E U Q PAR O N A URB EM CAJURU
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2016
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DE
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PARQUE URBANO EM CAJURU
Trabalho Final de Graduação CAUANA LUIZA DE SOUZA MACIEL ORIENTADORA: CATHERINE D’ÁNDREA RIBEIRÃO PRETO 2016
AGRADECIMENTOS
so.
A Deus em primeiro lugar, que me iluminou durante todo o cur-
Aos meus pais, Cássia e Adilson, que fez possivel meu sonho de ser arquiteta e urbanista, e principalmente por não me deixarem desistir. Aos meus irmãos, Gabriela e João Neto, pelo simples fato de existirem na minha vida. A Catherine D’Ándrea, pela orientação desde o início da graduação e principalmente para relização deste . A Lidia, pela a amizade que pude contar ao longo da graduação. A Ana Leticia, que nos momentos de desepero nunca me deixou desistir e sempre me apoiando. A Isabel e Bruna, que dedicaram do seu tempo para me auxiliar. Aos meus amigos e colegas, por não me deixar desanimar na reta final de nossa graduação A todos os meus professores que partilharam seus conhecimentos para minha formação durante a graduação.
DEDICATÓRIA a Francisco Gimenes (in memoriam) pela delicadeza ao ensinar a arquitetura em seus mínimos detalhes, tornando-se um exemplo de ser humano. a João de Souza Maciel ( in memoriam) pela saudade diária, por me deixa um legado a ser seguido. aos meus pais, Cassia e Adilson, pela força e a garra em me ensinar.
“A arquitetura não provém de um conjunto de larguras, comprimentos e alturas dos elementos construtivos que encerram o espaço, mas precisamente o vazio, do espaço encerrado, do espaço interior em que os homens andam e vivem”. Bruno Zevi em “Saber Ver a Arquitetura”
RESUMO O presente trabalho tem como tema investigar a descontinuidade da malha urbana, entender a organização sócio-espacial da população e o homem que convive com essas transformações constantes. Os objetivos são propor a melhoria de um vazio urbano, na cidade de Cajuru, no interior de São Paulo; resultar na qualificação do espaço público através da implantação de um Parque Urbano; proporcionar o desenvolvimento urbano, social, cultural , econômico e principalmente, melhorar a vida do individuo. Continuar o traçado da cidade no espaço público que permitem a “caminhabilidade”, transito de massa humana, e o uso misto do solo. Palavras Chaves: Mobilidade Urbana, Requalificação, Parque Urbano, Segregação Social,
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.................................... pág 9 2.A CIDADE.......................................... pág 15 3.O VAZIO ........................................... pág 21 4.CONCEITO DE INTERVENÇÃO........ pág 23 5. MEIO AMBIENTE E LESGILAÇÃO ..pág 27 6. PARQUE URBANO............................pág 31 7.SEGREGAÇÃO.....................................pág 35
8. LEITURA PROJETUAL..........................................pág 39 9. LEVANTAMENTOS.................................................pág 39
9.1 MAPEAMENTO DOS VAZIOS..................................pág 41 9.1.1 RECORTE DA ÁREA DE ESTUDO.........................pág 42 9.1.2 ARTICULAÇÃO DO VAZIO...................................pág 43 9.1.3 USO E OCUPAÇÃO..............................................pág 44 9.1.4 EQUIPAMENTOS..................................................pág 44 9.1.5 HIERARQUIA VIÁRIA...........................................pág 45 9.1.6 CONFLITO DE USO: PEDESTRE X VEICULOS.. pág 45 9.2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA....................................pág 46 9.2.1 EQUIPAMENTO NA ÁREA ....................................pág 47 9.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO...........................pág 49 9.4 SINTESE DE DADOS...............................................pág 52
10.DIRETRIZES.................................... pág 9
10.1 NECESSIDADE.............................. pág 21 10.2 PESQUISA DE CAMPO............... pág 23 10.3 PREMISSAS..................................pág 55 10.4 CROQUIS.......................................pág 55 10.5 SETORIZAÇÃO INICIAL...............pág 56 10.6 DIRETRIZES URBANISTICAS .....pág 58 10.7 MEMORIAL DISCRITIVO ..............pág 60
11.CONSIDERAÇÕES FINAIS ............ pág 62 12.REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA..... pág 63
1.INTRODUÇÃO
PARQUE URBANO BURACÃO
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Nos últimos anos, as cidades brasileiras tem tido um
crescimento acelerado. Esse crescimento desenfreado deve-se a vários fatores, como por exemplo, a migração da população de áreas rurais para os centros urbanos, em busca de melhores condições de vida. Esse crescimento desenfreado provoca nas cidades, a criação de vazios urbanos, uma vez que os bairros crescem de forma acelerada e sem controle de estrutura física ou urbana. O vazio urbano é um fenômeno a ser problematizado, há uma grande diversidade de situações onde observa-se esse vazio que é alvo do olhar e da reflexão. Pode-se considerar como uma área desestruturada ou desocupada, uma área vazia que necessita de ocupação e organização sócia estrutural para a melhoria da qualidade de vida da população.
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“…As áreas verdes, as praças e, em alguns casos, os espaços entre os edifícios - que configuram espaços de sociabilidade -, bem como as áreas desocupadas da periferia - que se constituem áreas de expansão da cidade - são exemplos de situações de vazio na cidade que não poderiam ser identificadas como vazios urbanos. Por outro lado, os espaços residuais, gerados pelo processo capitalista de construção e reconstrução permanente da cidade, e que se expressam como uma descontinuidade, um vazio a preencher de informação e de novos usos, e os lugares, territórios e edifícios em situação de esvaziamento - espaços abandonados, espaços ocupados por estruturas obsoletas, ruínas, terrenos baldios, terrenos subutilizados e imóveis ociosos – qualificados como urbanos, configuram um fenômeno urbano diferenciado: os vazios urbanos. Embora as diferentes termos utilizados nos estudos recentes - terrain vague, friches urbaines 5 , wastelands, derolict lands, tierras vacantes - patenteiem as diferentes possibilidades de compreensão deste fenômeno, optou-se pela denominação vazio urbano, sublinhando a importância de compreendê-lo em sua dupla condição: vazio e urbano.” (Borde, Andréa. VAZIOS URBANOS: AVALIAÇÃO HISTÓRICA E PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS.< file:///C:/Users/ISABEL/Downloads/1061-2113-1-SM.pdf>).
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A cidade de Cajuru, em sua região periférica apresenta um território que se identifica como vazio urbano, descrito por Borde. Essa área tem necessidade de um projeto, Parque Urbano, com infraestrutura adequada para atendimento da população carente e melhoria do Meio ambiente através da preservação de uma Nascente, sua Mata Ciliar e infraestruturas necessárias capazes de atender a população proporcionando o desenvolvimento urbano, social, cultural e econômico.
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Segundo Magnani, 2000: “…parque urbano com equipamento é
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figura 1 fONTE: PrEfEiTura MuNiCiPaL DE CaJuru
um lugar onde diferentes sociabilidades são tecidas através da interação de indivíduos que o constroem socialmente…”
O objeto de estudo do presente trabalho é o imenso terreno situado entre o Bairro Vila Vieira e a COHAB (Conjunto Habitacional) situada na região periférica da cidade. Tem o propósito de investigar a descontinuidade da malha Urbana, entender a organização sócio espacial da população e as transformações constantes a que estão sujeitas, principalmente o impacto da implantação de um Parque Urbano neste local. PARQUE URBANO
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PARQUE URBANO BURACÃO
JUSTIFICATIVA P
ara Gehl (2014) nos últimos 50 anos o planejamento urbano negligencia a dimensão humana, devido à falta de estudos e de visão dos urbanistas, pois pensam na forma do edifício, em uma cidade vista do avião e se esquecem das pessoas e da vida urbana. Prega criar um adensamento com um misto de áreas residenciais, comerciais e escritórios, para que assim as pessoas possam se locomover facilmente entre elas a pé ou usando transporte público. Os espaços com multiuso, permitindo a proximidade e a visibilidade física dos usuários. As cidades compactas com altas densidades permitem a “caminhabilidade”, transito de massa humana, e o uso misto do solo. É necessário entender o que é um humano, e quais suas necessidades, para definir o espaço urbano humanizado. O homem é uma ferramenta indispensável na construção do espaço, ou seja, entender que humanizar é criar algo perceptível e aprazível aos sentidos do usuário; é criar algo quase ergonômico, adaptado para o usuário. Outro elemento importante na consolidação de áreas urbanas é habitação, desde que conecte os espaços coletivos aos privados, no sentido de humanizar a cidade e possibilitar a cidade para o usuário e não para meios automobilísticos, aderindo uma infraestrutura de qualidade. As reflexões permitem compreender e promover ações para um melhor “habitat da humanidade”. Criando as cidades e espaço para as pessoas.
CAJURU, MAPA DE MACROZONEAMENTO figura 2 fONTE: auTOr
“Como você vai saber onde colocar os diferentes serviços em uma praça sem olhar os atos humanos nele? ” Gehl, O mundo passa por uma crise ambiental e a falta de planejamento das cidades, devido ao crescimento e distribuição desordenada da população, se faz necessário à manutenção e o equilíbrio entre os Recursos Naturais, a Sociedade e o Meio Ambiente.
CAJURU, MAPA DO VAZIO URBANO figura 4 fONTE: auTOr
CAJURU, MAPA DE SEGREGAÇÃO SOCIAL figura 3 FONTE: AUTOR
Em Cajuru, cidade localizada no interior de São Paulo, não é diferente. Para a efetivação da renovação urbana e a recuperação de áreas degradadas foram criadas Leis Municipais, que asseguram a aplicação dos conceitos de Desenvolvimento Sustentável na urbanização da mesma, para torna-la viva saudável e segura. Porém com a expansão da população sem planejamento da estrutura urbana adequado, observa-se que as Leis criadas não saíram do papel, como é o caso do Artigo 91 da Lei Complementar Municipal de Cajuru, nº 25/2006, que dispõe sobre as definições e a implantação de um Parque Urbano de Recreação e Lazer. O desenvolvimento sustentável do Parque Urbano não foi colocado em prática, figura 2, o Vazio Urbano, local destinado ao Parque, é o agente da descontinuação da malha urbana, um elemento da segregação espacial. Este Vazio Urbano localiza-se na Zona de Expansão Urbana (ZEPU) e na Zona de Preservação Ambiental (ZPA), conforme determinadas no Plano Diretor da cidade. Na figura 3, são perceptíveis as diferentes Classes Sociais: o Vazio Urbano, como se fosse uma barreira social; a região 1, marcada em amarelo é o Centro da Cidade, com o predomínio da Elite Cajuruense; a região 2, é área periférica, onde se localizam os Conjuntos Habitacionais, COHAB e a região 3, é a área de expansão que cresceu sem nenhum planejamento estrutural, o que tornou seu uso misto, existindo uma diversidade de construções arquitetônicas, desde casas de alto padrão até assentamentos irregulares. Na figura 4 o Vazio Urbano é deixado em evidência, apresentando uma Nascente, cursos d’àgua, a vegetação natural (Mata Ciliar) e Brejos, alvos de um planejamento que atenda às Normas, Regulamentações e Legislação Ambiental Brasileira. Com base nos estudos realizados sobre a segregação e Vazios. O objetivo deste trabalho é propor depois da realização do levantamento da área citada, a ocupação do espaço urbano não utilizado que representa um entrave ao desenvolvimento urbano da cidade, área essa que não possue ou apresenta função social, independente do caráter econômico, e que restringe a estruturação da malha urbana. A proposta indicada é o preenchimento do Vazio Urbano através do Projeto do Parque Urbano. Esse Projeto necessita ser integrado e diagramado com equipamento estruturador do espaço através de levantamento de dados topográficos e geotécnicos. A partir desses levantamentos será construído um Projeto Básico do Parque, sem perder a pureza da área, sendo capaz de recriar laços entre a natureza e o homem, respeitando a Legislação Ambiental, através do desenvolvimento Sustentável e o Plano Diretor do Projeto. O Parque Urbano visa o lazer e a preservação ambiental da área vazia em questão. PARQUE URBANO
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2. A CIDADE
A cidade
Passou me lavrando todo... A cidade Chegou me passou no rodo... Passou como um caminhão Passa através de um segundo Quando desce a ladeira na banguela... Veio com luzes e sons. Com sonhos maus, sonhos bons. Falava como um camões , Gemia feito pantera. Ela era... Bela... fera. Desta cidade um dia só restará O vento que levou meu verso embora... Mas onde ele estiver, ela estará: Um será o mundo de dentro, Será o outro o mundo de fora.
Como círculos na água da lagoa. E eu vi nuvens de poeira E vi uma tribo inteira Fugindo em toda carreira Pisando em roça e fogueira Ganhando uma ribanceira... E a cidade vinha vindo, A cidade vinha andando, A cidade intumescendo: Crescendo... se aproximando. Eu vim plantar meu castelo Naquela serra de lá, Onde daqui a cem anos Vai ser uma beira-mar... Trecho da Musica: Lá vem a Cidade Compositor: Lenine
Vi a cidade fervendo Na emulsão da retina. Crepitar de vida ardendo, Mariposa e lamparina. A cidade ensurdecia, Rugia como um incêndio, Era veneno e vacina... Eu vim plantar meu castelo Naquela serra de lá, Onde daqui a cem anos Vai ser uma beira-mar... Eu pairava no ar, e olhava a cidade Passando veloz lá embaixo de mim. Eram dez milhões de mentes, Dez milhões de inconscientes, Se misturam... viram entes... Os quais conduzem as gentes Como se fossem correntes Dum rio que não tem fim. Esse ruído São os séculos pingando... E as cidades crescendo e se cruzando
A música de Lenine faz refletir sobre o crescimento desordenado e repentino da Cidade, sua expansão urbana sem limites. O espaço se altera com o tempo e as interferências do homem. A cidade carece de uma investigação aprofundada nos novos contextos da contemporaneidade.
A
s cidades em expansão não levam em consideração a fragilidade do ecossistema. Devemos adaptar os traçados e desenhos urbanos nas formas do território, assim refletindo em um melhor funcionamento. O crescimento da cidade e da economia está ligado a ‘modernização’, descartando os aspectos relacionados à qualidade. O “habitat da humanidade” citado pelo autor constituiu-se no grande agente destruidor do ecossistema e de ameaça à sobrevivência da própria humanidade (Rogers, 2001). Segundo Rogers, 2001, as pessoas destacam a cidade como cenário de automóveis e de edifícios, em vez de destacar espaços coletivos como praças e parques. Tais fatos estão ocasionando um isolamento social, poluição, medo da violência, local de consumo e busca insaciável de lucro, ao invés da busca pela comunidade, participação, espírito cooperativo, beleza e prazer. As comunidades segregadas representam equivocadamente a democracia e suas atitudes de cidades, que reúnem e potencializam energia física, intelectual e criativa abrigam grande concentração de famílias e facilitam o trabalho e o desenvolvimento cultural. Mas, esse desenvolvimento pode ser prejudicial ao meio ambiente em detrimento de todos. Sendo que o desenvolvimento tecnológico “excessivo” não é o causador dos problemas da cidade, mas sim sua “excessiva” aplicação equivocada. Acrescenta-se que a sustentabilidade das cidades deve ser um dos principais objetivos do desenvolvimento tecnológico. Faz-se eminente a rediscussão sobre a premência do retorno financeiro aos investidores e do mau uso da tecnologia. Há uma crítica à invasão dos espaços públicos, especialmente ruas e praças, por veículos automotivos, por causa da incompetência e da ineficácia dos sistemas de transporte coletivo e da deformação cultural, onde o carro torna-se elemento indispensável ao cidadão, pois lhe possibilita liberdade de locomoção e lhe confere status. (Rogers, 2001) Segundo Rogers (2001) os sinais de deterioração nas grandes cidades, como o crescimento e empobrecimento da população, habitação indígna, poluição e fome, são explicitados pelo solo prejudicado, a baixa qualidade do ar, a escassez de água e a redução de áreas permeáveis. Essa redução de áreas permeáveis é devido à pavimentação e mudança climática, reduzindo assim os índices pluviométricos. Também há o problema do lixo e a perda contínua de coesão social. Os espaços públicos são os principais elementos urbanos de leitura da ci-
dade, pois contribuem efetivamente para a compreensão e percepção do usuário ou transeunte com relação ao espaço urbano. O uso das ruas para “brincadeiras e encontros” é substituído por estacionamento e congestionamento de veículos, afetando diretamente o nível de interação social da comunidade. Os edifícios são geralmente projetados como elementos isolados, sem considerar o sítio e o entorno. “Estruturas estéreis, com suas modernas fachadas clássicas, neovernáculas, como se escolhidas a partir de um catálogo de fachadas, não têm qualquer ligação com a comunidade ou o lugar. Edifícios de todos os tipos são embrulhados e padronizados” (Rogers, 2001). Os espaços urbanos monofuncionais e os multifuncionais são espaços que propiciam a convivência de partes distintas da cidade. “(...) à praça lotada, a rua animada, o mercado, o parque, o café, a calçada, todos representam espaços multifuncionais (...) (para estes) estamos sempre prontos a olhar, encontrar e participar”. Rogers (2001) afirma que a monofuncionalidade exclui os menos favorecidos. Para ele, há a necessidade de um novo planejamento urbano, segundo o qual não seja mais criado guetos comerciais, industriais, educacionais, de compras etc. A interação espacial de diferentes atividades deve recompor a trama da cidade. A cooperação entre setor público, iniciativa privada, sociedade participativa e o conselho da cidade devem compor o grande empenho em prol de uma cidade melhor e sustentável. Ou seja, as cidades precisam eleger seus representantes que determinem essas conexões entre o público e o privado de maneira a privilegiar o indivíduo e o “habitat”. A sociedade é elemento essencial na fiscalização e controle responsável da aplicação das políticas ambientais e urbanas. Em Cajuru, a implantação do Parque Urbano tem o objetivo de promover comunidades inclusivas e solidárias através do compartilhamento dos espaços cultural, das áreas de lazer e da cultura da paz. O Parque proporcionará atividades esportivas e culturais assegurando a igualdade dos cidadãos de direito em condições socioambientais de boa qualidade. PARQUE URBANO
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3. O VAZIO
PARQUE URBANO BURRAÇAO
CONCEITO D
e acordo com Freitas, MRP; Negrão GN (2014, p. 483) vazios urbanos são espaços vagos dento do perímetro urbano. Tais espaços não representam necessariamente um problema público, a depender da sua destinação e uso. Passam a serem motivos de preocupação quando usados para deposição de resíduos, ou quando apresentam vegetação exacerbada que permitem a proliferação de animais indesejáveis à comunidade, desde que estes espaços não sejam legalmente áreas de preservação ambiental dada às características físicas da área e o tipo de vegetação. Quando se estuda “vazio urbano” relacionam-se os diversos espaços e seus usos ou não usos, de forma a atribuir significados sociais distintos dependendo do tipo de abordagem empreendida. Contudo, há significações de vazio urbano que é resultado dos processos de apropriação e ocupação do espaço na dinâmica urbana. Segundo o Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais (2008), os vazios urbanos: “... consistem em espaços
abandonados ou subutilizados localizada dentro da malha urbana consolidada em uma área caracterizada por grande diversidade de espaços edificados, que podem ser zonas industriais subutilizadas, armazéns e depósitos industriais desocupados, edifícios centrais abandonados ou corredores e pátios ferroviários desativados “. (BRASIL, 2008, p. 142). São muitas as possibilidades de classificação de uma área como vazio urbano, como se observa na descrição do Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais, citada acima. As áreas citadas são de fato vazias, sem uso ou inativas. Conclui-se então, sob a perspectiva da ocupação urbana por pessoas, que um vazio urbano é um espaço sem uso ou função social, podem variar de pequenos a grandes terrenos, ocupados
VAZIO URBANO, CAJURU figura 5 fONTE: auTOr
ou não por edificações, mas que são vistos pela sociedade como acidente da malha urbana. Ainda observa-se que para Souza (2010): “... os vazios urbanos constituem espaços de transição temporal, com potencialidades para transformação, uma vez que esses espaços podem se tornar oportunidades de mudança, que pode implicar novo uso, nova construção.” O que conforme Porta (2009) pode ser uma oportunidade estratégica, para o planejamento adaptativo e o gerenciamento de projetos urbanos: Para Porta (2009), os vazios urbanos dispõem-se como oportunidades estratégicas, seja para o planejamento adaptativo, gerenciamento negocial ou projetos urbanos, nos quais a transformação em oportunidades é positiva quando realizada de acordo com orientações de autoridades governamentais na sua reestruturação. Porém, o planejamento vigente ou de previsão em longo prazo calculado nos Planos Diretores Municipais ou nos Projetos de Alinhamento / Loteamento na viabilização de renovação com vistas à ocupação apresentam-se enfraquecidos não facilitando o gerenciamento. Então, os vazios urbanos são o resultado da transformação urbana, por diferentes aspectos, que se observados e estudados de maneira específica, podem assumir uma função social com melhoria da qualidade de vida da população, através da ocupação espacial planejada. Esses espaços presentes na malha urbana podem vir servir como um “catalisador social”, a representar novas vias de acesso à comunidade carente, a local salúbres de moradia, áreas de lazer e infraestruturas públicas, sejam parques, praças, escolas ou postos de saúde. A área vazia pode ser definida como útil se eventualmente servir a uma comunidade como espaço público livre.
PARQUE URBANO
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4.CONCEITOS DE INTERVENÇÃO
A
pós a Segunda Guerra Mundial, na década de 50, iniciou-se o uso das terminologias utilizando o prefixo “re” para identificar as problemáticas advindas. Observam-se diversas expressões, como: reestruturação, revitalização, reapropriação, renovação, reabilitação, reciclagem, restauração, redesenho, reversão, recomposição, readequação, requalificação, entre outros. Porém, o uso desta nomenclatura indiscriminadamente acabou tornando-se “modismo”, causando uma confusão na aplicação de cada terminologia. -Renovação urbana é um termo criado pelo economista Miles Colean e inclui diferentes programas como: “reabilitação” no sentido de processo de transformação da estrutura urbana considerada abaixo do padrão exigido ou prescrito; “conservação” com a acepção de envolver tanto a reabilitação quanto a demolição para melhorar um local; e “redesenvolvimento”, com significado de englobar as operações de demolição, remoção e reconstrução de uma área inteira (Richardson, 1978 apud PICCINI, 1999). Ou seja, a renovação é um conjunto de operações urbanísticas que visam reconstrução das áreas urbanas sub-ocupadas ou degradadas, as quais não se reconhece valor como patrimônio arquitetônico ou conjuntos urbanos a preservar, com deficientes condições de habitabilidade, de salubridade, de estética ou de segurança, implicando geralmente a substituição dos edifícios existentes. -Revitalização urbana: o termo “revitalização” foi inserido em um contexto histórico de degradação de áreas mais antigas das cidades (especialmente nos centros), devido ao deslocamento da população residente e de investimentos públicos e privados para outras regiões da cidade. Para conter tal processo, iniciaram-se intervenções urbanas e arquitetônicas tentando reverter tal situação. O emprego do termo tornou-se mais utilizado a partir da implementação das primeiras leis de preservação de contextos urbanos, no chamado “terceiro movimento de preservação” (TIESDEL ET. AL. 1996, pág 02-04). Ou seja, referem-se a um
conjunto de operações destinadas a articular as intervenções mais gerais de apoio à reabilitação das estruturas sociais, econômicas e culturais, visando a consequente melhoria da qualidade de vida/ou conjunto urbano degradado. -Reabilitação urbana, segundo Salgueiro (1992:390), “é um processo integrado de uma área que se pretende manter ou salvaguardar. No geral, envolve o restauro ou a conservação dos imóveis, o que alguns chamam de reabilitação física. A revitalização funcional, ou seja, a dinamização do tecido econômico e social implica na conservação das suas características funcionais, uma vez que mantém um bairro, e aumenta a sua capacidade de atração, quer para os habitantes, quer para o exercício de atividades econômicas e sociais compatíveis”. Esse é um processo de transformação urbana que atualiza as condições de uso e de habitabilidade, compreendendo e conservando seu caráter fundamental. O termo “reabilitação” tem sido empregado por muitos autores como forma de expressar “um modo de intervenção urbana voltada à superação dos passivos ambientais e econômicos resultantes de um histórico de industrialização pouco preocupado com suas externalidades negativas”; tendo como meta a reinserção do local no ciclo econômico da cidade e o “desenvolvimento urbano sustentado”. No caso do vazio urbano, objeto desse estudo, situado em Cajuru, à reabilitação será feita através de intervenções múltiplas destinadas a valorizar as potencialidades sociais, econômicas e funcionais do local. A finalidade da intervenção é melhorar a qualidade de vida da população residente no entorno do lugar. Isso exigirá a implantação de um Parque Urbano, com a melhoria das condições físicas e estruturais do local, através de reabilitação do terreno, preservação da Nascente e da Mata Ciliar e a instalação de equipamentos e infraestruturas. Essa intervenção transformará o vazio em um espaço público, promovendo o conforto ambiental necessário à população com o objetivo de adequar os princípios físicos envolvidos e as necessidades de caráter ambiental - visuais, acústicas e da qualidade do ar ao projeto construtivo. PARQUE URBANO
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5.MEIO AMBIENTE E LEGISLAÇÃO
MAPA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DAS MARGENS DE CURSOS D’ÁGUA
figura 6 fonte: CÓDIGO FLORESTAL
A
s conseqüências das atividades humanas são terríveis para o meio ambiente. Em várias ocasiões o homem não pensa nos danos que pode trazer à natureza e à sua própria saúde com suas ações realizadas sem planejamento. Segundo MOTA (1999), o homem e suas ações fazem parte do “sistema antrópico” e depende do “sistema natural” (animais, solo, vegetação, água, etc.) para a sua sobrevivência. Este é o ambiente urbano. Hoje, pode-se dizer que o mundo é dominado pelo sistema capitalista e as atividades do homem são direcionadas para a economia. O crescimento das cidades vai consequentemente esgotando e consumindo o sistema natural, para dar lugar a vias pavimentadas, grandes edifícios e à tecnologia, ou seja, o meio ambiente é totalmente alterado a partir do momento em que o homem exerce suas atividades em determinado local. Ou seja, as atividades humanas causam sérios danos ao meio ambiente, até mesmo provocando complicações à saúde do homem. Segundo MOTA (1999), o desmatamento provoca alterações climátcas na cidade, a cobertura vegetal é retirada para dar lugar a empreendimentos e, consequentemente, ocorre à pavimentação do solo, prejudicando a infiltração da água.
Para CHAFFUN (1997), a deterioração ambiental da cidade ou do campo é um problema antigo que sempre existiu na história da humanidade. Podese verificar a intensidade dos processos de degradação ambiental, que acompanham a urbanização, resultando em crescente vulnerabilidade das cidades, problema agravado pela intensidade da concentração urbana. Para proteger e assegurar o meio ambiete foi desenvolvido o Código Florestal. A mata ciliar é uma área de preservação permanente, deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação. Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d’água. Na implantação do Parque Urbano, no Vazio urbano, objeto desse estudo, estão previstas as ações de preservação da Nascente e da Mata Ciliar, respeitando o Meio Ambiente e de acordo com o previsto no Código Florestal
PARQUE URBANO
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6.PARQUE URBANO
O
conceito Parque urbano surgiu no século XIX como um produto da “Cidade Industrial”, ou seja, o resultado das necessidades de lazer esportivos, culturais e para contrapor-se ao ambiente urbano, desta nova demanda social, que após incansáveis turnos de trabalho seguiam as horas destinadas a cultivar o corpo e o espírito. O papel real do parque é um espaço livre, público, estruturado por vegetação e dedicado ao lazer da massa urbana. No final do sec. XIX, as cidades brasileiras passam por uma expansão descontínua e irregular criando vários vazios urbanos, o que possibilitaria inúmeras possibilidades em potencial para a elaboração de parques urbanos. Porém somente na segunda metade do séc. XX, os parques urbanos passam a ser uma necessidade da sociedade, devido a carência de áreas de lazer para a população menos favorecidas. A solidificação do parque urbano no Brasil até os dias atuais é garantida devido aos valores sociais e culturais que buscam atender. Novas funções foram distribuídas, a partir do sec. XX, com o intuito de requalificar e atribuir novos adjetivos e denominações como parque temático e parque ecológico. Funções estas voltadas basicamente ao lazer contemplativo e atualmente ao lazer sinestésico dos brinquedos eletrônicos, denominado de parques temáticos. Macedo e Sakata (2002). Atualmente a maioria dos equipamentos urbanos se localiza nas áreas centrais das cidades e perto de bairros ricos, o que os tornam distantes da maioria da população e mesmo com todas as dificuldades de acesso, os parques são muito frequentados. Macedo e Sakata (2002). Conforme Macedo e Sakata (2002) nos anos 70 concretiza-se um parque moderno com um programa misto com soluções espaciais elaboradas onde a recreação e a contemplação são levadas em consideração. Logo após inicia o movimento de preservação e conservação ecológica, dando início aos parques ecológicos, visando à revitalização e a conservação das áreas verdes. Um exemplo deste pensamento é Burle Marx. O arquiteto Burle Marx influen-
ciado pelos fortes ideais nacionalistas utiliza como elemento principal de seus projetos a vegetação tropical e nativa. Segundo esse arquiteto o uso de plantas nativas nas composições dos jardins quebrou a hegemonia dos jardins de caráter europeu e realizou um paisagismo mais voltado à rica biodiversidade do Brasil, utilizando plantas da caatinga e das florestas tropicais. Ele acredita que o jardim não deve se assemelhar à natureza, pois é algo estritamente humano. Como resultado de todas essas transformações no decorrer de sua existência, o parque urbano passa a ter uma ampla liberdade de concepção, no desenho e na programação de atividades, visando novas soluções para a sociedade. Nesse sentido, o Planejamento do Parque Urbano, para o preenchimento do vazio urbano, objeto desse estudo, utilizará um planejamento arquitetônico, urbano e de paisagismo. Esse planejamento tem o intuito de preservar à rica biodiversidade encontrada no local (Mata Ciliar). Através dos estudos topográficos e geotécnicos do terreno, serão esboçadas as continuações dasruas e espaços reservados ao lazer, a cultura.
PARC MONCEAU- FRANÇA PARQUE RESULTADO DA “CIDADE INDUSTRIAL” figura 7
Fotografia do inicio do século vinte mostrando um cenário da Quinta da Boa Vista e a presença de água e árvores e plantas tropicais figura 8 PARQUE URBANO
33
7.SEGREGAÇÃO
“Segregação
no Brasil devese a distribuição de benefícios e custo desigual, com isso expansão urbana é desigual seguindo uma sociedade fragilizada e pobre/ faminta. Neste contexto, cria polos sociais excluídos, sem qualquer assistência de serviços básicos de infraestrutura urbana, difícil acesso à educação, saúde e grande maioria trabalha no mercado de trabalho informalmente.” (FAVA, 1984) Segundo o dicionário INFORMAL (SP) o termo “segregar” significa separar, marginalizar, isolar o contato, distanciar algo ou alguém considerado diferente. No estudo da Sociologia, a segregação social é definida como uma separação espacial (geográfica) de um grupo de pessoas, em virtude de diversos fatores, como a raça, o poder aquisitivo, religião, etnia, educação, nacionalidade ou qualquer outro fator que possa servir como meio de discriminação. Na década de 50 houve o início do processo de segregação no Brasil, devido momento de transição em que a sociedade passa o êxodo rural. As pessoas mudam do campo para as cidades em busca de melhores condições de vida, criando uma intensa taxa de urbanização. O resultado deste movimento foi grandes problemas de urbanização e segmentação da população, pois o crescimento da malha urbana passa a se desenvolver em grandes áreas de risco, aumentando os índices de miséria, desigualdade, desemprego, violência e outros.
“As desigualdades acarretam uma forma de ocupação onde os habitantes se fecham em determinadas áreas, segundo o poder, o status ou a riqueza que detêm. Condomínios fechados de luxo, conjuntos habitacionais populares e favelas vizinhas a bairros de classe alta são exemplos claros e frequentes nas grandes metrópoles. Visíveis ou não, as barreiras que separam os habitantes de uma mesma cidade fragmentam o espaço construído, e definem o que se pode chamar de segregação espacial. A ação do Estado e os agentes imobiliários ajudam a criar espaços particulares que diferenciam e separam as classes.” (Vainer, 1998), Portanto, há a necessidade de uma reestruturação, que seja capaz de corrigir essas divergências econômicas e sociais e banir a exclusão de grupos sociais. Ou seja, é necessário mudar esse cenário, diminuir os status e pensar em criar uma assistência de serviços urbanos, que diminua a desigualdade, igualando todos como pessoas usuárias de um mesmo espaço público. Na cidade de Cajuru, a implantação do Parque Urbano se faz necessária para reestruturar o local que se encontra como vazio urbano. Essa reestruturação poderá proporcionar a equidade de condições aos serviços públicos instalados e estruturados no Parque como objetos de cultura e lazer que promovam a inclusão social e a cultura da paz.
CAJURU, MAPA ORGANIZAÇÃO SOCIAL figura 9 FONTE: AUTOR
PARQUE URBANO
37
8. LEITURA PROJETUAL
PARQUE LA VILLETE O Parque La Villete em Paris, na França foi inserido onde residiam antigos abatedouros, na periferia. Foi pensado como uma proposta de renovação. Atravez de um concurso internacional realizado pelo estado em 1982, Bernard Tschumi vence. Esta situado na Avenida Jean Jaurês , 211 e na Avenida Corentin Cariou, 30. Sua inserção na malha urbana busca conecta as diferente regiões de Paris. Visto que o parque possui um facil acesso por diferente meios locomotivos
figura 7
INSERÇÃO URBANA
A proposta utiliza da vertente do desconstrutivismo. Trata-se de um processo de desenho não linear, marcado pelo caos controlado. Sendo a concretização do pensamento comtemporâneo. Segundo o arquiteto, o projeto incentiva o conflito sobre a síntese, a fragmentação sobre a unidade, a loucura e o jogo. A ideia era que o usuário delimita-se o ambiente , através da interação. Pode se dizer que o projeto é um edificio dividido e espalhado pelo terreno
PLANO DO PARQUE COM A DEMONSTRAÇÃO DOS EQ MENTOS EXISTENTES E DA ÁREA VERDE. figura 11
O parque explora as sensações do individuo através das necessidades determinadas pelas condições de trabalho e das aspirações culturais da sociedade urbana contemporânea, suas complexas relações com o espaço público, a natureza e o ar puro, propondo diferentes experiências com as artes, ciências, os sentidos e com a natureza. Na área possui 4 grandes edificações: Cidade da Ciência e tecnologia, Le Zenith(espetáculos) Grandes Halle e Cidade da Musica. Estas são distribuídas numa área de 55 hectares e, portanto, cria grandes distancias.
PROJETO lA VILLET DESMENBRADO figura 10
QUIPA-
s
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL O principio de sobreposição e fragmentação caracterizado pelo arquiteto , questiona pares de conceitos como forma-função, programa-contexto ou estrutura-significado, como ilustrado na figura ao lado direito. A malha (cartesiana imaginária) pontual marcada pelos Folies propõe o desaparecimento do objeto, pois o explode em unidades menores. O triangulo corresponde ao eixo das constuções, as galerias. O canal representa a ligação das regiões Parisiences. As linhas correspondem aos eixos de circulação/acessos, ligando/ unindo os pontos do parque( Folies). O resultado das tramas sobrepostas resultam em diversas possibilidades que o usuário pode explorar. A disposição dos equipamentos e circulação cria os vazios, os quais permite que o indivíduo imagine e re-imagine o espaço social.
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
figura 12 e 13 fonte: autora
SEQUÊNCIA DE CENÁRIOS
FOLIES A arrquitetura é fragmentada atraves de modulos escultórios, chamados de “folies”, o qual reaproxima a arte . São elementos / obras expostas sem uma função especifica , as quais concluem uma impressão ao parque de uma liberdade construtiva. Não possuem um planejamento pré-definifo, podem ser transformado , porem são direcionados ao lazer e a cultura . Ha alguns usos usos já estabelecidos. Os desenhos são diferentes em cada “folies”, mas a presença e elementos comeuns, com escada, pilares e escadas . Sua estrutula é um esqueleto estrutural, pintados de tom de aço esmaltado vermelho , o que oferece uma conexão visual entre eles Seus volumes pontoados dentro de cubos com 10 metros de lado (100 m²), espalhado em uma trama ortogonal que possui modulos de 120x120 metros
10 DESENHO VOLUMETRICO DAS FOLIES figura 14’
10
PARQUE URBANO
39
PARQUE URBANO BURACÃO a Francisco Gimenes (in memoriam) pela delicadeza ao ensinar a arquitetura em seus mínimos detalhes, tornando-se um exemplo de ser humano. a João de Souza Maciel ( in memoriam) pela saudade diária, por me deixa um legado a ser seguido. a meus pais, Cassia e Adilson, pela força e a garra em me ensinar.
9. LEVANTAMENTOS
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9.1 LEVANTAMENTOS URBANISTICOS 9.1.1- MAPEAMENTO DOS VAZIOS URBANOS N.M.
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Através de estudo minucioso do espaço urbano da cidade de Cajuru, que está sendo investigada por meio de seus aspectos morfológicos e conexões entre os espaços públicos, Prefeitura Municipal de Cajuru - SP pode-se identificar o vazio urbano. A área de intervenção, o Vazio Urbano, é o melhor local para a implantação do Parque Urbano e instalação de equipamentos que promovam o lazer como forma de catalizador social e cultural. No mapa ao lado, estão assinalados os vazios urbanos e suas interrupções no desenho da malha da cidade. É possível verificar nesse levantamento, as diferentes características assumidas pelos vazios. As interferências na cor marrom indicam que estes vazios ainda não sofreram totalmente com a urbanização, e estão nas estremidades da malha urbana. As interferências em verde mostram como a cidade engloba o espaço, modificando seu uso, causando a degradação. O propósito desse trabalho é preservar e desenvolver a área ambiental frágil, que sofre com o processo de expansão da cidade, se transformando em um Vazio Urbano, área onde será feita a intervenção com a construção de um Parque Urbano. Observe no mapa a área de intervenção em verde, contornada pela linha roxa. AREA VERDE03
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Cajuru / SP.
Prefeitura Municipal de Cajuru - SP
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1- Praça São Bento 2- Praça Santo Reis 3- Praça Nossa Senhora da Aparecida 4- Praça Jõao Santana 5- Pr. Joelma Ap. C. de Aquino Michelasse 6- Praça Geraldo Francisco de Lima 7- Pr. Maria Ap. Clara Dias Paschoal 8- Pr. Sebastião J. Nasser de Carvalho 9- Pr. Vinícius Camilo da Silva 10- Pr. Prof. Sebastião Cassio de Lazari 11- Pr. Gonçala Ap. Ferreira 12- Praça Benedito Pereira 13- Praça Rebouças 14- Praça Domingos Arena
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ÁREA INSTITUCIONAL
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LEGENDA
E.E.E.
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Legenda - Nomes Praças Urbanas
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Escala - 1: 5.000 Situação sem Escala
Quadro de Áreas
Perímetro Urbano - 12.86793 m Área Urbana - 8.7424 Km² Área Total - 87.424,92 m² 3,6126 alq.
PARQUE URBANO
41
9.1.1- RECORTE DA ÁREA DE ESTUDO Esse levantamento tem como finalidade direcionar as próximas análises e estabelecer critérios que influenciem no desenvolvimento da proposta de implantação do Parque Urbano de Cajuru.
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CAJURU, MAPA DOS VAZIOS URBANOS figura 16 FONTE: AUTOR
O recorte delimita a região urbana na qual será feito o levantam10 ento físico e morfológico, ilustrado na imagem X. Essa área possui um caráter de proteção ambiental e todo o seu entorno foi tomado por casas ou edificações transformando o Vazio em uma barreira física, que divide os moradores em diversas regiões. Esse terreno, sem utilidade ou sem uso, influencia a população através de insegurança, pois o local é abandonado e desvaloriza as intermediações. Os limites desta área para a transformação através da implantação do Parque foram definidos considerando-se aproximadamente 400 m do terreno, com intuito de valorizar a vizinhança proporcionando a integração social das diferentes regiões do entorno dessa área de intervenção. A demarcação do recorte engloba parte da região central da cidade e a região de expansão sentido noroeste. ÁRE A INS TIT UCION
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9.2- ARTICULAÇÃO DO VAZIO A proposta visa articular o Vazio Urbano, através da melhoria de sua condição e a preservação do Meio ambiente com o apoio da população, transformando-a em cidadãos mais conscientes e responsáveis pelo meio em que vive. A construção e instalação do Parque levarão os cajuruenses, em especial do entorno da área, objeto do estudo, a possibilidade de vivenciar uma nova experiência de lazer, cultura e esporte no território por onde transitam. O Parque Urbano, ambiente público com infra-estrutura será capaz de atender os diferentes segmentos da população.
CAJURU, MAPA DO VAZIO URBANO E SUA ARTICULAÇÃO figura 17 FONTE: AUTOR
A imagem demonstra a inserção do Parque na malha urbana ocupando a área vazia, denominado Vazio Urbano. O Parque terá vias de acesso rápido e fácil dos diferentes bairros e cidades vizinhas, possuíra gramado e calçamento apropriados para um parque, além de manter, preservar e proteger a Mata Ciliar e a Nascente, localizadas no local. A área do entorno desse terreno possui grande significação histórica, simbólica e funcional para a História da cidade e articula vários elementos do sistema viário. Tais elementos serão exemplificados ao longo da leitura, para melhor entendimento da importância da área escolhida para receber a intervenção.
PARQUE URBANO
43
9.1.3- USO E OCUPAÇÃO SISTE MA DE LAZE R
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Observando o mapa percebe-se a predominância da área de intervenção, devido a sua metragem. Através do levantamento topográfico e do uso do solo 6 pode-se constatar que a maioria do entorno do Vazio Urbano, é feito por casas, de uso residencial. Há também a presença considerável de comércios como lojas 1 de roupas, de eletrônicos,7 restaurantes, papelarias entre outros. Também se observa os equipamentos urbanos como área de lazer, escolas, creches e Igrejas no entorno do Vazio. Em relação ao gabarito é predominate no local a presença de edificações térreas e de no máximo dois pavimentos. ÁREA INST ITUC
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No mapa foram pontuadas e classificadas segundo seu uso, todas as construções presentes na região que atendam ao público. Com essa análise foi possível observar a predominância de construções e equipamentos voltados para a prestação de serviços e equipamentos de lazer, tanto privados como públicos, mantidos pelos Governos Municipal e Estadual. nal
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Cajuru / SP. Cidade
Escala - 1: 5.000 Situação sem Escala
Quadro de Áreas
Perímetro Urbano - 12.86793 m Área Urbana - 8.7424 Km² Área Total - 87.424,92 m² 3,6126 alq.
Em loteamentos
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CAJURU, MAPA DOS EQUIPAMENTOS figura 20 FONTE: AUTORA
9.1.5- HIERARQUIA VIÁRIA SISTE MA DE LAZE R
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figura 19 FONTE: AUTORA
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Devido ao fato de constituir as principais ligações de bairros na cidade, a Hierarquia Viária é facilitada pelo Acesso Antônio Barrufini (1) e a Rua Doutor Matta (2), que possibilitam um rápido deslocamento da área de expansão para todos os bairros da cidade. Essas vias de fácil acesso são classificadas como Vias Arteriais; porém, sua dimensão não se diferencia das outras. As demais vias não dermarcadas no mapa são caracterizadas por serem vias locais. da Esper
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E.E.E. ÁREA INSTITUCIONAL
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9.1.6- CONFLITO DE USO: PEDESTRE X VEICULOS ÁREA VERDE
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Os eixos em conflito não possuem sinalização vertical e horizontal, ocasionando riscos para os usuários. Por isso requer a adoção de medidas de controle nas diretrizes projetuais, sendo necessário o planejamento de uma solução, Sinalização, que promova a travessia segura para os pedestres acabando com o conflito no trânsito. E.E.E.
.
E.E.E
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E.
Legenda - Nomes Praças Urbanas
1- Praça São Bento 2- Praça Santo Reis 3- Praça Nossa Senhora da Aparecida 4- Praça Jõao Santana 5- Pr. Joelma Ap. C. de Aquino Michelasse 6- Praça Geraldo Francisco de Lima 7- Pr. Maria Ap. Clara Dias Paschoal 8- Pr. Sebastião J. Nasser de Carvalho 9- Pr. Vinícius Camilo da Silva 10- Pr. Prof. Sebastião Cassio de Lazari 11- Pr. Gonçala Ap. Ferreira 12- Praça Benedito Pereira 13- Praça Rebouças 14- Praça Domingos Arena
Prefeitura Municipal de Cajuru - SP
LEGENDA
AREA INSTITUCIONAL AREA VERDE SITEMA DE LAZER AREA DE APP E.E.E SABESP USO MISTO LOCAL DOS PREDIOS PUBLICO
residencial
Mapa da cidade de Cajuru
Comercial
Mapa Municipal - Bairros
Institucional Industrial Prestação de serviços Verde APP Vazio Urbano
Folha Única
Denominação
Cajuru / SP. Cidade
Escala - 1: 5.000 Situação sem Escala
Quadro de Áreas
Perímetro Urbano - 12.86793 m Área Urbana - 8.7424 Km² Área Total - 87.424,92 m² 3,6126 alq.
Em loteamentos
CAJURU, MAPA DOS CONFLITOS figura 21 FONTE: AUTORA
PARQUE URBANO
45
9. 2 APRESENTAÇÃO DA AREA DE INTERVENÇÃO
CAJURU, MAPA DE ZONEAMENTO figura 22 FONTE: AUTORA
De acordo com a Lei Municipal, que dispõe sobre o uso e ocupação do solo, define-se a classificação do macrozoneamento do recorte como sendo: -ZEPU (ZPR) Zona com o predomínio residencial – uso residencial unifamiliar, permitindo apenas o comercio local. Região dotada de infraestrutura e condições para urbanização. -ZPA Zona de preservação ambiental, construção a partir de um raio de 30 metros.
INSOLAÇÃO/CORRENTES DE VENTOS
Encontram-se cursos d’água protegida por uma vegetação nativa. Próximo a Rua Doutor Matta existe uma grande erosão, marcada no mapa em marrom, conhecida pela população da área como “buracão”. Possui também uma região alagada que foi demarcada no mapa.
TOPOGRAFIA
10
9.2.1-EQUIPAMENTOS NA ÁREA DE INTERVENÇÃO 9
10
8
7
6
9
5
1
4
3
2
8 7
0
Existem equipamentos voltados para o lazer da criança e do adolescente dentro do vazio urbano. O equipamento 1, como dermacado no mapa, é uma pista de skate e campo de areia. O equipamento 2 é uma quadra de esporte, a qual encontra-se em desuso e abandonada, por falta de incentivos financeiros da Prefeitura.
-1
6
-2
5 4 3 2
-2 -1
-1 -2
-3
-4
1
1 -5 -6
-7
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2
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N
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80m
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-32 -37
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-33 -39 -39
-38
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-34
CAJURU, FOTOS DOS EQUIPAMENTOS figura 23 fONTE: auTOra
PARQUE URBANO
47
10 9
10
8
9.3-LEVANTAMENTO FOTOGRAFICO
7 6
9
5 3
2
1
4
0 -1 -2
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3
-1 -2
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figura 24 fONTE: auTOra
-4
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-16 -17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24
1
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figura 25 fONTE: auTOra
N
2
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1
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1
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10 20
40
80m
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-32 -37
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-33 -39 -39
FIGURA 26 FONTE: AUTORA
-38
-37
-36
-35
-34
Por meio do levantamento fotografico é possivel perceber a qualidade visual da área e como se relaciona com a cidade.
9
8 7 6 5 4 3 2 1
3 0 -1 -2 -3 -4
-5
-6
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-16
-26 -27 -28 -29 -30 -31
2
PARQUE URBANO
49
9.3-2 PANORÂMICAS DA ÁREA
PARQUE URBANO
51
9.4 SINTESE DE DADOS
CAJURU, MAPA SINTESE figura 27 FONTE: AUTORA
Levando-se em consideração a potencialidade de reconectar dois fragmentos segmentados da malha urbana de Cajuru pelo o acesso Antonio Barrufini, importante eixo de ligação da Zona Norte da cidade. Planeja-se a instalação do Parque Urbano no vazio, área de intervenção, onde parte dessa área é propriedade da Prefeitura Municipal de Cajuru e, portanto, seu uso não é pré-determinado, sendo passível de exploração de infinitas possibilidades de Projetos. Compreende uma APP (Área de aplicação), um fundo de vale e um Horto Florestal. Historicamente é marcada pela heterogeneidade de ocupação de seu entorno, composto por casas de alto padrão e até mesmo assentamentos irregulares. Devido à caracterização etária da população residente em seu entorno, a área de intervenção possui grande potencialidade para receber crianças e idosos proporcionando atividades de lazer, cultura, esporte e educação para inclusão. A intervenção no interior da gleba precisa ser desenvolvida com cautela, por se tratar de Área fragil. O Projeto deverá ser construído através dos Estudos preliminares. Nesses estudos serão feitos o Levantamento de Campo e Análise do Clima, da formação do solo (natural) e da ocupação do solo (humano), da vegetação e fauna, da socioeconomia, da inserção urbana (acessos, localização), dos recursos Hídricos, dos ventos e sol. A perspectiva de uso é a promoção de Inclusão urbana, Inclusão social e uso intensivo de tecnologias (espaços públicos de lazer artificial).
10. DIRETRIZES PROJETUAIS
10.1 NECESSIDADES O programa de necessidades foi definido através do estudo do perfil da população que reside ou trabalha no entorno da área de intervenção, levando-se em conta as características dos bairros e da cidade com a finalidade de garantir uma melhor qualidade de vida e a melhoria da condição ambiental. A elaboração do fluxograma foi feito após a pesquisa de campo, dividindo-se em três partes, que contemplam as atividades de lazer (recreação, esportes e descanso), serviços (informar, comer e sanitários) e educação (conhecimento e cultura).
FLUXOGRAMA
figura 28 FONTE: AUTORA
10.2 PESQUISA DE CAMPO O Formulário de campo foi editado pela autora, conforme a necessidade do projeto. Através da pesquisa em campo foi possível caracterizar a população quanto à faixa etária, situação econômica e social, bem como as utilidades da vegetação de um parque e seus principais benefícios. A pesquisa foi feita através de entrevista, na qual 40 pessoas responderam os questionamentos, dando suas opiniões que foram contabilizadas nos resultados a seguir. Os resultados das pesquisas identificam as carências da população que transita e habita aquela área, equipamentos de esporte, lazer e descanso. O levantamento de equipamentos e edificações que se encontram no entorno da área de estudo, serão mantidos e restaurados, sem alterar seu atual uso, mas serão incorporados ao projeto. A premissa para a locação dos equipamentos e definição de espaços e paisagens será baseada em estudos de percurso e lugar, permeabilidade e barreira, conservando a vegetação nativa (Mata Ciliar) e a Nascente. GRÁFICOS
figura 23 FONTE: AUTORA
10.3 PREMISSAS Através dos levantamentos feitos através de estudos e análises, conclui-se que a necessidade de intervir no espaço de maneira menos incisiva, manterá o caráter de área de proteção ambiental. Foram definidas as seguintes diretrizes projetuais gerais: - A ligação das “áreas” cortadas pelo Acesso Antônio Barrufini; - Criação de espaços e instalação de equipamentos que respeitem e interajam com a topografia acentuada; - Implantação de um projeto paisagístico de forrações, arbustos e árvores que garantam o conforto dos usuários do parque; - Manutenção da exuberante vegetação ciliar nativa nas margens do córrego e no entorno da Nascente; - Recebimento de estruturas de mobilidade favorecendo os meios não motorizados, tais como faixas para ciclistas e faixas para pedestres; - A inserção de Ponto de Transporte Coletivo na área visando o atendimento dos órgãos de ensino e o Instituto do Idoso; - Integração do Parque aos equipamentos existentes na área, os de Saúde, o Hospital Santa Casa São Vicente De Paula, o Lar Dos Velhos São Vicente De Paula, os de ensino, Creche Nossa Senhora Aparecida e E.E. Professor Geraldo Torrano; - Atenção especial para a ocupação, pois a área de intervenção pertence ao grupo de áreas frágeis; - Desenho de Mobiliário integrando o Parque Urbano com a paisagem local, sem alterações bruscas na topografia existente; - Criação de estratégias para sanar a desigualdade social, promovendo a inclusão através do direito igualitário do uso do espaço público e combate as segregações socioespaciais; - O entorno do Parque também será contemplada com a melhoria do calça-
10.4 CROQUIS
PARQUE URBANO
55
10.4 SETORIZAÇÃO INICIAL 9 5 4 3
2
1
A
8 7
0 -1
6
-2 C
B
CO
MAR 2.10
0
B 2.00
C
-2 MAR CO
-1
0
A
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-25 -26
-17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24 -25
-27 -28
A
-29 -30 -31 -32
-26 -27 -28 -29
-33
N
-34 -35
-30 -31 -36
-32 -37 -38
-33 -34
-39 -39
0 10 20
40
80
-38
-37
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-35
-16
-1
Sistema ordenador
A
IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA
5
-13 14
4 3 2 1
0 -1 -2 -3
-4
-5
-6
-7 -8
-12
-11
-10
-9
LEGENDA EDIFICIOS COZINHA ESCOLA
TERMINAL DE ONIBUS
B
EDIF. MULTIFUNCIONAL
LEGENDA PISO PISO DE LIGAÇÃO PLATO GRAMADO CALÇADÃO
LEGENDA ESPAÇOS PRAÇA DOS REENCONTROS PRAÇA DE EXPOSIÇÕES HORTA URBANA RECREAÇÃO ESPAÇO IDOSO
LEGENDA EQUIP. "ARRIMO" SANTÁRIOS DESCANSO ELEVADOR ESCADA ACASO PLATO LANCHONETE LIGAÇÃO
A modulação foi feita a partir do eixo central das ruas que chegam à área, com o intuito de criar uma continuidade delas para dentro do vazio. Foram criadas “FOLIES” com o espaçamento adequado para sinalizar, quadras imaginárias dentro do Parque e servir como marco para os usuários. O ponto de partida da setorização foi à criação de niveis e a divisão da área por planos de massas de programas. Cada piso atende uma necessidade. O planejamento de um edifício multifuncional foi necessário, pois não há na cidade um equipamento que atenda as necessidades de conhecimento e lazer para a população. E é uma proposta para complementar o programa do Parque. O cruzamento dos eixos de circulação de usuários é o coração do Parque Urbano. Visto que a ocupação é restritia devido à area pertencer à Zona de Proteção Ambiental.
CORTE AA PARQUE URBANO
CORTE BB
57
10.5-DIRETRIZES URBARNISTICAS 10 9
10
8 7 6
9
5
2
1
4
3
8 7
0 -1
6
-2
5 4 3 2
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1
-1
0 -1 -1 -2
-3
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-3
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-6
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-25 -26
N
-17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24 -25
-27 -28 -29 -30
-26 -27 -28 -29
-33 -34
80m
-16
LEGENDA DIRETRIZES MODIFICAÇÃO NO TRAÇADO FAIXA DE PEDESTRE ELAVADA/ SINALIZAÇÃO DESAPROPRIAÇÃO
-32
40
-11
-9
EQUIPAMENTO EXISTENTE
-31
10 20
-13 -14
-12
-10
-35
-30 -31 -36
-32 -37
-38
-33 -39 -39
-38
-37
-36
-35
-34
INSERÇÃO DE CUL DE SAC ESTACIONAMENTO DIAGONAL MODULAÇÃO PROJETUAL INSERÇÃO CICLO FAIXA
Para o perfeito funcionamento do Parque Urbano é necessário fazer alterações no seu entorno, portanto houve a sensibilidade de propor uma diretriz viária que atenda as necessidades da área de intervenção, facilitando o acesso aos locais através dos meios disponíveis de circulação. O projeto do Parque complementado com plano feito de acordo com os levantamentos realizados e o entendimento da problemática da área. Será possível a implantação de uma Ciclovia que interligará o equipamento público a cidade. As ruas pelas quais a Ciclovia passará possuirão dimensões suficientes para seu desenvolvimento e implantação de sinalização de trânsito que melhore o fluxo tanto de pedestres, bicicletas e veículos automotivos. A inserção desse projeto é assegurar aos usuários de bicicleta, local adequado para seu uso, como cultura crescente no ambiente da cidade. ACESSO ANTÔNIO BARRUFINI Houve a necessidade de redesenhar o passeio e a rua. A intervenção trará a qualidade e a segurança aos usuários. Calçamento Foram implantadas faixas de pedestres elevadas, sinalização horizontal e vertical, além da implantação de uma faixa para bicicletas, como estímulo a vida saudável.
Arborização
Poste de Iluminação Via com 2 faixas para cada sentido
Fosso para fiação eletrica subterranêa 10m
3m
3m 3m
Canteiro central com arborização
Poste de Iluminação
Via com 2 faixas
Ciclovia
Calçamento
Fosso para fiação eletrica subterranêa
3m
1,6m
6m
6m
1m
3m
RUA DOUTOR MATTA A via foi redesenhada e os bairros irão receber uma estação de ônibus, demarcada no mapa acima. A proposta é criar a mobilidade urbana, o bolsão permitirá a carga e descarga de pessoas, sem atrapalhar o fluxo de veículos que é intenso nesta área. A Ciclovia assegurará o direito de mobilidade das pessoas que já fazem uso deste meio e convidará novos usuários para desfrutar deste tipo de transporte. RUA PARANÁ/ RUA GOÁIS E BAHIA Foram implantadas faixas de pedestres elevadas, sinalização horizontal e vertical. O mobiliário redesenhado, com a substituição das fontes de luz ( fiação subterrânea). Além da implantação de Cul de Sac, que se refere a uma via sem saída.
Calçamento
Arborização
Poste de Iluminação
Faixa Elevada
Calçamento
Fosso para fiação eletrica subterranêa 3m
10m
PLANO DE SINALIZAÇÃO Atendendo às regras do Conselho Nacional de Transito (CONTRAN), nas vias serão inseridas placas com inscrições, sinais luminosos, ou seja, sinalização vertical e sinalização horizontal, além de dispositivos de sinalização auxiliar, semáforos, sinais sonoros e faixas de pedestre elevadas. Os dispositivos estarão em lugares visíveis e adequados para melhor atender as necessidades da intervenção.
3m
PARQUE URBANO
59
10.6-PORPOSTA DE INTERVENÇÃO
10.6-MEMORIAL DISCRITIVO DO PROJETO Os estudos sobre o entorno possibilitaram a distribuição dos equipamentos seguindo uma lógica de uso. Onde nas extremidades do parque foi inserida uma estação rodoviária, equipamento que busca atender a mobilidade proposta. Os equipamentos de lazer e esporte se concentraram próximo ao equipamento de Ginásio existente, para criar um complexo de atividades. Foram criados espaços de permanência e conexão com o Parque. A cidade foi conectada por diferentes eixos e também por ciclo faixas que adentram ao parque e permeam um edifício multifuncional. Nesses estudos foram propostos intervenções nas ruas Goiás e Rua Bahia, onde foram inseridos estacionamento e cul de sac, para facilitar a transição de veículos. Já na Rua Paraná, houve a mudança em seu traçado, passa a ter um cul de sac e outra parte se transforma em piso do Parque. O Parque foi pensado para manter a população conectada com o verde, devido a isso existe uma área de preservação ambiental prevista no projeto, além de grandes bolsões com gramado, com algumas árvores em volta. Tais intervenções proporcionam um ambiente de relaxamento, onde as pessoas poderão fazer piquenique ao ar livre, deitando-se sobre a grama, brincando com seus animais, entre outras atividades. Ou seja, é uma área livre, apta a todos os usos, culturais, esportivos e de lazer.
PARQUE URBANO
61
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como o principal objetivo do projeto era a ocupaçãodo Vazio Urbano, à preservação ambiental da área verde e da Nascente localizadas no terreno; Toda a parte pavimentada foi projetada estabelecndo-se um limite de 30 metros da Nascente para a sua construção. O Parque Urbano foi subdividido em algumas partes. O ponto de partida da setorização foi à criação de níveis e divisão da área por plano de massas de programas. Cada piso atende uma necessidade. A criação do edifício multifuncional foi necessária, pois não há na cidade um equipamento que atenda as necessidades de conhecimento e lazer para a população. Os estacionamentos foram zoneados de acordo com a necessidade de cada área. E foram criadas faixas para pedestres e Ciclovias. Outro espaço inserido foi um local para a prática de recreação e um espaço para idosos com mesinhas para jogos e equipamentos de ginática. Em seguida, criou-se um espaço meramente contemplativo. A área arborizada, que exige uma preservação das espécies, receberá manutenção de acordo com suas necessidades. A circulação das pessoas por dentro do parque será feita por caminhos traçados tornando o passeio mais interessante. Também serão instaladas Lanchonetes, Sanitários, melhorando a inclusão social e urbana da população. Foi projetada uma passarela a fim de promover a ligação do parque sob o córrego. O Parque Urbano terá como missão a promoção do bem-estar dos moradores de Cajuru e ainda proporcionará a aproximação da população com a natureza e hábitos de vida mais saudável.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA Abreu, Abreu. Ebah. Bernard Tschumi. [Online] [Citado em: 12 de Maio de 2016.] http://www.ebah.com.br/content/ABAAABejUAG/bernard-tschumi. Ângulo, Sérgio Cirelli, e, Sérgio Edurado Zordan e John, Vanderley Moacyr. Portal Metalica Construção Civil. Metalica. [Online] Metalica Contrução Civil.[Citado em: 16 de Março de 2015.] http://wwwo.metalica.com.br/desenvolvimento-sustentavel-e-a-reciclagem-de-residuos-na-construcao-civil. Cidade, Jornal A. 2014. Centro de Referência de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolições. Concessão do lixo inclui Reciclagem de entulhos em Ribeirão Preto. Ribeirão Preto : s.n., 2014. Educação, Colunista Portal -. Portal Educação. Degradação Ambiental. [Online] [Citado em: 10 de Maio de 2016.] http://www.portaleducacao.com. br/biologia/artigos/25605/degradacao-ambiental. FAVA, Vera L. 1984. Urbanização, custo de vida e pobreza no Brasil. São Paulo : IPE/USP, 1984. Muniz, César. 2006. O Design Cooperativod Na Sociedade da Informação. São Carlos : Escola de Engenharia de São Carlos USP, 2006. Perrot, Michelle. 1991. Figuras e papéis. História da vida privada. São Paulo : Companhia das Letras, 1991, p. 3. Portal Educação. Degradação Ambiental. [Online] [Citado em: 10 de Maio de 2016.] http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/25605/degradacao-ambiental. Rogers, Richard. 2001. Cidades para um Pequeno Planeta . s.l. : GG Brasil, 2001. Seal, Sur. 2009. Site Sur Seal. [Online] 2009. [Citado em: 2 de 2 de 2012.] http://www.sur-seal.com. Silva, Paulo José e Brito, Mozar José de. 2006. Gestão e Produção. Práticas de Gestão de Resíduos da Construção Civil: Uma Análise da Inclusão Social de Carroceiors e Cidadãos Desempregados. 2006. TEIXEIRA, JOÃO GABRIEL e SOUZA, JOSÉ MOREIRA DE. 1997. DESIGUALDADE SÓCIO-ESPACIAL E MIGRAÇÃO INTRA-URBANA NA REGIÃO. XXI Encontro Anual da ANPOCS . 1997. Vainer, Carlos B. 1998. Cidades, cidadelas e a utopia do reencontro – uma reflexão sobre tolerância e urbanismo. Cadernos IPPUR. 1998. Villarino, Miguel Gómez. 11 dicas para um desenho urbano sustentável inspiradas nos povoados tradicionais. Archdaily. [Online] [Citado em: 05 de maio de 2016.] http://www.archdaily.com.br/br/786693/aprendendo-com-os-povoados-11-dicas-para-um-desenho-urbano-sustentavel-inspirados-nos-assentamentos-tradicionais. PARQUE URBANO
63
10 9
10
8 7 6
9
5
A
4 3 2
8
1 7
0 -1
6
-2
5 DE
4
SC
E
DE
SC
E
DE
SC
E
DE
SC
E
3 2
-2
1
-1 ARQUIBANCADA
EQUIPAMENTO EXISTE -
0
PISTA DE SKATE
SO
BE
DE
SC
E
DE
SC
-1
E
DE
SC E
SO
SO
BE
DE SC E
BE
DE
SC E
-1 -2
SO BE
-3
-4
-2 -5 -6
ARQUIBANCADA SO BE
-7
-8 -9 -10-11 -12
QUADRA COBERTA
-3
SO BE
QUADRA POLIESPORTIVA
SO BE
SO BE
SO
BE
SO
BE
-4
QUADRA POLIESPORTIVA
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-16 -17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24
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-17 -18 -19 -20 -21 -22 -23 -24 -25
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A
-32
-26 -27 -28 -29
-33
-34
-30 -31
-35
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-36 -37
-33 -38
-34 -39 -36 -39
-35
-37 -38
N
LEGENDA
EQUIP. DE APOIO EDIF. MULTIFUNCIONAL
MATA CILIAR MATA PORTE GRANDE
CICLO FAIXA PASSEIO PEDESTRE
TALUDE GRAMADO
SENTIDO DAS RUAS
EQUIP. DE APOIO PISCINA PISCINA OLIMPICA QUADRA POLIESPORTIVA QUADRA COBERTA
MATA PORTE PEQUENO
CAMINHO DE CASCALHO
COQUIEROS
PISO INTERTRAVADO
FAIXA DE PEDESTRE CURVA DE NIVEL
GRAMADO ARQUIBANCADA DECK DE MADEIRA
0 10
20
PROPOSTA PARQUE URBANO DE CAJURU
40
TFG
80 m
PARQUE URBANO
PROJETO
1/1000 ESCALA A1 PRANCHA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO CAUANA LUIZA DE SOUZA MACIEL