Fatores de Risco em Geobiologia Arq. Viviane Santi Martins Fatores de risco, em geobiologia, representam um universo de energias e radiações cuja interação com os seres humanos podem afetar de forma nociva sua saúde, sua integridade física, biológica ou psicológica. Sua influência ocorre através da exposição por tempo mais ou menos prolongado e de acordo com a intensidade. A origem desses fatores de risco pode ser tanto natural - sendo parte do metabolismo e fisiologia da terra - ou artificial - como resultado das atividades e decisões humanas em sua forma de habitar o Planeta Terra. O desenvolvimento indiscriminado de aparatos da vida moderna tende a gerar mais e mais fatores de risco no nosso cotidiano, nesse sentido cito o atual investimento mundial em alimentos transgênicos, os quais são produzidos a partir de mutações genéticas impossíveis de serem produzidas na natureza. Sobre tais grãos de laboratório pouco se sabe e a tendência é de que em um futuro, não muito distantes, a humanidade venha a conhecer as conseqüências de mais uma das inovações tecnológicas de nosso tempo, da mesma forma que aconteceu com o cigarro, os agrotóxicos e atualmente com a exposição às emissões das antenas e aparelhos de celular. Acredito que esses fatores não se esgotam nessa lista, cada situação a que nos deparamos em geobiologia pode nos revelar novos conhecimentos, problemas e soluções. A geobiologia clássica trata principalmente das influências de origem natural, das redes do campo eletromagnético da terra principalmente a Hartmann, Peyré e Curry -, dos veios subterrâneos de água, falhas geológicas e radioatividade natural. A geobiologia moderna 1 http://www.arqcasasaudavel.blogspot.com/
soma a seu arcabouço de estudos as influências de origem artificial, onde se encontram: a radioatividade de alguns materiais de construção, a poluição eletromagnética - como redes de alta tensão, antenas da telefonia celular, rádio e TV, eletro-eletrônicos domésticos, entre outros, as emissões de COV’s (compostos orgânicos voláteis), o uso excessivo de ar condicionado sem renovação de ar, poluição sonora, falta de proximidade com a natureza, materiais sintéticos, a falta de luz natural, iluminação inadequada e poluição visual. Para
serem
considerados
como
fatores
de
risco
devemos
considerar sua intensidade, o tempo de exposição máximo tolerado pela saúde humana e de que forma cada um deles interage com os seres vivos. No caso das influências naturais, isso é mais perceptível, pois ao longo da história do Planeta as diversas formas de vida têm se adaptado a essas energias, evitando os pontos e zonas críticas através da percepção dos bio-sensores. Infelizmente o ser humano há muito perdeu sua conexão com a própria sensibilidade natural, devido ao sistema complexo de comportamentos e formas de vida. Para poder medir a salubridade de um ambiente é possível se utilizar de uma prospecção geobiológica, através te técnicas como a radiestesia, a observação dos indicadores naturais e o uso de aparelhos eletroeletrônicos para esses fins. Realizamos o mapeamento das fontes possíveis originárias de fatores de risco, medimos sua intensidade vibratória, seu nível biótico e possíveis radiações, entre outros fatores. Fatores de risco e a interação com a saúde humana Os estímulos elétricos no corpo humano são responsáveis pelos movimentos
musculares,
pelo
funcionamento
do
cérebro,
pela
decodificação dos sons e imagens através da audição e da visão, entre 2 http://www.arqcasasaudavel.blogspot.com/
tantos exemplos. Nossa natureza elétrica permite a sinergia com estímulos eletromagnéticos externos, cuja intensidade pode ou não gerar alterações metabólicas danosas à saúde. Além disso, o corpo humano é composto por cerca de 70% de água, por esse motivo apresenta grande potencial condutor, o que proporciona a absorção e interação com campos eletromagnéticos externos. No caso de exposições a perturbações energéticas produzidas por veios de água subterrânea, lençol freático e águas canalizadas soma-se a capacidade de conexão de nossas águas internas com a presença de águas externas, passando a vibrar em freqüência e intensidade similares, o que ocorre é que, geralmente as águas subterrâneas geram campos energéticos de alta ressonância, cuja exposição por tempo prolongado é extremamente nocivo. A malha energética da terra e as falhas geológicas também projetam um campo eletromagnético, que pode gerar transtorno a saúde humana. As redes de alta tensão, transformadores, antenas da telefonia celular, ondas de rádio e TV representam fortes contaminantes da esfera energética da vida, suas emissões - sejam sob a forma de ondas ou microondas - na maioria das vezes, validada pelas leis brasileiras, também excedem os níveis de tolerância à saúde. Mesmo equipamentos de
uso
doméstico
televisores,
emitem
podem raios
oferecer e
campo
riscos
como,
por
eletromagnético;
exemplo: forno
de
microondas e telefones móveis emitem microondas; rádio-relógios e demais
aparatos
com
visores
luminosos
podem
ser
radioativos,
equipamentos não aterrados podem saturar o ar com carga elétrica. Também os materiais de construção podem ser responsávei s por certos tipos de poluição, sabemos que algumas cerâmicas, 3 http://www.arqcasasaudavel.blogspot.com/
vitrificadas a base de sirconita, alguns granitos e a ardósia são radioativos. Diversos tipos de tintas e vernizes têm em sua composição COVs (compostos orgânicos voláteis), formaldeído e metais pesados, que emitem ou liberam partículas no ar. O cimento, além de ser responsável por 7% das emissões mundiais de CO2 na atmosfera por meio do processo de produção, ainda apresentam níveis de toxidade e radioatividade. Os tratamentos utilizados para madeira autoclavada geralmente são à base de cromo e arsênico. Os PVC’s, matéria prima, por exemplo, das tubulações que transportam a nossa pretensa água potável, ou ainda, do filme plástico que utilizamos para acondicionar alimentos, já foi abolido em vários países da Europa por sua comprova emissão de componentes cancerígenos. Situação comum na vida urbana moderna é a falta de contato com a
natureza.
Os
ambientes
naturais
tendem
a
ser
estabilizados
energeticamente, e a sinergia natural permite nesses ambientes o equilíbrio das forças presentes. A falta de contato freqüente com a natureza nos impede de usufruir de sua capacidade vitalizante e regeneradora. Além disso, as massas vegetais e as árvores têm uma função purificadora do ar, funcionam como filtros, retendo compostos químicos e gases e absorvendo parte das emissões eletromagnéticas, se constituem em protetores do ar que respiramos. Soma-se a isso nossa necessidade psicológica de estar em contato com a natureza da qual fazemos parte. Segundo Mariano Bueno (1997), estudos realizados em Tóquio no Japão, durante 20 anos de observação, demonstram que pessoas que vivem próximo a ambientes naturais com vegetação abundante, têm uma expectativa de vida de cinco a sete anos a mais que média nacional.
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Essa situação é agravada quando somados os fatores de risco a que estamos expostos. Os ambientes insalubres proporcionados pela combinação
da
indústria
da
construção
civil
e
nossa
moderna
engenharia e arquitetura, debilitam a capacidade regeneradora do corpo humano.
A situação agrava-se quando se cruzam redes, veios d’água
ou mesmo fontes de poluição eletromagnética artificiais, somando-se seus potenciais,
se intensificam as emanações energéticas e ampliam
sua zona de influência. A exposição prolongada a esses fatores de risco pode gerar sérias conseqüências a saúde, estando associados a elas diversos
distúrbios
orgânicos
e
biológicos,
entre
eles,
doenças
degenerativas como o câncer, leucemias, glaucomas; doenças do sistema respiratório, depressões e processos mutagênicos. Portanto é de fundamental relevância a atenção às condições de habitabilidade, do ponto de vista geobiológico, considerando todos os fatores de risco aqui apresentados, buscando sempre locais saudáveis para morar, trabalhar, estudar, e viver, no sentido pleno da palavra. E quando não possível essa seleção, avaliar com cuidado as condições atuais, mapear e diagnosticar as influências e exposições e saná-las, prioritariamente, deslocando cama e móveis de permanência prolongada para zonas neutros e, junto a isso, equilibrando a intensidade vibratória e o nível biótico da edificação e seu entorno imediato, com técnicas adequadas de compensação energética. Referências Bibliográficas BUENO, Mariano. Viver em Casa Saudável. São Paulo. Ed. Roka, 1997. BUENO, Mariano. O grande livro da casa saudável. Ed. Roka, 1995.
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PIRES, Allan Lopes e SAEZ, Juan. Geobiologia. Arte do bem sentir. S達o Paulo. Ed. Triom, 2006.
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