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Editorial

INOVAÇÃO, I&D E COMPETITIVIDADE NA INDÚSTRIA DE MOLDES

Num mercado global, extremamente dinâmico e competitivo, a inovação e a investigação e desenvolvimento (I&D) assumemse como fatores críticos de sucesso para as indústrias de vários sectores. A indústria de moldes não é exceção. A capacidade de inovar e de investir em I&D não só permite às empresas manteremse na vanguarda do conhecimento, como também incrementa a sua competitividade internacional.

A inovação tem sido a força vital da indústria de moldes, permitindo que as empresas implementem e desenvolvam tecnologia de ponta, otimizem processos de produção e criem soluções que satisfaçam a evolução das exigências dos clientes. Ao investir nesta área, as empresas têm vindo, progressivamente, a diferenciar-se da sua concorrência, valorizando a presença no mercado e a promoção de um crescimento sustentável. No atual panorama económico e social, onde a tecnologia assume uma evolução rápida e constante, abraçar a inovação não é uma escolha, mas sim uma necessidade.

Em paralelo, e com a aposta no I&D, podem ser explorados novos materiais, metodologias diferenciadoras de conceção ou novos processos de fabrico, originando soluções de maior complexidade e valor acrescentado, que se traduzem em ganhos de eficiência e produtividade, quer para as empresas de moldes, quer para os seus clientes. Este investimento também impulsiona avanços na automação, digitalização e inteligência artificial, revolucionando processos de produção e permitindo ao sector adaptar-se aos desafios do futuro, posicionando as empresas para uma maior rentabilidade e sustentabilidade financeira.

Para manter esta intervenção de forma sistemática, tem sido fundamental o recurso aos apoios e incentivos proporcionados pelos programas nacionais e comunitários que visam estimular o crescimento económico e a competitividade da nossa indústria. O Portugal 2030, que agora se inicia, lançando os seus primeiros concursos, irá permitir manter esta estratégia, encorajando as empresas de moldes a investir nestas áreas, a promover a colaboração e o desenvolvimento de soluções diferenciadoras, integrando novas competências, qualificações e conhecimento na sua oferta.

Esta cultura de inovação aporta também outras vantagens, como a cooperação e o trabalho em rede. Os projetos dinamizados enfatizam e reforçam a colaboração entre empresas, e entre estas e centros de saber, nomeadamente, universidades e unidades de investigação. Ao fomentar tais redes e parcerias, incentiva-se a partilha de conhecimento, a transferência de tecnologia e iniciativas conjuntas de I&D. Este ambiente colaborativo, por sua vez, aumenta a capacidade coletiva de inovação da indústria e cria uma plataforma para a troca de ideias e promoção de boas práticas.

Também ao nível interno é fundamental criar uma cultura organizacional que encoraje e recompense a inovação. Tal implica a promoção de um ambiente de trabalho aberto e colaborativo, em que as equipas têm o poder de partilhar ideias ou experimentar e assumir riscos. Incentivar uma mentalidade de aprendizagem contínua e fornecer recursos para estas atividades são vitais para alimentar uma cultura de inovação.

O panorama empresarial está em constante evolução, com tecnologias disruptivas e novas tendências de mercado a surgirem regularmente. As empresas que dão prioridade à inovação e à I&D podem adaptar-se mais rapidamente a estas mudanças, aproveitar novas oportunidades de mercado e mitigar potenciais riscos. A inovação permite às organizações serem proativas em vez de reativas, a manterem-se ágeis e resistentes face à incerteza que tanto caracteriza o atual panorama económico.

A compreensão profunda das necessidades do mercado é, também, impulsionadora destes processos. As empresas devem envolverse ativamente com o seu público-alvo, analisando expectativas e recolhendo feedback para identificar desafios e oportunidades. Ao alinhar os esforços de inovação com as perceções dos clientes, as empresas podem desenvolver soluções que respondam verdadeiramente às suas exigências e necessidades.

A inovação e a I&D são imperativas para que a indústria de moldes alcance e mantenha a sua competitividade global. A capacidade de se adaptar, de abraçar os avanços tecnológicos e de criar soluções inovadoras é vital num mercado em rápida evolução. O Portugal 2030 desempenhará um papel crucial no apoio à agenda de inovação da indústria, fornecendo financiamento, promovendo a colaboração e facilitando a internacionalização. Ao aproveitarem as oportunidades oferecidas, as empresas de moldes podem continuar a posicionar-se como líderes de mercado, a impulsionar o crescimento económico e a contribuir para a competitividade global do nosso país no cenário mundial.

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Texto: Manuel Oliveira | Secretário-geral CEFAMOL

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