Team G – A Ribeira ontem e hoje

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A RIBEIRA ONTEM E HOJE Uma reinterpretação do olhar de Teófilo Rego

Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto Comunicação, Fotografia e Multimedia Grupo : Team G


A Ribeira , junto ao Rio Douro, é um dos locais mais simbólicos da cidade do Porto. Sua importância histórica é tão significante que é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO. No passado, devido à presença de um porto de rio, havia uma grande atividade econômica que funcionava de base ao crescimento da cidade. Com o passar dos anos o perfil econômico da área transformou-se. Passou de uma zona de intenso comércio de trocas de nível local para bares, restaurantes e outras atividades destinadas ao turismo. Se antes era um recinto do cotidiano dos residentes, hoje nota-se a procura nomeadamente pelos turistas. Diante dessas intensas modificações que o tempo acarretou, pensamos em entender as mudanças através da comparação entre fotografias, e assim compreender a dinâmica sócio-espacial de apropriação dos atuais usos e então pensar as diferentes e simultâneas realidades que a fotografia pode comportar. Escolhemos como registro do passado as imagens do fotógrafo Teófilo Rego, amante do Porto. Suas fotografias tiradas entre a década de 40 e 80 captam a independência singular deste sítio numa época em que os portucalenses faziam de fato deste espaço um lugar de trocas e vivencias pelo e para os que ali viviam. A narrativa tem como intenção fazer uma reinterpretação do passado em comparação com o presente por meio do olhar fotográfico de pessoas não residente, estimulado pela memória fotográfica de Teófilo. Com isso a lembrança, através de outra perspectiva, acaba por estimular a imaginação daqueles que não tem vinculação direta à história com o que lá foi fotografado. E assim, de forma crítica, tentar chegar a uma percepção de como este espaço ainda faz parte da vivencia dos portucalenses, como foi registrado, ou se, tornou-se um lugar transformado ou produzido meramente para o turismo através dos atuais usos. Boris Kossoy, freqüentemente relata a relação entre fotografia e memória: “Quando apreciamos determinadas fotografias nos vemos, quase sem perceber, mergulhando no seu conteúdo e imaginando a trama dos fatos e as circunstancias que envolveram o assunto ou a própria representação (o documento fotográfico) no contexto em que foi produzido: trata-se de um exercício mental de reconstituição quase que intuitivo”. A narrativa não se trata de uma reconstituição, mas sim de um estimulo da percepção da passagem do tempo através dos trípticos que são constituídos por uma imagem inicial de Teófilo Rego e as subseqüentes produzidas por nós. O diálogo com Teófilo se traduz na tentativa de reprodução do mesmo olhar. A reprodução em preto e branco é o primeiro contraponto de dialogo e as imagens em colorido, foram estimuladas em Photoshop para que as cores não seja tão intenso com isso o tom claro do cinza vai de encontro às cores. E são através destas que temos a expressão do nosso tempo, possíveis de captar graças à evolução tecnológica, a possibilidade do registro da realidade através da cor.










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