Fotografia Corajosa

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FOTOGRAFIA CORAJOSA CELSO OLIVEIRA



FOFOTOGRA TOGRACORAJOS FIA CORAJOSA CELSO OLIVEIRA

FORTALEZA DEZEMBRO 2018



FOTOGRAFIA CORAJOSA Por Tiago Santana

Fala-se muito em fotografia construída, fotografia descontruída, fotografia expandida... Mas existe uma fotografia que defino como Fotografia Corajosa. Existem fotógrafos que usam a linguagem fotográfica como extensão do seu corpo. Sem camuflagens, sem preconceitos, sem regras e, acima de tudo sem a necessidade do reconhecimento como arte e artista. O Celso Oliveira é um deles. Usa a fotografia como pretexto para conviver com o mundo. As suas imagens não querem ser reconhecidas, elas querem ser feitas, querem existir. O que marca o seu trabalho é a coragem diante do outro. Encontro sem barreiras, sem medos, a procura de conhecer e desvendar “quem somos nós”. Estamos em um mundo repleto de fotografias sem personalidade, na vida; simples representações bidimensionais dos espaços geográficos e humanos, sem alma. A fotografia do Celso tem alma, sim! Mostra que existe um autor, não se esconde, ela se expõe e se entrega com toda intensidade. É estranha, incomoda, mexe, transforma. Quem convive com o Celso sabe que ele respira fotografia, transpira fotografia, vive a fotografia na sua mais completa expressão. A fotografia do Celso é visceral. Tive a sorte de conhecer o Celso durante os meus primeiros passos nesse universo das imagens. Aprendi com ele a ser não só um fotógrafo, mas a ter a fotografia como extensão do corpo, da alma, do coração... Aprendi que a fotografia tem que ser voltada para a vida, e nisso o Celso é revelador: suas imagens são a fotografia que, segundo ele, é o “nada”, mas no fundo é tudo. Nada e tudo: ela é completa. É preciso ter muita coragem para se dedicar a fotografia assim como o celso, coragem de arriscar, de mergulhar em temas esquecidos, de acreditar nos instintos, de confiar no outro, de dar tempo ao tempo, de não se prender a teorias sobre o seu trabalho. Coragem que transforma e ilumina a fotografia brasileira produzida hoje. É contemporânea? A ele pouco importa, ela é simplesmente uma luz impressa no papel neutro, de um lugar qualquer, que se tonar única e poderosa diante da coragem deste autor.






























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Texto Tiago Santana Fotografias e Edição Celso Oliveira Projeto Gráfico e Edição Rodrigo Costalima impresso em risografia por risotropical.For




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