Livro infantil acabado

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Fernando Pessoa eo Mundo da Fantasia

Autores Ant贸nio Carvalho

Editora Agrupamento de Escolas de Alc谩cer do sal

Catarina Pinto Francisco Nunes Helena Almeida



Fernando Pessoa e o mundo da fantasia

Autores e ilustradores: Antรณnio Carvalho Catarina Pinto Francisco Nunes Helena Almeida

Agrupamento de escolas de Alcรกcer do Sal , Editora, 2014 Estrada Senhor dos Mรกrtires 7580-131 Alcรกcer do Sal Tel.: 265 622 658 Site: Esas.aeas.pt


Fernando Pessoa e o Mundo da Fantasia


Era uma vez uma criança chamada Fernando Pessoa que vivia em Lisboa e não tinha amigos. Fernando como não tinha com quem brincar, começou a imaginar os seus próprios amigos e deu-lhes nomes, um era o Alberto Caeiro, outro o Ricardo Reis e ainda havia um que era o Álvaro de Campos.



Quando cresceu, Fernando decidiu ser poeta e começou a escrever em inglês, depois também escreveu em português.

Nos seus poemas portugueses assinava com os nomes dos seus amigos imaginários, a cada um deles chamava-se um heterónimo.


Fernando Pessoa: Sonho. N達o Sei quem Sou Sonho. N達o sei quem sou neste momento. Durmo sentindo-me. Na hora calma Meu pensamento esquece o pensamento, Minha alma n達o tem alma


Um dia enquanto Fernando passeava pelo campo, vendo as flores, as árvores e olhando para o céu, criou o seu primeiro heterónimo, Alberto Caeiro. Alberto gostava de escrever os seus poemas sobre tudo o que via e também sobre o que sentia. Fernando criou alberto, pois ele era a pessoa que Fernando nunca conseguiu ser...



O seu amigo imaginรกrio e heterรณnimo Alberto Caeiro, era um rapaz loiro de olhos azuis, magro e muito alto. Vivia no campo e escrevia muito mal. Mesmo escrevendo mal, adorava escrever e a sua poesia era sobre a natureza. Alberto gostava de passear pelo campo, ver as รกrvores, as borboletas, as flores e o sol.


Alberto Caeiro: Quando Vier a Primavera Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma


Certo dia, Fernando, decidiu criar um segundo heterónimo. Desta vez, era uma pessoa muito diferente dele e de Alberto Caeiro. Criou então Ricardo Reis, um senhor baixinho e de pele morena, que ao contrario de alberto andou na escola e foi médico...



Ricardo Reis que também era um amigo imaginário e heterónimo de Fernando Pessoa, era baixinho, forte e de pele morena. Andou na escola, por isso escreve muito bem. Foi médico e nos tempos livres escrevia poemas. Escrevia de uma maneira muito interessante, utilizando palavras que pouca gente conhecia. Os seus poemas eram sobre as estrelas, o céu e os anjos.


Ricardo Reis: Tudo nos Dá o Mundo Tudo, desde ermos astros afastados A nós, nos dá o mundo E a tudo, alheios, nos acrescentamos, Pensando e interpretando. A próxima erva a que não chega basta, O que há é o melhor.


Fernando, não se ficou por aqui, e criou um último amigo…



Chamava-se Álvaro de Campos e era o que mais se parecia com ele. Era um senhor alto, magrinho e utilizava um monóculo, que era como se fosse só uma lente de uns óculos. Escrevia sobre a forma como ele se sentia, quando se sentia com sono escrevia sobre isso, e se sentisse cansado também iria escrever como ele estava e o porque de ele se sentir assim. Gostava muito também de escrever sobre o tempo em que era criança, e explicar como passava o seu tempo a brincar e a aprender.


Álvaro de Campos: Não, não é Cansaço... Não, não é cansaço... É uma quantidade de desilusão Que se me entranha na espécie de pensar, E um domingo às avessas Do sentimento, Um feriado passado no abismo...


Em certa altura, Fernando Pessoa, jรก nรฃo queria ter os seus amigos imaginรกrios, por isso decidiu por um fim a essa histรณria.


Fim!




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