Mestre em Administração de Negócios, especialista em Gerência de Recursos Humanos, bacharel em Economia e autor de sete livros nas áreas de pessoas, estratégia e gestão. Professor de graduação e pós-graduação, ministrando aulas de administração, economia e metodologia da pesquisa. Consultor e conferencista. Agraciado com o Prêmio GRUPISA-RIO de Profissional do Ano de Cargos e Salários de 1995.
Paulo Sergio Pereira – Diretor acadêmico do Instituto Augusto Comte de Altos Estudos, da UCB e da UCAM, professor.
O autor mostra os processos que facilitam a formulação das diferentes partes da introdução de um texto monográfico, além de expor a composição do seu desenvolvimento e conclusão, proporcionando toda a base teórica que esse tipo de produção acadêmica demanda. Elaboração de projetos de pesquisa apresenta as condições necessárias para a preparação do relatório de pesquisa que o leitor almeja produzir, em termos de estrutura e escrita, sem deixar de lado a defesa oral, discorrendo sobre domínio, entusiasmo, comunicação, entre outros aspectos importantes da apresentação de trabalhos acadêmicos. Neste livro, a formação e a estrutura de uma banca examinadora também são comentadas, sob o ponto de vista da missão que os componentes dessa banca possuem para que a pesquisa tenha qualidade, proporcionando o indispensável crescimento da ciência e possibilitando benefícios para a população e para a comunidade científica.
Aplicações Obra dedicada a alunos de graduação e pós-graduação em Economia, Direito, Administração, Medicina, Enfermagem, Engenharia, Pedagogia, Física e demais cursos universitários que contemplem a elaboração de um trabalho científico que exija a apresentação das partes essenciais de um relatório de pesquisa.
Este livro é uma ferramenta altamente eficaz para aqueles que têm intenção de elaborar trabalhos científicos como dissertações, teses e correlatos. A organização dos temas, além de apresentar uma linguagem clara e de fácil compreensão, traz como diferencial a aplicação de testes práticos que permitem ao leitor verificar o entendimento dos conceitos apresentados, e desenvolver senso crítico, bem como elaborar objetivos e hipóteses com base em exemplos previamente apresentados. Vânia Claudia Fernandes – Formada pela UERJ, pós-graduada em Propaganda e Marketing pela ESPM, mestranda em Educação pela UFRJ, professora.
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ISBN 13 978-85-221-1161-9 ISBN 10 85-221-1161-8
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9 788522 111619
Outras obras Como escrever textos técnicos José Paulo Moreira de Oliveira e Carlos Alberto Paula Motta
Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa – 2ª edição Fabio Appolinário
O método fenomenológico na pesquisa Daniel Augusto Moreira Elaboração de projetos de pesquisa
Partindo-se do pressuposto de que as especificidades relativas aos diferentes cursos não excluem a necessidade de que todos tenham a mesma estrutura e formatação, este livro do professor Luiz Paulo do Nascimento torna-se uma leitura de referência obrigatória no que trata da uniformização de trabalhos de conclusão de cursos, não só quanto ao caráter científico do conteúdo, mas também no que se refere à observância das formas e das normas técnicas relativas a esse gênero de produção acadêmica. É um material de consulta de todos – docentes e discentes – e não apenas daqueles que lidam mais diretamente com as disciplinas da área metodológica. Por tudo isso, felicito-o, “ex-corde”, por este valioso trabalho.
E
laboração de projetos de pesquisa, de Luiz Paulo do Nascimento, é uma ferramenta essencial para o estudante vencer as dificuldades na redação de monografias e textos de pesquisa acadêmica, que requerem cuidado e atenção para que suas leituras, pesquisas e, enfim, sua produção de texto sejam facilitadas e obtenham o êxito esperado.
Luiz Paulo do Nascimento
Luiz Paulo do Nascimento
Trabalho de conclusão de curso: guia de elaboração passo a passo Clóvis Roberto dos Santos Um profundo enfoque, em que diferentes situações impõem teoria, prática, soluções e melhores alternativas na elaboração da situação sob análise, em metodologia da pesquisa, no desenvolvimento de monografias, dissertações e teses. Aldemário Rodrigues de Oliveira – Professor universitário com atuação na UFRJ/FACC, UNIG, UFMG, FGV/CADEMP, UESC – Ilhéus.
Livros sobre metodologia científica costumam ser densos, tanto para alunos como para professores. O autor, no entanto, com ampla experiência na formulação e aplicação de conceitos, encurtou o caminho para o aprendizado, mantendo o foco na leveza, objetividade e consistência. O livro avança sobre pré-projetos e projetos científicos, realçando os aspectos metodológicos clássicos e, simultaneamente, fornece dicas que estimulam o leitor a buscar, cada vez mais, maior profundidade. Marcelino Tadeu de Assis – Professor universitário, administrador, escritor e profissional de Recursos Humanos.
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ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO, TESE E ESTUDO DE CASO, COM BASE EM METODOLOGIA CIENTÍFICA
Luiz Paulo do Nascimento
Austrália : Brasil : Japão : Coreia : México : Cingapura : Espanha : Reino Unido : Estados Unidos
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Agradecimentos O
tempo passa e nos damos conta de que nosso conhecimento é fruto da contribuição das mais variadas fontes e vivências pelas quais passamos, se formando a partir de salas de aula, leituras, pesquisas, palestras, congressos, seminários, conversas, simpósios, filmes, reuniões, documentários, programas de entrevistas, peças teatrais, romances, viagens etc. Agradeço aos alunos e professores, de um modo geral, com os quais tive a felicidade de me relacionar e trocar ideias. Pelo exame e análise dos mais diversificados trabalhos, na graduação e na pós-graduação, as abordagens foram sempre muito ricas e desafiadoras. As dúvidas e perguntas contribuíram de forma significativa para a ampliação do conhecimento. Em algumas situações fui obrigado a me debruçar sobre os mais diversos autores para entender melhor e poder retransmitir, com maior segurança e clareza, um pensamento que, de certa forma, poderia esclarecer dúvidas e diminuir a ansiedade. Aos autores das mais diversas obras o meu muito obrigado pela paciência com que fui tratado ao me verem e sentirem folhear suas páginas, inúmeras vezes, tentando sorver seus ensinamentos. A maioria das pessoas, conhecidas e desconhecidas, com suas perguntas e observações, não imaginam a ajuda prestada. Em várias oportunidades guardei de memória o que ouvi e, em outras ocasiões, fiz breves anotações das informações e sugestões proferidas, embora nem todas tenham sido aqui aproveitadas. É um risco muito grande citar as pessoas que contribuíram com opiniões, sugestões, conversando, argumentando, incentivando. Com certeza, por inteira culpa e responsabilidade de minha parte, várias delas não terão seus nomes aqui divulgados. Esta obra, portanto, possui a ideia e o pensamento de inúmeras pessoas, próximas ou distantes, às quais agradeço de vii
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coração e que, em diferentes situações e circunstâncias, contribuíram para a efetivação deste projeto. Embora não seja justo esquecer as pessoas que contribuíram, menos justo é não citar o nome daquelas que, pelo menos, temos lembrança e consciência de suas colaborações e sugestões, mesmo que elas próprias não consigam se lembrar. A seguir, com minhas desculpas antecipadas pelas pessoas não lembradas, o nome daquelas das quais me recordo: Agamemnom Rocha Souza, Alberto Rayer, Aldemário Rodrigues de Oliveira, Alexandre de Carvalho Dias Gimenez, Alexei Gonçalves de Oliveira, André Luiz Freitas, Andréa Bittencourt, Andréa Quintela, Ângelo Mazzeo, Antonio Viana Matias, Bernardo Sicsú, Carlos Bezerra, Carlos Cesar Vargas, Cláudio Teixeira Simões, Clóvis de Oliveira Paradela, Dalmo V. M. de Lima, Diógenes Marcelo F. Miranda, Edmar Freire de Miranda, Edmirson Maranhão, Elton Maia, Ely de Abreu, Eraldo Montenegro, Evaristo Novaes da Silva, Fernando Koki, Fernando Santana, Flávio Coutinho, Geraldo Veloso Leite, Gilnei Mourão Teixeira, Jacir Corrêa Lemos, João A. da Rocha Lagoa, João Calvano, Joel Dutra, Joel Farias, Joemar Braga Alves, John Wesley, Jorge A. S. B. Freitas, José Amaro Peixoto, José Carlos Leal, José F. Azevedo, José Moreira Carrijo, Jovelino de Gomes Pires, Júlio Cesar de Paula, Laércio dos Santos Martins, Lauro Boechat, Lindolfo Albuquerque, Luiz A. G. Belmiro, Luiz Ernesto Krau, Luiz Fernando Ramos Molinaro, Luiz Lobato, Marcelino Tadeu de Assis, Márcia N. Carreira, Maria Luísa Mendes Teixeira, Mário André Bezerra de Melo, Mauro Cerutti, Mauro Rezende Filho, Miguel Ângelo Baes Garcia, Nayara Cardoso, Neide Araújo, Neiu Soares dos Santos, Paula Marinho, Paulo Cesar de Oliveira, Paulo F. Silva, Paulo Francione, Paulo Roberto Coimbra, Paulo Roberto S. Falcão, Paulo Sérgio Pereira, Pedro Lobianco, Priscila de Souza Duarte, Raphael Barbosa, Renato Blois, Ricardo Borges, Ricardo Caram Ganimi, Ricardo Luz, Ricardo Pena, Robson César Reis, Robson Martins Rosa, Sandra Fabiano, Sérgio Siqueira da Cruz, Silvestre Prado de Souza Neto, Sílvia Maria de Oliveira e Souza, Sônia Koehler, Tânia Furtado, Ulisses de Castro Moraes, Vânia Claudia Fernandes, Vera Correa, Vera M. M. Simonetti, Vicente Picarelli Filho, Victor Cláudio Paradela Ferreira, Volmer Avelino Silvio Paula da Silveira, Wanda Araújo, Wilianson Grimaldi, Zelinda Maria Silva Braga Dornellas. viii
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Sumário Introdução
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1. Leitura
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1.1. Introdução 1.2. Preparação para a leitura 1.3. Tipos de leitura 1.4. Considerações finais Questionário para autoavaliação 1.1 Exercício 1.1
1 4 6 8 9 10
2. Metodologia da pesquisa científica
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3. Apresentação do relatório de pesquisa
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2.1. Introdução 2.2. Ciência 2.3. Pesquisa 2.4. Projeto de pesquisa 2.5. Os diferentes tipos de monografia 2.6. Considerações finais Questionário para autoavaliação 2.1 Exercício 2.1 Exercício 2.2 Exercício 2.3 Exercício 2.4
3.1. Introdução 3.2. Apresentação da monografia 3.3. Apresentação do estudo de caso 3.4. Considerações finais Questionário para autoavaliação 3.1 Exercício 3.1
11 12 14 18 31 66 66 69 69 69 70
71 77 96 107 108 109
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4. Apresentação escrita
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5. Apresentação oral
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6. Banca examinadora
131
Conclusão Bibliografia
145 147
4.1. Introdução 4.2. Tamanho da folha e utilização do espaço 4.3. Redação 4.4. Estilo 4.5. Linguagem 4.6. Citações 4.7. Notas de rodapé 4.8. Paráfrase 4.9. Contagem, numeração e algarismos 4.10. Considerações finais Questionário para autoavaliação 4.1 Exercício 4.1 5.1. Introdução 5.2. Domínio do assunto 5.3. O entusiasmo 5.4. A comunicação 5.5. Outros recursos 5.6. Considerações finais Questionário para autoavaliação 5.1 Exercício 5.1 6.1. Introdução 6.2. Procedimentos de defesa 6.3. Papel dos cursos de graduação 6.4. Papel dos cursos de pós-graduação 6.5. Considerações finais Questionário para autoavaliação 6.1 Exercício 6.1
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Introdução E
ste livro tem a intenção de proporcionar ao pesquisador, estudante universitário e/ou autor-aluno a possibilidade de localizar e identificar os conhecimentos necessários para desenvolver pesquisa acadêmica de cunho científico, de modo a atender as exigências metodológicas. Tem por propósito promover a ampliação cognitiva, estimulando o leitor a adquirir novo e mais amplo saber, para contribuir no enriquecimento da ciência através da criação e da construção de novos conhecimentos. O objeto de estudo é uma pesquisa sobre um conjunto de recomendações e sugestões de conteúdo teórico, em apoio à realização prática que especifica, inclusive, o “como fazer”. A expectativa é que a ideia do “como fazer” não se apresente como um obstáculo ou uma barreira que impeça a oportunidade de se pensar ou refletir sobre inovação e criatividade. A necessidade, o entusiasmo, a alegria e a satisfação são os fatores que movimentam e impulsionam os universitários, proporcionando segurança no desenvolvimento dos relatórios de pesquisa científica em seus diferentes cursos e instituições de ensino superior, na elaboração de monografias, dissertações e teses. O objetivo da obra é traçar uma série de indicações e propostas provenientes de uma pesquisa teórica que possa dar sustentação à execução prática, em termos de como fazer, sem que se isolem, entretanto, os fatores que favoreçam a capacidade criadora e as possibilidades de renovação. Ao autor-aluno solicita-se uma intensa atividade de pensar ou refletir sobre estes aspectos, de modo que aquele quadro ou cenário estéril, frio e sem animação dê lugar à vivacidade e ao colorido, por ocasião da elaboração de monografias, dissertações e teses. xi
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Pretende-se que, de posse de um conhecimento amplo sobre cada tema, o universitário forme o seu próprio discurso a partir das informações obtidas em aulas, palestras, pesquisas e nas mais variadas obras que versem sobre assuntos diversos, porém, voltados para os interesses acadêmico-científicos. O problema a resolver, nesta obra, fica explicitado na seguinte pergunta: existe a possibilidade de se desenvolver e adotar uma série de indicações e propostas de conteúdo teórico, de modo a dar apoio à realização prática, traduzida por “como fazer”, de maneira a não se apresentar como um empecilho que inviabilize a oportunidade de se discorrer sobre o assunto e procurando trazer ao conhecimento público novidades e pensamentos criativos? E essa mesma série de indicações e propostas de conteúdo teórico ainda pode eliminar, por consequência, a monotonia e a mesmice, para ser utilizada por estudiosos, em seus diferentes cursos e instituições de ensino superior, na elaboração de monografias, dissertações e teses nas quais o conteúdo teórico proporcione confiabilidade e segurança no desenvolvimento dos relatórios de pesquisa científica? Como justificativa, pretende-se que o universitário, de posse de conhecimentos que possibilitem desenvolver uma pesquisa e percebendo que ela não representa uma atividade impossível de ser realizada, sinta prazer em ler, consultar e ampliar sua capacidade cognitiva, passando a ter conhecimento e domínio sobre certos assuntos. O conhecimento e o domínio sobre os assuntos, além do conjunto de recomendações e sugestões metodológicas de “como fazer”, proporcionariam, por hipótese, maiores confiabilidade e segurança no desenvolvimento dos relatórios de pesquisa científica. Por consequência, demandaria um tempo menor de execução, permitindo momentos de descontração, alegria, felicidade e satisfação pelo dever cumprido e, principalmente, pelo ensejo de aprender fazendo, o que leva à formação de um profissional mais talentoso e competente. É possível que a série de medidas recomendadas de “como fazer” possa resultar em prática saudável, ativa e dinâmica em função da criatividade e inovação, quando na elaboração dos relatórios de pesquisa ou de quaisquer outros trabalhos acadêmicos de cunho científico. Podemos antecipar que o conjunto de recomendações e sugestões – variáveis – de conteúdo teórico a ser aplicado representa fator determinante para mudanças que poderão ser verificadas, em seus efeitos, na xii
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segurança e confiabilidade do desenvolvimento de relatórios de pesquisa científica. Para atingir o objetivo traçado, adotou-se como metodologia o desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica ou pesquisa teórica a respeito de obras de autores que versem sobre planejamento, tomada de decisão, estratégia etc. Menciona-se também um grupo de diversos outros autores que abordam a metodologia da pesquisa científica. A Introdução coloca em evidência, como acabamos de constatar, o objeto de estudo, o objetivo, o problema, a justificativa, as hipóteses, as variáveis e a metodologia, e finaliza, a seguir, apresentando a estrutura do trabalho, informando o modo como foi elaborado e desenvolvido e o que, em resumo, contém cada capítulo. O Capítulo 1 aborda a importância da leitura para a evolução, crescimento e desenvolvimento do pesquisador, passando pela seleção de assuntos a serem consultados, mostrando como se preparar e quais os diferentes tipos de leitura. O Capítulo 2 traz tópicos que falam de ciência, projeto de pesquisa e das considerações necessárias no levantamento de dados e informações, além dos diferentes tipos de pesquisas, as partes que compõem a Introdução (com um guia prático que “mostra” o “como fazer”) e os tópicos Desenvolvimento e Conclusão. O Capítulo 3 traz detalhes das partes pré-textual, textual e pós-textual necessárias para a apresentação da monografia, bem como os aspectos de estrutura, método e cenário necessários para o estudo de caso. O Capítulo 4 aborda os aspectos de redação, estilo, linguagem, citações, notas de rodapé, paráfrase, concordância verbal, regência verbal e nominal, apresentação gráfica, contagem, numeração e algarismos. O Capítulo 5 faz algumas recomendações como: dominar o assunto a ser exposto, entusiasmo, teatralização, ritmo, voz, articulação, respiração, expressão corporal, gesto, mãos, pernas, cabeça, face, olhos, e outros recursos. O Capítulo 6 apresenta comentários sobre a composição da banca e das atribuições dos professores, assim como as atividades do aluno que faz a defesa. Inclui também uma série de recomendações a respeito de procedimentos administrativos. Finalmente, a Conclusão externa os pontos que foram atingidos e atendidos como proposta de trabalho a ser executado.
Introdução
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Leitura
Objetivos deste capítulo: * Proporcionar ao leitor uma visão geral dos diferentes tipos de leitura; * Mostrar a importância da leitura no desenvolvimento do conhecimento; * Abordar aspectos de como proceder na execução da leitura para obtenção de melhor rendimento.
1.1 Introdução
A leitura é talvez a questão primordial para a formação de qualquer profissional de nível superior. O objetivo é completar mais um ciclo na nossa vida para a aquisição de novos conhecimentos. A leitura é um dos assuntos presentes no dia a dia dos universitários e dos profissionais de um modo geral, e em particular daqueles voltados para a educação. A leitura acadêmica de cunho científico precisa ter um caráter de leitura ativa ou viva. Ela se caracteriza quando é realizada com interesse, vibração e entusiasmo. É aquela que, por seu conteúdo, nos prende a atenção, que não nos deixa largar o livro. É quando temos pressa e desejamos chegar ao fim, porém, com vontade de que o texto não acabe. É aquela leitura que 1
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nos faz ver, ouvir e sentir as cores, os sons e os aromas que o autor conseguiu imprimir e transmitir em seu texto. O ato constante da leitura conduz a um aumento na capacidade de compreender e de pensar com desenvoltura, proporcionando, por outro lado, facilidade de expressão oral e escrita. Um dos grandes problemas em relação à leitura consiste na dificuldade de entendimento e de interpretação do que se lê. O propósito deste capítulo consiste em apontar um caminho ou pelo menos uma trilha que, mesmo tosca, proporcione ao leitor vislumbrar algo que lhe sirva de orientação.
1.1.1 Importância
Contribuir para a visualização do referencial lógico concernente à pesquisa acadêmica de cunho científico, bem como para aprofundamento do campo do conhecimento compreendido por suas partes. A descrição dos tópicos a seguir tem como base uma sequência evolutiva que permite aumentar o conhecimento sobre determinado assunto e apresentar um trabalho acadêmico de pesquisa científica. A ampliação do conhecimento acontece através do exercício de um conjunto de ações, que são: • Ler – leitura científica não é qualquer leitura, é leitura selecionada, que pressupõe estudar. • Estudar – aqui, significa entender. • Entender – é quando o leitor assimila, com a pretensão de conhecer. • Conhecer – vem a ser um conjunto de diversos entendimentos que conduzem ao saber. • Saber – que, por sua vez, proporciona ao leitor uma condição especial de pensar. • Pensar – possui uma importância significativa que é a capacidade de refletir. • Refletir – é uma forma voluntária e concentrada de pensar para se poder criar/construir. • Criar/Construir – é a característica essencial do ser humano em seu trajeto de crescimento, desenvolvimento e evolução.
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Criar/construir Refletir Pensar Saber Conhecer Entender Estudar Ler
Ilustração 1.1 – O caminho da pesquisa.
Acumular saber, pensar, refletir e finalmente criar ou construir constituem as consequências das ações do ser humano, que possui, entre suas principais características, a curiosidade, que faz com que ele queira saber o que ocorre à sua volta, saber o “porquê” de tudo que lhe interessa. Ele faz perguntas, consulta outras pessoas, procura ler a respeito de assuntos de seu interesse. Algumas respostas, entretanto, não o satisfazem, e ele, então, busca as explicações de causa e efeito. Isso significa que começa a enveredar pelo caminho da ciência e aprofunda sua pesquisa através de obras que tratam dos temas cujas respostas está procurando. O início de tudo está, entretanto, na leitura. É necessário ler, ler muito, ler sempre e ler bem. O aprimoramento do conhecimento exige leitura selecionada. É importante e necessário, portanto, que se saiba escolher obras úteis para o desenvolvimento de nosso saber. A escolha das obras se faz inicialmente através de fichários ou relações de títulos que abordem um determinado assunto de interesse para o trabalho que vamos elaborar. O autor-aluno precisa aprender a aprender. O ato de aprender pressupõe que não existe espaço para que simplesmente se copie, transcreva, imite ou reproduza o que outros já escreveram. Aprender vai além, significa mudança de conduta, e não pura e simplesmente acumular conhecimento. É preciso, portanto, transformar capacitação em competência. É necessário que, com base na leitura realizada, o pesquisador use de originalidade ao reescrever os textos lidos, pois este é um ato sublime de criar/construir. Leitura
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1.1.2 Escolha de assuntos
É fundamental que o autor-aluno escolha um assunto de interesse e que recaia sobre aspectos que ele necessite provar ou desenvolver. Deve ser um tema que represente uma dificuldade no trabalho ou no estudo de algum tópico de disciplina universitária. Pode ser também uma indicação do orientador, tendo sempre como objetivo o proveito ou benefício prático ou o interesse acadêmico-científico. A apresentação de trabalhos de pesquisa poderá ser realizada por meio de um relatório, um resumo de disciplina ou por um trabalho de conclusão de curso (TCC). O formato pode ser o de um plano de negócios, um estudo de caso, uma monografia, dissertação ou tese. Tema é o mesmo que objeto de estudo ou assunto. O desenvolvimento da pesquisa vai demandar tempo e, por isso, é importante que o assunto seja de interesse do curso, da disciplina, do professor e, principalmente, do universitário, de modo a agregar valores à formação profissional.
1.2 Preparação para a leitura
A leitura é uma atividade que precisa proporcionar resultados positivos e promissores. Para isso, considere os seguintes aspectos: • Local – consiste em um ambiente apropriado, reservado especialmente para o exercício do estudo. • Ventilação – consiste em uma dependência que possua uma renovação constante e necessária de ar. • Temperatura – consiste em um ambiente nem muito quente nem muito frio, que proporcione bem-estar. • Silêncio exterior – consiste no ambiente externo àquele no qual você esteja, livre de ruídos que possam perturbar o andamento harmonioso de seus estudos. • Silêncio interior – consiste na abstração de pensamentos inoportunos e na concentração do pensamento no objeto de interesse para compreender, assimilar e reter as informações fundamentais encontradas nos textos. • Desejo – consiste na pretensão de obter vantagens intelectuais e culturais, usando-se o recurso da leitura. • Respiração – consiste na atividade de preparação que antecede os estudos propriamente ditos. Exercícios respiratórios têm por
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Ventilação
Temperatura
Velocidade
Silêncio exterior
Síntese
Análise
Silêncio interior
Local ou ambiente para o exercício do estudo
Desejo
Avaliação
Respiração
Meditação
Relaxamento
Ilustração 1.2 – Componentes do ambiente de estudo.
consequência oxigenar o sangue, que, por sua vez, rega os neurônios, preparando-os para receber novas informações com mais facilidade. • Relaxamento – consiste em atingir um estágio no qual o corpo como um todo fica descontraído; é quando você não sente os membros e a cabeça fica livre de pensamentos. • Meditação – consiste na reflexão de forma descontraída, com o objetivo de se esvaziar a mente de pensamentos. É uma preparação mental, sem intenções preconcebidas sobre o que foi pesquisado. A meditação proporciona um desdobramento de todas as partes, com Leitura
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a finalidade de descobrir e conhecer todos os pensamentos e ideias, buscando transformar as dúvidas em informações transparentes e em aumento do conhecimento. • Avaliação – consiste nas ações de analisar, ponderar, graduar, comparar, julgar, criticar, aceitar, aprovar, refutar e discutir as opiniões e proposições apresentadas pelos autores pesquisados. • Análise – consiste na subdivisão do texto em várias partes, procurando-se estabelecer as relações de causa e efeito para facilitar o seu entendimento e o domínio sobre ele. • Síntese – consiste na reconstrução das várias partes do texto, estabelecendo um resumo contendo os principais aspectos estruturados em uma sequência lógica. • Velocidade – consiste em uma leitura rápida e eficiente, tendo em vista a vasta quantidade de obras necessárias para se formar o conhecimento durante a elaboração e desenvolvimento do trabalho de pesquisa científica. A leitura rápida não deve prejudicar a compreensão nem a aquisição de conhecimento.
1.3 Tipos de leitura
A leitura com fins de pesquisa para o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos se caracteriza pela identificação de dados e informações adequados, estabelecendo-se entre eles as relações com o problema proposto de modo a se analisar sua consistência. A leitura é, possivelmente, aquilo que mais caracteriza e dá consistência à pesquisa bibliográfica. É através da leitura que obtemos a maior parte das informações que dão forma ao nosso conhecimento. As particularidades e diferenças são próprias dos indivíduos e, em razão disso, é preciso que se respeite, em cada pessoa, o ritmo, a velocidade, a apreensão e a compreensão do texto lido em relação à aprendizagem. A leitura pode ser descompromissada, prestando-se à cultura geral, à diversão e ao entretenimento, e adquirida por meio de jornais e revistas de atualidades. Mas pode ser aquela que visa ao aprofundamento e à ampliação do conhecimento, que se realiza com o apoio de livros e revistas especializadas, exigindo-se do leitor profunda concentração. A leitura é uma forma de se crescer e evoluir em termos de conhecimento. É através dela que podemos viajar o mundo e o universo sem
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necessidade de deslocamento físico, além de percorrer o pensamento dos mais renomados autores e absorver deles conhecimentos sobre os mais diversificados assuntos em suas mais variadas formas de entendimento e interpretação. Para maior eficácia na seleção de livros a serem consultados, solicite o auxílio e a orientação de professores. Certamente, eles estão em condições de recomendar obras de autores confiáveis. Sabendo o que ler e como ler, possivelmente encontrará o ritmo adequado para a leitura. Com segurança, pode-se aumentar a velocidade de leitura sem que haja prejuízo para a compreensão e a assimilação dos pensamentos e ideias dos autores. Com o aumento da velocidade, a retenção das informações deverá ser facilitada e aumentada. A quantidade de obras que o pesquisador precisará consultar, em seus mais diversos meios de divulgação, é muito grande. São vários os tipos de leitura praticados e apropriados à elaboração e desenvolvimento da pesquisa bibliográfica: • Leitura exploratória ou de reconhecimento – tem por objetivo verificar até que ponto o livro consultado apresenta informações que são, realmente, de interesse do trabalho pesquisado. A leitura exploratória considera as informações referentes ao título e ao sumário, podendo incluir a leitura da introdução, das orelhas e da contracapa para que se tenha uma ideia geral de como a obra pode contribuir para a pesquisa. • Leitura seletiva – tem por objetivo aprofundar conhecimentos sobre os pontos que se deseja alcançar por intermédio da pesquisa em desenvolvimento. Os textos a serem lidos dizem respeito diretamente ao assunto de interesse da elaboração da pesquisa. • Leitura analítica – tem por objetivo estabelecer uma ordem de entrada das informações para a elaboração de resumos que contribuam para o desenvolvimento e resolução do problema de pesquisa. A leitura analítica proporciona ao autor-aluno conhecer o pensamento do autor da obra. Com isso, é possível posicionar-se de forma objetiva, impessoal e respeitosa diante dos novos conhecimentos que está adquirindo. As informações mais significativas são obtidas detalhadamente, captando-se, portanto, as características mais relevantes para o aumento do saber, acumulado através do tempo, visando à total e plena compreensão. Leitura
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• Leitura interpretativa – tem por objetivo estabelecer uma relação entre o que o autor da obra afirma e o problema de pesquisa que o autor-aluno pretende resolver, proporcionando, ao mesmo tempo, a possibilidade de se desenvolver uma síntese com as informações obtidas a partir da análise e do julgamento do texto pesquisado. • Leitura crítica ou reflexiva – tem por objetivo provocar uma reflexão analítica sintética e avaliadora das obras que estão sendo pesquisadas, proporcionando ao autor-aluno, por meio da comparação dos diferentes livros, obtenção de fundamentos para seu trabalho.
Exploratória ou de reconhecimento
Crítica ou reflexiva
Seletiva Tipos de Leitura
Interpretativa
Analítica
Ilustração 1.3 – Os diferentes tipos de leitura.
1.4 Considerações finais
No decorrer da consulta ao Capítulo 1 tivemos a oportunidade de visualizar como é importante a leitura. É ela que permite avançar e progredir na escala do conhecimento, além de facilitar a aprendizagem e o crescimento intelectual. É através da leitura que aumentamos nosso vocabulário e, assim, adquirimos desenvoltura para externar nossas ideias.
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A leitura é, na realidade, a grande companheira que nos proporciona traduzir por escrito tudo que pensamos, abrindo nossa mente para novos horizontes. A leitura nos conduz aos mais remotos recantos da natureza. Percebemos que há diferentes tipos de leitura para diferentes objetivos, ou seja, não lemos sempre do mesmo jeito, nem com a mesma velocidade. Cada leitura tem uma finalidade própria.
Questionário para autoavaliação 1.1
1. O que se entende por leitura viva? 2. O que pressupõe o ato de aprender? 3. Quais características um trabalho de pesquisa deve ter para ser desenvolvido pelo universitário? 4. Tema é o mesmo que 5. Quais aspectos a leitura precisa contemplar para que, através dela, bons resultados sejam obtidos? 6. O que caracteriza a leitura para fins de pesquisa? 7. Quais são os tipos de leitura? 8. O que se entende por leitura seletiva? 9. O que se entende por leitura crítica? 10. O que se entende por leitura exploratória? 11. O que se entende por leitura analítica? 12. O que se entende por leitura interpretativa? 13. O que se entende por leitura reflexiva? 14. O que se entende por leitura de reconhecimento? 15. Qual a importância da leitura?
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Resposta
Pergunta
Resposta
Pergunta
Resposta
Pergunta
Gabarito 1.1
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Exercício 1.1
Pegue um livro (pode ser um romance), preferencialmente escrito com letras graúdas. Tenha à mão um cronômetro ou despertador e regule-o para “tocar” quando se passar um minuto. Inicie a leitura procurando ler o mais rápido que puder e, após um minuto de leitura, assinale o ponto que atingiu durante o tempo marcado. Repita a leitura da mesma passagem, procurando ler mais rápido que antes. Decorrido um minuto, veja que você conseguiu ler um trecho maior do que o da primeira vez. Você pode repetir a experiência mais uma vez e constatará que foi mais adiante ainda, ou seja, leu bem mais rápido que das vezes anteriores. Considere agora outro trecho não lido. Leia o mais rápido que puder. Compare o resultado obtido com o melhor resultado anterior e verificará que leu mais rápido um trecho que não conhecia em confronto com um que leu três vezes. No princípio, é possível que sinta alguma dificuldade de entendimento. Entretanto, com o decorrer dos exercícios, a compreensão será obtida com facilidade e sem esforço adicional. A partir desse exercício, é conveniente que se crie o hábito da leitura rápida; logo, todo e qualquer texto que tiver de ler, leia-o o mais rápido possível.
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Elaboração de projetos de pesquisa
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Metodologia da pesquisa científica
Objetivos deste capítulo: * Proporcionar ao leitor uma visão sobre ciência e sua utilidade na pesquisa; * Proporcionar ao leitor informações básicas dos diferentes tipos de pesquisa para a elaboração de trabalhos científicos; * Informar os diferentes tipos de trabalhos monográficos; * Proporcionar ao leitor uma visão geral do conteúdo das diferentes partes presentes em trabalhos monográficos; * Mostrar a importância da pesquisa no desenvolvimento do conhecimento.
2.1 Introdução
Metodologia da pesquisa diz respeito à aplicação do método para a aquisição de conhecimento e de como fazer ciência proporcionando-se caminhos alternativos, ferramentas e procedimentos. É uma ciência instrumental que dá apoio às outras ciências. A metodologia proporciona flexibilidade aos caminhos e alternativas na resolução dos problemas para os quais procuramos resultados apropriados em relação aos propósitos pretendidos. Para tanto, é necessário que se tenha uma visão do que é ciência e de como ela se desenvolve. Deve-se saber que é através da ciência que tudo 11
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laboração de projetos de pesquisa, de Luiz Paulo do Nascimento, é
sua produção de texto sejam facilitadas e obtenham o êxito esperado. O autor mostra os processos que facilitam a formulação das diferentes composição do seu desenvolvimento e conclusão, proporcionando toda a base teórica que esse tipo de produção acadêmica demanda. Elaboração de projetos de pesquisa apresenta as condições necessárias para a preparação do relatório de pesquisa que o leitor almeja produzir, em termos de estrutura e escrita, sem deixar de lado a defesa oral, discorrendo sobre domínio, entusiasmo, comunicação, entre outros aspectos importantes da apresentação de trabalhos acadêmicos. Neste livro, a formação e a estrutura de uma banca examinadora também são comentadas, sob o ponto de vista da missão que os componentes dessa banca possuem para que a pesquisa tenha qualidade, proporcionando o indispensável crescimento da ciência e possibilitando
Aplicações Obra dedicada a alunos de graduação e pós-graduação em Economia, Direito, Administração, Medicina, Enfermagem, Engenharia, Pedagogia, Física e demais cursos universitários que contemplem a elaboessenciais de um relatório de pesquisa.
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