REDE DE MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS
COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO
Direcção de Serviços de Monitorização Ambiental Divisão de Monitorização Ambiental e Divisão de Laboratórios
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região de Lisboa e Vale do Tejo - 2004 -
Lisboa, Junho de 2005 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
FICHA TÉCNICA
Título
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região de Lisboa e Vale do Tejo - 2004
Edição
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT)
Elaboração
Luís Alberto Martins Pereira1 (Divisão de Monitorização Ambiental) Maria Armanda Reis Rodrigues2 (Divisão de Laboratórios)
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo Morada
Rua Braamcamp, 7 • 1250-048 Lisboa
Telefone
21 01 01 300
Fax
21 01 01 302
Internet
www.ccdr-lvt.pt
Fotografia da capa
Microcrustáceo copepode e Aphanizomenon flos-aquae (cianobactéria), amostra da albufeira dos Patudos, Julho/2002, por Armanda Rodrigues
Impressão
Centro de Documentação e Informação / CCDR-LVT
Local e Data
Lisboa, Junho de 2005
1 2
Eng.º Químico, Pós-Graduado em Eng.ª Sanitária. Mestre em Biologia. Pág. 2 de 33
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
ÍNDICE GERAL RESUMO ............................................................................................................................................4 1
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................5
2
IDENTIFICAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM ............................................5
3
AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO............................................................................8
4
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 22
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 25 ANEXO I RESULTADOS ANALÍTICOS DOS PARÂMETROS BIOLÓGICOS ............ 26
ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Identificação dos locais de amostragem..................................................................6 Tabela 2 – Critério nacional para avaliação do estado trófico em albufeiras e lagoas (água doce) ....................................................................................................8 Tabela 3 – Evolução do estado trófico global, entre 1999 e 2004..................................... 22
ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 – Localização das estações de amostragem na região LVT.....................................7
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
RESUMO Neste trabalho avaliou-se o estado trófico das águas nas albufeiras monitorizadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e em duas lagoas de águas de transição (Lagoa de Óbidos e Lagoa de Albufeira), durante o ano de 2004 e compararam-se os resultados com os obtidos em anos anteriores. Foi utilizado o critério definido a nível nacional, conseguido com o consenso generalizado de várias entidades, aplicado a sistemas lênticos dulciaquícolas. Os resultados obtidos nas duas lagoas (águas de transição) são apenas experimentais, até estar definido um critério específico para aquele fim. Da análise dos resultados pode concluir-se que o estado trófico das águas das albufeiras da região LVT não se alterou em relação ao ano anterior (2003). As mais problemáticas (eutrofizadas) são Magos, São Domingos, Patudos, Belver e Rio da Mula. A primeira e a última são fontes de água para consumo humano. A captação do Rio da Mula foi desactivada no decorrer de 2005. As albufeiras de Castelo de Bode e Negrelinho são mesotróficas. Por fim, recomenda-se a continuação de uma monitorização regular e cuidada, com vista à obtenção de informação acerca da evolução da qualidade da água, em especial, nas albufeiras destinadas ao consumo humano, tendo em conta a situação de seca que assola o país neste momento.
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
1 INTRODUÇÃO Este relatório constitui uma actualização, para o ano de 2004, do recentemente publicado pela CCDR-LVT sobre o mesmo tema e reportado ao período de 1999 a 2003 (Pereira & Rodrigues, 2005). Uma vez que o critério nacional para a avaliação do estado trófico já está definido, decidiu-se que não faria sentido continuar a compará-lo com outros existentes para o mesmo fim, fazendo antes uma análise mais detalhada sobre o seu cumprimento, nomeadamente no que se refere à evolução dos parâmetros incluídos, bem como o seu grau de aproximação aos limites estabelecidos. Tendo em conta a situação que o país atravessa, é determinante que o acompanhamento da evolução do estado trófico das águas, em especial aquelas que se destinam ao consumo humano, seja prioritário por parte das entidades responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, nas vertentes de monitorização, de fiscalização e do licenciamento. O presente relatório pretende dar um contributo neste sentido. Em termos legislativos, aguarda-se para breve a transposição para o direito interno da Directiva-Quadro da Água (Comissão Europeia, 2000), que certamente trará novos desafios a todos quantos têm responsabilidade neste domínio.
2 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM À semelhança do relatório anterior (Pereira & Rodrigues, 2005), este estudo incidiu sobre sete albufeiras monitorizadas regularmente pela CCDR-LVT, com especial enfoque, mas não só, para aquelas cujas águas se destinam ao consumo humano. Refira-se que a albufeira de Castelo de Bode tem quatro locais de amostragem, correspondentes a outras tantas captações para consumo humano (Tabela 1, Figura 1). Todos os pontos de amostragem fazem parte dos planos de monitorização de qualidade das águas superficiais elaborados anualmente pela CCDR-LVT desde 1999, à excepção das estações Colmeal (RQDT 130) e Cabeça Gorda (RQDT 131), cuja monitorização se iniciou apenas no ano de 2002. Refira-se que a análise efectuada neste relatório tem como base temporal o ano civil.
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Embora o critério definido a nível nacional se aplique apenas a águas doces, optámos por incluir também a avaliação da Lagoa de Óbidos (no local de amostragem considerado mais significativo – Seixo) e da Lagoa de Albufeira, com a ressalva de que estes resultados são apenas preliminares e poderão ser diferentes se no futuro for definido um critério específico para as águas marinhas e estuarinas. Tabela 1 – Identificação dos locais de amostragem Curso de água
Lagoa de Albufeira
Nome da estação
Código CCDR
M,P Concelho (metros)
BACIA HIDROGRÁFICA DA RIB. DA APOSTIÇA 109000 Albufeira RQDT 088 Sesimbra 172000
BACIA HIDROGRÁFICA DAS RIB. DO OESTE 87970 Rib. Penha Longa Alb. Rio da Mula RQDT 001 Cascais 200380 97820 Rio S. Domingos Alb. S. Domingos RQDT 100 Peniche 263620 107480 Lagoa de Óbidos Rio Arnóia LO 7 Caldas da Rainha (Seixo) 271380
Rib. Magos Rib. Alpiarça
Rio Zêzere
Rio Frio Rio Tejo
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TEJO 151750 Salvaterra de Alb. de Magos RQDT 054 225260 Magos 160530 Alb. dos Patudos RQDT 055 Alpiarça 253420 Alb. Castelo Bode 190960 RQDT 104 Ferreira do Zêzere (Rio Fundeiro) 307040 Alb. Castelo Bode 190292 RQDT 130 (Colmeal) 293058 Abrantes Alb. Castelo Bode 188632 RQDT 131 (Cabeça Gorda) 288441 Alb. Castelo Bode 184810 RQDT 021 Tomar (EPAL) 285280 203325 Alb. de Negrelinho RQDT 101 Abrantes 282200 211680 Alb. de Belver RQDT 034 Gavião 278950
C.M. Início 25M amost.
453
Jan/99
415
Out/91
337
Jan/99
326
Abr/94
391
Abr/93
353
Nov/93
300
Out/99
311
Out/02
321
Out/02
321
Nov/94
322
Mar/99
332
Out/99
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Figura 1 – Localização das estações de amostragem na região LVT
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3 AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO Actualmente, em Portugal, o critério quantitativo a utilizar em sistemas lênticos (albufeiras e lagoas) baseia-se na grelha da Tabela 2 (INAG, 2002) e tem por base o critério de avaliação definido pela OECD (1982). Não foi possível definir ainda um critério semelhante para as águas lóticas (rios). Tabela 2 – Critério nacional para avaliação do estado trófico em albufeiras e lagoas dulciaquícolas Parâmetros Fósforo total (mg P/m3) Clorofila a (mg/m3) Oxigénio dissolvido (% sat.)
Estado trófico Oligotrófico
Mesotrófico
Eutrófico
< 10 < 2,5 -
10 - 35 2,5 - 10 -
> 35 > 10 < 40
Nota: os valores correspondem a médias geométricas.
Neste critério consideram-se apenas três estados tróficos (oligotrófico, mesotrófico e eutrófico) determinados pelas concentrações do meio relativamente a três parâmetros analíticos: fósforo total, clorofila a e oxigénio dissolvido. O estado trófico global corresponde ao mais desfavorável para o conjunto dos vários parâmetros. Deve ser colhida pelo menos uma amostra em cada estação do ano, a meio metro de profundidade. No tratamento dos dados, sempre que o número de amostras disponíveis por ano foi inferior a quatro, não se atribuiu o estado trófico global, excepto se já tiver sido atribuída a pior avaliação (eutrófica) a algum dos restantes parâmetros isoladamente, uma vez que neste caso o resultado final não seria alterado pelos parâmetros em falta. Nas páginas seguintes apresenta-se a evolução de cada um dos parâmetros ao longo do tempo para cada estação de amostragem (desde 1999 a 2004), com o intuito de evidenciar com maior clareza as tendências futuras, bem como a aproximação dos valores aos limites estabelecidos. Nota-se que o oxigénio dissolvido apenas tem limite definido para o estado eutrófico (40 %), tendo sido considerado como oligotrófico sempre que a média geométrica foi superior àquele valor (o limite corresponde a um valor mínimo). Como já referido, também se efectuaram estes cálculos para as duas lagoas de águas de transição monitorizadas pela CCDR-LVT (Óbidos e Albufeira). Pág. 8 de 33
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
É também de referir que apesar de já existir um critério único, a nível nacional, para a avaliação do estado trófico das águas lênticas dulciaquícolas, o que se traduz numa uniformização dos resultados obtidos ao longo de todo o Pais, continua a ser indispensável uma avaliação paralela e complementar. Esta última, deve utilizar todos os critérios disponíveis (sintomas de eutrofização), como por exemplo, as alterações na abundância e na diversidade dos biota, o desenvolvimento de blooms de algumas espécies de fitoplâncton e a produção de toxinas por algumas algas (e.g. Premazzi & Cardoso, 2001). Convém não esquecer que a classificação actual do estado trófico, segundo o critério definido a nível nacional, apesar de ser fundamental, baseia-se numa avaliação numérica e portanto, visto que estamos a trabalhar com sistemas vivos (ecossistemas muitas vezes complexos) é indispensável uma interpretação cuidada e representativa do local em questão. A experiência e bom senso dos técnicos envolvidos, associada à informação adicional dos biota, especialmente do fitoplâncton (Anexo I), são a chave para que esta avaliação represente o melhor possível a realidade e não constitua um mero exercício de estatística.
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12
12
12
10
250
10
10
10
200
8
8
8
150
6
6
6
100
4
4
4
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2
2
2
0
0
120 8
100
6
80 60
4
40 2
20 0
0 1999 2000 N.º amostras
1999
2001 2002 2003 2004 Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
Clorofila a (mg/m3)
300
N.º amostras
12
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
140
Fósforo tot. (mg/m3)
160
0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
Albufeira Rio Mula – RQDT 001
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E M E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E M M E M O M O E M M E
2004 O E E
Esta albufeira mantém-se eutrofizada em 2004. O fósforo total é o parâmetro mais desfavorável. Os valores de oxigénio dissolvido estão bastante afastados do limite de eutrofia. A clorofila a revela uma tendência para uma melhoria (os valores máximos têm tendencialmente vindo a descer desde o ano 2000), embora este facto não possa ser confirmado em 2004, devido à insuficiência de dados (em 2004 o valor máximo foi de 2,5 mg/m3, não visível no gráfico).
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140
14
120
12
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80
8
300
4
20
2
50
0
0
0
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
6
200
6
2000
8
250
40
150
4
100
0 2000
N.º amostras
2001
2002
2003
12
140
2
1999
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
160
10
350
60
1999
12
10
120 8
100 80
6
60
4
N.º amostras
400
Clorofila a (mg/m3)
450
16
N.º amostras
18
160
Fósforo tot. (mg/m3)
180
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira S. Domingos – RQDT 100
40 2
20 0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E M E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E M M E E E E E E
2004 O E E E
A albufeira de São Domingos permanece eutrofizada. O fósforo total e a clorofila a (a partir de 2002) são os parâmetros mais desfavoráveis. O fósforo total evidencia uma ligeira melhoria a partir do ano de 2001, que não se traduz numa melhoria do estado trófico para este parâmetro devido ao apertado limite estabelecido pelo critério nacional (ver Tabela 2). Nota-se um aumento dos valores médios de oxigénio dissolvido ao longo do tempo. Os valores máximos de clorofila a têm aumentado todos os anos, principalmente a partir de 2002. É também de referir que os dados quantitativos e qualitativos do fitoplâncton obtidos paralelamente aos da clorofila a, parecem confirmar uma tendência para uma melhoria do estado trófico da água. No entanto, continuam a registar-se blooms de algumas espécies de cianobactérias, nomeadamente nos meses de Verão, relacionados certamente com os picos de temperatura e luminosidade que se registam neste período do ano e às características físicas desta albufeira. Pág. 11 de 33
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350
6 4 2 0 1999
2000
N.º amostras
2001
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2003
2004
10
300 8
250 200
6
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4
N.º amostras
8
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100 2
50 0
0 1999
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
12 10 8 6 4 2 0 1999
2004
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
400
10
Clorofila a (mg/m3)
12 Fósforo tot. (mg/m3)
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira de Magos – RQDT 054
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E E E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E E M E E E E
2004 O E E E
Esta albufeira encontra-se eutrofizada. O fósforo total e a clorofila a são os parâmetros mais desfavoráveis. De facto, desde 1999 mesmo os valores mínimos de fósforo têm sido superiores ao limite de mesotrofia. Os valores de oxigénio dissolvido estão afastados do limite de eutrofização (40%), contudo em 2004 houve um ligeiro decréscimo. A análise do fitoplâncton, ao longo do ano corrobora os resultados da clorofila a evidenciando eventuais picos ocasionais destes parâmetros, que não se enquadram na tendência anual. A hipótese mais provável para explicar estes resultados pontuais prende-se com eventuais descargas de efluentes que podem enriquecer momentaneamente o meio em nutrientes, e, como consequência, dar-se um acréscimo da produtividade e das comunidades algais presentes. No entanto, salienta-se que parecem ser situações pontuais. Pág. 12 de 33
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Albufeira dos Patudos – RQD 055
100 80
6
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4
40 2
20 0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
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2003
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500
10
400
8
300
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4
100
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0
0 1999
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
180
12
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
12
160
10
140 120
8
100
6
80 60
4
40
2
20 0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
8
Fósforo tot. (mg/m3)
120 N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
600
10
Clorofila a (mg/m3)
12
140
N.º amostras
160
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E E E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E E E E E E
2004 O E E E
A albufeira dos Patudos permanece eutrofizada. O fósforo total e a clorofila a são os parâmetros mais desfavoráveis. Em 2004 verificouse uma tendência para a diminuição dos valores de fósforo total e da sua amplitude em relação ao anos anteriores. A clorofila a apresenta uma grande amplitude de variação. Os dados da análise fitoplânctónica confirmam um estado de avançada trofia para estas águas, sendo frequente o surgimento de florescências de cianobactérias, inclusivamente de algumas espécies que se conhecem como eventuais produtoras de toxinas.
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100
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0 1999
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N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
12 Clorofila a (mg/m3)
120
N.º amostras
12
120
Fósforo tot. (mg/m3)
140
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira Castelo Bode (EPAL) – RQDT 021
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O M O M
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O M M M M O M O O M M M M
2004 O M -
Apesar da insuficiência de dados de clorofila a impedir a determinação do estado trófico global, em relação ao fósforo total (parâmetro mais desfavorável em anos anteriores), verifica-se uma diminuição dos valores máximos a partir de 2001.
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Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
12
12
60
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10
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8
8
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2
2
100
8
80
6
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40 20
2
0
0 2002 N.º amostras
2003
50
8
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6
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20 10
2
0
0 2002
2004
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
N.º amostras
2003
0
0 2002
2004
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
12
10
Clorofila a (mg/m3)
70
120
N.º amostras
12 Fósforo tot. (mg/m3)
140
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira Castelo de Bode (Cabeça Gorda) – RQDT 131
N.º amostras
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 -
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O M M M
2004 O M O M
Tal como a estação anterior, correspondente à captação da EPAL (RQDT 021), esta albufeira foi avaliada como mesotrofica. Apesar da escassez de resultados não permitir inferir tendências (a monitorização só se iniciou em Outubro de 2002), o fósforo total é o parâmetro mais desfavorável. Entre 2003 e 2004 não se verificaram variações significativas nos valores dos parâmetros.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
12
12
10
10
10
8
8
6
6
4
4
2
2
100
8
80
6
60
4
40 20
2
0
0 2002 N.º amostras
2003
50
8
40
6
30
4
20 10
2
0
0
2004
2002
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
N.º amostras
2003
0
0 2002
2004
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
12
60
Clorofila a (mg/m3)
70
10
N.º amostras
12
120
Fósforo tot. (mg/m3)
140
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira Castelo de Bode (Colmeal) – RQDT 130
N.º amostras
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados (vermelho: eutrófico, amarelo: mesotrófico, verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 -
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O M O M
2004 O M O M
Confirmando os resultados anteriores (RQDT 021 e RQDT 130), esta albufeira encontra-se mesotrofica. Apesar da escassez de resultados não permitir inferir tendências (a monitorização só se iniciou em Outubro de 2002), o fósforo total é o parâmetro mais desfavorável. Entre 2003 e 2004 não se verificaram variações significativas nos valores dos parâmetros.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
30
12
250
10
25
10
200
8
20
8
150
6
15
6
100
4
10
4
50
2
5
2
0
0
100
8
80
6
60
4
40 20
2
0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
12 Clorofila a (mg/m3)
300
10
N.º amostras
12
120
Fósforo tot. (mg/m3)
140
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira Castelo de Bode (Rio Fundeiro) – RQDT 104
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 -
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O M M M M M M O M M M M M
2004 O M O M
Analogamente aos casos anteriores, nesta estação a água foi avaliada como mesotrofica. Todos os parâmetros apresentam uma evolução mais ou menos constante nos últimos anos, à excepção de alguns casos em que os valores mínimos (oxigénio dissolvido, em 2004) ou máximos (fósforo total e clorofila a, em 2001) se demarcaram dos restantes.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
10
130
100
8
80
6
60
4
40 20
2
0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
10
90
8
70
6
50
4
30
16
2
10 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
12
18
12
110
-10
2004
14
0
10
14
8
12 10
6
8
4
6 4
2
2 0
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
120
820
Clorofila a (mg/m3)
150
N.º amostras
12
Fósforo tot. (mg/m3)
140
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Albufeira do Negrelinho – RQDT 101
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O M -
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O M M M M M M M M M M M M
2004 O M M M
A albufeira do Negrelinho enquadra-se num estado de mesotrofia. O fósforo total e a clorofila a são os parâmetros mais desfavoráveis. Verifica-se uma ligeira tendência para a diminuição dos valores de clorofila a, estando quase a atingir o limite da oligotrofia. Os dados da análise do fitoplâncton apontam mais para uma água oligotrófica do que mesotrófica, pois as comunidades presentes possuem quantitativos muito baixos.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de Belver – RQDT 034
6 100
4
50
2
0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
10
400
8
300
6
200
4
100
2
0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
40
10
35
8
30 25
6
20
4
15 10
2
5 0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
150
500
12
45 Clorofila a (mg/m3)
8
12
N.º amostras
10
200
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
600 Fósforo tot. (mg/m3)
12
250
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 -
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E M E E E E
2004 O E E
Esta albufeira permanece eutrófica ao longo do tempo. O fósforo total é o parâmetro mais desfavorável, verificando-se uma ligeira subida nos valores a partir do ano de 2002, acompanhada com uma descida dos valores médios de oxigénio dissolvido. Não existem dados suficientes de clorofila a para se fazer uma análise da sua evolução, contudo, em 2004 os resultados analíticos variaram entre 6,6 e 23,6 mg/m3 (não visíveis no gráfico). A análise do fitoplâncton corrobora a classificação obtida, sendo inclusivamente frequente a presença de algumas cianobactérias eventualmente produtoras de toxinas, em algumas épocas do ano.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
6 4 2 0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
500
10
400
8
300
6
200
4
100
2
0
0 1999
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
12
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
12
90 80
10
70
8
60 50
6
40
4
30 20
2
10 0
2004
0 1999
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
8
1160
Clorofila a (mg/m3)
10
Fósforo tot. (mg/m3)
600
N.º amostras
12
200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
N.º amostras
Oxig. Diss. (% sat.)
Lagoa de Albufeira – RQDT 088
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E M E M E E E E
2004 O E E E
Os resultados apresentados para esta lagoa são meramente indicativos, uma vez que o critério não está definido para as águas de transição. Por esta razão não se fazem comentários, nem se podem inferir conclusões.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
700
8
120 100
6
80
4
60 40
2
20 0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Oxig. Diss. (% sat.) - Méd. geom.
12
12
12
10
10
10
8
8
6
6
4
4
2
2
600 8
500
6
400 300
4
200 2
100 0
0 1999
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
Clorofila a (mg/m3)
800
10
N.º amostras
140
12 Fósforo tot. (mg/m3)
Oxig. Diss. (% sat.)
160
N.º amostras
180
0
0 1999
2004
Fósforo tot. (mg/m3) - Méd. geom.
N.º amostras
Lagoa de Óbidos (Seixo) - LO7
2000
N.º amostras
2001
2002
2003
2004
Clorofila a (mg/m3) - Méd. geom.
Nota: As barras de erro referem-se aos valores máximos e mínimos dos resultados analíticos, para o respectivo ano. As linhas horizontais representam os limites dos estados tróficos (vermelho: eutrófico; amarelo: mesotrófico; verde: oligotrófico). O limite do oxigénio dissolvido corresponde a um valor mínimo.
Oxigénio Dissolvido Fósforo total Clorofila a GLOBAL
1999 O E E
Evolução do estado trófico 2000 2001 2002 2003 O O O O E E E E O O O O E E E E
2004 O E E
Os resultados apresentados para esta lagoa são meramente indicativos, uma vez que o critério não está definido para as águas de transição. Por esta razão não se fazem comentários, nem se podem inferir conclusões.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
A seguir resume-se a evolução do estado trófico, desde 1999 até 2004 (Tabela 3), para o total das estações de amostragem. À excepção do Rio da Mula, não houve alterações no estado trófico global durante este período. Tabela 3 – Evolução do estado trófico global, entre 1999 e 2004 Albufeira/Lagoa Alb. Rio da Mula (RQDT 001) Alb. S. Domingos (RQDT 100) Alb. Magos (RQDT 054) Alb. Patudos (RQDT 055) Alb. Castelo de Bode (Capt. EPAL – RQDT 021) Alb. Castelo de Bode (Cabeça Gorda – RQDT 131) Alb. Castelo de Bode (Colmeal – RQDT 130) Alb. Castelo de Bode (Rio Fundeiro – RQDT 104) Alb. Negrelinho (RQDT 101) Alb. Belver (RQDT 034) Albufeira3 (RQDT 088) Lagoa de Óbidos3 (Seixo - LO7)
1999
2000
2001
2002
2003
2004
E
E
M
M
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
M
M
M
M
M
-
-
-
-
-
M
M
-
-
-
-
M
M
-
M
M
M
M
M
-
M
M
M
M
M
-
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
E
Nota: O – oligotrófico; M – mesotrófico; E – eutrófico.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tal como observado no relatório anterior (Pereira & Rodrigues, 2005), o fósforo total continua a ser o parâmetro mais problemático, por vezes também associado à clorofila a. Em termos globais, e à excepção da Albufeira de Castelo de Bode (EPAL), para a qual não foi possível determinar o estado trófico por insuficiência de resultados, não houve alterações entre 2003 e 2004. As albufeiras com maiores problemas relacionados com
3
Os resultados são apenas indicativos, uma vez que o critério não está definido para este tipo de águas. Pág. 22 de 33
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
o grau de eutrofização continuam a ser São Domingos, Magos, Patudos, Belver e Rio da Mula. A albufeira do Rio da Mula mantém o estado de eutrofia deste 2003, situação que constitui uma regressão em relação aos anos 2001 e 2002. Nota-se que esta albufeira tem sido utilizada como fornecimento de água para consumo humano. No entanto, de acordo com informações obtidas no âmbito do grupo da Seca 2005, os responsáveis decidiram suspender a sua utilização para este fim, como medida de precaução, devido aos eventuais efeitos causados pelo longo período de seca. A albufeira de São Domingos assume uma grande importância por ser uma origem de água para consumo humano. O plano de ordenamento, já iniciado e com conclusão prevista para o final de 2005, deve ter um papel fundamental na definição e implementação de um conjunto de medidas eficazes com o objectivo de recuperar a qualidade da água. As albufeiras de Magos e dos Patudos continuam a ser sinónimo de águas eutrofizadas. Tendo em conta que ambas são utilizadas para desportos náuticos e banhos, torna-se relevante alertar as entidades competentes, nomeadamente as câmaras municipais e entidades gestoras destas albufeiras, para os riscos a que os utilizadores estão submetidos, especialmente nos meses de Verão, em que a procura destas águas é também mais elevada. Neste período do ano é usual registarem-se florescências de cianobactérias eventualmente produtoras de toxinas, que podem conduzir ao aparecimento de alguns sintomas e, em última instância, transformar-se num grave problema de Saúde Pública. Em relação à albufeira de Castelo de Bode, parece existir uma concordância entre os resultados dos quatro pontos de colheita considerados, existindo apenas um ligeiro desvio do Rio Fundeiro relativamente aos outros pontos que não é, no entanto, visível quando se avaliam os respectivos estados tróficos. No caso desta albufeira, dado as suas características e usos é indispensável manter uma monitorização apertada da qualidade da água e continuar a fiscalizar eficazmente o que está previsto no respectivo plano de ordenamento. A albufeira de Negrelinho não apresenta problemas graves de eutrofização tendo sido avaliada como mesotrófica (o que se deve essencialmente ao fósforo). Este
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
resultado parece não ser consistente com os biota presentes que apontam para uma água oligotrófica. Finalmente, a albufeira de Belver foi avaliada como eutrófica, também devido ao fósforo total. A análise do fitoplâncton permite corroborar esta avaliação. São necessários mais dados, a obter na continuação da monitorização em curso, especialmente no que se refere à clorofila a, para se poder avaliar a tendência evolutiva desta albufeira.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
BIBLIOGRAFIA Comissão Europeia. 2000. Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2000, que estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água. Jornal Oficial das Comunidades Europeias L327, 22.12. 2000, 72pp; INAG, Instituto da Água, 2002. Aplicação da Directiva relativa ao tratamento das águas residuais urbanas em Portugal. Instituto da Água; OECD - Organisation for the Economic Cooperation and Development. 1982. Eutrophication of Waters – Monitoring Assessment and Control. OECD (ed.), Paris. 125 pp; Pereira, L. A. M. & M. A. R. Rodrigues. 2005. Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região Lisboa e Vale do Tejo – 1999 a 2003. CCDRLVT/DSMA/DMA-DLAB Lisboa, 44 pp; Premazzi, G. & A. C. Cardoso. 2001. Criteria for the identification of freshwaters subject to eutrophication. European Comission, JRC Report I-21020, 66 pp.
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ANEXO I RESULTADOS ANALÍTICOS DOS PARÂMETROS BIOLÓGICOS
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira do Rio da Mula - RQDT 001 Data
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
Colheita
(mg/m3)
bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
2,5
15,4
135,4
104,7
0
6,9
0
0
Abr-2004
<0,8
89,3
336,9
2,6
0
1,6
2,6
0
Jul-2004
2,5
86,9
485,1
25,5
25,5
165
0
2,6
Out-2004
-
92,4
102
40,8
0
0
20,4
0
Albufeira de São Domingos - RQDT 100 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
(mg/m3) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Observações
Jan-2004
15,0
40,9
888,5
574,4
7,7
242,5
23
0
Fev-2004
44,3
71,6
398,4
2992
0
205,2
10,4
0
Observou-se um bloom de Cryptomonas sp., que se reflectiu no aumento do número global de células fitoplânctónicas relativamente ao mês anterior (Janeiro).
0
Observou-se um bloom de Cryptomonas sp., semelhante ao que aconteceu no mês de Fevereiro (os organismos de outros grupos são praticamente inexistentes face à presença dominante das cryptomonas).
0
Continua a observar-se um bloom de Cryptomonas sp., semelhante ao que aconteceu no mês de Março - os organismos de outros grupos são praticamente inexistentes face à presença dominante das cryptomonas.
Mar-2004
Abr-2004
138,2
25,8
20,8
92,4
592,4
204,4
6913
1572
0
0
141,2
68,7
0
0
Pág. 27 de 33
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de São Domingos - RQDT 100 (cont.) Data
Clorofila a
Colheita
(mg/m3)
Mai-2004
10,8
61,2
1624
337,2
0
32,4
0
0
Jun-2004
12,5
123,2
36129
81,6
0
2742
20,8
40,8
Jul-2004
11,9
244,8
11807
572
0
133,8
20,8
61,6
Ago-2004
22,2
612,8
22732
50,4
0
895,4
41,6
40,8
Set-2004
Out-2004
Nov-2004
Dez-2004
13,3
-
Fitoplâncton (N.º células/ml)
20,4
10,4
7363
4789
745,6
184
0
0
1181558
540279
Observações
40,8
51,2
51,2
As cianobactérias dominam completamente a amostra com um quantitativo elevadíssimo de 1181558 cél/ml. Destacase Microcystis aeruginosa (potencial produtora de toxinas). Se estes quantitativos se mantiverem na amostra de Outubro é aconselhável realizar uma análise às toxinas eventualmente libertadas para o meio por esta espécie de cianobactérias.
51,2
Apesar de as cianobactérias continuarem a ser o grupo dominante na amostra, os quantitativos celulares diminuíram para 540 279 cél/ml; com estes valores, justifica-se a realização de uma análise às toxinas eventualmente libertadas para o meio por Microcystis aeruginosa, visto esta água ser utilizada para consumo humano.
8,0
71,6
1552
153,2
0
1513726
20,4
10,4
Os quantitativos das cianobactérias tornaram a subir relativamente ao mês anterior. No entanto, isso deve-se, fundamentalmente à presença de Aphanocapsa elachista, que não é considerada tóxica. Não foi detectada a presença de Microcystis aeruginsa.
17,4
20,4
909,2
275,6
0
265135
10,4
0
Os quantitativos celulares de todos os grupos diminuíram globalmente, incluindo as cianobactérias. Só foi detectada a presença de Woronichinia naegeliana (não tóxica). Pág. 28 de 33
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de Magos - RQDT 054 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
3
(mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
28,8
5537
367,2
1532
0
180572
0
0
Abr-2004
74,0
2226
15808
204
0
244,9
0
0
Jul-2004
3,3
92
255,6
10,4
0
426,7
61,2
0
Out-2004
93,1
2246
21594
4136
0
38123499
1532
0
Observações O grupo dominante é o das cianobactérias, apesar da espécie que apresenta um n.º médio de células muito elevado não ser potencial produtora de toxinas (Aphanocapsa elachista).
Observaram-se muitos organismos de zooplâncton na amostra.
Albufeira dos Patudos - RQDT 055 Data
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
Colheita
(mg/m3)
bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
12,2
163,6
663,6
469,6
0
325,8
163,6
0
Abr-2004
18,3
409,6
5475
510,4
0
1020
81,6
0
Jul-2004
137,3
378,4
4463
1624
0
37268
61,2
796,4
Out-2004
60,4
1124
63060
1634
0
190,9
612
0
Obs.
Observou-se um bloom de Ceratium hirundinella . O grupo dominante é claramente o das cianobactérias, registando-se a presença de algumas espécies produtoras de toxinas como Aphanizomenon flos-aquae e Cylindrospermopsis raciborskii. O grupo dominante é claramente o das clorofíceas.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de Castelo de Bode (EPAL) - RQDT 021 Data Clorofila a Fitoplâncton (N.º células/ml) Colheita 3 (mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta Jan-2004
4,4
247,7
291
107,2
15,3
330,4
0
0
Abr-2004
2,5
776,2
492,8
7,7
56,2
15,2
2,6
0
Jul-2004
1,7
640,8
68,9
23
0
0
0
10,2
Out-2004
-
306,4
122,4
20,4
10,4
1,6
0
0
Albufeira de Castelo de Bode (Cabeça Gorda) - RQDT 131 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
3
(mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
5,0
375,4
143
127,6
0
1292
2,6
0
Abr-2004
2,5
926,8
1034
35,7
43,4
19,5
25,5
0
Jul-2004
1,7
914,1
109,8
30,6
0
14,7
0
5,2
Out-2004
0,8
81,8
140,4
30,6
0
77,5
0
0
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de Castelo de Bode (Colmeal) - RQDT 130 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
(mg/m3) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
5,5
347,3
153,3
278,3
0
2070
2,6
0
Abr-2004
1,9
674,1
360
7,7
48,5
0
0
0
Jul-2004
0,8
377,9
99,6
17,9
0
11,2
0
2,6
Out-2004
1,4
122,5
68,9
17,9
20,4
6,1
0
2,6
Albufeira de Castelo de Bode (Rio Fundeiro) - RQDT 104 Data
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
Colheita
(mg/m3)
bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
2,2
35,8
1042
7,7
0
789,6
0
0
Abr-2004
4,2
6362
184
20,4
20,4
24,8
0
0
Jul-2004
1,9
538,7
115
61,3
0
7550
10,2
7,7
Out-2004
1,7
400,8
122,5
0
15,3
56,4
0
0
Observações
Observou-se um feixe de filamentos de Aphanizomenon flosaquae (cianobactéria produtora de toxinas). Sendo esta água de uma captação (consumo humano), é um sinal de alerta, ficando dependente da observação de amostras posteriores.
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CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Albufeira de Negrelinho - RQDT 101 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
3
(mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
3,9
408,5
219,6
46
0
248
23
0
Abr-2004
3,3
82
949,6
0
0
65,6
132,8
0
Jul-2004
1,4
18
107,2
5,1
0
0
0
0
Out-2004
3,0
33,2
122,5
2,6
0
0
0
2,6
Albufeira de Belver - RQDT 034 Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
3
(mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
-
-
-
-
-
-
-
-
Abr-2004
11,9
5586
776,4
71,6
0
17,7
10,4
0
Jul-2004
23,6
3871
2870
602,4
142,8
1033
112,4
10,4
Out-2004
6,6
237,4
12,8
30,6
0
17715
0
0
Pág. 32 de 33
CCDR-LVT
Avaliação do estado trófico das águas nas albufeiras da região LVT - 2004
Lagoa de Albufeira - RQDT 088 (águas de transição) Data
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
Colheita
(mg/m3)
bacillariophyta
chlorophyta
cryptophyta
Jan-2004
79,0
-
-
-
-
-
-
-
Abr-2004
56,5
-
-
-
-
-
-
-
Jul-2004
3,3
-
-
-
-
-
-
-
Out-2004
2,2
-
-
-
-
-
-
-
crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Lagoa de Óbidos (Seixo) - LO 7 (águas de transição) Data Colheita
Clorofila a
Fitoplâncton (N.º células/ml)
3
(mg/m ) bacillariophyta chlorophyta cryptophyta crysophyta cyanophyta euglenophyta pyrrophyta
Jan-2004
1,4
-
-
-
-
-
-
-
Abr-2004
6,6
-
-
-
-
-
-
-
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