HOSPITAL VETERINÁRIO Catarina Cruz
PROPOSTA DE UM HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP Catarina de Oliveira Cruz Lima
Ribeirão Preto – SP 2020
Dedico esse trabalho, primeiramente, a minha "cãopanheira" Belinha, que me acompanhou e alegrou minha vida durante 16 anos, e é minha fonte de inspiração para a realização deste trabalho. À minha tia Therezinha, que deu o maior incentivo para que eu ingressasse e permanecesse no curso, e mesmo com os sustos na reta final, continuou firme e forte comigo. Aos arquitetos Isabella Tsuji e Silas Aguiar, que me aturaram todos os dias, me deram suporte e varias dicas para a realização deste trabalho. À professora/ coordenadora Catherine, que sempre acreditou no meu potencial e me guiou para a conclusão do TFG, e às professoras Tania e Ana que com toda a experiencia e exigências ao longo desses 5 anos me incentivaram sempre ao dar o meu melhor, e com certeza o resultado final também é graças a elas. À minha amiga/irmã Ana Lara, que mesmo a distância continuou me apoiando, e aos meus pais, minha inspiração de vida.
Fonte: Pixabay.
Resumo
O presente trabalho busca desenvolver um anteprojeto arquitetônico de um Hospital Veterinário, capaz de oferecer tratamento gratuito e adequado aos animais da cidade de Ribeirão Preto/SP, principalmente àqueles em situação de abandono ou que seus donos não possuem condições financeiras para arcar com os custos de um tratamento de qualidade. Palavra-chave: Bem-estar - Saúde animal - Tratamento Veterinária - Hospital Veterinário - Arquitetura Hospitalar.
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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 9 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................................................... 11 2.1 A relação homem-animal e a domesticação de cães e gatos........................................................ 12
2.2 Saúde e bem-estar animal .......................................................................................................................18 2.3 Arquitetura no Âmbito Hospitalar ......................................................................................................... 19 2.4 Arquitetura Hospitalar Veterinária ...........................................................................................................21 2.5 Perspectiva Local ..................................................................................................................................... 22 2.5.1 Realidade dos animais abandonados em Ribeirão Preto ............................................................22 2.5.2 Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) .........................................................................................23 2.5.3 Organizações não Governamentais (ONGs) .................................................................................24 3. LEGISLAÇÃO VIGENTE .................................................................................................................................... 26 4. LEITURAS PROJETUAIS....................................................................................................................................... 30 4.1 Hospital Veterinário Canis Mallorca ...................................................................................................... 31 4.2 Clínica Veterinária Masans...................................................................................................................... 44
4.3 Centro de Atendimento Animal de Palm Springs ................................................................................ 50 5. ÁREA DE INTERVENÇÃO ....................................................................................................................................59 5.1 Levantamento Físico-territorial.................................................................................................................. 61 6. ESTUDO PRELIMINAR .........................................................................................................................................68 6.1 Programa de Necessidades ......................................................................................................................69 6.2 Fluxograma ................................................................................................................................................. 73
6.3 Conceito e Partido ......................................................................................................................................75 6.4 Volumetria ................................................................................................................................................... 77 6.5 Plano de Massas e Setorização .................................................................................................................... 79 6.6 Diretrizes Projetuais .................................................................................................................................... 81 7. O PROJETO ....................................................................................................................................................... 84 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................100
1. INTRODUÇÃO De acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade São Paulo (USP), o Brasil ocupa o 4º lugar no mundo em população total de animais de estimação, no qual 44,3% dos 65 bilhões de domicílios possuem pelo menos um cão e 17,7% ao menos um gato. É crescente a participação desses animais de estimação como membros da família. Além dessa realidade, há outra paralela onde alguns animais são abandonados nas ruas e sofrem maus tratos de todos os tipos, e infelizmente ainda são poucas as pessoas que resgatam e tem condições de cuidar desses animais. Em cidades de grande porte, estimase que para cada 5 habitantes há 1 cachorro, e destes, ao menos 10% estão em situação de rua.
Em cidades menores do interior, a situação não é muito diferente, já que em muitos casos o número chega a ¼ da população humana. (ANDA – Agência Nacional de Direitos Animais, 2014.) Estes números apontam uma situação alarmante, tanto no ponto de vista da saúde e bem-estar – uma vez que os animais em situação de rua ficam expostos a doenças e diversos outros riscos, como serem atropelados – como do ponto de vista social. Atualmente, há uma escassez de locais adequados para tratar e abrigar animais em situação de rua, e também são poucos os Hospitais Veterinários no país que prestam atendimento com valores acessíveis ou gratuitos para população de baixa renda.
METODOLOGIA Para o desenvolvimento deste trabalho, será realizado um estudo através de referências teóricas como estudos bibliográficos, pesquisas em web sites, teses, artigos, legislação vigente para elaboração do projeto arquitetônico, visitas técnicas e levantamentos em campo.
9 Foto: Matteo Petralli
A criação de mapas de localização será através do software de geoprocessamento ArcGIS (Sistema de Informação Geográfica – SIG), com auxílio do Google Earth. O projeto arquitetônico será elaborado pelo AutoCad, a maquete eletrônica pelo SketchUp e a renderização das imagens em 3D pelo Lumion.
OBJETIVOS O objetivo desse trabalho é a criação de um local que seja referência no Município de Ribeirão Preto e região para o tratamento de animais de pequeno porte (cães e gatos), que possa proporcionar um melhor cuidado e qualidade de vida especialmente para os animais em situação de rua, para que possam ter um abrigo de qualidade enquanto aguardam serem adotados, podendo participar de atividades ao ar livre e interagir uns com os outros, focado exclusivamente na saúde e bemestar do animal.
O Hospital Veterinário oferecerá todo o apoio necessário principalmente aos animais que ainda não possuem donos, garantindo consultas médicas gratuitas com o intuito de não só apenas incentivar a adoção, mas conscientizar a população da importância do cuidado com os animais.
A área destinada ao Hospital possuirá infraestrutura de alta tecnologia para o tratamento e acompanhamento dos animai, para melhor suprir as necessidades dos animais e a população.
Fonte: Pixabay.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A relação homem-animal e a domesticação de cães e gatos A relação entre o homem e o animal se inicia desde os primórdios da história da humanidade, onde havia uma ligação entre a domesticação, sobrevivência e a subsistência. As descobertas do homem ao longo do tempo permitiram que os animais de certa forma fossem úteis para sua evolução, e a partir dessa premissa passaram a domesticar os animais para que contribuíssem na execução de determinados trabalhos. (PEREIRA, 2014)
12 Foto: Kamille Sampaio.
14.000 a.C
O cão foi o primeiro animal a ser domesticado pelo homem, inicialmente por motivos utilitários como proteção e caça.
12.000 a.C
9.000 a.C
5.000 a.C
3.500 a.C
Com a evolução e conhecimento da agricultura, porcos, ovelhas e gado foram domesticados com o intuito de fornecerem alimento, leite e lã.
Com a agricultura surgiram os ratos, que tinham os gatos como seus inimigos naturais, motivo para os humanos permitirem sua aproximação.
Cavalos e asnos foram domesticados à princípio para exercerem trabalhos através de sua força, como transporte e carga.
Galinhas, gansos e patos foram domesticados com o intuito de fornecerem carne e ovos.
Fonte: DIAMOND, Jares. Armas, gérmenes y acero (1998 p. 63-64). Modificado pela autora.
Segundo Teixeira (2007), o cão foi o animal que mais se associou ao homem com uma relação de caráter utilitário, no qual acompanhava-o ajudando na caça e na proteção, em troca de comida. Contudo, as necessidades do homem interviam na criação desse animal, adaptando-o na sua convivência, onde os biólogos denominam como vantagem adaptativa com maiores chances de sobrevivência através dessa permuta, praticando o processo de seleção artificial dada por Charles Darwin.
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Baseado em indícios arqueológicos, o elo entre as espécies vem de a mais de 12.000 anos atrás, quando, em Israel, a ossada de uma mulher foi encontrada ao lado de seu cão. No entanto, essa domesticação se estabeleceu há mais de 100.000 anos, a partir do momento que os ancestrais do homem passaram a abrigar os filhotes de lobo que rodeavam seus acampamentos. (TATIBANA; COSTA-VAL, 2009) Segundo Tatibana (2009), dentre os animais, o cão foi o que mais se associou ao homem com uma relação de caráter utilitário, no qual o fazia companhia e auxiliava na caça e proteção em troca de uma recompensa (comida), além de ser a espécie mais dócil, companheira e tolerante ao homem. Em relação aos gatos, pode-se dizer que pelo fato de ser uma espécie considerada mais independente, no início aparentemente não contribuíam para a sobrevivência do homem, já que não expressam obediência para ordens e não são acostumados a viver em grupos como os outros animais. Segundo Gandra (2015), a história da civilização descreve o homem domesticando diversos animais em busca de um benefício, desde a caça ou até mesmo nas vestimentas, porém, os felinos foram os únicos que houveram hesitações sobre os motivos para domesticá-los, já que até então não apresentavam alguma vantagem. (GANDRA, 2015)
Com o passar do tempo, a predominância da produção agrícola ocasionou no surgimento de um grande número de pragas e roedores, e consequentemente o interesse dos gatos em combater esses animais. Esse fato despertou a curiosidade e o interesse do homem em dominar e domesticar esse animal, já que de uma forma ele passou a ter utilidade. (GANDRA, 2015)
14 Foto: Henda Watami
Humano e gato sepultados.
Fonte: https://science.sciencem ag.org/content/304/5668 /259/tab-figures-data Acesso em: Mar. 2020.
Em 2004, Jean-Denis Vigne e sua equipe, membros do Museu Nacional da História Natural de Paris, desenterraram um túmulo onde estava sepultado o corpo de um ser humano de sexo desconhecido ao lado de um gato com idade aproximada de 8 meses, a 9.500 anos atrás. A partir dessa premissa, questiona-se como as pessoas já tinham algum tipo de relação com os felinos. (GANDRA, 2015)
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Como consequência, os laços afetivos entre as espécies foram surgindo e se intensificando cada vez mais, passando a desenvolver relações sociais. Para Tatibana e Costa-Val (2009, p.13) “o comportamento de apego, mecanismo de coalizão essencial para a sobrevivência de animais sociais, foi o resultado de um processo evolutivo onde ser social mostrou-se vantajoso no vínculo entre o homem e os outros animais”. Atualmente, a domesticação dos animais é importante por diversos motivos no contexto social e representam uma função muito importante na vida do ser humano. A interação com o animal oferece diversos benefícios para saúde do homem, que vão desde o afeto até a terapia, melhorando tanto sua saúde física quanto psicológica, e ajudam até mesmo como guias, guardas e resgates. “Além disso, têm-se despontado estudos sobre os benefícios e riscos da entrada de animais de estimação nas instituições hospitalares. A simples permanência ou visita de um animal é benéfica para crianças e adultos hospitalizados. É indicada como medida adjuvante em diversas situações clínicas por proporcionar benefícios emocionais para os pacientes, familiares e para a própria equipe, por reduzir o impacto e estresse gerado pela situação da doença e da hospitalização” (TATIBANA; COSTA-VAL, 2009, p.15).
Segundo uma pesquisa realizada pelo psicólogo americano Alle McConnel, professor da Universidade de Miami, o convívio com o animal doméstico, involuntariamente, colabora de maneira significativa para a saúde, bem-estar e humor das pessoas. Dentre essas vantagens, estão: •
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Prevenindo as pessoas de problemas cardíacos, já que os donos de cães tendem a caminhar mais e a caminhada fortalece a saúde do coração – as pessoas costumam e sentir mais entusiasmadas em praticar exercícios, simplesmente por terem um cão como companhia, por exemplo. Servem como sugadores de estresse, pois a relação entre o dono e o animal, principalmente no momento de fazer carinho, libera o hormônio do relaxamento e diminui a liberação do hormônio do estresse. Imãs sociais: os cachorros são ótimos para que você possa se conectar com outras pessoas em passeios e na internet em grupos que tratam de animais/ ongs. Melhora no humor: pessoas com animais de estimação geralmente são mais felizes e menos solitárias. Suporte social para crianças autistas, pois os animais favorecem no ambiente, como por exemplo na sala de aula, o que ajuda a criança autista se integrar com o restante das crianças. Já que, segundo a pesquisa realizada, as crianças sem autismo que também se envolvem com os animais tender a ver as outras crianças mais positivamente e trabalham melhor com elas. Sistema imunológico do bebe: segundo alguns estudos, bebes criados em famílias que possuem animais de estimação tendem a ter menos alergias, asmas, resfriados e infecções de ouvidos durante o primeiro ano de vida.
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Nota-se também diversas outras vantagens em virtude desse contato afetivo, que vai desde as crianças que em seus primeiros meses de vida, pois, segundo Vaccari (2007) elas desenvolvem a interpretação por meio da observação da linguagem corporal, “despertam a capacidade de compreender os fundamentos da vida, nascer, crescer e morrer; demonstram atitudes humanitárias em relação ao animal, pois ao cuidar desse, ajuda a criar responsabilidade com o ser vivo”. (VACCARI; ALMEIDA, 2007). Pesquisas também apontam resultados significativos com os idosos, já que se trata de uma população cada vez maior no brasil e que enfrenta diversos empecilhos, na qual muitas vezes o envelhecimento se torna um momento de abandono, afetando seu equilíbrio mental e interferindo na sua saúde. Contudo, constata Costa (2009), o contato carinhoso e afetivo de um animal de estimação promove uma sensação de preenchimento dessa lacuna e aumentando a autoestima e o bem estar dos idosos. “Numa sociedade que envelhece, nota-se cada vez mais, a presença de animais de estimação nos lares e o papel desempenhado por eles no suporte psicossocial às pessoas. Os animais de companhia proporcionam uma significativa melhoria na qualidade de vida das pessoas, aumentando os estados de felicidade, reduzindo os sentimentos de solidão e melhorando as funções físicas e a saúde emocional.” (COSTA, 2009, p. 4).
Hoje cães e gatos são considerados membros da família, formando um forte vínculo entre as espécies demonstrando lealdade e companheirismo, algo que nem sempre ocorre em relações humanas. “Estamos iniciando uma nova fase onde a aproximação dos animais com os seres humanos será encarada muito mais do que naturalmente: será imprescindível para a harmonia e bem-estar das espécies envolvidas” (TATIBANA e COSTA-VAL, 2009).
17 Foto: Anderson Martins
2.2 Saúde e bem-estar animal Apesar da relação entre a espécie humana e os animais ter seu início datado em períodos préhistóricos, o desenvolvimento da medicina veterinária é relativamente recente. Em meados da década de 1940, na medida em que houve um crescimento expressivo no número de animais de estimação, as necessidades ligadas aos cuidados com a saúde e o bem-estar animal também foram aumentando, consequentemente a importância do papel do médico veterinário na sociedade. (GOMES, 2016).
Esses cuidados englobam ações que visam diminuir a incidência de doenças e a mortalidade através da oferta de serviços de atenção básica à saúde dos animais como a vacinação, controle reprodutivo, atendimento para distúrbios comportamentais e o manejo de animais abandonados. (GARCIA, 2008). Em diversos países, inclusive no Brasil, a eliminação de animais de rua tem sido um método adotado com frequência, sem apoio de outras atividades de impacto. (BASTOS, 2013). Em contrapartida, Vieira (2016) afirma que as atividades de recolhimento e eliminação desses animais não são efetivas para esse controle, já que essa atividade deveria contemplar programas e políticas públicas nos municípios que atuem na principal causa do problema de excesso populacional: a procriação. (VIEIRA, 2016). O controle reprodutivo (castração) é também uma medida fundamental para o controle de zoonoses, já que a superpopulação desses animais em situação de rua pode se tornar uma fonte de infecções e doenças para outros animais e consequentemente a população humana, além de contribuir para a diminuição da agressividade em muitos dos animais. (BASTOS, 2013).
“Além disso, os custos da esterilização cirúrgica dos animais são consideravelmente inferiores aos custos da eutanásia, sendo possível, com um mesmo recurso, esterilizar um número 48,5% superior ao número de animais que poderiam passar pela eutanásia” (CÁCERIS, 2004 e BASTOS, 2013).
Assim como na maioria dos países da América Latina, o Brasil não conta com uma política nacional de manejo populacional de animais e, consequentemente, a maioria das cidades e estados estabelecem critérios/ soluções de forma individual. Tendo isso em vista, foi implantado em São Paulo o 1º hospital veterinário público para cães e gatos, que nasceu de uma parceria entre a prefeitura e a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP), com o objetivo de promover atendimento aos animais de famílias carentes e disponibilizar um espaço destinado a educação para os alunos da associação. (GARCIA, 2012; DEODORO, 2012 e BASTOS, 2013) A saúde animal deve ser considerada parte da saúde pública, vinculando-se ao conceito de Saúde Única (One Health). A Saúde Única adota uma abordagem multidisciplinar que inclui diversas áreas da saúde, incluindo a medicina veterinária, trabalhando em nível local, nacional ou global, afim de alcançar altos níveis de saúde humana, animal e ambiental (AVMA, 2016 e GOMES, 2016).
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2.3 Arquitetura no Âmbito Hospitalar Segundo o Ministério da Saúde (1977), os hospitais são parte integrante de uma organização social e médica, cuja função básica consiste em proporcionar uma assistência medica adequada a toda população, que seja curativa e preventiva, sob qualquer regime de atendimento, bem como orientar e supervisionar os estabelecimentos de saúde que sejam vinculados tecnicamente a ele. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. Apesar dos estabelecimentos hospitalares apresentarem diversas complexidades devido as atividades que serão realizadas nele (tanto para humanos quanto para animais), envolvendo interações de relações diversas e grandes investimentos na construção, deve-se buscar novos conceitos no espaço, como cita Martins (2004) “o hospital do futuro, além da viabilidade econômicofinanceira, deve atender aos requisitos de: expansibilidade, flexibilidade, segurança, eficiência e, sobretudo, humanização”. (MARTINS, 2004, P. 63)
Os hospitais funcionam 24 horas por dia e por isso deve possuir uma enorme rede de apoio para que suporte o edifício, e é necessário um planejamento adequado para garantir sua boa funcionalidade e atingir seus objetivos, com um projeto arquitetônico eficiente. Segundo Góes (2011) os hospitais são caracterizados como lugares hostis e antipáticos, e por isso a preocupação com alguns aspectos podem propiciar novos parâmetros. O planejamento da arquitetura hospitalar é um fator crucial para o bemestar de todos os envolvidos, criando espaços acolhedores, eficientes e mais humanos atinge o conforto ambiental, de maneira que contribui para o bem-estar do paciente, servindo de terapia. (GÓES, 2011) Uma pessoa se sente confortável com um local ou um acontecimento quando pode observá-lo ou senti-lo sem preocupação ou incômodo. Portanto, pode-se dizer que a uma pessoa está em um ambiente físico confortável quando se sente em a vontade e relação a ele. (CORBELLA e YANNAS, 2009).
Ainda que os hospitais impliquem aspectos desagradáveis, a humanização do meio ambiente físico colabora no desempenho, qualidade e agilidade de serviços prestados. Segundo Souza (2010), a demanda necessita de um espaço específico e apropriado, e desse modo, o projeto arquitetônico deve contribuir consideravelmente no bem-estar, ocasionando em diversos benefícios. Portanto, destaca a importância da arquitetura no planejamento hospitalar, tanto para os humanos quanto para os animais, com uma boa organização do espaço, compreendendo todas as necessidades médicas e do paciente, visando o funcionamento satisfatório e alcançando bons resultados. (LUKIANTCHUCKI; SOUZA, 2010).
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O arquiteto Lima (2012), alega que o projeto deve visar o bom funcionamento acompanhado pela beleza do edifício, “deixar o ambiente mais humano”. O arquiteto que projeta um hospital deve considerar todos os fatores da arquitetura incluindo a beleza. (Lima, 2009) Para Góes (2011), como a exigência por serviços de saúde com qualidade vem crescendo cada vez mais, os hospitais se vêm na obrigação de buscar por inovações para alcançar um melhor atendimento, e consequentemente, aumenta a demanda por projetos arquitetônicos hospitalares mais modernos e funcionais para atingir esse objetivo de acompanhar as exigência do mercado e possuir um planejamento eficaz. Fonte: Pixabay.
“O hospital possui um dos programas mais complexos a ser atendido pela composição arquitetônica, pois se trata de um edifício multifacetado, onde interagem relações diversas de alta tecnologia e refinados processos de atuação profissional (atendimento médico e serviços complementares), com outras de características industriais (lavanderia, serviço de nutrição, entre outros)”. (GÓES, 2011, p. 29).
Elizalde e Gomes (2007) asseguram que “o planejamento arquitetônico hospitalar deve ser uma alternativa capaz de atender as funções determinadas pelo setor, além de contribuir para o desempenho terapêutico, não causando nenhum dano à saúde do paciente que ali permanece para tratamento”. Os principais fatores físicos-funcionais no planejamento hospitalar envolvem setorização, flexibilidade, fluxo e circulação. (ELIZALDE E GOMES, 2007) No que diz respeito a arquitetura hospitalar no âmbito urbano, segundo Góes (2011) a implantação deve ser adequada, permitindo integração entre o espaço urbano e a edificação; deve contar obrigatoriamente com acessibilidade, possuir áreas verdes e passeios públicos bem dimensionados; além de estacionamento para pacientes, médicos e ambulâncias.
20 Fonte: Pixabay.
2.4 Arquitetura Hospitalar Veterinária Cinza – Ambiente limpo, puro e estéril. Azul – Sensação de tranquilidade. Verde – Representa a saúde. Laranja – Desperta leveza e otimismo, indicada para a recepção.
Segundo a publicação de Wagner A. Costa Val no Bio Brasil, devido ao crescente aumento do número de animais de estimação no país e donos cada vez mais exigentes com os cuidados, consequentemente cresce a exigência no mercado por clinicas e hospitais especializados e de qualidade. Para isso, é importante que o projeto arquitetônico garanta um ambiente hospitalar bem planejado e que leve em conta todas as necessidades e bemestar dos clientes e de seus pets.
Divisão de setores para a clínica ou hospital veterinária. Fonte: https://biobrasil.com.br/clini caplanejadageralucro/ Acesso em: Mar. 2020.
Quanto a divisão dos setores, é bom levar em conta a comunicação visual que se deseja passar, cuidando de um layout acessível que dê praticidade a circulação e exposição dos ambientes, mobiliários adequados, sala de espera que proporcione conforto, limpeza, e seja um ambiente agradável para atender as diferentes demandas. (VAL, 2018) A verdade é que por mais que os animais sejam o foco das clínicas/ hospitais, o cliente final é o dono, afinal, são eles que avaliam se os bichinhos estão tendo um tratamento adequado, como o ambiente influencia na sua percepção, se é um ambiente aconchegante, devidamente sinalizado etc. Para que o projeto possa ter viabilidade e funcionar corretamente, deve-se seguir uma série de regras e princípios básicos de higiene e bem-estar animal de acordo com a legislações vigentes e a Vigilância Sanitária. (VAL, 2018)
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2.5 PERSPECTIVA LOCAL 2.5.1 Realidade dos animais abandonados em Ribeirão Preto Em 2019, Ribeirão Preto possuía cerca de 100 mil animais abandonados nas ruas. Essa estimativa foi levantada por instituições e ONGs que trabalham em favor dos cães e gatos na cidade. Média de um animal abandonado para cada seis habitantes da cidade. (GOMES, 2019) “Não existe um censo oficial. A população é grande. Estima-se que, entre animais domésticos e que vivem nas ruas, exista um animal para cada três pessoas em Ribeirão Preto. Nós fizemos uma reunião inicialmente para discutir a criação desse Samu animal, mas é preciso investir em cuidados como controle, para não enxugarmos gelo. Hoje isso praticamente não existe em Ribeirão Preto” (PARADA, 2019)
Visando o controle de reprodução dos animais, Ribeirão conta com o Programa de Castração Animal de Baixo Custo e sem Custo, com o objetivo de ofertar melhores condições de saúde e bem-estar animal para cães e gatos, controlar a população canina e felina no município e implantar ações educativas sobre posse e propriedade responsáveis. O programa de castração sem custo é destinado à população em condição socioeconômica abaixo da linha da pobreza, identificada pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Estas cirurgias são realizadas na sede da Coordenadoria do Bem-Estar Animal, sem qualquer ônus financeiro para os proprietários dos animais. (GOMES, 2019)
Já as castrações de baixo custo são realizadas em clínicas veterinárias conveniadas ao município, mediante pagamento de taxa de R$50 pelos munícipes. À prefeitura fornece kits com material cirúrgico descartável e medicamentos para a realização da cirurgia.
Foto: Pixabay.
Há uma Lei municipal que considera a multa de 50 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) para quem for flagrado abandonado animais, porém, essa lei está em revisão. Cada UFESP valia, em 2019, R$26,53.
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2.5.2 Centro de Controle de Zoonoses
Em Ribeirão Preto, no que se refere aos cuidados de cães e gatos, o Centro de Zoonoses é responsável por: Foto: Gabriela Loureiro
• “Zoonoses são todas as doenças que podem ser transmitidas aos animais vertebrados e aos homens, podendo contar com agentes de diversas origens e, inclusive, serem transmitidas por meio contato direto entre homem e animal.” (TOYOTA, 2020)
De acordo com o Manual Técnico do Instituto Pasteur, dentre as zoonoses de maior importância para a Saúde Pública e incidentes em áreas urbanas, destacam-se a raiva, leptospirose, tuberculose, brucelose, toxoplasmose, teníase e cisticercose. Centro de Controle de Zoonoses são instituições municipais com estrutura física especifica e personalidade jurídica legalmente estabelecida, geralmente vinculadas ao órgão de saúde local, com competência e atribuição para desenvolver os serviços elencados nos Programas de Controle de Zoonoses, de doenças transmitidas por vetores e de agravos por animais. (TAKAOKA, 2000) Estes centros são responsáveis também por vacinações de animais e a educação populacional, direcionada para que a população em geral tenha as informações necessárias para se prevenirem e evitar a propagação de doenças em animais e pessoas (TOYOTA, 2020), principalmente em cães e gatos que são considerados como reservatórios e hospedeiros dessas doenças.
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Vacinação antirrábica dos animais que tiveram contato com morcegos; Observação de cães e gatos que tiveram contato com morcegos pelo período de 180 dias, conforme Nota Técnica 19/2012 CGDT/DEVEP/SVS/MS; Bloqueio vacinal de cães e gatos em áreas com casos de morcegos positivos para raiva; Recolhimento de animais vivos de relevância para a saúde pública (suspeitos de alguma zoonose, agressores, em conformidade com a Portaria 1.138/2004 do Ministério da Saúde. Recolhimento e recebimento de animais mortos quando forem de relevância para a saúde pública, em conformidade com a Portaria 1.138/2004 do Ministério da Saúde; investigação por meio de necropsia, coleta e encaminhamento de amostras laboratoriais, de animais suspeitos de zoonoses de relevância para a saúde pública; Bloqueio vacinal em áreas com casos de cães ou gatos positivos para raiva. Realização de pesquisa entomológica no entorno de caso canino ou humano positivo de LVA; Coleta de amostras biológicas de cães suspeitos de Leishmaniose para diagnóstico laboratorial.
2.5.3 Organizações não Governamentais (ONGs)
Foto: Thinkstock
Segundo informações publicadas pela Cultura Mix, as ONGs voltadas para a defesa animal são, provavelmente, as mais antigas, já que esse foi um dos primeiros temas abordados por esse tipo de associação. As mais conhecidas atualmente são o Greenpeace, a WWF, Projeto Tamar e S.O.S Mata Atlântica.
As ONGs, também conhecidas como Organizações Não Governamentais Sem Fins Lucrativos, são entidades da sociedade civil criadas com a finalidade de solucionar problemas específicos. Desenvolvem ações em diferentes áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade; assim, elas se mantêm com o dinheiro de doações, conseguidas por meio de divulgações nas mídias sociais. (MARKOSKI, 2019) Dentro do âmbito salientado sob os cuidados e bem estar animal, as ONGs adquiriram um forte papel nas cidades e vem crescendo cada vez mais, visto que nem em programas do Estado e nem do município conseguem atender a demanda de animais abandonados. Mesmo em cidades em que o poder público tem atuado para proteger esses animais, o papel das ONGs é de fundamental importância para auxiliar neste trabalho, tendo em vista que a política voltada aos animais limita-se ao controle de zoonoses, e as ONGS passam a ser a única esperança de vida para milhares de bichos abandonados pelas ruas. O seu funcionamento básico é por meio de denúncias, recolhimento do animal em condições de abandono, tratamento e termina quando ele é adotado. O trabalho, no entanto, não fica restrito somente a animais de estimação – cães e gatos – se abrange a todos os animais, inclusive animais silvestres. (MARKOSKI , 2019)
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Foto: Amal Santhosh
As ONGs que cuidam dos animais em Ribeirão Preto nasceram da preocupação dos protetores voluntários com a saúde de animais soltos pelas ruas da cidade, com o propósito de proporcionar abrigo aos animais resgatados, muitos em condições precárias, passando fome, doentes, maltratados e abusados por pessoas sem respeito à vida, afim de acolherem e dar o necessário para que, ao se recuperarem, possam encontrar um novo lar. (APOLINÁRIO, 2017) De acordo com a pesquisa realizada, as principais ONGs que atuam na cidade são: Focinhos S.A, Associação Cãopaixão, ONG Amparar e ONG cão sem dono. Ribeirão também conta com a AVA – Associação Vida Animal, que é uma instituição sem fins lucrativos que subsidia uma clínica popular em parceria com médicos veterinários, afim de promover atendimento aos cães e gatos a preços populares e atender a demanda social de animais de rua cadastrados na ONG. Organizam mutirões de castração, eventos para adoção de animais, além de desenvolver projetos sociais para cuidar também dos cavalos. De modo geral, as condições financeiras das ONGs são muito baixas, dependendo sempre de doações e eventos beneficentes para arrecadar verba. Muitas não possuem espaços e estruturas físicas suficientes para abrigar os animais que, por sua vez, acabam sendo mantidos em hotéis para pets ou até mesmo nas residências dos próprios colaboradores. Embora não exista um estudo atual que comprove esses dados, as ONGs da cidade possuem, em média, um acolhimento e rotatividade de 100 animais por mês.
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3. LEGISLAÇÃO VIGENTE Para a elaboração do projeto arquitetônico, devem ser respeitadas uma série de restrições legais. Em específico para estabelecimentos médico-veterinários, tem-se a Resolução nº 1015, de 09 de novembro de 2012, que conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médico-veterinários de atendimento a pequenos animais e dá outras providências. O Capítulo I, pertencente ao Título II – Dos Estabelecimentos médico-veterinários, diz respeito aos hospitais veterinários, definindo-os como estabelecimentos capazes de assegurar a assistência médico-veterinária curativa e preventiva aos animais, que garanta um atendimento ao público em período integral, com a presença permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário. O quadro a seguir indica o conteúdo pertencente ao artigo 3º do mesmo capítulo, que traz as condições necessárias para que os Hospitais Veterinários possam funcionar corretamente.
Setores e ambientes obrigatórios dos estabelecimentos veterinários, segundo a resolução nº 1015/2012.
Setor
Requisitos/ Ambientes mínimos
▪ sala de recepção; Setor de ▪ consultório; atendimento ▪ geladeira, com termômetro de máxima e mínima para manutenção exclusiva de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos; ▪ sala de arquivo médico, que pode ser substituída por sistemas de informática. ▪ laboratório de análises clínicas; Setor de ▪ radiologia; diagnóstico ▪ ultrassonografia. ▪ sala de preparo de pacientes; ▪ sala de antissepsia e paramentação, com pia e dispositivo dispensador de detergente sem acionamento manual; ▪ sala de lavagem e esterilização de materiais, contendo equipamentos para lavagem, secagem e esterilização de materiais. Setor cirúrgico ▪ a sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando o estabelecimento utilizar a terceirização destes serviços, comprovada pela apresentação de contrato/convênio com a empresa executora; ▪ unidade de recuperação anestésica; ▪ sala cirúrgica. ▪ mesa e pia de higienização; ▪ baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento compatíveis com os animais a elas destinadas, de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias Sala de municipais e/ou estaduais; Internação ▪ local de isolamento para doenças infectocontagiosas; ▪ armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários a seu funcionamento. ▪ lavanderia; ▪ local para preparo de alimentos para animais; ▪ depósito/almoxarifado; Setor de ▪ instalações para descanso, preparo de alimentos e alimentação do médico veterinário e funcionários; sustentação ▪ sanitários/vestiários compatíveis com o número de funcionários; ▪ setor de estocagem de medicamentos e fármacos; ▪ unidade de conservação de animais mortos e restos de tecidos.
Além da legislação específica de nível federal, o projeto deverá estar de acordo com as seguintes leis e normas técnicas: Quadro de leis e normas técnicas. Lei / Norma Técnica
Conteúdo
trata da acessibilidade a Norma edificações, mobiliário, Brasileira 9050 espaços e equipamentos urbanos dispõe sobre o Código Lei Estadual nº Sanitário do Estado de 10.083 São Paulo dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Lei Ribeirão Preto, parte Complementar integrante do processo nº 2.866 de planejamento urbano do município dispõe sobre o Código de Obras e Edificações de Ribeirão Preto, das normas gerais e Lei específicas a serem Complementar obedecidas na nº 2.932 elaboração de projeto, visando garantir os padrões de higiene, segurança e conforto das habitações do município
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O Decreto nº 40.400 de 24 de outubro de 1995 aprova a Norma Técnica Especial relativa à instalação de estabelecimentos veterinários no país. O Capítulo II, pertencente ao Título II – do Funcionamento, traz uma série de normas e dimensões mínimas para as instalações e dependências dos estabelecimentos veterinários. Dentre eles, destacam-se para o hospital veterinário: Ambiente Sala de recepção e espera
Descrição destina-se à permanência dos animais que aguardam atendimento
Pré-requisitos
Revestimento
Dimensões
deve ter acesso diretamente do exterior
impermeável e resistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até altura de 2.00m
10,00m² sendo a menor dimensão no plano horizontal não inferior a 2.50m
6,00m², sendo a o piso deve ser liso, impermeável e resistente destina-se ao exame deve ter acesso direto da sala menor dimensão no Sala de a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem clínico dos animais de espera plano horizontal não consultas ser impermeabilizadas até a altura de 2,00m inferior a 2,00m destina-se à prática de curativos, Sala de aplicações e outros obedece às especificações para a sala de consultas curativos procedimentos ambulatoriais a sua área deve ser o piso deve ser liso, impermeável e resistente compatível com o a pisoteio e desinfetantes; suas paredes tamanho da espécie devem ser impermeabilizadas até a altura de destina-se à prática a que se destina, seu acesso deve ser através de 2,00m; o forro dever ser de material que Sala de de cirurgias em nunca inferior a antecâmara permita constantes assepsia; não deve haver cirurgia animais 10.00m², sendo a cantos retos nos limites parede-piso e paredemenor dimensão no parede; as janelas devem ser providas de plano horizontal telas que impeçam a passagem de insetos nunca inferior a 2,00m conterá pia para lavagem e 4.00m², sendo a o piso deve ser liso e impermeável; as compartimento de desinfecção das mãos e braços menor dimensão no paredes devem ser impermeabilizadas até a Antecâmara passagem dos cirurgiões; poderá conter plano horizontal altura de 2,00m armários nunca inferior a 2,00m destina-se a esterilização dos 6,00m² sendo menor deve ser provida de seu piso deve ser liso e impermeável, materiais utilizados dimensão no plano Sala de equipamento para esterilização resistente a desinfetantes; as paredes devem horizontal nunca esterilização nas cirurgias, nos seca e úmida ser impermeabilizadas até o teto ambulatórios e nos inferior a 2,00m laboratórios sua área mínima deve destina-se a coleta ser 4,00m2, sendo a de material para o piso e as paredes devem ser Sala de menor dimensão no análise laboratorial impermeabilizados coleta plano horizontal médico veterinário nunca inferior a 2.00m
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Normas e dimensões mínimas para as instalações e dependências dos hospitais veterinários, segundo decreto 40.400/1995.
Ambiente
Sala para abrigo de animais
Sala de radiografias
Sala de tosa
Sala para banhos
Sala para secagem e penteado
Canil
Descrição
Pré-requisitos
Revestimento
Dimensões
seu acesso deve ser afastado das dependências destinadas a cirurgia e laboratórios; deve ser provida de instalações necessárias destina-se ao ao conforto e segurança dos animais e propiciar ao pessoal que alojamento de o piso deve ser liso e suas dimensões nela trabalha condições adequadas de higiene e segurança ao animais impermeabilizado, resistente devem ser desempenho; deve ser provida de dispositivos que evitem a internados; nela ao pisoteio e desinfetantes: as compatíveis com o propagação de ruídos incômodos e exalação de odores; deve ser se localizam as paredes devem ser tamanho das provida de água corrente suficiente para a higienização ambiental; instalações e impermeabilizadas até a espécies a que se o escoamento das águas servidas deve ser ligado à rede de altura de 2,00m compartimentos destina esgoto, ou, na inexistência desta, ser ligado a fossa séptica com de internação poço absorvente; as portas e as janelas devem ser providas de tela para evitar a entrada de insetos deve ter dimensão suas especificações de proteção ambiental e individual devem compatível com o obedecer a legislação vigente para radiações tamanho da espécie a que se destina o piso deve ser impermeável. destina-se ao liso e resistente a corte de pelos desinfetantes; as paredes 2,00m² dos animais devem ser impermeabilizadas até a altura de 2,00m deve ter piso impermeável e resistente a desinfetantes; as o escoamento das águas servidas deve ser ligado diretamente a paredes devem ser rede de esgoto, sendo o da banheira provido de caixa de impermeabilizadas até a 2,00m² sedimentação altura de 2,00m; a banheira deve ter paredes lisas e impermeáveis deve ter piso liso, impermeável e resistente aos desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até 2,00m de altura deve ser individual, construído em alvenaria; o escoamento das águas servidas não poderá comunicar-se diretamente com outro área compatível canil: em estabelecimentos destinados ao tratamento de saúde o compartimento as paredes devem ser lisas, com o tamanho dos pode ser adotado o canil de metal inoxidável ou com pintura destinado ao impermeabilizadas de altura animais que abriga e antiferruginosa. com piso removível; em estabelecimentos nunca inferior a 1,5m abrigo de cães nunca inferior a destinado ao adestramento e/ou pensão pode ser adotado o canil 1,00m² tipo solário, com área mínima de 2,00m², sendo o solário totalmente cercado por tela de arame resistente, inclusive por cima
Destina-se ao armazenamento deve ser provido de dispositivos que impeçam a entrada e de resíduos sólidos Abrigo para proliferação de roedores e artrópodes nocivos, bem como gerados no exalação de odores; sua localização deverá ser fora do corpo resíduos estabelecimento do prédio principal; o armazenamento de resíduos infectantes sólidos enquanto deverá ser feito em separado dos resíduos comuns aguardam a coleta
deverá ser as paredes e pisos deverão dimensionado para ser de material resistente a conter o equivalente desinfetantes e a três dias de impermeabilizados geração, com área mínima de 1,00m²
Normas e dimensões mínimas para as instalações e dependências dos hospitais veterinários, segundo decreto 40.400/1995.
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4. LEITURAS PROJETUAIS As leituras projetuais selecionadas visam criar uma base para o projeto que será realizado como produto final deste trabalho. Os projetos oferecem diversos elementos para inspiração e referências que auxiliarão no estudo da composição formal, funcional e estrutural.
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Fachada do Hospital Veterinário Cais Mallorca. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020.
4.1 Hospital Veterinário Canis Mallorca Arquitetos: Estudi E. Torres Pujol Localização: Palma, Ilhas Baleares, Espanha Ano: 2014 Área: 1.538,00m²
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Hospital Veterinário Canis Mallorca O hospital veterinário localiza-se em um bairro residencial, com a presença de algumas indústrias. O terreno localiza-se ao lado da antiga prisão de Palma, que atualmente está abandonada, próximo a uma rodovia, e o uso dos prédios vizinhos são em sua maioria comerciais, como supermercados, mecânicos, lanchonetes e diversas outras variedades.
Fachada do Hospital Veterinário.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763 528/hospital-veterinario-canismallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020.
Mapa de Localização do Hospital Veterinário Canis Mallorca.
Fonte: IBGE e Google Earth, modificado pela autora.
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Um dos objetivos do arquiteto era conseguir com que os espaços fossem funcionais, sendo essencial à disposição e as conexões criadas, com uma distribuição dos ambientes flexível e modular. As áreas deveriam ser abertas e multifuncionais, e estarem todas interconectadas atendendo a todos os requisitos do cliente, inclusive um orçamento apertado. (ARCHDAILY, 2015) Planta baixa pavimento térreo.
Planta baixa
RECEPÇÃO BANHEIROS SALA DE ESPERA LABORATÓRIO TERRAÇO CONSULTÓRIOS Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763 528/hospital-veterinario-canismallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
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SALA DE ULTRASSOM E RAIO X FISIOTERAPIA INTERNAÇÃO
O edifício é composto por 3 pavimentos, no qual o subsolo é destinado ao estacionamento dos funcionários e áreas de serviços como armazenamento, necrotério, lavanderia e rouparia. O pavimento térreo conta com a recepção que dá acesso a sala de espera e aos consultórios, salas de exame, sala de internação, esses localizados aos fundos da edificação. Já o segundo pavimento é divido entre a área dos funcionários com os banheiros, vestiários, dormitórios e salas de administração; e o setor cirúrgico.
Planta 1º pavimento.
ÁREA PESSOAL GESTÃO DIREÇÃO ADMINISTRAÇÃO
1º Pavimento
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
ÁREA CIRÚRGICA SALA DE CONFERÊNCIAS BICLIOTECA
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Esquema de acessos – pavimento térreo,
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospit al-veterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
ACESSO PRINCIPAL ACESSOS SECUNDÁRIOS ACESSO DE VEÍCULOS
O acesso principal ao hospital se dá através de uma escada e uma rampa localizadas na fachada oeste da edificação, destinado aos clientes. Já as entradas secundárias, direcionadas aos funcionários, se localizam na fachada frontal oeste por uma pequena abertura lateral na esquina, e uma outra entrada na lateral norte do hospital. Há ainda a entrada de veículos na lateral do edifício, com acesso à oeste. Esta leva a uma rampa que dá acesso ao subsolo, onde encontra-se o estacionamento dos funcionários.
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Planta de circulação – subsolo.
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
CIRCULAÇÃO TÉCNICA
O projeto conta com circulações verticais e horizontais. As verticais estão situadas no interior da edificação onde possui um elevador e uma escada que conectam o subsolo, térreo e o primeiro pavimento.
Circulação vertical interna.
Circulação vertical externa.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospital-veterinariocanis-mallorca-estudi-e-torres-pujol | Acesso em: Abr. 2020.
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Planta de circulação – pavimento térreo.
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO TÉCNICA CIRCULAÇÃO DE PACIENTES Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospit al-veterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
As circulações horizontais, por sua vez, em sua maioria são compostas por corredores que levam de um ambiente a outro, facilitando o fluxo de pessoas.
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Planta de circulação – 1º pavimento.
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospit al-veterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
CIRCULAÇÃO TÉCNICA
Há ainda a separação dos acessos públicos e privados, no qual o público é destinado aos pacientes e seus respectivos donos (recepção, sala de espera, consultórios, salas de exames e internação) e o privado exclusivo para funcionários, composto pelas salas cirúrgicas, sala de funcionários e área administrativa.
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Fachada do Hospital.
O projeto possui uma forma simples e horizontal, formando um prisma de base irregular. Uma das exigências do cliente era que o arquiteto aproveitasse ao máximo os índices urbanísticos exigidos pela legislação local, o que fez com que a forma da edificação se adaptasse ao lote. O destaque está na grande marquise formada na fachada principal. Apesar da modernidade do edifício, ele dialoga com seu entorno “combinando” com o estilo tradicional da cidade. (ARCHDAILY, 2015) A estrutura do hospital é mista, composta por chapas metálicas e concerto armado. Os pilares localizam-se na estrutura exterior e junto as circulações verticais, podendo constatar que os elementos estruturais tem a função apenas de sustentação, tornando o espaço mais funcional e organizado, permitindo o rearranjo dos espaços, uma vez que as divisórias são em Light Steel Frame, que contribui também para o conforto acústico e térmico da edificação. (ARCHDAILY, 2015)
Ritmo e sequência de grandes esquadrias
Fachada do Hospital.
Nas fachadas predomina-se o uso do vidro, permitindo com que os usurários da edificação tenham maior contato com o exterior, e vice versa. A marquise em balanço faz com que o passeio público e o hospital se integrem, fazendo a conexão dos pedestres com quem se encontra no interior do prédio.
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020.
Instalações aparentes na sala de internação.
As instalações elétricas e hidráulicas são aparentes para que as reparações e manutenções, caso sejam necessários, se tornem mais acessíveis. Instalações aparentes na sala dos funcionários.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospital-veterinario-canismallorca-estudi-e-torres-pujol. Acesso em: Abri. 2020| Modificado pela autora.
Corredor no interior do edifício.
A cor branca é predominante em todo o edifício, tanto no interior quanto em seu exterior, fazendo com que a luz se reflita e o ambiente se torne mais calmo e iluminado, o que contribui também para o conforto térmico ajudando a resfriar o ambiente interno.
Corredor no interior do edifício. Fonte: ArchDaily.
“A composição das outras três fachadas foram projetadas de acordo com os requisitos de iluminação e ventilação em cada um dos espaços. Para isso, eram necessários apenas três tipos de aberturas. (de dimensões de 50x240 cm, 100x240 cm e 150x240 cm).” (TORRES, ESTEVE PUJOL, 200-?)
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Curiosidade:
Esquadrias baseadas na proporção áurea.
Algumas esquadrias do edifício são baseadas na proporção áurea.
O projeto também conta com diversas aberturas para aproveitar melhor a iluminação e ventilação natural. Inclusive, o arquiteto utilizou estratégias para a incidência de luz direta no ambiente, como se pode observar nas figuras abaixo. Para isso, foi projetado uma claraboia, que faz com que a luz natural penetre no ambiente sem incomodar ou interferir quem está utilizando. (ARCHDAILY, 2015)
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol. Acesso em: Abr. 2020. | Modificado pela autora.
Iluminação zenital na sala cirúrgica.
Fonte: https://www.archdaily. com.br/br/763528/hos pital-veterinario-canismallorca-estudi-etorres-pujol0 Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
Corte demonstrando a claraboia na sala cirúrgica.
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020.
Ventilação e insolação do hospital.
Placa fotovoltaica.
Fonte: https://www.intelbras.c om/pt-br/modulofotovoltaico-ems-330pems-330-p | Acesso em: Abri. 2020.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol. Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
Outro mecanismo que também contribui para essa economia é a utilização de placas fotovoltaicas, como demonstrado na figura abaixo, que capta os raios solares transformando-os em energia elétrica.
O arquiteto não utilizou nenhum mecanismo de proteção e controle solar. A fachada envidraçada, onde localiza-se a recepção, está voltada a oeste, mas dispõe de uma grande marquise que faz com que o sol não penetre com tanta intensidade no ambiente. Já a fachada leste, é composta por pequenas janelas que também não contam com mecanismos para barrar o sol excessivo em abas as fachadas. Apesar do ambiente não possuir recursos à ventilação, nota-se a existência de ventilação cruzada em alguns ambientes, como mostra acima.
Planta de cobertura – destaque para as placas fotovoltaicas.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528/hospitalveterinario-canis-mallorca-estudi-e-torres-pujol. Acesso em: Abr. 2020. Modificado pela autora.
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O fator de maior relevância deste edifício é a forma como o arquiteto buscou atender a sustentabilidade, buscando meios de transformar os ambientes funcionais se preocupando com a eficiência energética. Para atender esse requisito, o projeto conta com uma claraboia lateral nas salas de cirurgia, formando uma iluminação zenital, em um ambiente onde normalmente não possui aberturas. Isso faz com que diminua a necessidade de iluminação artificial gerando uma economia de energia para o hospital.
Fachada do Hospital Veterinário Canis Mallorca.
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/763528 /hospital-veterinario-canis-mallorcaestudi-e-torres-pujol Acesso em: Abr. 2020.
Fachada principal da Clínica Veterinária Masans. Fonte: Google Earth. Acesso em: Abr. 2020.
4.2 Clínica Veterinária Masans Arquitetos: Domenig Architekten Área: 1145,0 m² Localização: Chur, Suíça Ano: 2014 Status: Construído
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Fachada da Clínica Veterinária Masans.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masansdomenig-architekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
A Clínica Veterinária Masans situa-se na cidade de Chur e dispõe de uma alta tecnologia da medicina veterinária. O acesso à edificação se dá através de uma via que também dá acesso a um conjunto habitacional, construído no mesmo terreno. Parte da edificação é subterrânea, e sua cobertura verde serve como um parque que atende ao conjunto.
Habitação de interesse social
Clínica Veterinária
Mapa de Localização da Clínica Veterinária Masans.
45 Fonte: IBGE e Google Earth, modificado pela autora.
Planta baixa pav. térreo Clínica Veterinária Masans. DIAGNÓSTICOS E CENTRO CIRÚRGICO CONSULTÓRIOS RECEPÇÃO E SALA DE ESPERA
INTERNAÇÃO SANITÁRIOS
A clínica veterinária conta com alas destinadas a diagnósticos, consultórios, centro cirúrgico, uma ampla recepção e sala de espera destinada aos pacientes, salas de internação, salas de reuniões, área para os funcionários almoçarem e descansarem e um espaço de apoio, que pode ser destinado para atividades diversas.
SALAS DE REUNIÕES APOIO ÁREA DE FUNCIONÁRIOS
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masans-domenigarchitekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
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Acessos e circulação do pavimento térreo.
Fonte: https://www.archdaily.com. br/br/768761/clinicaveterinaria-masansdomenig-architekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
ACESSO PRINCIPAL ACESSO DE FUNCIONÁRIOS ACESSO DE SERVIÇOS
As áreas do projeto destinadas a serviços laboratoriais, cirurgias e depósitos que necessitam de iluminação artificial localizam-se no núcleo, enquanto os demais ambientes que exigem luz e ventilação natural foram alocados no perímetro da edificação. O edifício conta ainda com um subsolo destinado a serviços como lavanderia, rouparia, administração e depósito, áreas de acesso restrito somente aos funcionários.
Acessos e circulação do subsolo.
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Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masans-domenigarchitekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
As paredes do edifício são quase todas de concreto aparente e pisos em linóleo cinza. A cor branca do mobiliário foi escolhida para que haja um contraste e favoreça na iluminação dos ambientes, além de trazer uma atmosfera agradável e calma para os funcionários e clientes. (ARCHDAILY, 2015)
Paredes de concreto aparente
Sala de espera.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masansdomenig-architekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
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Recepção. Fonte: ArchDaily.
Iluminação natural/ integração interior e exterior
Pilar de concreto
As salas de cirurgia, exames, consultório e de convivência são cobertas por painéis de fibra de vidro para garantir o isolamento acústico. As instalações também são aparentes, fator que facilita na manutenção e mantém o caráter técnico da instituição. (ARCHDAILY, 2015) Instalações aparentes
Consultório. Fonte: ArchDaily. Parede de concreto aparente
Aproveitamento da iluminação natural
Sala de exames.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinariamasans-domenig-architekten | Modificado pela autora..
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Instalações aparentes
Paredes de concreto aparente
Corredor do edifício.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masansdomenig-architekten. Acesso em: Abr. 2020 | Modificada pela autora.
Consultório.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinicaveterinaria-masans-domenig-architekten Acesso em: Abr. 2020
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O contraste criado com a utilização de cores neutras, tanto nos revestimentos quanto nos equipamentos, esquadrias e forros, que transmitem a sensação de ser um ambiente claro e agradável, é o aspecto de maior relevância deste projeto. Outro fator de destaque são as instalações do projeto serem expostas ao longo da circulação, que facilita nos serviços de manutenção, caso necessário, e na conservação do local.
Fachada do Centro de Atendimento Animal de Palm Springs.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animalcare-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
4.3 Centro de Atendimento Animal de Palm Springs Arquitetos: Swatt | Miers Architects Ano do projeto: 2011 Localização: Palm Springs, Califórnia, EUA. Área: 21.000m² Status: Construído
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Centro de Atendimento Animal de Palm Springs
O equipamento localiza-se na cidade de Palm Springs, no estado da Califórnia, extremo oeste dos Estados Unidos, conforme aponta o mapa da figura a seguir. Sua edificação encontra-se em uma área urbana de fácil acesso, com sua fachada principal voltada na orientação sudoeste. (ARCHDAILY, 2014) Seu entorno é predominantemente residencial, porém, o lote está na divisa de uma área verde e árida, tem como vizinho um parque (Demuth Park) muito utilizado na cidade com quadras de tênis, campos de futebol, diversas mesas espalhadas para jogos e piqueniques, sanitários e bebedouros. Há também uma empresa de reciclagem e uma estação de tratamento de água. Mapa de Localização do Centro de Atendimento Animal de Palm Springs.
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Fonte: IBGE e Google Earth, modificado pela autora.
Segundo o ArchDaily (2014), sua construção foi realizada graças a uma organização sem fins lucrativos “Amigos do Abrigo”, que se propôs a arrecadar o dinheiro para a obra, já que, a Prefeitura de Palm Springs, na época, não possuía fundos disponíveis e o local necessitava de um abrigo animal a tempos. Resultou de uma parceria público/ privada entre a cidade e os doadores, na qual tomou uma proporção tão grande que o projeto virou prioridade para a comunidade e começou a deslanchar. A princípio, o orçamento base era de US 6.000.000 para uma área destinada ao canil e várias salas ‘vazias’ para uma expansão futura. A proposta entrou no orçamento e permitiu que as áreas com ‘casca’ fossem construídas na 1ª fase do projeto. À medida que o projeto se aproximava da conclusão e o público começou a ver o produto final, a captação dos recursos aumentou e outros cômodos internos, além dos equipamentos, puderam ser inclusos no projeto. Assim que o prédio foi inaugurado (meados de 2011), a população de diversas cidades vizinhas se interessou pelo local e pediu para contratar o abrigo para serviços de animais, o que resultou em mais uma expansão realizada no ano seguinte. (ARCHDAILY, 2014) A união da estética moderna com o entorno árido, criou um destaque na paisagem com a contradição visual, como pode ser visto na figura a seguir. Fachada do Centro de Atendimento Animal de Palm Springs.
Assimetria
Fachada sem barreira visual Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
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Elevações.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animalcare-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
A fachada principal possui uma combinação de diferentes cores e aberturas, além das esculturas com formatos de animais no gramado. O edifício possui um programa com espaços destinados a diferentes usos, como o centro de adoção, sala para usos educacionais, uma clínica totalmente equipada para procedimentos médicos, áreas de trabalho seguras para o controle dos animais (área de quarentena), área de socialização interna e externa, ambientes distintos para cães e gatos, administração, além de espaços destinados aos funcionários. Fachada principal. Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palmsprings-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
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Aberturas/ Ventilação cruzada
Brise como elemento de proteção contra o sol
Pilares em V
Aberturas/ Ventilação cruzada
Escultura animal na fachada principal. Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palmsprings-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
Planta baixa – Centro de Atendimento Animal de Palm Springs.
ÁREAS DE SUPORTE: ADOÇÃO PÚBLICA/ RECUPERAÇÃO ÁREA DE RENDIÇÃO CLÍNICA/ ÁREA MÉDICA SALA DE AULA ADMINISTRAÇÃO/ SALÃO/ BANHEIROS/ ARMÁRIOS ÁREAS DE SUPORTE ANIMAL CACHORROS: ISOLAMENTO DE CÃES CANIS ADOÇÃO DE CÃES GATOS E ANIMAIS PEQUENOS: ISOLAMENTO DE GATOS
FLUXOS/ ACESSOS: ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS ACESSO AO PÚBLICO ACESSO SEMIPRIVADO/ ADOÇÃO
A área pontilhada da planta (ambientes que não foram demarcados com cor) tratam-se de outra proposta de expansão, que ainda não foi iniciada.
ACESSO AS SALAS DE AULA
GATIS ADOÇÃO DE GATOS E ANIMAIS PEQUENOS
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-care-facilityswatt-miers-architects. Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
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Setor felino.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palmsprings-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
O programa do edifício é baseado na necessidade de um local diferente para realizar os atendimentos de cada espécie: cães, felinos e animais menores, sendo destinado um setor para cada. Essa separação traz mais agilidade para o atendimento, já que os médicos especializados também são separados por essas alas, além de que a interação das espécies poderia dificultar no atendimento primário. (ARCHDAILY, 2014) Como a edificação é destinada para atender as necessidades da população, o edifício também conta com um setor de apoio, no qual são realizadas atividades e palestras de conscientização social, além de uma sala multiuso onde são ensinadas técnicas de tratamento, com seu acesso separado da entrada de clientes e funcionários. Essa área possui seu acesso distinto dos outros, já que seu uso costuma acontecer após o horário de expediente da clínica, o que permite que o restante da instalação seja protegido. (ARCHDAILY, 2014)
Setor canino.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springsanimal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
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Recepção. Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palmsprings-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020 | Modificado pela autora.
O edifício possui 3 entradas distintas: uma para a área de adoção, onde acontecem as atividades mais “comerciais”, uma entrada para os animais resgatados, afim de evitar a disseminação de doença com outros animais saudáveis, e a entrada para as salas de aula.
Ritmo/ Sincronia
As áreas mais frequentadas pelos animais possuem pisos e paredes de resina epóxi, tetos acústicos não absorventes e uma ampla caixa de aço inoxidável e outros dispositivos de proteção. Esses materiais foram escolhidos por sua durabilidade a longo prazo devido à extensa limpeza da instalação (duas vezes ao dia) e ao abuso de cães que gostam de mastigar. A áreas internas públicas são de bloco de concreto, com as paredes de drywall pintado. Sua estrutura é metálica, com estacas e vigas de aço. (ARCHDAILY, 2014) Modelo de esquadrias implantado.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-carefacility-swatt-miers-architects. Acesso em: Abr. 2020
56
Canis no pátio central.
Fonte: https://www.archdaily.com/237233/palmsprings-animal-care-facility-swatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020 .
Canis no pátio central.
Sistema de sombreamento
O pátio central é voltado para as atividades com os cães. Como esse ambiente é aberto proporciona iluminação e ventilação natural, conforme as figuras ao lado. Essas áreas abertas podem ser sombreadas por um tecido, formando uma “película” protetora removível. (ARCHDAILY, 2014)
Fonte: https://www.archdaily.com/237233 /palm-springs-animal-care-facilityswatt-miers-architects Acesso em: Abr. 2020
Espaço externo para socialização.
Fonte: https://www.archdaily. com/237233/palmsprings-animal-carefacility-swatt-miersarchitects Acesso em: Abr. 2020
Há uma demanda específica para a adoção de animais, e por isso foi criado um acesso específico no corredor do pátio para que as pessoas possam chegar mais próximas dos animais, já que um contato mais íntimo facilitaria no processo de adoção.
57
A cidade de Palm Springs possui uma forte característica no programa de construções verdes. Porém, devido às restrições orçamentarias mencionadas os fundos foram limitados impedindo que o projeto possuísse diversos recursos ecológico que eram desejados. (ARCHDAILY, 2014) No entanto, obtiveram o seguinte resultado: •
Como o ambiente utilizaria uma extensa quantidade de água principalmente para a limpeza dos animais, foi implantado na 1ª fase um sistema de reciclagem de água, algo primordial para a conservação da água no deserto. Graças a esse sistema, o projeto foi concebido pela certificação Leed com equivalência Silver. “O sistema de limpeza química possui um sistema de bomba central exclusivo, em que a água reciclada é misturada em uma sala de limpeza central e depois bombeada através de tubos de aço inoxidável para as Unidades de Controle Remoto. Mangueiras portáteis com conexões rápidas do acoplador são então conectadas e usadas pela equipe. Toda a água de limpeza e irrigação é fornecida por “água reciclada” da estação de tratamento de esgoto adjacente. O sistema de encanamento possui um arranjo de drenagem contínuo, projetado para eliminar a água parada nos drenos (e, portanto, o odor), que é ativado pelos controles de descarga de energia. O edifício também possui um sistema de gás de oxigênio canalizado em sua área médica.” (Swatt | Miers Architects, 2011)
•
Para a economia de energia, seria implantado um projeto de um sistema fotovoltaico para lidar com até 30% das cargas dos edifícios usando dispositivos de sombreamento disponíveis na área do telhado e na estrutura de estacionamento, de modo que permita sua adição em uma data futura. Isso resultou no projeto de sistemas elétricos e de teto para aceitar o futuro sistema.
De acordo com a legislação citada no capítulo anterior, não foi identificado nenhum artigo que determina a separação de animais por espécies ou porte. Para a ANVISA, apenas atividades como banho e tosa devem possuir seus acessos independentes. (ANVISA, 2014) A escolha de cores dos arquitetos para a fachada do edifício sem dúvidas é um ponto que chama atenção, mas o fator de maior relevância identificado foi a sustentabilidade utilizada no projeto, no qual parte da água utilizada é reciclada para a limpeza de algumas áreas de animais e na irrigação dos gramados, visando a economia de gastos.
A forma como o arquiteto pensou nos ambientes integrando o interno/externo afim de permitir um contato maior do público com os animais para incentivar na adoção também é um ponto de referência neste projeto, além de possuir uma planta livre e orgânica, tornando o projeto assimétrico.
58
5. ÁREA DE INTERVENÇÃO
DO MACRO AO MICRO
BRASIL
Fonte: elaborado pela autora.
ESTADO DE SÃO PAULO
RIBEIRÃO PRETO
Ribeirão Preto situa-se no Nordeste do Estado de São Paulo, a 313km de distância da capital. Denominada como a 6ª região metropolitana do estado, Ribeirão é composto por 34 municípios e dentre eles estão Cravinhos, Jardinópolis, Sertãozinho, Serrana e Dummont.
Segundo o ultimo sendo realizado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 2019 a cidade possuía 604.682 habitantes. Com isso, Ribeirão é a 29ª cidade do país com maior número de população, e 8º no estado de São Paulo. Além disso, se encontra frente ao estado devido aos seus números de destaque em diversos aspectos como demografia, área e PIB.
59
Localização da área de intervenção
Fonte: Google Earth, modificado pela autora.
60
5.1 Levantamento físico-territorial O terreno escolhido para a inserção do equipamento localiza-se na Avenida Eduardo Andréia Matarazzo, no bairro Jardim Central Park, na zona norte do município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A escolha da área justifica-se por um fator de suma importância levantado inclusive nas análises projetuais, que trata da necessidade da implantação de um equipamento deste tipo dentro da cidade próximo àqueles que não tem condições para pagar um tratamento adequado para seus animais de estimação.
6.870m²
O lote localiza-se próximo à Avenida Rio Pardo, que faz ligação com alguns bairros de classe média e baixa da cidade como Vila Albertina, Vila Amélia, Ipiranga, Campos Elísios e Sumarezinho, no qual os moradores poderão levar seus animais para serem atendidos no hospital com maior facilidade. O terreno apresenta uma área relativa a 6.870m² e características topográficas em declive, possuindo uma queda de 4,00m face à Av. Andréia Matarazzo. Por se tratar de um lote de esquina, o mesmo possui dois acessos principais em sua frente e na lateral. Possui em seu mobiliário urbano alguns postes de energia e um ponto de ônibus. Seu entorno é rodeado de árvores graças a extensa área verde que contorna o lote. Os ventos predominantes são na direção sudeste na maior parte do ano, e, devido à localização geográfica da cidade, que ao longo das estações a trajetória solar possui variações, na qual há uma inclinação maior para o norte no inverno, compreende-se que o lote está situado em uma área com predominância de calor em quase o ano todo.
61
Postes de iluminação
Fonte: elaborado pela autora.
A área de intervenção situa-se dentro da zona classificada como ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), sendo uma área propícia para urbanização, trazendo os seguintes índices urbanísticos para futuras construções: • • • • • •
Taxa de Ocupação: para lotes de uso residencial 70% e para os demais usos 80%; Recuo Lateral: R=H/6, maior ou igual a 2 ou recuo mínimo lateral de 2,00m; Recuo Frontal: 5,00m para edificações de até 4 pavimentos e 10,00m para edificações acima dos 4 pavimentos; Taxa de permeabilidade: mínimo de 15% da área total do lote; Coeficiente de Aproveitamento: máx. de 5; Gabarito: Na via expressa Norte, o gabarito máximo se estabelece por 10,00m, podendo ser ultrapassado somente se o testada do lote alcançar a 40,00m.
VIA ARTERIAL
Raio de análise: 500m
VIA COLETORA VIA LOCAL
▪
Hierarquia Viária
Fonte: Google Earth, modificado pela autora.
O lote se localiza ao lado de duas avenidas, a Av. Eduardo Andréia Matarazzo classificada como arterial, por ser uma via de alto fluxo, e a Av. Rio Pardo como via coletora, responsável por distribuir o trânsito e descongestionar as vias de alto fluxo. A área que compreende o lote está servida de 12 linhas de ônibus, sendo que todas elas perpassam pelo terminal urbano do quadrilátero central do município, o que permite também que os moradores de bairros mais distantes possam se locomover até o hospital com maior facilidade.
62 30
USO DO SOLO
O uso do solo é predominantemente residencial e há um número alto de vazios urbanos subutilizados em seu entorno imediato, com variações de comércio de grande porte como supermercados, prestação de serviços, diversos equipamentos institucionais na escala de vizinhança, do bairro e da cidade como o Centro Universitário Anhanguera de Ribeirão, uma escola de ensino fundamental e médio (Prof. Alfeu Luiz Gasparini), uma unidade básica de saúde e diversos outros equipamentos. De modo geral, seu entorno possui poucas áreas verdes reservadas para lazer, no entanto, destacam-se as vias e passeios bem arborizados, e principalmente a faixa verde que divide a avenida ao lado, que contribui para o microclima do lote.
50
100
200
m
COMERCIAL PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS RESIDENCIAL INSTITUCIONAL ÁREA VERDE VAZIOS
63
250
Fonte: Elaborado pela autora.
A grande extensão de equipamentos de caráter comercial e serviços são pontos que agregam valor à área de intervenção escolhida para o projeto, entretanto, sua vida noturna é oposta a vivência diurna, já que a maior parte ou quase todos os seus usos tem seu funcionamento em horário comercial, tornando a movimentação noturna insegura e vazia. Isso reflete também no fluxo de veículos e pedestres, que é intenso durante o dia e baixo durante a noite.
Centro espírita Ipanema clube
CEAGESP
Centro esportivo
UBS
Faculdade Anhanguera Tenda atacado
Cemitério da saudade
Eixo comercial Escola Supermercado
Carrefour
Fonte: Google Earth, modificado pela autora.
64
GABARITO
GABARITO
O
entorno
do
lote
escolhido
é
predominantemente térreo, com alguns edifícios que chegam até 3 pavimentos ou aparentam ter mais de 1 pavimento pelo seu pé direito alto, como por exemplo alguns galpões e a Ciane, antiga fábrica de tecelagem que atualmente encontra-se desocupada.
Ao lado do lote escolhido está sendo construído atualmente um edifício de habitação unifamiliar que ultrapassa a marca de 3 pavimentos. Apesar da existência de algumas edificações de gabarito mais alto, esses não interferem na permeabilidade visual da região, assim a proposta irá inserir uma nova edificação de até 2 pavimentos, buscando também não interferir nessa integração com o espaço público.
m 50
100
200
250
LEGENDA 1 A 2 PAVIMENTOS 3 OU MAIS PAVIMENTOS ÁREA VERDE
65
Fonte: Elaborado pela autora.
VAZIOS URBANOS
Há uma grande quantidade de vazios urbanos no raio de análise, e muitos deles são áreas subutilizadas com a antiga fábrica de tecelagem citada anteriormente, e os demais lotes nunca foram ocupados e estão à espera de valorização. Como o lote para implantação do projeto deveria ser grande, o pouco adensamento concentrado em algumas áreas extensas foi determinante pela escolha do terreno.
m 50
100
200
250
LEGENDA ÁREA VERDE VAZIOS URBANOS
Fonte: Elaborado pela autora.
66
Fonte: Pixels.
67
6. ESTUDO PRELIMINAR
68
6.1 Programa de Necessidades As diretrizes e premissas são de consulta obrigatória, onde funcionam para nos guiar na criação de projetos dentro do permitido de forma segura e adequada. Os estudos foram realizados com base nas normas e legislações brasileiras mencionadas no capítulo 3, na qual trazem as dimensões mínimas e ideais para cada ambiente, iluminação, ventilação, e diversos outros fatores utilizados para a elaboração do programa de necessidades. Foram considerados também os projetos escolhidos para as leituras projetuais, que apresentam ideias próximas ao que será proposto no presente trabalho. O hospital veterinário será composto por ambientes de apoio à saúde, tanto para cuidados clínicos (consultas veterinárias, cirurgias, fisioterapia, recuperação, vacinação, medicação) como a higiene pessoal do animal. Setor
Compartimento
Recepção
Atendimento e espera
1
230,00
Sala de espera animal
1
16,40
Sanitário feminino
1
21,55
Sanitário masculino
1
17,70
Triagem
1
16,40
Consultórios Ambulatório Emergência
5 2
12,25 15,90
1
32,55
Vacinação
1
12,75
Farmácia
1
11,40
Atendimento Banho e tosa
69
Área útil Qtd. (m²)
Layout mínimo Balcão de atendimento com computador, cadeiras, TV, tótem eletrônico Gaiolas canil/ gatil porte pequeno e grande Lavatório, sanitário e demais adequações à NBR 9050 (feminino e masculino) Lavatório, sanitário e demais adequações à NBR 9050 (feminino e masculino) Mesa inox, mesa de trabalho, computador, cadeiras, pia Mesa inox, mesa, cadeira, pia Mesa inox, mesa, pia Tanque de banho, mesa para secagem, mesa para tosa Bancada com pia, geladeira, mesa inox Mesa de trabalho, computador, armários/prateleiras
Instalações e equipamentos **
Usuários
-
Público
IE
Público
IH
Público
IH
Público
Subtotal do setor: 285,65m² -
Público
IH IH, IE
Público Público
IH, IE
Funcionários
IH
Público
IH, IE
Público
Subtotal do setor: 166,15m²
Obs.: Todos os ambientes possuirão instalações elétricas, porém, os ambientes demarcados com o IE são os que necessitam de iluminação forçada/ artificial, e o restante poderá contar com o aproveitamento da iluminação natural.
Qtd.
Área útil (m²)
Layout mínimo
Instalações e equipamentos **
Usuários
Ultrassonografia
1
12,25
Equipamento de ultrassonografia, mesa inox
IE
Funcionários
Eletrocardiograma
1
12,25
Aparelho de eletrocardiograma, mesa inox
IE
Funcionários
Diagnóstico/ Raio-x com cabine de comando exames e Fisioterapia análises
1
17,85
IE
Funcionários
2
32,05
IE
Público
IE, IH
Funcionários
Setor
Compartimento
Laboratório de análises clínicas/ patologia
1
15,75
Equipamento de raio-x, mesa, câmara clara, câmara escura, chapa Esteira aquática, mesa inox, cadeira Lav atório, autoclav e, estufa, refrigerador, bancada de microscópios, arquiv o, lav atório, cadeiras, mesa de trabalho e computadores
Subtotal do setor: 122,20m² Pré operatório cães
1
12,25
Mesa inox, lav atório, balança
IH, IE
Funcionários
Pré operatório gatos
1
12,25
Mesa inox, lav atório, balança
IH, IE
Funcionários
2
3,65
Bancada com pia, autoclav e, armário
IH, IE
Funcionários
2
3,55
2
17,50
IH, IE IE, Fa(M), FVC, FO
Funcionários
Sala de cirurgia Pós operatório cães
1
12,25
IH, Fa(m), FO
Funcionários
Pós operatório gatos
1
12,25
lav atório, armários Mesa cirúrgica, auxiliar inox, equipamentos cirúrgicos Maca com sistema de aquecimento, equipamento de monitoração, pia, armário Maca com sistema de aquecimento, equipamento de monitoração, pia, armário
IH, Fa(m), FO
Funcionários
Sala de preparo, lav agem e esterilização Antecâmara de assepsia Cirúrgico
Funcionários
Subtotal do setor: 98,40m²
Internação
Lav agem e esterilização
1
5,00
Pia
IH, IE
Funcionários
UTI
1
25,00
Mesa inox, boxes para cães e gatos, pia, ármario
IH, IE
Funcionários
Internação cães
1
12,25
Mesa inox, boxes para cães, pia, armário
IH, IE
Funcionários
Internação gatos
1
12,25
Mesa inox, boxes para gatos, pia, armário
IH, IE
Funcionários
Sala de preparo, lav agem e esterilização
1
5,25
Bancada com pia, autoclav e, armário
IH, IE
Funcionários
Antecâmara de assepsia
2
3,30
lav atório, armários
IH, IE
Funcionários
1
12,80
Mesa inox, boxes para cães, pia, armário
IH, IE
Funcionários
1
12,80
Mesa inox, boxes para gatos, pia, armário
IH, IE
Funcionários
Isolamento/ internação infectocontag. Cães e antecâmara de assepsia Isolamento/ internação infectocontag. Gatos e antecâmara de assepsia
Subtotal do setor: 91,95m² **Legenda IE - Instalações Elétricas IH - Instalações Hidráulicas
70
Qtd.
Área útil (m²)
Layout mínimo
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
3,15 12,60 17,00 3,55 12,60 8,75 8,75 8,75 8,75 8,75 8,75 3,75 3,75
Armários/ prateleira Bancada, mesa, computador, armário Bancadas com pia inox Lav atório, armários Prateleiras Armários/ Prateleiras para ração Gerador de energia, caixa de força Máquinas Máquinas Máquinas 5 botijões - modelo P45 Guarda temporária de resíduos sólidos Guarda temporária de resíduos sólidos
Atendimento/ Administração Almoxarixado Direção Sala de reuniões Tesouraria Sanitário feminino Sanitário masculino
1 1 1 1 1 1 1
20,95 10,00 20,35 21,20 10,00 12,72 11,05
Mesa, computador, cadeira, armário Armários/ prateleiras, arquiv os, Mesa, computador, cadeira, armário Mesa de reunião, datashow, telão Mesa, armário, cadeira Lav atório, sanitário e demais adequações Lav atório, sanitário e demais adequações
Cozinha
1
15,25
Sala de descanso
1
53,00
Funcionários WC PNE Fem. e Masc.
2
4,40
Dormitório plantonista WC Plantonista Terraço/ Varanda
1 1 1
14,85 6,60 161,05
Canil indiv idual
10
1,50
Solário canil indiv idual Gatil indiv idual Solário gatil indiv idual Depósito alimento animais
10 10 10 1
1,80 1,50 1,80 8,50
Praça
1
2000,00
Estacionamento
1
650,00
Setor
Compartimento
DML Análise/ Biopsia Necrotério Antecâmara de assepsia Câmara fria Depósito alimento animais Sustentação/ Central de energia elétrica Ala técnica Central de ar comprimido Central de v ácuo Central de gases medicinais Abrigo gás Depósito Lixo Hospitalar Depósito Lixo Comum
Adm.
Abrigo
Área externa/ livre
Mesa, armário, geladeira, microondas, bancada com pia Sofá, pufs, TV, computadores Lav atório, sanitário e demais adequações à NBR 9050 (feminino e masculino) Beliche e criado mudo Lav atório, v aso sanitário banho Mesas, cadeiras, ombrelones Comedouro duplo, colchonete, brinquedos Comedouro duplo, colchonete, brinquedos Armários/ Prateleiras para ração Equipamentos de circuito, brinquedos, bancos 17 v agas, sendo 3 pne e 2 para carga e descarga
Instalações e equipamentos **
Usuários
Funcionários IH, IE Funcionários IH, IE Funcionários IH, IE Funcionários IH, IE Funcionários Funcionários IE Funcionários FA(M) Funcionários FVC Funcionários FO, FN Funcionários Funcionários Funcionários Funcionários Subtotal do setor: 108,90m² Público Funcionários Funcionários IE Funcionários Público IH Público IH Público Subtotal do setor: 106,27m² IH
Funcionários
-
Funcionários
IH
Funcionários
-
Funcionários Funcionários Funcionários Subtotal do setor: 259,55m² -
Público
Público Público Público Funcionários Subtotal do setor: 74,50m² -
Público
-
Público
Subtotal do setor: 2.650,00 m² Total geral: 3.963,57 m²
71
**Legenda IE - Instalações Elétricas IH - Instalações Hidráulicas
Com o auxilio do programa de necessidades, foi elaborado um organograma com a organização dos principais setores, e posteriormente um esquema de fluxos com todos os ambientes. Os setores foram divididos pelas atividades semelhantes, e com isso foi possível observar de forma clara qual seria a organização espacial mais adequada para o edifício a partir das funções de cada espaço, e suas conexões foram estipuladas com base na necessidade de ligação entre elas.
RECEPÇÃO
ADM.
ATENDIMENTO
ABRIGO
FUNCIONÁRIOS
DIAGNÓSTICO
LAZER
INTERNAÇÃO
CIRÚRGICO
SUSTENTAÇÃO
Em suma, partindo para a escala interfuncional, tem-se a ligação do setor de serviços onde fica o estacionamento com o setor da recepção/ espera. A partir da recepção, o paciente é direcionado aos setores de atendimento (onde ficam os consultórios) e ao diagnóstico, de internação e cirúrgico. O setor de sustentação dá suporte a todos os setores, apresentando também relação com o exterior, a partir de uma entrada específica.
Representação gráfica da setorização, baseado no organograma do edifício. Elaborado pela autora, 2020.
72
6.2 Fluxograma
Estacionamento
Representação gráfica do fluxograma do edifício. Elaborado pela autora, 2020.
Atendimento/ recepção
Tesouraria
Administrativo
Ambulatório emergência
Triagem
Direção
Farmácia
Consultórios
Sala de reuniões
Vacinação
Banho e tosa
Almoxarifado
Fisioterapia
Sanitários Terraço
Raio X
Cozinha
Eletrocardiog.
Sala de descanso
Ultrassonografia
Sanitários
Dormitório plantonista WC plantonista
Laboratório
UTI
Internação
Lavagem e esterilização Sala de preparo
Antecâmara de assepsia
Preparo alimentos
Isolamento
Sala de preparo
Pré operatório Pós operatório
Antecâmara de assepsia Sala de cirurgia
Depósito Lixo comum
73
Depósito lixo hospitalar
Central de gases, vácuo, ar comprimido e energia
Depósito alimento animal
Análise/ Biópsia
Câmara fria
Antecâmara de assepsia
Necrotério
O setor de recepção articula-se a partir do recebimento do público externo pelo atendimento da recepção. A partir da recepção, é possível ter acesso direto a todos os demais setores, sendo necessário somente passar pela triagem antes de chegar aos consultórios, pois trata-se de um procedimento funcional, sem que o ambiente de pesagem funcione como uma barreira espacial. O setor de atendimento relaciona-se com outros setores através do encaminhamento dos consultórios aos setores cirúrgico, de internamento e auxiliar de diagnóstico.
Praça/ área de soltura
Canil individual
Gatil individual
Solário canil individual
Solário Gatil individual Depósito de alimentos
O setor de diagnóstico recebe o direcionamento vindo dos consultórios, no setor de atendimento. O paciente pode ser encaminhado às salas de exame de imagem e de radiografias. O laboratório de análises clínicas não é acessado pelo público externo, recebendo apenas as coletas realizadas nos consultórios. O setor cirúrgico recebe o fluxo vindo do atendimento, a partir dos consultórios. Aqui o profissional deve passar pela sala assepsia para entrar nas salas de cirurgia, enquanto o animal passa primeiramente pela sala de preparo. Após os procedimentos cirúrgicos, os equipamentos devem passar para a sala de esterilização, enquanto os animais são direcionados à recuperação. Desses ambientes, há o encaminhamento para o atendimento, no caso de alta, para o setor de internação caso necessário ou para o setor de sustentação, casa haja falecimento. Os canis e gatis possuirão acesso pela área externa, que será interligada com o edifício pelos eixos centrais. O acesso ao setor dos funcionários será pela circulação vertical, que também dá acesso a ala administrativa do hospital, com acesso restrito somente à aqueles que trabalham no local ou que precisam acessar os serviços administrativos.
ACESSO PÚBLICO ACESSO PRIVADO (somente funcionários)
Por fim, o setor de sustentação, relaciona-se com os demais setores do ambiente hospitalar e com o exterior, sendo o setor do hospital com maior demanda de serviços interfuncionais.
74
6.3 Conceito e Partido “Uma arquitetura que nasce do conceito mais primitivo da casa, do abrigo, dos valores topológicos e psicológicos” (BITENCOURT, 2004, p. 29).
Na elaboração de um projeto arquitetônico para estabelecimentos de saúde, entende-se que além de atender às demandas da tecnologia médica, o edifício deve contemplar a satisfação do usuário. Estabelece-se, portanto, a necessidade da prática de uma arquitetura especial, buscando atender principalmente o conforto e o bemestar, já que o bem-estar animal é o principal objetivo adotado para o desenvolvimento do projeto. O significado do termo é relacionado a satisfação física e moral. Em conformidade com a fundamentação teórica, a proposta é fazer com que os animais que frequentem o edifício possam se sentir em casa, acolhidos em um lugar em que sejam respeitados como seres vivos que possuem características e necessidades individuais como outro qualquer, e que garanta um espaço aconchegante também para seus donos.
Nutricional “Os animais devem ter acesso a água e alimento adequados para manter sua saúde e vigor.”
75
Ambiental
Sanitária
Comportamental
“O ambiente em que eles vivem deve ser adequado a cada espécie, com condições de abrigo e descanso.”
“Os responsáveis pela criação devem garantir prevenção, rápido diagnóstico e tratamento adequado aos animais.”
“Os animais devem ter a liberdade para se comportar naturalmente, o que exige espaço suficiente, instalações adequadas e a companhia da sua própria espécie.”
Diagrama explicativo das 5 liberdades. Fonte: Certified Humane Brasil, modificado pela autora.
Psicológica “Não é só o sofrimento físico que precisa ser evitado. Os animais também não devem ser submetidos a condições que os levem ao sofrimento mental, para que não fiquem assustados ou estressados”.
Tendo isso em vista, nota-se a importância dos ambientes terapêuticos que remetem o "lar" não só para os animais, que estão ligados a natureza, mas também aos humanos que tentam resgatar esse elo "perdido". Para isso, propõe-se o conceito da integração dos ambientes internos com os externos, com o intuito de trazer as áreas verdes para dentro da edificação, a fim de descaracterizar a imagem comum de um hospital, para que o mesmo venha a ser associado a um ambiente de saúde e bem-estar, e não o oposto.
Para isso, foram adotadas as “5 liberdades", expressão utilizada para avaliar o bem-estar de um animal, segundo a Certified Humane Brasil. Com o conceito definido, foram identificados métodos para que fosse possível atingir a ideia das 5 liberdades. O bem-estar também está relacionado com o ambiente, que deve ser adequado para as espécies que o frequentarão e não restrinja seus comportamentos naturais. Portanto, o partido arquitetônico busca a integração do edifício com os 5 itens, de modo com que o edifício como um todo tenha essas 5 liberdades propostas, e cada um dos setores de livre acesso ao público possuam integração um com o outro e com a área externa. A favor dessa integração, a ideia é criar eixos no edifício que separem os setores e atividades que irão acontecer ali, e que possam trazer para os animais e seus donos a sensação de estar em lugar acolhedor, que traga a sensação de bem estar, faça a conexão com o lado externo e retire aquela ideia de que estão em um hospital.
Esquema demonstrativo do conceito. Fonte: Elaborado pela autora.
76
6.4 Volumetria
Para a concepção do estudo da forma inicial foi pensado em uma edificação de 2 pavimentos, no qual o 1º pavimento é dividido entre setores de acesso livre aos pacientes e alguns setores semiprivados e restrito aos funcionários, e o 2º pavimento é destinado quase que exclusivamente aos funcionários. O bloco será implantados no lote de modo a aproveitar a topografia existente, para que seja necessário o mínimo possível de movimentação de terra. Para isso, os 2 pavimentos que compõem o edifício principal serão dispostos no 1º nível. O abrigo possuirá sua forma de um retângulo comprido que será posicionado no terreno atrás do edifício principal, afastado das vias de acesso principalmente pela segurança, e também será posicionado no 1º nível da topografia. O acesso privado será destinado a entrada de funcionários para um estacionamento no subsolo e a carga e descarga.
Primeiro croqui para concepção da volumetria do edifício. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
77
Diagrama volumétrico. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
3
6º nível 5º nível 4º nível
2 1
3º nível 2º nível
1º nível
Esquema de volumetria elaborado com base na topografia do terreno. Fonte: elaborado pela autora.
Esquema de volumetria elaborado com base na topografia do terreno. Fonte: elaborado pela autora.
Acesso ao estacionamento público Acesso ao estacionamento privado (funcionários e pacientes)
78
6.5 Plano de Massas e Setorização Para compreender melhor a locação do edifício no terreno e a disposição dos setores existentes, foi realizado um estudo de massas preliminar, a fim de analisar onde cada ambiente pudesse ser inserido, visando minimizar os impactos com o meio externo e respeitar todas as condicionantes do projeto. A
Resultado final
A proposta do projeto foi elaborada com o intuito de mesclar os setores, ao invés de separá-los em blocos distintos, já que dentre algumas das diretrizes estão o acolhimento e integração dos espaços.
79
Croquis para elaboração do Plano de Massas. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
O estudo de ventilação natural dentro do projeto arquitetônico é de extrema importância para seus usuários, tanto em relação a saúde e para a renovação do ar em ambientes que necessitam da renovação do ar constantemente. Para tanto, com o estudo da volumetria ficou definido que as principais faces do edifício serão voltadas para a direção sudeste, para que o mesmo receba ventilação por um maior período de tempo, contribuindo também para a ventilação cruzada dos ambientes. Para o funcionamento do edifício é necessário também uma setorização adequada dos serviços para que não ocorra conflito entre os usuários do equipamentos, problemas de contaminação, entre outros.
3 1 2 1 Sol poente
Sol nascente
Esquema volumétrico com ênfase na fachada com maior incidência solar e ventilação. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
1º pavimento
LEGENDA ACESSOS EIXOS DE CIRCULAÇÃO PRINCIPAIS
2º pavimento
FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVO RECEPÇÃO
2
SERVIÇOS DIAGNÓSTICO ATENDIMENTO
Recepção pé-direito duplo
INTERNAÇÃO CIRÚRGICO SUSTENTAÇÃO/ ALA TÉCNICA
Plano de setorização do hospital veterinário com base na volumetria. Fonte: elaborado pela autora.
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6.6 Diretrizes Projetuais De acordo com as pesquisas realizadas e as análises projetuais, foram elencadas diversas diretrizes que nortearão o desenvolvimento do projeto, focadas no conforto e bem-estar do animal. São essas: •
• • • •
•
•
•
81
Diminuição de ruídos sonoros: Há uma preocupação quanto aos ruídos sonoros gerados pelas avenidas que margeiam o lote, além da preocupação com a geração de ruídos provenientes do próprio edifício pela quantidade de animais em um mesmo local. Pensando nisso, o partido arquitetônico utilizará dos espaços vazios como jardins com vegetações densas próximos aos canis e gatis, para que sirvam como barreiras acústicas, projetados de forma a receber e dissipar o mínimo de ruído possíveis, além da utilização de materiais específicos para tal. Ambientes confortáveis para os animais: Os alojamentos de cães e gatos serão projetados com dimensões mais amplas do que o recomendado, para que possam se movimentar livremente e se sentirem mais confortáveis. Integração interior x exterior: Os ambientes internos possuirão integração com os espaços externos, e para isso serão utilizados elementos vazados para a divisa de alguns ambientes como cobogós, que contribuem também para a ventilação e iluminação natural em seu interior. Conexão com a natureza: Esses ambientes também servirão como áreas de lazer para os animais, para que o contato com a natureza seja maior, além de proporcionar momentos de diversão e distração para que tenham liberdade de brincar e se exercitarem. Interação homem x animal: Com a finalidade de criar um vínculo entre os visitantes com os animais abrigados, as áreas verdes e os ambientes integrados possibilitam e despertam o interesse do indivíduo a relacionar-se com o lugar, consequentemente, com o animal, visando a adoção responsável, além da criação de espaços que permitem a integração das interespécies. Claridade para os ambientes: Além do aproveitamento da iluminação natural, o interior do hospital possuirá como característica principal a cor branca que traz leveza e clareza ao ambiente, e a utilização de esquadrias de vidro. Também haverá jardins/ pátios internos na transição de um setor ao outro. Ausência de muros: Além da área verde proposta no projeto, a ideia é que o edifício possua integração com a paisagem do entorno, já que seu entorno imediato é rodeado de árvores, tanto na faixa verde da avenida, ao lado do córrego, e a frente da fachada principal, que possui canteiros bem arborizados. Sustentabilidade: Uma das propostas projetuais é a utilização da energia renovável, reaproveitamento de águas pluviais e compostagem com os excrementos animais visando a diminuição de resíduos gerados.
Croqui da 1ÂŞ volumetria criada, inserida no terreno com as primeiras ideias para a fachada. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
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Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
83
7. O PROJETO
84
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada frontal. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada lateral/ escadaria. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
85
PAVIMENTO TÉRREO. Sem escala
1º PAVIMENTO/ MEZANINO. Sem escala
RECEPÇÃO/ ESPERA ATENDIMENTO Esquema de setorização do projeto – sem escala. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
DIAGNÓSTICO
SUSTENTAÇÃO/ ALA TÉCNICA ADMINISTRATIVO
FUNCIONÁRIOS CENTRO CIRÚRGICO
CIRCULAÇÃO VERTICAL
INTERNAÇÃO
A edificação se dá em 2 pavimentos. O 1º pavimento conta com todos os ambientes de atendimento ao animal, desde a triagem, consultórios, até a ala cirúrgica, UTI e internação, sendo dividido entre setores de acesso livre aos pacientes e alguns setores semiprivados e restrito aos funcionários, e o 2º pavimento é destinado apenas a atividades administrativas e aos funcionários. Para a divisão dos setores do térreo foram criados eixos de circulação que permitissem uma melhor divisão dessa setorização. São grandes corredores que permitem um maior conforto aos pacientes e seus donos, maior contato com a natureza e o exterior, além de proporcionar iluminação e ventilação natural para dentro da edificação, e garantir que o fluxo seja bem direcionado.
86
4
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO LIVRE
3
PAVIMENTO TÉRREO. Sem escala
CIRCULAÇÃO RESTRITA ACESSO PRINCIPAL ACESSOS SECUNDÁRIOS ACESSO FUNCIONÁRIOS/ CARGA E DESCARGA
2
Esquema de fluxos e acessos – sem escala. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Para acessar o mezanino (1º pavimento) o edifício conta com 2 meios de circulação vertical: a escada e o elevador para garantir a acessibilidade.
1º PAVIMENTO/ MEZANINO. Sem escala
1
87
O edifício possui várias possibilidades de acesso. No entanto, o acesso principal (1) se dá na fachada frontal, onde está localizada a recepção e os primeiros atendimentos. Há 2 entradas segundarias, uma na latera (2), que se dá pela escadaria ao lado esquerdo do terreno, criada em paralelo com a topografia natural do lote, e a outra pela fachada traseira (3) que dá acesso direto a praça e ao abrigo. Nos fundos também há uma entrada destinada apenas aos funcionários e para a carga e descarga (4).
O setor de abrigo (canis e gatis) foi alocado ao norte do terreno para que pudessem ficar isolados, longe do ruído das avenidas principais e próximo à concentração de vegetação no terreno, a fim de garantir maior conforto térmico e acústico para os animais.
Render/ Maquete eletrônica - CANIL. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Grade de ferro
3.00
Implantação do projeto, com destaque para a localização dos canis/gatis. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Inclinação do piso = 5%
Corte do abrigo/ Canil – gatil. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica - GATIL. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
88
Nas laterais onde havia a necessidade de cercar o lote, foram criados 2 grandes muros de concreto com 4,00m de altura cada. O restante do terreno não possui fechamentos.
Piso de concreto colorido. Fonte: Elaborado pela autora.
A paginação do piso externo (praça) é de concreto com adição de pigmentos para se chegar na cor desejada. Grama esmeralda. Fonte: Disponível em: http://www.grameira3irmaos.c om.br/grama-esmeralda.php. Acesso em: Out. 2020.
A forração proposta para o projeto foi a grama-esmeralda, devido a resistência ao pisoteio e a preferência ao sol pleno.
Implantação humanizada. Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Edifício com recuos maiores do que a exigência da lei, com o intuito de criar calçadas largas e convidativas e garantir maior segurança a quem passa por ali, principalmente por ser uma esquina com muito fluxo de veículos dos dos dois lados.
A edificação possui 1.789,85m² de taxa de ocupação, mais 74,20m² do abrigo, o que corresponde a apenas 27,13% do terreno. 26,97% do terreno é destinado à área verde, e o restante a áreas de convivência da praça, brinquedos, podendo ser destinados ao lazer, além do estacionamento.
89
MATERIALIDADE •
Para o piso do interior da edificação foi escolhido o piso vinílico que imita madeira. A principal característica do produto é o conforto acústico que o mesmo possui, ideal para ambientes com grande fluxo de pessoas. O piso também é capaz de conservar a temperatura agradável dos ambientes internos em qualquer estação do ano, e devido a sua proteção com resina de poliuretano, o produto é mais resistente a riscos, manchas e água.
•
Para a iluminação foi considerada a utilização do LED, a fim de reduzir os gastos de energia elétrica.
•
No setor do abrigo, foi utilizado piso cimentado impermeável, lavável e antiderrapante.
•
As paredes (internas e externas) receberam pintura látex em tons neutros com acabamento liso e característica lavável e impermeável para garantir a fácil limpeza e durabilidade dos materiais. Esses materiais permitem que a limpeza frequente do local ocorra sem que o material se desgaste em um curto período te tempo, sendo o mais adequado também ao uso dos animais.
•
Para a proteção da fachada contra a incidência solar, conforto e maior privacidade para ambientes como os consultórios, foi utilizado o aerobrise vertical da empresa Hunter Douglas, com sua materialidade que imita a madeira, além de possuir características como a montagem rápida e fácil e a facilidade para a limpeza.
•
Para o piso do lado externo da edificação (praça e calçada) foi optado pelo piso drenante intertravado, também conhecido como piso permeável, que é um tipo de piso poroso formado por uma combinação de concreto com pedras granuladas. Trata-se de uma solução sustentável, que deixa a água escoar facilmente pelo piso até chegar ao solo.
Materialidades. Fonte: Google imagens, 2020.
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PAISAGISMO • •
•
•
Vegetações/ árvores. Fonte: http://www.jardineiro.net/plantas/. Acesso em: Set. 2020.
Aroeira - árvore de pequeno a médio porte, capaz de alcançar de 5 a 9 metros de altura. Arvore bastante interessante para a arborização urbana, indicada até para o reflorestamento de áreas degradadas por ser uma árvore pioneira. O ipê é uma das árvores mais conhecidas e belas do país, de pequeno a médio porte, ideais para arborização urbana. A escolha do ipê amarelo e rosa se dá pela paleta de cores escolhida para o projeto e a paginação de piso, além das cores trazer vida para o projeto. Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, muito comum na cidade de Ribeirão Preto, sua árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm.
A palmeira real é uma árvore nativa do clima tropical com seu ciclo de vida perene, de porte e estipe único, podendo alcançar de 15 a 20 metros de altura, com aproximadamente 20cm de diâmetro. Podendo receber sol pleno em todo o tempo, que é o caso do local onde está implantada. Uma característica importante é por ser considerada uma árvore "auto-limpante", já que perde as folhas velhas e secas, sem que seja necessário podá-las. A cycas-revoluta, conhecida popularmente como cica ou palmeira-sagu, ou até sagu-de-jardim é uma arvore comum em jardins contemporâneos e tropicais por se parecer uma pequena palmeira. Deve ser cultivada em sol pleno ou meia-sombra. Pode desenvolver uma altura de 2,00 ou mais, e é uma das plantas mais utilizadas no paisagismo do brasil atualmente.
91
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada lateral. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Praça. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada/ esquina. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada frontal/ escadaria. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
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ESTRUTURA A composição estrutural do projeto é composta por pilares e vigas de concreto armado, no qual os pilares possuem como dimensão 0,15x0,25m e as vigas 0,75m de altura. A laje possui espessura de 0,15m e sua materialidade também é de concreto. As lajes e coberturas de toda a edificação possui rasgos para respiro no interior da mesma, criados por conta dos eixos.
Estrutura em concreto armado. Fonte: https://www.escolaengenharia.c om.br/concreto-armado/. Acesso em: Out., 2020.
VIGA LAJE PILARES
Perspectiva 3D do projeto estrutural em concreto armado. Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
93
Zoom de um dos cortes do edifício, com destaque para as soluções estruturais. Fonte: elaborado pela autora.
Parede de alvenaria convencional Vigas de concreto Laje de concreto
1
Render/ Maquete eletrônica interna – Banho e Tosa. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
2
2
3 Render/ Maquete eletrônica interna – Sala de raio X. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
1
3
Planta baixa pav. Térreo, com destaque para os ambientes renderizados das imagens ao lado. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica interna – Farmácia. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
94
Render/ Maquete eletrônica interna – Recepção/ sala de espera. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
RECEPÇÃO COM PÉ-DIREITO DUPLO A ideia do pé direito duplo com a criação de um mezanino vem com intenção de promover maior amplitude para o ambiente de espera dos pacientes, além de oferecer maior entrada de ar e luz por conta dos vidros (que podem ser abertos).
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Render/ Maquete eletrônica interna – Recepção/ sala de espera. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica interna – corredores/ eixos. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
EIXOS CENTRAIS Os grandes eixos centrais exercem a função de respiro dentro da edificação. São largos corredores, que surgiram com a ideia de que os pacientes e seus donos possam se sentir confortáveis no ambiente, sem dar a sensação de que estão em um hospital, além do aproveitamento da iluminação natural para o interior da edificação.
Render/ Maquete eletrônica interna – corredor interno. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
1 Render/ Maquete eletrônica interna – Diretoria. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica - consultório. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
1 2 3 Planta baixa mezanino, com destaque para a localização dos ambientes renderizados. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Para os consultórios e as salas destinadas ao atendimento (não hospitalar) e para o uso dos funcionários como diretoria, administrativo e sala de reuniões, foram utilizados tons neutros (paredes cinza e branco) com a mistura da madeira nos mobiliários, a fim de trazer a sensação de ambientes mais modernos, que não remetessem tanto a aparência de um hospital propriamente dito.
3
2
Render/ Maquete eletrônica interna – administrativo. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica interna – Sala de reuniões. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
96
Render/ Maquete eletrônica interna – Sala de espera. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica interna – Recepção. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Conexão com os eixos centrais ao fundo
Integração do interior com o exterior
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada frontal.. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Janelas em vidro dos consultórios protegidas por brises
97
Render/ Maquete eletrônica externa. Praça/ brinquedo animais. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada lateral. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Fachada abrigo. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Praça e abrigo na lateral. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Brinquedos praça. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
Render/ Maquete eletrônica externa – Terraço. Fonte: elaborado pela autora, 2020.
98
99
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 268 p. GÓES, Ronald de. Manual Prático da Arquitetura Para: Clínicas e Laboratórios. 2. ed. [s. L.]: Blucher, 2010. Cap. 26. p. 136-137. GÓES, Ronald De. Manual prático de arquitetura hospitalar. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2011. 285 p. TATIBANA, L.S., COSTA-VAL, A. P. da. Relação homem-animal de companhia e o papel do médico veterinário. V e Z em Minas. n. 103, p.12-18, out/ nov/ dez 2009. Disponível em: <http://www.crmvmg.org.br/revistavz/revista03.pdf> Acesso em: Mar. 2020. GANDRA, Carlos. A História do Gato Doméstico. Mundo dos animais. Disponível em: <https://www.mundodosanimais.pt/gatos/historia-domesticacao-do-gato/> Acesso em: Mar. 2020. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Projetos Físicos de Unidade de Controle de Zoonoses e Fatores Biológicos de Risco. Brasília: Funasa, 2003. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/fatores_bio_risco.pdf> Acesso em: Mar. 2020. PASTEUR. Instituto. O manual técnico de Instituto Pasteur – Orientação para Projetos de Centros de Controle de Zoonoses. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/institutopasteur/pdf/manuais/manual_02.pdf> Acesso em: Mar. 2020. Zootec Santos/SP | Anais do Congresso Brasileiro de Zootecnia. Arquitetura Veterinária: A Importância da Organização dos Ambientes no Prevenção da Contaminação Hospitalar. Disponível em: <https://proceedings.science/zootec/papers/arquitetura-veterinaria%3A-aimportancia-da-organizacao-dos-ambientes-no-prevencao-da-contaminacao-hospitalar> Acesso em: Mar. 2020. Defensores dos Animais | Em defesa dos direitos dos animais. Políticas para abrigos de cães e gatos. Disponível em: <https://defensoresdosanimais.wordpress.com/2012/07/29/politicas-paraabrigos-de-caes-e-gatos/> Acesso em: Mar. 2020. PERIODICOS. Serviços municipais de controle de zoonoses no Estado de São Paulo: diagnóstico situacional. Disponível em: <http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180642722011001600002&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: Mar. 2020. COSTA, José Ricardo S. L.; LIMA, João Filgueiras. Humanização da arquitetura hospitalar: entre ensaios de definições e materializações híbridas. Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.118/3372> Acesso em: Mar. 2020. Bio Brasil. Dicas de arquitetura para a as clínica ou hospital vet. <https://biobrasil.com.br/clinicaplanejadageralucro/> Acesso em: Mar. 2020.
Disponível
em:
Certified Humane Brasil. Conheça as 5 liberdades dos animais. Disponível em: <https://certifiedhumanebrasil.org/conheca-as-cinco-liberdades-dos-animais/> Acesso em: Mar. 2020.
100
LUKIANTCHUKI, Marieli Azoia; CARAM, Rosana Maria. Arquitetura Hospitalar e o Conforto Ambiental: Evolução Histórica e Importância na Atualidade. São Paulo: Usp, 2008. 8 p. Disponível em: <http://www.usp.br/nutau/CD/160.pdf>. Acesso em: Mar. 2020. UNESCO. Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Disponível em: <http://www.urca.br/ceua/arquivos/Os%20direitos%20dos%20animais%20U NESCO.pdf> Acesso em: Mar. 2020. SCIELO. Os hospitais universitários federais e suas missões institucionais no passado e no presente. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n4/0104-5970-hcsm-S010459702014005000022.pdf> Acesso em: Mar. 2020. Vasconcelos, Renata Thaís Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/87649/22621 2.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: Mar. 2020.
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DALLA, Tereza Cristina Marques. Estudo da qualidade do ambiente hospitalar como contribuição na recuperação dos pacientes. 2007. 163 f. Tese (Doutorado) – Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2007. Disponível em: <http://livros01.livrosgratis.com.br/cp133795.pdf>. Acesso em: Mar. 2020.
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Tudo Sobre Cachorros. Bicho faz bem pra saúde. Disponível em: <https://tudosobrecachorros.com.br/bicho-faz-bem-pra-saude/> Acesso em: Mar. 2020.
BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 1015, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2012. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA – CFMV. Disponível em:<http://www.crmvsp.gov.br/arquivo_legislacao/1015.pdf> Acesso em: Mar. 2020.
IBGE. População de animais de estimação no Brasil. ABINPET, 2013. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/camaras-setoriaistematicas/documentos/camaras-tematicas/insumos-agropecuarios/anosanteriores/ibge-populacao-de-animais-de-estimacao-no-brasil-2013abinpet-79.pdf/view> Acesso em: Mar. 2020. ANDA | Agência de Notícias de Direitos Animais. Mapa indica 44 pontos de abandono de animais em Ribeirão Preto (SP). Disponível em: <https://www.anda.jor.br/2015/01/mapa-indica-44-pontos-abandonoanimais-ribeirao-preto-sp/> Acesso em: Mar. 2020. Revide. Ribeirão Preto: cidade tem 100 mil animais abandonados nas ruas. Disponível em: <https://www.revide.com.br/noticias/cidades/cerca-de100-mil-animais-estao-abandonados-nas-ruas-de-ribeirao-preto/> Acesso em: Mar. 2020.
Instituto Pet Brasil. Censo Pet: 139,3 milhões de animais de estimação no Brasil. Disponível em: <http://institutopetbrasil.com/imprensa/censo-pet1393-milhoes-de-animais-de-estimacao-no-brasil/> Acesso em: Mar. 2020. UNESCO. Declaração Universal dos Direitos dos Animais. 1978.
101
BRASIL. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 9050. 2015. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/incluir/wpcontent/uploads/2017/07/Acessibilidade-a-edifca%C3%A7%C3%B5esmobili%C3%A1rio-espa%C3%A7os.-PDF1.pdf> Acesso em: Mar. 2020. RIBEIRÃO PRETO. Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de Ribeirão Preto. Lei Complementar nº2157, de 08 de janeiro de 2007. Publicado em 31 de janeiro de 2007. Executivo Municipal, Projeto 367/2006. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. 2007. Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J321/pesquisa.xhtml?lei=21377> Acesso em: Mar. 2020. RIBEIRÃO PRETO. Lei Complementar nº 362/2006. CÓDIGO DE OBRAS DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. Disponível em: <https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/J321/pesquisa.xhtml?lei=25704> Acesso em: Mar. 2020. CRMVSP. Conselho Regional de Medicina Veterinária no Estado de São Paulo. Resolução nº 2455, de 28 de julho de 2015. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.
APÊNDICE DESENHOS TÉCNICOS
N
+1.20 +1.20
Gati
l
+1.20
+0.15
Can
Dep alim ósito anim ento ais
il
Dep lixo osito com um
+0.15
Dep lixo osito hos pita lar
Dep alim ósito d anim ento e ais
Isola inte mento rn infe ação / c gato to-con tag s
Cen ene tral de elétr rgia ica
.
Ante de câma ass ra eps ia
Cen gas tral de me es dicin ais
Lav a este gem e riliz açã o
Sala pre de paro
Abri gás go de
Pre p anim aro ali me al nto
Aná Bió lise/ psia
Sala pre de paro
+0.20 Inte rn cãe ação s
+1.20
Inte rn gato ação s
DM L
Sala pré de pre gato operató paro/ s rio
WC ma pne sc.
+0.20
Nec ro
téri o
Câm
Sala pré de pre cãe operató paro/ s rio
+0.20
WC fem pne .
Ante de câma ass ra eps ia
ZZO
.
ara
RA
Isola inte mento rn infe ação / c câe to-con s tag
+0.15 Cen vác tral de uo
UTI
fria
Pós gato opera tóri s
ATA
Ante de câma ass ra eps ia
Cen com tral de prim ar ido
o
Pós cãe opera tóri s
Sala
de
Ante de câma ass ra eps ia
Vac inaç ã
o
ciru rgia
Sala pre de paro
Ante de câma ass eps ra ia
ino
Sala
de
ciru
rgia
AR DO
Am b em ulatóri erg ênc o ia
W.C Fem in
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+2.20
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Sala pre de paro
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Am b em ulatóri erg ênc o ia
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+3.20
W.C Ma scu lino
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ma Sala ultra de sso nog
tera
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pia
Sala pre de paro
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Ante de câma ass ra eps ia
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tera
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+4.20
pia
Lab o aná ratório pato lises c de logia línica s/
rio Con
sult
dup
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ório Con sult
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+0.15
0.00
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IMPLANTAÇÃO
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AV .E
Sala
DU
Farm ácia
AV .
RI O
PA
RD O
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Catarina de Oliveira Cruz Lima ASSUNTO:
+0.15
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
01
ESCALA:
12/2020
1:125
A
B
3
18.55
2.50
Depósito de alimento animais A=8,75² +0.20
Central de energia elétrica A=8,75² +0.20
2.50
2.50
2.50
Central de gases medicinais A=8,75² +0.20
Central de vácuo A=8,75² +0.20
Central de ar comprimido A=8,75² +0.20
3.50
3.50
3.50
2.50
2.50
D
Abrigo de gás A=8,75² +0.20
3.50
2.50
11.15
+0.15
3.50
2.50
Deposito lixo hospitalar A=3,75m²
3.50
Deposito lixo comum A=3,75m²
1.50
1.50
5.50
25.90 1.85
+0.20
UTI A=25,00m²
1.50
5.85
3.50
Sala de preparo/ pré operatório cães A=12,25m² +0.20
1.00
+0.15
Solários A=1,80m²
2.50
Pós operatório cães A=12,25m² +0.20
Pós operatório gatos A=12,25m² +0.20 3.50
3.10
+0.15
3.40
1.80
3.50
3.50
3.50
3.50
Sala de preparo +0.20
D
Circulação A=51,00m² +0.20
Circulação A=36,50m² +0.20
4
3.50
3.50
3.50
2.15
3.10
Antecâmara de assepsia A=3,55m²
5.00
Antecâmara de assepsia A=3,55m²
A
42.45
3.50
3.50 1.85
3.50
Sala de preparo A=3,65m²
2.15
WC pne fem. +0.15
+0.20
3.65
Sala de preparo A=3,65m²
Esc. 1:125
Sala de cirurgia A=17,50m²
3.50
+0.20
1.70
Internação gatos A=12,25m² +0.20
WC pne masc. +0.15
1.65
Internação cães A=12,25m²
1.70
Isolamento/ internação infecto-contag. câes A=12,80m²
Sala de cirurgia A=17,50m²
PLANTA BAIXA ABRIGO
1.70
3.10
1.65
1.65 1.65
3.60 3.50
Abrigos A=1,50m²
Depósito alimento animais A=8,50m² +0.20
1.50
Antecâmara de assepsia A=3,30m²
2.00
Antecâmara de assepsia A=3,55m²
3.50
Sala de preparo/ pré operatório gatos A=12,25m² +0.20
Preparo alimento animal A=5,00m²
3.65
Antecâmara de assepsia A=3,30m²
Lavagem e esterilização +0.20
+0.20
+0.20
2.00
3.50
Câmara fria A=12,60m² +0.20
3.50
Isolamento/ internação infecto-contag. gatos A=12,80m²
1.60
3.50
3.50
3.60
1.65
21.75
Necrotério A=17,00m² +0.20
3.50
Análise/ Biópsia A=12,60m² +0.20
Canil +0.20
Gatil +0.20
4.85
1.70
2.15
+0.20 +0.20
DML A=3,15m² 1.70
2.00
29.30
+3.35
2
4
1.90
Farmácia A=11,40m² +0.20
2.40
Fisioterapia A=32,05m² +0.20
1.75
C
C
5.90
3.45
5.90
Banho e tosa A=32,55m² +0.20
2.00
3.70
2.50
+3.35
4.50
3.00
WC PNE Masc. e Fem. A=4,40m² cada +3.35
Administrativo A=20,95m² +3.35
+0.20 4.50
+0.20
Laboratório de análises clínicas/ patologia A=15,75m² +0.20
Fisioterapia A=32,05m² +0.20
3.20
+3.35
+3.35
3.50
Direção A=20,35m² +3.35
16.85
W.C Feminino A=21,55m² +0.15
4.55
C
WC Fem. A=12,75m² +3.35 3.45
2.90
WC Masc. A=11,05m² +3.35
7.45
7.15
7.15
3.45
1.70
3.50
Tesouraria A=10,00m² +3.35
Terraço A=161,05m² +3.35
Sala de descanso A = 53,00m² +3.35
1.75
3.50
Antecâmara de assepsia A=2,90m²
Almoxarifado A=10,00m² +3.35 3.45
2.00
Cozinha A=15,25m²
3.45
1.70
7.15
4.55
5.10
3.50
3.50
4.55
Câmara escura A=3,40m²
Sala de preparo A=5,95m² +0.20
Sala de ultrassonografia A=12,25m² +0.20
Eletrocardiograma A=12,25m² +0.20
2.90
3.55
2.50
3.65
Sala de raio X A=17,85m² +0.20
Ambulatório emergência A=15,90m² +0.20
4.55
3.50
Câmara clara A=3,40m²
1.70
Ambulatório emergência A=15,90m² +0.20
3.50
43.90
Vacinação A=12,75m² +0.20
3.50
3.50
21.75 3.65
C
2.00
Consultório A=12,25m²
Triagem A=16,40m² +0.20
Consultório A=12,25m² +0.20
Consultório A=12,25m²
Consultório A=12,25m²
Consultório A=12,25m²
4.50
Dormitório plantonista A=14,85m² +3.35
+3.35 3.50 3.50
3.65
WC A=6,60m²
+3.30 5.90
Guarda-corpo h= 1,20m
8.70
3.30
Sala de espera animal A=16,40m² +0.20
6.65
Sala de reuniões A= 21,20m² +3.35
2.00
14.70
3.60
W.C Masculino A=17,70m² +0.15
3.60
5.90
3.60
4.55
27.75
4.85
4.55 4.55
4.70
+0.20
3.80
7.35 18.35
1.80
10.90
Balcão h= 1,20m
7.05
Recepção/ espera A=230,00m² +0.20
Pé direito duplo h=6,00m
21.95
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP
2
PLANTA BAIXA TÉRREO
3
Esc. 1:125
A
1
B
PLANTA BAIXA 1º PAV.
DISCENTE:
Esc. 1:125
ASSUNTO:
Catarina de Oliveira Cruz Lima Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo
A
FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
03
ESCALA:
12/2020
1:125
Maquinário elevador
3.00
+9.65
+6.50
7.40
+3.35
1.20
+3.35
Guardacorpo metálico com vidro. h=1,20m
Marquise
0.90
4.25
Internação
2.10
UTI
+ 0.15
+0.20
Ambulatório emergência
+0.20
Farmácia
+0.20
Sala de espera animal
Elevador
+0.20
+0.20
+ 0.15
0.00
CORTE AA Esc. 1:125
Telha ondulada
0.90 Sala de preparo
2.10
Celtral de vácuo
+ 0.15
Laje de concreto
+3.35
Alvenaria convencional Antecamara de assepsia
Sala de preparo/ pré operatório
+0.20
Eletrocardiograma
Sala de cirurgia
0.20
+0.20
Fisioterapia
+0.20
0.20
+3.35
0.95 1.15 0.90
1.25
+1,20
Telha ondulada Platibanda
Laje de concreto
3.00
4.25
Muro h= 3,0m
Platibanda
Brise vertical Consultório
+0.20
+ 0.15
0.00
CORTE BB Esc. 1:125
Telha ondulada inclinação 5% Laje de concreto
Muro h= 3,0m
3.00 Guardacorpo metálico h=1,20m
Corrimão
Alvenaria convencional Circulação
Administrativo
Guardacorpo em alumínio e vidro. h=1,20m
Sala de descanso
Telha ondulada inclinação 5% Laje de concreto
+3.35
+3.35
0.15
+ 4.20
Platibanda
+6.50
Viga de concreto
7.50
+3.35
+3.35
Guia de balizamento
Circulação
WC
+0.20
7
Platibanda
Brise vertical
+ 2.20
3.00
6
Laje de concreto
Caixa d'água
+6.50
Platibanda
WC Masc.
+3.35
+1,20
5
+6.50
Laje de concreto
Platibanda
Muro h= 3,0m
Telha ondulada
1.30
Telha de fibrocimento i= 5%
Laje de concreto
3.00
4.25
1.25
Telha ondulada
+0.20
Farmácia
+0.20
Banho e tosa
+0.20
Circulação
+0.20
Fisioterapia
+0.20
Fisioterapia
+0.20
Laboratório
+0.20
+ 0.15
0.00
CORTE CC Esc. 1:125
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Catarina de Oliveira Cruz Lima ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
03
ESCALA:
12/2020
1:125
8
ELEVAÇÃO 1
9
ELEVAÇÃO 2
Esc. 1:125
Esc. 1:125
10
ELEVAÇÃO 3
11
ELEVAÇÃO 4
Esc. 1:125
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP
Esc. 1:125 DISCENTE:
Catarina de Oliveira Cruz Lima ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
04
ESCALA:
12/2020
1:125
A
PLATIBANDA
CALHA
TELHA DE FIBROCIMENTO i= 5%
B
PERGOLADO
TELHA DE FIBROCIMENTO i= 5%
PERGOLADO
Escada tipo marinheiro, estrutura de sustentação em perfil chato de aço 75x8x3mm
C
C
TELHA DE FIBROCIMENTO i= 5%
Casa de máquinas
TELHA DE FIBROCIMENTO i= 5%
+9.65
CALHA
Terraço +3,35
PLATIBANDA
PLATIBANDA
Marquise
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP
12
PLANTA DE COBERTURA
DISCENTE:
Esc. 1:125
ASSUNTO:
Catarina de Oliveira Cruz Lima Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo
A
B
FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
05
ESCALA:
12/2020
1:125
18.55 7.20
0.20
7.10
0.20
3.45
0.20
P78
P79
v13
P80
P81
P74
P75
v12
P76
P77
P68
P69
v11
P70
P71
P72
P58
P59
P60
v10
P61
P62
P63
P64
P65
P66
0.15
P49
P50
P51
v9
P52
P53
P54
P55
P56
P57
7.02
P73
v14
v15
v16
v17
v18
v19
v20
v21
v22
P40
P41
P42
P43
P44
P45
P46
P47
P48
P40
P41
P33
P34
P35
P36
P37
P38
P39
P33
P34
42.47
7.15
0.15
3.65
P67
0.15
3.50
0.15
9.50
5.70
0.15
0.20
P42
v8
P43
P44
P45
P35
P36
P26
P27
0.15 4.50
P31
P24
P25
v6
P31
P32
v5
P26
P22
v4
P23
P15
v3
P16
v7
P27
P28
P29
P30
P24
P25
v6
P32
v5
P22
v4
P23
0.15
6.25
0.15
v7
P13
P14
P17
P18
P19
P20
P21
P13
P14
P15
v3
P16
P17
P18
P7
P8
P9
v2
P10
P11
P12
P1
P2
P3
v1
P4
P5
P6
P8
P9
v2
P10
P11
P12
P1
P2
P3
v1
P4
P5
P6
10.90
P7
4.53
0.15
6.07
18.35
0.15
43.90
3.50
v8
13
PLANTA ESTRUTURAL 1º NÍVEL (Pav. Térreo) Esc. 1:125
14
PLANTA ESTRUTURAL 2º NÍVEL (Pav. Superior) Esc. 1:125
HOSPITAL VETERINÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Catarina de Oliveira Cruz Lima ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
DATA:
06
ESCALA:
12/2020
1:125