L+D

Page 1

l+d luz

+

design

+

a r q u it et u r a

ISSN: 1808-8996

R$19,20

Estádio do Mineirão, Belo Horizonte 171 Collins St, Melbourne Sede da Open Text, São Paulo Especial: a obra de Fábio Alvim Cobertura exclusiva da Light+Building 2014


www.wallamps.com.br



Abajur Blom da FontanaArte, balizador de piso Liz, embutidos Orus e Inside, balizador Zero, pendente Aplomb da Foscarini, arandela Flesh e pendente Simple. www.lightdesign.com.br

REPRESENTANTE OFICIAL





l+d #48

42

48

l+d LUZ

+

DESIGN

+

A R Q U IT ET U R A

ISSN: 1808-8996

R$19,20

Estádio do Mineirão, Belo Horizonte Iluminação: Arquitetura e Luz – Sônia M. Santos Mendes Foto: Gustavo Xavier

52

ESTÁDIO DO MINEIRÃO, BELO HORIZONTE 171 COLLINS ST, MELBOURNE SEDE DA OPEN TEXT, SÃO PAULO ESPECIAL: A OBRA DE FÁBIO ALVIM COBERTURA EXCLUSIVA DA LIGHT+BUILDING 2014

12 42

¿QuÉ Pasa? ESPECIAL A obra de Fábio Alvim

60

48

PROJETOS 48. Café 7 Molinos, São Paulo 52. Estádio do Mineirão, Belo Horizonte 60. 171 Collins St, Melbourne 66. Escritório Open Text, São Paulo 72. Museu da Escola Catarinense, Florianópolis

78

EVENTOS

L+D

Cobertura especial da Light+Building 2014

8

72


Linha

SR16 / SR17 / SR18 Linha de Spots em LED para instalação em trilho eletrificado, com opções de 400lm, 1000lm e 2000lm em 3000K e 4000K. Ideais para iluminação de destaque em lojas, galerias e museus, possui variações com facho luminoso concentrado, médio ou aberto. Opções de acabamento em branco microtexturizado ou preto fosco. Garantia de 5 anos.

46º

23º

11º

Grupo Lumicenter Lighting


Romulo Fialdini

EDITORIAL

PUBLICADA POR

EDITORES Orlando Marques André Becker Thiago Gaya

Editora Lumière Ltda. Rua Catalunha, 350 05329-030 São Paulo SP t: 11 2827.0660 ld@editoralumiere.com.br www.editoralumiere.com.br Editores

>André Becker >Orlando Marques >Thiago Gaya

O Brasil é o destaque da L+D de maio/junho. Personagens especiais, processos bem-sucedidos e patrimônio público restaurado são algumas das matérias apresentadas nesta edição. Nosso projeto de capa, o Estádio do Mineirão, é um exemplo raro de excelente processo quanto da Copa do Mundo: revigoraram um estádio clássico, com novas instalações repletas de personalidade, bom gosto e ao mesmo tempo muita integração. A iluminação de Sônia M. Santos Mendes cumpriu um belo papel ao revalorizar o edifício existente e ao desenvolver espaços e soluções absolutamente contemporâneos, tanto nos ambientes reformados como nas novas instalações e apoios. Em Florianópolis, a mostra de design e decoração Casa Nova escolheu um edifício histórico como base (o MESC), e deixou como legado para o patrimônio público uma nova iluminação desenvolvida pela Allume, totalmente em LEDs, para a fachada. Apresentamos, ainda, a memória do trabalho do designer brasileiro Fábio Alvim a partir de uma coleção de imagens inéditas de suas luminárias mais icônicas, e também com análise delicada e sensível do arquiteto, e colaborador da L+D, Gilberto Franco. No dia do fechamento desta edição, fomos surpreendidos com a notícia do falecimento do lighting designer Peter Gasper. Alemão radicado no Brasil, Peter foi responsável pela iluminação de ícones da arquitetura brasileira, fruto de sua parceria com Oscar Niemeyer. Esta edição é dedicada à memória de um dos mais emblemáticos personagens de nossa iluminação. Nossa homenagem a Peter Gasper.

DIRETOR DE ARTE

>Pedro Saito REPORTAGENS DESTA EDIÇÃO

>André Becker >Carlos Fortes >Fernanda Carvalho >Gilberto Franco >Orlando Marques >Valentina Figuerola REVISÃO

>Deborah Peleias ADMINISTRAÇÃO

>Ana Marcato >Richard Schiavo CIRCULAÇÃO E ASSINATURAS

>Rodrigo Martins PUBLICIDADE

>Lucimara Ricardi (diretora comercial) >Paula Ribeiro >Suely Mascaretti >Avany Ferreira MARKETING

>Márcio Silva (coordenador) >Douglas Carvalho (assistente) PUBLICIDADE

comercial@editoralumiere.com.br t: 11 2827.0660 ASSINATURAS

assinaturas@editoralumiere.com.br t: 11 2827.0690

L+D

IMPRESSA POR

10

tiragem e circulação

Ricardo Fasanello

auditadas por

Peter Gasper 1940 - 2014



¿QuÉ Pasa?

Luzes apagadas Faleceu na noite de 30 de abril, aos 73 anos, o lighting designer Peter Gasper. Nascido na Alemanha e radicado no Brasil desde os 11 anos, Peter começou sua carreira pela iluminação cênica em 1961, na TV Tupi. Trabalhou com teatro, show business, cinema e, em 1966, realizou seu primeiro projeto executivo em iluminação arquitetural. Em sua diversificada carreira, iluminou grandes eventos, como o Rock in Rio, a missa campal do Papa João Paulo II e o lendário show de Frank Sinatra no Maracanã. Produziu a cenografia de todas as novelas da Rede Globo

entre os anos 1960 e 1970 e foi um dos responsáveis pelo chamado “padrão Globo de qualidade”. Criou, ainda, espetáculos multimídias, como o da barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Na década de 1980, começou sua parceria com Oscar Niemeyer e foi o profissional responsável pela iluminação de inúmeras de suas obras. Em entrevista concedida à L+D em 2006, Niemeyer declarou: “tive a felicidade de ter junto de mim o meu amigo Peter Gasper, que é competente e compreende muito bem os desafios da iluminação no campo da arquitetura”. De fato, Peter compreendia como poucos um dos maiores desafios da iluminação: provocar sensações. Nas suas palavras, “você domina a luz quando faz dela algo para se ver e sentir, não para se olhar simplesmente”.

Peter Gasper e algumas das obras da profícua parceria com Niemeyer: Catedral de Brasília (DF), Auditório do Ibirapuera (São Paulo), Museu de

L+D

Arte Contemporânea (Niterói)

Ricardo Fasanello

Andrés Otero

12



L+D

Edmund Sumner

Nigel Young

¿QuÉ Pasa?

14

Reflexo de Marselha Lord Norman Foster é um mestre em trabalhos onde a luz natural interage com superfícies metálicas e se transforma em atriz principal da arquitetura, como alguns de seus trabalhos mais notáveis deixam patente: a espiral e o cone reflexivos do domo do Reichstag, a tessitura da cobertura translúcida que cria um padrão de sombras instigante no Museu Britânico, os pátios internos em espiral do CommerzBank. Uma obra recente que cria efeitos mágicos por pura reflexão, e mostra uma adequação cristalina ao cenário e função, é o Pavilhão

do Porto Velho, em Marselha. A proposta de uma cobertura simples finíssima e bastante alta, com 46 x 22 m de projeção, em aço inoxidável altamente reflexivo, cria a área desejada de sombra e proteção para eventos sazonais, como feiras, mercados e exposições. Ao mesmo tempo, cria também uma estrutura que por si só valoriza a praça do porto, ao refletir o sol mediterrâneo, o brilho e movimento das águas e das pessoas passeando no piso de granito fosco, assim como ao refletir as luzes noturnas do entorno, tudo com grande delicadeza.





¿QuÉ Pasa?

L+D

Red Bull Station

18

A usina caótica e criativa que é São Paulo, e dentro de São Paulo, a zona central, ganham uma nova parada. Após algumas edições temporárias do Red Bull House of Art na cidade, a empresa austríaca decidiu investir em um espaço permanente na capital paulista, focado em projetos experimentais de arte e música: a Red Bull Station. O espaço é uma reforma interessantíssima de uma estação da Light dos anos 1920, num entroncamento de avenidas – local estratégico originalmente, pois alimentava a frota de bondes da cidade, e local emblemático, hoje, para a proposta criativa: um espaço urbano árido, mas cheio de energia. A arquitetura ficou a cargo do Tryptique, e a iluminação foi feita pelo Estúdio Carlos Fortes. Paredes cruas, instalações e luminárias aparentes se misturam a elementos novos e arrojados, inserções arquitetônicas e cenográficas. A ideia de se usar lâmpadas nuas fixadas diretamente às lajes evoluiu para a especificação de luminárias com tubos de acrílico transparentes, instaladas em linhas contínuas – preservando o conceito, porém conferindo segurança ao sistema. A cobertura é um elemento de destaque, pois o edifício original (tombado pelo Condephaat) tinha um elemento técnico que valoriza imensamente o projeto atual: uma fonte escalonada para a água em movimento esfriar as máquinas que trabalhavam intensamente lá dentro. Hoje a nova cobertura e a antiga fonte, reformada, esfriam as cabeças que trabalham intensamente nas oficinas experimentais da Red Bull Station.


Pedro Kok

19

L+D


¿QuÉ Pasa?

Luz solar de durante o dia – com uma abundância de luz solar – estarem com iluminação artificial em toda a sua área. Um caso recente de uso intenso de luz natural através de peças industrializadas é a expansão do galpão de distribuição da Macy’s no Arizona, Estados Unidos. A área original, feita em 2002, tinha 50.000 m², onde já estavam instaladas peças de uma geração anterior do mesmo fabricante, a Solatube. A nova área, com 30.000 m² adicionais, utilizou amplamente luminárias SkyVault da série M74DS com 70 cm de diâmetro. Uma solução na escala adequada do espaço, que economiza energia e cria um ambiente mais agradável de trabalho interno.

L+D

Algumas soluções para um uso eficiente da luz natural em ambientes fechados tem se destacado nos últimos anos em diferentes escalas: desde o reuso de garrafas PET cheias de água e cloro para soluções caseiras desenvolvidas pelo MIT e popularizadas em países pobres pelo Um Litro de Luz (www.aliteroflight.org) até peças sofisticadas para usos maiores e mais técnicos. Grandes galpões industriais, logísticos ou mesmo mercados e outros comércios que precisam de boa iluminação, mas têm de minimizar a incidência solar e maximizar o conforto e eventualmente o isolamento térmico interno, muitas vezes sofrem um paradoxo curioso: o fato

Divulgação

20



¿QuÉ Pasa?

Vana

L+D

O escritório sino-britânico-indiano Orproject desenvolveu Vana, uma instalação-protótipo em Nova Delhi. A partir de pesquisas de Rajat Sodhi, o sócio indiano do grupo, em geometria computacional inspirada nas otimizações inerentes da natureza, a estrutura que se assemelha a árvores é explicada por meio de seus princípios geométricos: algoritmos que geram padrões venais abertos e fechados, utilizados na criação topiaria, cuja meta é maximizar a exposição à luz de cada folha. O sistema estrutural da topiara age, principalmente, em compressão e torção. Ao serem invertidos, permitem que se obtenha uma estrutura tênsil, criando uma isosuperficie (ou seja, uma superfície onde a tensão em cada ponto seja igual). Deste modo, a instalação se sustenta a partir do teto como uma grande nuvem, e se desdobra em quatro colunas de luz. A superfície é dividida em segmentos triangulares costurados, com LEDs atrás das juntas, criando a luminosidade e ambientação etéreas da instalação.

Sumedh Prasad

22


agenciaroxo.com.br

EVOLUÇÃO EM TECNOLOGIA

Regule a intensidade de luz em um ambiente com lâmpadas fluorescentes.

aumente ou diminua

Dimmer LUTRON com tecnologia de radiofrequência que permite o acionamento via controle remoto. Uma nova opção Trancil!

Dimmer digital F800B TRANCIL redutor de intensidade luminosa, utilizando pulsador para lâmpadas fluorescentes tubulares Indicado para ambientes sustentáveis, comanda os reatores dimerizáveis ligados às lâmpadas fluorescentes tubulares. Viabiliza o controle da intensidade luminosa de sancas e grandes ambientes residenciais e comerciais. Acionado por pulsador (sem led de sinalização) Potência máxima de controle: 800W Tensão de alimentação: 100 a 240V

31 2191-1800

trancil.com.br


¿QuÉ Pasa?

ANOTHERLIGHTUP

Com o objetivo de engajar a população e poder público em questões de infraestrutura em áreas menos privilegiadas nos arredores da Cidade do Cabo, África do Sul, o projeto ANOTHERLIGHTUP desenvolveu um mural que terá suas luzes acesas no período da noite todas as vezes que doações forem feitas para o financiamento à iluminação pública destes bairros. O trabalho consiste na composição de lâmpadas no desenho do mural e serve como lembrete aos motoristas e transeuntes da existência de comunidades sem iluminação pública, um direito de infraestrutura básico no dia a dia das grandes cidades. O trabalho ficará exposto por um período de seis meses e tem como meta angariar recursos financeiros necessários para iluminar os caminhos de pedestres de uma das comunidades com maior índice de criminalidade do bairro de Khayelitsha, nos subúrbios na Cidade do Cabo.

L+D

Para mais informações, visite o site anotherlightup.com

Divulgação

24



¿QuÉ Pasa?

Melhor Projeto de Iluminação de Exteriores Internacional para o projeto “In Lumine Tuo”, em Utrecht, Países Baixos, do escritório Speirs +

James Newton

Major Associates. Imagens, James Newton

L+D

Lighting Design Awards 2014 26

Em março deste ano mais de 800 dos principais nomes da indústria de Lighting Design e Iluminação se reuniram em Londres para acompanhar a seleção dos ganhadores do prêmio Lighting Design Awards, um dos prêmios da indústria de iluminação inglesa internacional com maior diversidade de categorias. Entre os ganhadores da edição 2014, destaca-se o designer Mark Ridler, diretor da BDP Londres, como Melhor Lighting Designer do Ano; o projeto Tate Britain Millbank, Fase 1, do designer Max Fordham como Melhor Projeto de Luz Natural; Melhor Projeto de Iluminação de Interiores Internacional para o projeto Heydar Aliyev Cultural Centre em Baku, Azerbaijão, do escritório Maurice Brill Lighting Design; e Melhor Projeto

de Iluminação de Exteriores Internacional para o projeto “In Lumine Tuo”, em Utrecht, Países Baixos, do escritório Speirs + Major Associates. Entre as demais categorias: • Melhor Fonte de Luz: LuxiTune, do fabricante LED Engin • Fabricante do Ano: Cree Europeia • Melhor Luminária Interiores: OLED Moon Chandelier, do fabricante Cinimod Studio • Melhor Luminária Exteriores: Metronomis LED, da Philips • Melhor Projeto de Iluminação Exterior: Snow Hill, Birmingham, de Maurice Brill Lighting Design • Melhor Projeto de Iluminação de Patrimônio Histórico: Guildhall London Cryspts, de DPA Lighting Consultants • Hoteis e Restaurantes: Hutong, The Shard, Londres, do escritório Into Lighting + David Yeo • Edifícios Públicos: Mary Rose Moseum, Portsmouth, de DHA Designs • Projeto Comercial de Varejo de Grande Porte: Trinity Leeds, do escritório BDP • Projeto Comercial de Varejo de Pequeno Porte: Durham Cathedral Shop, do escritório Sutton Vane Associates • Projetos Especiais: Lost Light, Art by Sea Festival, Bournemouth • Projeto de Escritórios: Western Transit Shed, Londres, de Hoare Lea Lighting Para a lista completa, acesse o website lightingawards.com


Pendente

Sushi

• Disponível em 10 cores diferentes • Nas versões de 6 ou 8 lâmpadas base E27

Todas as soluções para os seus projetos

Conheça os produtos que o grupo New Line oferece através das suas linhas: Embutidos

Recuados II • Fácil Instalação • Prática troca de lâmpada • Giro 360º

Embutidos e produtos para projetos luminotécnicos

Produtos decorativos com design exclusivo. Peças produzidas para se destacarem em todos os ambientes

Snap Fit Sistema

Acesse para efetuar o download dos catálogos New Line

Conheça nossa linha de produtos tel. 11 4746-1352

marketing@newline.ind.br

www.newline.ind.br


¿QuÉ Pasa?

Momentum do UVA

28

© Bethany Clark/Getty Images Courtesy Barbican Art Gallery

L+D

O Barbican Centre de Londres acaba de abrir a instalação “Momentum”, do estúdio multidisciplinar de arte e design UVA – United Visual Artists. Coincidindo com o décimo aniversário do estúdio, “Momentum” foi criado especialmente para o espaço The Curve, do Barbican, que desde 2006 abriga instalações de artistas contemporâneos cujos trabalhos respondem à arquitetura distinta desse espaço. Usando princípios da física e de tecnologia digital, os artistas transformaram o espaço do The Curve em um grande instrumento musical por meio da instalação de uma sequência de 12 pêndulos em seus 90 m de comprimento e criando uma composição de sons e luz. Os pêndulos, que se movimentam de maneira inesperada em resposta aos movimentos dos visitantes, projetam sombras e manchas de luz nas paredes de 6 m altura e piso curvo do ambiente. Com isso, os designers permitiram que o expectador criasse sua própria experiência de acordo com seu tempo no ambiente, características físicas individuais e movimentação no espaço. A instalação pode ser vista até 1º de junho de 2014.



¿QuÉ Pasa?

1 2

Wonderglass Conhecidos por combinar técnicas tradicionais de sopro de cristais venezianos à mão com abordagem em design contemporâneo, a Wonderglass apresentou no Istituto dei Ciechi, em Milão, para o Salão Internacional do Móvel deste ano, três novos modelos assinados por John Pawson, Claesson Koivisto Rune e Zaha Hadid, além de uma nova versão em branco dos pendentes Flow de Nao Tamura, sucesso da Design Miami e Salão de Milão do ano passado. Os pendentes Grappa, assinados por Claesson Koivisto Rune, e Luma assinado por Zaha Hadid, exploram a translucidez do cristal, enquanto Sleeve, de John Pawson, explora a técnica veneziana com cilindros soprados à mão um dentro do outro. Todos utilizam LED como fonte de luz.

3

L+D

4

30

2 Sleeve, por John Pawson 3 Luma, por Zaha Hadid 4 Grappa, por Claesson Koivisto Rune

Carlo Lavatori

1 Flow, por Nao Tamura



LPA / ToshioKaneko

¿QuÉ Pasa?

1 2

32

Leo Torri

Está confirmada para 21 e 22 de agosto deste ano, no Tivoli Mofarrej Conference Hotel, em São Paulo, a 5ª edição do LEDforum. Dentre os palestrantes internacionais confirmados, o evento trará pela primeira vez ao Brasil o renomado lighting designer japonês Kaoru Mende, do escritório LPA – Lighting Planners Associates, apresentando as 13 palavras-chave utilizadas em seus projetos de iluminação com sombra e luz; a dupla de lighting designers Sjoerd van Beers e Juliette Nielsen, do escritório holandês Beersnielsen, responsável pelo projeto de iluminação do Rjiksmuseum de Amsterdã; Eugenia Marcolli, do escritório milanês Metis Lighting, apresentará projetos de alto padrão em hospitalidade, comércio e entretenimento; Paula Longato, do escritório Arup Lighting de Londres, discutirá práticas sustentáveis no desenho de luz natural e artificial; e Elettra Bordonaro, do Social Lighting Movement, apresentará as intervenções e oficinas em iluminação social ao redor do mundo. O evento contará, ainda, com a participação dos lighting designers brasileiros Guinter Parschalk, do escritório Studio Ix, e Paula Carnelós, do escritório Acenda. LEDforum 2014 Onde: Tivoli Mofarrej Conference Hotel, São Paulo Quando: 21 e 22 de agosto Info e inscrição: www.ledforum.com.br

3

Rijksmuseum / divulgação

L+D

5º LEDforum

1. Gardens By the Bay, iluminação LPA 2. Bvlgari Hotel London, iluminação Metis Lighting 3. Rjiksmuseum, iluminação Beersnielsen



divulgação / Lumini

¿QuÉ Pasa?

Lumini em Frankfurt A fabricante brasileira Lumini mais uma vez marcou presença na feira Light+Building. No estande de 36 m², projetado em parceria com o escritório Metro Arquitetos Associados, foram apresentadas as premiadas Bossa, Ginga, Piccolo, Vinte2, Led it Be, Fool e Bauhaus 90. É a sexta edição da qual a Lumini, que hoje exporta seus produtos para mais de 30 países, participa.

A arte e a sensibilidade de Ingo Maurer estão de casa nova no Brasil. A FAS Iluminação, representante exclusiva da marca alemã no país, ocupa desde janeiro novo espaço, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, São Paulo. Para Arystela Rosa, proprietária da FAS, a nova loja foi concebida para expor as luminárias privilegiando a singularidade de cada peça. “Temos a possibilidade tanto de expor de forma harmônica e suave as potencialidades de cada luminária como também reservamos um amplo espaço para o desenvolvimento dos projetos técnicos”, explica. Além das emblemáticas peças de Maurer, a FAS abriga em seu portfólio outras marcas, como as alemãs Serien, Next, ClassiCom e a italiana Oty Light. O projeto da nova loja é do escritório mineiro de arquitetura Rizoma, e o paisagismo é assinado por Pedro Nehring.

L+D

FAS Iluminação Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 903, São Paulo (SP) www.fasiluminacao.com.br

34

Leonardo Finotti

FAS Iluminação de casa nova





¿QuÉ Pasa?

Caixa D’água

L+D

Um mosaico de Plexiglas e aço. Tom Fruin, artista sediado no Brooklin, em Nova York, executou uma nova obra da sua série Icon, que trabalha materiais recicláveis, sobras e remendos na forma de ícones arquitetônicos ao redor do mundo – série iniciada em 2010 na cidade de Copenhagen. Instalada na cobertura de um edifício no bairro do autor, a nova peça, Watertower, trabalha a forma das grandes caixas-d’águas aparentes nova-iorquinas, com a estrutura algo “mondriana” das barras de aço recebendo placas de Plexiglas coloridas das mais diversas fontes – desde a fachada de lojas demolidas de Chinatown até um armazém de Astoria. Formando o mosaico translúcido com a forma icônica da proposta, à noite uma programação de iluminação, controlada por softwares Ardunio e desenvolvida por Ryan Holsopple, transforma o tonel em um farol que busca transmitir a vibração do Brooklin.

Robert Banat

38





L+D

especial

42

Tecido esticado sobre arames curvados. A liberdade desta técnica permite a criação de formas sensuais e orgânicas, variando livremente entre modelos estritamente matemáticos, formas livres e o figurativismo


Com nomes instigantes como estes, os objetos e, sobretudo, as luminárias de Fábio Alvim – designer brasileiro falecido prematuramente nos anos 1990 – revelam de antemão o que se pode esperar ao se ter contato com as peças que produziu. Como pontuou Adélia Borges, em uma época em que as buscas no design eram mais voltadas ao racionalismo, Alvim inovava ao propor formas orgânicas às suas peças, propondo-lhes uma nova relação com o usuário. Percebe-se no designer uma inquietude criativa, que raramente se contenta com a coisa acabada, como que deixando em cada peça o germe da tensão que irá produzir a outra, e a outra, sucessivamente. Trafega livremente entre o origami e o círculo perfeito, entre o cilindro e a forma sensual do tecido esticado sobre arames curvos, entre

L+D

Joia Rara, Coluna Z, Nuvem, Evelyn, Bumerangue, Cicline

43


painéis em terracota para a fachada do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, e o design de joias. Sua produção passa sem cerimônia da forma proporcional, estudada, de onde se percebe sua bagagem de conhecimento e apuro, para a forma figurativa, lúdica, infantil. Manter a mente inquieta, a espinha torta e o coração intranquilo, parecia ser o mote criativo do designer. Trafegar livremente entre a funcionalidade, a plasticidade, entre o artesanal e o industrial, de modo a produzir, mais que objetos, companheiros para o dia a dia. Com uma vertente criativa que parece inspirada no neoconcretismo de Lygia Clark – que partia de formas matemáticas para redescobrir a sensorialidade humana (como em seus conhecidos Bichos), Alvim

Formas perfeitamente geométricas – Us dispostos segundo um critério perfeitamente rígido, acima à esquerda. No entanto, a sensualidade extravasa, seja pela pequena imperfeição, seja no arranjo de cores que sutilmente foge à regra. Abaixo, à esquerda, a luminária Coluna, que poderia ser matematicamente descrita como um gráfico tridimensional de senos e cossenos, adquire, por seu método construtivo, uma sensualidade que transcende a rigidez matemática de sua concepção. À direita, luminárias de mesa Joia

L+D

Rara, os Bichos, de Lygia Clark

44


Acima, luminária de teto Nuvem, de 1978, prêmio de melhor luminária na Exposição do Móvel e Objeto Inusitado, do Museu da Imagem e do Som (MIS), São Paulo. À direita, Coluna Z e, abaixo, luminária Concha, catalogada pelo Museum of

L+D

Modern Art (MoMA), de Nova York

45


Ao lado, os bichos de Fábio Alvim. Abaixo, à esquerda, descanso de mesa em metal. No pé da página, à esquerda, luminária PL encomendada pela Osram para o lançamento da lâmpada PL no Brasil e, à direita, luminária de piso da série Evelyn, criada na década de 1980, em que o esqueleto metálico se extravasa para fora (exoesqueleto), reduzindo a porção luminosa a um naco e, assim, transformando a peça definitivamente em escultura antropomórfica. “Voltei-me para um empenho mais conceitual de

L+D

criação”, teria dito Alvim na época

46


pareceu antever um estilo orgânico ao design que só viria a se consolidar posteriormente como uma identidade nacional com os irmãos Campana. Uma de suas peças – a luminária Concha – foi, inclusive, incorporada ao acervo expositivo do MoMA, de Nova York. Outras obras suas também tiveram reconhecimento em museus e exposições nacionais e internacionais. Na comemoração dos 70 anos de seu nascimento, ocorrida em 15 de abril deste ano, uma série de ações está programada, entre elas o lançamento de um livro sobre sua trajetória, o relançamento comercial de suas peças mais importantes e diversas exposições, capitaneados por sua filha, Manuela Alvim, em parceria com Lígia Carnicelli e apoio permanente do museólogo Fábio Magalhães. (Por Gilberto Franco)

Joia Rara, Coluna Z, Nuvem Evelyn, Bumerangue, Cicline Fontes: Press-releases de Fábio Alvim Design e Museu da Casa Brasileira; textos e depoimentos de Manuela Alvim e texto de Adélia Borges Imagens: Arquivo Fábio Alvim Design

Acima, Esculturas de Luz, em que a vertente neoconcretista “assume força – formas geométricas dispostas de modo a produzir um resultado orgânico”. Abaixo, à esquerda, a luminária Cicline, período em que a produção do designer assumiu maior síntese-concisão formal, inovando os processos construtivos. Abaixo, à direita, mesas em metal, uma das peças, entre outras, programadas para

L+D

o relançamento comercial do trabalho do designer

47


L+D

projetos

48

O Café 7 Molinos se apropriou do alinhamento da caixilharia do Shopping Iguatemi JK para criar o elemento de destaque da proposta: réguas dinâmicas de madeira que percorrem o ambiente


O café 7 Molinos fica no Shopping Iguatemi JK, dentro da Livraria da Vila. Projeto arquitetônico do escritório Tacoa, de Rodrigo Cerviño Lopez e Fernando Falcon, com lighting design da Lichia Lighting, de Rafaela Romitelli. A Livraria da Vila tem uma longa tradição de investir em boa arquitetura, com mais de uma unidade da rede premiada pelo IAB-SP e outras instituições. O Shopping Iguatemi JK também se destaca pela proposta arquitetônica. Sem entrar no mérito urbanístico do modelo de shopping centers, este é um exemplo de centro de compras com raro esmero: acabamentos e linhas limpas, luz natural abundante, átrios e peles de vidro com aberturas e transparências generosas para a Marginal Pinheiros e a Vila Olímpia – tendo sido, inclusive, capa da L+D 40. Literalmente dentro de contexto de investimento em soluções arquitetônicas de diferentes portes, o Tacoa trabalhou de um modo muito instigante a proposta do Café. Mais do que a arquitetura do shopping ou da livraria, um elemento que se destacava no espaço a ser ocupado pelo projeto era o janelão em uma de suas faces, com uma vista excepcional: a esplanada do complexo do shopping abaixo, a Marginal e o Rio Pinheiros em segundo plano, e as colinas do Morumbi ao fundo, mirando o sol poente, criando um visual interessante o tempo todo. Neste janelão, os caixilhos modulados do shopping, grandes montantes verticais, são um elemento dominante. Rodrigo e Fernando trabalharam essa situação diferente – pois uma das paredes do Café já estava definida de saída, e era bastante forte – para amarrar o conceito ao espaço, integrando-o à vista e também com a construção. Assim, fitas esbeltas de madeira, alinhadas e “saindo” de cada montante da janela, atravessam todo o ambiente, com desenhos distintos. A partir da modulação das fitas, aplicaram placas de concreto pré-moldadas entre elas, definindo o piso, o teto e o próprio mobiliário fixo de apoio – balcões e bancadas. A concepção arquitetônica buscou, com esse elemento organizador, criar a característica do espaço e também amarrar questões técnicas: os pontos onde a fita se destaca das placas do forro e surgem frestras no concreto, funcionam como retorno do ar-condicionado. E as fitas destacadas e soltas no ar foram pensadas como base da iluminação.

L+D

Integração

49


As réguas ficam, ora inseridas em placas de concreto, ora destacadas do forro ou das paredes; quando soltas, recebem LEDs no seu interior,

L+D

criando a iluminação indireta do espaço

50

“Recebi como desafio proposto pelos os arquitetos providenciar um café bem iluminado, sem nenhuma luminária aparente”, afirma Rafaela Romitelli. “As linhas de madeira que percorrem o ambiente, num bonito contraponto ao revestimento de concreto, soltam-se do teto de maneira gráfica em pontos diferentes. Os arquitetos anteviram no local a oportunidade do alojamento da iluminação. Fiz estudos em uma maquete de papel experimentando efeitos diferentes com lanternas e outras fontes luminosas em miniatura, testei o efeito de fontes pontuais nas junções da linha e até a possibilidade de dispositivos que fazem o corte do facho (muito usado em iluminação de teatro) para a simulação de tiras de luz, mas a melhor solução foi fazer a luz apenas acompanhar as réguas inclinadas, valorizando o movimento das linhas de madeira, através da diferença da iluminância rebatida pelo teto.” Assim, foram definidas fitas de LED (5W/ml, 10W/ml e 22W/ml, 3.000K) para serem instaladas nas canaletas das faixas de madeira, resultando em uma iluminação absolutamente integrada à arquitetura. A partir desta solução, Rafaela e os arquitetos criaram algumas adaptações para situações específicas: no balcão, onde o forro é mais baixo, as fitas ficam próximas e paralelas ao nível da laje; e na parede ao fundo do balcão, também se soltam na vertical, permitindo uma importante iluminação indireta.

Outro elemento de destaque no ambiente, e, dentro da simbiose da proposta, da iluminação é a parede com uma grande estante de madeiras repleta de nichos. Todos são iluminados com as mesmas fitas de LED (5W/ml, 3.000K) e contribuem para uma iluminação difusa quente e agradável no ambiente em geral, além da sua função primária de iluminar os produtos nos nichos. Em resumo, é um projeto com um conceito tão bem amarrado e interessante que permite que uma solução única e simples de iluminação seja irretocável. E a integração da iluminação com a arquitetura reforça uma das qualidades raras do projeto: a integração de uma loja de shopping – normalmente ilhas conceituais isoladas – com o seu entorno. (Por André Becker)

Café 7 Molinos São Paulo, Brasil Projeto de Arquitetura: Tacoa (Rodrigo Cerviño Lopez, Fernando Falcon – colaboração: Natasha K. No) Projeto de Iluminação: Lichia Lighting (Rafaela Romitelli) Fornecedores: Osram Fotos: Giuliana Nogueira


51

L+D


projetos

L+D

IMAGINA NA COPA

52

A posição dos postes em uma única linha confere desenho limpo à esplanada e cria áreas de luz e sombra, imprimindo ritmo à área monumental


iluminação requalificou as áreas internas, como arquibancadas, salas VIP, vestiários e acessos. As premissas do projeto incluíram eficiência e otimização da manutenção da iluminação instalada.

L+D

FACHADA Para a fachada, a lighting designer adotou o partido de criar uma visibilidade diferente daquela percebida durante o dia. Isso envolveu estudar de que forma os pórticos seriam iluminados para permitir a leitura dos volumes da sua estrutura. Os 88 pórticos que estruturam o estádio foram iluminados com barras de LED RGB posicionados rente às faces frontais e superiores, marcando com clareza o elemento forte da arquitetura da fachada, tombada pelo Conselho do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte.

53

Gustavo Xavier

Um dos escolhidos para sediar a Copa do Mundo FIFA 2014, o estádio do Mineirão foi inteiramente modernizado para adequar seus espaços ao grande evento esportivo e também para servir de complexo de esporte, cultura e lazer para a cidade de Belo Horizonte. Localizado no bairro da Pampulha, na capital mineira, o complexo esportivo que contava, além do estádio, com um ginásio poliesportivo conhecido como Mineirinho, recebeu uma monumental esplanada que interliga as duas construções, além de um museu e ampliação do estacionamento. O projeto executivo de arquitetura foi realizado pelo escritório mineiro BCMF e o projeto de iluminação ficou a cargo da arquiteta Sônia M. Santos Mendes, do escritório Arquitetura e Luz. Além de dar visibilidade noturna para a fachada e à esplanada, o projeto de


Cada caixa recebeu três barras de LED e teve fechamento em tampa de vidro transparente. No total, foram utilizadas 352 barras equipadas com 18 LEDs de alta potência (1,65W/LED). Para que a luz atingisse a altura total do pórtico de 23 m, foram usadas caixas embutidas no chão com três barras de LED para cada pórtico com lentes de 6º para fechar o facho. Além disso, a posição e angulação das três barras paralelas foram cuidadosamente estudadas para garantir uma boa distribuição da luz em toda a altura. Na face superior, as barras de LED são apoiadas na própria estrutura e fazem o mesmo efeito, dando continuidade no desenho do pórtico. O controle de cores do LED RGB, feito através de protocolo DMX, permite inúmeras combinações de cor e movimento. A circulação dos pavimentos em todo o perímetro do estádio foi iluminada com luminárias equipadas com lâmpadas de vapor metálico

com tubo de descarga cerâmico. Essa luz, vinda de dentro do volume, enfatiza o desenho da elipse em torno da qual os pórticos são dispostos, revelando anéis que durante o dia não são percebidos com clareza. ESPLANADA Na esplanada, a estratégia foi iluminar o piso. Com poucos elementos construídos, apenas mobiliários, os postes formam uma linha única evitando um número excessivo de interferências. Para resolver a distribuição da luz e não interferir no efeito criado para os pórticos da fachada, foram desenhados postes específicos para o Mineirão. As luminárias que compõem os postes utilizam lâmpadas de vapor metálico (150W 3.000K) e refletores de alta eficiência que concentram o facho de luz, evitando sobras indesejadas. As luminárias são orientáveis, permitindo o ajuste preciso das áreas a serem iluminadas.

Iluminação dos pórticos em LED RBG reforçam a leitura

L+D

da estrutura da fachada

54


Joana França L+D

55

Os acessos novos em estrutura metálica e fechamento com vidro aparentam leveza com o desenho limpo das luminárias com barras de LED e difusor translúcido

ACESSOS O acesso à esplanada e à passarela que conduz ao Mineirinho são feitos por meio de rampas, cujos guarda-corpos receberam luminárias especialmente desenvolvidas para criar o efeito visual desejado, com fácil acesso à manutenção e à prova de vandalismo. A lâmpada utilizada foi a fluorescente com refletor que gera um facho assimétrico, direcionando a luz para o piso e evitando ofuscamento. As peças estão dispostas de maneira que seja perceptível o ritmo criado através dos fachos de luz e sombras.


Nas circulações internas, a construção em concreto aparente e materiais crus recebeu instalações e luminárias aparentes, com diversas camadas

L+D

metálicas sobrepondo-se ao concreto

56


As caixas de escada que dão acesso às arquibancadas têm aparência leve e transparente, iluminadas com linhas de luz nas laterais, dando um ar de equipamento funcional e contemporâneo. Barras de LED (30W/m 4.000K) com difusor translúcido atingem o objetivo de iluminar de forma homogênea e difusa as áreas de circulação, sem destoar da arquitetura discreta. No estacionamento coberto, a iluminação é resolvida de forma homogênea com luminárias de fluorescente T5 (28W 4.000K). Para o estacionamento descoberto, Sônia Mendes optou por postes com desenho diferente daquele utilizado na esplanada. Aqui a arquiteta preferiu um modelo com design mais escultural com formas curvas, em duas alturas diferentes: 3,90 e 2,50 m e lâmpada de vapor metálico de 250W.

Nos lounges, foi criada uma luminária específica, que atendesse com flexibilidade diferentes demandas espaciais e de instalação

L+D

ÁREAS INTERNAS A construção bruta aparente das áreas internas também foi assumida pelo projeto de iluminação. As tubulações ficam visíveis e compõem a realidade construtiva junto com os outros elementos de infraestrutura do prédio. O desafio foi lidar com diferentes pés-direitos nos pavimentos e evitar variedade de lâmpadas e luminárias para facilitar a manutenção. Para os lounges e camarotes, a arquiteta desenvolveu uma luminária que atendesse às seguintes necessidades: incorporar dois tipos de lâmpadas – uma difusa e outra pontual; poder ser instalada sobreposta em lajes planas, inclinadas ou pendente por cabos de aço; ter aparência leve. A luminária criada em conjunto com o fabricante tem duas versões em tamanhos diferentes, utilizando lâmpadas fluorescentes (28W 3.000K) e vapor metálico CDMR-111.

57


L+D

58

Acima, luminárias com fluorescentes T5 foram usadas nos corredores e vestiários: luz linear e contínua


Novo Mineirão Belo Horizonte, Brasil Projeto de iluminação: Arquitetura e Luz – Sônia M. Santos Mendes Projeto executivo de arquitetura: BCMF – Bruno Campos, Marcelo Fontes, Silvio Todeschi Cliente: Minas Arena Fornecedores: Iluminar, Ever light, Philips (lâmpadas e reatores); Schréder + Siteco (iluminação do campo); Schréder + Beka (circulações internas); Schréder + Metalsinter (postes da esplanada) Fotos: Jomar Bragança

L+D

ARQUIBANCADAS E CAMPO Para iluminar as arquibancadas, a lighting designer se preocupou em não ofuscar os torcedores. Para isso, estudou os melhores locais para a colocação dos projetores equipados com lâmpadas de vapor metálico de 250W nos pontos de menor altura e de 400W nos locais mais altos. A iluminação do campo foi totalmente refeita para atender aos níveis de iluminância média e uniformidade necessárias para a transmissão em HDTV. O projeto, realizado pela empresa MHA, previu 372 projetores alocados na extremidade da cobertura nova para atingir uma iluminância média vertical de 3.099 lux. Foram utilizadas lâmpadas de vapor metálico de 2.000W com 5.900K de temperatura de cor, índice de reprodução de cor de 90 e refletor de alta eficiência. Atendendo às adequações exigidas pela FIFA, hoje o estádio do Mineirão é uma arena multiuso equipada não apenas para sediar jogos de futebol, mas também atividades de entretenimento de grande porte. (Por Fernanda Carvalho)

59


projetos

L+D

171 Collins St Melbourne

60

Collins Street, no coração financeiro da “Paris” da cidade de Melbourne, na Austrália, é um endereço conhecido por abrigar uma coleção de edifícios com diferentes estilos arquitetônicos históricos – do vitoriano, art déco e nouveau até torres de edifícios contemporâneos – e também hotéis internacionais, centro de negócios e de compras exclusivos. O recém-inaugurado número 171 Collins St. é um empreendimento coorporativo de luxo que abriga escritórios e lojas de segmentos privilegiados. Seu projeto de arquitetura foi desenvolvido pelo escritório australiano Bates Smart e teve como principal abordagem a integração da fachada tombada, de herança vitoriana, ao novo empreendimento. Além disso, o projeto contemplou também a redefinição da malha de circulação de pedestres em seus arredores. Seu principal desafio consistiu na articulação do edifício histórico existente ao edifício novo, de maneira a promover um fluxo novo de circulação de pedestres da Collins St. até a rua paralela e vice-versa, até então inexistente naquela altura da quadra. Para isso, os arquitetos projetaram, logo depois da entrada do edifício tombado, um átrio grandioso com dimensões semelhantes à altura do edifício histórico. Sua principal característica é a abundância de luz natural feita através de uma cobertura inteiramente de vidro transparente e o uso de materiais de acabamentos nobres. Logo atrás desse átrio e com entrada pela rua paralela, os arquitetos ergueram a nova torre com praticamente o dobro da altura do edifício histórico e com acesso direto ao átrio e à Collins St.

O volume da torre é composto por painéis de vidro inclinados e intercalados em duas posições de maneira a refletir a luz natural da cidade. Para isso, os painéis receberam tratamento com impressão de uma película pontilhada praticamente invisível pelo lado de dentro. Esse tratamento faz com que a luz natural seja refletida na fachada, resultando numa arquitetura com volume de aparência externa mais iluminada e mais leve a qualquer hora do dia ou da noite quando comparada aos edifícios vizinhos. Além disso, essa película diminui a incidência de calor e ofuscamento nos ambientes internos. Já nos ambientes internos, o átrio e as circulações são os principais espaços públicos do edifício e respondem pela maioria do escopo de trabalho do projeto de iluminação artificial desenvolvido pelo escritório local Electrolight.

Fachada tombada do edifício Mayfair, hoje 171 Collins St., no coração da “Paris” australiana na cidade de Melbourne


61

L+D


Nesta página, áreas de circulação adjacentes ao átrio. Destaque para as luminárias embutidas no forro wallwasher para iluminação da parede de mármore travertino e conjunto linear para luz difusa embutido no piso para definição do

L+D

perímetro do ambiente

62


Na página seguinte, hall de entrada do edifício com átrio ao fundo. Abaixo, à direita, volume do balcão da recepção em silhueta e em contraste com as paredes iluminadas por luminárias de sobrepor fixadas nos eixos das placas de vidro e hall dos elevadores iluminados somente por downlights embutidos no forro e sistema difuso embutido no piso junto às paredes para a definição do perímetro do ambiente. Na página ao lado, vista do átrio: contraste entre iluminação natural e artificial e detalhe do sistema linear embutido

L+D

junto à parede da escada

63


Abaixo, vista do átrio com contraste entre temperaturas de cor da iluminação natural e artificial. Detalhe esquemático do sistema linear

L+D

embutido junto à parede da escada

64

Os lighting designers tiveram como conceito principal enfatizar as dimensões volumétricas desses espaços e destacar os elementos de revestimento que integram a imagem de ambiente exclusivo e sofisticado do empreendimento. Para isso, foram utilizadas sobreposições de camadas de luz utilizando técnicas específicas de iluminação. Para o destaque dos planos verticais revestidos de mármore travertino do hall de entrada e circulações adjacentes ao átrio, foram utilizadas luminárias embutidas no forro para iluminação frontal tipo wallwasher com lâmpadas de vapor metálico em temperatura de cor quente. Com esta técnica, as propriedades físicas de cor e brilho da pedra foram enfatizadas. Já no átrio, as paredes foram iluminadas de maneira rasante com luminárias com fontes similares com a finalidade de enfatizar a textura deste mármore e iluminar o ambiente como um todo através de luz


refletida. Nas áreas onde não foi possível o uso de equipamentos embutidos devido à ausência de teto, os designers utilizaram luminárias de sobrepor cujos ângulos de corte dos fachos são controlados por aletas a fim de corresponder às curvas fotométricas das luminárias embutidas. Para concluir o esquema, todas as áreas, incluindo as escadas, receberam iluminação difusa embutida em detalhe especial no piso junto às paredes, a fim de definir os limites periféricos da arquitetura e criar a ilusão das paredes estarem iluminadas em todas às suas dimensões. Os lighting designers também foram responsáveis pela iluminação da fachada tombada do edifício histórico. Apesar das diversas possiblidades de intervenção, o projeto de luz se limitou em destacar apenas o arco romanesco da entrada e as duas figuras decorativas acima dele, figuras estas que contam um pouco da história do uso do edifício. Desta maneira, os designers mantiveram um esquema de iluminação enxuto e minimalista, tal qual as áreas internas. Sobre o projeto de iluminação, o arquiteto comentou: “Os ambientes irradiam sofisticação e luxo por meio de uma abordagem sutil e afinada que integra perfeitamente a luz à expressão arquitetônica. (Por Orlando Marques)

171 Collins St Melbourne, Austrália Projeto de Iluminação: Electrolight Projeto de Arquitetura: Bates Smart Fornecedores: Meyer, KKDC, Erco, Flos, We-ef, Bega, Phillips

L+D

Fotos: Dean Bradley

65


projetos

L+D

open text

66

Os escritórios da sede da Open Text no Brasil, empresa de softwares de gerenciamento empresarial, ocupam um pavimento-tipo do Edifício Faria Lima Corporate, em São Paulo, na Av. Faria Lima – região que concentra vários lançamentos corporativos nos últimos anos. Ocupando uma área de aproximadamente 700 m² em um edifício com Certificação LEED, o projeto partiu da premissa de reutilização parcial de luminárias existentes para duas lâmpadas fluorescentes tubulares T5 de 28W, considerando-se uma ocupação do tipo “open space”, com soluções complementares e específicas de acordo com as atividades a serem exercidas nas demais áreas – recepção, estar, salas de reunião, diretoria e café. A potência total instalada não deveria ultrapassar a densidade de consumo de 12,00W/m² – considerando os sistemas existentes e os acréscimos. Deveria também prever o uso de sensores e dimmers nas salas de reuniões, que não são de ocupação continuada. Tais parâmetros são os mínimos necessários para a obtenção dos pontos para a certificação, mas que sozinhos e sem a devida manipulação podem acabar não criando ambientes de qualidade num projeto. Segundo o arquiteto Carlos Fortes, titular do estúdio responsável pelo projeto de iluminação, o conceito adotado, com o objetivo de se encontrar soluções que estabelecessem uma hierarquia entre os ambientes, aproveitando ao máximo as luminárias existentes, foi o de se trabalhar desenhos de forros que mesclassem áreas com forro de gesso liso, paginadas com o forro modulado.


L+D

67

Vista da recepção dos escritórios da sede da Open Text no Brasil, com projeto de iluminação que respondeu de maneira qualitativa às demandas prescritas em normas técnicas e quesitos


Vista parcial do salão principal de trabalho tipo “open space”, onde o forro foi trabalhado de maneira a mesclar áreas de forro liso e forro modulado, a fim de se encontrar soluções que estabelecessem uma hierarquia entre os ambientes. No fundo, à esquerda na imagem, a sala do café com parede

L+D

com revestimento de madeira iluminada

68

O salão principal de trabalho, onde o conceito de ocupação “open space” foi mantido e que concentra o staff, ocupa a parte central do pavimento e é dividido em duas áreas separadas por um pequeno bloco que abriga um depósito e duas pequenas salas de “call room”. Optou-se por manter o forro modulado apenas sobre as estações de trabalho, deixando toda a circulação periférica com forro de gesso liso. Dessa forma, conseguiu-se o máximo aproveitamento das luminárias existentes, com o menor consumo possível para se garantir a iluminância média desejada (500 lux) nas mesas e níveis de uniformidade. A circulação periférica dessas áreas não recebeu nenhum acréscimo de iluminação, uma vez que apenas a diferenciação dos forros delimita os espaços. A iluminação que sobra da área de staff e que vaza das salas contíguas dos gerentes – cujas paredes são de vidro – é suficiente. Apenas na passagem junto às salas fechadas e na área onde há uma bancada de apoio foram acrescentados pontos embutidos no forro de gesso – downlights para LEDs de 10,5W/3.000K.

As salas de reunião foram iluminadas com as luminárias embutidas existentes – refletores e aletas parabólicos para duas lâmpadas fluorescentes T5 de 28W/3.000K. O forro foi paginado de maneira a criar linhas paralelas no limite entre o forro modulado e o forro de gesso, e a iluminação sobre as mesas foi complementada com downlights para LEDs de 10,5W/3.000K, ligados em grupos de controle dimerizados. Numa sala de reuniões maior, foi criado ainda um desnível entre o forro modulado e o forro de gesso, com iluminação indireta, com fitas de LED de 12,6W/metro linear. Na sala da diretoria, além das luminárias para lâmpadas fluorescentes embutidas no forro modulado, há os mesmos downlights para LEDs de 10,5W/3000K embutidos no forro de gesso, junto às paredes, criando uma sobreposição de camadas de iluminação com tipos diferentes de luz, uma com sistema para Iluminação direta e uniforme e a outra também para iluminação direta mas com facho mais concentrado. Na área do café, criou-se uma sanca linear ao longo da parede com


No alto, vista da sala de reuniões com iluminação para os planos verticais e iluminação para a mesa, agrupadas em diferentes grupos de controles dimerizáveis. No meio, vista da área de trabalho tipo “open space”, com iluminação uniforme e níveis de iluminância conforme normativa. Embaixo, vista da recepção com letreiro de identificação iluminado

L+D

por iluminação difusa

69


L+D

revestimento de madeira, dando destaque a essa superfície vertical e destacando atribuições qualitativas do espaço. Na área de mesas, foram utilizadas luminárias orientáveis para LEDs de 13,2W/3.000K, garantindo ajustes de focalização no layout de mobiliário final. Na recepção e na área de estar de clientes, a solução adotada foi trabalhar basicamente com iluminação indireta, com poucas luminárias embutidas no forro. Essa solução proporciona iluminação difusa ao ambiente com baixo consumo – utilizaram-se as fitas de LED de 12,6W/ metro linear em sancas de gesso, fixadas de maneira a aproveitar ao máximo a emissão de luz do sistema e paginadas sempre paralelas às paredes principais. Essa solução ilumina também o letreiro de identificação – em alto relevo branco sobre fundo branco – sem a necessidade de complementos, uma vez que a direção e tipo de luz criam um conjunto de sombras e contrastes para a sua devida leitura. Sobre o balcão da recepção, as luminárias pendentes decorativas em vidro soprado transparente da Bocci, para LEDs de apenas 1,5W, complementam e conferem personalidade ao espaço, sem comprometer a visão da parede de fundo.

70

Acima, vista da sala de estar de clientes, iluminado com iluminação difusa e poucas luminárias embutidas no forro

No hall dos elevadores, foi criado um rasgo central de iluminação indireta, na mesma linguagem das demais sancas do projeto. As luminárias embutidas no forro são sem moldura, com vidro jateado, para lâmpadas fluorescentes compactas de 26W/2.700K. Para concluir, é importante notar que a definição dos desenhos de forro em todo o projeto abordada pelo time de lighting designers, apesar de não ser uma atribuição imediatamente esperada como parte do escopo de trabalho destes profissionais, muitas vezes é uma ferramenta importante no sucesso de projetos de iluminação, especialmente em projetos dessa natureza. Pois, além de ajudar a solucionar a hierarquia dos ambientes, atender quantidades prescritas em normas e certificações energéticas cria espaços qualitativamente mais agradáveis para o usuário. ((Por Orlando Marques)


Vista do hall de elevadores com rasgo luminoso para iluminação indireta e difusa, e downlights com visor em vidro translúcido embutidos nos

L+D

eixos das portas dos elevadores

71

Open Text São Paulo, Brasil Projeto de Iluminação: Estúdio Carlos Fortes Arquitetura e Interiores: Dante Della Manna Fornecedores: Lumini e Bocci Fotos: Daniel Ducci


L+D

projetos

72


O edifício nonagenário do MESC, em Florianópolis, recebeu uma nova iluminação, totalmente em LEDs, a partir da sua utilização para a mostra Casa Nova – e que perdurou como legado para a cidade

Fachada Histórica

esquina de vias centenárias com piso de paralelepípedos, um edifício do início da década de 1920 se destaca. O volume maciço, tectônico, é suavizado com as filigranas do estilo eclético, uma das vertentes fortes do período. E um embasamento em pedra, que resolve o desnível entre a Rua Saldanha Marinho e a Avenida Hercílio Luz, cria uma base bruta, que ao mesmo tempo contrasta com o prédio e enriquece o conjunto. A construção abrigou originalmente a Escola Normal. Em 1963, passou a sediar o Centro de Ciências da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina. A partir de 2000, foi transformada no Museu da Escola Catarinense – MESC. E em 2013, a Mostra Casa Nova, tradicional evento de decoração, design e arte em Santa Catarina, escolheu o edifício do MESC como espaço de exposição, e investiu em benfeitorias permanentes como legado à cidade. Assim foi encomendada e financiada a nova iluminação do edifício histórico, projeto da Allume, escritório de Marina Makowiecky e Paola Simoni. Elas citam como inspiração e referências importantes em iluminação de edifícios históricos, a Estação da Luz em São Paulo, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e igrejas de Salvador. Foi feita a opção por soluções exclusivamente em LED, pensando tanto no baixo consumo de energia como na longevidade das peças, devido à dificuldade de manutenção adequada em edifícios públicos. Do ponto de vista formal, a opção foi realçar com a iluminação os elementos expressivos do ecletismo que caracterizam o prédio: o embasamento, as colunas, as cimalhas, os arcos e as cornijas.

L+D

No centro histórico de Florianópolis, numa interessante

73


A iluminação reforça as linhas da arquitetura eclética: os eixos verticais dos

L+D

pilares, e as faixas horizontais das cornijas

74

Cada um deles recebeu uma solução específica, inserindo as novas peças de iluminação de modo discreto nas reentrâncias e projeções abundantes em edifícios ecléticos. No embasamento, foram embutidas luminárias de solo com LED (15W, 3.000K) em alumínio injetado, com vidro temperado translúcido, abertura de 40º e acabamento em aço inox, destacando os blocos que delimitam a altura do porão e recebem as colunas duplas da fachada, que se iniciam apenas no térreo elevado. As colunas, por sua vez, são destacadas com projetores de longo alcance em LED (20W, 2.800K) com corpo em alumínio injetado, abertura de 10º, pintura epóxi na cor cinza e difusor em acrílico, marcando com a iluminação o ritmo da fachada. A estes elementos verticais, se sobrepõe duas linhas horizontais bastante fortes: a primeira, das cimalhas intermediárias; a segunda, das cimalhas superiores e dos arcos, elementos distintos mas que formam um coroamento iluminado coeso.


MESC Florianópolis, Brasil Projeto de Iluminação: Allume Arquitetura de Iluminação (arq. Marina Makowiecky, arq. Paola Simoni) – colaboração eng. Claudia Brandão Fornecedores: Máximo Iluminação (embutidos de solo, spots), Utiluz (projetores), Brilia (fitas de LED) Fotos: Mariana Boro

L+D

As cimalhas servem de bandeja de luz para luminárias flexíveis em LED (7,2W, 3.000K) com abertura de 120º. Na cimalha inferior, criase um efeito wallwasher, destacando uma faixa de luz na base da parede do 2º andar; na cimalha superior, destaca-se o rendilhado das cornijas e dos próprios arcos, que juntos criam um volume iluminado rico no topo do edifício. Arremata o conjunto a iluminação das colunas da platibanda, com miniprojetor em LED (9W, 3.000K), com abertura de 45º. E, assim, o edifício nonagenário ganha uma nova feição noturna, enriquecendo a si e o centro histórico de Florianópolis. Tanto na escala mais intimista da esquina de paralelepípedos na Rua Saldanha Marinho, onde está no nível da rua e do pedestre, quanto na sua escala mais urbana, para quem circula pela Avenida Hercílio Luz e tem uma ampla visão do prédio histórico iluminado, elevado sobre o embasamento de pedra, que chega a mais de 4 m perto da avenida e permite sua percepção à distância, acima dos carros, o tempo todo. (Por André Becker)

75


Publieditorial

E:Light e os lançamentos da Light+Building 2014 Fundada há 17 anos, a Cynthron é referência absoluta em automação. A empresa fornece produtos de ponta e presta serviços nas áreas de DVI (Dados, Voz e Imagem), Automação Elétrica, Áudio e Vídeo, Painéis de Touch Screen e Sistemas de Gerenciamento e Controle, Segurança e Persianas, Cortinas e Toldos. A Cynthron adotou como partido, desde o princípio, somente trabalhar com marcas de alto padrão e, assim, se fez conhecida por prestar um serviço de alta qualidade, com produtos de empresas que são referências em cada segmento de tecnologia predial. No decorrer dos últimos dez anos, a Cynthron também se destacou por sua atuação na área de iluminação, trabalhando com exclusividade no Brasil os produtos da fabricante alemã Erco, uma das mais conceituadas marcas do mundo. A experiência de trabalhar em projetos diferenciados, nos quais a alta tecnologia e o design são elementos essenciais, evidenciou uma grande oportunidade: criar uma unidade de negócio exclusivamente dedicada à iluminação de alto padrão, com produtos especiais, excelentes prazos de entrega, logística eficiente e um suporte técnico sem precedentes aos lighting designers. Assim nasceu a E:light. Com três anos de atuação exclusiva na área de iluminação, a E:light ampliou seu portfólio e, hoje, fornece produtos das principais marcas internacionais, como Erco, Targetti, Louis Poulsen, Artemide e Schimtz, e da fabricante brasileira Iluminar. Além de trabalhar com produtos de qualidade indiscutível, a E:light aposta em um excelente serviço de orientação técnica e, para isso, montou uma equipe especializada que conta com profissionais de grande experiência em projetos de iluminação, oferecendo suporte total aos especificadores. Conheça a seguir algumas das novidades apresentadas pelos principais fornecedores da E:Light em Frankfurt, na Light+Building 2014.

1

Artemide A fabricante italiana Artemide sempre trouxe em seu portfólio renomados designers. Nomes como Livio Castiglioni, Santiago Calatrava, Mario Botta e Rodolfo Dordoni, dentre tantos outros ícones do design mundial, assinaram peças da marca. As coleções mais recentes da Artemide mostram que a empresa vai além dos seus clássicos decorativos e tem investido muito em lançamentos de alta tecnologia. Inúmeros foram os lançamentos da linha arquitetural, com destaque para o excelente trabalho que vem sendo feito com linhas contínuas e modulares de LED, como a família SCRITURA (foto 3) – design de Carlota de Bevilacqua e Laura Pessoni – e APPEARANCE (foto 2), de Jean Nouvel, que também assina a linda luminária de mesa EQUILIBRIST (foto 1). 2

3


7

Louis Pulsen

4 5

8

Grande nome mundial do design, com clássicos como as luminárias PH e Artichoke, a dinamarquesa Louis Poulsen apresentou o balizador RUBBIE (fotos 7 e 8). Com acabamento em borracha, o equipamento emite luz circular e muito uniforme, graças a seu refletor interno. A eficiente distribuição da luz promove boa iluminação sem causar ofuscamento. O produto possui IP65.

Targetti A tradicional marca italiana Targetti caprichou em seu lançamento para a Ligh+Building 2014 e apresentou um produto que, seguramente, revolucionará a iluminação externa, principalmente de paisagismo. KEPLERO (fotos 9 e 10) é o novo projetor de solo que tem a flexibilidade como grande diferencial. Suas duas versões, Zoom e Gimbal, tem sistemas ópticos móveis e orientáveis, que possibilitam diferentes efeitos e posicionamentos da luz, e podem assumir diversas configurações. 6

9 10

Erco A fabricante alemã Erco é referência mundial em tecnologia. Seus conjuntos ópticos são absolutamente precisos e eficientes e representam, sem dúvida, o “sonho de especificação” de lighting designers. A Erco levou a Frankfurt uma grande novidade: atenta às transformações ocorridas na Europa nos últimos anos, a empresa apresentou uma linha de luminárias mais econômica como alternativa à família Quintessence, sem abrir mão da celebrada qualidade de seus produtos. A linha SKIM (fotos 4, 5 e 6) traz uma nova tecnologia de conjunto óptico com lentes maciças, que proporcionam luz eficiente e ergonômica e, ainda, criam um elegante efeito luminoso no refletor.


eventos

L+D

LIGHT + BUILDING – FRANKFURT 2014

78

A cada nova edição da Light + Building, uma das maiores e mais abrangentes feiras de iluminação do mundo, que acontece a cada dois anos em Frankfurt, observamos ao longo dos muitos estandes uma espécie de inconsciente coletivo da indústria de iluminação, que nos permite entender e analisar os novos rumos que o mercado vem tomando com a rápida e irreversível mudança da indústria, com a substituição das lâmpadas por LEDs. Em 2014, praticamente não se encontram produtos ou soluções criados para fontes de luz tradicionais – todos querem mostrar que estão adaptados à nova realidade. A rápida e bem-vinda evolução dos LEDs, com muitas de suas limitações superadas, já nos mostra que os principais fabricantes e criadores encontram-se alinhados, com bons produtos à disposição, sem precisar se valer de malabarismos ou truques para solucionar problemas como dissipação de calor, temperatura de cor, eficácia luminosa, qualidade cromática etc. Os principais fabricantes de lâmpadas – como Philips e Osram – também nos mostram seu alinhamento com essa nova realidade. Em seus enormes estandes, vemos pouquíssimo espaço dedicado a fontes convencionais, como lâmpadas fluorescentes ou de vapor metálico. Observamos também que, além de apresentar LEDs de alta eficácia e excelente qualidade, estão empenhados em apresentar mais do que “lâmpadas” – investindo em sistemas que integrem luminárias e controles às fontes luminosas. E agora que os LEDs de 120 lumens/Watt já são uma realidade à nossa disposição, fala-se em 200 lumens/Watt – ou seja, a evolução qualitativa não demostra sinais de esgotamento. Todos os fabricantes trabalham com LEDs no intervalo de 90 a 120 lumens/Watt – o que já os coloca no mesmo patamar das lâmpadas fluorescentes ou de vapores metálicos. Praticamente todas as aplicações apresentam produtos que permitem aos lighting designers e projetistas desenvolver projetos 100% LEDs – sejam projetos comerciais, corporativos, residenciais ou de qualquer outra natureza. Ainda encontramos algumas barreiras a serem transpostas: os postes e equipamentos de iluminação pública deixam a desejar em termos de conforto visual e controle de ofuscamento; ainda não é muito clara qual será a nova luminária a substituir a commodity 2 x 28W ou 4 x

A escultura “Twinkle Twinkle” na Praça do Deutsche Bank: uma das 180 instalações da Luminale 2014 espalhadas por Frankfurt durante a Light+Building

14W com refletores de alumínio e aletas parabólicas para iluminação de escritórios – mas vislumbramos que o futuro do LED já é o nosso presente. Encontramos respostas – ou pelo menos propostas – para praticamente todas as questões, e concluímos que os fabricantes estão empenhados em proporcionar aos profissionais soluções qualitativamente superiores àquelas que víamos até a penúltima edição da Light + Building, em 2012. As luminárias que utilizam o princípio da condução e refração da luz com difusores prismáticos parecem ser a proposta mais próxima a estabelecer um novo padrão para a iluminação de escritórios. Esse princípio permite desenvolver uma grande gama de produtos com aplicações diversificadas – pendentes de iluminação direta e indireta, pedestais, luminárias de parede, embutidas ou sobrepostas – e aqui encontramos um grande benefício proporcionado pelas pequenas dimensões dos LEDs, pois é possível desenvolver luminárias finíssimas, com desenho leve e ofuscamento controlado. Algumas propostas nos mostram, também, que existe uma certa revisão de parâmetros estéticos preestabelecidos, decorrentes da própria natureza dos LEDs e suas características físicas – o que nos mostra


Messe Frankfurt Exhibition / Jochen Günther

Vemos também uma maior liberdade na criação de produtos que exploram o conceito de iluminação difusa. Além das citadas linhas luminosas, grandes luminárias decorativas ou luminárias técnicas com difusores de acrílico, policarbonato e outros materiais são apresentadas. E talvez vislumbrando qual será o próximo passo a ser bem-solucionado pela indústria, podemos eleger a palavra conectividade – outra questão exaustivamente explorada e proposta por vários fabricantes. Falar em sistemas de controle não é mais novidade – sensores de luminosidade, variação de intensidade e de temperatura de cor já são recursos incorporados à linguagem dos projetos. Mas hoje todos têm propostas para integrar esses controles a softwares desenhados para tablets e smartphones – com propostas que, às vezes, beiram o bizarro, como o sistema que propõe a localização de produtos nas gôndolas de um supermercado por um software que identifica o produto através do sistema de iluminação. Paradoxos tecnológicos a serem explorados para realmente mostrarem-se úteis e funcionais aos profissionais e usuários. (Por Carlos Fortes) A seguir, uma seleção de produtos que se destacaram na feira.

L+D

uma evolução da indústria e dos criadores na maneira de se pensar a fonte de luz. Cada vez menos vemos produtos adaptados ao LED, e sim produtos criados para explorar a sua morfologia. As pequenas dimensões das fontes emissoras de luz e a facilidade de se trabalhar em linhas contínuas, por exemplo, nos mostra que todos os fabricantes desenvolveram produtos que exploram essas características. Linhas luminosas com inúmeras variações – retas, curvas, de sobrepor, de embutir no piso, em paredes, em conjunto com outros sistemas – são vistas em praticamente todos os estandes, cada um buscando imprimir sua personalidade. Para isso, são desenvolvidos perfis extrudados e lentes, que integram linhas difusas e luminárias variadas à arquitetura e sugerem uma flexibilidade de uso. O alto custo, no entanto, ainda é uma questão não solucionada. É claro que a cada ano o custo/benefício melhora, diminuindo o tempo de payback em instalações novas ou retrofits. Mas os fabricantes mostram-se dispostos a buscar soluções que contemplem essa questão – caso, por exemplo, da ERCO, que apresenta uma linha de luminárias mais econômica como alternativa à sua primeira linha, com lentes maciças, sem abrir mão da conhecida qualidade de seus produtos.

79


ARTEMIDE 1. ATOMO, em plástico moldado. Design de Ernesto Gismondi. 2. FLASHIT, de Massimo Tassone – perfil de alumínio com fita de LED e difusor em acrílico translúcido para iluminação indireta. 3 / 4 / 5. SISTEMA GRAFA, para iluminação difusa e indireta – exemplo do novo padrão para iluminação de escritórios, com corpo em alumínio e lente em policarbonato. Design de Jean Michel Wilmotte. 6. PAD SYSTEM, de Carlotta de Bevilacqua – outro exemplo para iluminação de escritórios, com perfis de alumínio de apenas 16 mm. 7. SPACE CLOUD, de Ross Lovegrove – pendente formado pela sobreposição de lâminas de alumínio anodizado perfurado.

1

2

3 4

7 6

L+D

5 80


BENWIRTH LICHT 8. LEDed B., de Ben Wirth – minimalismo na proposta que apresenta um bulbo de vidro transparente na forma de uma lâmpada incandescente convencional, com o LED escondido na base.

8

9

10 11

12 13 L+D

DARK

81

9. CAPTAIN CORK, de Miguel Arruda – o designer português propõe uma luminária em forma de pera confeccionada em cortiça, matéria-prima tipicamente portuguesa. 10 e 11. EDGAR ROUND e EDGAR SQUARE, plafonier e pendente com difusor translúcido. 12. SHANGHA, pendente formado por lâminas de madeira, que cria um efeito de luz e sombra no ambiente. 13. THE BIG BUBBLE, de Alex de Witte – bulbos de vidro transparente soprado com a fonte escondida na base.


IGUZZINI 14 / 15. LAZER BLADE, família de luminárias modulares com refletor em plástico metalizado, em diferentes versões – fixas, orientáveis, com ou sem moldura. 16 / 17 / 18. TRICK, luminária com lentes que produzem diferentes efeitos de luz e sombra. 16 17 18

14

L+D

15

82

25


21

20

22

19

L+D

LUCEPLAN

83

23

19 / 20. COMPENDIUM, luminária de piso ou pendente, apresenta um perfil de alumínio que pode ser orientado para emissão de luz em diferentes direções. Design de Daniel Rybakken. 21 / 22. OLALA, luminária em vidro transparente e OLEDs criada por emdedesign. 23 / 24. TANGO, do argentino Francisco Gomez Paz – perfis metálicos que se movimentam nas juntas, modificando a emissão de luz. 25. TIVEDO, luminária de mesa criada por Sebastian Bergne.

24


26

27

30

28 29

L+D

32

84

33

31


34

MARSET 26 / 27. FOLLOW ME, de Inma Bermúdez – luminária portátil e recarregável para áreas internas e externas. 28 / 29. GINGER, de Joan Gaspar – as cúpulas das luminárias são confeccionadas em um material obtido pela compressão de madeira e papel, resultando em lâminas extremamente delicadas. 30 / 31. HAZY DAY, de Uli Budde – a cúpula em vidro soprado cria um degradê do transparente ao translúcido, emulando a luz do sol filtrada pela neblina. 32 / 33. SANTORINI, por Sputnik Estudio, luminárias para uso externo inspiradas nas lanternas de barcos de pesca.

PROLICHT Da Áustria, a Prolicht apresenta luminárias com desenhos geométricos e divertidos. 34. VICTORY, plafonier ou pendentes difusos.

REGENT 35. FLOW LED, luminária pendente totalmente difusa. 36 / 37. TWEAK CLD, família de luminárias para escritórios, que sugere o controle individualizado da luz nas estações de trabalho. 35 36

L+D

37

85


38

39

42

SANTA & COLE 38 / 39. BLANCOWHITE, de Antoni Arola – família de luminárias que explora as pequenas dimensões dos LEDs. 40 / 41. NIMBA, de Antoni Arola – pendente formado por dois anéis, um externo que abriga os LEDs, e um interno que reflete a luz, criando um halo. 42. TMC, de Miguel Milá – clássicos abajures com cúpulas reguláveis.

40

L+D

41

86

46


TOBIAS GRAU 43. STUDIO, pendente com módulos orientáveis para iluminação direta. 44 / 45. XT, família de luminárias para iluminação de escritórios.

43 44

45

TUNTO 46 / 47 / 48 / 49. Luminárias em madeira natural com LEDs e OLEDs, criadas pelo finlandês Mikko Kärkkäinen – desenho delicado aliado às mais avançadas tecnologias. 48

49

L+D

47

87


50

ULRIKE MÄDER 50 / 51. COUPOLE, para iluminação indireta – cúpula feita com polpa de papel reciclado, com um perfil que esconde os LEDs fixados na borda.

51

52

L+D

53

88

VIBIA Linha de luminárias para áreas externas: 52. BAMBOO, design Arola & Rodrigues; 53. EMPTY, design Xúcla; 54. MERIDIANO, design Jordi Vilardell & Meritxell Vidall. 55. WIRE FLOW, design Arik Levy.

54


57

58

59

56

WEVER & DUCRÉ Da Bélgica, destacamos os seguintes produtos: 56. BEBOW, design Serge e Robert Cornelissen – luminária composta por módulos geométricos, combina iluminação direta e difusa. 57. BISHOP, design Wever & Ducré – cúpula em concreto. 58 / 59. WIRO, design Bernd Steinhuber – luminária feita em fios de arame.

60

61

62 63

L+D

55

89

GRAYPANTS Os holandeses da Graypants, além de suas conhecidas luminárias em papelão, apresentaram uma linha de luminárias em lâminas de alumínio. 60 / 61. SCRAPLIGHTS, luminárias em papelão corrugado. 62 / 63. STEPLIGHTS, luminárias em anéis de alumínio.


PARA SABER MAIS

Allume

Fábio Alvim Design

Tacoa Arquitetos

T: +55 48 3028 2254 www.allume.arq.br

Tel: +55 11 993072323 www.fabioalvimdesign.com

T: +55 11 3159 3045 www.tacoa.com.br

Arquitetura e Luz

Foster & Partners

United Visual Artists

T: +55 31 9952 7822 sonia2sm@gmail.com

T: +44 (0)20 7738 0455 www.fosterandpartners.com

Tel: +44207378 0303 www.uva.co.uk

Electrolight

Lichia Lighting

Wonderglass

Tel: +6139670 2694 www.electrolight.com.au

T: +55 11 4508 8446 www.lichialighting.com

Tel: +44020 7631 2061 www.wonder-glass.com

Estúdio Carlos Fortes

Orproject

Tel: +55 11 3064 4194 www.estudiocarlosfortes.com

T: +44 7940 3668 12 www.orproject.com

L+D

PATROCINADORES

Avant

LG Electronics

Luxion

Sylvania

T: (11) 2085 0093 www.avantsp.com.br página 25

T: 4004 5400 www.lge.com/br página 29

www.luxion.com.br T: (54) 3021 0007 página 21

T: (11) 3133 2400 www.sylvania.com.br página 31

E:Light

Light Design + Exporlux

Mantra

Trancil

T: (11) 3062 7525 páginas 76 e 77

T: (81) 3339 1654 www.lightdesign.com.br páginas 4 e 5

T: (41) 3026 8081 www.mantraco.org páginas 16 e 17

T: 0800 979 9030 www.trancil.com.br página 23

Euroled

Lumicenter

Nichia

Ventana

T: (11) 3045 8670 www.euroledbrasil.com.br página 15

T: (41) 2103 2750 www.lumicenter.com.br página 9

T: +1 678 259 9258 www.nichia.com página 33

T: (11) 4596 1100 www.ventanabr.com página 13

Inside

Luminárias Projeto

Omega Light

Wall Lamps

T: (11) 4746 1352 www.inside.ind.br página 27

T: (11) 2946 8200 www.luminariasprojeto.com.br página 39

T: (11) 5034 1233 www.omegalight.com.br páginas 6 e 7

T: (11) 3386 4700 www.wallamps.com.br 2ª capa

Itaim Iluminação

Lumini

Osvaldo Matos

T: (11) 4785 1010 www.itaimiluminacao.com.br 3ª capa

T: (11) 3437 5555 www.lumini.com.br 4ª capa

T: (11) 3045 3095 www.osvaldomatos.com.br página 11

Lemca Iluminação

Lutron

Steluti

T: (11) 2827 0600 www.lemca.com.br página 40

www.lutron.com/latinamerica página 35

T: (11) 3079 7339 www.steluti.com.br página 41

90



inovação a favor da excelência técnica corpo em alumínio injetado com sistema especial de vedação. possui conjunto óptico em polímero desenvolvido para amaciar o facho sem perder eficiência.

led bath ideal para iluminação geral de ambientes úmidos como banheiros, varandas e áreas de piscina coberta.

lumini.com.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.