PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO 2014
E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO
Ensino Fundamental CICLOII
‘’Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.’’ (Paulo Freire)
APRESENTAÇÃO
A proposta básica deste trabalho é oferecer contribuições provindas da reflexão de educadores, alunos, pais, núcleo gestor e funcionários da E.E JÚLIO CONCEIÇÃO, visando intensificar o desenvolvimento de ações cooperativas, eficazes e renovadoras. O Projeto Pedagógico é compreendido como processo de ação participativa grupal com pessoas interagindo politicamente em função das necessidades, interesses e objetivos comuns. Busca um maior envolvimento na ação educativa, considerada responsabilidade de todos os membros da Comunidade Escolar e Civil. A educação, em todos os tempos, e principalmente nos dias de hoje, ressente-se de maior aprofundamento e clareza sobre o verdadeiro sentido da vida e da aprendizagem e sobre os objetivos a serem alcançados. Não se trata simplesmente de aprender mais algumas matérias, mas, antes, preparar-se para o pleno exercício de sua cidadania. O desafio é sair da postura reprodutiva, oferecendo indicações que facilitem o aprender e o saber pensar. Seguindo essa linha de pensamento, na caminhada em busca da construção do saber, o mundo sente a necessidade de incluir o pensar próprio desde os anos iniciais da vida escolar do educando. Não podemos “dar” os significados às outras pessoas, elas mesmas devem procurá-los por meio do envolvimento no diálogo e na investigação. Sabemos que é preciso romper com alguns aspectos da matriz pedagógica vigente, cristalizada nas figuras do professor que ensina e do aluno que aprende. A escola deve ser um espaço para construção do saber e integração do indivíduo na sociedade. Baseados na conquista de oportunidades para o entendimento de valores como princípio de vida e norteamos nossa prática de Educação Humanística a partir da pedagogia crítica – social dos conteúdos educando para a cultura de solidariedade na perspectiva de um mundo mais humano.
“O Projeto Pedagógico é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita resignificar a ação de todos os agentes da instituição.” Comunidade Escolar 2014
1- HISTÓRIA DA ESCOLA
Atualmente, a E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO vem sendo administrada desde agosto de 2011 até os dias atuais, pela diretora Maria Cecília Vanzela de Souza, a qual vem realizando um trabalho em conjunto com sua equipe escolar voltado para um foco: processo de ensino - aprendizagem buscando uma gestão de resultados satisfatórios, subsidiando e oferecendo uma educação de melhor qualidade para as crianças e jovens de nossa escola . O objetivo da nossa escola é construir um trabalho coletivo, articulado e com posições diversificadas, o que é uma tarefa desafiadora, que exige, portanto, empenho, paciência, persistência e crença naquilo que queremos alcançar: o desenvolvimento pleno dos alunos, já que se trata, em muitos casos, de alunos com dificuldades sociais, econômicas e familiares o que torna ainda maior a responsabilidade desta unidade escolar em atender as necessidades de um grupo tão diversificado. Diante de todos esses desafios é que nós apresentamos o nosso Projeto Político Pedagógico, voltado para atender este público, tão especial. Nesse contexto, valorizamos a função social da escola e é nesta perspectiva de inclusão social, o qual ilumina-se nos pilares de Jackes Deloris, aprender a aprender, aprender a fazer,aprender a conviver e aprender a ser – e em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais e leis que regem e determinam a educação em nosso país. Obviamente, não poderemos esquecer de adaptá-las dentro dos nossos padrões para que possamos atingir nossos objetivos sem fugirmos de nossos compromissos educacionais. 2 - JUSTIFICATIVA “Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.” Partindo de um princípio diagnóstico, a referida escola buscou adotar medidas que fidelizassem o resultado dos alunos frente a seus níveis de aprendizagem. Vivência escolar, social, familiar, foram os pontos básicos avaliados. No que se refere aos aspectos familiares, algumas crianças e adolescentes agem de forma desobediente e presunçosa, tipos de comportamentos, do ponto de vista dos pais, normais se considerarmos a idade, e outros agem assim como forma de chamar a atenção dos pais ou por falta dos mesmos. Os alunos, no seu contexto educacional, são limitados no que se refere à aprendizagem de alguns conteúdos. No entanto a escola tem metas no tocante dos índices de elevação da aprovação e redução da reprovação e evasão. Para isso, estão sendo adotadas medidas plausíveis como: projetos interdisciplinares, oficinas de linguagem, jogos, reforço escolar paralelo, reforço contínuo acompanhado e aulas de informática. A comunidade, composta de pessoas simples, preserva a boa índole, ajuda a escola e com ela torna-se parceira na busca por uma educação de qualidade.
A escola é favorecida com uma boa estrutura física, havendo espaço para estudar, brincar e dispor do tempo recreativo, contribuindo para seu bem estar educativo e social. O apoio vinculado tem programações favoráveis que atendem as necessidades dos alvos a serem atingidos, principalmente contribuir para ajudar a mudar para melhor, a sociedade. A escola tem a finalidade de proporcionar aos que promovem a inserção destes num segmento sustentável de alcançar metas de conhecimentos práticos e teóricos preparando-os para uma realidade existente compatível com os desafios em que cada indivíduo se insere. O foco, então, é preparar, capacitar e possibilitar a esses agentes, um futuro digno de prosperidade material, espiritual e ético-cultural. Por isso, o levantamento do diagnóstico de nossa clientela nos possibilitou a construir parâmetros ao encontro da perspectiva de futuro deles. Enfim, o PPP (Projeto Político Pedagógico) foi desenvolvido para suprir as necessidades da escola, dos alunos, dos pais e da comunidade em geral. 3 - MISSÃO Oferecer uma Educação de qualidade, pautada nos princípios de uma democracia participativa, comunitária, cristã e ambiental, tornando-se um espaço cultural de socialização e desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício de sua plena cidadania. 4 – FINALIDADES
A E.E. Júlio Conceição tem por finalidade: atender o disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente, ministrar o Ensino Fundamental oferecendo aos alunos serviços educacionais com base nos princípios emanados das Constituições Federal e Estadual, da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, do Estatuto da Criança e do Adolescente, da lei 11.769 que dispões sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, da lei 10.639 que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".da lei 11.645 que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008 que dispõe sobre o atendimento educacional especializado, que regulamenta o parágrafo único do art. 60 da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao decreto nº 6.253, de 13 de novembro de 2007.
CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS 1. Função Social da Escola: Promover, a/ao aluno/a, acesso ao conhecimento sistematizado e, a partir deste, a produção de novos conhecimentos. Preocupar-se com a formação de um/a cidadão/â consciente e participativo/a na sociedade em que está inserido/a.
2. Eixos Norteadores:
Aprender a aprender. Valores: respeito, solidariedade, disciplina, coletividade. Trabalho unificado – coletivo. Criar para humanizar. Compromisso 3. O Trabalho Pedagógico Para refletir sobre a função social da escola nos referendou-se o texto “Escola: Projeto coletivo em construção permanente”. Onde, conclui-se que é necessário um repensar a organização política e pedagógica que permita: 1. Trabalhar valores culturais, morais e físicos; 2. Integrar elementos da vida social aos conteúdos trabalhados; 3. Compreender este aluno/a como um/a cidadão/a que deve ser um/a agente transformador/a da sociedade, além de crítico/a, responsável e participante. A escola deve ser crítica, reflexiva e possibilitar a toda a comunidade um projeto político pedagógico consolidado pela colaboração mútua e o exercício da construção coletiva desencadeando experiências inovadoras que estão acontecendo na escola. “... a escola, por si só não forma cidadãos, mas pode preparar instrumentalizar e proporcionar condições para que seus alunos possam se firmar e construir a sua cidadania.”
A comunidade escolar repensa constantemente o seu papel pedagógico e sua função social, para tanto, se faz necessário refletir sobre a escola que temos, se voltada para os interesses políticos, se discriminadora e produtora de mecanismos de controle que impedem que os nossos estudantes consigam enfrentar em condições de igualdade ou como melhor enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Para que a escola cumpra a sua função social será necessário: • Integração e participação da comunidade escolar; • Os segmentos da escola devem estar plenamente voltados à completa valorização do educando; • Cursos de formação e qualificação dos profissionais da educação; • Criação e reorganização do espaço físico; • Material didático e outros que facilitem o trabalho do professor; • Número de alunos/as em sala de aula condizente com a metragem do ambiente; • Recursos humanos, pedagógicos e financeiros; • Cobrança de regras de convivência em grupo; • Melhor qualificação profissional e salários compatíveis com os diferentes níveis e funções; • Política que estabeleça professores/as efetivos; • Restabelecimento da motivação e credibilidade dos professores/as.
Valores: Ética Ser uma instituição de ensino educacional fundamentada em uma postura íntegra, justa, honesta, valorizando a verdade, o respeito e o diálogo. Respeito e Justiça Agir sem discriminar as pessoas, tratando-as de forma personalizada, com imparcialidade e respeitando as diferenças individuais. Responsabilidade Social Agir de maneira consciente e responsável com as questões sociais e ambientais, buscando um relacionamento sustentável com fornecedores e parceiros. Profissionalismo e Cooperação Atuar de forma organizada e planejada, valorizando o trabalho em equipe e a ajuda mútua. Confiabilidade Ser uma instituição que inspire segurança e credibilidade, da qual todos tenham orgulho de participar. Coerência Agir sempre no sentido de cumprir a nossa missão respeitando os valores em que acreditamos.
5 - CONCEPÇÕES De Mundo: O mundo é o local onde ocorre as interações homem-homem e homemmeio social caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido a rapidez do processo de assimilação das informações e pela globalização torna-se necessário proporcionar ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam superadas as injustiças, diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser humano que se imagina. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança social. De Sociedade: Somos uma sociedade capitalista, competitiva baseada nas ações e resultados, por isso precisamos construir uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo. De Homem: O homem, na atualidade, é um ser competitivo e individualista, resultado das relações impostas pelo modelo de sociedade em vigor. No entanto, a luta deve ser por um homem social, voltado para o seu bem próprio mas, acima de tudo, para o bem estar do grupo do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do movimento dialético “do social para o individual para o social”. Destarte, torna-se sujeito da história.
6 - A RELAÇÃO PROFESSOR - ALUNO O processo interativo da produção de conhecimento na relação professor – aluno ocorre através de um liame estreito e pessoal, no qual a afetividade, a atenção, o carinho e o embasamento teórico estejam presentes. É, antes de tudo, um exercício de liberdade e democracia. Baseado na ousadia, criatividade e na responsabilidade ao considerar o que há, imaginar o que poderia ser, sonhar com o desejado e, finalmente, estabelecer ações concretas que tornem realidade os sonhos. Disciplina, parceria, cooperação, construção conjunta do conhecimento são resultados de uma ação coletiva na qual os papéis de aluno e professor têm clareza de definição. Do professor espera-se que assuma postura de educador, conduzindo o processo construtivo, mediando interpretações, fornecendo elementos instigadores, informações ampliadoras, intervindo, interferindo, estimulando, orientando e desafiando permanentemente o aluno que, aprendendo a aprender, torna-se sujeito no processo ensino-aprendizagem. Do aluno o papel reservado é de protagonista do processo, pois que, a partir dos elementos e questões levantadas, experimenta, duvida, analisa, erra, reconstrói, e, finalmente, aprende, consolidando um conhecimento construído no processo educacional. 7 - PERFIL DE ALUNO QUE DESENVOLVEREMOS Agente de integração e transformações sociais, presente, criativo, responsável, reflexivo e empreendedor. Capaz de conviver com serenidade, participativamente, no desenvolvimento e aperfeiçoamento do meio ambiente em que vive. Reconhecedor da importância do conhecimento como fonte de reflexão, criação e recriação.
Postura humana comprometida com o bem-estar geral e a ética. Cidadão universal, valorizador e admirador das múltiplas culturas, entendedor das dinâmicas das relações pessoais e sociais. Com senso de justiça e igualdade social, solidário e consciente do seu papel de cidadania participativa. Protagonista do processo ensino-aprendizagem, posicionando-se com clareza e objetividade. Questionador construtivo, capaz de interferir, ousar, sugerindo melhoria contínua para os seus relacionamentos e meio ambiente.
8 - VISÃO DO CONTEXTO Atualmente, vivenciamos um processo de transformação estrutural com rápidas e significativas mudanças. Esse processo é consequência da revolução tecnológica, da tentativa de formação de uma economia global e de um caminho de mudança cultural, manifestado principalmente pela nova postura das mulheres na sociedade e por uma diferente consciência ecológica e espiritual. Há uma carência de teorias para dar um marco interpretativo à compreensão do contexto atual. Percebemos que as trajetórias das maiores mudanças estão a nível social... A família (tradicional) tem recebido grandes impactos, quando da inadaptação de novos papéis. É necessário que mulheres e homens busquem formas de reconstrução da estrutura familiar, sem perceberem o sentido geral dos fatos, seguindo os valores éticos das relações humanas. O processo educacional, tanto na família como nas escolas, está engatinhando na percepção da valorização emocional que ainda é, frequentemente, desconhecida e bloqueada. Cabe a nós, educadores, praticarmos transgressões e buscarmos formas de expressão que permitam o compartilhar de experiências que não atrofiem a criatividade, o pensamento e a crítica, mas que redefinam, de forma ampla e rica, a educação atual, desacostumando o indivíduo à passividade mental. Os estudos para nosso Projeto Político Pedagógico continuam reinventando a prática de todos os envolvidos, visando um questionamento diante do que fazemos e não um ajustamento a ações cristalizadas. Continuamos descobrindo, a cada dia, o significado mais alto da nossa educação. Podemos ser superiores e cultos; se nos falta, porém, a profunda integração do pensamento e do sentimento, nossas vidas serão incompletas, contraditórias e cheias de temores torturantes; e enquanto a educação não abranger o sentido global da vida, bem pouco ela significará. A consciência de sabermos o que acontece com cada um de nós e em nosso contexto, faz renascer o encinte emocional, que vai além da prática diária, que dá significado à sua atuação educativa, fortalecendo, de forma coerente, reflexiva, crítica, amorosa, suas relações com o educando. A E.E. Júlio Conceição vem, através do Projeto Político Pedagógico, resignificar suas ações, a fim de que possa ser parte integrante de um novo paradigma educacional, provocando a comunidade escolar a reforçar o sentido de assumirmos a provisão de nossa realidade. A partir desta fé, trabalhamos para que a educação leve à construção de uma cidadania autêntica e seja um meio de compreensão da realidade. Não podemos nos limitar a sermos apenas repassadores de conhecimentos. É necessário que busquemos, permanentemente, aprimorar o trabalho pedagógico que leve a criar condições fundamentais para a autodeterminação dos educandos.
"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes)
9 -REFERENCIAL TEÓRICO "Educação não é o quanto você tem guardado na memória, nem mesmo o quanto você sabe. É ser capaz de diferenciar entre o que você sabe e o que você não sabe." --Anatole France Nosso projeto político pedagógico, ao ser traçado em pontos firmes, mas flexíveis, busca evitar uma diretividade exagerada, pois não pretende ser um projeto acabado e formalizado, mas estar aberto à criatividade de cada um para que possa planejar a dinâmica do ensinar e do aprender de acordo com as solicitações de cada momento. Os pressupostos e princípios desse projeto devem ser construídos com base nas experiências vividas, com os olhos atentos aos sinais dos tempos atuais e dirigidos a um futuro próximo ou remoto. Pretende ser criterioso onde o dizer e o fazer busquem os ecos da adequação e da coerência, num paradigma que acompanhe a ação de ser um educador da E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO.
“A escola deve, em qualquer momento do processo pedagógico, ter clareza do seu papel.” Há um alvo a ser alcançado: a universalização e a socialização do saber, das ciências, das letras, das artes, da política e da técnica. Mas há um ponto de partida que não pode ser esquecido: as experiências de vida e a realidade percebida por aqueles a quem ela deve educar. O objetivo deve ser o de elevar o nível de compreensão dessa realidade por parte do educando, que deve ultrapassar a percepção do senso comum. Em nosso projeto pedagógico, o homem deve ser visto numa totalidade dinâmica como um ser que integra os aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e cristãos. Uma pessoa com condições para a mudança, orientada para ser sujeito de sua educação. O objetivo primordial é dar espaço para que o educando possa exercer sua consciência crítica ao aprender fazendo. A escola deve constituir-se em lugar onde o aluno construa o seu conhecimento, numa postura de indagação e análise avaliativa da realidade social, ao mesmo tempo em que experiência os valores cristãos em ações efetivas. Devemos continuar buscando uma escola aberta aos interesses e necessidades do meio circundante, sem perder nossa identidade.
10 - PROPOSTA CURRICULAR
“Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.” O Que Entendemos Por: Currículo: O currículo extrapola o “fazer” pedagógico abrangendo elementos como grade curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes que o aluno traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este não deve ser trabalhado de forma superficial e desvinculada da realidade. Está enraizada, em nossa ação pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento como um produto pronto para apenas ser repassado, considerando somente a interação unilateral entre professor e aluno. Todavia, é preciso que o objeto do conhecimento seja tratado por meio de um processo que considere a interação/ mediação entre educador educando como uma via de “mão dupla” em que as relações de ensino-aprendizagem ocorram dialeticamente. Só deste modo o currículo conseguirá alcançar seu real objetivo. Para cumprir seu papel, de contribuir para o pleno desenvolvimento da pessoa, prepará-la para a cidadania e qualificá-la para o trabalho, como define a constituição e a LDB, ousamos construir uma escola onde todos sejam acolhidos e tenham sucesso igualitariamente. Refletimos sobre o desafio desta função, pois a missão de cada um é promover o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para o trabalho. Sabendo que o termo pleno desenvolvimento significa cuidar não apenas da tarefa de ensinar os conteúdos clássicos, mas, de dar conta de outras dimensões que fazem parte de cada pessoa, um ser humano perfeito, completo e feliz. A escola busca através da coletividade da comunidade escolar caminhos para a realização desse desafio. Para isso a escola se volta não apenas para a transmissão do conhecimento, mas também enfatiza outros aspectos: as formas de convivência entre as pessoas, o respeito às diferenças, a cultura escolar, o individualismo de cada aluno e seu desempenho dentro do coletivo, entrando em questão as diferentes aprendizagens, ela divide responsabilidades que passam a ser assumidas de forma muito mais intensa e estabelece parcerias e novas possibilidades não construídas. Planejamento: Para planejar, considerando as reflexões anteriores neste documento, o profissional deve mudar sua postura enquanto “homem” e “professor”. Primeiramente é preciso mudar a si próprio para, então, pensar em mudar os outros. Planejar significa, a partir da realidade do estudante, pensar as ações pedagógicas possíveis de serem realizadas no intuito de possibilitar a produção e internalização de conhecimentos por parte do/a educando/a. Além disso, o planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexão-ação na busca constante de um processo de ensinoaprendizagem produtivo. Portanto, não cabe mais uma mera lista de conteúdos. Deve-se dar ênfase as atividades pedagógicas; o conteúdo em sala de aula será resultado da discussão e da necessidade manifestada a partir do conhecimento que se tem do próprio estudante. Logo, de posse de alguns dados referentes ao conhecimento internalizado pelo/a educando/a, passa-se a reflexão e discussão sobre os conhecimentos historicamente sistematizados. Essa forma permite que professor/a e aluno/a avancem
em seus conhecimentos e se constituam como sujeitos reflexivos. A escola deve elaborar, por disciplina, aqueles conteúdos necessários pertinentes a cada série que serão o ponto de partida. “É preciso lembrar que a contextualização deve ser vista como um dos instrumentos para a concretização da ideia da interdisciplinaridade e para favorecer a atribuição de significados pelo aluno no processo de ensino e aprendizagem” (Orientações Curriculares para o Ensino Médio, página 95).
Objetivos do Planejamento: Conhecer o aluno/a, observar e categorizar as suas necessidades e a partir desta constatação, pensar em um planejamento concreto que faça a relação das vivências para o conhecimento científico. Atividades de planejamento: 1. Estabelecer períodos para observar o “conhecimento prévio do aluno” (2 semanas, após o inicio do ano letivo) 2. Reunião por área: Aproximar as disciplinas curriculares, professores, equipe pedagógica, construindo propostas interdisciplinares em diferentes níveis; • Agendar momentos no calendário escolar para planejar por série, fases e disciplina. 3. Organizar projetos pedagógicos que envolvam todos os segmentos da escola, com a participação da comunidade. •
Planejamento por projetos e atividades de ensino; Reunião Geral, para planejar as questões pedagógicas e administrativas; Formação Continuada.
Avaliação: A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar, lança-se também o olhar sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele a quem se está avaliando. Com a nova LDB 9394/96, que trouxe mudanças significativas para este novo olhar para a avaliação tanto no aspecto pedagógico como da legalidade, a escola tem proporcionado momentos de estudo e de discussão deste tema, que não se esgotou até o presente momento. Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitas questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos mínimos, o empenhos dos estudantes no processo, as condições objetivas da prática docente, em relação a correção, critérios, pareceres e a nota como preveem as Resoluções.
Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades pedagógicas, principalmente na relação professor/a com o/a aluno/a e no tratamento dos conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do/a professor/a ajuda a construir as mediações necessárias para a construção do conhecimento. Problemas elencados na elaboração do PPP. • Falta de participação da família no processo educacional; • Falta de articuladores na comunidade escolar; • Deficiência na aprendizagem dos alunos; • Falta de determinados profissionais (assistente social, psicólogos/as, pedagogos/as, coordenadores/as de turno e por disciplina); • Contravalores (passa a ser regra o contravalor como: desrespeito, deseducação, grosseria, etc.) • Falta de orientadores/as pedagógicos/as(serviços de orientação educacional) para realizar um trabalho de articulação entre os alunos/as visando melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem;
Metas Promover pelo menos uma reunião bimestral informativa e de sensibilização com os pais dos alunos; Aumentar de 73% para 90% o índice de aprovação, reduzir a evasão de 3% para 1% e reduzir a reprovação de 24% para 9%; Diminuir a indisciplina; Implantar o Conselho de classe para avaliação e acompanhamento dos alunos bimestralmente junto à equipe gestora e professores. • Avaliação diagnóstica processual que leve em consideração todo o tempo de permanência e atuação do/a aluno/a em sala de aula; • Procurar conhecer o/a aluno/a; • Buscar o comprometimento e participação dos pais/responsável na educação escolar; • Apoio pedagógico aos professores; • Articulação do trabalho pedagógico entre disciplina - interdisciplinaridade; • Departamentos por disciplina ou área de estudo, laboratórios, oficinas (encaminhamento de projetos aos órgãos competentes); • Atendimento extraclasse; • Gerenciamento dos recursos financeiros de maneira mais participativa, visando também, e primordialmente, as questões pedagógicas.
PLANO DE AÇÃO 2014 AÇÕES
PERÍODO REALIZADO
RESULTADO ESPERADO
RESPONSÁVEIS
Realizar reuniões de mestres com a participação dos pais.
Bimestralmente
Participação nas atividades escolares dos filhos.
Núcleo Gestor e Professores
Bimestralmente
Que a partir do conhecimento das atividades da escola,os pais tenham um maior acompanhamento da vida escolar de seus filhos
Núcleo Gestor
Elaborar um boletim informativo bimestralmente para divulgar as atividades e desempenho da escola.
Verificar as dificuldades dos alunos através de tabulações, após as Avaliações. Atividades informativas com pais, alunos e comunidade sobre os temas transversais.
Bimestralmente
Diagnosticar e trabalhar as dificuldades encontradas.
Bimestralmente
Conscientizá-los e diminuir a evasão escolar.
Simulado direcionado as disciplinas de Português e Semestralmente Matemática.(Fundamental I e II.) Projeto de Ensino Disciplinar
Avaliação Institucional
Calendário de Recuperação de Faltas dos Servidores
Momento de confraternização com os diversos segmentos da
Durante o Ano Letivo
Melhorar o índice de Aprendizagem dos alunos nas referidas disciplinas. Aumentar os índices de aprendizagem em todas as disciplinas.
Diagnosticar pontos Anualmente fortes e frágeis para a melhoria da escola. Otimizar, a recuperação de faltas para evitar prejuízos Mensalmente no processo de aprendizagem e acúmulos de descontos salariais. Integração da Bimestralmente comunidade escolar visando a melhoria do
Professores e Coordenadores Pedagógicos, Diretor, Superintendência e Secretaria Escolar. Comunidade Escolar, Coordenadora de Pais,Profissionais das demais áreas e famílias. Professores de Português, Matemática e Núcleo Gestor. Professores e Coordenadores Pedagógicos e Grêmio Estudantil. Núcleo Gestor
Núcleo Gestor e Secretaria
Núcleo Gestor,Professores e Funcionários.
escola.
trabalho em equipe e alcance de resultados.
Monitorar e informar a família dos alunos que apresentam baixo índice de freqüência.
Mensalmente
Atualização do Blog Escolar
Durante o Ano Letivo
Projeto de Leitura e Escrita
Durante o Ano Letivo
Núcleo gestor,Professores, Secretaria Escolar e Coordenadora de Pais Professor de Viabilizar o acesso as Informática, informações através Diretor, da informática. Coordenadores Pedagógicos. Professores, Coordenadores Aumentar os índices Pedagógicos, de aprendizagem em Secretaria de todas as disciplinas. Educação e participação da família Aumentar o índice de aprovação,diminuir o índice de evasão e reprovação escolar.
Sala Informatizada e informatização da escola. A escola participa do programa Acessa Escola e possui uma sala informatizada com 11 computadores novos, conectados à Internet com diversos softwares, cujos alunos são estimulados a utilizar as ferramentas de informática de forma criativa e relacionadas aos diversos saberes. 11-DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Apoio a Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Inclusão A inclusão é um desafio permanente nos nossos dias. Nesse sentido, trabalhar na perspectiva da inclusão de forma ampla significa oferecer múltiplas e sempre singulares condições para o crescimento e aprendizagem de cada aluno/a. É necessário formular políticas de inclusão e projetos político pedagógicos que contemplem a diversidade e incluam as crianças, jovens e adultos da nossa Rede Municipal de Ensino, considerando as diferenças dos sujeitos e as especificidades de suas culturas e aprendizagens, garantindo a equiparação de oportunidades. Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais com o apoio das salas SAPES – DA e DI A Política Nacional de Educação Especial preconiza que alunos com necessidades educacionais especiais estejam matriculados preferencialmente na rede regular de ensino e que o Estado assegure as condições para atender às suas necessidades. Para tanto, a Educação Especial, como modalidade de educação escolar, terá que ser promovida sistematicamente nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Historicamente, a Secretaria de Educação vem trabalhando no sentido de que alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs) estejam matriculados,
preferencialmente, na rede regular de ensino. Ao mesmo tempo, a educação dos alunos com NEEs pode realizar-se na escola especial, sempre que, em função das condições específicas destes, não for possível a sua inclusão no ensino comum (LDB 9394/96). A tomada de decisão sobre o espaço mais adequado para educação dos alunos com NEE’s envolve um processo de avaliação que possui fluxos e critérios distintos em cada nível ou modalidade de ensino (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos). Salienta-se que a inclusão dos alunos com NEE’s é determinada por uma avaliação pedagógica, não estando, portanto, condicionada ao diagnóstico médico (CID).
Fundamentos legais A Educação Especial, como modalidade da educação escolar, organiza-se a fim de cumprir os seguintes dispositivos legais, os quais também devem traduzir-se em princípios políticos e pedagógicos: Constituição Federal de 1988 A Constituição Federal estabelece que o acesso ao ensino é um direito e que este atendimento deve ser realizado preferencialmente na rede regular de ensino (art.208). Para tanto, é necessário a “criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos” (art.227, inciso I). Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n°.8.069/90 O ECA dispõe, entre outros direitos, que: “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais” (art.5º); “a criança e o adolescente portadores de deficiências receberão atendimento especializado.” (art. 2º). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 A LDB, em seu capítulo V, estabelece: “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (art.4º); “haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela da educação especial” (art.58, parágrafo 1º) “O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular” (art.58, parágrafo 2º); “A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil” (art.58, parágrafo 3º). “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com NEEs: currículos, métodos, técnicas , recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino
fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora” (art.59). Plano Nacional de Educação – Lei n°. 10.172/01 O Plano Nacional de Educação estabelece metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais. Dentre elas, podemos destacar: “Garantia de ensino fundamental obrigatório de nove anos a todas as crianças de 7 a 14 anos, assegurando o seu ingresso e permanência na escola e a conclusão desse ensino”; “Garantia de ensino fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram”; “ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino – a educação infantil, o ensino médio e a educação superior”. Além dessas metas mais amplas, são elaboradas outras específicas sobre a educação especial: “estabelecer, no primeiro ano de vigência deste plano, os padrões mínimos de infraestrutura das escolas para o recebimento dos alunos especiais”; “assegurar a inclusão, no projeto pedagógico das unidades escolares, do atendimento às necessidades educacionais especiais de seus alunos, definindo os recursos disponíveis e oferecendo formação em serviço aos professores em exercício.”; “articular as ações de educação especial e estabelecer mecanismos de cooperação com a política de educação para o trabalho, em parceria com organizações governamentais e não governamentais, para o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos especiais, promovendo sua colocação no mercado de trabalho. Definir condições para a terminalidade para os educandos que não puderem atingir níveis ulteriores de ensino”; “incluir nos currículos de formação de professores, nos níveis médio e superior, conteúdos e disciplinas específicas para a capacitação ao atendimento dos alunos especiais; ”organizar e pôr em funcionamento em todos os sistemas de ensino um setor responsável pela educação especial, bem como pela administração dos recursos orçamentários específicos para o atendimento dessa modalidade, que possa atuar em parceria com os setores de saúde, assistência social, trabalho e previdência e com as organizações da sociedade civil”. Resolução nº4, CNE/CEB, de 2 de outubro de 2009 Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. “Os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar na formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. Art. 6º Em casos de Atendimento Educacional Especializado em ambiente hospitalar ou domiciliar será ofertada aos alunos, pelo respectivo sistema de ensino, a Educação Especial de forma complementar ou suplementar. Art. 9º A elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento. Art. 10. O projeto politico pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização: I - sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II -matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III - cronograma de atendimento aos alunos; IV - plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V - professores para o exercício da docência do AEE; VI - outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII - redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE. Parágrafo único. Os profissionais referidos no inciso VI atuam com os alunos públicoalvo da Educação Especial em todas as atividades escolares nas quais se fizerem necessários. Art. 12. Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica para a Educação Especial.” Resolução n.º 004 CNE/CEB de julho de 2010 Seção II Educação Especial
Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar. § 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos. § 2º Os sistemas e as escolas devem criar condições para que o professor da classe comum possa explorar as potencialidades de todos os estudantes, adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e inclusiva e, na interface, o professor do AEE deve identificar habilidades e necessidades dos estudantes, organizar e orientar sobre os serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade para a participação e aprendizagem dos estudantes. § 3º Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino devem observar as seguintes orientações fundamentais: I - o pleno acesso e a efetiva participação dos estudantes no ensino regular; II - a oferta do atendimento educacional especializado; III - a formação de professores para o AEE e para o desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas; IV - a participação da comunidade escolar; V - a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e informações, nos mobiliários e equipamentos e nos transportes; VI - a articulação das políticas públicas intersetoriais. "Viva e cresça com a diferença" A E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO assume a identidade de escola inclusiva que, na sua concepção, é aquela que se organiza para não só acolher alunos com necessidades educacionais especiais, mas que se compromete em assegurar a todos, as melhores condições de interação e desenvolvimento global, seja em classes regulares ou em classes especiais, denominadas de Classes Integradas. Os alunos incluídos vivenciam um currículo adaptado, de acordo com suas possibilidades e limitações frente à aprendizagem, nas diferentes áreas do conhecimento. Este currículo é geralmente adaptado a partir do estabelecido para cada série/ano, após o estudo das necessidades e reais condições de cada aluno(a). Adaptações Curriculares Procuramos fazer com que as adaptações curriculares no nível individual incorporem, ao máximo, as importantes vivências coletivas propostas à classe e ao colégio como um todo e o grau de dificuldade das propostas vai sendo dosado conforme os avanços obtidos por cada um(a). Seguindo os princípios (documentos/legislação) orientadores para uma escola de qualidade para todos, a escola INCLUSIVA, o aspecto das “Adaptações Curriculares” coloca-se como fundamental. Adaptações Curriculares são ajustes ou modificações que deverão ocorrer nos objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, temporalidade ou nas atividades de ensinoaprendizagem, para atender à diversidade de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
Essas adaptações são realizadas de forma espontânea / rotineira, no âmbito da sala de aula sob a responsabilidade do (a) professor (a), dentro de atividades comuns à sala, como também, no âmbito mais amplo do aspecto acadêmico do colégio. Nesse sentido, a Secretaria da Educação juntamente com a coordenação pedagógica da escola presta uma assessoria específica aos profissionais que atuam com o (a) aluno (a) com NEE, a fim de construir, junto aos mesmos, as necessárias adaptações. Materiais específicos também são adquiridos ou construídos pelas coordenadoras e professoras acompanhantes pedagógicas, para favorecerem a participação dos referidos alunos na dinâmica da sua sala e facilitar a gestão da classe pelo (a) professor (a). Apesar da proposta/atividade adaptada ser, prioritariamente, contextualizada dentro do que é proposto regularmente ao grupo-classe, ela poderá se distanciar significativamente nos seus objetivos, no nível de desafio, pois ela deverá atender às necessidades individuais de cada aprendiz. Avaliação Diferenciada Na avaliação, promoção/retenção do aluno N.E.E., diversos aspectos estão “envolvidos”, desde os aspectos socioafetivos (estabilidade emocional, interação com o grupo-classe, autonomia) até os aspectos cognitivos, referentes a avanços possíveis que ocorreram e os que poderiam ter ocorrido, mas que por alguma inadequação (familiar/escolar) não puderam ser assegurados. A partir disso, a retenção do aluno com N.E.E poderá vir a ser necessária, visando garantir-lhe melhores condições gerais para seguir no curso da aprendizagem. Para casos extremos de defasagem quanto às condições de aprendizagem ou faixa etária, planeja-se uma Diversificação Curricular, compondo-se um Plano Individualizado de Ensino (P.I.E.), no qual serão traçadas metas essenciais de socialização, autocuidados e construções conceituais básicas, úteis, funcionais na vida diária do aprendiz, de modo a melhor prepará-lo para uma atuação mais autônoma na vida social. Modalidades de Apoio O apoio da sala SAPE tem o objetivo de desenvolver e potencializar as condições reais de aprendizagem de cada aluno(a), respeitando o nível de desenvolvimento em que cada um(a) se encontra, utilizando-se de recursos diferenciados. Essa modalidade de apoio tem um caráter preventivo, visando potencializar as condições básicas de aprendizagem preservadas do educando, a fim de que, no futuro, os déficits reais comprometam menos as suas aquisições do conhecimento. O nosso investimento primordial é na construção da autonomia, na produtividade e na integração ao ambiente escolar e na vida cidadã. Sala de Recursos É um serviço criado para auxiliar as professoras de sala no atendimento diferenciado aos alunos com necessidades educacionais especiais, no próprio horário de trabalho, visando assegurar-lhes uma orientação mais individualizada, minimizando, assim, as suas dificuldades de aprendizado. Os alunos que participam desse serviço são encaminhados por seus professores para a Sala de Recursos, em horários combinados. O atendimento geralmente é feito em duplas
e as atividades que lá se realizam são construídas pela(s) própria(s) professora(s) da classe, podendo ser adaptadas pela educadora responsável por esse serviço.
12 - PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Educação - O processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizado” e desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento, possibilitando, assim, que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade. A verdadeira educação visa à promoção do homem, ao “exercer corajosamente” a sua função conscientizadora e crítica de despertadora da vida e da esperança”, bem como ao animar a pessoa para o exercício de sua própria cidadania em seus direitos e deveres. Através da educação, temos a missão de resgatar as reservas inesgotáveis de potencialidades de transformação que todas as pessoas têm, promovendo a verdadeira prosperidade do ser humano, da nossa nação e de todo o mundo. “O ensinar é um amplo momento de vida entre o educador e o educando”. (Morais, 1986,p.5) O processo de educação permite que ao mesmo tempo que sejamos mediadores de nosso desenvolvimento sejamos também responsáveis pelo desenvolvimento do outro no coletivo. Ao construirmos o Projeto Político Pedagógico de nossa escola, salientamos o fato de que a história da Educação nos apresenta tendências que, em alguns casos, por má interpretação ou uso sem reflexão, enveredam pelo autoritarismo exagerado ou espontaneísmo inconsequente. Torna-se necessária uma análise apreciativa e crítica para maior assimilação, reflexão e conscientização do processo que vivenciamos atualmente, como pilar de sustentação para futuros estudos e mudanças. A contextualização de projetos e ideias é o meio mais seguro de alcançarmos o aperfeiçoamento e a concretização de transformações. Respeitando o passado e as tradições, não estaremos impedindo o despertar da consciência, mas fomentando o respeito às diferenças, assim como reverência ao progresso das pessoas e seu aprimoramento e valorizando o que esse perfeiçoamento trará o progresso social. Durante o processo dos estudos para construção do Projeto Pedagógico, discutimos sobre as principais abordagens teórico-pedagógicas: 12.1 - Comportamentalismo Essa abordagem metodológica tem, na sua marca característica, uma origem empirista, pois considera o conhecimento como resultado direto da experiência ou experimentação planejada. O aprendiz conhece por “descoberta” algo novo para ele, mas que já existia na realidade exterior. Para Skinner, representante da análise funcional do comportamento e muito conhecido no Brasil, “cada parte do comportamento é uma função de alguma condição que é descritível em termos físicos, da mesma forma que o comportamento”. A proposta é desenvolvida, considerando que o comportamento humano é modelado e reforçado, com supervalorização de controle e recompensas. Isto exige a previsão rigorosa das sequências de atividades de aprendizagem que modelam o
comportamento humano, a partir de contingências de reforços, desconsiderando elementos não observáveis ou subjacentes ao comportamento. (Mizukamini, 1986). Para os comportamentalistas ou behavioristas, o homem é resultado de influências e forças exteriores. A realidade é um fenômeno objetivo que pode ser manipulado e o comportamento humano altera-se em função de condições exteriores, daí a importância que esta abordagem dá à organização de situações mais adequadas às mudanças pretendidas. Três aspectos precisam ser considerados para que a formulação das relações entre um organismo e seu meio ambiente seja adequada: a) ocasião desencadeadora de resposta. b) a natureza da resposta. c) presença de reforço. Skinner é favorável ao relativismo cultural, considerando que cada cultura tem seu próprio conjunto de coisas boas e que o critério de bom, aplicado a um contexto, não é aplicável a outro.“Qualquer ambiente, físico ou social, deve ser avaliado de acordo com os efeitos sobre a natureza humana”. (Mizukamini, 1986) 12.2 - Humanismo A tendência predominante desta abordagem é o sujeito num enfoque interacionista, onde o desenvolvimento humano é analisado em suas interações com o objeto do conhecimento. Carl Rogers é identificado como representante da psicologia humanista e influencia o ensino centrado no aluno, com ênfase nas relações interpessoais e no estudo do crescimento humano delas derivado. Considera os processos de construção e de organização pessoal da realidade, a orientação interna do aluno e o autoconceito que ele constrói. O professor dá assistência, oferece ambiente rico em solicitações de aprendizagens que são alcançadas pelas atividades e experiências discentes. A atividade, considerada como processo natural, visa à autorrealização do ser humano para o uso pleno de suas potencialidades. Como o conhecimento é inerente à condição de vida do ser humano, a curiosidade é natural e o move mentes na busca de respostas equilibradoras. A escola tem como função, nesta abordagem, a organização de condições nas quais o aluno se torne mais humano e aprenda a colaborar com os outros, sem deixar com isto de ser indivíduo. Educação é tudo que possibilita o crescimento pessoal, interpessoal ou intergrupal e tem como objetivo a aprendizagem de conceitos e experiências fundamentais numa aprendizagem pessoal, dinamizada pelos motivos do próprio aluno. 12.3 – Cognitivismo A abordagem cognitivista é derivada da investigação psicológica dos processos intelectuais dos indivíduos em suas estruturas mentais (não facilmente observáveis), tais como:“organização do conhecimento, processamento de informações, estilos de pensamento ou estilos cognitivos, comportamentos relativos à tomada de decisões...” O cognitivismo estuda cientificamente a aprendizagem, considerando o modo como os estudantes lidam com os desafios do meio, organizam dados, percebem e buscam a solução de problemas concretos, adquirem conceitos, obtêm e usam
inteligentemente o código escrito e símbolos verbais. A ênfase é dada à capacidade do aluno em integrar informações e de modo como realiza o processamento dessas informações. Com enfoque interacionista, o homem e o mundo são analisados conjuntamente, pois o conhecimento é construído pelo sujeito em interação com o meio. Jean Piaget é o nome mais representativo dessa abordagem. Ele defende a ideia do desenvolvimento do ser humano, através de fases sucessivas e inter-relacionadas, alcançando estágios de inteligência com maior mobilidade e estabilidade. Os desafios intelectuais do meio promovem as condições necessárias para a construção de estruturas cognitivas pela atividade intermitente do sujeito com o real. Piaget, segundo Chiarottino, 1984, p.33, admite três tipos de estruturas orgânicas: as programadas no genoma (as dos aparelhos digestivo e reprodutor); as parcialmente programadas (as do sistema nervoso) e as não programadas (as estruturas mentais). Por essa razão, os homens têm diferentes níveis de construção, dependendo da ação solicitadora do meio. Pelas trocas do organismo com o meio, o sujeito constrói seus esquemas de ação, agindo sobre o mundo e dele sofrendo influências, em processo constante de adaptação. No sentido piagetiano, adaptação implica um sujeito ativo, com possibilidade de transformar-se e de transformar a realidade, construindo seus conhecimentos e sua própria inteligência. Frente a uma situação desconhecida, o sujeito enfrenta o conflito cognitivo e, através de atividades e um jogo de regulações entre o que já sabia e o que se lhe apresenta como novo, o sujeito vive um processo interno de regulação, através dos mecanismos de assimilação e acomodação, alcançando uma nova equilibração ou reequilibração, mais rica que anteriormente experimentada. O mecanismo que o sujeito usa para compreender o seu mundo é chamado de assimilação. Tudo que está no meio e no próprio sujeito tende a ser explicado, primeiramente, pelas estruturas cognitivas já construídas. Assim o sujeito está em frequente assimilação do meio a seus esquemas ou estruturas cognitivas. Piaget apresenta a aquisição do conhecimento humano em duas fases: a) Fase de constatação, cópia ou repetição (exógena). b) Fase de compreensão das relações, das combinações (endógena). O trabalho escolar pode restringir-se à primeira fase, mas o verdadeiro conhecimento situa-se na segunda, pois pressupõe abstração. Para o mesmo autor, a abstração pode ser empírica ou reflexiva. Empírica quando as informações são obtidas no próprio objeto e é reflexiva quando ocorre graças às operações (ou coordenação de ações) e da própria atividade do sujeito e exige reorganização mental. O construtivismo interacionista é característico desta abordagem e a escola deve ensinar a criança a observar o meio, dando condições para que o sujeito aprenda por si mesmo e desenvolva suas potencialidades motoras, verbais e mentais para realizar, posteriormente, intervenções socioculturais e transformações na sociedade. A proposta escolar cognitivista pressupõe uma aprendizagem ativa alcançada pela pesquisa, pela investigação, pela solução de problemas e não pela memorização de fórmulas, nomenclaturas, definições... “A aprendizagem verdadeira se dá pelo exercício operacional da inteligência”.
O papel do professor é de desencadeador de problemas para que os alunos busquem a solução. O ambiente onde os alunos trabalham deve ser desafiador e promotor de interesse e busca de respostas equilibradoras. 12.4 - Abordagem Crítico-Social dos Conteúdos A compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, nos permite situar a especificidade da educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens. (Demerval Saviani) Trata-se de uma concepção que procura se afirmar sobre uma base histórica e historicizante. É o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico-objetivo. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, em 1979. (Revista ANDE, nº11/86) A tarefa a que se propõe a pedagogia histórico crítica em relação à educação escolar implica: a) identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo suas condições e compreendendo as suas principais manifestações bem como as tendências atuais de transformação; b) conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares; c) provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção bem como as tendências de sua transformação. Esta abordagem vai tomando forma na medida em que se orienta a educação como aprendizagem crítica do conhecimento: a educação problematizadora e conscientizadora. Trabalha a partir de palavras ou temas geradores, a partir do diálogo. Não se restringe ao ambiente acadêmico, sai para analisar o mundo e suas implicações. O conteúdo dos diálogos é extraído da realidade para a aprendizagem, conduzindo os alunos e professores ao caminho do autoconhecimento e desenvolvimento integral, independentemente de uma ação política, religião ou credo. ... “ Transformações O momento de transformação é mágico Há nele uma percepção profunda do momento presente Há um mergulho no cerne da existência Há sincronicidade numa grande harmonia de “ser” É como aquele exato momento em que a lagarta se transforma em borboleta E voa sem nunca ter voado E é bela, de uma beleza nunca percebida antes E é borboleta , depois de um tempo ser lagarta A transformação no Homem é como um momento musical Uma fusão de cores. Uma convergência de energia Uma percepção do “todo” É a sincronicidade A mágica da mutação O surgimento do “novo” O desvelamento de uma face antes escondida
Assim o Homem vai se transformando E crescendo E evoluindo Nas suas múltiplas possibilidades de “virar borboleta” Buscar a sintonia com a mudança que se aproxima Ganhar consciência da nova transformação E fazer história E estar presente no coração do mundo Transformando-se a si mesmo Deixando seu sinal de amor naquele que passa e sente a mudança Deixando seu traço no ambiente que se renova Deixando seu rastro no caminho percorrido com sinal de esperança Assim caminha o Homem que se abre às transformações”... (Trecho poético citado em Pedagogia da Transgressão/96) 12.5 - Teoria das Inteligências Múltiplas Numa visão tradicional, a inteligência é definida operacionalmente como a capacidade de responder a itens em testes de inteligência. A inferência, a partir dos resultados de testes de alguma capacidade subjacente, é apoiada por técnicas estatísticas que comparam respostas de sujeitos em diferentes idades. A aparente correlação desses resultados de testes através das idades e através de diferentes testes corrobora a noção de que a faculdade geral da inteligência não muda muito com a idade ou com treinamento ou experiência. Ela é um atributo ou faculdade inata do indivíduo. A teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, por outro lado, pluraliza o conceito tradicional. Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo. A criação de um produto cultural é crucial nessa função, na medida em que captura e transmite o conhecimento ou expressa as opiniões ou os sentimentos da pessoa. Os problemas a serem resolvidos viriam desde teorias científicas até composições musicais para campanhas políticas de sucesso. Uma polêmica lançada por Gardner é em relação ao famoso teste de Q.I. Em sua opinião, a inteligência não é um número e, por isso, não pode ser medida por meio de um teste. Ele chegou a essa conclusão ao iniciar os seus trabalhos de pesquisa com estudantes que não haviam sido brilhantes na escola, porém, tinham-se transformado em excelentes profissionais, contrariando todas as perspectivas de um futuro ruim que as notas escolares indicavam. “Toda a base da inteligência como uma grandeza, possível de ser medida, é que ela é determinada por fatores hereditários”, afirma Kátia Smole. “Gardner não discorda que a inteligência tenha componentes biológicos, mas acrescenta que não são apenas esses componentes os responsáveis pelo seu desenvolvimento. Fatores, como meio social e estímulo, também influenciam no desenvolvimento da inteligência”. Ou seja, exceto os casos de anomalias, qualquer pessoa tem capacidade de desenvolver suas inteligências. A função da sociedade, principalmente da escola, é formar cidadãos equilibrados. O professor norte-americano, Howard Gardner, especializou-se em educação e neurologia, pela Universidade de Harvard. Publicou vários livros sobre seus estudos a
respeito das inteligências múltiplas. A Teoria das Inteligências Múltiplas não se trata de uma corrente pedagógica, seus fundamentos permitem aos educadores sérias reflexões sobre ensino e aprendizagem. As teorias de seu colega Daniel Goldman, autor do bestseller Inteligência Emocional, também têm influenciado alguns pedagogos. Desde que o livro de Daniel Goleman, jornalista e psicólogo norte-americano (Universidade de Harvard), chegou às livrarias, este tema está sendo muito discutido entre os educadores. Com muitas pesquisas feitas ao longo de anos, Goleman prova que nem sempre uma inteligência brilhante é passaporte seguro para uma vida adulta cheia de realização. O psicólogo americano mostra que ter controle das próprias emoções (inteligência intrapessoal) é mais importante que qualquer brilhantismo para os números ou para as letras. Pesquisando o cérebro e pacientes com lesões cerebrais, Gardner diz que o que se chama de “inteligência” não se refere apenas à capacidade de entender alguma coisa, mas também à criatividade e à compreensão. As Inteligências estudadas por Gardner: a) Linguística: domínio da expressão com a linguagem verbal; dar arquitetura às palavras. b) Lógico matemática: capacidade de raciocínio lógico e compreensão de modelos matemáticos; habilidade de lidar com conceitos científicos. c) Espacial: sentido de movimento, localização e direção; percepção de objetos. d) Musical: capacidade de compreender os sons. e) Corporal sinestésica: domínio dos movimentos do corpo; a inteligência dos atletas e bailarinos, por exemplo. f) Naturalista: sensibilidade para aprender os processos da natureza. g) Intrapessoal: capacidade de autocompreensão, automotivação e conhecimento de si mesmo; habilidade para administrar os sentimentos a seu favor. h) Interpessoal: capacidade de se relacionar com o outro, entender reações e criar empatia. i) Existencial (em estudo): inteligência voltada para o questionamento filosófico e religioso. (Howard Gardner. Inteligências Múltiplas; Mentes que lideram: uma anatomia da liderança); Mentes que criam; Inteligência; Múltiplas perspectivas, (editora Artes Médicas)
As discussões foram importantes para chegarmos a seguinte conclusão: professor deve estar a par das teorias e tendências pedagógicas ao problematizar suas questões do cotidiano e ao pensar sua prática, sem contudo estar firmemente preso a uma delas. Deve, antes de tudo procurar o melhor de cada uma, seguindo uma aplicação cuidadosa que permita avaliar sua eficiência. Devemos ressaltar que as teorias são importantes, mas cabe ao professor construir sua prática embasado nelas, pois são elementos norteadores e não "receitas" prontas. 13 - OBJETIVOS GERAIS A E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO objetiva sua ação educativa, fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso, permanência e sucesso, da obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade escolar.
Proporcionar ao educando um saber qualificado tendo em vista a ampliação de suas habilidades, potencialidades e de sua trajetória estudantil e social. Dinamizar técnicas do trabalho pedagógico, garantindo o sucesso do educando de forma a construir cidadãos bem informados e competentes. Identificar normas e processos que intensificam ou dificultam o exercício cotidiano da democracia na escola, analisando o desenvolvimento de alunos, pais, professores e funcionários nos momentos de tomadas de decisão para que possam conduzir ações em busca de um bem comum.
14 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS POR DISCIPLINA Língua Portuguesa Ao longo dos nove anos do ensino fundamental, espera-se que os alunos adquiram progressivamente uma competência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso aos bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado. Para que essa expectativa se concretize, o ensino de Língua Portuguesa deverá organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de: expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos — tanto orais como escritos — coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados; utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade linguística valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias da situação comunicativa de que participam; conhecer e respeitar as diferentes variedades linguísticas do português falado; compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de quem os produz; valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos; utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem, sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos: identificar aspectos relevantes; organizar notas; elaborar roteiros; compor textos coerentes a partir de trechos oriundos de diferentes fontes; fazer resumos, índices, esquemas, etc.; valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opiniões, bem como de acolher, interpretar e considerar os dos outros, contrapondo-os quando necessário;
usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica; conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia. Língua Estrangeira (Inglês) Conhecer e utilizar o idioma inglês para o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo, com ingresso na área da globalização, apresentando-o de forma natural e interativa, desenvolvendo a habilidade linguística de leitura e compreensão, bem como ampliar o vocabulário e consolidar o emprego de estruturas gramaticais. Arte Educação: "Quero conhecer, para melhor sentir e sentir para melhor conhecer". Cézanne Esperamos que no decorrer do ensino fundamental o aluno desenvolva sua competência artística e estética nas diversas modalidades da área de Artes:
Aprender artes envolve não apenas uma atividade de produção artística pelos alunos, mas também, a conquista da significação do que fazem, através do desenvolvimento da percepção estética, alimentada pelo contato com o fenômeno artístico, visto como objeto da cultura através da história e como conjunto organizado de relações formais.
Ao fazer e conhecer artes espera-se que o aluno percorra trajetos de aprendizagem que propiciem conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo. Além disso, desenvolvam potencialidades como percepção, observação, imaginação e sensibilidade, que possam alicerçar a consciência do seu lugar no mundo e que também contribuam para a apreensão significativa dos conteúdos das outras disciplinas do currículo. Educação Física Nesse contexto, a Educação Física é desafiada a propiciar ao aluno oportunidades de: • Aprender a conhecer e a perceber, de forma permanente e contínua, seu corpo, suas limitações, na perspectiva de superá-las, e suas potencialidades, no sentido de desenvolvê-las, de maneira autônoma e responsável. • Aprender a conviver consigo, com o outro e com o meio ambiente. É por meio de vivências corporais e interações sociais éticas que o sujeito: a. apropria-se de conhecimentos sobre o corpo e suas práticas, b. desenvolve sua identidade; c. aprende, gradativamente, a articular seus interesses e pontos de vista com os dos demais: d. apreende o conhecimento sobre si, sobre o outro e sobre o mundo; e. aguça sua curiosidade e seu espírito investigativo; f. amplia sua capacidade de escutar e dialogar, de trabalhar em equipe, de conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente;
g. percebe-se como integrante responsável, dependente e agente transformador do meio ambiente, na perspectiva de sua preservação. h. educa-se para o lazer. • Aprender a ser cidadão consciente, autônomo, responsável, competente, crítico, criativo, sensível. • Aprender a viver plenamente sua corporeidade, de forma lúdica, tendo em vista a qualidade de vida, promoção e manutenção da saúde. Matemática O papel da Matemática no Ensino Fundamental como meio facilitador para a estruturação e o desenvolvimento do pensamento do(a) aluno(a) e para a formação básica de sua cidadania é destacado.''... As finalidades do ensino de Matemática indicam, como objetivos do ensino fundamental, levar o aluno a: identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis; comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. Ciências Naturais Os objetivos de Ciências Naturais no ensino fundamental são concebidos para que o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica. Esses objetivos de área são coerentes com os objetivos gerais estabelecidos na Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais e também com aqueles distribuídos nos Temas Transversais.
O ensino de Ciências Naturais deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham as seguintes capacidades: compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive; identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações; valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva; compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem. Geografia Espera-se que, ao longo dos oito anos do ensino fundamental, os alunos construam um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia, que lhes permitam ser capazes de: conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção do território, da paisagem e do lugar; identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais; compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações; compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições; fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens; saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia. História Espera-se que, ao longo do ensino fundamental, os alunos gradativamente possam ler e compreender sua realidade, posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente. Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de: identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços; organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para algumas questões do presente e do passado; conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles; reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço; questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação política institucionais e organizações coletivas da sociedade civil; utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia. 15 - METODOLOGIA DO ENSINO
O trabalho pedagógico na E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO parte de uma concepção humanista de educação, tendo como base os PCNs e a fundamentação teórica de alguns pensadores. Jean Piaget em “As Leis do Equilíbrio”, diz que para a aprendizagem acontecer é preciso o desequilíbrio, algumas incertezas, para assimilar novas informações, formulando hipóteses sobre elas e surgirá, então, a acomodação e o reequilíbrio. Lev Semenovick Vygotsky, diz que a construção do conhecimento se dá de acordo com o seu ambiente histórico e social, um ir e vir constante do nível real (autonomia) para o nível de conhecimento potencial (possibilidade). Ausubel, quando o aluno coloca significado no que aprende, ou seja, faz a relação da teoria com o mundo real, então, acontece a assimilação dos conteúdos. Uma concepção de metodologia que considere e respeite o fazer humano deve ter a característica da construção e transformação contínua, procurando permanente evolução. Tal fazer não tem receitas prontas ou se constitui em um método. Partindo da pluralidade e diversidade da essência humana, desafiá-la, questioná-la, ampliá-la não podem ser ações únicas, devendo ser inspiradas por princípios claros, mas adaptadas a cada indivíduo e situação com engenho e arte. Na prática escolar são as reflexões metodológicas que, fundadas nas concepções de homem, mundo, sociedade e educação, num diálogo vivo, questionador, que dimensiona o conhecimento histórico das experiências sociais, contextualizam o ser como humano e a sociedade como espaço vivencial. Enfim, a metodologia E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO deve ser: Questionadora: na medida em que apresenta as contradições básicas da vida com problemas que desafiam as pessoas nela envolvidas; Integradora: na medida em que possibilita às pessoas captarem o desafio e relacionarem com todas as dimensões da vida; Crítica: na medida em que oportuniza a busca das causas dos problemas existenciais, sociais e políticos. Impulsionadora da ação: na medida em que, ao responderem os desafios, as pessoas sintam-se comprometidas no processo de transformação de sua realidade; Dialógica: na medida em que elas são chamadas a conhecer, a elaborar o seu conhecimento, quando se encontram em autêntica comunicação com outras pessoas; Criativa: na medida em que oferece a elas a possibilidade de construir seu saber, partilhando suas experiências, inventando e reinventando seu mundo, criando sua cultura e forjando seu destino como seres históricos; Permanente: na medida em que, considerando os alunos como seres inacabados, numa realidade igualmente inacabada, dá-lhes a chance de refazerem, na ação-reflexão, constantemente, sua realidade existencial, tendo em vista sua plena libertação, em busca do saber.
16 -ESTRATÉGIAS
Promover e desenvolver práticas esportivas, artísticas e culturais em parceria com a Secretaria de esportes, Secretaria de saúde e voluntários; Concentrar esforços nas disciplinas e séries que apresentam índices mais baixos de rendimento; Estimular a participação no processo ensino-aprendizagem. 17-AVALIAÇÃO
“O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, maspermitir a cada um aprender”. (Perrenoud, p. 165, 1999) Na E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO a avaliação é considerada um processo dinâmico e contínuo, inclui tanto a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos como a avaliação permanente do ensino oferecido a eles. A avaliação da aprendizagem é resultante da observação, coleta de dados, registros, reflexão e análise sobre o desempenho dos alunos nos períodos demarcados pela escola e ao longo do ano escolar. Para essa avaliação são considerados a apropriação de conhecimentos, o domínio de habilidades e competências e atitudes previstas em cada série. A avaliação, parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será, portanto, contínua, cumulativa e considerará no desempenho do aluno, a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a fim de proporcionar aos seus alunos:
continuidade de aprendizagem na construção do seu conhecimento;
condições de prosseguimento de seus estudos em nível mais elevado;
contribuir para a integração definitiva do educando no usufruto da cidadania.
A E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO adota os seguintes critérios: 17.1 - AVALIAÇÃO DIVERSIFICADA: Esse processo pode ser composto por exercícios procedimentais, trabalhos individuais ou em grupo, coleta de dados, apresentações orais ou escritas, provas parciais, estudos comparados, síntese de leituras etc. Tais instrumentos de avaliação deverão ser aplicados pelo professor ao longo do período (trimestre) com a finalidade de compor a média trimestral, ficando a seu critério as datas de aplicação dessas avaliações. 17. 2 -AVALIAÇÃO SISTEMATIZADA: Tem como objetivo avaliar os conceitos básicos apresentados nos planos de disciplinas e deverá ser aplicada ao aluno individualmente. É um instrumento abrangente, acumulativo e integrador. Será aplicada conforme calendário organizado pelas coordenações pedagógicas, em consonância com o calendário da Secretaria Municipal de Educação.
18 - O PROCESSO DE RECUPERAÇÃO Ao aluno com baixo rendimento escolar diagnosticado durante cada bimestre letivo serão oferecidos estudos de recuperação paralela, sem limite de componente curricular. Os estudos de recuperação paralela constituir-se-ão de orientação contínua de estudos, com criação de novas e diversificadas situações de aprendizagem, programadas em função do diagnóstico de dificuldades no desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem, mediante: 1. atuação permanente do professor em sala de aula e/ou pelo desencadeamento de ações pedagógicas suplementares para turmas com dificuldades comuns ou individualmente; 2. ação conjugada de vários professores e da equipe técnico-pedagógica, no enfrentamento de problemas no(s) componente(s) curricular(es) considerados; 3. a identificação dos conteúdos programáticos em que o aluno esteja apresentando dificuldades de aprendizagem; 4. a caracterização das dificuldades apresentadas pelo aluno e suas possíveis causas; 5. a seleção de estratégias e recursos didáticos para o desenvolvimento desses estudos de recuperação; Os estudos de recuperação desenvolver-se-ão na seguinte conformidade:
de modo contínuo, realizados sistematicamente, na própria sala de aula, pelo professor do componente curricular considerado;
de modo paralelo, desenvolvido ao longo do bimestre letivo considerado, sob a responsabilidade do professor do componente curricular pertinente ou de outros professores indicados pela coordenação pedagógica. Os estudos de recuperação, de acordo com a(s) dificuldade(s) de aprendizagem do aluno, desenvolver-se-ão da seguinte forma: 1. com freqüência obrigatória do aluno em horários diversos das atividades normais de sua classe; 2. com trabalhos dirigidos sob a responsabilidade do professor. 3. Com aulas presencias no contra turnos dos alunos. Ao final do ano letivo, se persistir o baixo rendimento escolar, serão oferecidas atividades escolares com caráter final e cumulativo. São estes os princípios que norteiam o processo pedagógico: 1. Nenhum aluno está promovido ou retido antes que conclua o processo pedagógico até o final, analisado pelo Conselho de Classe. 2. Os alunos têm direito a participar do processo de recuperação em todos os componentes curriculares ou em conformidade com a legislação específica. 3. Cabe ao Conselho de Classe ratificar a retenção, sinalizar a promoção e a recuperação. 4. Só estará aprovado o aluno que obtiver a nota 5,0 em todos os componentes curriculares nos quatro bimestres.
19-ORGANIZAÇÃO DO ENSINO O Ensino Fundamental atende crianças, jovens e adolescentes a partir dos 11 anos de idade do 6º ao 9º ano;
20-ESPECIFICAÇÃO DO MOMENTO DE ESTUDO, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO. Algumas condições são de fundamental importância para fortalecer o ensinoaprendizagem, com a LDB o professor tem um período reservado para estudos e planejamentos e esses momentos são rigorosamente aproveitados, para que ele exponha suas ideias, dúvidas e sugestões, e é o momento de pensar nos problemas, relacionar e discutir possibilidades de encaminhamentos, criar possíveis soluções.
21-AVALIAÇÃO DO PROJETO O melhor sentido da avaliação é que seja utilizada como meio de melhorar os projetos existentes, aprimorar o conhecimento sobre sua execução e contribuir para seu planejamento futuro, tendo como pano de fundo sua contribuição aos objetivos institucionais. Neste sentido, é um exercício permanente e, acima de tudo, comprometido com as repercussões de um projeto ao longo de sua realização. O projeto se faz necessário, pois delineiam os trabalhos desenvolvidos, como também toda a atividade atual e futura que a nossa escola deve realizar durante um período de três anos. Neste sentido este documento traz em si as formas de trabalho que vêm sidos desenvolvidos até então, e novas propostas de transformações da atual realidade que ainda não se encontra a contento, para num futuro próximo possamos estar mais certos dos nossos objetivos alcançados. O projeto é o resultado das idealizações de alunos, pais, professores, gestores, corpo administrativo da escola e membros da comunidade, que por perceberem a fragilidade da educação nacional sentem-se parte do fracasso, enfrentando e buscando juntos da melhor forma possível melhorar a educação dos filhos e da comunidade em geral.
A proposta pedagógica pauta-se em alguns pontos: Avaliar todas as situações de aprendizagem, incluindo aquelas que tradicionalmente não eram consideradas; Observar a importância da educação continuada dos professores para dar conta das exigências em relação às novas propostas para avaliação de aprendizagem; Considerar o aumento de vida escolar e produtividade referente ao rendimento do aluno e as diferenças no processo de construção do conhecimento, levando em conta a importância da autoavaliação e a definição das habilidades que o aluno deve apresentar para demonstrar que houve mudança; Utilizar processos diversificados, para atender a situações diferenciadas de aprendizagem e de modo de conhecer; Atender para o fato de que o processo educativo não se inicia nem se encerra na sala de aula, considerando conhecimentos prévios do aluno, por meio da competência demonstrada em processos avaliativos orientados para tal fim.
22- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico. São Paulo: Liberdade, 2005. - VEIGA, Ilma P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: VEIGA, Ilma P. A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1996. __________ (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. ed. Campinas:Papirus, 1998. Brasil. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 dez. 1996. portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394 www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/.../lei/L11769.htm www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/.../lei/l11645.htm www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm Cubatão, maio/2014 EQUIPE GESTORA DA E.E. JÚLIO CONCEIÇÃO