Revista Digital dos Catequistas Unidos - Edição nº 2 - Novembro/2017

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Edição III

Novembro 2017

Revista Mensal

ANO I

Sou Catequista de 1ª Eucaristia... e Agora

Costureira e catequista: fazedora de sonhos

Advento Como viver esse novo tempo?

Como trabalhar o Ano litúrgico na catequese


Novembro 2017

nesta edição Editorial .................................................................................... 3 Vem aí um tempo novo ............................................................ 4 Costureira e catequista: fazedora de sonhos ............................ 5 Sou catequista de 1ª Eucaristia, e agora? ................................. 6 Usando nossos dons na Catequese ......................................... 8 Especial - Santa Teresa de Calcutá ........................................... 10 Fique por dentro ...................................................................... 11 Dízimo Mirim ........................................................................... 12 Ele te escolheu ......................................................................... 14 Catequese em família .............................................................. 16 Como trabalhar o ano liturgico na catequese ......................... 18 Aconteceu ................................................................................ 20

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Editorial Novembro / 2017

por Cris Meneses

É com alegria que entregamos a segunda edição da Revista Digital Catequistas Unidos, com muitos textos inéditos vindos de várias regiões do país: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Recife, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro. É por isso que cada texto publicado aqui é um retalho. Esta revista é uma colcha de retalhos. Os textos-retalhos são escritos por catequistas do grupo Catequistas Unidos ou por colaboradores do grupo. Quem junta os retalhos e costura nossa diversificada colcha é a costureira, artesã, diagramadora e designer Dinha Pinheiro do site Catequese na Net, fundadora do Grupo Catequistas Unidos em 2011. Contamos com o brilhante trabalho da Dinha para que esta revista chegue até vocês com este visual dinâmico e caprichado.

Os ar gos desta revista nascem de catequeses reais e vêm das mãos desses catequistas que ocupam uma sala nas paróquias espalhadas pelo Brasil ou fazem catequese na sala da própria casa ou debaixo de uma árvore. E mesmo que nem todos colaboradores desta revista sejam catequistas, são evangelizadores em alguma pastoral ou movimento da Igreja católica. Os catequistas unidos atuam no interior do país, nas periferias, nas cidades grandes e, por essa razão, enriquecem esta revista com suas histórias, experiências, lutas e vitórias. Estou pensando cá com meus botões: esta colcha de retalhos catequé ca quer mesmo é aquecer muitos corações de catequistas. Para matéria de capa desta edição, escolhemos um ar go do idealizador desta revista, o catequista Roberto (www.catequistaroberto.com.br), com dicas valiosas para catequistas iniciantes de Primeira Eucaris a. Tenho certeza de que vocês irão gostar. Desejamos a todos uma boa costura por estas páginas. Aceitamos botões de elogios, crí cas e sugestões. Entrem em contato com a gente. Quem quiser contribuir com algum retalho para a próxima edição, envie para revistadigital@catequistasunidos.com.br . Iremos ler e analisar seu retalho com muito carinho. Até mais.

www.catequizandofeliz.com pág.3


Vem aí um novo tempo... por Cláudia Pinheiro Dia 3 de dezembro (domingo) começa um tempo especial chamado de Advento. Você sabe o que significa Advento? O dicionário diz que o Advento é "a vinda de algo muito importante." O que é isso? Será que é o Natal, quando celebramos o nascimento de Jesus? Sim, isso é algo que estamos esperando, mas também estamos esperando a vinda de um outro evento muito importante: O retorno de Jesus! Jesus nos disse que Ele voltaria, mas não nos disse quando Ele viria. Na verdade, Ele disse: "Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá...." (Mt 24, 44) Se não sabemos quando Ele vai chegar, como podemos estar prontos? Parece confuso, mas a conclusão é simples. Estaremos prontos se estivermos fazendo as coisas que Jesus quer que façamos: amar, cuidar dos doentes, alimentar os famintos e ajudar os pobres. Se fizermos essas coisas, estaremos prontos quando Ele vier. Pensando bem, essas são as primeiras coisas que devemos fazer para nos prepararmos para a celebração do Natal! O Tempo do Advento termina no dia 24 de dezembro. Vamos aproveitar esse tempo para falar para os catequizandos que ao invés de pensarmos no que iremos receber de presente, devemos pensar sobre o que podemos dar a Jesus e ao próximo. Tenho um mimo para vocês: um cartãozinho que pode ser impresso e usado como dinâmica com a turminha de Deus!

www.catequesenanet.com.br

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Costureira e catequista: fazedora de

sonhos

por Cris Menezes

Tereza é costureira. Costura há muito tempo. Antes do filho de 25 anos ter nascido, ela já costurava sonhos na sua máquina de costura. Quando conheci Tereza, conheci também sua máquina de costurar. Na época, ela fazia sacolinhas que serviriam para guardar sapa lhas e roupinhas de balé- ou seja, sonhos de bailarinas. Tereza é catequista: ela costura uma palavra na outra para falar do amor de Deus. Para alinhavar sonhos, ela precisa de linha, pano, agulha. Para fazer catequese, ela sabe que precisa da Bíblia, muitos carretéis de fé, o catecismo, botões de alegria, ilhós de esperança- afinal catequista é portador da Boa-Nova, como todo cristão comprome do.

Esta é a máquina da Tereza.

Na catequese , ela também costura sonhos.

Tereza Diniz é catequista em Recife-PE.

www.catequizandofeliz.com

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Sou Catequista de 1ª Eucaristia

E agora?

Frequentemente recebo e-mails, comentários no blog e no Facebook de novos catequistas de 1ª Comunhão pedindo auxílio com perguntas do tipo “Que material devo utilizar?”, “Que tema devo abordar?”, “Por onde começo?”, “Por onde termino?”, e por aí vai... Nesses meus 20 anos de caminhada, aprendi que não existe uma fórmula mágica que nos torne bons catequistas. Devemos entender, primeiramente, que ser CATEQUISTA não é exercer uma profissão e sim viver uma vocação. Não passamos por uma seleção no RH de uma empresa. Nem somos sorteados para ser catequista. Deus nos escolhe diretamente; cabe a nós entender seu chamado e dizer “SIM”. E vejam que interessante: Muitas vezes quando sentimos o chamado de Deus, não nos sentimos preparados. Mas Deus enxerga muito além de nossas capacidades aparentes: ele enxerga nossa alma, nosso coração e designa uma missão para nossa vida e então nos prepara para que executemos nossa tarefa. Por isso é correto dizer: “Deus não escolhe os capacitados; Ele capacita os escolhidos!” Não vou entrar no mérito dos temas a serem abordados porque cada Diocese, Vicariato e Paróquia têm seus programas de trabalho. Mas gostaria de relatar alguns tópicos interessantes que fui observando e aprendendo nessa minha caminhada e que me ajudaram (e continuam me ajudando!) a desenvolver meu trabalho na catequese:

* Conhecer a realidade do catequizando – quando conhecemos a vida das crianças e/ou jovens que acompanhamos na catequese, sem dúvida, fica mais fácil de sabermos a forma exata de relação que devemos ter para com elas. Muitas vezes devemos suprir a carência afe va que eles trazem de casa. Dinâmicas de relacionamento são muito posi vas e ajudam bastante a observar o comportamento de cada um individualmente.

* Ser amigo do catequizando – mostre que você está ali para o que der e vier! Ele terá confiança em você e romperá aquela barreira que às vezes existe entre catequista – catequizando. Converse sobre a escola, pergunte como estão as coisas em casa, etc. A vidades diferentes (catequese ao ar livre, piquenique, filme) ajudam a estreitar essa relação.

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* Você não é professor! - devemos acabar com aquela ideia que as crianças têm de que estão participando de uma “aula de catequese” e que você é “professor” delas. Mostre que estão participando de um encontro de catequese e que você é o amigo catequista delas, para que esta diferença fique bem evidente a facilite seu trabalho. O ideal é que você faça seus encontros com dinâmicas, com descontração e incentivando a participação das famílias nas atividades... Podem ter certeza de que o resultado será bastante positivo! * Evolua junto com a juventude – sei muito bem que, a cada ano que passa, a diferença de idade entre nós e as crianças vai aumentando, mas isso não quer dizer que tenhamos que ficar “velhos e ultrapassados”, não é verdade? Nós podemos utilizar a modernidade a nosso favor na hora de evangelizar! Facebook, blog, twitter, instagram e outra infinidade de ferramentas podem agilizar a comunicação entre o catequista e o catequizando, fazendo com que nossa catequese não fique engessada apenas nos encontros semanais. E não é só isso: tente conhecer o que a juventude curte. Não estou dizendo que vocês têm que gostar de tudo o que eles gostam... Mas conhecê-los e participar um pouco de suas realidades, irá ajudar na hora de dialogar com eles!

* Formação Permanente – Considero este um dos pontos mais importantes. Todos nós precisamos estar em constante formação, reciclando nossos métodos, aprendendo coisas novas e aprimorando os conhecimentos que já possuímos. A troca de experiências com outros catequistas também é fundamental para que possamos enriquecer nosso saber e utilizar novas ideias no dia a dia da catequese. A caminhada do catequista não é fácil, mas, ao mesmo tempo, é muito gratificante. Para isso, é muito importante que nos entreguemos inteiramente a nossa vocação. Devemos ter ciência da imensa importância que é preparar as crianças para a 1ª Comunhão, pois este será o primeiro contato direto (por espontânea vontade) com Jesus Eucarístico. E devemos, acima de tudo, acreditar que a Eucaristia é fonte de salvação para todos. Como diz Santo Inácio de Antioquia, “Na Eucaristia, nós partimos o único pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre” Um Fraterno Abraço e até o mês que vem!!! PAZ & BEM

www.catequistasunidos.com.br

6.gáp

www.catequistaroberto.com.br

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Usando nossos dons na Catequese por Sheila Jorge Nós, Catequistas Unidos, somos de várias partes do Brasil e vivenciamos realidades diferentes em nossas comunidades. Mas isso é um fator posi vo quando aproveitamos essas diferenças para nos complementar e aprendermos uns com os outros. E essa mul plicidade também acontece dentro de cada comunidade. Existem catequistas com o dom da palavra, outros com uma espiritualidade mais aguçada, aqueles que têm espírito de liderança e acabam se tornando nossos coordenadores e outros que têm até talentos para as artes, teatro, música, animação entre outros. A exemplo dos Catequistas Unidos, nós podemos trabalhar bem essas diferenças com diálogo, planejamento, comunicação, reuniões constantes e empa a. O relacionamento interpessoal é fundamental para que as engrenagens funcionem em qualquer área de nossas vidas, dentro e fora da igreja. Mas na catequese se torna fundamental para que cada um se sinta parte do todo e que todos se sintam um. Ninguém é “melhor catequista” porque sabe fazer isso ou aquilo ou porque tem vários cursos teológicos, mas pode tentar se tornar melhor a cada dia dando a sua parcela de contribuição naquilo que sabe e gosta de fazer. Mas isso não significa que aquela catequista que sabe fazer artesanato tenha a obrigação de fazer todas as lembrancinhas da catequese, para o Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, para a Feira Bíblica, etc... Ficando sobrecarregada nessas datas enquanto outros ainda a cri cam se algo não saiu perfeito (eu sei que isso não acontece na sua paróquia... é só um exemplo). Então como podemos resolver isso? Essa catequista que sabe fazer artesanato pode ajudar dando ideias e até ensinando aos demais, compar lhando moldes e dicas para que todos possam fazer lembrancinhas também. Mas, em úl mo caso, se ninguém concordar em aprender e preferirem comprar as lembrancinhas e se ela for uma artesã que faz disso uma profissão fora da igreja, nada mais justo que ela faça tudo e receba por seu trabalho. Tudo é uma questão de conversar. E isso serve para todos os catequistas. O que não pode acontecer é ficarem chateados, desgastados, discu ndo e não chegando a lugar algum. Quando forem preparar um re ro, por exemplo, dividam-se em equipes. Usem seus dons para que ninguém fique responsável por duas ou três coisas ao mesmo tempo, enquanto outros apenas vão chegar no dia sem saber nem a programação.

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“Tua Igreja é um corpo Cada membro é diferente E há no corpo certamente Coração, ó meu Senhor” Organizem-se! Ajudem-se! Vocês são capazes e podem realizar muitas coisas se es verem unidos! Obs: Eu dei o exemplo das lembrancinhas porque eu gosto muito de fazer artesanato. Vejam algumas que eu já postei no meu blog:

www.semeandocatequese.wordpress.com

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Santa Teresa de Calcutá Por Sueli Carvalho Mulher pequenina no tamanho com um coração gigantesco. Saiu de si mesma para ir ao encontro dos menos favorecidos. Madre Teresa nasceu Agnes Gonxha Bojaxhiu, mas passou a ser chamada Teresa e atodou como sobre-nome Calcutá e se tornou a Santa dos pobres. Madre Teresa em 1979 recebeu o prêmio nobel da paz, pelo serviço prestado a humanidade. Em 5 de setembro de 1997 ela morreu aos 87 anos vítima de uma parada cardíaca. Madre Teresa foi beatifica em 19 de outubro de 2003. E foi canonizada pelo Papa Francisco no dia 4 de setembro de 2016. Frases atribuídas a Madre Teresa de Calcutá: “ A oração nos faz ter um coração puro. E um coração puro é capaz de ver a Deus. Se descobrirmos Deus, seremos capazes de amar, de amar não com palavras, mas com obras”. Trechos da Entrevista de Madre Teresa de Calcutá: (https://www.youtube.com/watch?v=N5Vy5lSeYus) “Não é o quanto fazemos ou “o quão grande” é o que fazemos, e sim quanto amor colocamos no que fazemos, porque somos seres humanos e para nós parece ser muito pequeno, mas uma vez que entregamos o que fazemos a Deus, Deus é infinito e essa pequena ação se transforma em uma ação infinita... porque Deus é infinito e para Ele não há medida.” “Devemos encontrar a santidade no trabalho que Deus nos confiou ao nos dar um “presente especial”. A cada um de nós nos deu um dom especial. Se no melhor dos casos, a única coisa a se fazer é descascar batatas devo descascar lindamente, este é o meu amor por Deus em ação. Não é o quanto fazemos e sim o quanto amor colocamos no que fazemos isso é muito mais importante para Deus e para nós também.”

"Sou apenas um lápis nas mãos de Deus, é Ele quem me escreve” Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós! pág.10


Fique por dentro Catequista, você precisa ler urgente!

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Em maio deste ano, após ser concluída a 55ª Assembleia Geral da CNBB, foi lançado o Documento 107: “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”.

as Catequist Unidos

Um documento com orientações, voltado para os leigos, especialmente para os catequistas e responsáveis pela animação pastoral das dioceses e comunidades. pág.11


Dízimo Mirim

Por Patrícia Cândido dos Santos

Olá, gente linda! Tudo bem? Sou Patrícia Cândido dos Santos, catequista na Paróquia Nossa Senhora da Na vidade da cidade de Cocal do Sul/Diocese de Criciúma/SC. E hoje vou falar um pouquinho de algo que deu muito certo aqui na minha paróquia: o Dízimo Mirim” que carinhosamente chamamos de diziminho, pois é ofertado por nossos catequizandos. Há mais ou menos oito anos foi implantado por aqui o “Dízimo Mirim”. No início, algumas pessoas (pais e até catequistas) foram um pouco resistentes a essa novidade, mas com o tempo as pessoas foram compreendendo melhor e hoje é bem aceito. Primeiramente os catequistas foram orientados a explicar aos catequizandos a importância de se ofertar o dízimo e de que forma poderiam fazêlo. Sabendo que os pais costumam dar alguma quan a em dinheiro para seus filhos c o m p r a r e m guloseimas, por exemplo, nós explicamos que a oferta deveria ser re rada desse dinheiro que eles recebem dos pais. Frisamos que eles não deveriam pedir para os pais nada além do que já ganhavam, pois dessa forma vão aprendendo desde cedo a ofertar seu dízimo.

Dízimo Mirim pág.12


Como funciona o Dízimo Mirim? Todo 2º final de semana do mês, tem missa do dízimo na comunidade matriz de nossa paróquia. A missa de sábado à tarde é de responsabilidade da catequese. Nessa missa, os catequizandos levam seu diziminho (em um envelope menor que o dos adultos). São colocadas duas cestas diante do altar. No momento do ofertório, lemos a Oração do Dizimista (que está no envelope) e depois, em fila, os catequizandos levam sua oferta. Não há uma quan a es pulada. Assim como os adultos, eles ofertam aquilo que podem. Em todas as missas, é comunicado o valor das ofertas do mês anterior e também são sorteados alguns envelopes que são contemplados com uma pequena lembrança ofertada pela paróquia (geralmente as lembranças são doadas por nossos paroquianos). A oferta é re rada dos envelopes e os mesmos são guardados na secretaria paroquial. Todo mês, os catequistas vão buscar os envelopes de seus catequizandos na secretaria, para novamente distribuí-los. O dízimo ofertado pelos catequizandos é rever do para pastoral da catequese usar em formações para nossos catequistas, e também com nossos catequizandos. Ei, catequistas que tal você conversar com seu coordenador e com seu pároco e tentar implantar o diziminho aí na sua paróquia também?

Vamos lá catequistas, EVANGELIZEM! Beijo no

lindo de todos vocês! Paz de Cristo!

“Faze todas as tuas ofertas com um rosto alegre, consagra os dízimos com alegria.” (Eclo 35,11)

www.catequizandocomjesus.blogspot.com.br pág.13 pág.15


Ele te escolheu Por Marcela Rodrigues Trindade

“Sois uma carta de Cristo, redigida por nosso ministério e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo” (2Cor 3,3), Vocação. Palavra que requer atenção quando se fala ao coração. O chamado é de Deus, entretanto poucos conseguem ouvir sua voz. Na contemporaneidade da vida, o que seria se não véssemos Seu amor? Deus capricha quando nos chama, nos convida pelo nome, acolhe, orienta, ama, zela, abre caminhos e nos refaz a cada incerteza. Não poderia deixar de falar da primeira a receber esse chamado, a escolhida, agraciada, singela, doce e pura, Maria, a mãe do Salvador, a nossa Mãe celes al, como mencionado no Evangelii Gaudium, nº 284: “Sem Ela não podemos compreender cabalmente o espírito da nova evangelização”. Através do sim proclamado pelo esplendor do seu coração, Maria transformou a nação. “Meu espírito se alegra em Deus meu Salvador” (Lc 1, 47). A entrega na evangelização precisa ter o olhar voltado ao de Maria, Ele te escolheu aquela que tudo fez e confiou no Senhor: “eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). O mais fascinante, na vocação de ser catequista, é poder acompanhar as mudanças que Deus faz em nós e por nós. Poderíamos fazer uma retrospec va desde quando o chamado foi feito, de que maneira o sim foi manifestado e o jeito que, a cada dia, caminhamos para evangelização. Muitas coisas mudaram, várias crianças, jovens, adultos e famílias passaram por nós. A maneira metodológica, os textos reflexivos, a organização do ambiente para o encontro, uma dinâmica que deu certo, outra que precisou ser refeita, as várias formações que par cipamos para compreender o mistério vocacional. Que Maria conceda sabedoria no nosso coração. pág.14


De certo modo, ser catequista é deixar-se guiar pelo próprio Mestre, é compreender o incompreensível, é poder saborear da fonte a água do poço apresentado à Samaritana, é sen r o Espírito Santo a cada encontro como em Pentecostes, é confiar como Maria fazendo tudo que Ele nos disser. Como ressalta Papa Francisco, precisamos ser catequistas humanos preenchidos pelos mistérios do próprio Cristo, pois “chegamos a ser plenamente humanos quando somos mais que humanos, quando permi mos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos, a fim de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro”. Louvado seja Deus pelas pessoas que escutam o chamado de Deus e encontram o caminho vocacional, por deixar-se guiar pelo próprio Cristo, por anunciar, amar, profe zar a fé, que receberam no ba smo, compreendendo que tudo que fazemos é com Ele, por Ele, para Ele todas as coisas. A jornada con nua, pois, a vocação de catequização não termina apenas em encontros catequé cos (turmas e formações), faz se necessário uma iden dade catequé ca mistagógica de pertença para anunciar o amor.

Imagem: Site jovensconectados.org.br

Deus abençoe sempre a cada catequista que abraça sua vocação com amor, dedicação, fé entusiasmo, coragem, tendo em si um pouco de Deus, que deixa um pouco Deus no outro e leva um pouco do outro em si.

www.facebook.com/CatequesedeIVC


Catequese em Família por Jonathan Cruz

Obje vo: Aproximar mais as famílias da catequese porque todos nós, catequistas, sabemos que é de extrema importância a presença familiar na educação cristã dos filhos. E nem todas as comunidades têm o privilégio de andar juntas (igreja e família).

Catequista Rosiane Andrade Belo Horizonte - MG

Colocando a “cuca” para trabalhar, me veio em mente o nome Catequese em família. No começo, eu mandava uma tarefinha para os pais realizarem juntos com os seus filhos.

Catequista Katia Pilon de Vinhedo pág.16

E como nada é perfeito, não obtivemos 100% de participação: de 30 catequizandos, 20 famílias tinham o compromisso com a catequese. E por incrível que pareça, as famílias mais humildes é que foram mais presentes na realização deste projeto.


Após essa inicia va, o projeto ganhou uma repaginada. Em vez de apenas mandar "tarefas de casa" para os pais todo encontro, criei um kit com uma sacolinha, caderno para registros e Bíblia.

Catequista Clecilda Magno Capela São Raimundo Nonato Belém - Pará

Após publicar no blog Catequese com Crianças, várias comunidades do Brasil implantaram o projeto e muitas, por meio das redes sociais, enviaram fotos. Fiquei surpreso com a proporção posi va que essa ideia a ngiu e com a cria vidade dos catequistas.

Catequista Helena Fernandes Fortaleza - CE

www.catequesecomcriancas.blogspot.com.br pág.17


Como trabalhar o Ano litúrgico na catequese por Imaculada Cintra

“O ANO LITÚRGICO é o calendário dos cristãos. Por meio dele a Igreja anualmente revive os acontecimentos da História da Salvação, de modo a celebrarmos os momentos mais importantes da vida de Jesus cristo”.

O tempo voa! Estamos terminando mais um ano. Porém, antes de terminar o ano civil, encerramos o ano litúrgico e nossos catequizandos precisam aprender como se organiza nossa Igreja.

“As datas propostas pelo Ano Litúrgico não coincidem com o ano civil. Enquanto esse se inicia 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro, o Ano Litúrgico tem i n í c i o n o A d v e n to ( q u a t r o semanas antes do Natal) e termina no sábado da úl ma semana do Tempo Comum.” (Ano Litúrgico,Or z e Daldegan, Editora Vozes)

Estamos a caminho de uma mudança de mentalidade, de uma conversão pastoral, de forma mida, lenta.  Ainda é comum em vários lugares, a catequese entrar de férias nesse tempo forte que é o início do tempo litúrgico, tempo do advento, ciclo do Natal. Infelizmente, muitos seguem o ano civil na organização do processo catequé co.

Explicar o Ano Litúrgico não é tarefa fácil, mas podemos usar do lúdico e das imagens para facilitar a compreensão, isso em todas as idades, inclusive com adultos. pág.18


Compartilho com vocês um encontro. Montamos aos poucos o quadro do ANO LITÚRGICO, o que acontece em cada Tempo, o porquê das cores. Foi bem proveitoso. Os catequizandos interagiram bem. Fiz no EVA. No final, para reforçar, distribuí entre eles imagens que deveriam analisar e detectar o tempo correspondente. Vi essa ideia na internet e me inspirei. O importante é você dar o seu toque, ter esse material pronto para passar de maneira dinâmica esse tema tão necessário para a formação e amadurecimento da fé de nossos catequizandos. O livro que menciono abaixo traz várias atividades sobre O Ano Litúrgico. Recomendo! Um beijo grande! Avante! Mãos à obra, anime-se, faça o seu. Quem fizer, compartilhe conosco, envie fotos! Dica de Leitura: Ano Litúrgico – jogos, artes e dinâmicas para a catequese, autoria de Francine Por rio Or z e Viviane mayer Daldegan,

www.imaculadacintra.blogspot.com.br

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Aconteceu...

Igreja Matriz da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Casa Forte no dia 04 de outubro, dia que celebramos São Francisco de Assis, além da tradicional bênção dos animais, aconteceu a vacinação e arrecadação de ração para animais carentes.

Retiro com as turminhas da Catequese, no dia 14/10. Paróquia São João Batista Sertãozinho - SP

A EXPO RELIGIÃO é uma Feira Inter-Religiosa que através de suas a vidades comprova a sociedade que a convivência é possível desde que haja RESPEITO. A E X P O R E L I G I ÃO reuniu 19 Religiões , nos dias 6,7 e 8 de outubrono Boulevard Olímpico no Rio de Janeiro.



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