ESTUFA FRIA, Lisboa

Page 1

LISBOA

Raul Carapinha / Keil do Amaral / Appleton & Domingos e João Pedro Falcão de Campos

1

9

3

3

/

1

9

4

0

/

2

0

1

1


Universidade de Évora - Escola de Artes Departamento de Arquitectura Mestrado Integrado em Arquitectura No âmbito da disciplina de Arquitectura e Tecnologia IV Ano lectivo 2017/2018

ESTUFA FRIA, Lisboa Docentes Pedro Oliveira e Rui Mendes Trabalho de Catarina Pinho e Maísa Trindade Fotografias Estufa Fria (2018): Catarina Pinho Maqueta Estufa Fria - Sistemas estruturais: Catarina Pinho e Maísa Trindade Maio de 2018


ÍNDICE

I

HISTÓRIA FOTOGRAFIAS DE ARQUIVO LOCALIZAÇÃO

II

DESENHOS

III

FOTOGRAFIAS - O EXTERIOR

IV

FOTOGRAFIAS - ESTUFA FRIA

V

FOTOGRAFIAS - ESTUFA QUENTE

VI

FOTOGRAFIAS - ESTUFA DOCE

VII

FOTOGRAFIAS - NAVE

VIII

FOTOGRAFIAS - PORMENORES CONSTRUTIVOS

IX

MAQUETAS DE ESTUDO - SISTEMAS ESTRUTURAIS

X

BIBLIOGRAFIA


ESTUFA FRIA LISBOA

A Estufa Fria é um jardim em estufa situado no Parque Eduardo VII, entre a Alameda Engenheiro Edgar Cardoso e a Alameda Cardeal Cerejeira em Lisboa. Foi inaugurada em 1933, sendo o resultado de um projecto idealizado pelo arquitecto Raul Carapinha. Foi construída sobre uma zona de antiga extracção de basalto, actividade interrompida após a descoberta de uma nascente de água no local. A Estufa sofreu uma remodelação que acompanhou a remodelação do Parque Eduardo VII, nos anos 40, com a construção do lago à entrada e uma enorme sala - a chamada nave, onde ainda hoje se realizam vários tipos de eventos. Em 1975 duas novas secções abriram - a Estufa Quente

e

a

Estufa

colecção botânica para

Doce,

incluir

expandindo

espécies

a

tropicais

e equatoriais. A designação "Estufa Fria" provém do facto de não utilizar qualquer sistema de aquecimento. As ripas de madeira que a cobrem protegem as plantas das temperaturas excessivamente frias ou quentes. Do património artístico da Estufa fazem parte estátuas de Soares Branco, Leopoldo de Almeida e Anjos Teixeira (filho). Quanto ao pórtico da entrada, trata-se de um projecto de Keil do Amaral.

01.


01. Parque Eduardo VII - 1951 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 02. Interior da Estufa Fria - 1952 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 03. Primeiro concerto luminoso na Estufa Fria de Lisboa - 1938 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 02.

03.


Com cerca de 1,5 hectares de área, é constituída por três partes - a Estufa Fria propriamente dita, a Estufa Quente e

a estufa é ornamentada com pequenos lagos e cascatas assim como obras de estatuária.

a Estufa Doce. A área fria - a maior das três com cerca de

Em 2009, foi detectado o colapso eminente da

8100 m², é coberta com um ripado de madeira que controla

estrutura da Estufa Fria. O local foi encerrado e as obras

de forma natural a temperatura e a luz no interior. Alberga

começaram, tendo sido substituídos os pilares de sustentação

espécies

azálea (Rhododendron spp.)

da cobertura e restaurado o ripado de madeira. Esta nova

e cameleiras (Camellia japonica), provenientes de diversos

estrutura foi idealizada pelo arquitecto João Pedro Falcão de

pontos do globo.

Campos juntamente com a equipa Appleton & Domingos,

como

a

A Estufa Quente, ocupando cerca de 3.000 m2, foi construída nos anos 70. Com a sua cobertura em vidro possibilita o aquecimento do ar, condição favorável ao desenvolvimento de plantas originárias de climas tropicais das quais se destacam o cafeeiro (Coffea arabica), a mangueira (Mangifera indica) ou a bananeira (Musa spp.). A Estufa Doce, a mais pequena das três estufas com apenas 400 m2, é a casa das Cactáceas., aqui podemos encontrar os seus membros mais conhecidos - os cactos, plantas gordas, assim chamadas devido às suas folhas grossas e de consistência gelatinosa. Destacam-se as formas da

Cadeira-de-sogra

(Echinocactus

grusonii),

do Cleistocactus straussii ou do Aloé (Aloe vera). A Nave, com 800 m2 foi edificada nos anos 40, actualmente utilizada para eventos. Trata-se de um edifício semienterrado, em betão armado, composto por dez abóbadas que acompanham o declive da colina em que se insere, integrando, no extremo Norte, um afloramento rochoso de basalto. O interior é revestido com seixo de pequenas dimensões, que se assemelha a uma marmorite lavada. Toda

recuperando a ideia inicial de Keil do Amaral, de dar continuidade ao revestimento da cobertura na fachada.


04.

05.

04. Interior da Estufa Fria (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 05. Entrada da Estufa Fria, 1950 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa)


06. Escadaria no interior da Estufa Fria (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa)



FOTOGRAFIAS DE ARQUIVO

07.

08.


09.

07. Construção da Estufa Fria, 1933 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 08. Obras de alargamento da Estufa Fria, em 1954 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 09. Interior da Estufa Fria, em 1946 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa)


10.

11.


12.

13.

10. Perspectiva do interior da Estufa Fria, 1952 (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 11. Interior da Estufa Fria ênfase para a antiga estrutura metálica (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 12. Interior da Nave - Noivas de Santo António, em 1959 exemplo do tipo de eventos que o edifício recebe (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa) 13. Interior da Nave "Vizinha do Lado" pelo Teatro Popular de Lisboa, em 1963 - outro exemplo do tipo de eventos (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa)



14. Pรณrtico de entrada da Estufa Fria, projectado pelo arquitecto Keil do Amaral (fotografia: Arquivo Municipal de Lisboa)

14.


LOCALIZAÇÃO

15.


16. 15. Ortofotomapa de localização da Estufa Fria, em Lisboa, adjacente ao Parque Eduardo VII (imagem: Bing Maps) 16. Fotografia de localização da Estufa Fria (imagem: Bing Maps)


DESENHOS ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA

Projecto do arranjo da Estufa Fria e alameda central do Parque Eduardo VII nas suas zonas comuns - Plano de conjunto (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa. Ano 1955)



Projecto do arranjo da Estufa Fria e alameda central do Parque Eduardo VII nas suas zonas comuns - Plano geral de construção (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa. Ano 1955)



Projecto do arranjo da Estufa Fria e alameda central do Parque Eduardo VII nas suas zonas comuns - Alรงado de conjunto e cortes da estrutura (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa. Ano 1955)



Projecto do arranjo da Estufa Fria e alameda central do Parque Eduardo VII nas suas zonas comuns - Arranjo interior (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa. Ano 1955)



O EXTERIOR











ESTUFA FRIA





















ESTUFA QUENTE

















ESTUFA DOCE











NAVE









PORMENORES CONSTRUTIVOS



















MAQUETA DE ESTUDO

17.

18.


19.

27. Maqueta de Estudo do sistema estrutural da Estufa Fria - K-line (2017) 28. Maqueta de Estudo do sistema estrutural da Estufa Fria - K-line (2017) 29. Pormenor da junção da estrutura da Estufa Fria com diferentes direcções K-line (2017)


MAQUETA - SISTEMAS ESTRUTURAIS

20.


21.

30. Maqueta dos sistemas estruturais Estufa Fria e Nave - arame soldado, esferovite e cartĂŁo branco (2018) 31. Perspectiva da maqueta dos sistemas estruturais da Estufa Fria e Nave - arame soldado, esferovite e cartĂŁo branco (2018)


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.