Vazios

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REQUALIFICAÇÃO DE VAZIOS

ARQ1109 | PROPOSTA DE PROJETO FINAL Aluno: Marcelo Gonçalves da Silva Orientador: Henrique Houayek Supervisor: Alder Catunda


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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO INDUSTRIAL

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

OBJETIVO

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CONTEXTUALIZAÇÃO

LOCALIZAÇÃO

HISTÓRICO

DIAGNÓSTICO


18 22 24 26

PROPOSTA

UNIDADE DE HABITAÇÃO

SOLUÇÃO CONSTRUTIVA

METODOLOGIA / PLANEJAMENTO

29 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS


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FIGURA 1 - Comunidade CCPL após invasão. Fonte: O Globo FIGURA 2 - Comunidade CCPL após Programa Minha Casa Minha Vida. Fonte: O Globo


INTRODUÇÃO A cidade do Rio de Janeiro passou e continua passando por grandes mudanças. Desde a diminuição da atividade industrial na cidade, diversas fábricas mudaram para outras regiões, gerando no tecido urbano áreas ociosas próximas a região central e a zona norte, que em nada agregam para o crescimento e desenvolvimento da cidade. Com as novas propostas de governo, conferindo incentivos para a construção de habitação, a expectativa é que muitas dessas áreas tenham seus usos modificados, e no lugar dos antigos galpões sejam implantados edifícios habitacionais. Essa medida tem como objetivo suprir o déficit de moradia, que por vias nãolegais vem sendo resolvido pela população de baixa renda por meio de invasões a edificações abandonadas. Pela proximidade à favelas essas construções vazias, são vulneráreis a ocupação, que na maioria dos casos ocorre de forma rápida, e vão descaracterizando gradativamente o imóvel.

a malha urbana, através de habitações e serviços voltados para a população local.

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abandonados, proponho uma reintegração desses espaços vazios

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A partir do estudo do processo de ocupação de imóveis


HISTÓRICO INDUSTRIAL O processo urbanístico da cidade do Rio de Janeiro passou por diversas fases até chegar a formação que conhecemos. Desde sua ocupação a produção industrial já fazia parte do cotidiano da cidade, mas permanecendo dentro da área urbana, como delimitado nos Decretos 1.185 de 1918 (Figura 3) e 2.087 de 1925 (Figura 4). Todavia, com a expansão da rede férrea em direção aos subúrbios cariocas, iniciou-se um processo de difusão espacial, que promoveu uma saída gradativa das indústrias da área central, em busca de terrenos mais amplos e de valor mais baixo. Essa mudança acarretou num grande fluxo populacional, o que intensificou a ocupação residencial dos subúrbios, visto que os trabalhadores desejavam morar perto do trabalho. E assim começaram as primeiras favelas da região. A reação do Estado a essas mudanças se deu na publicação do Decreto nº6.000 de 1937 (Figura 5), que definiu, pela primeira vez, uma zona industrial para a cidade.

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Os avanços industriais continuam após a abertura da Av. Brasil, permitindo as indústrias desvincular-se do transporte ferroviário e se instalarem em novas áreas que contavam com infraestrutura viária para escoamento da produção. Desde então, a nova divisão industrial não concentra a área industrial num único ponto, mas implanta pequenas zonas espalhadas por toda a cidade, e próximo a essas insere zonas residenciais para a moradia das pessoas que trabalham próximo a essas áreas (Figura 6). Por volta dos anos 80 a atividade industrial sofre um declínio. A partir desse período as fábricas começam a fechar suas portas e mudar para regiões que oferecem maiores benefícios, somando isso ao aumento da violência na região, o corredor da Avenida Brasil entra em processo de degradação, pois muitos galpões industriais e edificações comerciais ficam abandonadas.


FIGURA 5 - Zoneamento conforme Decreto nº6.000 de 1937. Fonte: SANTOS, 2012. p. 26

FIGURA 6 - Zoneamento conforme Decreto nº322 de 1976. Fonte: SANTOS, 2012. p. 27

FIGURA 7 - Implantação das indústrias na Avenida Brasil. Fonte: IBGE (2015)

FIGURA 8 - Ocupação de edificações abandonadas junto a Av. Brasil. Fonte: Google

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FIGURA 4 - Zoneamento conforme Decreto nº2.087 de 1925. Fonte: SANTOS, 2012. p. 22

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FIGURA 3 - Zoneamento conforme Decreto nº1.185 de 1918. Fonte: SANTOS, 2012. p. 21


PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA Pela proximidade à regiões de favelas (Anexo I), os edifícios e galpões industriais que hoje encontram-se abandonados, tornam-se vulneráveis à ocupações, que ocorrem de forma rápida, mas que gradativamente vão descaracterizando o imóvel e agregando-o ao tecido da favela. Esses casos registrados desde os anos 90, e em sua maioria tem um histórico parecido, são pessoas de baixa renda que não conseguem pagar o preço dos aluguéis que não param de subir e da violência em determinados lugares. Em 2000 o número de estabelecimentos fechados chegava a 30 na Avenida Brasil, mas como as informações de atividades por parte das indústrias não são atualizadas, é difícil estimar um número certo de edificações vazias dentro da cidade. Os imóveis são identificados em muitos casos pela comparação de imagens aéreas em períodos de tempo diferentes.

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Processo de formação da Comunidade do Pedrosa

2003 - Conjunto abandonado

2006 - Início da Ocupação

2014 - Ocupação completa


O déficit habitacional no país é muito grande. Cerca de 5 milhões de habitações são necessárias para atender toda a população de baixa renda sem moradia. Levantamento feito pela FGV para a Sinduscon-SP em 2014. Fonte: Valor Econômico. Disponível em: http://www.valor.com.br/ brasil/3733244/fgv-brasil-precisa-de-r-76-bi-aoano-para-zerar-deficit-habitacional

Uma pesquisa realizada pela FGV, constatou que o Programa MCMV contribuiu para a diminuição do déficit habitacional, o que gerou uma redução de 8,04% no período de 2009 a 2012. Atualmente o déficit gira em torno de 5 milhões de habitações no país, alcançando, segundo a pesquisa, 20 milhões em 10 anos. O fornecimento de subsídios permite a inserção de famílias no mercado para a compra da casa própria. Porém na maioria dos casos, a racionalização desse processo precisa de um método de construção que seja rápido e de fácil multiplicação. Nisso a arquitetura perde qualidade, e com isso pousam na cidade edificações que em muito não conversam com a cidade. O Programa MCMV tem como finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e à aquisição de novas unidades habitacionais para famílias com renda de até dez salários mínimos. Um ponto discutível dentro do programa, são os espaços internos e a padronização no tamanho da unidade. Estudos mostram que embora o perfil familiar de um casal mais dois filhos seja a maioria, tem aumentado o número de famílias com outras formações, como por exemplo: os casais sem filhos, as famílias chefiadas por mulheres.

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Implantação de 880 apartamentos.

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Comparação entre o esquema de ocupação atual (MCMV). Fonte: Elaborado pelo autor.

Implantação de 192 casas.


OBJETIVO A partir do estudo do processo de ocupação de imóveis abandonados, a intenção deste trabalho é reintegrar os espaços vazios e ociosos a malha urbana, através do desenvolvimento de um programa que contenha habitações e serviços voltados para a população local, cuidando para a preservação dos interesses culturais e históricos locais, e a promoção de novos usos para a recuperação social, econômica e ambiental. Para as moradias é possível propor tipologias que fogem da unidade padrão empilhada em pavimentos tipo, o que atenderia um conjunto mais

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amplo de famílias.

Figura 09 - Croqui espaços livre em habitação social Heliópolis. Fonte: Biselli + Katchborian

“Every increment of construction must be made in such a way as to heal the city.” ALEXANDER (1987, p.22)



CONTEXTUALIZAÇÃO O terreno estudado está dentro da Área de Planejamento 3 da Cidade do Rio de Janeiro, região que hoje concentra o maior número de edifícios industriais abandonados e vazios. Esse terreno como os demais estudados, além da proximidade a grande redes de transporte, apresentavam uma característica semelhante. Ambos estão entre o tecido regular do bairro residencial e a favela, que precisa de espaço para crescer, o que torna esses terrenos possíveis “acréscimos” para ocupação. Essa região em especial é bem acessível, visto a presença de grandes eixos de transporte presentes nas proximidades. O trevo das Margaridas localizado acima do terreno faz a conexão da via expressa (Avenida Brasil) com a Via Dutra (possibilidade de locomoção entre os municípios), permitindo rápidos acesso a demais regiões da cidade, além da principal via interna, a Avenida Meriti, que permite conexão com os bairros da Zona Norte. O corredor Expresso TransBrasil, terá no Trevo das Margaridas

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uma estação intermodal que conectará não somente as linhas internas a Avenida Brasil, mas também aos ônibus intermunicipais dentro da região metropolitana do Rio de Janeiro. Essa região vem crescendo devido incentivos de lei, o que a torna alvo de interesse imobiliário. Os lotes dentro da Zona Industrial, a partir do Decreto nº 27533 de 2007, foram liberados para a implantação de edificações multifamiliares. As edificações remanescentes do período industrial em maioria são demolidos para a implantação de condomínios, sejam para interesse social ou habitações de alto padrão. Os serviços na região não são pequenos, mas falta qualidade e variedade no que é servido a população. Em alguns pontos existe uma concentração grande de comércios, enquanto em outros e variedade é muito baixa.

AVENIDA BR


VIA DUTRA

Ponto de encontro entres a Via Dutra e a Avenida Brasil, local de implantação da estação Margaridas do Corredor expresso TransBrasil TREVO DAS MARGARIDAS

AVENIDA BRASIL

RASIL SHOPPING VIA BRASIL

Terreno da antiga fábrica de cimentos da Votorantim Área: 46.700,00m2

AVENIDA MERITI

CEASA

Segunda maior Central de Abastecimento da América Latina,tem o papel estratégico de centralizar e coordenar a distribuição de gêneros hortigranjeiros. Fonte: Elaborado pelo autor.


LOCALIZAÇÃO AV E

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ESCOLAS PÚBLICAS

TERRENO DO PROJETO

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ÁREA: 46.700m2

COELHO NETO (CEASA)

ESTRADA DA ÁGUA GRANDE

AVENIDA MERITI

CONJUNTO HABITACIONAL

LINHA DE TRANSMISSÃO

ESCOLA PÚBLICA

AVENIDA BRASIL

VIA DUTRA

NID

AB

RA

SIL


HISTÓRICO No dia 18/05/2014 era implodida a Fábrica de Cimentos Rio Branco, pertencente ao Grupo Votorantim. Instalada há 68 anos no bairro de Irajá, nesta fábrica foram produzidos as primeiras remessas de cimento branco na cidade do Rio de Janeiro, o que contribuiu para os avanços no setor de construção. A fábrica foi instalada numa época em que as indústrias estavam se firmando nos subúrbios cariocas, por conta da recém-implantada Avenida Brasil, que facilitava o transporte de mercadorias pela cidade. A partir dos anos 80, com a diminuição da atividade industrial na cidade do Rio de Janeiro, a fábrica de cimentos Rio Branco começou a reduzir sua produção. Com a implantação de novas fábricas pelo país, a produção na fábrica de Irajá foi encerrada no ano de 1994, funcionando apenas como centro de distribuição. O encerramento de todas as atividades ocorreu em 2011, e o conjunto de prédios seguiu abandonado até que por decisão do Grupo Votorantim todo o residencial.

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Figura 10 - Fábrica de Cimento após instalação. Fonte: IBGE

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conjunto seria implodido para a construção de um condomínio

Figura 11 - Acesso a fábrica em estado de degradação. Fonte: Google

Figura 12 - Implosão da fábrica em 18/05/2014. Fonte: O Globo


DIAGNÓSTICO ZONEAMENTO Conforme zoneamento proposto no Decreto 322/76, o terreno está localizado em uma Zona Industrial. Porém com a Lei Complementar n.º 116 de 2012, nos imóveis situados em Centro de Bairro – CB-1, CB-2 e CB-3 de Zona Industrial 2 do Decreto nº 322, de 1976, são implantadas normas para o reaproveitamento de imóveis industriais. Essa medida eleva o gabarito das edificações futuras e permite a inserção de novos usos. ÁREAS VERDES Por se tratar de uma área muito adensada, as áreas verdes são reduzidas. O espaços livres mais próximos são contituídos de praças cercadas por grades e campos de terra, todos sem equipamentos. Próximo ao lote existe um terreno vazio, que possui um vegetação de baixo porte em terreno de aclive. Essa área conecta-se ao terreno pela Linha de Transmissão, uma área onde não pode ser implantada

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qualquer edificação, mas pode ser usada para cultivo de hortaliças. EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS As principais vias da região (Avenida Meriti e Estrada Água Grande) são categorizadas como centro de bairro, conferindo a região uma zona de comércio e serviços, porém as atividades não estão bem distribuídas e a diversidade é pouca. Na Avenida Meriti o comercio é caracterizado, em sua maioria, por lojas de autopeças, mercado e bares. Já na Estrada da Água Grande, a diversidade de serviços se ampliam, nela vemos farmácias, salões, e algumas lojas de roupa. Quanto a educação, a região é bem servida de escolas. Ao lado do terreno estão localidades 4 escolas públicas que atendem desde a formação inicial até o segundo segmento do ensino fundamental. Espaços para exposições, e desenvolvimento de atividades culturais não existem, o que limita o acesso ao entretenimento.


Zona Industrial Zona Residencial 5 Zona Residencial 4 Centro de Bairro 1 Centro de Bairro 2 Centro de Bairro 3

Figura 13 - Zoneamento segundo Decreto 322 Fonte: Elaborado pelo autor

RUA MERITI ÁREA VERDE

ESTRADA DA ÁGUA GRANDE

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Figura 14 - Áreas verdes Fonte: Elaborado pelo autor

FAIXA DE TRANSMISSÃO

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RUA CORDOVIL

Educação Comércio e serviço

Figura 15 - Equipamentos e serviços Fonte: Elaborado pelo autor


PROPOSTA Partindo da problemática do grande déficit habitacional, e do processo de ocupação de imóveis abandonados na cidade do Rio de Janeiro, a proposta desse trabalho é partir da necessidade da população de baixa renda na obtenção da moradia própria, junto com o questionamento ao modelo de construção das habitações de interesse social, que que proponho a reintegração dos espaços vazios e ociosos a malha urbana, por meio de um projeto, onde no terreno escolhido, o conceito de bairro possa ser aplicado, e todos os elementos projetuais conversem entre si e com a cidade. A preocupação está em manter os interesses culturais e históricos locais, e a promoção de novos usos para a recuperação social, econômica e ambiental. Para as moradias é possível propor tipologias que fogem da unidade padrão empilhada em pavimentos tipo, o que atenderia um conjunto mais amplo de famílias. Essas podem usufruir de boas soluções arquitetônicas,

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obedecendo o que é exigido pela legislação, mas sem parecer uma caixa fechada implantada na cidade. Um grande questionamento é a característica do espaço vazio nos atuais projetos de habitação social. Esse espaço é muito pequeno e as construções são muito próximas. O terreno da Votorantim faz divisa do lado esquerdo com a faixa de transmissão


de energia, que segundo a legislação não permite a construção de edificações. Para essas áreas são desenvolvidas hortas comunitárias que podem ser implantadas ao projeto, como uma forma de ocupação das áreas de convivência, e como elemento de conexão entre o terreno e uma área verde próxima. Em diversos momentos o vazio é tomado como um problema, mas os momentos de pausa são necessários no tecido urbano, que em vários lugares encontra-se bastante denso. Seja um respiro na massa edificada, uma praça ou uma campo de futebol, esses espaços também compõem a cidade, assim como na música, o silêncio se faz necessário na melodia. O vazio deve ser considerado um problema, quando este é responsável por atrapalhar o desenvolvimento da cidade, como exemplo, as diversas edificações abandonadas e subutilizadas ao longo da Avenida Brasil e outras vias da cidade. Num ensaio, há 20 anos, Sola-Morales questiona as intervenções que se revelam inadequadas aos espaços residuais da cidade. A maneira como a arquitetura tende a produzir a uniformização genérica, com objetivo de ocupar qualquer vazio, sem levar em consideração o registro da memória do local. Isso é o que podemos ver em muitos casos no Programa Minha Caca Minha Vida, são enfileiradas num plano ortogonal,

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parecendo mais um acampamento militar, que bairro residencial.


N

IMPLANTAÇÃO

N

N

N

EIXOS E VISADAS

N

HIERARQUIA DE ESPAÇOS

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N

+ PÚBLICO

PRAÇA HABITAÇÃO COMÉRCIO ÁREA DE CULTIVO

N

CORTE

N

- PÚBLICO


BLOCO DE 5 PAVIMENTOS DE USO RESIDENCIAL BLOCO DE 10 PAVIMENTOS COM COMÉRCIO NO TÉRREO

PROGRAMA

LINHA DE TRANSMISSÃO USADA PARA CULTIVO PRAÇAS PROPOSTAS

VIAS PRIMÁRIAS VIAS SECUNDÁRIAS VIA DE PEDESTRE

FLUXOS

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ÁREAS VERDES

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PRAÇA EXISTENTE CERCADA


CIRCULAÇÃO VERTICAL

CIR TIPOLOGIA PADRÃO - 65m2

9,00m

3,00m

UNIDADE DE HABITAÇÃO

6,00m

O padrão de família vem mudando ao longo das décadas. A família de casal mais dois filhos ainda que seja muito presente em nossa cultura, já não pode ser tomada como única referência 6,00m para a construção de habitações. A arquitetura tem necessidade

6,00m

6,00m

6,00m 42,00m

Projetos que exploram e propõem a diversificação das tipologias de habitação, e até mesmo a possibilidade da habitação

expansível, tornam o projeto muito mais rico e interessante, pois conseguem como resultados habitações que são de acordo com as necessidades específicas de diversos grupos. Pensando nas relações internas da habitação, parte-se de um bloco genérico que é dividido em três partes, tendo uma delas subtraída. Esse vazio gerado é destinado como a área para a

SALA / ESTAR COZINHA BANHEIRO QUARTO

troca de relações dentro da unidade, além de ser o eixo principal

PLANTAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

de circulação da unidade. Os demais cômodos desenvolvem-se

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nas laterias da unidade, estando os quartos voltados para uma das fachadas e as áreas molhadas para a fachada oposta. A disposição das unidades de forma linear, garante uma ventilação cruzada, que contribui para o conforto dentro da unidade, além do uso de mecanismos que visam minimizar os efeitos da insolação, como o recuo dos cômodos em relação a fachada para implantação de brises e paineis, e a proteção que a circulação horizontal confere ao acesso da moradia.

= Esquema da composição da unidade de habitação

TIPOLOGIA ESTÚDIO

solteira e com filhos, ou o casal sem filhos.

EXPANSÃO DA TIPOLOGIA PADRÃO

de adaptar-se para atender a diversidade de casos, seja a mãe

6,00


CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

9,00m

6,00m

3,00m

TIPOLOGIA PADRÃO - 65m2

6,00m

6,00m

6,00m

6,00m

6,00m

6,00m

6,00m

TIPOLOGIA DUPLEX

TIPOLOGIA ESTÚDIO

EXPANSÃO DA TIPOLOGIA PADRÃO

42,00m

SALA / ESTAR COZINHA BANHEIRO QUARTO

Flexibilidade tipológica

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AÇÕES

=


SOLUÇÃO CONSTRUTIVA O sisteme proposto pretende ser uma alternativa ao método construtivo usado atualmente nas construções de habitações. O uso de estruturas pré-fabricadas usa componentes industrializados (estruturas, pisos, fechamente) encontrados no mercado. O conjunto de peças solicitadas no projeto chegam prontos para serem montados, gerando redução do tempo de construção, diminuição de disperdícios. Possui estrutura leve e propicia o aumento do espaço útil, maiores vãos livres, ganho de prazo, mais resistente e sua execução é rápida. Exige cuidados contra agressões químicas e requer mão de obra especialidada, já que é um processo pouco conhecido e de custo um pouco alto. Embora o custo seja maior, a durabilidade e a rapidez na execução compensam os gastos. O perfil Steel Frame é um perfil de aço galvanizado utilizado como estrutura, substituindo a alvenaria comum usada na construção montados de acordo com o tamanho especificado no projeto e podem ser preenchidos com isolamento térmico e acústico. Posteriormente são fixados placas OSB que geram uma maior rigidez ao conjunto, possibilitando o usuário fixar móveis e peças na parede, diferente do sistema Drywall. Por fim uma camada de gesso acartonado é aplicada, seguido de acabamento.

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das paredes. É composta por montantes de aço que são

O sistema de construção a seco possibilita a execução de uma obra sustentável com excelente qualidade, construída com agilidadem, segurança e excelência no conforto térmico e acústico.


GESS COM

Esquema de composição do sistema steel frame Fonte: Esquemas elaborados em grupo na disciplina ARQ1108

GESSO ACARTONADO COM ACABAMENTO

LÃ DE ROCHA

LÃ D

PAIN ESTRUTURA STEEL FRAME

LÃ DE ROCHA PAINEL OSB

PISO

GESSO ACARTONADO ACABAMENTO COM O PISO PISO

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ESTRUTURA STEEL FRAME

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PISO

GES

ACA

PISO


METODOLOGIA / PLANEJAMENTO Para alcançar os objetivos propostos, foram estabelecidos passos a serem seguidos para o desenvolvimento do trabalho: Levantamento de informações Após os casos observados no cotidiano, e com o tema definido, procurou-se material necessário para estabelecer um conhecimento sobre o assunto, além da busca por referências para o embasamento da argumentação proposta no início do caderno, onde é explicitada a problemática que envolve o tema e a justificativa pela escolha em abordar esse assunto. Estudo de casos e contextualização Com o entendimento dos problemas que envolvem o tema abordado, o próximo passo foi a análise de terrenos que estivessem dentro da área de interesse e que possuíam as características próximas: áreas ociosas dentro da malha urbana, terrenos de uso industrial com as

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atividades suspensas, áreas propensas a invasões, entre outros. Estando o terreno definido (o da antiga fábrica da Votorantim) houve um estudo mais aprofundado da área, tentando compreender as condicionantes locais, para que fossem estudadas e voltassem como soluções para o projeto. Análise arquitetônica e produção projetual A partir deste momento o trabalho ocorre em duas frentes, que andam paralelas: uma no desenvolvimento e estudo do master plan, com a implantação dos blocos e as relações estabelecidas com a cidade; e a segunda, estudando e desenvolvendo a unidade de habitação. Essas etapas aparecem nos últimos tópicos do caderno e seguiram em desenvolvimento nessa segunda etapa de trabalho que começa no segundo semestre de 2015. Após as questões do master plan


estarem mais aprofundadas, será escolhido um recorte para desenvolvimento, assim como o detalhamento do processo construtivo empregado nas unidades. Como resultado pretende-se apresentar: 2 pranchas no tamanho A1, contendo master plan, assim como recorte escolhido e detalhamento de um bloco habitacional; 2 maquetes físicas, sendo uma de todo o terreno com entorno e a outra com detalhes do módulo de habitação; e 1 caderno com todo o conteúdo de projeto.

CRONOGRAMA DE PROCESSO

2 4

SET

OUT

NOV

3 5

6

7

8

1_ REVISÃO DE PROJETO CONFORME COMENTÁRIOS DA BANCA DE QUALIFICAÇÃO 2_ ELABORAÇÃO DE MASTER PLAN 3_ DESENVOLVIMENTO E DETALHAMENTO DE RECORTE DO MASTER PLAN 4_ APROFUNDAMENTO NO ESTUDO DA UNIDADE PADRÃO 5_ ESPECIFICAÇÃO ESTRUTURAL (DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO) 6_ DESENVOLVIMENTO DAS VARIAÇÕES TIPOLÓGICAS E DA FUNCIONALIDADE DOS BLOCOS 7_ CONSTRUÇÃO DE MODELOS FÍSICOS 8_ MONTAGEM DE MATERIAL GRÁFICO

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1

AGO

27

JUL



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, M. A. Evolução urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IPP, 2008. ALEXANDER, Christopher. A New Theory of Urban Design. Oxford University Press, 1987. A recuperação de imóveis abandonados. Rio Estudos. Rio de Janeiro, n. 254, abr. 2007. BRANDÃO, Ana. O papel do espaço público no projecto 22@Bcn. 2011. 41 p. Universitat de Barcelona. Facultat de Belles Arts, 2011. BRASIL. Decreto n.°27533, de 12 de ajaneiro de 2007, Estimula o uso residencial e misto na Área de Planejamento - 3 da Cidade. Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Ano XX, n. 202, p. 3, 15 jan. 2007. FRENCH, Hilary. Key Urban Housing of the Twentieth Century. London: Laurence King, 2008.

Igor Fracalossi. “Terrain Vague / Ignasi de Solà-Morales” 15 May 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 2 Mai 2015. <http://www.archdaily.com.br/35561/terrain-vague-ignasi-de-sola-morales> SANTOS, Rafael Fernandes dos. Situação atual e perspectivas de desenvolvimento da Área de Planejamento 3 da Cidade do Rio de Janeiro. 2012. 103 p. Dissertação (Mestrado em

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Engenharia Urbana e Ambiental) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2012.

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HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. 2ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

TOLEDO, Luiz Carlos; NATIVIDADE, Veronica e VRCIBRADIC, Petar. Repensando as habitações de interesse socal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2014.



ANEXOS ANEXO 1 - Mapa de usos de solos da Cidade do Rio de Janeiro

Favela Indústria Educação e saúde Lazer Comércio e serviços Residencial Área não edificada Cobertura arbórea Cobertura gramíneo

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ANEXO 2 - Dados do Déficit habitacional

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Fonte: print screen da aplicação CADLOG. Disponível em: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/ mapa_digital_rio/?config=config/ipp/cadlog. xml

FIGURA 09 - Déficit habitacional (número de domicílios). Fonte: IPEA

FIGURA 10 - Déficit habitacional nas principais regiões metropolitanas. Fonte: IPEA



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