História do pensamento econômico

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O objetivo do livro é contar a evolução do pensamento econômico desde a sua origem de maneira clara e didática. Tendo em vista o grande interesse surgido pelo assunto, reflexo das rápidas mudanças que acontecem no quadro social atualmente, e as novas ideias e tendências do mercado voltado para esta área, estudar a história do pensamento econômico, passando pelos principais pensadores, é uma porta que se abre para o estudante de economia ou para o interessado na área entrar com mais recursos no campo econômico. Além disso, História do Pensamento Econômico traça uma linha do tempo, passando por vários pensadores, como Thomas Mun, David Hume, Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill, Max Weber e muitos outros, que compõem a história da economia ao longo dos séculos. Este livro traz, dois anexos, elaborados pelo revisor técnico, que contam um pouco da história do pensamento econômico da América Latina, que traçam um panorama da evolução das ideias econômicas no Brasil.

Aplicações: destina-se principalmente aos cursos de Economia, para a disciplina história do pensamento econômico; no entanto, pode servir como leitura complementar para os cursos de Administração. Leitura recomendada também a todos os interessados em economia e àqueles que querem aprimorar seus conhecimentos históricos da área.

Material on-line para professores e alunos.

STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

Tradução da 8a edição norte-americana STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT

STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT

HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO Tradução da 8a edição norte-americana

ISBN 13 978-85-221-2563-0 ISBN 10 85-221-2563-5

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MATERIAL DE APOIO ON-LINE 9 788522 125630

Outras obras Planejamento e Desenvolvimento Econômico Manuel Alcino Ribeiro da Fonseca Economia de Empresas: Aplicações, Estratégia e Táticas – Tradução da 13a ed. norte-americana James R. McGuigan, R. Charles Moyer e Frederick H. deB. Harris Introdução à Economia Tradução da 6a ed. norte-americana N. Gregory Mankiw Princípios de Economia – 7a ed. Otto Nogami e Carlos Roberto Martins Passos


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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

B889h

Brue, Stanley L. História do pensamento econômico / Stanley L. Brue, Randy R. Grant ; revisão técnica: Sebastião Neto Ribeiro Guedes. – São Paulo, SP : Cengage Learning, 2016. 608 p. : il. ; 26 cm.

Inclui bibliografia, índice e apêndice.

Tradução de: The evolution of economic thougth (8. ed.). ISBN 978-85-221-2563-0

1. Economia - História. I. Grant, Randy R. II. Guedes, Sebastião Neto Ribeiro. III. Título. CDU 33(091)

CDD 330.09 Índice para catálogo sistemático: 1. Economia : História 33(091)

(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araújo - CRB 10/1507)

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Stanley L. Brue

Randy R. Grant

Pacific Lutheran University

Linfield College

História do Pensamento Econômico Tradução da 8a edição norte-americana

Tradução: Noveritis do Brasil Revisão técnica: Professor Doutor Sebastião Neto Ribeiro Guedes Bacharel em Economia pela Unesp e Doutor em Economia pela Unicamp Professor do departamento de Economia da Unesp Coordenador do programa de pós-graduação (stricto sensu) em Economia da Unesp

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino  Unido • Estados  Unidos

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História do Pensamento Econômico Tradução da 8a edição norte-americana 2a edição brasileira Stanley L. Brue Randy R. Grant Título original: The Evolution of Economic Thought Eight Edition Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editora de desenvolvimento: Regina Helena Madureira Plascak Supervisora de produção gráfica: Fabiana Alencar Albuquerque Tradução: Noveritis do Brasil Tradução da 6a edição norte-americana: Luciana Penteado Miquelino Copidesque: Norma Gusukuma Revisões: Rosangela Ramos, Tatiana Tanaka, Beatriz Simões Araújo e FZ Consultoria Editorial Revisão técnica: Professor Doutor Sebastião Neto Ribeiro Guedes

© 2013, 2007 South Western Cengage Learning. © 2017 Cengage Learning Edições Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Essa editora empenhou-se em contatar os responsáveis pelos direitos autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de alguns deles, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. A Cengage Learning não se responsabiliza pelo funcionamento dos links contidos neste livro que podem estar suspensos. Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39 Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para direitosautorais@cengage.com

Projeto gráfico: Megaart Diagramação: PC Editorial Ltda. Capa: Megaart Design Imagem da capa: Heijenbrock, Herman ‘Furnaces in Hörde’, c. 1910. Oil on canvas, 128 × 128 cm. Düsseldorf

© 2017 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN-13: 978-85-221-2563-0 ISBN-10: 85-221-2563-5 Cengage Learning Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 – Torre A, Conjunto 12 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

Impresso no Brasil. Printed in Brazil. 1 2 3 4 5 6 7 19 18 17 16

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SUMÁRIO

Prefácio

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Linha do tempo das ideias econômicas

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Capítulo 1 – Introdução e visão geral

1

Uma linha do tempo das ideias econômicas 2 As cinco perguntas principais 3 A importância de estudar a economia e sua história 7 Apêndice: A história do pensamento econômico: fontes de informações 10

Capítulo 2 – A escola mercantilista Visão geral do mercantilismo O passado como preâmbulo 2-1 O mercantilismo e a oferta de mão de obra Thomas Mun O passado como preâmbulo 2-2 O mercantilismo tardio Gerard Malynes Charles Davenant Jean Baptiste Colbert Sir William Petty

Capítulo 3 – A escola fisiocrática Visão geral dos fisiocratas François Quesnay Anne Robert Jacques Turgot O passado como preâmbulo 3-1 Quesnay e o diagrama de fluxo circular

Capítulo 4 – A escola clássica – precursores Visão geral da escola clássica Sir Dudley North Richard Cantillon David Hume O passado como preâmbulo 4-1 Hume e a cooperação

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13 13 18 21 21 25 26 27 29

35 35 40 43 43

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Capítulo 5 – A escola clássica – Adam Smith Detalhes biográficos Influências importantes A teoria dos sentimentos morais A riqueza das nações As leis econômicas de uma economia competitiva O passado como preâmbulo 5-1 Adam Smith e os salários de eficiência

Capítulo 6 – A escola clássica – Thomas Malthus Cenários histórico e intelectual Teoria da população de Malthus O passado como preâmbulo 6-1 Malthus, Carlyle e a ciência lúgubre A teoria da superprodução Avaliação das contribuições de Malthus O passado como preâmbulo 6-2 Malthus e a fome nos dias atuais

Capítulo 7 – A escola clássica – David Ricardo

67 67 68 69 72 77 82

91 92 94 98 99 101 102

109

Detalhes biográficos 109 A questão da moeda 111 A teoria dos rendimentos decrescentes e da renda da terra 112 A teoria do valor de troca e os preços relativos 116 A distribuição de renda 120 O passado como preâmbulo 7-1 O teorema ricardiano da equivalência 120 Implicações políticas 124 O desemprego segundo Ricardo 127 O passado como preâmbulo 7-2 Teoria do comércio depois de Ricardo 128 Avaliação 130

Capítulo 8 – A escola clássica – Bentham, Say, Senior e Mill 135 Jeremy Bentham O passado como preâmbulo 8-1 A usura segundo Aquino, Bentham e Fisher Jean-Baptiste Say O passado como preâmbulo 8-2 Say e a busca de rendimento Nassau William Senior John Stuart Mill O passado como preâmbulo 8-3 Mill, Taylor e os direitos das mulheres

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135 139 143 144 147 150 151

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S U M Á RIO

Capítulo 9 – A ascensão do pensamento socialista Uma visão geral do socialismo Henri Comte de Saint-Simon Charles Fourier Simonde de Sismondi Robert Owen Louis Blanc Charles Kingsley

Capítulo 10 – O socialismo marxista Detalhes biográficos e influências intelectuais A teoria da história de Marx A “lei de movimento” da sociedade capitalista A lei de movimento do capitalismo: um resumo Avaliação da economia de Marx O passado como preâmbulo 10-1 O colapso do marxismo

Capítulo 11 – A escola histórica alemã Visão geral da escola histórica alemã Friedrich List O passado como preâmbulo 11-1 List e a teoria do comércio estratégico Wilhelm Roscher Gustav Schmoller Max Weber Um pós-escrito

Capítulo 12 – A escola marginalista – precursores Visão geral da escola marginalista Antoine Augustin Cournot O passado como preâmbulo 12-1 Extensões da teoria de duopólio de Cournot Jules Dupuit O passado como preâmbulo 12-2 Gossen: utilidade e fama tardia Johann Heinrich von Thünen

Capítulo 13 – A escola marginalista – Jevons, Menger, Von Wieser e Von Böhm-Bawerk William Stanley Jevons O passado como preâmbulo 13-1 Jevons: o jogo é racional? Carl Menger Friedrich von Wieser

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165 165 172 175 177 179 183 184

189 189 192 193 203 204 208

211 211 215 218 220 221 224 226

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O passado como preâmbulo 13-2 O custo de oportunidade segundo Franklin e Bastiat Eugen von Böhm-Bawerk

267 268

Capítulo 14 – A escola marginalista – Edgeworth e Clark

273

Francis Y. Edgeworth O passado como preâmbulo 14-1 Curvas de custo de Jacob Viner John Bates Clark O passado como preâmbulo 14-2 Clark, a produtividade marginal e os salários dos executivos

Capítulo 15 – A escola neoclássica – Alfred Marshall

273 281 283

290

295

A vida e o método de Marshall 295 Utilidade e demanda 297 O passado como preâmbulo 15-1 Economia do comportamento: somos racionais? 300 Oferta 305 Preço de equilíbrio e quantidade 307 Distribuição de renda 310 Aumento e redução de custos nas indústrias 314 O passado como preâmbulo 15-2 Por que as empresas existem? 315

Capítulo 16 – A escola neoclássica – economia monetária John Gustav Knut Wicksell Irving Fisher Ralph George Hawtrey O passado como preâmbulo 16-1 Política monetária e a Grande Recessão

Capítulo 17 – A escola neoclássica – afastamento da concorrência perfeita

323 324 330 337 340

345

Piero Sraffa 347 Edward Hastings Chamberlin 349 Joan Robinson 353 O passado como preâmbulo 17-1 Principais, agentes e a ineficiência de X 354 O passado como preâmbulo 17-2 Robinson, monopsônio e política pública 361

Capítulo 18 – Economia matemática Tipos de economia matemática

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367 368

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S U M Á RIO

O passado como preâmbulo 18-1 Avanços em econometria 374 Léon Walras 376 Wassily Leontief 379 John von Neumann e Oskar Morgenstern 381 O passado como preâmbulo 18-2 John Nash: descoberta, desespero e o Prêmio Nobel 384 John R. Hicks 386 Programação linear 390

Capítulo 19 – A escola institucionalista

395

Visão geral da escola institucionalista 395 Thorstein Bunde Veblen 400 O passado como preâmbulo 19-1 Os bens de Veblen e as curvas da demanda ascendentes 402 Wesley Clair Mitchell 411 John Kenneth Galbraith 416 O passado como preâmbulo 19-2 Douglass North e o novo institucionalismo 421

Capítulo 20 – A economia do bem-estar Vilfredo Pareto Arthur Cecil Pigou O passado como preâmbulo 20-1 As externalidades segundo Pigou e Coase Ludwig von Mises Oscar Lange Kenneth Arrow James M. Buchanan Amartya Sen

Capítulo 21 – A escola keynesiana – John Maynard Keynes Visão geral da escola keynesiana John Maynard Keynes O passado como preâmbulo 21-1 Keynes e a escola de Estocolmo

Capítulo 22 – A escola keynesiana – desenvolvimentos após Keynes

425 426 429 433 436 438 439 442 446

455 455 460 470

477

Alvin H. Hansen 477 O passado como preâmbulo 22-1 Contribuição Mundell-Fleming para o IS-LM 483 Paul A. Samuelson 485

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O passado como preâmbulo 22-2 Abba Lerner e o “volante keynesiano” Os pós-keynesianos Os novos keynesianos O passado como preâmbulo 22-3 Teorias conflitantes sobre a Grande Recessão

Capítulo 23 – Teorias do crescimento e desenvolvimento econômico

486 493 496 499

505

Sir Roy F. Harrod e Evsey Domar 506 Robert M. Solow 508 Joseph Alois Schumpeter 511 O passado como preâmbulo 23-1 Schumpeter, a destruição criativa e a política antitruste 515 Ragnar Nurkse 517 W. Arthur Lewis 520 O passado como preâmbulo 23-2 Yunus, microcrédito e o Prêmio Nobel da Paz 521 O passado como preâmbulo 23-3 As críticas de Todaro a Lewis e Schultz 525

Capítulo 24 – A escola de Chicago – o novo classicismo Visão geral da escola de Chicago Milton Friedman O passado como preâmbulo 24-1 De Stigler a “abacaxis” Robert E. Lucas, Jr. Gary S. Becker O passado como preâmbulo 24-2 Formação do capital humano? Ou selecionar e sinalizar?

Capítulo 25 – Pensamentos de conclusão O passado como preâmbulo 25-1 Os laureados com o Nobel de Economia

529 530 534 541 542 545

549

557 558

Anexo 1 – O estruturalismo e a teoria econômica latino-americana

567

575

Anexo 2 – Panorama das ideias econômicas no Brasil

Índice onomástico

585

Índice remissivo

589

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PREFÁCIO a oitava edição O principal objetivo deste livro é apresentar a evolução da história da economia de uma maneira clara, didática, equilibrada e interessante. Afinal, é uma história de grande importância, que aprimora o nosso entendimento da economia contemporânea e fornece uma perspectiva única, não encontrada em outros campos da disciplina. O estudo da história do pensamento econômico continua a se ampliar à medida que a disciplina da economia se desenvolve. Novas ideias, novas evidências, novos problemas e novos valores pedem uma reconsideração das disputas básicas e das principais contribuições do passado.

Novos Economistas Contribuições dos seguintes economistas nesta edição: Eli Heckscher e Bertil Ohlin (Capítulo 7) Paul Krugman (Capítulo 7) Joseph Bertrand (Capítulo 12) Heinrich von Stackelberg (Capítulo 12) Charles Cobb e Paul Douglas (Capítulo 14) Friedrich A. Hayek (Capítulo 22) Hyman Minsky (Capítulo 22) Muhammad Yunus (Capítulo 23) Edmund Phelps (Capítulo 24)

Novas seções “O passado como preâmbulo” Esta obra contém seis novas ou significativamente revisadas seções “O passado como preâmbulo”. Esses quadros conectam ideias anteriores, algumas vezes abordadas apenas resumidamente, a contribuições ou questões econômicas contemporâneas ou subsequentes. Em alguns casos, o vínculo específico de ideias abrange muitas décadas e, em outros, somente alguns anos. Algumas vezes, as seções apontam em direção ao futuro, outras vezes remetem ao passado, mas em todos os exemplos envolvem ideias originais e seu impacto na teoria econômica, nas questões econômicas ou nos eventos econômicos subsequentes.

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As seções “O passado como preâmbulo” deverão ajudar os alunos a reconhecer as conexões lógicas e históricas entre ideias. Depois de ler essas seções, os alunos começarão a vincular as ideias históricas a outras áreas de seu estudo. Além disso, essas seções servem algumas vezes como um veículo para a introdução de ideias ou questões importantes de alguma maneira tangenciais para o fluxo principal do texto e, portanto, são mais bem tratadas separadamente. Os novos títulos de "O passado como preâmbulo" são: Malthus, Carlyle e a ciência lúgubre (Capítulo 6) Teoria do comércio depois de Ricardo (Capítulo 7) Extensões da teoria de duopólio de Cournot (Capítulo 12) Política monetária e a Grande Recessão (Capítulo 16) Teorias conflitantes sobre a Grande Recessão (Capítulo 22) Yunus, microcrédito e o Prêmio Nobel da Paz (Capítulo 23) O sumário possui a lista completa das seções “O passado como preâmbulo”. Para que esses quadros não interrompam a lógica do capítulo, existe uma indicação na margem para alertar o leitor quando ler cada seção.

ELEMENTOS DE FIM DE CAPÍTULO A seção de "Perguntas para estudo e discussão" ao final dos capítulos foi ampliada, com perguntas tanto sobre o conteúdo antigo quanto o novo. As listas da seção de "Leituras selecionadas" foram expandidas e ampliadas onde necessário.

Material DE APOIO ON-LINE O material de apoio on-line do livro inclui, para professores e alunos: Capítulos sobre o pensamento econômico antes de 1500. Os capítulos sobre filosofia grega e as contribuições judaico-cristãs da Bíblia durante a Reforma Protestante esclarecem sobre os primeiros conceitos de economia, alguns dos quais existem até hoje. Novo capítulo sobre o antigo pensamento econômico norte-americano. Embora sejam mais conhecidos por suas ações e teoria política, estadistas como Ben Franklin, Thomas Paine e Alexander Hamilton articulavam ideias econômicas emergentes e interagiam com teóricos econômicos reconhecidos na época. Outros economistas. Alguns capítulos receberam biografias e contribuições de outros economistas. Esses materiais de apoio on-line estão disponíveis para download, na página deste livro, no site da Cengage Learning.

DIFERENCIAÇÃO DO PRODUTO As características distintas deste livro incluem:

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P RE FÁCIO

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Cinco perguntas principais. À medida que cada escola importante de pensamento econômico é apresentada, cinco perguntas principais são consideradas: Qual era o cenário histórico da escola? Quais eram os principais dogmas da escola? Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar? Como a escola foi válida, útil ou correta em sua época? Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras? As respostas a essas perguntas fornecem um breve resumo de cada escola. A discussão se concentra, então, nos principais pensadores dentro de cada escola, definida em termos gerais. Essa abordagem não é apenas intelectualmente sólida, mas também faz sentido do ponto de vista educacional, apresentando a história do pensamento econômico de uma maneira que ajuda os alunos a reter mais o conhecimento. Clareza de exposição. Este livro enfatiza a clareza na exposição. História do pensamento econômico foi criada para ser compreensível e acessível não somente para aqueles que fizeram vários cursos em economia, mas também para os estudantes de graduação que fizeram apenas alguns cursos de conteúdo superficial sobre os princípios da economia. Linha do tempo das ideias econômicas. Este livro contém uma linha do tempo das ideias econômicas. Cada retângulo na linha do tempo representa uma escola ou abordagem importante, e os nomes dentro de cada retângulo são os dos economistas mais importantes ou representativos para o desenvolvimento daquela escola ou daquele conjunto de ideias. O tipo específico de seta (branca ou preta) que liga duas escolas indica a natureza do relacionamento que existiu entre elas. Embora instrutivas, as setas não permitem identificar com perfeição as nuances dos relacionamentos entre as escolas de pensamento. A profusão de assuntos permite afirmar que cada escola de pensamento possui pontos ao mesmo tempo em comum e em controvérsia em relação às outras. Apêndice sobre as fontes de informações. O Capítulo 1 contém um apêndice que resume as principais fontes de informações do campo, incluindo as encontradas na Internet. Perguntas para estudo. As perguntas para estudo e discussão são encontradas no final de cada capítulo. Elas revisam o conteúdo do capítulo e estimulam os alunos a “ampliar” seu entendimento. Figuras com legendas. Uma legenda explicativa, cuidadosamente escrita, acompanha cada figura.

AGRADECIMENTOS As pessoas que adotarem este livro reconhecerão nele o legado de Jacob Oser. Embora o professor Oser já não estivesse vivo para participar das cinco últimas edições norte-americanas, o livro conserva as características, o estilo e, em muitos lugares, as palavras textuais das primeiras edições. Tem sido uma honra, para nós, dar continuidade ao trabalho do professor Oser. Ao revisar este livro, nós nos beneficiamos muito da ajuda fornecida pelos revisores e gostaríamos de agradecer-lhes publicamente. São eles Syad Ahman (McMaster University); Ernest Ankrim (Frank Russell Company); Benjamin Balak (Rollins College); Richard Ballman (Augustana College em Illinois); Les Carson (Augustana College em

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South Dakota); Karl W. Einolf (Mount Saint Mary’s University em Maryland); Maxwell O. Eseonu (Virginia State University); Tawni Hunt Ferrarini (Northern Michigan University); Peter Garlick (SUNY-New Paltz); David E. R. Gay (Universidade de Arkansas); Geoffrey Gilbert (Hobart College e William Smith College); Ching-Yao Hsieh (George Washington University); Robert Jensen (Pacific Lutheran University); John Larrivee (Mount Saint Mary’s University em Maryland); Charles G. Leathers (Universidade do Alabama em Tuscaloosa); Mary H. Lesser (Iona College); Andrea Maneschi (Universidade de Vanderbilt); John A. Miller (Wheaton College em Massachusetts); Tracy Miller (Universidade de Baylor); Clair E. Morris (Academia Naval dos Estados-Unidos); Laurence Moss (Babson College); Norris Peterson (Pacific Lutheran University); Michael Reed (Universidade de Nevada em Reno); Thomas Reinwald (Universidade de Shippensburg); Teresa M. Riley (Universidade Youngstown State); Robert P. Rogers (Universidade de Ashland); e Neil T. Skaggs (Universidade do Estado de Illinois). Diversos alunos de cursos de História do Pensamento Econômico, ao longo dos anos, vêm identificando erros e enviando sugestões muito úteis para o aprimoramento do material. Agradecemos em especial ao bacharel de economia Kyle Abeln, do Linfield College, por sua assistência exemplar na pesquisa. Nossos agradecimentos também aos talentosos membros da equipe da Thomson/South-Western and Interactive Composition Corporation por sua revisão profissional, desde a concepção até o produto final: Steven Scoble, editor de aquisições; Theodore Knight, editor de desenvolvimento; Michelle Kunkler, diretora sênior de arte; Amber Hosea, gerente de direitos de fotografia; Kevin Kluck, responsável pelo planejamento de produção. E, finalmente, dedicamos nossos esforços a Terri, Craig, Susie, Alex e Kara. Somos muito gratos por seu incentivo e apoio incondicional.

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LINHA DO TEMPO DAS IDEIAS ECONÔMICAS

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1700

1725

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1775

1800

1825

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A partir Mercantilismo de 1500 MUN, MALYNES, DAVENANT, COLBERT, PETTY Fisiocracia QUESNAY, TURGOT

Precursores: NORTH, CANTILLON, HUME Classicismo SMITH, MALTHUS, RICARDO, BENTHAM, SAY, SENIOR, MILL

Socialismo utópico

OWEN, FOURIER, SAINTSIMON

Linha do tempo das ideias econômicas As caixas no diagrama indicam escolas ou grupos de pensamento que abordam tópicos comuns. Os nomes acima das caixas são precursores de escolas. As setas de conexão representam o tipo de influência de uma escola ou de um grupo sobre o outro: Escolas e grupos essencialmente receptivos em relação aos seus predecessores. Escolas e grupos essencialmente contrários em relação aos seus predecessores. Grupos nos quais alguns contribuintes são receptivos em relação aos seus predecessores, mas outros são contrários.

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1850

1875

1900

1925

1950

Precursores: outras escolas

1975

2000

Crescimento e desenvolvimento HARROD, DOMAR, SOLOW, SCHUMPETER, NURKSE, LEWIS, SEN

Precursor: SISMONDI Marxismo e socialismo

MARX, BLANC, KINGSLEY

Concorrência imperfeita SRAFFA, CHAMBERLIN, ROBINSON

Novo classicismo

FRIEDMAN, LUCAS, BECKER

Precursores: COURNOT, DUPUIT, VON THÜNEN Marginalismo e neoclassicismo

JEVONS, MENGER, VON WIESER, VON BÖHM-BAWERK, EDGEWORTH, CLARK, MARSHALL

Economia matemática

WALRAS, LEONTIEF, VON NEUMANN, MORGENSTERN, HICKS

Economia Keynesiana

KEYNES, HANSEN, SAMUELSON

Post-Keynesians

New Keynesians

Economia monetária

WICKSELL, FISHER, HAWTREY

Economia do bem estar

PARETO, PIGOU, VON MISES, LANGE, ARROW, BUCHANAN, SEN

Institutionalismo

VEBLEN, MITCHELL, GALBRAITH

Precursor: LIST Historicismo alemão

ROSCHER, SCHMOLLER, WEBER

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INTRODUÇÃO E VISÃO GERAL

As primeiras tendências de pensamento econômico podem ser vinculadas à Antiguidade. Por exemplo, a palavra economia remonta à Grécia Antiga, onde oeconomicus significava “gerenciamento das questões domésticas”. Aristóteles (384-322 a.C.) engajou-se no pensamento econômico distinguindo entre as “artes naturais e não naturais de aquisição”. A aquisição natural, segundo ele, inclui atividades como agricultura, pesca e caça, que produzem bens para as necessidades básicas da vida. A aquisição não natural, que ele desaprovava, envolve adquirir bens além da necessidade. Platão (427-347 a.C.) escreveu sobre os benefícios da especialização humana dentro da cidade-estado ideal. Essa especialização foi um prenúncio das ideias posteriores de Adam Smith acerca da divisão do trabalho. A Bíblia contém vários pensamentos sobre economia, incluindo aqueles contrários ao empréstimo com cobrança de juros. Na Idade Média, São Tomás de Aquino (1225-1274) promoveu a ideia de um preço justo: um preço em que nem o comprador nem o vendedor levam vantagem sobre o outro.1 O período anterior a 1500 d.C. representou uma época muito diferente do período de 1500 até hoje. Havia pouco comércio antes de 1500, e a maioria dos bens era produzida para o consumo na comunidade que os produzia, sem serem enviados primeiro para o mercado. O dinheiro e o crédito não eram, portanto, amplamente utilizados, embora já existissem naquela época. Estados nacionais soberanos e economias nacio-

1  N.R.T. A preocupação era determinar o que era justo. O pensamento econômico estava a serviço da moral. Obra: Summa Theologica.

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nais integradas ainda não tinham se desenvolvido completamente, nem tinha sido formada nenhuma escola de pensamento econômico. Em contraste, os mercados e o comércio expandiram-se rapidamente depois de 1500, com as grandes explorações geográficas como resultado desse processo e como seu acelerador. A economia monetária substituiu a economia natural ou autossuficiente. Os Estados nacionais com economias unificadas tornaram-se forças dominantes. As escolas econômicas surgiram, representando organizações sistemáticas de formação de pensamento e de política. Nos anos 1500, a “era da economia política” começou a substituir a “era da filosofia moral”. O foco na economia política gerou uma organização mais coerente do pensamento econômico, transformando fragmentos de ideias econômicas em teoria sistemática. Reconhecemos a natureza embrionária desses fragmentos antigos e por isso, no material de apoio deste livro, incluímos capítulos sobre a Grécia Antiga e a influência de ideias religiosas da época bíblica presente na Reforma Protestante. Embora ocasionalmente voltemos a nos referir a ideias anteriores, começaremos nossa história da evolução do pensamento econômico no século XVI, com o mercantilismo.

UMA LINHA DO TEMPO DAS IDEIAS ECONÔMICAS O pensamento econômico tem exibido um significativo grau de continuidade durante os séculos. Os fundadores de uma nova teoria podem recorrer às ideias de seus predecessores e desenvolvê-las ainda mais ou podem reagir em oposição a ideias anteriores que estimulam seu próprio pensamento em novas direções. Essas relações entre diferentes escolas de pensamento são descritas na linha do tempo das ideias econômicas, mostrada no começo deste livro. Ao visualizar essa linha do tempo, lembre-se de que qualquer esquema de organização que mapeie influências e ligue escolas requer algumas decisões arbitrárias sobre onde se encaixa o quê. Cada retângulo na linha do tempo representa uma importante escola ou metodologia. Os nomes no retângulo são dos economistas mais importantes ou mais típicos no desenvolvimento dessa escola ou abordagem. Os nomes imediatamente acima de cada retângulo são os precursores da escola. Uma seta branca ligando dois retângulos mostra que o último grupo geralmente foi receptivo ao grupo do qual veio ou ao qual substituiu. Uma seta preta mostra que o último grupo foi contrário ou fez oposição ao grupo anterior. Uma seta pontilhada indica grupos em que alguns colaboradores foram receptivos aos predecessores, mas outros foram contrários. Assim, verifica-se, por exemplo, que os fisiocratas foram totalmente contrários às doutrinas dos mercantilistas (seta preta), enquanto Adam Smith e a escola clássica foram receptivos aos fisiocratas (seta branca). Os marginalistas mostraram uma ruptura com a escola clássica da qual vieram, enquanto John Maynard Keynes, por sua vez, rejeitou as ideias macroeconômicas do marginalismo. Portanto, as setas pretas aparecem nessas sequências, embora se possa discutir que as semelhanças nos dois casos eram maiores que as diferenças. No entanto, certamente os marginalistas tinham relações próximas e amigáveis com os economistas monetários (seta branca). De maneira alternativa, alguns economistas do bem-estar promoveram ideias marginalistas, enquanto outros as

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desafiaram. Portanto, a seta da escola marginalista para os economistas do bem-estar é pontilhada. Várias ideias modernas apresentam alguma semelhança com conceitos de épocas passadas nunca adotados ou repudiados há muito tempo. Por exemplo, alguns economistas favoráveis à demanda, que escreveram nos Estados Unidos nos anos 1980, defendiam um retorno ao padrão do ouro doméstico, uma ideia promovida pelos economistas e adotada pelas nações nos anos 1800, mas que acabou sendo esquecida com a depressão dos anos 1930. A ideia do capital humano declarada por Adam Smith e John Stuart Mill permaneceu dormente até que foi revitalizada e expandida por Theodore Schultz e Gary Becker no período pós-1960. Os pronunciamentos sombrios de Thomas Robert Malthus, em 1798, foram proferidos de uma forma modificada por alguns economistas nos anos 1970, que previram que a escassez de recursos logo provocaria um colapso na economia mundial. O surgimento da nova macroeconomia clássica nos anos 1980 e 1990 como um desafio às visões keynesianas prevalecentes reembalou um pouco do classicismo antigo do século anterior. Isso não deve sugerir que a história se move em círculos e que voltamos para o momento em que estávamos em períodos anteriores. Em vez disso, a história do pensamento econômico parece se mover em espirais. As teorias e políticas econômicas geralmente retornam, sim, para teorias e políticas semelhantes de eras anteriores, mas estão em diferentes planos, em condições muito diferentes. As diferenças são tão significativas quanto as semelhanças, e vale a pena examinar as duas com atenção. Fazemos isso à medida que avançamos na linha do tempo. Você deveria consultar a linha do tempo com frequência, conforme avança no livro, pois ela o ajudará a identificar em que momento os economistas e as ideias estudadas se encaixam dentro do fluxo histórico maior de doutrinas. Finalmente, você encontrará muitas seções “O passado como preâmbulo” neste livro. Essas seções numeradas demonstram que as ideias do passado, algumas vezes de forma fragmentária, são precursoras de ideias ou políticas econômicas posteriores, mais desenvolvidas e formalizadas. Um número (exemplo: 2-1..., 3-2...) indicará o melhor momento para parar e ler essas seções.

AS CINCO PERGUNTAS PRINCIPAIS À medida que cada importante escola de pensamento econômico é apresentada, serão consideradas cinco perguntas principais sobre ela. Esse método fornecerá uma perspectiva sobre a escola e o cenário social que a produziu. Esse resumo no início o ajudará a esclarecer os pontos essenciais, conforme estudamos as ideias dos principais economistas. O estudo dos economistas ilustrará as características das escolas às quais eles estavam vinculados, e as citações de seus trabalhos indicarão a qualidade de seu pensamento.

Qual era o cenário histórico da escola? Examinaremos aqui o cenário histórico para determinar se ele pode ter gerado um sistema de pensamento específico. A teoria econômica geralmente se desenvolve em

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resposta a alterações no ambiente que chamam a atenção para novos problemas. Um pouco de conhecimento sobre a época é essencial para entender por que as pessoas pensavam e agiam daquela maneira. É verdade, claro, que muitos sistemas de pensamento existem ao mesmo tempo na mente de muitos indivíduos. Os intelectos tendem a desenvolver ampla multiplicidade de ideias, que variam da mais racional à mais fantástica. Ideias irrelevantes para a sociedade no momento em que são apresentadas tendem a esmaecer e morrer, enquanto as que são úteis e eficazes para responder a pelo menos algumas perguntas e resolver alguns problemas são disseminadas e popularizadas, contribuindo, portanto, para a valorização de seus autores. Adam Smith contribuiu bastante para o pensamento econômico; no entanto, alguém consegue duvidar de que se ele não tivesse vivido, as mesmas ideias teriam vindo de alguma maneira mais tarde? Talvez elas não fossem expressas tão bem ou tão claramente. Portanto, os acadêmicos teriam andado às cegas um pouco mais, antes de se encontrarem no caminho intelectual que ele tão nitidamente apontou. Smith deu uma grande contribuição precisamente porque suas ideias responderam às necessidades de seu tempo. Se, por exemplo, a teoria de David Ricardo sobre a vantagem comparativa no comércio internacional tivesse sido desenvolvida na época feudal, não teria tido nenhuma significação mais importante em um mundo de autossuficiência local com um mínimo de comércio. A disputa com relação às leis do milho na Inglaterra, no início da década de 1800, trouxe à tona a teoria da renda da terra. Se Keynes tivesse publicado The general theory of employment, interest and money em 1926, em vez de em 1936, poderia ter atraído muito menos atenção do que atraiu. Claramente, o cenário social em que as ideias crescem é importante. Na realidade, alguns economistas atribuem importância primária ao ambiente político, social e econômico para moldar a natureza das perguntas que os economistas fazem e, portanto, o conteúdo das teorias econômicas que surgem durante um período específico. Por exemplo, de acordo com John Kenneth Galbraith, As ideias são inerentemente conservadoras. Elas não recuam diante do ataque de outras ideias, mas, sim, diante do ataque maciço de circunstâncias contra as quais não conseguem lutar.2

Redefinidas, as novas ideias suplantam teorias econômicas amplamente aceitas somente quando eventos atuais consideram as teorias antigas claramente inadequadas. Por exemplo, algumas pessoas argumentariam que a noção existente há muito tempo de que uma economia de mercado automaticamente produz pleno emprego não recuou diante da lógica da Teoria geral de Keynes, mas diante da depressão e desemprego maciço dos anos 1930. Um ponto semelhante foi apresentado por Wesley C. Mitchell, que escreveu: Os economistas tendem a pensar em seu trabalho como o resultado de um jogo de livre inteligência com relação a problemas formulados de maneira lógica. Eles podem reconhecer que suas ideias foram influenciadas por sua leitura e pelas aulas que sabiamente escolheram, mas raramente percebem que sua livre inteligência tem sido

2  GALBRAITH, John Kenneth. The affluent society. Boston: Houghton Mifflin, 1958, p. 20.

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moldada pelas circunstâncias em que nasceram, que suas mentes são produtos sociais e que eles não podem transcender, de maneira séria, seu ambiente. Perceber tudo isso sobre si mesmos é importante, para que os alunos se tornem adequadamente autocríticos, ou seja, para que percebam os limites aos quais sua visão está sujeita. Mas é excessivamente difícil para uma mente que foi moldada por um determinado ambiente não tomar esse ambiente como um problema de curso ou ver que ele é, em si mesmo, o produto de condições transitórias e, portanto, sujeito a uma variedade de limitações.3

Outros economistas, no entanto, discordariam – ou pelo menos qualificariam muito bem – da ideia de que as forças ambientais são as principais formadoras da teoria econômica. Eles argumentam que os fatores internos dentro de uma disciplina, como a descoberta e a explicação de paradoxos não resolvidos, são responsáveis pela maioria dos avanços teóricos. George J. Stigler pode falar por eles: Cada desenvolvimento importante na teoria econômica dos últimos cem anos, eu acredito, poderia ter vindo muito mais cedo, se condições ambientais adequadas fossem tudo o que é necessário. Mesmo a Teoria geral de Keynes poderia ter encontrado uma base empírica evidente no período pós-Napoleão ou na década de 1870 ou de 1890. Isso talvez signifique somente dizer, o que é certamente verdadeiro e quase tautológico, que os elementos de um sistema econômico que os economistas acreditam ser básicos têm estado presentes há muito tempo. A natureza dos sistemas econômicos mudou relativamente pouco desde a época de Smith. Assim, atribuo, ao ambiente contemporâneo, um papel pequeno, até mesmo acidental, no desenvolvimento da teoria econômica desde que ela se tornou uma disciplina profissional. Mesmo onde o estímulo ambiental original a um desenvolvimento analítico é relativamente claro, como na teoria da renda de Ricardo, a profissão logo se apropria do problema e o reformula, de maneira que ele se torna cada vez mais distante dos eventos atuais, até que finalmente sua origem não tem nenhum relacionamento reconhecível com sua natureza ou seus usos.4

Qual dessas duas perspectivas alternativas é a correta? Ambas contêm elementos válidos. Algumas teorias se manifestam como consequência direta de questões diárias, enquanto outros avanços de economia surgem da busca incessante de conhecimento, algo independente de eventos atuais.

Quais eram os principais dogmas da escola? Amplas generalizações sobre as ideias de escolas econômicas sucessivas serão fornecidas sob esse título. A vantagem desse procedimento é que ele permite uma apresentação concisa da essência da escola. A desvantagem é que sempre haverá exceções à generalização que não poderão ser examinadas em detalhes até mais adiante. Um resumo apresenta padrões de uniformidade em ideias de grupos de economistas, mas as exceções podem conter as sementes de ideias que eventualmente triunfarão. Assim, vamos generalizar que os mercantilistas favoreciam o acúmulo de ouro e prata, embora tenha 3  MITCHELL, Wesley C. Types of economic theory. Ed. Joseph Dorfman, v. 1. Nova York: A. M. Kelley, 1967, p. 36-37. 4  STIGLER, George J. Essays in the history of economics. Chicago: University of Chicago Press, 1965, p. 23.

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havido alguns entre eles que tomaram uma posição antibulionista.5 Essas pessoas acabaram sendo subjugadas e mal foram ouvidas no início, mas suas ideias foram, em última análise, desagravadas. De maneira semelhante, a escola clássica acreditava no livre comércio entre as nações, embora Malthus, um economista clássico, fosse a favor de tarifas sobre bens importados.

Quem a escola beneficiou ou procurou beneficiar? Os tipos de perguntas econômicas dominantes nos pensamentos de um grupo podem ser insignificantes para outro. Os teólogos da Idade Média, por exemplo, preocupavam-se muito com a moralidade da cobrança de juros sobre o dinheiro emprestado. Com o passar do tempo, esse problema parecia menos importante. Um grupo de pensadores e profissionais liberais chamados mercantilistas perguntava: “Qual a melhor forma de um país acumular ouro e prata?” A preocupação dos economistas clássicos era: “Como podemos aumentar a produção?” Os socialistas buscavam maneiras de melhorar as condições hostis impostas pela revolução industrial. Keynes perguntava como uma economia baseada no mercado poderia evitar depressões e um alto desemprego. Os monetaristas ponderavam as causas da inflação. Para ganhar popularidade, um sistema de ideias deve se ajustar às necessidades de toda a sociedade ou, pelo menos, se aceitável, a um elemento da sociedade que o defenda, amplie e aplique. A maioria dos teóricos da economia supõe que os interesses individuais são dominantes e guiam o processo econômico. Ainda assim, os interesses individuais não resultam em condições caóticas de indivíduos que traçam seu próprio caminho em oposição ao resto da sociedade. Os indivíduos são guiados por forças do mercado, sociais, políticas e éticas para cooperar com os outros na organização de um relacionamento de trabalho razoável com a sociedade. Além disso, eles se juntam em grupos por causa de pressões sociais, interesses e ideias comuns e um gregarismo natural. Assim, existem grupos políticos, estéticos, sociais e econômicos, cada um deles representando um ponto de vista e um programa unificado em sua esfera de interesse especial. Estamos preocupados, aqui, com grupos de pessoas que desenvolvem ideias comuns baseadas, em parte, no interesse próprio e, em parte, nas considerações do outro que ajudam a formar seu conceito de como a economia deveria ser organizada e em que direção ela deveria se mover. Tentaremos identificar os grupos que apoiaram cada escola de pensamento e os grupos aos quais cada escola pediu apoio, com êxito ou não.

Como a escola foi válida, útil ou correta em sua época? Aqui, um caminho deverá ser encontrado entre dois riscos que se opõem. Um é a ideia errônea de que pensadores do passado eram errados, inocentes, ignorantes ou tolos e que nós, sendo mais sábios, descobrimos a verdade final. Assim, J. B. Say, que escreveu há mais de 200 anos, perguntou: Qual finalidade útil pode ser obtida desse estudo de doutrinas e opiniões absurdas que foram e mereciam mesmo ter sido dizimadas há muito tempo? É mero pedan-

5  N.R.T. Bulionismo = metalismo = concepção mercantilista que confundia moeda com riqueza.

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tismo inútil tentar revivê-las. Quanto mais perfeita se torna a ciência, mais curta torna-se a história.6

Esse ponto de vista se aplica mais às ciências físicas do que às ciências sociais. Como o universo físico não se alterou perceptivelmente nos séculos recentes, as leis sob as quais ele opera também não se alteraram muito. Como nosso conhecimento científico cresceu, aproximamo-nos da verdade. Mesmo assim, a história da ciência física é significativa. Mas a sociedade se alterou e, portanto, não surpreende que novas teorias tenham surgido para explicar os novos desenvolvimentos. Teorias ou políticas plausíveis no século XVII podem ser de pouca relevância 400 anos depois. O outro extremo é achar toda ideia dominante do passado certa, justa e boa em sua época. A possível validade das teorias econômicas deve, evidentemente, estar relacionada ao seu tempo e local, mas elas podem ter sido incorretas ou deficientes, mesmo quando apresentadas pela primeira vez. Assim, por exemplo, a teoria do valor trabalho de Karl Marx deve ser avaliada não apenas em relação às teorias de Smith e Ricardo, mas também pelos padrões da teoria do valor contemporânea. Essa abordagem crítica, claro, deve ser aplicada também ao pensamento crítico. Conceitos amplamente aceitos hoje são geralmente inaplicáveis a épocas anteriores e poderão tornar-se inadequados no futuro.

Quais dogmas da escola se tornaram contribuições duradouras? Esta seção identificará as ideias apresentadas por uma escola que têm tido importância duradoura e, portanto, ainda podem ser encontradas em livros didáticos de economia atuais. Aqui, essas contribuições que “passaram no teste do tempo” serão separadas daquelas que, talvez válidas em sua época, não têm mais utilidade diante do surgimento de novas evidências ou de mudanças das condições sociais.

A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR A ECONOMIA E SUA HISTÓRIA Os alunos que enfrentarão o difícil terreno intelectual deste livro poderão perguntar-se: “Valerá o esforço? Por que estudar a teoria econômica? Por que estudar sua história?” Muitas respostas vêm à mente. Dois motivos principais, que não são as vantagens pessoais que podem ser obtidas, justificam o estudo da teoria econômica. Primeiro, tal estudo nos permite obter um entendimento de como a economia funciona, ou seja, o que a faz ser um todo coerente e funcionar. Segundo, a teoria econômica ajuda a sociedade a atingir as metas econômicas que selecionou para si mesma. A sociedade pode alcançar metas econômicas mais rapidamente por meio do conhecimento da economia. Mas por que estudar a história do pensamento econômico? Primeiro, tal estudo aprimora o entendimento do pensamento econômico contemporâneo. Apenas como um exemplo, traçaremos o desenvolvimento histórico dos numerosos e complexos conceitos subjacentes à análise da oferta e da demanda moderna. Mais especificamente, veremos 6  GIDE, Charles; RIST, Charles. A history of economic doctrines from the time of the physiocrata to the present day. University of California: D. C. Heath, 1948, p. 10.

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como essas ideias, como retornos decrescentes e retornos de escala, pavimentaram o caminho para a análise da demanda moderna de longo e curto prazos e como os modelos de utilidade marginal e da curva de indiferença levaram ao surgimento da teoria da demanda moderna. Você descobrirá que, conforme declarou Mark Blaug, a teoria contemporânea tem as cicatrizes dos problemas do passado agora resolvidos, os erros do passado agora corrigidos e não poderá ser completamente entendida, exceto como um legado do passado.7

Segundo, as vastas quantidades de análises e evidências que os economistas geraram durante décadas podem fornecer uma verificação mais próxima sobre as generalizações irresponsáveis. Isso deveria fazer que cometêssemos menos erros que no passado ao tomarmos decisões pessoais e ao formularmos políticas econômicas nacionais e locais. Ainda assim, vários problemas não resolvidos e perguntas não respondidas permanecem na economia. Nosso entendimento dos sucessos, erros e perguntas sem resposta do passado será útil para resolver esses problemas e para responder a essas perguntas. Finalmente, e acima de tudo, o estudo da história do pensamento econômico fornece perspectiva e entendimento do nosso passado, de ideias e problemas em mutação, além da nossa direção de movimento. Ele nos ajuda a apreciar o fato de nenhum grupo ter monopólio sobre a verdade e de que muitos grupos e indivíduos contribuíram para a riqueza e a diversidade de nossa herança intelectual, cultural e material. Um estudo da evolução do pensamento econômico e o cenário social em mutação associado a ele podem iluminar as mudanças em outras áreas de nosso interesse, como a política, a arte, a literatura, a música, a filosofia e a ciência. Naturalmente, existe aqui um relacionamento recíproco – um melhor entendimento dessas áreas do conhecimento pode ajudar a explicar as ideias econômicas em mutação. Infelizmente, o acúmulo de conhecimento e o entendimento não necessariamente levam a um mundo melhor. Mesmo que todas as pessoas fossem perfeitamente bem-informadas sobre as questões econômicas, as diferenças e os conflitos continuariam, por causa de diferentes ideias sobre o que é bom e o que é ruim, quais metas deveriam ser adotadas e quais rejeitadas e qual deveria ser a prioridade de cada meta. Mesmo que concordemos com as metas para a economia, discordaremos sobre sua importância relativa. Mas a análise econômica nos ajuda a criar sistemas por meio dos quais o bem comum possa ser definido individual e socialmente e as pessoas possam ir atrás de seus próprios interesses, enquanto, ao mesmo tempo, aprimoram o bem-estar de outros. Em certas combinações de circunstâncias, as qualidades desalentadoramente más das pessoas vêm à tona. Espera-se que, à medida que o nosso entendimento da economia cresce, que o nosso conhecimento sobre os problemas sociais aumenta, que o nosso bem-estar material se eleva, que a nossa apreciação das facetas cultural, estética e intelectual da vida se amplia, tornemo-nos mais civilizados, mais humanos e mais sensíveis aos outros. Se o estudo das teorias e dos problemas econômicos do passado e do presente contribuir para a obtenção dessas metas, o esforço terá sido válido.

7  BLAUG, Mark. Economic theory in retrospect. 4. ed. Londres: Cambridge University Press, 1985, p. vii.

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Perguntas para estudo e discussão 1. 2.

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Segundo os autores, como as contribuições para o pensamento econômico feitas antes de 1500 d.C. se diferenciam daquelas que surgiram desde então? Explique o significado das setas brancas e pretas que ligam as escolas de pensamento econômico na linha do tempo. Como os precursores de uma escola se distinguem, no diagrama, dos membros efetivos da escola? Especule por que é difícil, algumas vezes, colocar um economista específico em determinada escola de pensamento econômico. Liste as cinco principais perguntas utilizadas neste livro para organizar a discussão de escolas de pensamento econômico. Explique, brevemente, por que cada pergunta é importante para o entendimento e a avaliação das principais escolas. Liste cinco questões ou problemas econômicos contemporâneos que tenham sido recentemente relatados ou discutidos na mídia. À medida que você avança no livro, observe os exemplos em que os economistas desenvolveram ideias que estão relacionadas a essas questões. Qual é a importância de saber alguma coisa sobre o cenário político, social e econômico em que um economista específico viveu e escreveu? Avalie a seguinte citação: “O perigo da arrogância com relação aos escritores do passado certamente é real, mas também o é a adoração a ancestrais” (Mark Blaug). Quais são os benefícios de estudar a economia e sua história? História econômica é o estudo dos eventos históricos pelas lentes da economia (incluindo as ferramentas teóricas da economia). Como isso se diferencia do objetivo deste livro, que é estudar a história das ideias econômicas?

Leituras selecionadas Livros BLAUG, Mark. The methodology of economics, or how economists explain. Londres: Cambridge University Press, 1980. . (ed.). The historiography of economics. Brookfield, VT: Edward Elgar, 1991. COLANDER, David; COATS, A. W. (eds.). The spread of economic ideas. Nova York: Cambridge University Press, 1989. MACKIE, Christopher D. Canonizing economic theory: how theories and ideas are selected in economics. Armonk, Nova York: M. E. Sharpe, 1998. MEEKS, Ronald L. Economics and ideology and other essays: studies in the development of economic thought. Londres: Chapman and Hall, 1967. MITCHELL, Wesley C. Types of economic theory. Introdução de Joseph Dorfman. Nova York: Kelley, 1967, 1969. 2 v. ROGIN, Leo. The meaning and validity of economic theory. Nova York: Harper, 1956. STIGLER, George J. Essays in the history of economics. Chicago: University of Chicago Press, 1965.

Artigos de revistas especializadas CESARANO, Filippo. On the role of history of economic analysis. History of Political Economy, n. 15, p. 63-82, primavera de 1983. DILLARD, Dudley. Revolutions in economic theory. Southern Economic Journal, n. 44, p. 705-724, abril de 1978. EKELUND, R. B.; AULT, R. W. The problems of unnecessary originality in economics. Southern Economic Journal, n. 53, p. 650-661, janeiro de 1987. STIGLER, George J. The influence of events and policies on economic theory. American Economic Review, n. 50, p. 36-45, maio de 1960.

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APÊNDICE A história do pensamento econômico: fontes de informações A finalidade deste apêndice é fornecer um resumo dos tipos de fontes disponíveis para obter informações sobre a história do pensamento econômico. Os alunos que fazem trabalhos de fim de curso ou que desejam explorar os tópicos em maior profundidade se beneficiarão com o exame da ampla e cada vez maior literatura desse campo.

Fontes principais As fontes principais consistem em escritos completos de economistas discutidos no texto. Esses escritos são citados na seção “Leituras selecionadas” no final de cada capítulo.

Livros de referência Além de trabalhos completos, existem vários livros excelentes de leituras que contêm trechos selecionados de fontes originais. Os exemplos incluem: ABBOTT, Leonard Dalton (ed.). Masterworks of economics. Nova York: McGraw-Hill, 1973. 3 v. NEEDY, Charles W. (ed.). Classics of economics. Oak Park, IL: Moore Publishing Company, 1980. NEWMAN, Philip C.; GAYER, Arthur D.; SPENCER, Milton H. (eds.) Source readings in economic thought. Nova York: W. W. Norton, 1954.

Tratados sobre a história do pensamento econômico Vale a pena listar vários tratados significativos sobre a história dos métodos e da teoria econômica. Esses volumes normalmente não são utilizados como livros didáticos no nível de graduação, por serem muito longos, muito detalhados ou por terem conteúdo rigoroso. No entanto, são boas fontes para ampliar e intensificar o conhecimento. Quatro exemplos de livros desse gênero são: BLAUG, Mark. Economic theory in retrospect. 5. ed. Londres: Cambridge University Press, 1997. PRIBRAM, Karl. A history of economic reasoning. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1983. SCHUMPETER, Joseph A. History of economic analysis. Nova York: Oxford University Press, 1954. SPIEGEL, Henry W. The growth of economic thought. 3. ed. Durham, NC: Duke University Press, 1991.

Teses de mudança científica Ao desenvolver teorias amplas dos fatores que produzem mudança científica, as teses a seguir fornecem bases úteis para estudar a história da economia: KUHN, Thomas. Structure of scientific revolutions. 3. ed. Chicago: University of Chicago Press, 1996. LAKATOS, Imre. The methodology of scientific research programmes. Londres: Cambridge University Press, 1978. POPPER, Karl. The logic of scientific discovery. 2. ed. Londres: Hutchinson and Co., 1968.

Livros sobre economistas individuais Várias biografias examinam a vida e a época dos grandes economistas, e vários trabalhos monumentais examinam as contribuições de economistas específicos. A maioria dos livros de grande significação é listada como “Leituras selecionadas” no final dos capítulos adequados. Lembre-se de que essas listagens não são exaustivas. Novos volu-

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mes aparecem frequentemente. O sistema de referência em uma biblioteca acadêmica é o local para começar a procurar por esses livros.

Artigos de jornais As publicações acadêmicas sobre economia são o canal utilizado pelos economistas para promover novos conhecimentos sobre a história do pensamento econômico. Vários artigos de revistas especializadas são citados em notas de rodapé e no final de cada capítulo, mas essas referências são somente uma pequena parte dos diversos artigos escritos sobre os vários aspectos dos tópicos discutidos no capítulo. As revistas especializadas são de dois tipos: (1) publicações gerais, que contêm artigos que abrangem o amplo espectro dos subcampos dentro da economia, e (2) publicações especializadas, que são específicas de uma área da economia, como finanças públicas, economia do trabalho ou história do pensamento econômico. Publicações gerais. Os artigos sobre a história do pensamento econômico aparecem, ocasionalmente, em publicações gerais de economia, como American Economic Review, Oxford Economic Papers, Journal of Political Economy, Southern Economic Journal, Economica e assemelhados. Os dois importantes índices a seguir são instrumentais na busca por artigos de interesse: American Economic Association. Index of Economic Articles. Homewood, IL: Richard D. Irwin, Inc. Essa série é atualizada por meio de novos volumes periódicos e contém citações de artigos de mais de 250 publicações de economia. Cada volume abrange um período específico. Os volumes, no entanto, não são atuais e, portanto, artigos publicados recentemente precisarão ser encontrados empregando-se a fonte que se segue. American Economic Association. Journal of Economic Literature (JEL). Semestral. Essa publicação lista os artigos mais recentes da área, indexados por tópicos e sumários de artigos selecionados, também categorizados por tópicos. As categorias B1, B2 e B3 (anteriormente 030) no sistema de classificação definem tópicos da história do pensamento econômico. As listagens do JEL também estão disponíveis via EconLit (www. aeaweb.org/econlit/subject.php). O EconLit, um índice completo de trabalhos acadêmicos de economia, utiliza os códigos de classificação JEL com adição de um zero (0). Deve ser feita também uma menção especial ao Scandinavian Journal of Economics, que anualmente inclui biografias intelectuais de vencedores do Prêmio Nobel de Economia. Publicações específicas. Cinco jornais renomados se dedicam exclusivamente à história do pensamento econômico: History of Political Economy, Journal of the History of Economic Thought, History of Economics Review (publicado na Austrália), The European Journal of the History of Economic Thought (publicado na Grã-Bretanha) e History of Economic Ideas (publicado em Roma).

Coleções de artigos de publicações Existem diversas coleções soberbas de artigos reunidos em vários volumes. Aqui estão três coleções recentes organizadas por economistas e escolas de pensamento econômico específicos:

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BLAUG, Mark (ed.). Schools of thought in economics. Brookfield, VT: Edward Elgar, 1992. 12 v. . (ed.). Pioneers in economics. Brookfield, VT: Edward Elgar, 1991. 46 v. WOOD, John C. Contemporary economists: critical assessments. Londres: Routledge, 1990. Séries contínuas.

Sites na internet A internet fornece muitas informações úteis relacionadas à história do pensamento econômico. Alguns websites relevantes para consulta:

Website da história do pensamento econômico http://homepage.newschool.edu/~het/ Este excelente site na internet contém informações detalhadas sobre colaboradores para a história do pensamento econômico, listados alfabeticamente e agrupados em amplas escolas de pensamento econômico. Também fornece links para outros sites de internet relacionados ao desenvolvimento das ideias econômicas, incluindo fontes primárias e secundárias, além de organizações com interesse na evolução do pensamento econômico.

Arquivos de fontes primárias http://socserv.mcmaster.ca/econ/ugcm/3ll3/ O Arquivo da Universidade McMaster sobre História do Pensamento Econômico [McMaster University Archive for the History of Economic Thought] oferece textos básicos de mais de 200 estudiosos importantes para a evolução das ideias econômicas, e novos materiais são adicionados regularmente. Oferece também links para páginas-espelho no Reino Unido e na Austrália.

Publicações de economia na web http://www.oswego.edu/~economic/journals.htm Este site contém um índice de locais na internet de várias publicações econômicas. (Cada um desses endereços de internet estava atualizado na época da publicação, mas podem ter mudado. Caso não funcionem, tente buscar pelo website do texto ou pelos buscadores tradicionais como AltaVista, Bing, Excite, Google ou Yahoo!)

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O objetivo do livro é contar a evolução do pensamento econômico desde a sua origem de maneira clara e didática. Tendo em vista o grande interesse surgido pelo assunto, reflexo das rápidas mudanças que acontecem no quadro social atualmente, e as novas ideias e tendências do mercado voltado para esta área, estudar a história do pensamento econômico, passando pelos principais pensadores, é uma porta que se abre para o estudante de economia ou para o interessado na área entrar com mais recursos no campo econômico. Além disso, História do Pensamento Econômico traça uma linha do tempo, passando por vários pensadores, como Thomas Mun, David Hume, Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill, Max Weber e muitos outros, que compõem a história da economia ao longo dos séculos. Este livro traz, dois anexos, elaborados pelo revisor técnico, que contam um pouco da história do pensamento econômico da América Latina, que traçam um panorama da evolução das ideias econômicas no Brasil.

Aplicações: destina-se principalmente aos cursos de Economia, para a disciplina história do pensamento econômico; no entanto, pode servir como leitura complementar para os cursos de Administração. Leitura recomendada também a todos os interessados em economia e àqueles que querem aprimorar seus conhecimentos históricos da área.

Material on-line para professores e alunos.

STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

Tradução da 8a edição norte-americana STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT

STANLEY L. BRUE E RANDY R. GRANT

HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO

HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO Tradução da 8a edição norte-americana

ISBN 13 978-85-221-2563-0 ISBN 10 85-221-2563-5

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MATERIAL DE APOIO ON-LINE 9 788522 125630

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