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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo Garcia et. al (2006), o primeiro reality show a ser transmitido na TV brasileira foi o programa “20 e Poucos Anos”, uma filial do “Na Real” americano, pela MTV Brasil, entre julho e dezembro de 2000, mas obteve pouca repercussão. O segundo reality show no Brasil foi apresentado pela Rede Globo, iniciando em julho de 2000 (apenas 18 dias após a estreia de “20 e Poucos Anos”), foi o programa chamado “No Limite”, inspirado no programa norte-americano “Survivor”, alcançou grandes índices de audiência. Mas o sucesso do reality show no Brasil só aconteceu com a criação do programa “Casa dos Artistas”, do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que teve sua primeira edição entre outubro e dezembro de 2001.

De acordo com Garcia et. al. (2006) o pesquisador uruguaio Fernando Andacht acredita que já se pode dizer que moramos em uma “telesfera”, ou seja, em um globo cheio de aparelhos de televisão por toda parte. O que na Idade Média era a Bíblia oral hoje é esse contínuo fluxo de imagens e sons. Segundo Bourdoukan (2002), nos reality shows, o comportamento dos " personagens " é ambíguo e, portanto, humano. Ainda de acordo com ele na seguinte inversão está a fórmula do sucesso dos reality shows: os participantes são humanizados e os espectadores ganham poder de Deus.

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No caso do Big Brother Brasil, os participantes são escolhidos através de suas inscrições e entrevistas. A possibilidade de ganhar um milhão e meio de reais, participar de campanhas publicitárias, fama, eventos famosos e muitos prêmios é um fator atrativo para muitas pessoas. Visando o sucesso do programa, os organizadores escolhem uma quantidade pequena de participantes. Segundo Santos (2010) a escolha cautelosa dos participantes é uma etapa crucial para o sucesso do Big Brother Brasil, com base em escolhas de temperamento, diferenças culturais, idade e outros fatores, sendo características importantes para gerar polêmicas e levantar faíscas na convivência, outro fator que pode gerar esse efeito é o ambiente onde os participantes convivem.

É por isso que, a cada edição, a produção do programa realiza uma série de mudanças tanto na decoração quanto na organização da casa, com o objetivo de experimentar e proporcionar formas diferentes de interação entre os confinados, explorando ao máximo os dilemas da convivência. (SANTOS, 2010, p. 43)

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