Isabel André Mário Vale Colaboração de: Leandro Gabriel Soraia Silva
A Criatividade Urbana na Região de Lisboa
RELATÓRIO 3 WP3 – O SECTOR CRIATIVO NA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO EM MAPAS E NÚMEROS
DEZEMBRO 2011
Índice INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 1.
ASPECTOS METODOLÓGICOS........................................................................... 4
2.
SECTOR CRIATIVO NA EUROPA E EM PORTUGAL ........................................... 10
3.
COMPOSIÇÃO DO SECTOR CRIATIVO ............................................................. 12
4.
DINÂMICA DO SECTOR CRIATIVO NO PERÍODO PÓS-CRISE 2007 ................... 18
5.
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREGO NO SECTOR CRIATIVO ............................... 21
5.1
GÉNERO ......................................................................................................... 21
5.2
IDADE ............................................................................................................ 22
5.3
HABILITAÇÕES ............................................................................................... 23
5.4
NACIONALIDADE
5.5
RELAÇÃO CONTRATUAL ................................................................................. 26
6.
GEOGRAFIAS DO SECTOR CRIATIVO NA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO 29
........................................................................................... 25
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 44
2
INTRODUÇÃO
O presente relatório analisa as dinâmicas e a composição do emprego e dos estabelecimentos do sector criativo na região de Lisboa e Vale do Tejo e em Portugal para o período 2007 a 2009, com recurso à utilização dos Quadros de Pessoal do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social. Devido às limitações da publicação das Contas Nacionais do INE, apenas se faz uma referência relativa ao VAB e exportações do sector criativo ao nível nacional.
O relatório inclui também uma análise do mercado de trabalho do sector criativo, incidindo no estudo de características fundamentais dos trabalhadores, tais como género, idade, habilitações, nacionalidade e relação contratual. Na parte final, o trabalho ilustra as geografias do sector criativo intra-regionais, com análises ao nível NUTS-3 e ao nível municipal.
3
1. ASPECTOS METODOLÓGICOS A definição das actividades económicas que se constituem como “criativas” não é um exercício simples e estabilizado, derivando de flutuações acerca da própria noção de criatividade. No entanto, existem já algumas publicações internacionais consensuais na definição das actividades económicas culturais, e com relativa margem de manobra no que diz respeito às restantes actividades consideradas criativas (com ou sem uma componente cultural e/ou simbólica). Destacam-se, neste aspecto, o estudo da KEA EuropeanAffairs sobre a Economia da Cultura na Europa, elaborado em 2006 para a Comissão Europeia, e os relatórios sobre a Economia Criativa elaborados em 2008 e 2010 para a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A nível nacional, o Ministério da Cultura encomendou recentemente um estudo compreensivo acerca de “O Sector Cultural e Criativo em Portugal” (Augusto Mateus & Associados, 2010), cuja análise foca maioritariamente a escala nacional. Os dois estudos mais recentes constituem os principais referenciais para a estruturação metodológica do presente relatório, no que diz respeito à escolha dos sectores em análise (Quadro 1).
Para analisar a dimensão da economia criativa na região de Lisboa e Vale do Tejo, foram utilizados os dados do Ministério da Solidariedade e Segurança Social (MSSS), relativos aos estabelecimentos e trabalhadores, sendo os mais fiáveis e compreensivos que existem a nível nacional para poder analisar o tecido empresarial e o emprego em Portugal a um nível de desagregação geográfica suficientemente detalhado para compreender as dinâmicas intra-regionais. No entanto, estes dados reportam apenas ao sector privado e aos trabalhadores associados às empresas, excluindo por isso tanto o sector público como os trabalhadores independentes. A sua representatividade no total da actividade económica, sobretudo ao nível das actividades artísticas, pode, por este motivo, ser questionável, e os resultados apurados devem ser interpretados enquanto indicadores de tendências gerais e não enquanto retratos exactos.
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Quadro 1. Comparação entre as diferentes definições do sector criativo entre os estudos de referência e o presente relatório
UNCTAD 2010 Indústrias criativas Grupos
Subgrupos
Augusto Mateus & Associados 2010 Sector cultural e criativo Sectores
Lugares Culturais Património
Expressões Culturais Tradicionais Artes Visuais
Artes
Actividades Culturais Nucleares
Edição
Design
Novos Media
Artes visuais e Criação Literária
Actividades Artísticas e Culturais
Património Cultural
Edição
Edição Indústrias Culturais
Cinema, Vídeo e Música
Software Educativo e de Lazer
Rádio e Televisão
Arquitectura
Software
Design
Arquitectura e Engenharia
Serviços de Software Componentes Criativas em Outras Actividades
Serviços Criativos
Actividades artísticas e criação literária
Impressão e Reprodução
Publicidade
Actividades Criativas
Sectores
Cinema e Vídeo
Rádio e Televisão
Audiovisuais
Criações Funcionais
Grupos
Música
Indústrias Culturais
Media
Sector criativo
Subsectores Artes Performativas
Património Histórico e Cultural
Artes Performativas
Presente Relatório
Serviços Criativ0s
I&D Publicidade Outras actividades de Consultoria Criativa
Por razões de logística (tempo e espaço para o seu tratamento e custo da informação), a dimensão temporal e o nível de desagregação dos dados em análise foram definidos com base nas principais necessidades de caracterização identificadas. Os anos em análise são 2007 e 2009, uma vez que é prioritária uma identificação da evolução recente, sendo que 2009 corresponde ao último ano com dados disponíveis, e 2007 ao último ano antes da crise económica mundial. É particularmente pertinente caracterizar o sector criativo antes e depois destas mudanças. A principal escala de 5
análise utilizada foi a NUT III, de forma a ilustrar de forma mais eficiente as diferenças e semelhanças entre as sub-regiões de Lisboa e Vale to Tejo mas, para diversas variáveis, optou-se por desagregar a análise até ao nível municipal, de forma a observar as diferenças internas nas sub-regiões nas trajectórias do sector criativo.
O aspecto metodológico mais significativo consiste na escolha dos ramos de actividade considerados “criativos”, segundo a Classificação das Actividades Económicas (CAE) 3ª revisão. A sua definição pautou-se por três princípios: coerência interna, comparação internacional e abrangência conceptual. Os ramos escolhidos e respectivos códigos da CAE a dois dígitos estão identificados no Quadro 2.
Os dados do MSSS, em termos de classificação económica, podem ser desagregados até ao nível mínimo existente em Portugal, de seis dígitos. No entanto, para este relatório, escolhemos o nível de especificação a dois dígitos 1. Para além das questões operativas anteriormente mencionadas, esta opção foi informada pelo principal objectivo deste relatório: compreender o estado da economia criativa.
Por outro lado, a comparação internacional da economia criativa é mais facilmente conseguida através da análise dos sectores comummente aceites. A inclusão de subsectores demasiado específicos poderia levantar problemas de comparação devido às diferenças de classificação das actividades económicas e também de disponibilidade de informação com o nível de desagregação desejado. O caso de Espanha exemplifica a necessidade de generalização, uma vez que neste relatório se opta por um critério semelhante ao utilizado por Méndez et al. (s/d) utilizado no estudo sobre a economia criativa nas áreas urbanas espanholas.
Os dois princípios já apontados justificam principalmente o nível de desagregação da CAE utilizada. A abrangência conceptual serve de base à definição dos ramos de 1
A opção pela desagregação a 2 dígitos também permite uma análise do VAB e das exportações do sector criativo ao nível nacional.
6
actividade considerados criativos ou não, de acordo com as referências já apresentadas no Quadro 1. Como foi inicialmente explicitado, existe um consenso acerca da inclusão das actividades culturais na chamada economia criativa, e também na sua divisão genérica entre o núcleo cultural (actividades artísticas e literárias e actividades de conservação e valorização do património) e as indústrias culturais (audiovisuais e edição). Já a definição das actividades criativas, que englobam as culturais, não é consensual, devido principalmente a dois factores: a inclusão, ou não, de actividades científicas e/ou tecnológicas, e a inclusão, ou não, das actividades anexas à produção e comercio de itens culturais (produção de equipamentos e comércio – grosso e retalho – dos produtos culturais). A segunda questão é a menos problemática, pois nenhum dos estudos de referência actuais inclui estes sectores como sendo criativos, uma vez que são actividades que se situam a montante e a jusante da produção cultural e criativa propriamente dita. Consequentemente, estes sectores foram ignorados no presente relatório. No entanto, é necessário salientar que algumas actividades não criativas, com destaque para todo o sector 18 – Impressão e reprodução de suportes gravados –, estão incluídas no conjunto das actividades económicas criativas porque possibilitam inequívoca e exclusivamente o consumo de massa de produtos culturais.
Apesar de se procurar uma ampla abrangência conceptual neste trabalho, optou-se pela exclusão das actividades de I&D e de criação e edição de software que, sendo consideradas genericamente criativas, pois ambas envolvem a utilização de conhecimento simbólico, para além das componentes analítica e sintética, se acomodam melhor ao que habitualmente é descrito como a economia do conhecimento. Nesta matéria, se considerássemos a visão da UNCTAD (2010, p.9), em que “a criatividade e o conhecimento estão imbricados em criações científicas da mesma forma que em criações artísticas” ou da KEA European Affairs, que também considera que a criatividade resulta da interacção entre diversos processos de inovação, incorporando elementos culturais, económicos, científicos e tecnológicos (2006, pp. 41-42), estaríamos perante uma delimitação demasiado abrangente do sector que não serviria os propósitos deste estudo, já que a definição de orientações 7
de política para os serviços avançados de software ou actividades de I&D requer uma abordagem muito distinta do sector criativo.
Em termos de análise das actividades económicas portuguesas, estas opções ditaram a exclusão dos sectores 72 - Actividades de investigação científica e de desenvolvimento e 62 - Consultoria e programação informática e actividades relacionadas na definição de actividades económicas criativas, por comparação com as CAE utilizadas por Augusto Mateus & Associados (2010) 2. Os restantes ramos assemelham-se às actividades identificadas por todos os estudos de referência.
Por último, deve ser salientada a principal limitação associada à definição estabelecida, e que aparece no próprio Quadro 2, que resulta da óbvia inclusão de subclassificações que correspondem a actividades não criativas. Em alguns ramos de actividade, nomeadamente o 71 - Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins; actividades de ensaios e de análises técnicas e o 73 - Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião, as actividades não criativas têm mais subsectores que as criativas (mas não significa que isso corresponda a um maior número de estabelecimentos ou trabalhadores das actividades não criativas). No entanto, e tendo em conta as referências internacionais de definição do sector criativo, todas as actividades consideradas indispensáveis estão incluídas na proposta de delimitação do sector criativo neste estudo. .
2
Este estudo analisou dados desagregados até aos cinco dígitos da CAE, pelo que a comparação com o presente relatório não é linear. No entanto, podemos afirmar que nesse estudo foram utilizadas subclassificações dentro de todas as CAE a dois dígitos que identificámos, com excepção precisamente da 72 – Actividades de investigação científica e de desenvolvimento. No entanto, e ao contrário da opção aqui tomada, o estudo considerou também uma subclassificação do sector 62 – Consultoria e programação informática e actividades relacionadas.
8
Quadro 2. Identificação das actividades económicas consideradas criativas, de acordo com a sua correspondência à CAE (Rev. 3) a dois dígitos Sector criativo Grupos Actividades Artísticas e Culturais
Indústrias Culturais
Serviços Criativos
Sectores
CAE (Rev. 3) CAE – 2 dígitos correspondente Actividades de teatro, de música, de dança e outras actividades artísticas e literárias
Actividades artísticas e criação literária
90
Património Cultural
91
Impressão e Reprodução
18*
Edição
58
Actividades de edição (inclui edição de jogos de computador)
Cinema, Vídeo e Música
59
Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música
Rádio e Televisão
60
Arquitectura e Engenharia
71**
Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins; actividades de ensaios e de análises técnicas
Publicidade
73**
Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
Outras actividades de Consultoria Criativa
74
9004*
Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras actividades culturais
Subsectores não criativos incluídos Exploração de salas de espectáculos e actividades conexas -
Impressão e reprodução de suportes gravados
Todo o sector. 5829
Edição de outros programas informáticos
5913*
Distribuição de filmes, de vídeos e de programas de televisão Projecção de filmes e de vídeos
5914*
Actividades de rádio e de televisão
-
Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (inclui actividades de design e fotografia)
7112 712
Actividades de engenharia e técnicas afins Actividades de ensaios e de análises técnicas
7312
Actividades de representação nos meios de comunicação Estudos de mercado e sondagens de opinião
732 743 749
Actividades de tradução e interpretação Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares, n.e.
* Estas actividades económicas não são criativas em si mesmas mas estão intrinsecamente relacionadas com a possibilidade de consumo das actividades que reproduzem. ** Estes sectores comportam, a um nível mais desagregado, mais subclassificações de actividades não criativas do que criativas. No entanto, as actividades criativas identificadas em todos os estudos de referência, pelo que considerámos a sua inclusão obrigatória.
9
que apresenta são
2. SECTOR CRIATIVO NA EUROPA E EM PORTUGAL
Segundo os dados mais recentes de 2009, o sector criativo representa aproximadamente 3,8% do emprego em Portugal 3. A relevância do sector criativo é aparentemente menor no que diz respeito ao VAB e às exportações, representando cerca de 2,5% do total da economia nacional em 2008.
A relevância deste sector no mercado de trabalho da região de Lisboa e Vale do Tejo é superior em 1,5 vezes à do país, representando aproximadamente 5,7% dos trabalhadores da região, correspondendo a 54 552 postos de trabalho registados em 6998 estabelecimentos. Assim, 0 emprego no sector criativo gerado em Lisboa e Vale do Tejo corresponde a 56,6% do total do emprego criativo no país (ou 52,6% se considerarmos apenas a NUTS-2 região de Lisboa). Esta concentração é a todos os títulos excepcional, pois se compararmos com o caso de Madrid ou de Barcelona fica claro que os níveis de emprego criativo são substancialmente inferiores, rondando os 29,3% e 17,9%, respectivamente (Méndez et al., s/d).
Apesar da concentração de emprego na região de Lisboa e Vale do Tejo, o peso global do sector criativo ainda é relativamente modesto face ao discurso produzido sobre a sua relevância para o desenvolvimento económico regional e urbano. Aliás, este facto constitui um traço comum na Europa, onde o peso médio do sector criativo ronda os 4,4% do total do emprego na UE e contribui em 2,6% para o PIB da EU em 2009 (EUROSTAT, 2010). No entanto, regista valores mais elevados de emprego nos países mais desenvolvidos do Norte da Europa, designadamente Finlândia (6,2%), Suécia (5,9%) e Dinamarca (5,7%), contrastando com os países da Europa do Sul e do Leste onde o emprego no sector criativo tem menor expressão.
3
Segundo dados de EUROSTAT, este valor é de apenas 2,4% em Portugal em 2009. A diferença devese, por um lado, a diferenças pontuais na definição de sector criativo e, por outro lado, à fonte estatística utilizada.
10
O sector criativo reúne actividades intensivas em conhecimento que registam uma procura externa e doméstica cada vez mais forte, em resultado do crescimento generalizado dos rendimentos disponíveis dos agregados familiares ao longo dos últimos anos e do aumento dos níveis médios de escolarização da população. Assim, o aumento do consumo de produtos culturais é realmente um dos factores que beneficia o sector criativo. Por outro lado, os efeitos multiplicadores das actividades criativas em relação a outras actividades trazem de igual modo benefícios a todo o sistema económico. Para compreender a dinâmica deste sector, será também necessário realçar o papel das políticas públicas na promoção do património e da sua relação com o turismo, especialmente relevante nos países europeus.
A expansão destas actividades assenta em grande medida no desempenho de profissionais mais qualificados, catalogados por Florida (2002) como a “classe criativa”. Desenvolvendo a tese dos 3 Ts (Tecnologia, Talento e Tolerância), o autor salienta a dimensão intangível e simbólica na criação de valor numa nova fase do capitalismo cognitivo, elemento geograficamente diferenciador, pois beneficia sobretudo as cidades e, entre estas, as que reúnem uma “atmosfera” mais propícia para a atracção e fixação destes profissionais altamente qualificados e com grande mobilidade. Apesar das diversas críticas à tese de R. Florida 4, a UE considera que as indústrias culturais e criativas são altamente inovadoras e têm um grande potencial económico, pois constituem um dos sectores mais dinâmicos da economia europeia (Comissão Europeia, 2010).
4
Para uma análise mais detalhada da tese de R. Florida, cf. 1º relatório do projecto A Criatividade Urbana na Região de Lisboa, WP 1- “Conceitos e Perspectivas sobre a Criatividade Urbana”, elaborado por André, I e Vale, M. (2010) para a CCDRLVT.
11
3. COMPOSIÇÃO DO SECTOR CRIATIVO
A composição do sector criativo revela uma forte predominância dos serviços criativos com cerca de 53% e 52% do emprego criativo em Portugal e na região de Lisboa e Vale do Tejo, respectivamente. Seguem-se as indústrias culturais com um peso de 42% e 43% do total do emprego criativo no país e na região, respectivamente. As actividades artísticas e culturais no sector empresarial têm pouca expressão. A estrutura do VAB ao nível nacional apresenta uma distribuição semelhante (Quadro 3), porém os serviços criativos assumem uma preponderância mais elevada quer no VAB quer nas exportações, chegando a representar cerca de 73% nas exportações do sector criativo.
Quadro 3. VAB e Exportações do Sector Criativo em Portugal, por segmento, 2008 6
un: 10 euro
VAB
Exportações
58 Actividades de edição
580,2 508,9
5,3 90,9
59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música
176,5
133,2
Indústrias Culturais
291,4 1557,1
18,3 247,7
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas
1270,6
534,9
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
594,2
288,1
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
236,6
79,0
18 Impressão e reprodução de suportes gravados
60 Actividades de rádio e de televisão
2101,4
901,9
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias
199,3
80,2
91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
75,5
0,4
Actividades Artísticas e Culturais
274,8
80,6
Total Sector Criativo
3933,2
1230,2
149311,1
49781,4
Serviços Criativos
Total Economia Nacional Fonte: Contas Nacionais, INE
12
Uma leitura mais atenta permite destacar quatro actividades económicas no sector criativo (Fig. 1 e Quadros 3 e 4): •
Arquitectura, engenharia e actividades afins (sector 71);
•
Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião (sector 73);
•
Impressão e reprodução de suportes gravados (sector 18);
•
Actividades de edição (sector 58).
18 Impressão e reprodução de suportes gravados 58 Actividades de edição 59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música 60 Actividades de rádio e de televisão
Portugal
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas 73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
RLVT
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias 91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 1. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2009
As actividades cinematográficas, vídeo, produção de programas de televisão, gravação de som e edição de música (sector 59) e a rádio e televisão (sector 60) também se destacam no sector criativo, devido ao peso importante, no primeiro caso, nas exportações (cerca de 15%) e, no segundo caso, no VAB (cerca de 12%).
A distribuição dos estabelecimentos do sector criativo expressa igualmente uma forte preponderância dos serviços criativos com cerca de 66% e 64% do total de estabelecimentos do sector criativo em Portugal e na região de Lisboa e Vale do Tejo 13
(Quadro 5). Também se seguem por ordem de importância as indústrias culturais mas com um menor peso - 29 e 30% do total do total de estabelecimentos do sector no país e na região, respectivamente – do que o verificado no emprego. As actividades artísticas e culturais no sector empresarial têm uma expressão modesta no sector criativo.
Com efeito, a dimensão média dos estabelecimentos do sector criativo é muito reduzida, relevando o papel das micro e pequenas empresas no desenvolvimento desta actividade. Apesar da dimensão média dos estabelecimentos no sector criativo não ser muito diferenciada, ainda assim destacam-se pela maior dimensão relativa às indústrias culturais, particularmente evidente nas actividades de rádio e de televisão (sector 60) na região de Lisboa e Vale do Tejo, em resultado da presença de grandes operadores privados e públicos nesta actividade decorrente da necessidade de concentração de meios avultados para o desempenho desta actividade, onde marcam presença algumas poucas grandes empresas que estruturam as redes de produção audiovisual e polarizam os media em Portugal (Quadro 6). A estrutura organizativa dos serviços criativos, em geral, e das actividades de audiovisual (sector 59) e das artes performativas (sector 91) caracteriza-se por uma atomização do tecido empresarial. É uma excepção a esta tendência, 0 sector das bibliotecas, arquivos e museus por registar uma dimensão média quase três vezes superior à verificada no sector criativo na região de Lisboa e Vale do Tejo.
14
Quadro 4. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2009
RLVT
Portugal
RLVT/Portugal (%)
9200 7870
18445 12691
49,9 62,0
2981 3574 23625
4192
71,1
5275 40603
67,8 58,2
15469 8435
31154
49,7
11984
70,4
7733
55,5
50871
55,4
18 Impressão e reprodução de suportes gravados
nº
58 Actividades de edição
nº
59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música
nº
60 Actividades de rádio e de televisão
nº
Indústrias Culturais
nº
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas
nº
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
nº
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
nº
Serviços Criativos
nº
4292 28196
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias
nº
1878
3257
57,7
91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
nº
1592
53,6
Actividades Artísticas e Culturais
nº
853 2731
4849
56,3
Total
nº
54552
96323
56,6
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
15
Quadro 5. Estabelecimentos do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2009
RLVT
Portugal
RLVT/Portugal (%)
2006 1215
44,0 53,0
18 Impressão e reprodução de suportes gravados
nº
58 Actividades de edição
nº
883 644
59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música
nº
472
705
67,0
60 Actividades de rádio e de televisão
nº
Indústrias Culturais
nº
88 2087
309 4235
28,5 49,0
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas
nº
2175
5230
41,6
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
nº
1141
2029
56,2
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
nº
1172
2428
48,3
Serviços Criativos
nº
4488
9687
46,3
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias
nº
378
711
53,2
91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
nº
45
110
40,9
Actividades Artísticas e Culturais
nº
423
821
51,5
Total
nº
6998
14743
47,5
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
16
Quadro 6. Dimensão Média dos Estabelecimentos do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2009 (pessoas por estabelecimento) RLVT
Portugal
10,4 12,2
9,2 10,4
6,3
5,9
60 Actividades de rádio e de televisão
40,6
17,1
Indústrias Culturais
18 Impressão e reprodução de suportes gravados 58 Actividades de edição 59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música
11,3
9,6
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas
7,1
6,0
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
7,4
5,9
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
3,7
3,2
Serviços Criativos
6,3
5,3
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias
5,0
4,6
91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
19,0
14,5
Actividades Artísticas e Culturais
6,5
5,9
Total
7,8
6,5
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Em síntese, a distribuição do emprego e a estrutura dos estabelecimentos do sector criativo revela uma grande similitude em Portugal e na região de Lisboa e Vale do Tejo, com predomínio dos serviços criativos que se caracterizam por apresentar uma estrutura organizativa algo atomizada.
17
4. DINÂMICA DO SECTOR CRIATIVO NO PERÍODO PÓS-CRISE 2007
A crise internacional de 2007 desencadeada nos EUA na sequência do colapso do crédito do mercado de habitação subprime alastrou-se praticamente a todo o mundo por via das interdependências complexas globais do sistema financeiro. As consequências para o crescimento económico e para o desemprego foram muito negativas.
Segundo os Quadros de Pessoal, a evolução do emprego registou uma contracção de cerca de 20,3% entre 2007 e 2009 em Portugal, verificando-se um valor semelhante de diminuição do número de trabalhadores na região de Lisboa e Vale do Tejo para o mesmo período. No entanto, o sector criativo reagiu positivamente à crise quer no país quer na região, onde as taxas de variação no período em referência atingiram aproximadamente os 3% e os 2%, respectivamente (Quadro 7).
Quadro 7. Taxa de Variação dos Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2007-2009 RLVT
Portugal
-12,2 -1,8
18 Impressão e reprodução de suportes gravados
%
58 Actividades de edição
%
-14,8 -4,0
59 Activ. cinematográficas, vídeo, prod. de programas de televisão, gravação de som e edição de música
%
1,3
3,7
60 Actividades de rádio e de televisão
%
2,1
0,0
Indústrias Culturais
%
-7,2
-6,1
71 Activ. arquitectura, engenharia e técnicas afins; activ. de ensaios e análises técnicas
%
17,3
18,4
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
%
-2,7
-2,6
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
%
13,6
6,8
Serviços Criativos
%
10,0
10,9
90 Activ. teatro, música, dança e outras activ. artísticas e literárias
%
18,0
13,8
91 Activ. das bibliotecas, arquivos, museus e outras activ. culturais
%
0,7
14,5
Actividades Artísticas e Culturais
%
12,0
14,0
Total
%
1,9
3,2
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
18
O Quadro 7 e a Fig. 2 expressam a dinâmica diferenciada do sector criativo. As indústrias culturais apresentam uma dinâmica recessiva que contrasta com a dos serviços criativos e a das actividades artísticas e culturais, que registaram aumentos entre os 10% e os 12% na região de Lisboa e Vale do Tejo e os 11% e os 14% no país.
25,0 20,0 Taxa de Var. 2007-09
15,0 10,0 5,0
RLVT
0,0 -5,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
PT
-10,0 -15,0 -20,0
% Emprego 2009
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 2. Dinâmica do Sector Criativo na RLVT e em Portugal, por segmento, 2007-2009
Há, porém, dinâmicas contrastadas em cada uma das divisões do sector criativo. Sintetizam-se essas dinâmicas em seguida: •
Indústrias Culturais Dinâmica recessiva dos sectores da impressão e reprodução de suportes gravados (sector 18) e das actividades de edição (sector 58), contrastante com o bom desempenho do sector audiovisual (sectores 59 e 60), embora com maior dinâmica do cinema, vídeo e som no país e da rádio e televisão na região.
19
•
Serviços Criativos Muito bom desempenho geral, à excepção das actividades de publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião (sector 73). O sector 74 – outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares – teve um desempenho mais forte na região.
•
Actividades Artísticas e Culturais Comportamento muito positivo das artes performativas (sector 90) e das actividades culturais (sector 91) no país, o que não se verifica no entanto neste último sector na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Em síntese, o sector criativo reagiu favoravelmente à crise, registando ganhos de emprego assinaláveis, com excepção de alguns sectores das indústrias culturais. Os factores de desaceleração da produção e edição tradicionais de artefactos culturais reflectem, por um lado, as alterações tecnológicas dos suportes utilizados, bem como a sensibilidade aos custos de produção mais elevados na região do que no país e em algumas regiões estrangeiras. Ao contrário, os serviços criativos e as actividades culturais aumentaram o seu peso quer na região quer no país, reflectindo a importância da procura de serviços intermédios transversais à actividade económica e o aumento de uma procura com maiores níveis de formação e de educação especialmente nas áreas urbanas.
20
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREGO NO SECTOR CRIATIVO
A caracterização do pessoal ao serviço no sector criativo e respectivos segmentos compreende a análise por género, idade, situação profissional, nível de educação, tipo de contrato e antiguidade na empresa.
5.1 GÉNERO
O pessoal ao serviço no sector criativo é maioritariamente do género masculino (59%), com relevo para a actividade industrial de edição e reprodução (sector 18) e de arquitectura, engenharia e afins (sector 71) (Fig. 3). Quer as gráficas quer alguns serviços técnicos qualificados (como a engenharia) são tradicionalmente actividades que empregam mão-de-obra masculina.
TOTAL
41%
59%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
54% 50% 48% 51%
46% 50% 52% 49%
32% 43% 42% 50% 33%
68% 57% 58% 50% 67% 0%
20%
40%
Masculino
60%
80%
100%
Feminino
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 3. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, por género e por segmento, 2009
As actividades culturais apresentam um maior nível de feminização do trabalho, designadamente o sector de biblioteca, arquivos, museus e outras (sector 91), teatro,
21
música, dança, etc. (sector 90), bem como a publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião (sector 73) e as actividades de edição (sector 58).
TOTAL
46%
54%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
55% 49% 50% 56%
45% 51% 50% 44%
37% 43% 45% 53% 38%
63% 57% 55% 47% 62% 0%
20%
40% Masculino
60%
80%
100%
Feminino
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 4. Trabalhadores do Sector Criativo no concelho de Lisboa, por género e por segmento, 2009
Na Península de Setúbal, o Médio Tejo e a Lezíria do Tejo, o emprego masculino representa uma proporção superior à da região (na ordem dos 63 a 64%). Uma das diferenças mais significativas na região deve-se à maior proporção de mulheres a trabalhar na publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião (sector 73) na Grande Lisboa, o que não acontece nas outras NUTS-3 em que se verifica um desequilíbrio a favor da força de trabalho masculina. Esta situação deve-se provavelmente à maior relevância e dinamismo destas actividades na Grande Lisboa e na própria cidade de Lisboa (Fig. 4), sector que tem recrutado mais activos do sexo feminino que, como veremos, apresentam níveis elevados de qualificação.
5.2 IDADE
Os activos do sector criativo são relativamente jovens, pois 62% têm até 40 anos de idade e 39% encontram-se no estrato etário dos 31 aos 40 anos (Fig. 5).
22
A análise por segmentos revela um contraste entre as actividades de serviços culturais, com emprego mais jovem, e a indústria de reprodução e as actividades de edição, actividades mais tradicionais e com menor dinâmica e, como tal, com pessoal com idade média superior.
TOTAL SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
36%
14%
6%
38%
12%
6%
3%
11%
4%
8%
4% 6%
< 21
20% 25%
40%
21 - 25
26 - 30
60% 31 - 40
12% 12% 20%
26%
35%
20%
18%
31% 43%
12%
9% 18%
20% 38%
15%
12%
20%
36% 17%
0%
19%
38%
18%
5%
17% 18%
41%
19%
9%
26% 26% 42%
20%
7%
15%
23%
39%
16%
6%
80% 41 - 50
100% > 50
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 5. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, por idade e por segmento, 2009
Em resultado do perfil de especialização das NUTS-3, o Oeste e o Médio Tejo apresentam uma estrutura etária mais jovem no sector criativo.
5.3 HABILITAÇÕES Os activos do sector criativo têm níveis de instrução muito elevados (39% tem um grau do ensino superior), confirmando a importância dos trabalhadores qualificados neste sector da economia muito dependente do conhecimento e competências avançadas (Fig. 6). Os serviços criativos são o segmento do sector criativo em que a qualificação tem maior relevo, em virtude de se tratar de uma actividade particularmente intensiva em conhecimento, verificando-se que cerca de metade dos activos possuiu um grau do ensino superior. 23
Há, no entanto, algumas actividades que com menores níveis de instrução, destacando-se as indústrias de edição e reprodução (sector 18) e ainda as actividades audiovisuais (sector 59) e bibliotecas, arquivos, museus e actividades culturais (sector 91). No caso destes sectores, a produção de artefactos ou a prestação de serviços criativos envolve um número de activos com menor nível de instrução no desempenho de funções menos qualificadas inerentes a algumas destas actividades.
TOTAL SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
37% 26% 17% 24% 20% 17% 27% 16% 0%
39%
32%
28%
20%
34% 31%
29% 38% 31% 28% 45%
25%
48% 47% 28%
37% 64% 40%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
5%
55% 45% 51% 38%
28%
60%
80%
8% 100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 6. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, por níveis de habilitação e por segmento, 2009
Reflectindo o perfil de especialização do sector criativo, a NUTS-3 Grande Lisboa destaca-se largamente das restantes, apresentando uma proporção de 42% de trabalhadores licenciados, que decorre em grande medida da concentração de emprego altamente qualificado no município de Lisboa, onde os licenciados chegam a atingir o valor de 48% do total dos trabalhadores do sector criativo, mas ultrapassando os 60% em alguns segmentos dos serviços criativos (casos dos sectores 71 e 74) (Fig. 7).
24
TOTAL
20%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
24%
32%
38%
48%
39%
29%
12% 23% 20% 28% 14% 25% 20% 46% 28% 43% 15% 36% 50% 0%
20%
40%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
64%
32% 30%
52% 60%
35% 60%
49%
7%
34% 29%
80%
15% 100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 7. Trabalhadores do Sector Criativo no concelho de Lisboa, por níveis de habilitação e por segmento, 2009
5.4 NACIONALIDADE
O trabalho imigrante tem uma expressão muito reduzida no sector criativo na região, registando a maior proporção na Península de Setúbal e na Grande Lisboa, com 5 e 4%, respectivamente do total dos trabalhadores do sector criativo. As actividades artísticas performativas (sector 90) e os serviços de publicidade, estudos de mercado e sondagens (sector 73) apresentam uma proporção de trabalhadores imigrantes mais elevada que a média do sector criativo.
A repartição por nacionalidades dos trabalhadores estrangeiros confirma a presença importante da comunidade brasileira, sem dúvida beneficiando da proximidade cultural e linguística essencial para a produção de bens e serviços culturais desta natureza. Porém, é interessante assinalar a presença de activos da União Europeia nas actividades performativas (sector 90) e dos PALOP nas bibliotecas, arquivos, museus e outras actividades culturais (sector 91) na Grande Lisboa.
25
5.5 RELAÇÃO CONTRATUAL
A grande maioria dos activos do sector criativo é trabalhadora por conta de outrem (cerca de 90%), enquanto os restantes são empregadores. Trata-se de um panorama estatístico que não adere completamente à realidade, devido à existência de um número elevado de criativos sem vínculo nem relação laboral estável. Com efeito, os Quadros de Pessoal registam apenas o emprego ao nível das empresas e ignoram os profissionais em regime liberal, que serão certamente em número elevado no sector criativo, atendendo ao modelo de negócio muito baseado na lógica do projecto, em que as equipas vão mudando em conformidade com os objectivos e características do bem ou serviço cultural. Por outro lado, algumas actividades são de muito pequena dimensão e assentam especialmente na dinâmica empreendedora dos criativos, facto particularmente nas actividades de arquitectura, engenharia e técnicas afins (sector 74) e no teatro, música, dança e outras actividades artísticas e literárias (sector 90).
Há indícios de um maior nível de instabilidade nesta actividade, conforme se pode observar pela elevada proporção de trabalhadores com contrato a termo, que atinge cerca de 30% dos trabalhadores do sector criativo (Fig. 8), com especial incidência nos serviços criativos (cerca de 35% com contrato a termo), precisamente os que registam um nível de qualificação superior e menor média de idades dos activos do sector criativo.
A forte mobilidade dos trabalhadores é outro elemento revelador das características específicas do mercado de trabalho do sector criativo. Com efeito, cerca de 40% dos trabalhadores têm menos de 3 anos de antiguidade na empresa e apenas cerca de ¼ tem mais de 10 anos de antiguidade (Fig. 9). A antiguidade de cerca de 50% trabalhadores na empresa é inferior a 3 anos no segmento dos serviços criativos, precisamente o mais qualificado do sector criativo.
26
TOTAL SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
70%
28%
71% 61% 56% 60%
29% 28% 37% 42% 37%
1% 2% 3% 2% 3% 10% 27% 1% 17% 1% 18%
90% 72% 82% 82% 0%
20%
40%
Sem termo
2%
60%
80%
A termo
100%
Não enquadrável
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig. 8. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, por tipo de contrato e por segmento, 2009
TOTAL SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
24%
19%
16%
22%
18%
30% 18% 22% 17% 13% 29% 17% 15% 22% 16% 11% 16% 19% 28% 26% 14% 16% 16% 27% 28% 19% 19% 16% 26% 21% 52% 21% 9% 9% 9% 15% 20% 22% 24% 19% 27% 22% 18% 20% 13% 37% 22% 15% 17% 10% 0%
20%
Menos de 1 ano
40% 1a2
60% 3a5
80% 6 a 10
100% Mais de 10
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Fig.9. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, por antiguidade e por segmento, 2009
A análise geográfica da relação laboral permite ainda concluir que o peso dos empregadores é superior em todas às NUTS-3 à da Grande Lisboa (em média 15% contra 9% dos activos do sector), o que reflecte a relevância das grandes empresas do 27
sector criativo em Lisboa no mercado de trabalho, designadamente no audiovisual. Provavelmente um reflexo da maior cultura reivindicativa e do perfil de especialização do sector criativo na Península de Setúbal, os trabalhadores com contrato a termo atingem um número extremamente elevado de 38% do total deste sector, bem como os trabalhadores com menos de 3 anos de antiguidade representam quase metade do total dos activos. As actividades de edição e audiovisuais (à excepção da rádio e televisão) registam um nível extremamente elevado de trabalho precário em todas as NUTS-3, exceptuando a Grande Lisboa. Embora se tratem de actividades com uma expressão reduzida no sector criativo da região, devido à forte concentração na Grande Lisboa, não deixa de ser um indício da dificuldade de sobrevivência das empresas criativas fora da área metropolitana.
28
6. GEOGRAFIAS DO SECTOR CRIATIVO NA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO
A geografia do sector criativo na região de Lisboa e Vale do Tejo ilustra uma fortíssima concentração do emprego na Grande Lisboa, onde se destaca o município de Lisboa, com cerca de 47% do emprego total regional do sector em 2009 (e cerca de 27% do emprego nacional!). O concelho de Oeiras destaca-se claramente entre os municípios da região com uma proporção de cerca de 15% do emprego regional no sector criativo, seguindo-se-lhe o município de Sintra (7%) e só depois Loures, Amadora e Cascais (todos com um peso de cerca de 4%).
Fig.10. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, 2009
29
Nas outras NUTS-3 não há nenhum município que se aproxime em termos de concentração do emprego dos concelhos da Grande Lisboa mencionados no parágrafo anterior. Ainda assim, as concentrações mais relevantes na Península de Setúbal ocorrem em Almada (1,9%), Seixal (1,2%) e Setúbal (1,1%), de alguma forma ilustrando a dimensão urbana e as procuras locais para actividades culturais e criativas. Nas restantes NUTS-3 da região de Lisboa e Vale do Tejo, a lógica da importância da estrutura urbana parece prevalecer, onde pontuam Torres Vedras, Alenquer, Alcobaça, Caldas da Rainha e Óbidos no Oeste, Benavente e Santarém na Lezíria do Tejo e Ourém, Tomar e Torres Novas no Médio Tejo (sem excepção, todos com menos de 1% do emprego regional no sector criativo).
Este padrão geográfico mantém-se, grosso modo, na distribuição espacial do emprego por segmento do sector criativo (Fig. 11, 12 e 13). Todavia, as diferenças sensíveis que merecem um registo são as seguintes: •
Lisboa, Cascais, Óbidos, Alcobaça, Tomar e Torres Novas apresentam, em termos relativos, uma concentração de emprego mais elevada nas actividades culturais, reflectindo essencialmente a procura turística;
•
Barreiro e Palmela também se destacam nos serviços criativos, decorrente da especialização económica no contexto da área metropolitana de Lisboa;
•
Benavente e Santarém concentram mais emprego, em termos relativos, no segmento das indústrias culturais, por beneficiarem de lógicas de desconcentração e de expansão deste tipo de actividades que requerem grande proximidade ao mercado de Lisboa.
Em síntese, a distribuição geográfica do emprego no sector criativo encontra-se fortemente associada às principais concentrações urbanas, onde os profissionais da economia criativa podem explorar o potencial da diversidade económica, de ambientes sociais diversos e tolerantes e de actividades culturais e de lazer especializadas, cosmopolitas e boémias.
30
Fig.11. Trabalhadores das IndĂşstrias Culturais (sectores 18, 58, 59 e 60) na RLVT, 2009
Fig.12. Trabalhadores dos Serviços Criativos (sectores 71, 73 e 74) na RLVT, 2009
31
Fig.13. Trabalhadores das Actividades Culturais (sectores 90 e 91) na RLVT, 2009
Fig.14. Trabalhadores do Sector Criativo com Habilitações ao nível do Ensino Superior na RLVT, 2009
32
A associação da cidade à economia criativa expressa-se claramente na distribuição dos criativos com níveis de qualificação mais elevada na região de Lisboa e Vale do Tejo, emergindo o corredor emblemático Lisboa-Cascais (Fig. 14), onde para além das vantagens competitivas acresce a valia das amenidades ambientais e culturais, essenciais para atrair e fixar os criativos.
Fig.15. Dinâmica do Emprego do Sector Criativo RLVT, 2007-09
Conforme salientámos, a crise pós-2007 não teve um efeito negativo neste sector da economia. Com efeito, à excepção de 4 municípios, o sector criativo observou um forte crescimento na região de Lisboa e vale do Tejo (Fig. 15), particularmente em municípios mais periféricos e onde o sector ainda regista boas oportunidades de desenvolvimento, em sintonia com o aumento da procura local por bens culturais e de lazer e do desenvolvimento do potencial turístico.
33
A concentração do emprego por segmento do sector criativo a nível concelhio (Fig. 16 a 24) mostra que o município de Lisboa nos segmentos da Arquitectura e Engenharia, Publicidade e actividades de Edição, regista 47,5% do total de trabalhadores no município. A superioridade de Lisboa falha nas actividades de Impressão e Reprodução, com o município de Sintra a registar 18% do emprego, face aos 17% de Lisboa. É igualmente neste segmento que se verifica maior equidade na distribuição do emprego pela RLVT, sendo que a Grande Lisboa regista os valores mais elevados. Os concelhos periféricos de Lisboa revelam emprego elevado nos segmentos da Arquitectura e Engenharia e na Impressão e Reprodução. Nas actividades de Rádio e Televisão, são os municípios de Lisboa e Oeiras que dominam o emprego existente com respectivamente 67% e 27% do total. Já as actividades ligadas a bibliotecas, arquivos, museus entre outras, em Lisboa encontram 85,5% do emprego e Óbidos com o segundo registo detém 4,5%.
Fig.16. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Impressão e Reprodução, 2009
34
Fig.17. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Edição, 2009
Fig.18. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades Cinematográficas, de vídeo, gravação de Som e edição de Música 2009
35
Fig.19. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Rádio e Televisão, 2009
Fig.20. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Arquitectura e Engenharia, ensaios e análises técnicas, 2009
36
Fig.21. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Publicidade, estudos de mercado e sondagens, 2009
Fig.22. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Consultadoria, cientĂficas e tĂŠcnicas, 2009
37
Fig.23. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Teatro, Música, Dança e outras artísticas, 2009
Fig.24. Trabalhadores do Sector Criativo nas actividades de Bibliotecas, Arquivos, Museus e outras culturais, 2009
38
Relativamente à nacionalidade dos trabalhadores (Fig.25 a 30), existem 16 municípios que não têm trabalhadores estrangeiros (Vila Nova da Barquinha não têm actividades económicas no sector criativo). Na RLVT são os municípios de Lisboa, Oeiras e Sintra que registam a maior quantidade de emprego quer para trabalhadores Portugueses (47,4%, 15,5% e 7,2%) e trabalhadores Estrangeiros (44,7%, 11,9% e 11,8% respectivamente). Dentro das nacionalidades estrangeiras, importa realçar que o município de Lisboa apresenta 50,1% de emprego para trabalhadores dos PALOP e 38,5% do Brasil, seguindo-se o município de Sintra com 13,4% e 16,9% respectivamente. À escala concelhia verifica-se que 3% dos trabalhadores do sector criativo em Lisboa são de nacionalidade estrangeira (25% dos PALOP, 31% do Brasil e o restante de outras nacionalidades). Este valor é baixo comparado com os 21% de trabalhadores estrangeiros em Alcochete, 9% em Sesimbra e os 6% que registam Alenquer, Setúbal, Seixal e Sintra. Os trabalhadores dos PALOP têm maior expressão em Tomar (74% dos trabalhadores estrangeiros) e em Torres Novas e Moita (50% face aos estrangeiros). Já os trabalhadores de nacionalidade brasileira são a totalidade do emprego estrangeiro nos municípios de Abrantes, Benavente e Nazaré, 73% em Alenquer e 64% no Montijo. Há que referir, no entanto, que em alguns casos o número absoluto de activos estrangeiros é muito reduzido, pelo que a leitura da concentração de trabalhadores criativos de determinada nacionalidade deve ser relativizada.
39
Fig.25. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, de nacionalidade Portuguesa, 2009
Fig.26. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, de nacionalidade Estrangeira, 2009
40
Fig.27. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, do Brasil, 2009
Fig.28. Trabalhadores do Sector Criativo na RLVT, dos PALOP, 2009
41
Fig.29. Trabalhadores Portugueses do Sector Criativo na RLVT, por NUT-2 e por segmento, 2009
Fig.30. Trabalhadores Estrangeiros do Sector Criativo na RLVT, por NUT-2 e por segmento, 2009
42
No geral não existe uma uniformização na distribuição de trabalhadores e suas nacionalidades por segmentos de actividade nas NUT-2 (Quadros 8 e 9). Não só existe uma diferença na percentagem de trabalhadores por segmento nas regiões da RLVT, como se verificam, por exemplo, segmentos onde apenas os portugueses têm emprego. Apenas a Grande Lisboa apresenta trabalhadores estrangeiros em todas as 9 actividades do sector criativo, contrastando com os 4 segmentos da Lezíria do Tejo.
Quadro 8. Percentagem de trabalhadores portugueses, por segmento face ao total na NUT-2, 2009
Oeste Médio Tejo Grande Lisboa Península de Setúbal Lezíria do Tejo
18
58
59
60
71
73
74
90
91
35%
10%
3%
3%
30%
6%
9%
2%
3%
27%
8%
1%
2%
31%
5%
12%
11%
3%
15%
16%
6%
7%
28%
16%
7%
3%
2%
21%
8%
6%
2%
39%
11%
11%
3%
0%
53%
7%
2%
5%
18%
4%
9%
2%
0%
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
Quadro 9. Percentagem de trabalhadores estrangeiros, por segmento face ao total na NUT-2, 2009 18 Oeste Médio Tejo Grande Lisboa Península de Setúbal Lezíria do Tejo
58
59
60
71
73
74
90
91
17%
4%
0%
0%
17%
35%
4%
20%
2%
0%
7%
0%
0%
60%
20%
7%
7%
0%
18%
8%
6%
3%
24%
22%
7%
10%
3%
8%
7%
4%
0%
42%
27%
7%
4%
0%
29%
29%
0%
0%
29%
0%
14%
0%
0%
Fonte: Quadros de Pessoal, MSSS
43
REFERÊNCIAS
André, Isabel; Vale, Mário (2010), WP 1- Conceitos e Perspectivas sobre a Criatividade Urbana, Estudo “A Criatividade Urbana na Região de Lisboa”, elaborado para a CCDRLVT, Lisboa. Augusto Mateus & Associados (2010), O Sector Cultural e Criativo em Portugal, Estudo para o Ministério da Cultura (Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais), Lisboa, disponível em http://www.gpeari.pt/ Comissão Europeia (2010), Realizar o potencial das indústrias culturais e criativas, Comissão Europeia, Bruxelas, disponível em: http://ec.europa.eu/culture/documents/greenpaper_creative_industries_pt.pdf KEA European Affairs (2006), The Economy of Culture in Europe, Study prepared for the European Commission (Directorate-General for Education and Culture), disponívelemhttp://ec.europa.eu/culture/key-documents/doc873_en.htm Florida, Richard (2002), The Rise of the Creative Class and How it’s Transforming Work, Leisure, Community and Everyday Life, Basic Books, New York. Méndez, Ricardo, etal.(s/d), “Industrias culturales y economíacreativa: lógicas espaciales y desarrollo urbano enEspaña”, polic. UNCTAD (2008), CreativeEconomy – Report 2008, Nações Unidas, disponível em http://www.unctad.org/Templates/WebFlyer.asp?intItemID=5109&lang=1 UNCTAD (2010), CreativeEconomy – Report 2010, Nações Unidas, disponível em http://www.unctad.org/Templates/WebFlyer.asp?intItemID=5763&lang=1
44
ANEXO
45
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por género e por segmento, 2009
OESTE - [GÉNERO] TOTAL
MÉDIO TEJO - [GÉNERO]
59%
TOTAL
41%
SECTORES CRIATIVOS
63%
37%
SECTORES CRIATIVOS
91
52%
90
48%
40%
74
60%
50%
91
53%
47%
90
53%
47%
74
50%
73
63%
37%
73
71
65%
35%
71
60
50%
50%
60
59
51%
49%
59
58
56%
18 20%
Masculino
60%
80%
100%
31%
65%
35%
50%
50%
42%
58% 69%
0%
Feminino
20%
31%
40%
Masculino
GRANDE LISBOA - [GÉNERO] TOTAL
35%
69%
18
39% 40%
43%
65%
58
44%
61% 0%
57%
60%
80%
100%
Feminino
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [GÉNERO]
58%
TOTAL
42%
SECTORES CRIATIVOS
64%
36%
SECTORES CRIATIVOS
91
45%
91
55%
90
50%
50%
90
74
52%
48%
74
73
48%
59
59%
58
50%
26%
60
74%
26%
41%
59
20%
40%
Masculino
80%
100%
64%
36%
SECTORES CRIATIVOS 91
67%
90
33%
53%
74
47%
35%
65%
73
61%
71
39%
73%
60
27%
50%
59
50%
47%
58
53%
56%
18
44% 70%
0%
20% Masculino
40%
30% 60%
20% Masculino
LEZÍRIA DO TEJO - [GÉNERO] TOTAL
54% 65%
0%
Feminino
49%
46%
18
32% 60%
51%
58
68% 0%
43%
43% 50%
18
57% 74%
33%
57%
47%
71
67%
60
42%
53%
73
52%
71
100% 58%
80%
100%
Feminino
46
35% 40%
60% Feminino
80%
100%
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por idade e por segmento, 2009
OESTE - [IDADE] TOTAL
8%
18%
91
10%
19%
90
7%
MÉDIO TEJO - [IDADE]
40%
11%
13%
15%
91
16%
16%
14%
90
14%
20%
16%
74
12%
14%
35%
20%
13% 6%
14%
7%
18
8%
17%
43%
22%
42%
17% 17%
26%
31%
0%
< 21
39% 40%
21 - 25
26 - 30
10% 10%
6%
58
10%
80%
31 - 40
71
18 100%
41 - 50
6%
16%
15%
17%
30%
13%
37%
14%
17%
21%
40%
21 - 25
20% 23%
31%
21%
60%
26 - 30
2%
11%
39%
40%
< 21
9%
18%
38%
20%
13%
15%
54% 30%
0%
22%
31 - 40
80%
100%
41 - 50
> 50
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [IDADE]
39%
23%
TOTAL
15%
SECTORES CRIATIVOS
7%
17%
39%
19%
17%
SECTORES CRIATIVOS
91
5% 14%
90
5% 11%
74
7%
73
36%
28%
20%
9%
42%
20%
5%
20%
41%
17%
38%
21% 31%
17%
15%
39%
21%
44%
6% 11% 0%
25%
35% 20%
< 21
21 - 25
26%
40%
91
18%
90
6% 11%
12%
74
7%
9%
73
19%
71
18%
60
13%
59
12%
58
80%
31 - 40
18
20%
60%
26 - 30
17%
20%
36%
59 3% 7% 58 4%
26%
38%
60 3% 11%
100%
41 - 50
8%
14%
40%
> 50
20%
16%
33%
33%
0%
90
13%
74
10%
17%
43%
73
14%
14%
44%
71
6%
60
9%
20%
15%
59 14%
21 - 25
40%
26 - 30
24%
31 - 40
11% 12%
16% 60%
12% 17% 24%
41% 34%
38%
20%
< 21
16% 13%
6%
18%
7% 12% 0%
11%
37%
41%
58
20% 16%
50%
17%
33%
47%
15% 19%
80%
41 - 50
100%
> 50
47
45% 26%
10% 6%
21%
39% 32%
13% 6%
13%
20%
19% 34%
31% 41%
36% 20%
21 - 25
13% 21%
26%
40%
26 - 30
10% 13%
17% 25%
18%
5% 10%
18% 13%
39%
19%
8%
19% 43%
14%
< 21
SECTORES CRIATIVOS 91
100%
0%
LEZÍRIA DO TEJO - [IDADE] TOTAL
18
14%
10%
37%
26%
10%
> 50
25% 43%
19%
59
18%
60%
7%
8%
13% 22%
73
GRANDE LISBOA - [IDADE]
18
18%
22%
26%
60 4% 9%
4%
19%
38%
20%
12%
29%
19%
12%
6%
19%
46%
11%
58
14%
39%
20%
60 4% 59
42%
16%
8%
73
71
37%
13%
SECTORES CRIATIVOS
74
TOTAL
20%
20%
SECTORES CRIATIVOS
71
TOTAL
60%
31 - 40
10% 14%
22% 80%
41 - 50
100%
> 50
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por habilitações e por segmento, 2009
OESTE - [HABILITAÇÕES] TOTAL
37%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
40%
43%
40% 19% 33% 16% 42% 17% 17% 41% 30% 8%
37%
21%
36%
35% 25% 13%
48% 57% 46% 62%
20%
40%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
TOTAL
26%
19% 60% 39%
21% 28%
0%
MÉDIO TEJO - [HABILITAÇÕES]
36%
60%
80%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
26%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
31%
0%
20%
40%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
58% 47% 54% 39% 27% 49% 27% 9%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
80%
33%
100% 40% 40% 42% 44% 30% 76% 38%
33% 34% 33% 21% 41% 12% 25% 67% 0%
20%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
40%
60%
30% 51% 43%
40% 25% 36% 74% 60%
34%
20%
40%
4% 10% 33% 35%
60% 60%
80%
5% 100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
100%
12% 7% 100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
48
38%
26%
100% 45%
23%
35%
44% 48% 37%
49% 39% 32%
36% 48% 47% 63%
20%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
27% 26% 25% 35% 28%
80%
31% 20% 29% 27%
0%
19%
37% 26%
35%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
Secundário e Secundário Superior Ignorada
48%
31% 65%
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [HABILITAÇÕES]
LEZÍRIA DO TEJO - [HABILITAÇÕES] TOTAL
34%
29% 23% 20% 22% 30% 34%
TOTAL
34% 30%
60%
29%
19%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
42%
37% 29% 26% 38% 15% 26% 23% 29% 20% 26% 16% 45% 26% 47% 15% 36% 64%
37%
34% 16%
0%
GRANDE LISBOA - [HABILITAÇÕES] TOTAL
33%
40%
60%
21% 36% 15% 12% 21% 29% 8% 80%
100%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por situação profissional e por segmento, 2009
OESTE - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL] TOTAL
14%
MÉDIO TEJO - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL]
83%
83%
16%
3% Total
SECTORES CRIATIVOS 91
96%
90 74
72%
24%
71
SECTORES CRIATIVOS 91
72%
28%
73
15%
83%
59
77%
10%
18% 89%
0%
20%
Empregador
40%
60%
80%
Trabalhador por conta de outrem
9%
85% 20%
Empregador
40%
60%
Trabalhador por conta de outrem
80%
100%
Não enquadrável
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL] Total
90%
16%
82%
2%
SECTORES CRIATIVOS
91
91
98%
90
14%
74
20% 9%
89%
73
71
10%
89%
71
100%
59
11%
88%
58 4%
94%
7%
92%
0%
20%
Empregador
40%
60%
80%
Trabalhador por conta de outrem
100%
Não enquadrável
14%
83%
SECTORES CRIATIVOS 91
67%
90
33%
53%
74
47%
29%
73
25%
71
23%
67% 68%
12%
88%
58
14%
84%
8%
Empregador
9%
96%
59
0%
3%
75%
60 4%
3%
92% 20%
40%
60%
Trabalhador por conta de outrem
80%
23%
60
9%
59
13%
58
14%
18
14%
100%
Não enquadrável
49
3%
74% 74%
14%
Empregador
2%
77%
25%
0%
LEZÍRIA DO TEJO - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL] Total
20%
74
78%
60
100%
90
84%
73
18
93%
15% 0%
100%
Não enquadrável
SECTORES CRIATIVOS
18
100% 7%
18
GRANDE LISBOA - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL] Total
100%
58 1%
3%
81%
16%
71
77%
7%
60%
33%
60
23%
58 5%
73%
28%
73
2%
96%
59
93%
74
3%
75%
25% 7%
90
1%
73%
60 4%
18
4%
28%
3%
84%
1%
91% 87% 82%
5%
85% 20%
40%
60%
Trabalhador por conta de outrem
80%
100%
Não enquadrável
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por tipo de contrato e por segmento, 2009
OESTE - [TIPO DE CONTRATO] TOTAL
MÉDIO TEJO - [TIPO DE CONTRATO]
72%
26%
TOTAL
2%
SECTORES CRIATIVOS
67%
30%
3%
29%
4%
SECTORES CRIATIVOS
91
91
58%
90
71%
74
26%
67%
73
28%
77%
71
19%
70%
60
28%
76%
59
13%
59%
58
90
5%
74
3%
73
2%
71
18
40%
Sem termo
60%
A termo
100%
9% 28%
78% 60%
43%
57% 83%
Não enquadrável
6% 22%
40%
0%
20%
40%
Sem termo
GRANDE LISBOA - [TIPO DE CONTRATO] TOTAL
13%
91%
18
80%
2%
43% 66%
58 19%
37%
45%
59
37% 80%
20%
61%
60
11%
41%
62%
0%
3%
16% 60%
A termo
80%
100%
Não enquadrável
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [TIPO DE CONTRATO]
70%
28%
TOTAL
2%
60%
38%
2%
SECTORES CRIATIVOS
SECTORES CRIATIVOS 91
91
26%
90
71%
74
27%
62%
73
36%
56%
71
42%
60%
37%
60
91%
59
2%
90
2%
74
46%
2%
73
45%
3%
71
83%
16%
58
18
81%
18%
18
0%
20%
40%
Sem termo
60%
A termo
80%
Não enquadrável
80%
19%
SECTORES CRIATIVOS 91
100%
90
57%
74
43%
68%
73
23%
59%
71
69%
60
27%
64%
59
47%
58
48%
18
34% 47%
20%
51%
Sem termo
40% A termo
4% 2% 7% 2%
92% 0%
8%
41%
8% 60%
80%
100%
Não enquadrável
50
2%
40% 84%
13% 3%
77% 20%
2% 19%
60%
Sem termo
2%
4%
46% 79%
0%
100%
LEZÍRIA DO TEJO - [TIPO DE CONTRATO] TOTAL
50%
52%
59
25%
58
28% 53%
60
9%
74%
72%
40% A termo
23% 60%
80%
100%
Não enquadrável
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por antiguidade e por segmento, 2009
OESTE - [ANTIGUIDADE] TOTAL
17%
23%
MÉDIO TEJO - [ANTIGUIDADE]
18%
23%
TOTAL
20%
SECTORES CRIATIVOS 91
40% 33%
22%
73
26% 21%
60
23%
59
23%
20%
13%
27%
7% 0%
34%
15%
23%
10%
73
22%
19%
60%
18
Mais de 10
18%
22%
16%
23% 30%
18%
40%
20%
Menos de 1 ano
8%
43%
10% 13%
8% 12%
28% 40%
23%
13%
9%
13%
35%
34% 8%
16% 19%
21% 24%
0%
GRANDE LISBOA - [ANTIGUIDADE] TOTAL
22%
58
100%
6 a 10
21%
59
12%
80%
3a5
16%
11%
60 4%4% 13%
11%
21%
28% 19%
46%
71
34%
40% 1a2
74
21%
30%
20%
7%
18%
17% 23%
Menos de 1 ano
38%
20%
20%
29%
29%
14%
13% 6%
90
15%
28%
15%
91
12% 5%
31%
15%
10%
36%
58
12%
33%
71
10%
17%
19%
20% 40%
60%
1a2
7%
45% 80%
3a5
100%
6 a 10
Mais de 10
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [ANTIGUIDADE]
19%
TOTAL
25%
23%
26%
16%
18%
16%
SECTORES CRIATIVOS
SECTORES CRIATIVOS 91
13%
90
15%
15%
25%
73
27%
71 59
9%
33%
90
16% 16%
16% 19%
17%
14%
73
20%
1a2
18
36%
3a5
6 a 10
12%
17%
16%
Mais de 10
23%
33%
90
13%
31%
74
67% 33%
24%
73
20%
25%
31%
71
17%
60
20%
59
25% 27% 20%
29%
18
11% 0%
15%
16%
Menos de 1 ano
7%
24%
8%
19%
19%
13%
21%
33%
1a2
18% 22%
25% 40%
11%
25%
29% 12%
20%
14% 11%
41%
58
27%
20%
6% 6% 16%
45% 60% 3a5
80% 6 a 10
19% 20%
100% Mais de 10
51
16%
14% 40%
15%
12% 22%
21%
3a5
10%
26% 20%
60%
7% 10%
18%
22% 26%
1a2
15%
36%
29% 19%
Menos de 1 ano
SECTORES CRIATIVOS 91
11% 0%
100%
LEZÍRIA DO TEJO - [ANTIGUIDADE] TOTAL
22%
6%
17% 15%
14%
29% 25%
12%
15% 14%
22%
26% 8%
50% 14%
36%
39%
58
80%
0% 28%
28%
59
16% 28%
60%
50% 26%
71 60
21%
40%
Menos de 1 ano
74
20%
22%
15%
20%
12%
53% 22%
20% 17%
16%
21% 24%
12% 10%
91
17% 19%
25%
9%
0%
33%
27%
19%
58
14%
19%
28%
20% 9%
20%
21%
74
18
18%
6% 4%
40%
40%
74
60
19%
SECTORES CRIATIVOS 10%
90
18
21%
36% 80% 6 a 10
100% Mais de 10
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por nacionalidade e por segmento, 2009
OESTE - [NACIONALIDADE] Total
MÉDIO TEJO - [NACIONALIDADE] Total
98%
99%
SECTORES CRIATIVOS
SECTORES CRIATIVOS 91
98%
90
79%
21%
74
100%
90
99%
74
99%
73
91
87%
99%
73
13%
71
99%
71
97%
60
100%
60
100%
59
100%
59
100%
58
99%
58
99%
18
99%
18
100%
0%
20% Portugal
40%
60%
80%
0%
100%
Estrangeiro
20% Portugal
GRANDE LISBOA- [NACIONALIDADE] Total
5%
95%
40%
3%
60%
80%
100%
Estrangeiro
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [NACIONALIDADE] Total
4%
96%
SECTORES CRIATIVOS
5%
95%
SECTORES CRIATIVOS
91
93%
90
89%
7%
91
11%
90
74
97%
3%
74
73
95%
5%
73
71
97%
3%
71
60
99%
59
96%
58
98%
18
4%
20% Portugal
40%
80%
100%
99%
SECTORES CRIATIVOS 91
100%
90
100%
74
99%
73
100%
71
99%
60
100%
59
100%
58
97%
18
100% 0%
20% Portugal
40%
100%
59
96%
4%
58
96%
4%
98% 20% Portugal
LEZÍRIA DO TEJO - [NACIONALIDADE] Total
3% 60%
80%
100%
Estrangeiro
52
5%
95%
0%
Estrangeiro
3% 11%
89%
18
4% 60%
6%
97%
60
96% 0%
100% 94%
40% Estrangeiro
60%
80%
100%
Trabalhadores do Sector Criativo por NUTS-2, por nacionalidade estrangeira e por segmento, 2009
OESTE - [NAC_ESTRANGEIRA] Total
20%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
4%
MÉDIO TEJO - [NAC_ESTRANGEIRA]
43%
Total
33%
100% 78%
38%
22% 50% 38% 25%
13%
50% 38%
50% 13% 6% 38%
44%
50% 50% 0%
20%
40%
União Europeia
60%
Palop
80%
Brasil
Outros
Total
20%
23%
72% 11%
43% 28%
15%
12% 18% 21% 27% 28% 19% 17% 26% 29% 20% 9% 25% 0%
20%
União Europeia
40%
Palop
14%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
29%
80%
Brasil
14%
Outros
50%
100% 100% 20%
União Europeia
40%
Palop
60%
80%
Brasil
38% 17%
40%
11%
60%
Palop
11%
80%
100%
Brasil
Outros
100%
Outros
53
53%
20%
22%
43% 38%
43% 46% 67%
8%
47%
29%
13% 67%
33%
União Europeia
100%
0%
67% 44%
10%
14% 15% 19% 6% 13% 11%
0%
100%
43%
50%
20%
15%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
LEZÍRIA DO TEJO - [NAC_ESTRANGEIRA] Total
20%
100%
Total
11% 4% 31% 25% 11% 24% 9% 16% 26% 26%
15% 32% 58% 28%
60%
33% 33%
União Europeia
21%
45% 42% 24%
40%
20%
PENÍNSULA DE SETÚBAL - [NAC_ESTRANGEIRA]
36%
13%
33%
100% 100%
0%
100%
GRANDE LISBOA - [NAC_ESTRANGEIRA]
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
27%
SECTORES CRIATIVOS 91 90 74 73 71 60 59 58 18
38%
13% 17% 7%
60% 40%
Palop
60%
80%
Brasil
100%
Outros
Trabalhadores do Sector Criativo no município de Lisboa, por segmento, 2009 LISBOA - [GÉNERO] TOTAL
LISBOA - [IDADE] TOTAL
46%
54%
SECTORES CRIATIVOS
15%
24%
39%
16%
5%
SECTORES CRIATIVOS
91
55%
45%
91
90
51%
49%
74
50%
50%
73
56%
44%
71
37%
63%
60
45%
55%
58 18
38%
62% 0%
20%
40%
60%
Masculino
80%
100%
< 21
LISBOA - [HABILITAÇÕES] TOTAL
20%
23%
34%
32%
16%
20%
38%
12%
26%
42%
20%
Feminino
19%
21%
39%
22%
25%
39%
0%
40%
21 - 25
8%
21%
42%
18 3% 10%
10%
19%
42%
59 3% 7% 16% 58 4% 15%
53%
47%
20%
30%
36%
71 4% 17% 60 2% 9%
43%
57%
59
18%
26%
35%
5% 13% 90 4% 10% 74 7% 21% 73 20% 7%
60%
26 - 30
80%
31 - 40
100%
41 - 50
> 50
LISBOA - [SITUAÇÃO PROFISSIONAL]
32%
TOTAL
48%
SECTORES CRIATIVOS
8%
90%
1%
SECTORES CRIATIVOS
91
38%
90
29%
24%
74
12%
73
60% 34% 43%
15%
18
50% 0%
35%
20%
40%
60%
Até ao Básico Ensino Superior (Bach, Lic, Mest, Dout)
19%
73
7%
71
11%
89%
13% 58 4% 18 9%
15% 80%
100%
1%
86% 94%
2%
91%
0%
Secundário e Secundário Superior Ignorada
2% 2%
100%
20%
Empregador
40%
60%
80%
Trabalhador por conta de outrem
LISBOA - [TIPO DE CONTRATO] TOTAL
79% 91%
59
49%
1%
87%
60
29%
36%
12%
74
46%
28%
58
99%
90
52%
25%
20%
59
7%
64% 28%
14%
60
91
30%
23%
20%
71
32%
39%
100%
Não enquadrável
LISBOA - [ANTIGUIDADE] TOTAL
2%
28%
71%
18%
21%
16%
18%
27%
SECTORES CRIATIVOS
SECTORES CRIATIVOS 91
91
13%
15%
2%
90
12%
16%
27%
90
22%
76%
74
58%
71
60%
39%
20% Sem termo
26%
2%
71
21%
60
6% 8% 8%
59
40%
18
60%
A termo
80%
7%
Menos de 1 ano
Não enquadrável
11% 16%
18%
21%
64% 20%
19%
18%
13% 20%
LISBOA- [NACIONALIDADE] Total
13%
16% 16%
16%
23% 18%
0%
100%
19% 16%
25%
12%
33% 42%
14%
16%
58
13%
87% 0%
29%
26%
15%
84%
18
25%
73
24%
75%
58
74
6%
94%
59
1%
38%
60
19% 16%
3%
35%
64%
73
20% 13%
21%
31%
20%
47%
40%
60%
1a2
80%
3a5
100%
6 a 10
Mais de 10
LISBOA - [NAC_ESTRANGEIRA] Total
3%
97%
SECTORES CRIATIVOS
19%
31%
25%
25%
SECTORES CRIATIVOS
91 90
91
7%
93%
74
97%
3%
74
73
96%
4%
73
71
97%
3%
71
60
98%
59
97%
58
98%
18
98% 0%
20% Portugal
40%
30%
60%
80%
100%
31% 0%
Estrangeiro
20%
União Europeia
54
10% 21%
23%
28%
3%
50%
18%
15%
30%
20%
24%
24% 48%
32%
13%
19%
34%
38%
17% 6%
32%
11% 54%
25% 28%
58 18
16%
31% 12%
59
2%
11%
46%
60 3%
13% 2%
77%
8%
90
13%
87%
40% Palop
60%
80% Brasil
100% Outros
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo
55