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Boletim Informativo do Colégio Evangélico Alberto Torres - CEAT - IMPRESSO
Nº 6 7 | AGOSTO/2021 | ISSN 2595-3796 2595-3486
CEAT completa 130 anos com reverência ao passado, excelência educacional e valorização da vida Página 12
Leitura de histórias bíblicas envolve alunos e famílias Página 10
Círculos de Construção da Paz: Formação visa habilitar os colaboradores como facilitadores Página 16
Programação especial marca a 5ª Semana da Língua Alemã Página 20
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Lulu Lima:
Berçário A: "O fabuloso livro dos dedinhos" Berçários B, C e D e Níveis 2 e 3: "Quem abre o bocão versão legumes"
Jonas Ribeiro:
Níveis 4 e 5 e 1ª série: "O carrinho movido a carinho" 2ª e 3ª séries: "A assustadora bola fria e a gata que ninguém via" 4ª série: "Amigos do folclore brasileiro"
Anna Claudia Ramos:
5 a 7 séries: "O escuro que mora dentro do escuro"
Fabrício Carpinejar:
8ª ao EM: os alunos poderão escolher entre: "Não atravesso a rua sozinho" ou "Te pego na saída".
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SUMÁRIO 04 – Editorial 05 – Projeto Doses de Gratidão 06 - Dia Internacional do Brincar 08 – Projeto Composteira 09 – CEAT Integral 10 - Histórias bíblicas 12 – CEAT 130 anos 16- Círculos de Construção da Paz 17 - Programa de Formação Continuada 17 - Live: Quais lições o Covid nos deixará? 18 - Rodas de conversa e assembleias 19 - Escolha de líderes de turmas 20 - Semana da Língua Alemã 22 - Programa Até Logo 23 - GEAT 24 – APPA 26 – ASFAT 27 – Com a palavra o professor
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Plural é a revista do Colégio Evangélico Alberto Torres – CEAT. ISSN 2595-3486 CEAT Lajeado – Rua Alberto Torres, 219 CEP 95900-188 – Lajeado/RS – Telefone (51) 3748-7000 CEAT Região Alta – Avenida General Daltro Filho, 996 CEP 95735-000 – Roca Sales/RS – Telefone (51) 3753-2211
Diretor geral: Rodrigo Maurício Ulrich Redação: Josiane Martini Revisão: Samara Alves Diagramação: Matheus Richter Tiragem: 2 mil exemplares
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EDITORIAL Rodrigo Maurício Ulrich Diretor Geral
Muito trabalho e realização estão presentes na trajetória de 130 anos do nosso CEAT. Os princípios, os valores, a missão, que fundam o CEAT, seguirão conosco, pois sedimentam a nossa contribuição social como instituição de ensino. O legado dos primeiros CEATianos é presente em nossas ações: em qualquer tempo, uma escola é importante, em tempos difíceis ela é indispensável. Costumo dizer que, junto ao kit de sobrevivência dos imigrantes alemães luteranos, que chegaram ao Vale do Taquari, estava presente a educação, o espaço para que os filhos pudessem se esforçar, realizar-se, estudar e aprender aquilo que é exclusivo ao espaço de convivência intrínseco da escola. Eles sabiam que o conhecimento era o que emancipava o sujeito, garantindo a ele o direito a escolhas, à reflexão, ao pensamento, à construção da sua vida. Isso, aliado aos valores da família, seria o caminho para a formação digna e com propósito, portanto, com efetividade na atuação em sociedade. A prova disso está, de modo amplo, na atualidade, a qual é o futuro para aquela época. Com base nesse legado, pautamos nossas ações comprometidas com as famílias, as crianças, os jovens, a sociedade atual, com responsabilidade para o futuro. Dessa forma, só existe este caminho para realizarmos educação: estudo, conceito que é ressignificado a cada momento em que a sociedade vive e constrói, mas único em sua essência, em seu propósito quanto ao desenvolvimento humano e como dispositivo social. Durante o ano de 2020, em meio aos desafios pandêmicos, chegamos a comparar o momento com outros já enfrentados pelo colégio junto ao seu município, a sua região, com as pessoas que o constituem. Concluímos que, junto ao traba-
lho, ao estudo, ao fazer, está a superação, a resiliência, a perseverança compondo a realização tão presente na vida do aluno, do professor, dos pais e dos egressos do CEAT. A visão de futuro está no DNA da instituição, pois prospectamos a emancipação do indivíduo. São variadas as ações presentes no currículo do estudante do colégio, que promovem o seu desenvolvimento, a sua autonomia, a sua convivência em sociedade, bem como, tão variadas também são as oportunidades de escolhas para sua formação e sua vida. Estamos muito atentos aos anseios do nosso tempo, da nossa sociedade que faz o hoje, buscando ser porto seguro para o equilíbrio entre os anseios com o futuro, com e para a transformação, e a inércia diante do que está insustentável na humanidade. Seguimos comprometidos com esta realidade e responsáveis com o futuro, que precisará tanto de transformação quanto de permanência. Mantemos nosso maior recurso, que são as pessoas, tendo os colaboradores altamente engajados com sua vida e os propósitos institucionais, com a sua permanente atualização, assim como cultivando a importância de estudar em nossos estudantes e a valorização de sua vida, juntamente da participação intensa, próxima e dialógica da família na construção diária da educação. Nesta edição da Plural, é destacado exemplos e evidenciado em ações de atributos presentes do ser, realizar e conviver no CEAT. Estes que lançam a celebração alusiva aos 130 anos do colégio em 2022, valorizando a sua história na perspectiva futura da vida.
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Comunidade escolar entrega Doses de Gratidão aos profissionais da saúde Uma ação social em homenagem aos profissionais, que atuam na linha de frente no atendimento aos casos de Coronavírus, mobilizou a comunidade escolar no início do ano letivo. Alunos, pais e professores enviaram desenhos, palavras, poemas, textos, orações e cartas de apoio, carinho e gratidão. As mensagens do Projeto Doses de Gratidão foram reunidas e entregues aos hospitais das cidades sede do CEAT: Bruno Born e Roque Gonzales. Além disso, a comunidade escolar foi incentivada a entregar Doses de Gratidão diretamente a outras instituições de saúde e/ou profissionais.
Outras ações beneficentes Ao longo do período de pandemia, o CEAT realizou outras ações sociais, como a campanha conjunta com a Associação de Funcionários Alberto Torres – ASFAT, a Associação de Pais Professores e Amigos – APPA e o Grêmio Estudantil Alberto Torres – GEAT de ambas as unidades. A mobilização arrecadou alimentos, cobertores, equipamentos de proteção individual, água sanitária, álcool 70º e dinheiro. Os donativos foram entregues ao Lar de Idosos Tabita, ao Abrigo São Chico, à Assistência Social, ao Projeto Prato Sagrado, à Defesa Civil de Lajeado e ao CRAS de Roca Sales. O colégio também realizou a doação de materiais de limpeza, máscaras e luvas para os hospitais de Lajeado, Roca Sales e Encantado e de TNT, para a confecção de jalecos e máscaras pelo grupo de costureiras, organizado pela Comunidade Evangélica de Lajeado.
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Dia Internacional do Brincar
Brincadeira e aprendizado andam juntos no processo de desenvolvimento infantil. Por isso, todos os anos, o CEAT comemora o Dia Internacional do Brincar, em 28 de maio, com ações especiais. Em 2021, ao longo de todo o mês de maio, as turmas foram convidadas a criarem e a recriarem brincadeiras.
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Dia Internacional do Brincar
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Projeto Composteira
O Projeto Composteira foi retomado no mês de junho, pelas turmas do Nível 3, de ambas as unidades do CEAT. Após mais de um ano de suspensão devido à pandemia, as composteiras do colégio foram montadas novamente pelas crianças, com o apoio das professoras, que explicaram sobre o funcionamento e a importância da reutilização dos resíduos dos alimentos.
O CEAT conta com composteiras na Unidade Lajeado, nas salas do Nível 3, no Bloco 3, e no Setor Administrativo, e na Unidade Região Alta, no pátio. Nelas, são depositadas cascas de frutas, ovos, legumes e verduras e, com o auxílio das minhocas, acontece a produção de adubo e chorume, utilizados nas plantas de ambas as unidades. O Projeto Composteira acontece desde 2017 nas turmas do Nível 3.
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CEAT Integral volta a atender alunos no turno inverso ao das aulas A retomada dos serviços presenciais contemplou o CEAT Integral. Depois de meses de suspensão do serviço, o CEAT voltou a atender, em ambas as unidades, as crianças no turno inverso ao das aulas regulares. Inicialmente, a retomada abrangeu as turmas do Berçário e do Nível 2 e, posteriormente, do Nível 3 a 4 ª série do Ensino Fundamental.
Ao longo dos últimos meses, muitas vivências aconteceram no CEAT Integral, permitindo que os alunos aprendam ainda mais através de explorações, descobertas e muitas brincadeiras, organizadas pelas monitoras.
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Histórias Bíblicas
Sobre contar Histórias Bíblicas As atividades domiciliares permitiram que, algumas vezes, as famílias se aproximassem mais das vivências dos alunos em sala de aula. Uma das ações que incentivou esta aproximação, foi a contação de histórias bíblicas, realizada pela professora Susane Elise Giongo, nas turmas de 5ª, 6ª e 7ª séries. As narrativas trouxeram mães, pais e avós para mais próximo das atividades domiciliares.
“Conta mais, conta mais... é o dese- jo da hora. Conto sim! Até danço e canto! Assim toma conta a emoção! É conta de mais, conta que multi- plica e os vínculos afetivos se forta- lecem por demais. E, neste momento, a narração de Histórias Bíblicas se mostra um agente de transformação.
Exemplos, referências e ensina- mentos se apresentam: Escolhas e tomadas de decisão, através de Eva e Adão. A importância da paciência nos traz Noé com sua inabalável fé. A parábola dos Talentos resgata competências e habilidades, capa- citando-nos à solidariedade. Abel nos traz o segredo da leveza da vida: a gratidão em cada coração.
Quem é o nosso fermento? É Deus, é Jesus? É a vazia cruz? O que nos alimenta? Como multi- plicar o pão nosso de cada dia? De quem lavamos os pés? Um Je- sus humilde em inúmeras histórias nos é revelado. Os tristes resultados da ganância, inveja, egoísmo e ódio, também são apresentados.
É definido o Sim e o Não. E nós, sábios, aprendemos por observação.
Sim. Eu conto mais. As histórias Bíblicas têm saber. Elas têm sabor. As crianças contam. Procuram suas Bíblias, envolvem suas famílias, e, juntos, refletimos. Se tu contares, se todos nós contar- mos, eles contarão. Contarão no presencial e no virtual. Contarão sobre o amor, sobre a re- conciliação, sobre o cuidado, o per- dão e poder da oração. Eles contarão mais e mais... E a es- perança de um mundo melhor não morrerá, jamais!”
Professora Susane Elise Giongo
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Histórias Bíblicas
“Cada história é um aprendizado, principalmente em relação às nossas escolhas e tomadas de decisão em nossa vida.” Isadora Schwingel - 7ª série “Eu adoro ouvir as histórias e participar. Eu consigo me colocar no lugar do personagem!” Sofia Heinen Duarte– 7ª série “Eu gosto de refletir, de pensar e de repensar sobre atitudes. Adoro o suspense!” Júlia Bernstein - 6ª série “Eu fico me colocando no lugar do outro, refletindo onde errei e pensar sobre o que posso ou não posso fazer comigo e com o próximo.” Nicole Schneider Schmidt – 6ª série “Parece que uma história completa a outra. Adoro quando são contadas seguindo uma sequência.” Pyetra Ferreira Braga – 6ª série “Eu me sinto mais gentil, compreensiva e legal quando conheço as histórias e a vida de Jesus.” Sabrina Weirich Venturini - 5ª série “Ouvindo as histórias bíblicas, eu desenvolvo a minha imaginação, posso também criar a minha história.” Lorenzo Bratti de Leão - 5ª série “Conhecer histórias bíblicas também é cultura.” Lara Lagemann Pereira da Silva - 5ª série “As histórias definem bons exemplos a serem seguidos e que estão em falta atualmente. Elas são um reforço na formação de nossas crianças e adolescentes. Criávamos ovelhas, elas eram queridas e unidas, protegiam-se e cuidavam-se, e nós cuidávamos delas. Nesse contexto, é
desejável que as crianças e adolescentes sigam seus pais, professores e a Deus – assim como aconteceu na Parábola do Bom Pastor, trabalhada em aula hoje.” Cristiane Birkheuer Dewes, mãe das alunas Laura, Júlia e Luísa Birkheuer Dewes – 7ª série “Acho muito importante contar as Histórias da Bíblia. Nós, desde pequenos, também as conhecemos e elas nos auxiliaram em nossas opções. Temos a tarefa de mostrar e transmitir tudo o que conhecemos para que estes pequenos construam uma boa base, que não sejam leigos em relação à religiosidade e às decisões de vida.” Lizelotte Pretto, avó de Gustavo Pretto Schmidt e João Pedro Pretto Schmidt – 6ª e 7ª série “Fico feliz ao saber que trabalham as histórias bíblicas. Valores importantes são trazidos para as crianças e, também, para toda a família, pois elas acabam contando e compartilhando o que escutaram e aprenderam. A igreja vem para dentro de nossas casas.” Nícia Lazzaretti, avó de Eduarda Lazzaretti Katz e Davi Lazzaretti Katz – 3ª e 5ª série “Todos os temas das histórias bíblicas são trazidos para a nossa vida. As crianças ouvem, adaptam e aplicam o que aprendem para uma melhor convivência. Acho importante, pois conhecem Jesus como exemplo a ser seguido.” Sintia Michela da Silva Rabello Neuls, mãe de Pedro Rabello Neuls 5ª série “Nossos pais nos criaram com base na religiosidade. Rezávamos o terço diariamente e sempre tivemos muita fé. Conhecendo Deus e Jesus, fiz muitas amizades e sempre fui muito feliz. Adoro ver meu neto ter a mesma oportunidade.” Terezinha Laste da Silva, avó de Giovanni de Macedo da Silva – 5ª série
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CEAT 130 ANOS CEAT completa 130 anos com reverência ao passado, excelência educacional e valorização da vida A escola mais antiga em funcionamento no Vale do Taquari completará, nos próximos meses, 130 anos de atividades interruptas, promovendo educação de qualidade e, através dela, formando milhares de cidadãos. Em 15 de janeiro de 1892, os imigrantes alemães, recém chegados à região, traziam em sua bagagem cultural a importância da educação e aqui priorizaram a implementação de uma escola para atender suas crianças e jovens. Nesse contexto, as 13 décadas passadas foram de muito trabalho e comprometimento com o legado deixado e na construção de processos educacionais cada vez melhores. A Escola Paroquial Evangélica cresceu, tornou-se internato, o Colégio Lajeadense, abriu o jardim de infância e recebeu, em 1941, o nome de Alberto Torres. A grande área localizada no Centro de Lajeado, também já foi a Escola Comercial e ofereceu cursos técnicos a partir da década de 40. Logo após, veio o Ginásio Evangélico e o Curso Colegial Secundário. Ao abarcar todos estes serviços, a partir de 1966, o completo centro de educação passou a chamar-se Colégio Evangélico Alberto Torres, hoje também conhecido pela sigla CEAT.
Em 2021, o colégio conta com 1,5 mil alunos vindos de diferentes cidades da região e atendidos em duas unidades: Lajeado e Região Alta. Na primeira, são 1,2 mil estudantes na Educação Básica, desde o Berçário (a partir dos 4 meses de vida) até o Ensino Médio, e no Curso Técnico em Enfermagem, oferecido desde 2015. Na Unidade Região Alta, implementada em 2011, em Roca Sales, são acolhidos na Educação Básica cerca de 300 alunos. Para atender a comunidade escolar, são mais de 200 colaboradores que atuam em sala de aula, como professores, auxiliares e monitores, e em setores de coordenação pedagógica, administrativos, de limpeza e segurança. Prestes a completar seus 130 anos, o CEAT enfrenta os desafios educacionais impostos pela pandemia do Coronavírus, que impacta mundialmente a educação com a necessidade da suspensão das aulas. Com o início da pandemia, em março de 2020, rapidamente, o colégio ajustou-se às restrições físicas, treinou seus profissionais e passou a oferecer atividades domiciliares aos seus alunos. O retorno gradual à presencialidade fez surgir uma nova modalidade, o ensino híbrido, quando parte das turmas estão em
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CEAT 130 ANOS
casa, com atividades domiciliares, e a outra parte no colégio. A nova reestruturação demandou investimentos na área da tecnologia e nova adaptação dos colaboradores. Todos os esforços tiveram e têm a intenção de manter a oferta educacional constante e com excelência. Para além da pandemia, atualmente, o CEAT vem reforçando seu investimento na formação continuada dos profissionais, ação já historicamente priorizada e realizada pelos gestores do colégio. O desenvolvimento das competências cognitivas segue sendo de grande importância pedagógica e as competências socioemocionais são determinantes na formação de cidadãos preparados para os desafios do mundo.
”O CEAT comemora 130 anos desde sua criação pelos imigrantes alemães, membros da Comunidade Evangélica, para a educação de seus filhos. Transformou-se em escola comunitária, atendendo a todos indistintamente. Passou por diversas fases de desenvolvimento, ajustes e dificuldades, sanadas com a participação de toda a comunidade escolar. O foco principal sempre foi proporcionar um ensino completo e preparar-se para o futuro, fazendo para isso, inclusive, planejamento estratégico há mais de 20 anos. O CEAT está sempre evoluindo e adequando-se aos momentos vividos pela socie-
dade brasileira de forma a atingir seu objetivo: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE”. Paulo Glufke, presidente do Conselho Escolar Somos escola confessional “O CEAT tem no seu DNA uma identidade clara que norteia seus princípios e objetivos, ela é confessional porque existe motivada pela confissão de fé daqueles que a iniciaram e que permeia sua organização e forma de ser. Essa confissão luterana está dentro de uma cosmovisão cristã, que impacta a compreensão e colocação de toda a vida, a educação, o conhecimento e história. Essa confissão cristã valoriza a ecumenicidade, a vida comunitária, o bom uso dos recursos para o bem e uma postura ética no mundo. Sermos confessional nos dá raízes, vínculos e direção. Também nos lembra que temos uma missão abrangente e que tem impactado famílias, gerações, sociedades. Estamos fundamentados na fé no Deus Trino e o valor de nossa existência”. “Vós pais não podeis dar tesouro maior aos filhos do que a formação. Casa e quintal, queimam, desaparecem; o saber é bom de levar”, Martim Lutero. Eric P. Nelson, Pastor
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CEAT 130 ANOS
Colégio Alberto Torres
O nome foi dado ao então Colégio Lajeadense em 1941, cumprindo norma da Secretaria de Educação do Estado, que determinava que os educandários recebessem nomes de patronos ou de santos. Naquele momento, os gestores optaram pela homenagem ao intelectual brasileiro Alberto de Seixas Martins Torres.
Memórias CEAT
A Unidade Lajeado já conta com um espaço dedicado ao resgate histórico do colégio. O Memórias CEAT teve sua inauguração adiada devido à pandemia e, neste momento, está em fase de finalização. A sala, de 130 metros quadrados, está localizada no Bloco 4. Desde 2018, a Comissão Organizadora, que tem à frente o presidente da Associação de Pais, Professores e Amigos - APPA, Marcello Motta, trabalha no resgate de dados, histórias e objetos relevantes na centenária história do colégio. Ao longo desses anos foram resgatados documentos como as Normas de Convivência de 1913 e a escritura do terreno do prédio antigo, uniformes, instrumentos musicais, troféus, o escaninho da antiga Sala dos Professores, carteiras e o caíco
usado nas enchentes. Além disso, fotos e vídeos foram digitalizados. A obra está sendo coordenada pelo arquiteto Rafael Gallarreta Fernandes, ex-aluno do colégio. “O CEAT, por se tratar de uma escola centenária, possui um conjunto de fotos, documentos e objetos que retratam sua trajetória! Eventualmente, em determinados eventos ou datas comemorativas, realizava-se uma exposição de parte desse acervo, porém entendeu-se que já era momento de partir para um local definitivo que, além de aumentar sua capacidade de exposição, garantiria a organização e a preservação adequada desse precioso patrimônio. O Memórias colocará a história do CEAT à altura do protagonismo que a escola ocupa hoje no cenário educacional! E esse acontecimento nada mais é do que lembrar cada uma das pessoas que, de uma forma ou de outra, fizeram a história dessa instituição, independente do período de tempo que essas passaram aqui – um dia ou uma vida – elas sentir-se-ão homenageadas. E para nossos alunos... vai ficar uma lição bem bacana, pois preservar também é educar”!
Marcello Motta, presidente da APPA Lajeado
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CEAT 130 ANOS
Planejamento Institucional
Planejar o futuro de acordo com os momentos históricos, suas oportunidades e dificuldades, é uma ação presente constantemente na história do CEAT. Por meio deste planejamento, os gestores do colégio puderam consolidar os objetivos da instituição e manter a sua sustentabilidade. Há pelo menos 20 anos, o CEAT estrutura de forma oficial o seu planejamento institucional, contando com o apoio de membros de diferentes grupos da comunidade escolar. Todas as ações resultantes deste processo são oportunidades que estão de acordo com a missão, a visão, os princípios e os valores da escola. No primeiro semestre de 2021, o CEAT deu início a mais um ciclo de Planejamento Institucional, com o intuito de estudar o cenário da educação e planejar ações futuras da instituição. Os estudos e debates foram orientados pelo professor de Estratégia e Gerenciamento de Projetos e Mudanças, da Fundação Dom Cabral, Heitor Coutinho. Os resultados serão compartilhados com toda a comunidade escolar à medida que o trabalho avançar. “A estruturação profissional do planejamento tem sido fundamental para que o colégio siga atuando com base
em sua história, seguindo sua identidade, seus princípios e valores numa visão de futuro, que promove transformações e permanências e projeta a presença comunitária, colaborativa da educação a cada novo tempo que a sociedade vive. Somos um colégio que apresenta, ao longo de seus 130 anos, muitas contribuições expressas na atuação e na vida de egressos que vivem em nossa região e, também, no Brasil e no exterior. Seguiremos construindo junto com as pessoas a cultura, o conhecimento e evoluindo de modo sustentável e saudável”. Rodrigo Ulrich, diretor geral do CEAT
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Círculos de Construção da Paz: Formação visa habilitar todos os colaboradores como facilitadores A metodologia dos Círculos de Construção de Paz integra o projeto institucional do CEAT desde 2019, quando as primeiras formações foram feitas por colaboradores e algumas turmas de alunos participaram de dinâmicas. Desde o ano passado, o colégio iniciou turmas de formação dos profissionais que atuam na escola, com o intuito de formar 100% dos colaboradores como facilitadores. A formação, intensificada em 2021, integra o Programa de Competências Socioemocionais e tem o objetivo de prevenir e resolver conflitos através da promoção do diálogo e fortalecimento dos relacionamentos saudáveis, colaborando para uma comunidade escolar mais pacífica. Cada grupo da formação participa de cinco encontros com a assistente social, instrutora e palestrante em Justiça Restaurativa, Tânia Fröhlich Rodrigues. A especialista em Metodologias com Famílias explica que “com essa possibilidade
de vivência formativa, os educadores têm acesso a uma ferramenta que estimula no aluno e, em toda a comunidade escolar, o acolhimento, a escuta amorosa, o exercício do não julgamento e o diálogo colaborativo. Dessa forma, além de ensinar com excelência, contribui para revisitar os valores de cada um e as habilidades pessoais que contribuem para uma conduta mais pacífica”. Os primeiros colaboradores do CEAT a tornarem-se facilitadores, ainda em 2019, foram o diretor geral, Rodrigo Ulrich, o diretor da Unidade Região Alta, Germano Hickmann, a vice-diretora, Rosângela von Muhlen, e a orientadora educacional, Laura Oppermann Elter. Dentro da mesma temática, no início do ano letivo de 2020, os professores participaram da Formação Pacto pela Paz, com o Instituto Cidade Segura, uma ação vinculada ao projeto da prefeitura de Lajeado.
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Programa de Formação Continuada envolve os colaboradores de diferentes temas Capacitar e formar os profissionais que atuam no CEAT em diferentes temas, considerados importantes para o desenvolvimento dos colaboradores, é uma das propostas realizadas anualmente pelo colégio, através do Programa de Formação Continuada. A partir dos encontros, desenvolvidos de acordo com a área de atuação, os aprendizados podem ser executados e replicados tanto nas salas de aula quanto nos demais setores da escola. Uma das propostas, que envolveu dezenas de colaboradores, teve como tema “Empatia, Autocuidado e Confiança Criativa”. A partir de experiências com a Arte e com o Design Thinking, as ex-alunas Caroline Bucker e Gabriela Munhoz propuseram reflexões sobre este novo tempo e, principalmente, sobre o nosso modo de ser e agir.
Outras formações que aconteceram, ao longo do primeiro semestre, foram sobre: manejo das emoções e sobre inclusão, com a equipe de Orientação Educacional; aprimoramento sobre linguagem, com a professora Martiele Jung; desenvolvimento da aprendizagem, com a Fga. Dra. Juliana Balestro; aprimoramento na Educação Infantil, com o Dr. Roger Hansen. Além disso, profissionais participaram dos encontro nacionais de Equipes Pedagógicas, da Educação Infantil e do Ensino Médio da Rede Sinodal de Educação e o diretor geral Rodrigo Ulrich participou do GEduc 2021. Ao longo de 2021 muitas outras iniciativas devem acontecer para todos os profissionais que atuam no CEAT.
Dr. Cristiano Nabuco fala sobre as lições da pandemia para a comunidade escolar As incertezas vividas por causa da pandemia, foram abordadas pelo Dr. Cristiano Nabuco em um momento de conversa com a comunidade escolar. A partir do tema “Quais lições o Covid nos deixará?” e de perguntas enviadas por pais e colaboradores, o especialista, reconhecido nacionalmente, contextualizou as experiências já vividas pela humanidade e ressaltou que o momento atual envolve um cenário de muitas incertezas pessoais, familiares e prof issionais, o que gera um nível mais expressivo de estresse. O psicólogo destacou que é importante reconhecer que as pessoas podem lidar de formas diferentes com o momento e que cada um pode escolher
ser o “elo forte da corrente”, mantendo uma postura respeitosa consigo e com o próximo e tomando atitudes positivas. Também, seguir uma rotina concreta, procurar entender os aprendizados deste momento e a oportunidade de buscar o que nos faz florescer. A palestra, realizada em parceria com a APPA, integra o Programa de Competên cias Socioemocionais do CEAT. A fala do prof issional f icou gravada no link disponibilizado nas salas de aulas virtuais.
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Rodas de conversa e assembleias incentivam o autoconhecimento e o diálogo Duas propostas realizadas em ambas as unidades do CEAT têm o objetivo de incentivar ainda mais a reflexão, o respeito mútuo, a tolerância e a cooperação entre os estudantes: as rodas de conversa e as assembleias. As duas iniciativas são organizadas pela equipe de Orientação Educacional e engajam também os docentes em suas aplicações. As rodas de conversa, nas turmas da 5ª série do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio, são conduzidas pelos professores coordenadores de turma, que utilizam técnicas como nuvem de palavras, storytelling e contação de história. As dinâmicas incentivam os alunos a expressarem seus sentimentos, tendo como tema central situações de superação. Além disso, o momento incentiva o exercício da escuta, da empatia e do acolhimento. Antes de conduzir a atividade, os professores participaram de um momento de preparação com a equipe de Orientação Edu-
cacional. Nas turmas da Educação Infantil também são realizadas rodas de conversa, conduzidas pelas professoras de cada turma, de acordo com a necessidade e a faixa etária dos alunos. Já nas assembleias, o objetivo é de melhorar as relações dos estudantes, a partir de debates em grupo e, dessa forma, criar e ampliar as condições para cada um viver e refletir sobre as trocas realizadas no espaço escolar. Os debates, que acontecem ao longo do ano, são dirigidos pelos estudantes e acompanhados por professores e profissionais da Orientação Educacional. Cada assembleia conta com um coordenador, um organizador e um relator, que registra em ata os principais assuntos discutidos e as decisões tomadas. Neste ano, as assembleias acontecem para todas as turmas do Ensino Fundamental e Médio, da unidade Região Alta e de 1ª a 8ª série da unidade de Lajeado.
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Escolha de líderes incentiva alunos a refletirem sobre diferentes habilidades A liderança é uma das competências incentivadas pelo CEAT e desenvolvida de modo transversal, envolvendo diferentes faixas etárias e componentes curriculares. Os estudantes vivenciam diversas oportunidades de exercitarem esta postura de forma coerente e positiva ao longo da vida escolar. As ações iniciam ainda na Educação Infantil, com os ajudantes das turmas, por exemplo, e vão evoluindo ao longo dos anos com iniciativas que contemplam o contexto escolar, bem como outros contextos de vivências do estudante. Uma das iniciativas realizadas anualmente é a escolha dos líderes, vice-líderes e tesoureiros, que envolve as turmas das Séries Finais e do Ensino Médio, de ambas as unidades. Neste ano, o setor de Orientação Educacional realizou um momento de reflexão com as turmas para que a escolha acontecesse com base em habilidades como: iniciativa, autoconfiança, responsabilidade, compaixão, disciplina e paciência. Após o processo de escolha, aconteceu a posse dos eleitos. Na Unidade Região Alta, o evento foi realizado presencialmente e contou com a participação do diretor Germano Hickmann e os coordenadores de níveis. Em Lajeado, de modo inédito, o momento virtual reuniu todas as turmas envolvidas. A posse e instalação dos líderes foi conduzida pelo diretor geral, Rodrigo Ulrich, através da plataforma virtual onde cada turma acompanhou a solenidade em sua sala de aula. Em ambos os eventos, os alunos foram convidados a refletirem sobre a liderança transformadora, que ocorre por meio de pequenas ações do dia a dia. Os eleitos também receberam um material com atribuições para auxiliar no desempenho de suas ações de liderança no contexto escolar, bem como uma carta à
família dos representantes eleitos. Ainda, no decorrer do ano, os representantes de turma contarão com momentos coletivos de reflexão sobre o desenvolvimento da liderança.
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5ª Semana da Língua Alemã
Uma série de ações especiais engajou os estudantes, de ambas as unidades do CEAT, na 5ª edição da Semana da Língua Alemã. A organização geral da programação, realizada em todo o país, foi das embaixadas da Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica e de Luxemburgo. No CEAT, a professora Roseli Kussler, coordenadora de língua alemã, juntamente com as professoras de língua alemã, organizou as atividades. Ao longo da semana aconteceram palestras com os professores Dr. Gõtz Kaufmann, da Uni Freiburg, e Matthias Kusche, da Alpadia Freiburg, e um momento de conversa com ex-alunos sobre estudar em universidades na Alemanha. A programação também contou com a entrega dos certificados de proficiência A1 e A2 e do Concurso de Leitura em língua Alemã de 2020, produção de vídeos, concurso de leitura, jogos, músicas, filmes, curiosidades e gastronomia. No CEAT, a Semana encerrou com uma participação especial do cantor Moritz Garth. O CEAT é uma das sete escolas do Sul do Brasil reconhecidas pelo governo alemão como DSD Schule. Estas instituições são conveniadas com a ZfA - Zentralstelle für das Auslandsschulwesen, departamento do governo alemão para ensino de língua alemã no exterior, o que possibilita ainda mais oportunidades aos estudantes.
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5ª Semana da Língua Alemã
Ação Social
O Girl Up Lajeado, grupo organizado por alunos da 9ª série, realizou campanha de arrecadação de donativos, intensificada ao longo da Semana de Língua Alemã. Os estudantes do CEAT foram convidados a doarem alimentos e absorventes que, posteriormente, foram entregues à Saidan e à EEEM Santo Antônio. Com o objetivo de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Girl Up mapeou, identificou as demandas e traçou estratégias de ajuda. Com o auxílio da professora Carla Müller, o projeto foi divulgado em língua alemã na Plataforma Pasch Net no item “Zeig dein Engagement!”, que visa a realização de ações sociais na pandemia.
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Programa Até Logo
A 3ª série do Ensino Médio é a última etapa da caminhada escolar pela Educação Básica. Este ano, frequentemente, precede novos desafios, como o início de uma formação de nível superior. Pensando nisso, o CEAT oferece o Programa Até Logo, iniciativa realizada há mais de 20 anos, que visa informar e auxiliar os estudantes na escolha profissional e, também, promover ações voltadas ao autoconhecimento e à criação artística. Em 2021, algumas ações seguem acontecendo virtualmente, em razão da pandemia. Uma delas é o Encontro com Profissionais, ajustado desde 2020 para Live das Profissões. Em junho, foram realizados três encontros virtuais com profissionais das áreas de maior interesse dos estudantes. Outra ação já iniciada neste ano que integra o Programa é a orientação profissional. Através de encontros semanais, o trabalho estimula os alunos a refletirem sobre o processo de escolha da profissão. O Programa Até Logo conta com diversas outras iniciativas, voltadas a contribuir para que a mudança na vida do jovem, ao deixar a rotina escolar básica, torne-se tranquila e que ele seja capaz de iniciar seu projeto de vida tendo solidificado os laços de amizade e pertencimento ao grupo e à escola.
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Ser GEAT em tempos de pandemia
Qual o papel do estudante no CEAT? Essa é uma das indagações que, durante o período escolar, muitos já refletiram. Conhecer novos amigos, estabelecer interações, aprender mais sobre diferentes culturas e ideais, fazer relações entre os conhecimentos, as disciplinas e os diversos contextos do ambiente escolar e da sociedade. Sentir-se desafiado e parte integrante de um processo, no qual o protagonismo é instigado pelo constante estímulo e possibilidades apresentadas. Nesse sentido, constituir o Grêmio Estudantil do CEAT reforça o papel da Instituição na formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos. O GEAT está em sua 68º Comissão Estudantil, e, ao longo desses anos, as propostas de trabalho moldaram-se às necessidades e aos anseios de toda a comunidade escolar. O ano de 2021 não poderia ser diferente, porém, com a pandemia, a criatividade e a organização evidenciaram as competências indispensáveis no alcance dessas necessidades e objetivos. Promover essa rede de interação, pode parecer complexo em um formato de ensino híbrido e com protocolos sanitários de distanciamento social, uma vez que as propostas surgem da composição de elementos distintos. Elas possibilitam o desenvolvimento intelectual, a partir de grupos de debate, leituras, discussões e apresentações, atividades esportivas e culturais, da capacidade de resolução de problemas e do aprimoramento dos domínios socioemocionais. Assumir qualquer cargo de liderança é um grande desafio para aquele que o aceita, pois no cotidiano é preciso se empenhar em diferentes contextos no âmbito escolar, familiar, social e profissional. Logo, é preciso ter muita disciplina, organização, responsabilidade e, acima de tudo, paciência para gerenciar um Grêmio Estudantil e atender aos anseios da rotina colegial. To-
davia, nesses momentos, é imprescindível destacar o movimento positivo de ajuda que se constrói. A união evidencia a vontade de proporcionar momentos divertidos e descontraídos para os estudantes. Assim, a pergunta introdutória do presente texto, não necessita de uma resposta escrita, pois as ações e o engajamento de todos os estudantes do CEAT, na tentativa de fazer o processo acontecer, já demonstram o sucesso do propósito. O desejo é de que possamos continuar instigando e promovendo uma cultura de participação, aprendizagem e desenvolvimento pessoal e coletivo. Antonella Follmer Bortolin Lisboa, presidente do Grêmio Estudantil Ângela Maria Schorr Lenz, professora coordenadora do Grêmio Estudantil
No primeiro semestre, o GEAT promoveu a live “Natureza em pauta: relatos de uma expedição à Antártica”. Apresentaram o evento online, os oceanógrafos Luana Portz e Rogério Manzolli, residentes, atualmente, na Colômbia. A atividade, alusiva à Semana do Meio Ambiente, promoveu a reflexão acerca da pesquisa, das relações entre produção e consumo conscientes de recursos, além da necessidade de compreendermos que fazemos parte de um ecossistema totalmente interligado, onde nossas ações afetam diretamente a sistemática e dinâmica da vida. A live foi transmitida para as turmas da 6ª série do Ensino Fundamenta a 3ª série do Ensino Médio.
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APPA Uma história de participação ativa junto à missão do nosso CEAT No momento em que nos preparamos para os festejos dos 130 anos de nossa escola, não podemos, enquanto membros da APPA, deixar de resgatar um pouco da história da própria Associação, pois consideramos esta a melhor forma de homenagear o nosso CEAT. No dia 10/07/1982, na Igreja Evangélica de Lajeado, ocorreu uma reunião com 216 pessoas entre pais, professores, colaboradores e membros da Direção do CEAT. O objetivo daquele encontro foi o de “reativar uma associação de pais e professores do CEAT”, salientando a “importância do contato e conhecimento mútuo de pais e mestres”. Ao final das deliberações foram sugeridos nomes de pais e professores, que formaram uma comissão para estudarem a elaboração de um regulamento da futura associação.
Ata nº1 da APPA
Essas passagens constam da ATA nº 1 do primeiro livro de atas da entidade, que foi redigido e assinado por uma ex colaboradora histórica do CEAT, Dª Avani Prediger. A partir desse primeiro encontro, seguem os trabalhos e reuniões da comissão, seguido da criação e aprovação do estatuto e, no dia 19/03/1983, por ocasião de uma assembleia ordinária, foi eleita, por aclamação, a primeira diretoria da entidade, que teve a seguinte nominata, sendo empossada pelo então Presidente do Conselho do CEAT, Sr. Edmar Gräbin conforme segue:
Presidente: Rudi Schneider Vice-presidente: Ronald Hexsel 1º Tesoureiro: Luiz C. Curt Weidmann 1º Secretário: Prof. Orlando Borchardt
Importante destacar o papel do então Diretor do CEAT, Prof. Ardy Storck, nos bastidores da mobilização para a criação da entidade. Nesta data também foram reforçadas as finalidades da APPA à época, que foram assim descritas: - Promover encontros de interesse pedagógico, visando a integração de pais e professores, com o objetivo de melhorar o rendimento do aluno; - Atividades culturais, apoiar e promover as atividades organizadas pela escola; - Atividades recreativas ou de confraternização, visando integrar toda a comunidade escolar; E foi tendo essas finalidades como base, que a primeira diretoria e as demais, que foram sucedendo-se, traçaram seus objetivos e realizaram suas ações. O trabalho voluntário, ao longo desses anos, sempre foi destaque das gestões que movimentaram a APPA. Pais, professores e colaboradores, muitos deles anônimos à comunidade escolar, fizeram com que a Associação sempre estivesse ativa e presente no dia a dia da nossa escola. Ao relacionar os presidentes nesses 40 anos de caminhada, prestamos homenagem a todas as pessoas que compuseram suas equipes e se mobilizaram por um interesse maior da comunidade escolar:
- Rudi Schneider (83/84) - Herbert Lohmann (85/86) - Clóvis Fogaça (87/88) - Maurício Bergesch (89/90) - Sereno Griesang (91/92) - Elton Paulo Rutzatz (93/94) - Martin Eckardt (95/96/97/98) - Enio Astor Hepp (99/00) - Erci Marquetto (01/02/03/04) - Vera Lúcia de Azevedo (05/06) - Isoldia Rohsig (07/08/09/10) - Marcelo Scherer (11/12/13/14/15) - Márcia Sachetti (16/17) - Marcello Motta (18/19/20/21)
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APPA
A medida que as gestões foram se sucedendo, foi se fortalecendo a parceria da Associação com a Escola, sempre combinando suas ações com os projetos pedagógicos do CEAT e buscando abranger todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino médio. Dessa forma, se permitia que os resultados tivessem impacto no processo de formação dos alunos. Assim, mais de uma centena de eventos foram promovidos ao longo desses 40 anos, palestras, shows, workshops com personalidades de renome regional, estadual e nacional. Entre eles: Mário Sérgio Cortella, Cristiano Nabuco, Renato Borghetti, Tânia Zagury e Teddy Correa deixaram suas mensagens e ensinamentos em nossa escola. A APPA também realiza ações focadas em setores específicos da escola, os quais podemos citar as áreas de esportes, música, tecnologia, biblioteca onde realizam-se upgrades na compra de equipamentos, instrumentos musicais, tablets e livros, visando agregar e potencializar ainda mais possibilidades aos nossos alunos. Também é importante destacar o trabalho do Brechó da APPA, atividade que foi criada no início dos anos 2.000, visando oferecer às famílias a opção de compra de uniformes usados em bom estado, a preços acessíveis. Esse projeto se tornou um sucesso, sendo reconhecido pela comunidade escolar, através de pesquisa recente, como o mais relevante serviço prestado pela Associação atualmente. O brechó se realiza mensalmente na sala da APPA. Uma vez ao ano também é realizado o brechó de livros usados. Por último, a APPA integra-se à comunidade escolar em diversos eventos tradicionais que compõem o calendário escolar, entre eles a Festa de Inverno, com as barracas de espetinho e quentão; Semana do Estudante em Agosto, promovendo palestras e shows; Projeto Até Logo, oferecendo o almoço ao terceirão e suas famílias no último dia de aula. E não menos importante é a participação da APPA no Conselho da Escola, onde ela tem assento e direito ao voto, participando, dessa forma, nas decisões administrati-
vas que têm repercussão no presente e no futuro de nossa escola. Assim chegamos aos dias atuais, em que a APPA, permanecendo fiel às suas origens, mas acompanhando a evolução das demandas da escola, continua participando decisivamente no dia a dia do CEAT, auxiliando o colégio a impactar cada vez mais de forma positiva a formação do nosso bem maior, que são nossos alunos. Marcello Quadros da Motta Presidente da APPA
Entrevista – Rudi Schneider 1º presidente da APPA “Começamos do zero...” 1- O que lembra da criação da APPA, em 1983? Fui convidado pelo Prof. Orlando Borchardt a participar da formação do grupo que mais tarde se tornaria a APPA. Uma das ideias iniciais, além da integração das famílias, era a de mobilizá-las a ajudar, entre outros projetos, na construção do Centro Comunitário, que mais tarde acabou se concretizando. 2- Quais eram as maiores dificuldades na época? A maior dificuldade foi que começamos do zero, não havia tesouraria, de como realizar ações sem ter dinheiro. Aos poucos foi ocorrendo uma mobilização e as coisas foram acontecendo. Sr. Erni Stalschmidt, Presidente da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Lajeado, nos apoiou. 3- Quais outras ações eram realizadas? Haviam ações de integração com as famílias, mas um projeto interessante, que me recordo, foi que traziam-se profissionais de diversas áreas para conversar/palestrar para os alunos, com intuito de auxiliar ou despertar a vocação dos estudantes para escolherem suas profissões futuras.
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Ações da ASFAT fortalecem a integração entre os associados Promover o encontro entre os associados, através do qual as pessoas pudessem interagir e fortalecer os vínculos criados no ambiente da escola, foi o propósito inicial dos colaboradores, integrantes da primeira diretoria da Associação de Funcionários do CEAT, a ASFAT. A partir desse objetivo, promovemos diversas experiências, como passeios, jantares, almoços e piqueniques. Os detalhes sempre foram pensados e preparados com muito carinho: o lugar, a acolhida, a decoração, o cardápio, a música... Sempre colocamos em prática o nosso melhor, para que todos esses encontros ficassem registrados, de forma positiva, e que nos trouxessem lembranças e memórias positivas no futuro. Ao longo desses anos, outro olhar que tivemos foi em relação à saúde do professor. Para isso, criamos parcerias com alguns profissionais para promoverem conversas para os associados interessados. Tivemos a participação de profissionais como médica ginecologista, professora de música, fonoaudióloga e psicóloga. Os momentos foram ricos de troca de experiência e aprendizado. Também realizamos algumas oficinas de culinária, com a “Cozinha da Cátia”, empreendimento localizado em Arroio do Meio. A adesão foi muito grande e vários grupos foram criados para participar das oficinas, que eram classificadas por categorias. Além das mais diversas aprendizagens e truques, que foram descobertos em relação ao preparo dos alimentos. Os momentos eram de ricas interações entre os associados. Outro momento muito interessante, oportunizado pela ASFAT, foi o passeio até o Centro Ecológico Pedra d’ Mim, localizado em Tamanduá, interior de Marques de Souza, onde realizamos uma vivência de autoconhecimento, durante uma trilha, em um espaço lindíssimo em meio a
natureza. No mesmo dia, desfrutamos de um almoço que, além de muito saboroso, nos proporcionou grande conhecimento sobre o preparo de comidas veganas. No ano passado, em razão da pandemia, a ASFAT, juntamente com todos os associados, a APPA e o GEAT realizaram um movimento grandioso para ajudar algumas entidades. Além de dinheiro, também foram doados alimentos e materiais de higiene. Além dessas ações, vale ressaltar que sempre lembramos dos associados com mimos em datas comemorativas, em especial, no aniversário. Inclusive, adquirimos duas máquinas de café, para tornar o dia a dia na escola ainda mais aconchegante e prazeroso. Ressaltamos, também que possuímos alguns convênios com farmácia, clínica dentária, clínicas de estética, escola de dança, loja de chocolates e confeitaria. Embora, atualmente os encontros entre todos os associados não estejam acontecendo, a diretoria da ASFAT tem se reunido virtualmente para traçar novas metas e objetivos para a associação. Acreditamos muito no trabalho em conjunto e estamos abertas para ouvir sugestões de todos os associados.
Diretoria da ASFAT
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Com a palavra o professor
que curava qualquer dor... aquela que tinha uma lata com balinhas (isso com certeza herdei dela)... O que mais gosta na sua profissão? Estar com as crianças, ouvi-las, “curiosear” com elas me deixa imensamente feliz! Acompanhar as descobertas e se encantar com as pequenas coisas.
Nome: Karin Elisabeth Führ Pulita Formação: Graduação em Letras e Especialização em Educação Infantil Por que escolheu ser professora? Era opção da época e, para minha alegria, descobri minha vocação. Desde sempre sabia que eu faria o curso de Magistério e depois graduação em Letras. Também brinquei muito de ser “professora” na infância. Sempre gostei dos pequenos e estive com eles e para eles até hoje. Sou grata e feliz por ter escolhido esta profissão. As crianças me fazem muito bem! Alguém lhe inspirou? Guardo lembranças queridas, de muito afeto, por vários professores. Mas, a irmã Solange foi e sempre será minha eterna inspiradora. Foi minha professora do Jardim de Infância (assim que chamávamos) depois fomos colegas, no mesmo lugar, no Colégio São Miguel, em Arroio do Meio. Irmã querida, afetuosa por demais, dedicada...quantos teatros...aquela
E o que mais te desafia? Meu desafio é não perder o encanto por aquilo que faço diariamente, é ter doçura na alma e brilho no olhar. É acreditar e ver a criança como um sujeito desejante, curioso, ativo, naturalmente protagonista. Não posso garantir uma infância mais feliz, mas tenho o compromisso e o dever de possibilitar uma infância vivida de forma mais significativa. Deixo uma mensagem: Deixo uma mensagem para nós adultos: “ O tempo de cada criança viver sua infância, é agora , já está acontecendo na vida de cada uma. Não podemos mais perder esses tempos porque amanhã é outra história que se tece. E o tempo delas já terá passado...”
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