: análise da produção científica de enfermagem. Rev Bras Enferm, 2006 set-out; v.59, n.5. p.684-8. 6 - BAGGIO, M.A.; BAZZI, F.C.S.; BILIBIO, C.A.C. Cateter central de inserção periférica: descrição da utilização em UTI Neonatal e Pediátrica. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 mar; v.31,n.1. p.70-6. 7 - BUENO, M.; KIMURA, .AF.; DINIZ, C.S.G. Evidências científicas no controle da dor no período neonatal. Acta Paul Enferm. São Paulo (SP), Brasil. 2009; v.22, n.6, p. 828-32. 8 - ALVES, C.O.; DUARTE, E.D.; AZEVEDO, V.M.G.O.; NASCIMENTO, G.R.; TAVARES, T.S. Emprego de soluções adocicadas no alívio da dor neonatal em recém-nascido prematuro: uma revisão integrativa. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 dez; v.32, n.4. p.788-96. 9 - ALMEIDA, R.C.A. Alívio da dor durante a aspiração de recém-nascidos prematuros intubados. 2011. Dissertação (mestrado) -Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Saúde da Criança e do Adolescente, 2011. 10 - LINHARES, M.B.M.; DOCA, F.N.P. Dor em neonatos e crianças: avaliação e intervenções não farmacológicas. Temas em Psicologia, 2010, v.18, n. 2, p.307–25. 11 - CASTRAL, T.C. O contato materno pele a pele no alívio da dor em prematuros durante o Teste do pezinho. 2007. 161 f. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto- SP, 2007. 57

CARTILHA 10SET2012.indd 57

12/09/13 10:00


12 - LEITE, A. M.; LINHARES, M. B. M.; LANDER, J.; CASTRAL, T. C.; SANTOS, C. B.; SCOCHI, C. G. S. Effects of Breastfeeding on Pain Relief in Full-term Newborns. The Clinical Journal of Pain, v. 25, 2009. p. 827-832. 13 - WARNOCK, F. F.; CASTRAL, T. C.; BRANT, R.; SEKILIAN, M.; LEITE, A. M.; DE LA PRESA OWENS, S.; SCOCHI, C. G. S.. Brief Report: Maternal Kangaroo Care for Neonatal Pain Relief: A Systematic Narrative Review. Journal of Pediatric Psychology, v. 35, 2010. p. 975-984. SIGLAS USADAS NESTA CARTILHA: RN – recém-nascido UTIN – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal UTIneo – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal GU – Sistema Geniturinário CV – Sistema Cardiovascular GI – Sistema Gastrointestinal DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica SNC – Sistema Nervoso Central PA – Pressão Arterial SF – Soro Fisiológico SG – Soro Glicosado RL – Ringer Lactato MAO – inibidores da enzima monoaminoxidase ICC – Insuficiência Cardíaca Congestiva AINEs – Antiinflamatórios não esteróides AD – Água Destilada PVC – Pressão Venosa Central ECA – Enzima Conversora da Angiotensina

58

CARTILHA 10SET2012.indd 58

12/09/13 10:00


CARTILHA 10SET2012.indd 59

12/09/13 10:00


CARTILHA 10SET2012.indd 60

12/09/13 10:00


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.