Milady Microdermoabrasão

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PAMELA HILL

MILADY MICRODERMOABRASÃO

MILADY MICRODERMOABRASÃO

Tradução da 2ª edição norte-americana

PAMELA HILL

Tradução da 2ª edição norte-americana

Apresentada de forma clara e direcionada aos profissionais da área de estética, a obra é referência na área de microdermoabrasão, sendo, portanto, material importante para consulta no dia a dia. Aplicações: livro-texto para os cursos de graduação, graduação tecnológica e pós-graduação em estética e cosmética, medicina, fisioterapia dermato-funcional, biomedicina estética, farmácia estética, em disciplinas como estética facial e estética corporal aplicadas e tecnologias e equipamentos em estética.

MICRODERMOABRASÃO

Milady Microdermoabrasão adota uma abordagem exclusiva e aprofundada ao tratar das necessidades de treinamento avançado dos esteticistas que trabalham em clínicas para cuidados da pele. O livro revela todos os aspectos importantes ligados ao procedimento de microdermoabrasão, como indicações, contraindicações e informações clínicas. Repleto de imagens e fotografias, apresenta também uma série de estudos de caso que ajuda o leitor a avaliar e a interpretar a matéria, fornecendo subsídios suficientes para que aperfeiçoe seu conhecimento com base em experiências relevantes.

Outras obras DICIONÁRIO DE INGREDIENTES DE PRODUTOS PARA CUIDADOS COM O CABELO John Halal DICIONÁRIO DE INGREDIENTES PARA COSMÉTICA E CUIDADOS DA PELE – Tradução da 4ª edição norte-americana M. Varinia Michalun e Joseph C. Dinardo

PAMELA HILL

TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR – Tradução da 5ª edição norte-americana John Halal GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA COSMÉTICA Marcelo de Souza Pinto, Ana Regina Alpiovezza e Carlos Righetti SPAS E SALÕES DE BELEZA – Terapias Passo a Passo Milady ® – Sandra Alexcae Moren LASER E LUZ Milady ® – Pamela Hill e Patricia Owens

anatomia da pele

cuidados com a pele

tratamentos

indicações

ISBN 13 978-85-221-2554-8 ISBN 10 85-221-2554-6 ®

® Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) H645m

Hill, Pamela. Milady Microdermoabrasão / Pamela Hill ; tradução Denise C. Rodrigues ; revisão técnica Elusa Cristina de Oliveira. – São Paulo: Cengage Learning, 2016. 360 p. ; 26 cm. Inclui bibliografia e índice. Tradução de: Microdermoabrasion (2. ed.). ISBN 978­‑85­‑221‑2554‑8 1. Dermoabrasão. 2. Pele – Tratamento. 3. Face – Tratamento. 4. Estética. 5. Dermoabrasão Métodos. I. Rodrigues, Denise C. II. Oliveira, Elusa Cristina de. III. Título. CDU­‑616.5 CDD­‑616.5 Índice para catálogo sistemático:

1. Dermoabrasão

616.5

Aviso aos leitores A Editora não assegura nem garante nenhum dos produtos aqui descritos, assim como não realiza análises independentes associadas a informações sobre produtos contidas neste livro. A Editora não assume, assim como renuncia expressamente, qualquer obrigação de obter e incluir informa‑ ções que não sejam aquelas fornecidas à Editora pelo fabricante. O leitor fica expressamente advertido de que deve considerar e adotar todas as precauções quanto à segurança, que possam ser indicadas neste livro, assim como deve evitar todos os perigos em potencial. Ao seguir as instruções aqui contidas, o leitor assume, por sua vontade, todos os riscos associados a tais instruções. A Editora não faz representações nem garantias de qualquer espécie, incluindo, mas não se limi‑ tando, as garantias de adequação a qualquer propósito específico ou à comercialização. Além disso, tais representações não estão implícitas com relação ao material aqui apresentado, e a Editora não assume nenhuma responsabilidade referente a tal material. A Editora não se responsabiliza, também, por nenhum possível dano especial, exemplar ou que ocorrer como consequência parcial ou totalmente, do uso da dependência, por parte dos leitores, deste material.


TRADUÇÃO

Denise C. Rodrigues REVISÃO TÉCNICA

Elusa Cristina de Oliveira Mestre em Biologia Celular e Estrutural pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP), é graduada em Fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/MG). É docente do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética do Centro Universitário Senac/SP, ministrando aulas em cursos de especialização e capacitação na área de Estética. Atua há 14 anos na área de Fisioterapia Dermatofuncional e é parecerista da Revista InterfacEHS.

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Milady Microdermoabrasão Tradução da 2a edição norte-americana Pamela Hill

Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editora de desenvolvimento: Salete Del Guerra Editora de aquisição: Guacira Simonelli Supervisora de produção gráfica: Fabiana Alencar Albuquerque Especialista em direitos autorais: Jenis Oh Título original: Microdermoabrasion, 2nd edition ISBN 13: 978-1-4354-3865-1 ISBN 10: 1-4354-3865-5 Tradução: Denise C. Rodrigues Revisão Técnica: Elusa Cristina de Oliveira Copidesque: Marina Ruivo e Sandra Scapin Revisão: Alessandra Borges e Denise Bolanho

© 2017 Cengage Learning Edições Ltda. © 2010, 2006 Pamela Hill.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, das editoras. Aos infratores aplicam­‑se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106, 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Esta editora empenhou­‑se em contatar os responsáveis pelos direitos autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de algum deles, dispomo­‑nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. A editora não se responsabiliza pelo funcionamento dos links contidos neste livro que possam estar suspensos. Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39 Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para direitosautorais@cengage.com

Diagramação: Crayon Editorial Imagem da capa: Shutterstock/Mihail Zhelezniak

© 2017 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN 13 – 978­‑85­‑221­‑2554‑8 ISBN 10 – 85­‑221­‑2554‑6

Cengage Learning Condomínio E­‑Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 – Torre A – conjunto 12 Lapa de Baixo – CEP 05069­‑900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665­‑9900 Fax: (11) 3665­‑9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br.

Impresso no Brasil 123 18 17 16


Sobre a autora

Pamela Hill, enfermeira, CEO, graduou­‑se no Presbyterian/St. Luke’s Hos‑ pital e no Colorado Women’s College. Tem atuado na prática como enfermeira por mais de 20 anos com ênfase inicial em cirurgia cardíaca e, depois, em cirurgia estética e cuidados clínicos com a pele. Em 1992, fundou a Facial Aesthetics®, uma rede de clínicas de cuidados clínicos da pele em sociedade com dr. John A. Grossman. Desde então, ela tem sido pioneira no desenvolvimento da indústria de spas clínicos. Como presidente e CEO da Facial Aesthetics®, além de pioneira, ela é membro ativo na evolu‑ ção do modelo de spas clínicos e integração e união de cosmecêuticos e cuidados não cirúrgicos da pele. Além de sua liderança na indústria de spas clínicos, ela também é engajada na pesquisa e no desenvolvimento da bem-sucedida linha de produtos Pamela Hill Skin Care. A sra. Hill dedicou sua paixão pelos cuidados não médicos da pele à instrução de nível mais elevado de formação e de habilidades para aqueles que aspiram ser esteticistas. Para reforçar ainda mais esta missão, ela fundou, em 2004, o Pamela Hill Institute®.



Prefácio

Não há informações disponíveis!

Por que não encontramos mais

informações? Por que você não pode nos dizer mais sobre isso? Estas questões têm sido recorrente nas redes de clínicas estéticas onde atuo como líder. Nos últimos 17 anos, passei meus dias administrando spas clínicos. Entre minhas tarefas como presidente e CEO estavam o desenvolvimento e a supervisão dos programas de trei‑ namento para nossas clínicas. Não é preciso dizer que conheci e treinei muitos pro‑ fissionais. Aqueles com maior capacitação reclamam da falta de informações, do de‑ senvolvimento de tecnologia para fornecer resultados avançados, de um novo livro entre outras queixas! Embora seja sinal de que os profissionais estão se empenhando na busca de informações, podemos também pensar que uma literatura especializada nem sempre está disponível. Este livro é destinado aos alunos que pretendem ingressar na área e também aos profissionais que já atuam nela e desejam ampliar seu conhecimento. O objetivo do texto é expandir o conhecimento básico da formação do esteticista e levá-lo de um nível conceitual ao nível prático. A microdermoabrasão tornou-se um dos procedimentos mais populares no setor de cuidados da pele, entretanto, não há muitas pesquisas desenvolvidas sobre a eficá‑ cia da técnica. Uma pesquisa, no entanto, mostrou resultados notáveis tanto na epi‑ derme quanto na derme. A microdermoabrasão pode trazer resultados extraordiná‑ rios em alguns casos específicos, mas, também, garante bons resultados àqueles que não estão na categoria dos que se beneficiariam tanto com a técnica, mas que não têm uma expectativa tão alta. Este livro se vale de pesquisas modernas, fatos e opiniões, e molda-os em um modelo do início ao fim. Esse modelo tem um objetivo fundamental: resultados ideais tanto para o clínico como para o paciente.


MILADY MICRODERMOABRASÃO

Este manual clínico para microdermoabrasão é a minha resposta aos pedidos de mais informações. Os capítulos são organizados com informações essenciais, impres‑ cindíveis sobre a microdermoabrasão. O conhecimento geral é ampliado e sugestões perspicazes e recomendações possibilitam otimizar o seu conhecimento e alcançar resultados ideais, replicáveis, que poderão assegurar seu sucesso. Cada capítulo tem perguntas e “10 dicas importantes”, que incrementam seu treinamento e fornece co‑ nhecimento útil além da sala de aula. São apresentados também vários estudos de casos de nossos pacientes. Como nós selecionamos os pacientes, foram abordados nesses casos o que realizamos e como o resultado evoluiu. O livro destina-se a ensinar o básico sobre microdermoabrasão, adicionando informações que possibilitarão ao clínico desenvolver, refinar e redefinir suas habilidades de microdermoabrasão. Boa sorte!

Nota do editor: Antes de iniciar qualquer tratamento mencionado neste livro, con‑ sulte um especialista.

VIII


Agradecimentos

É difícil saber por onde começar os agradecimentos àqueles que foram fun‑ damentais para que eu alcançasse o objetivo de publicar esta obra. Quando aceitei o desafio de escrever sobre estética médica, meu marido perguntou se eu havia enlou‑ quecido. Ele temia que eu ficasse a maior parte do meu tempo na frente do computa‑ dor; ele estava certo. Portanto, meu primeiro agradecimento vai para o meu marido. Sempre ao meu lado, ele tem sido o meu melhor crítico, minha luz, meu professor e meu melhor amigo, sem o qual este livro não existiria. Há muitas outras pessoas a agradecer, incluindo as equipes de todas as minhas clínicas, que me apoiaram, ensinaram e me incentivaram para atingir minha meta. No entanto, duas pessoas em minhas clínicas se destacam: obrigada à Carmella, a es‑ teticista que atendeu os pacientes representados nesse texto, realizou as consultas, trabalhou nos programas e garantiu a realização das fotografias. Sem sua ajuda não teríamos atingido nossos objetivos; e Christian Sterling, que estava na “redação”. Ele esteve comigo todos os dias, documentando as referências, conduzindo a pesquisa e me ajudando a manter o foco. Sem esses dois colegas tão dedicados este livro nunca teria sido concluído. Agradeço também àqueles da série Milady que acreditaram na minha mensagem e me apoiaram ao longo do processo. A Milady e a autora agradecem às seguintes pessoas, por contribuírem com esta obra: Larry Hamill Photography, Denver, CO O proprietário, Edit Viski-Hanka, e toda a sua equipe do Edit Euro Spa em Denver, CO, por nos permitir usar seu lindo espaço para nossa sessão de fotos. A Aesthetic Technologies, por permitir o uso do Parisian Peel® Prestige™ gra‑ ciosamente.


MILADY MICRODERMOABRASÃO

Modelos que participaram da sessão de fotos: Jessica Anderson Barbour

Julie O’Toole

Marnie Brooks

Jeffrey Robison

Tina Marie Castillo

Melissa Ryan

Beverley J. Grant

Kathryn Staples

Velma Guss

Christian M. Sterling

Alysa K. Hill

Kavina Trujillo

Patricia Iannacito

Lawrence P. Trujillo, Jr.

Rosalyn Kurpiers

Nina Tucciarelli

Sandra D. Martinez

Karyn Turner

Connee McAllister

Phyllis Walsh

Patricia J. McIntyre

Pamela Whatcott

Polly McKibben

Lisa Williams

Barbara J. Miller

Donna R. Wilson

Susan Nathan

Sandra Vinnik

Janene T. Newell

Edit Viski-Hanka

Revisores A autora e o editor agradecem aos revisores por seu auxílio e experiência na revisão deste texto. Somos muito gratos. Darlene Purdy, Henderson, Nevada Jean Harrity, Cary, Illinois Ruth Ann Holloway, Providence, Utah Tracy L. Johnson, Flowery Branch, Georgia Sheryl Baba, Hyannis, Massachusetts

X


Sumário

CAPÍTULO 1

Introdução à microdermoabrasão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 História e origens da microdermoabrasão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Treinamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Oportunidades de carreira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Licença e seguro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Agências reguladoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Código de ética profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

CAPÍTULO 2

Anatomia e fisiologia da pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fisiologia da pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anatomia da pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Camadas da pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hipoderme ou tecido subcutâneo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saúde da pele ao longo do tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Princípios de terapia tópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

33 34 37 39 43 55 56 64 65 65


MILADY MICRODERMOABRASÃO

Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

CAPÍTULO 3

Cicatrização de feridas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fases básicas de cicatrização de feridas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipos de feridas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Formação de cicatrizes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

69 70 70 75 83 89 90 90 92

CAPÍTULO 4

Tipos de pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Classificação do tipo de pele e análise do envelhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Análise do envelhecimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Juntando todas as peças. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

CAPÍTULO 5

Fundamentos dos cuidados com a pele. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cosmecêuticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Produtos de limpeza. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Alfa-hidroxiácidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vitamina C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hidratantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Filtros solares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hidroquinona. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Retinoides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

XII

125 126 127 130 135 139 142 145 148 152 155 155 156 157


Sumário

CAPÍTULO 6 Consultas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sala de consulta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

159 160 161 176 177 177

CAPÍTULO 7

Indicações e contraindicações para microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Indicações clínicas para microdermoabrasão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contraindicações para a microdermoabrasão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Consulta com o médico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

179 180 180 190 201 207 208 208 209

CAPÍTULO 8

Pré-tratamento para microdermoabrasão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Programa terapêutico completo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Seleção dos produtos domiciliares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estudos de caso para microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

211 212 214 218 219 225 225 226 226

CAPÍTULO 9

Tratamentos de microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tecnologia da microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Esteticistas e técnicas de microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Práticas seguras e saneamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Resultados previsíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplos de grupo de estudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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XIII


MILADY MICRODERMOABRASÃO

CAPÍTULO 10

Criação de tratamentos exclusivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e tratamentos faciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e ultrassom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e máscaras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e drenagem linfática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e led. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e tratamento fotofacial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e peelings. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Microdermoabrasão e as extremidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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CAPÍTULO 11

A empresa de microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Início do negócio de microdermoabrasão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mantendo a empresa de microdermoabrasão no caminho da rentabilidade . . . . . . . . . . . Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dicas importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perguntas de revisão do capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Glossário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323 Índice remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335

XIV


C A P Í T U LO 1

Introdução à microdermoabrasão

TERMOS­‑ CHAVE Ácido glicólico Ácido tricloroacético (ATC) Anatomia Anexos Ayurveda Células epidérmicas Ceratólise Chi Contraindicações Coríndon Cosmecêuticos Cristais de óxido de alumínio Cuidados estéticos não cirúrgicos com a pele Declaração de missão da empresa Dermoabrasão Discromia Drenagem linfática Ergonomicamente correto

Esfoliar Estrato córneo Estrato granuloso Ética profissional Fisiologia Formação de ferida epidérmica profunda Formação de ferida na derme papilar Hepatite Herpes simples (HSV) Hiperpigmentação pós­ ‑inflamatória (HPI) Hipócrates Hipopigmentação Indicações Juramento de Hipócrates Laser de CO2 Laser de érbio Lei de Portabilidade e

Responsabilidade de Planos de Saúde de 1996 (HIPAA) Microdermoabrasão Plano de carreira Plano progressivo de melhoria (PPM) Protocolos de spa Quatro humores Reflexologia Síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) Sistemas abertos Solução de Jessner Técnica sensível Tempo de inatividade Unidades de educação continuada (UEC) Vírus da imunodeficiência humana (HIV) Yin e Yang

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Depois de terminar a leitura deste capítulo, você estará apto a: 1. Descrever a história da microdermoabrasão. 2. Discutir o valor do treinamento clínico para microdermoabrasão. 3. Compreender os pontos­‑chave da ética profissional.

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

INTRODUÇÃO Linhas, rugas e flacidez da pele já foram consideradas consequências ir‑ reversíveis do processo de envelhecimento. As gerações anteriores, relutantemente, aceitavam­‑nas como um rito de passagem para os anos dourados, carregando suas linhas com orgulho, como prova de sua sobrevivência às diversas dificuldades da vida. Hoje, esse não é mais o caso. Atualmente, os sinais de envelhecimento podem ser eliminados. À medida que os Baby Boomers foram passando por seus próprios anos dourados, eles foram respondendo pela criação de uma indústria multibilioná‑ ria chamada cuidados estéticos não cirúrgicos da pele. Por querer manter uma apa‑ rência jovem, eles e as gerações subsequentes forçaram a indústria a desenvolver produtos e serviços para atender às suas necessidades. Entre esses serviços está a

microdermoabrasão, que pode ser um procedimento simples ou uma única etapa em um tratamento multifacetado. Trata-se de uma técnica com grande alcance e uma oportunidade para o cliente melhorar a pele sem a necessidade de se afastar de suas atividades diárias. No início dos anos 1990, a microdermoabrasão era considerada um tratamento novo e, como tal, tinha o seu quinhão de oponentes e céticos. Desde então, há compro‑ vações científicas e histológicas de que o procedimento melhora o aspecto do estrato córneo e a integridade das camadas subjacentes da pele. Com programas adequados e um compromisso mensal do cliente, pode­‑se obter uma notável diferença na pele. A microdermoabrasão tem um amplo apelo, tanto para jovens como para pes‑ soas mais velhas. Com muitos atributos positivos para recomendá­‑la – baixas taxas de complicação, resultados rápidos e previsíveis, nenhuma necessidade de anestesia, pouco desconforto, segurança e pouco tempo de inatividade do cliente –, tanto clientes como esteticistas preferem a microdermoabrasão como tratamento mensal da pele. Os avanços na pesquisa em ciência médica e cosmecêutica foram grandes no que se refere à nossa capacidade de tratar a pele e gerar resultados não cirúrgicos. Ter uma boa aparência significa parecer mais jovem, e, em nossa sociedade, esse bem chamado juventude tem um valor muito alto.

Evolução dos cuidados com a pele Os cuidados com a pele têm o seu lugar em todas as culturas – egípcia, grega, romana, indiana e africana –, até os dias atuais (Figura 1.1). Desde decorar e celebrar até masca‑ rar e dissimular, toda cultura, ao longo do tempo, tem valorizado a face e seu aspecto. Hoje, é usada uma abordagem muito mais científica e clínica, que não apenas melhora a aparência do nosso rosto, como também a melhora em nível celular. Atualmente, as artes médicas e estéticas continuam convergindo e, embora pareçam primas distan‑ tes, ambas têm origem antiga. 2


Introdução à microdermoabrasão

Os chineses foram os primeiros a compreender os fundamentos médicos prati‑ cados até hoje. A medicina chinesa tradicional remonta a mais de 5 mil anos quando o imperador Fu Xi redigiu os textos chamados Trigramas. Esses textos baseavam-se nas teorias do yin e yang, que representam harmonia entre a natureza e seus fenômenos diários. Mais tarde, o Imperador Amarelo da dinastia Han escreveu sobre a necessida‑ de de uma “relação médico­‑paciente positiva”. Os métodos chineses envolvendo Chi, o equilíbrio da natureza e o desequilíbrio da doença são bases importantes sobre as quais a medicina ocidental contemporânea foi construída.1 2900 a. C. 2500 a. C.

Fu Xi cria os Trigramas. Indianos criam a Ayurveda.

0

1000 a. C.

2000 a. C. 1500 a. C.

Civilização egípcia usa óleos animais, alabastro, sais e leite azedo para melhorar a aparência física. Também é criada a destilação.

500 a. C.

1500 d. C. 1000 d. C.

Hipócrates cria o juramento Hipocrático e os quatro humores.

2000 d. C.

Era Vitoriana inaugura avanços em maquiagem e vestuário.

Rei Henrique IV emite a Ordem do Banho. Começa a Renascença.

A microdermoabrasão é inventada.

A dermoabrasão é inventada.

FIGURA 1–1 Evolução dos cuidados com a pele: a linha ilustra o progresso de tais cuidados.

No Egito Antigo, era comum usar algumas substâncias para melhorar o aspecto da pele, como óleos de animais, alabastro e sais rotineiramente. Algumas mulheres egípcias ainda se mergulhavam em leite azedo, sem saber que o ácido lático era a fonte de seus resultados positivos. Além disso, cabe aos egípcios o crédito da invenção do processo de destilação, que eles usavam para extrair óleos e outras essências para uso tanto em contextos cerimoniais quanto estéticos.2 Simultaneamente, os médicos da Grécia Antiga faziam avanços clínicos e estéticos próprios. Hipócrates nomeou os quatro humores (sangue, fleuma, bile amarela e bile negra), cujo equilíbrio, hipoteticamente, definia o caráter de uma pessoa. Hipócrates também criou o juramento de Hipócrates, que ainda hoje é ado‑ tado pelos médicos e exige que aqueles que estão atendendo trabalhem de maneira coesa (um ponto de relevância atual para estudantes que leem este texto). Ao mes‑ mo tempo, os gregos também usaram acessórios e adornos para aperfeiçoar sua aparência física, incluindo o uso de pigmentos, como o vermelhão para melhorar a coloração facial. 3


MILADY MICRODERMOABRASÃO

Desde então, muitas outras culturas misturaram o conhecimento prévio e suas próprias técnicas, tanto na medicina como na estética. O conceito indiano de Ayurveda, ou ciência da vida, tornou­‑se parte dos fundamentos da medicina ocidental. Na África, os adornos coloridos sobre o corpo eram oferecidos como presentes aos deuses. Cores diferentes e o uso destas em combinações variadas refletiam significados igualmente variados, muitos dos quais ainda hoje são cele‑ brados. Da mesma maneira, os indígenas norte­‑americanos usavam contas e coca‑ res para fins hierárquicos e estéticos, bem como foram adeptos da cura de feridas com ervas – uma habilidade que compartilharam com os imigrantes europeus, seus novos vizinhos. Durante o Renascimento, avanços surpreendentes na ciência e tecnologias de to‑ dos os tipos tornaram a medicina mais confiável e a estética mais bonita. Durante a era vitoriana, vestidos elaborados, enfeites de cabelo e maquiagem faziam as mulhe‑ res se destacarem – ou, pelo menos, as muito ricas. Alguns dos avanços mais notáveis na medicina e na estética, contudo, foram alcançados nos últimos 25 anos. Compreender a migração celular epidérmica, o teor de colágeno dérmico e a cicatrização de feridas possibilitou o desenvolvimento de procedimentos e de produtos que podem realmente modificar a pele. Esses avan‑ ços, no entanto, criaram o caos e a fragmentação em indústrias, como a de produtos de varejo, a médica e a de spas e de cuidados da pele. A indústria médica é ainda mais fragmentada, com segmentos que tratam as doenças e o envelhecimento da pele, deixando muitas opções aos consumidores. Combinando­‑se essas opções com a abundância de produtos e serviços que declaram combater os efeitos do envelhe‑ cimento, surge a pergunta: para onde eu vou e para quê? Por todas essas razões, e por muito mais, o cuidado avançado da pele “tornou­‑se clínico” e está criando um nome para si.

HISTÓRIA E ORIGENS DA MICRODERMOABRASÃO A ideia de “lixar” a pele para melhorar sua aparência é uma técnica utilizada há muito tempo por cirurgiões plásticos e dermatologistas estéticos. Não importa se o médico está usando uma escova de aço pequena ou um pedaço de lixa para friccionar a pele, em combinação com o peeling químico; a verdade é que cirurgiões têm obtido sucesso com o lixamento da pele para melhorar a sua aparência. Embora a microdermoabrasão não seja uma ferramenta cirúrgica de resurfacing, ela tem suas origens em procedimentos cirúrgicos desta técnica, como a dermoabra‑

são. A microdermoabrasão e a dermoabrasão têm uma grande semelhança: ambos os procedimentos partem da premissa de que lixar a pele vai melhorar a sua aparência. 4


Introdução à microdermoabrasão

Obviamente, é a profundidade dos procedimentos e o número de tratamentos que di‑ ferem significativamente. Assim como a dermoabrasão, a microdermoabrasão também faz resurfacing da pele, mas o aparelho (cristais versus escova de aço ou lixa) é diferente e a profundida‑ de não tão intensa. A microdermoabrasão também tem aplicações muito mais amplas, como em linhas finas, discromias, problemas de textura, cicatrizes de acne, pequenas cicatrizes e queratose solar. A microdermoabrasão foi originalmente desenvolvida no início da década de 1980; as primeiras máquinas eram simples, mas tinham vários problemas. Tais má‑ quinas foram criadas como sistemas abertos: o usuário vertia os cristais para dentro delas a partir de um recipiente de armazenamento, e depois os descartava, deixando­ ‑os fluir em um recipiente de lixo. Mas esse sistema aberto era problemático por duas razões: em primeiro lugar, os cristais poderiam sair do sistema e se espalhar, e seu pó poderia pousar no chão, no balcão e na cadeira da sala de tratamento; em segundo lugar, porque cristais de óxido de alumínio, ou coríndon, podem precipitar a doença de Alzheimer em esteticistas ou em clientes, caso suas partículas fossem inaladas. Em‑ bora essa preocupação tenha sido refutada, os esteticistas são ainda encorajados a usar máscaras quando fazem a microdermoabrasão.* As máquinas da geração seguin‑ te tiveram várias melhorias, incluindo um sistema de cristal fechado, o uso de pontei‑ ras e filtros descartáveis e a adição de equipamentos como o ultrassom para melhorar a absorção de produtos tópicos.

A dermoabrasão é uma técnica de resurfacing da pele raramente usada, que foi desenvolvida no início dos anos de 1900. O procedimento usa uma escova de aço pequena ou uma peça de metal redonda revestida de diamante para fazer o resur‑ facing da pele. A roda gira muito rapidamente, produzindo lesão da pele na derme papilar e, algumas vezes, mais profundamente.

Hoje, cada máquina de microdermoabrasão parece ter elementos especiais, como peças portáteis ergonomicamente corretas, sistemas de infusão, sistemas de cristal completamente fechados, incluindo filtros e unidades compactas que podem ser carregados sem dificuldade pelo esteticista. Tudo o que se deseje em uma máquina de microdermoabrasão, sem dúvida, será possível encontrar, pois tais máquinas são desenvolvidas de forma a atender as suas necessidades.

* O uso da máscara é obrigatório em todos os procedimentos faciais por questões de biossegurança. (N.R.T.)

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

Definição de microdermoabrasão A definição mais verdadeira de microdermoabrasão é “polimento” da pele, especifi‑ camente do estrato córneo e do estrato granuloso. O processo envolve a aspiração de finos cristais de óxido de alumínio por meio de um sistema de mangueiras ligadas a ponteiras, seguradas em um ângulo de 45 ou 90 graus. À medida que os cristais se mo‑ vem através do sistema, atingindo a pele, eles esfoliam e, em seguida, retornam para o recipiente fechado de descarte. No tratamento de microdermoabrasão, vários componentes diferentes terão efeito sobre o resultado final: o tipo de cristal utilizado, a máquina e seu uso funcional (a velocidade, a peça portátil, as ponteiras e os soros para infusão) e, evidentemente, o esteticista (Figura 1.2). Esses componentes serão discutidos aqui, mas sua abordagem em maior profundidade se dará nos capítulos subsequentes. FIGURA 1–2

Máquina de microdermoabrasão clínica com uso de cristais (Foto cortesia de Parisian Peel®).

O tipo de cristal utilizado para microdermoabrasão varia (Figura 1.3). Além de cristais de óxido de alumínio, podem­‑se usar também cristais de sal ou, por vezes, ponteiras incrustadas com diamantes. A microdermoabrasão com cristais de sal é co‑ nhecida como peeling de sal; e ponteiras incrustadas com diamantes assemelham­‑se mais a um aparelho de dermoabrasão tradicional. O resultado final também sofrerá efeito da máquina e de como ela é operada. O mau uso da máquina pode ferir o cliente e o esteticista, e o erro mais comum co‑ metido no uso de um tratamento com microdermoabrasão está na profundidade do tratamento, que é controlado por três variáveis: (1) a força do fluxo dos cristais, 6


Introdução à microdermoabrasão

(2) a velocidade da peça portátil sobre a pele e (3) o número de passagens feitas. Esses detalhes serão discutidos mais adiante, no texto. FIGURA 1–3

Máquina de microdermoabrasão clínica compacta. (New Delphia, na identificação da fotografia).

O terceiro e mais importante fator determinante de resultados positivos é o trei‑ namento do esteticista. Treinamento inadequado ou má utilização dos equipamentos traz consequências negativas para o esteticista, para o cliente e para o spa. É por isso que a formação completa e regulamentada* é um componente necessário para qual‑ quer plano de tratamento de microdermoabrasão.

E no Brasil? Essa técnica é realizada em clínicas e centros de estéti‑ ca, clínicas de fisioterapia dermatofuncional, e muito pouco dentro de spas (apenas naqueles que ampliam o conceito original de spa incorporando pro‑ cedimentos estéticos).

Benefícios da microdermoabrasão O resultado mais comum, esperado e visível que um cliente verá após o tratamento de microdermoabrasão é óbvio – uma esfoliação profunda, que deixa a pele mais saudá‑ vel e mais revigorada. Esse aspecto é obtido porque a pele mais velha, seca e morta é * A formação completa é fundamental no Brasil sendo necessários os diplomas de nível técnico em Estética ou superior em Estética ou Fisioterapia, obtidos em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). (N.R.T.)

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

removida em um ritmo que o processo de descamação natural não consegue atingir. O afrouxamento e a remoção de detritos abre espaço para as células mais novas e mais vitais da pele se revelarem. Muitos esteticistas que utilizam microdermoabrasão como tratamento primário em spas relatam benefícios auxiliares, como pele mais firme, redução de oleosidade na zona T e possível redução temporária do tamanho dos poros. De um ponto de vis‑ ta científico, a pele pode ficar mais firme – vários estudos demonstraram que a mi‑ crodermoabrasão atua não só sobre a epiderme, mas também sobre a derme.3 Além disso, é possível dizer que tratamentos de microdermoabrasão regulares reduzem a oleosidade encontrada na zona T. Finalmente, muitos clientes e esteticistas esperam que o tamanho dos poros diminua. Embora, inicialmente, esteticistas possam ver uma redução no tamanho dos poros, a realidade é que os poros não irão encolher. Pode­‑se pensar neles como as linhas da mão: são uma marca estabelecida, e uma vez que estão lá de um determinado tamanho, assim permanecerão.

O mais importante sobre a microdermoabrasão é que ela funciona. De­mons­trou­‑se que a microdermoabrasão melhora a qualidade da derme e da epiderme.

Microdermoabrasão versus outros tratamentos Muitas vezes, a microdermoabrasão é comparada com outros tratamentos, como pee‑ lings de ácido glicólico, solução de Jessner e ácido tricloroacético (TCA) e tratamentos de resurfacing cirúrgicos a laser. Essas comparações, na verdade, não são apropriadas, e a microdermoabrasão, por causa de seus benefícios exclusivos, encontra­‑se em uma classe isolada (Tabela 1.1). No entanto, muitos desses peelings e tratamentos avança‑ dos, como LED e FotoFacial™, estão sendo combinados com microdermoabrasão para criar um plano de tratamento mais avançado que a microdermoabrasão isoladamen‑ te, proporcionando um melhor resultado para o cliente. Peelings de profundidade leve e moderada têm muitas das mesmas indicações dos tratamentos de microdermoabrasão, incluindo cicatrizes leves de acne, discro‑

mia, textura áspera e linhas finas. Os peelings, contudo, criam feridas de profundida‑ de epidérmica e na derme papilar, algo que a microdermoabrasão não faz. Peelings usam uma solução para derreter as células epidérmicas e esfoliar a pele, e não os meios mecânicos do tratamento de microdermoabrasão. Além disso, atuam de maneira di‑ ferente sobre a pele, causando a separação das camadas da epiderme (ceratólise) e desprendendo as camadas necrosadas. Os peelings requerem algum tempo de ina‑ tividade para que a pele do cliente descasque e cicatrize e, dada a profundidade de penetração, eles também podem representar um risco ligeiramente maior de forma‑ ção de cicatrizes, infecção e hiperpigmentação pós­‑inflamatória (HPI). É importante 8


Introdução à microdermoabrasão

salientar que tanto os peelings leves como os moderados e a microdermoabrasão criam lesões menores suficientes para estimular tanto a remodelação do colágeno na derme quanto a formação de colágeno novo.

Tratamento

O que ele faz

O que ele não faz

Peelings de ácido tricloroa‑ cético (TCA)

Nivela cicatrizes Reduz rugas Melhora fotolesões Melhora a hiperpigmentação

Reduz permanentemente o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

Peelings com solução de Jessner e áci‑ do glicólico

Reduz rugas Melhora fotolesões Melhora a hiperpigmentação

Reduz permanentemente o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

Dermoabrasão

Nivela cicatrizes Reduz rugas Melhora fotolesões Melhora a hiperpigmentação

Reduz o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

Laser de CO2

Remove algumas cicatrizes de acne Remove rugas estáticas grosseiras Reduz rugas dinâmicas grosseiras Melhora fotolesões Melhora a hiperpigmentação

Reduz permanentemente o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

Laser de érbio

Remove algumas cicatrizes de acne Remove rugas estáticas grosseiras Reduz rugas dinâmicas grosseiras Melhora fotolesões Melhora a hiperpigmentação

Reduz permanentemente o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

Microder‑ moabrasão

Nivela cicatrizes Reduz rugas dinâmicas finas Melhora fotolesões Melhora hiperpigmentação

Reduz permanentemente o tamanho dos poros Erradica todas as rugas Remove telangiectasia Remove cicatriz profunda

TABELA 1–1 Comparação de tratamentos.

Os lasers para resurfacing causam lesão epidérmica e dérmica papilar. Existem três tipos principais de lasers de resurfacing da pele: (1) o laser de CO2, (2) o laser de

érbio e (3) o fracionado. O laser de CO2 vaporiza a pele e, ao fazê­‑lo, causa uma lesão térmica, que por sua vez provoca melhoras adicionais na derme por meio de formação de colágeno. Infelizmente, em razão da natureza agressiva do laser de CO2, a pele sofre grande risco de hipopigmentação. O laser de érbio também pode causar lesão epidérmica e dérmica papilar, mas, por ser “mais leve”, o faz com pouca lesão térmica; portanto, o resultado é menos eficaz que o procedimento de resurfacing com laser de CO2. O laser de érbio também cria um risco ligeiramente menor de hipopigmentação. O fracionado, sob os nomes comerciais Fraxel ou DOT, causa uma lesão em forma de “microfuros” ou “micropontos” na pele e, dessa ma‑ neira, deixa algumas áreas próximas intactas, promovendo uma cicatrização mais rápida. Nenhum desses procedimentos cirúrgicos de resurfacing podem ser compara‑ dos com a microdermoabrasão por causa do tempo de inatividade, da dor, da aneste‑ sia necessária, do potencial de complicações e de possíveis cicatrizes.

TREINAMENTO Pelo fato de os tratamentos de microdermoabrasão serem uma técnica sensível, os esteti‑ cistas devem entender bem esse processo, a importância dos produtos domiciliares para a pele e o manejo adequado no pós­‑tratamento (todos fatores importantes para o suces‑ so) antes de tentar o procedimento (Tabela 1.2). O processo de treinamento em microder‑ moabrasão não deve ser deixado para o fornecedor da máquina de microdermoabrasão, embora este seja uma boa fonte de informação sobre como determinada máquina funcio‑ na e sobre a solução de problemas. Para conceder licença ao profissional (detalhes mais adiante), muitos estados norte-americanos passaram a exigir um determinado número de horas de teoria de microdermoabrasão e outro tanto de horas de aplicação prática. Este é um passo na direção certa, mas ainda não fornece ao spa clínico, ao médico ou ao empregador o nível de confiança necessário. O spa clínico deve levar o treinamento mui‑ to a sério e ter acesso a um treinador que siga o protocolo do spa para a aprendizagem. 10


Introdução à microdermoabrasão

O treinamento em microdermoabrasão deve ocorrer em uma aula específica, que aborde a teoria e a prática com participação ativa. O trabalho em sala de aula deve incluir revisão da anatomia e da fisiologia da pele, noções básicas de cicatrização de feridas, indicações e contraindicações de tratamento e os fundamentos de programas para a pele em casa. O curso deve também exigir familiaridade com protocolos do spa para microdermoabrasão e para a variedade de tratamentos e programas disponíveis. Após o estudante completar o trabalho em sala de aula e passar no exame recomenda‑ do, ele pode começar o treinamento clínico prático.

Treinamento em sala de aula

Treinamento clínico

Anatomia/fisiologia

Equipamentos

Indicações

Consulta

Contraindicações

Técnica

Cicatrização de feridas

Tratamento domiciliar

Tratamento domiciliar

Informações específicas do spa

Política e procedimento

Modelos

TABELA 1–2 Treinamento em sala de aula e clínico.

O programa de treinamento clínico deve concentrar­‑se na técnica. Para que o es‑ teticista seja capaz de replicar os tratamentos, é fundamental que aprenda o uso da peça portátil (ponteira), a pressão da peça de mão contra a pele e o número e a dire‑ ção de passagens. A capacidade de reproduzir um tratamento vem com a prática; por‑ tanto, deve­‑se prover tempo extra a essa etapa do treinamento. O esteticista não deve fornecer tratamentos de microdermoabrasão para os clientes até que tenha concluí‑ do um programa completo de treinamento clínico. Com demasiada frequência, essa peça potencialmente prejudicial do equipamento é colocada nas mãos de pessoas não treinadas. Embora, em geral, as complicações em decorrência da microdermoabrasão sejam mínimas, não devemos nos enganar pensando que elas não existem.

E no Brasil? A profissão de Esteticista foi reconhecida, mas não está regulamentada, o que dificulta a fiscalização sobre o uso das mais variadas técnicas, incluindo a microdermoabrasão.

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

Treinamento em sala de aula Como mencionado, o treinamento em sala de aula é o ponto de partida. Esta parte do programa de treinamento deve começar com uma revisão das informações básicas, o que pode ser feito por meio de um livro de exercícios simples, de cursos on­‑line, de DVD ou na própria sala de aula. É importante que uma revisão seja feita e que o este‑ ticista demonstre seu conhecimento por meio de um exame simples no qual obtenha uma pontuação de pelo menos 80%.

E no Brasil? Essa forma de treinamento é diferente do que é realizado no Brasil, sendo que, no país as aulas teóricas e práticas são realizadas den‑ tro das grades curriculares de escolas profissionais, centros universitários, faculdades ou universidades, ou ministradas em cursos livres destinados a profissionais que desejam se aperfeiçoar ou se especializar.

As revisões de anatomia e fisiologia devem incluir informações sobre as camadas da pele e a sua fisiologia. Pelo fato de a microdermoabrasão afetar tanto a epiderme quanto a derme (embora somente as camadas superiores da epiderme sejam removi‑ das), ambas as camadas da pele e todas suas subcamadas devem ser revisadas. As estru‑ turas anatômicas identificadas como anexos da pele devem ser reaprendidas em mais detalhes. As indicações e contraindicações para a microdermoabrasão devem ser dis‑ cutidas, para que se tenha uma ampla compreensão teórica. E os esteticistas também devem aprender sobre os princípios da cicatrização de feridas, para estarem cientes de potenciais lesões e de como gerenciar o cuidado. Uma discussão aprofundada sobre a política do spa em relação a produtos de cuidados domiciliares e o pré­‑tratamento aju‑ dará o esteticista a preparar­‑se para receber seu primeiro cliente na sala de tratamento. Finalmente, parte do tempo em sala de aula deve ser usado para rever a política e os procedimentos de microdermoabrasão do spa, bem como as expectativas do esteticista.

Treinamento no spa clínico No segmento de treinamento no spa, o esteticista deve trabalhar individualmente com o educador ou o instrutor para dominar o uso do equipamento de microdermoabrasão. O treinamento em spa clínico deve ser direcionado para três processos específicos: (1) o processo consultivo, (2) a técnica de microdermoabrasão e (3) os programas de cuida‑ dos domiciliares pré e pós­‑tratamento (Figura 1.4). Ao aprender sobre o processo con‑ sultivo, o esteticista deve adotar as especificidades aprendidas em sala de aula, como as indicações e contraindicações, e aplicá­‑las de maneira adequada aos tipos de pele específicos e às queixas dos clientes. Ao concentrar­‑se na técnica de microdermoabra‑ são, ele deve trabalhar as especificidades do tratamento, incluindo pressão, ângulos de 12


Introdução à microdermoabrasão

FIGURA 1–4

Máquina de microdermoabrasão em salão com uso de cristais. (Fotografia cortesia de Edit euroSpa).

movimento, número de passagens e tensão da pele (ver Capítulo 9) durante a realização de um tratamento (Figura 1.5). Finalmente, a terapia adjuvante domiciliar para o cliente é um componente fundamental para o sucesso de longo prazo do programa do spa. O spa deve exigir que o esteticista tenha sido treinado em clientes modelo sob a supervisão de um professor, com diferentes tipos de pele e de preocupações, antes de iniciar o tratamento de clientes. Um exame em spa também é necessário, para garan‑ tir que o esteticista conheça o funcionamento da sua máquina, em especial, e a aplica‑ ção do tratamento de microdermoabrasão. FIGURA 1–5

O treinamento clínico é uma etapa inicial importante no fornecimento de tratamentos por microdermoabrasão.

Protocolos de treinamento Protocolos de treinamento são os documentos que ajudam a compreender os proces‑ sos considerados aceitáveis para o treinamento. Eles abrangem os indivíduos, como aqueles que podem ser treinados, a maneira como o treinamento ocorre e os escores 13


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de teste necessários para que indivíduos sejam aprovados como esteticistas de micro‑ dermoabrasão qualificados. Cada spa deve ter o seu comportamento e as opções para o treinamento orientadas por um protocolo.

Exigências do treinamento Os protocolos devem relacionar as exigências do treinamento, ou seja, as ações es‑ pecíficas que devem ocorrer para o esteticista ser colocado em um programa de trei‑ namento e, depois de completá­‑lo, ser liberado para atender clientes. Três pontos importantes sobre exigências do treinamento nos EUA merecem atenção: (1) o este‑ ticista deve ter uma licença atual e válida no estado em que trabalha, (2) o médico ou o gerente do spa deve garantir que o esteticista seja treinado para o procedimento e (3) o esteticista deve acertar pelo menos 80% do teste teórico e pelo menos 90% do teste do spa.

E no Brasil? O esteticista deve ter concluído o curso técnico, ou a gra‑ duação tecnológica, ou o bacharelado para executar a técnica.

Avaliação das habilidades do esteticista Embora o teste seja uma grande ferramenta para avaliar o aluno através do processo educacional relacionado com o tratamento, nem sempre é um indicador preciso das verdadeiras habilidades do esteticista no spa. Uma lista de verificação simples para o esteticista e o instrutor do spa pode ser útil, e a lista de habilidades requeridas deve incluir tarefas como preparar o cliente utilizando equipamentos de proteção indivi‑ dual, habilidades de comunicação com o cliente, avaliação do programa domiciliar e capacidade de orientar­‑se no espaço físico.

Treinamento do protocolo de microdermoabrasão – Modelo Diretriz e procedimento padrão Pamela Hill Institute Treinamento e certificação para microdermoabrasão Data de origem – Junho de 1996 Criador – Pamela Hill Data de revisão – Junho de 1997 Revisado por – S. Smith M. E. Datas das revisões – Junho de 1998, junho de 1999, junho de 2000, junho de 2001, junho de 2002, junho de 2003, junho de 2007, junho de 2009 Norma no – 01.001

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Norma – A equipe deve ser licenciada e com a devida certificação. Anexos – Documento de política e procedimento para microdermoabrasão, certi‑ ficados de conclusão, prova escrita, teste do spa Título da norma – Treinamento e certificação para microdermoabrasão Finalidade – Assegurar que toda a equipe do spa esteja devidamente treinada e certificada em técnicas, políticas e procedimentos por meio dos programas de trei‑ namento da empresa. Escopo – Toda a equipe do spa. Definição – Equipe de estética do spa. Indicações do procedimento – Todos os esteticistas que busquem certificação se‑ rão recomendados para o programa de treinamento por seus supervisores. Teste, se necessário – Antes de prosseguir com o treinamento para o spa, é ne‑ cessário escore de 80% ou mais no exame escrito. E antes de atender clientes, é necessário um escore de 90% ou mais no exame para o spa. Leitura obrigatória – Informações e artigos técnicos fornecidos pelo instrutor. Treinamento em sala de aula – O treinamento consistirá em dois dias em sala de aula. O currículo para esses dias inclui revisão da anatomia e da fisiologia da pele, cicatrização de feridas, princípios e técnicas de microdermoabrasão e esquemas de cuidados domiciliares para microdermoabrasão. Um teste escrito será administrado na conclusão do curso presencial de dois dias. Um escore de pelo menos 80% é necessário para passar para o treinamento no spa. Treinamento no spa – O esteticista será responsável por encontrar dez modelos em quem praticar o tratamento de microdermoabrasão, os quais devem ter dife‑ rentes tipos de pele, bem como diferentes problemas de pele, e que, preferencial‑ mente, não tenham sido submetidos a qualquer cuidado ou tratamento anterior da pele. Uma consulta completa é realizada, seguida pelo tratamento, e, nesse processo, o esteticista terá de comprovar competência em habilidades de consul‑ ta, desenvolvimento de programas domiciliares e técnicas de microdermoabrasão descritos no documento de políticas e procedimentos. Nesse treinamento, é ne‑ cessário um escore de aprovação de 90% para que o esteticista seja liberado para tratar os clientes. Exigências para o esteticista – Profissional licenciado. Treinamento necessário para o esteticista – Certificado de conclusão de um curso de microdermoabrasão em programa de treinamento em escola ou empresa idônea.*

Esses conjuntos de habilidades, e aquelas identificadas na Tabela 1.3, ajudarão o esteticista a ampliar seu conhecimento. * No Brasil, o aluno aprende a técnica de microdermoabrasão após ter compreendido todas as bases teóri‑ cas das disciplinas de anatomia, fisiologia, entre outras, em cursos técnicos ou superior de estética. (N.R.T.)

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Habilidades no spa

Escore de 1 a 10

Melhorias recomendadas

Habilidades de comunicação Clareza Educação Habilidades de vendas Habilidades de segurança Usa equipamentos de proteção Compreende a máquina Registros Compreende o registro Faz anotações apropriadas Tira fotos Produtos Compreende linhas de produtos Profissionalismo Apropriado para o cliente Apropriado aos pares TABELA 1–3 Habilidades adicionais do esteticista.

Educação continuada As atualizações educacionais podem ocorrer de três maneiras: (1) processo de recerti‑ ficação anual por meio do spa, (2) unidades de educação continuada (UEC) obtidas em reu­niões* ou (3) estudo e orientação on­‑line (cursos EAD). Em geral, os processos de recertificação anual dentro de um spa têm duas fases: a primeira é por meio do estudo e da leitura de autodidáticos; e a segunda é a recertificação do spa propriamente dita,

* Nos EUA, existem as unidades de educação continuada (Continuing Education Unit – CEU) que oferecem pro‑ gramas de atualização educacional, permitindo que o esteticista renove seu certificado profissional. (N.R.T.)

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ou seja, o processo pelo qual o educador do spa ou o médico observa o esteticista tra‑ tando os clientes, valendo­‑se de uma folha de escore para avaliá­‑lo em todas as áreas da sala de tratamento, incluindo o tratamento real, a limpeza da sala, o profissiona‑ lismo com o cliente e assim por diante. Nesta avaliação, que ocorre nos EUA, a escore deve ser de, pelo menos, 90%, e se o esteticista não conseguir uma nota de aprovação, um documento de resolução de problema, chamado plano de melhoria progressiva (PMP), deve ser implementado para ajudá­‑lo a melhorar seus tratamentos. A próxima abordagem para garantir atualizações educacionais é a solicitação de UEC reconhecidas. Para enfermeiros em alguns estados dos Estados Unidos, como a Califórnia, por exemplo, este é um requisito para renovar a licença de enfermagem.

E no Brasil? Para o profissional garantir o exercício da profissão é necessá‑ rio o pagamento anual de uma taxa para o seu respectivo conselho regional de classe, com exceção dos profissionais esteticistas que não possuem conselho de classe próprio por não terem sua profissão regulamentada até o momento.

Atualmente, o conceito de UEC está sendo traduzido para os esteticistas, pois alguns estados começam a exigir a educação continuada para renovar a licença do profissional. As UEC podem ser obtidas em encontros anuais de organizações profis‑ sionais; por exemplo, a cada ano, uma ou duas pessoas em um spa podem ser selecio‑ nadas para participar dos encontros anuais. Embora caros, esses encontros costumam ser muito esclarecedores e ajudam o esteticista a ficar atualizado sobre os produtos e serviços mais recentes. E para os esteticistas no spa que não puderam participar do encontro, aquele que participou deve fornecer aos demais um relatório das atividades e cópias das apostilas relevantes. Por fim, a aprendizagem pode ocorrer por meio de uma variedade de sites, DVDs e cursos a distância. São fontes que oferecem instituições reconhecidas ou informa‑ ções educacionais simples.

OPORTUNIDADES DE CARREIRA As oportunidades de carreira são abundantes para o esteticista clínico habilitado e para o enfermeiro esteticista (Tabela 1.4)*. A criação de um plano de carreira para o sucesso * Os procedimentos permitidos para cada profissional inserido na área de estética ainda estão em discussão no Brasil. A execução da técnica de microdermoabrasão é de competência dos esteticistas (técnico, tecnólo‑ go ou bacharel) e dos fisioterapeutas, sendo que os demais profissionais da área aprendem a técnica como forma de conhecer o procedimento e saber como a pele se comporta e quais as possíveis associações. (N.R.T.)

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é o primeiro passo para realizar seu sonho. Muitos profissionais da área de coaching recomendam identificar a meta e trabalhar diligentemente para alcançar esse objetivo. Usando esta técnica, identifique aonde você quer estar em cinco anos e o que quer estar fazendo. Em seguida, crie uma lista de objetivos para alcançar a sua meta. Por exemplo, se você atualmente é esteticista sem experiência clínica e gostaria de estar em um consultório médico como especialista em microdermoabrasão, identifique os objetivos que irão possibilitar o cumprimento dessa meta. Saiba onde obter o treina‑ mento, o conhecimento e a experiência que lhe permitirão ser um funcionário valori‑ zado em um ambiente médico. Identifique estágios ou situações de aprendizagem que o ajudarão a aperfeiçoar suas habilidades no spa. Faça cursos de comunicação para aprender a comunicar­‑se melhor com clientes, colegas e superiores em um ambiente médico. Faça cursos de vendas que lhe permitam contribuir com seu empregador e com você mesmo. Enfim, aprenda o básico sobre a construção de um negócio, crie um currículo profissional e pratique habilidades de entrevista, pois isso tudo o ajudará a conseguir o emprego.

O treinamento continuado deve ser parte de um plano anual de autoaperfeiçoamento. Após formar­‑se, planeje fazer pelo menos um curso por ano sobre um novo assunto, a fim de aprofundar e potencializar o seu currículo.

Consultório médico

Cirurgia plástica Dermatologia Medicina da família Ginecologia Otorrinolaringologia Odontologia

Spas

Spas de salão de beleza Spas de academias Spas em clubes Spas holísticos Day spas

Resorts

Spas de destino Spas de resort/hotel Spas de navios de cruzeiro

TABELA 1–4 Oportunidades de carreira.

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Introdução à microdermoabrasão

O marketing pessoal para um negócio é uma característica importante para con‑ seguir o trabalho certo. Independentemente de você querer um emprego em um spa clínico, em um spa de destino ou em um spa holístico, as táticas para chegar lá serão as mesmas. Lembre­‑se: assim como você está procurando o trabalho perfeito, o em‑ pregador está procurando o funcionário perfeito, e nem toda oportunidade boa para você será igualmente boa para o empregador, o que é normal. Compreender os com‑ ponentes de um bom acordo é a chave para o sucesso de longo prazo. Ao fazer o seu marketing pessoal, você terá uma boa compreensão de quais posições definirão um bom acordo para você. Diversos componentes do marketing pessoal devem ser abordados, como os seus valores, a sua integridade, as suas habilidades e as suas necessidades. Antes de pro‑ curar um emprego, seria útil escrever informações para cada uma dessas categorias – esse exercício o ajudará a fazer as perguntas certas a potenciais empregadores, o que contribuirá para a sua própria decisão, além de você também poder usá­‑las para pra‑ ticar entrevistas com um amigo. Lembre­‑se: você estará entrevistando o empregador tanto quanto ele o estará entrevistando; então, esteja bem preparado. Os valores são definidos como “conceitos abstratos do que é certo, vantajoso ou desejável; princípios ou normas”.4 Faça perguntas sobre as filosofias e objetivos do negócio (empresas devem ter objetivos financeiros e não financeiros). Pergunte es‑ pecificamente sobre filosofias de cuidados para o cliente e, em seguida, discuta os va‑ lores com os quais você se identifique. Valores importantes para você podem incluir pontualidade, cumprimento do protocolo da empresa, qualidade de atendimento ao cliente ou mesmo voluntariar­‑se em abrigos locais para mulheres. Pense duas vezes antes de aceitar um cargo quando os valores do spa ou do empregador forem muito diferentes dos seus. Na seção sobre seu potencial, relacione especificidades, como o local ou locais em que estudou. Algumas escolas têm mais prestígio do que outras; então, valha­‑se disso, se possível. Inclua informações sobre educação superior, como faculdade (instituição, localização e curso) e quaisquer aulas avançadas de procedimentos estéticos (com quem e onde). Finalmente, inclua a experiência na área em que quer ser contratado. A integridade é diferente dos valores. Integridade é definida como “adesão in‑ flexível a princípios morais e éticos; honestidade”.5 Nessa categoria, pergunte sobre atendimento ao cliente; por exemplo: como as complicações e os clientes insatisfeitos são tratados e como os honorários são gerenciados. Além disso, faça perguntas diretas sobre os princípios éticos da empresa. Deve haver uma filosofia escrita; em geral, ela se encontra na declaração da missão da empresa. Então, considere se esses princípios éticos são compatíveis com os seus – eles devem ser. Suas habilidades são importantes para um empregador, mas, às vezes, o cargo não é exatamente o que você está procurando. Você pode ser sub ou superqualificado 19


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– avalie isso com o empregador. Pergunte sobre as habilidades específicas necessárias e responda com informações sobre a suas habilidades. Se você for subqualificado, mas em outros aspectos atender aos requisitos, que treinamento estará disponível para ajudá­‑lo a tornar­‑se qualificado? Com que rapidez isso vai acontecer e quem fará o treinamento? Haverá um aumento de salário após o treinamento ser concluído? É im‑ portante que essas perguntas sejam feitas antes de você se comprometer com o cargo, pois o que se ouve na entrevista e o que acontece em um emprego nem sempre é a mes‑ ma coisa. É de seu maior interesse colocar por escrito parte do que, de outra forma, se‑ ria um acordo de “aperto de mão”. Essa abordagem elimina quaisquer mal­‑entendidos ou ressentimentos futuros. Se o empregador não estiver disposto a fazer isso, talvez não seja compatível. Suas necessidades são especialmente importantes, mas elas não excluem as ne‑ cessidades do empregador. A melhor situação é quando existe uma correspondência de necessidades. Relacione as suas necessidades, como salário (taxa de remuneração, cronograma de pagamento e comissão), benefícios, férias, políticas para os dias em que estiver doente, horas de trabalho, descrição do trabalho desejado e quaisquer ou‑ tras necessidades importantes que você possa ter. Antes da entrevista, decida quais de suas necessidades podem ser flexibilizadas e quais são aquelas de que você não abre mão e que podem ser obstáculos para o acordo. Tomar essa decisão com antecedência o impede de ceder a determinados pontos durante a entrevista, para vir a se arrepen‑ der mais tarde. Depois de ter suas credenciais, seu currículo e seu plano de marketing, você está pronto para conseguir o trabalho para o qual está excepcionalmente qualificado.

Consultórios médicos Consultórios médicos de estética movimentados estão sempre à procura de esteti‑ cistas proficientes e de enfermeiros esteticistas (veja nota na p. 17). Muitas vezes, um médico poderá estar procurando um funcionário que seja multidisciplinar e que assuma responsabilidades de trabalho adicionais. Dependendo do escopo da práti‑ ca, você pode ter uma oportunidade que lhe possibilitará aprender mais e ampliar suas habilidades. Alguns consultórios médicos se dispõem a treinar esteticistas ou enfermeiros esteticistas sem experiência; no entanto, o mercado é muito compe‑ titivo, e aqueles que possuem certificados de ensino avançados acabam sendo os escolhidos. Assim, quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar em um con‑ sultório médico? Trabalhar em um consultório médico tem muitas recompensas, como prestígio, acesso a conhecimentos avançados, tratamentos complexos e a chance de trabalhar com profissionais médicos. Os médicos são diferentes de outros profissionais, por‑ que seu treinamento abrange a vida e a morte, e seu compromisso com os clientes é 20


Introdução à microdermoabrasão

extremamente forte. A capacidade de fazer diferença na vida de seus clientes é tão significativa quanto gratificante, assim como é a oportunidade de aprender e se tornar mais habilitado na profissão escolhida. Trabalhar em um consultório médico requer conhecimentos especializados, vontade de aprender, compaixão, compreensão e pro‑ fissionalismo especializado, e os retornos são diferentes daqueles obtidos em qual‑ quer outra profissão. A desvantagem de se trabalhar em um consultório médico é ter que lidar com as políticas do local de trabalho (todos os consultórios parecem ter política). Por vezes, o esteticista ou o enfermeiro esteticista pode se sentir “por fora” e sem impor‑ tância, pode ter que aderir a muitas regras novas com pouco ou nenhum significado aparente, além de ter que aprender sobre um novo setor de negócios e construir o negócio de estética não cirúrgica de maneira isolada. Médicos, enfermeiros e clien‑ tes não toleram erros; portanto, um consultório médico pode ser um local intenso e intimidador para se trabalhar. Além disso, os médicos estão sempre muito ocupados fazendo cirurgias ou atendendo clientes e não têm tempo para dedicar­‑se ao cresci‑ mento e desenvolvimento do ramo de estética da empresa, embora seja importante para eles. Isso significa que eles esperam que o profissinal de estética faça isso por eles. Compreender todas as armadilhas potenciais que existem em uma empresa de estética não cirúrgica será importante nessa situação, mas se você aprender a dri‑ blar os pontos complicados poderá considerar essa carreira gratificante e financei‑ ramente lucrativa.

Salões e spas Salões e spas oferecem uma sensação de bem­‑estar e de conforto para o cliente. Como os tratamentos tornaram­‑se mais sofisticados e as ferramentas, mais avança‑ das, é possível fornecer aos clientes tratamentos que podem complementar os tra‑ tamentos médicos (drenagem linfática) ou ajudar a reduzir o estresse (reflexologia). À medida que o spa clínico se tornou mais popular e mais esteticistas têm o desejo de trabalhar nele, outros tipos de spas estão procurando funcionários qualificados e valiosos (Figura 1.6). Existem muitos tipos diferentes de spas, como: spas de salão de beleza, spas de resort, spas de navios de cruzeiro, day spas, spas de clubes, spas de destino e spas holísticos ou de banho mineral (Figuras 1.7 e 1.8). Cada spa tem um foco diferente e requer que o esteticista entenda dos tratamentos avançados que irá fornecer. Os tratamentos corporais e de aconselhamento nutricional são espe‑ cialmente populares em spas de resort e de destino. Já os de navios de cruzeiro pro‑ curam funcionários com excelentes habilidades de atendimento ao cliente e bons conhecimentos técnicos. Diretores de spa esperam que seus funcionários sejam profissionais, bem forma‑ dos e dispostos a trabalhar duro para construir sua clientela. Ter alguma experiência 21


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FIGURA 1–6

Tratamentos de microdermoabrasão são uma técnica sensível. O treinamento adequado deve ocorrer sempre antes de atender os pacientes.

ou formação em marketing lhe dará a oportunidade de se destacar e de construir a sua clientela mais rapidamente. Assim como no spa clínico, é importante que o esteticista adquira formação avançada e aperfeiçoe suas técnicas para ser bem­‑sucedido no spa em que tiver interesse.

LICENÇA E SEGURO O profissional norte-americano da área de estética deve ser licenciado no Estado em que trabalha. A confirmação do licenciamento deve ser fornecido ao empregador e

FIGURA 1–7

Spas clínicos são confortáveis, têm instalações que facilitam procedimentos mais técnicos e podem parecer um consultório médico. (Fotografia cortesia de Facial Aesthetics).

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Introdução à microdermoabrasão

mantido no registro do funcionário, mas muitos esteticistas gostam de mantê­‑lo pen‑ durado na sala de tratamento, para que todos a vejam – aliás, em alguns estados dos Estados Unidos, isso é uma exigência. Esteticistas sem licença não devem trabalhar em ambiente clínico – na verdade, não devem trabalhar como esteticistas –, e a licença deve ser obtida antes do emprego. Nos Estados Unidos, vários tipos de seguros são necessários para um spa*. Já para o esteticista, a apólice de seguro mais importante é a da política de negligência ou de imperícia: trata­‑se de um seguro que cobre as ações do esteticista ao tratar os clientes. Se algo der errado, esta é a política que irá protegê­‑lo. Consultórios médi‑ cos costumam dispor de uma ampla política em que o profissional é incluído, o que também é verdadeiro em spa de luxo. Para um esteticista, individualmente, obter a cobertura adequada, ele deve investigar bem. Em primeiro lugar, deve falar com o seu empregador e descobrir qual será o tipo de cobertura para a sua posição. Em segun‑ do lugar, deve encontrar uma seguradora conceituada e fazer uma consulta com um de seus agentes. Então, devidamente aconselhado, deve considerar discutir o assunto com um advogado para garantir que seus interesses sejam avaliados. FIGURA 1–8

Spas tradicionais oferecem tratamentos não medicinais em um ambiente profissional e esteticamente agradável. Eles também podem ser mais luxuosos e ter um foco no varejo. (Fotografia cortesia de Edit EuroSpa, Denver, Colorado.)

Questões de responsabilidade As questões de responsabilidade para o esteticista são um fator importante na pre‑ paração de uma carreira. Nos Estados Unidos, as pessoas estão mais litigiosas do que nunca – se algo der errado, o cliente sempre procura alguém para culpar, e sempre encontra um advogado disposto a assumir o caso. Independentemente de um caso vir

* No Brasil é realizada a avaliação do cliente (anamnese) por escrito que deve ser assinada e um termo de consentimento que também deve ser assinado incluindo os riscos da técnica. (N.R.T.)

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a ser um ajuste ou um processo judicial, o estresse de ser acusado é inimaginável – é uma situação em que nenhum esteticista deve entrar. Há muitos riscos potenciais de responsabilidade para esteticistas. As ocorrên‑ cias mais comuns que colocam o esteticista em risco de processos judiciais são cicatri‑ zes, queimaduras, reações a produtos e reações alérgicas, infecções e falha em manter informações confidenciais. Quando se fala especificamente de microdermoabrasão, o maior risco de responsabilidade é a abrasão da córnea. A formação de cicatrizes é uma preocupação evidente, em especial no spa clínico. Ninguém está isento de causar uma cicatriz; mesmo extrações, se realizadas de ma‑ neira indevida, podem causar cicatrizes. Todos os esteticistas devem estar cientes de que podem causar uma cicatriz em qualquer dia de trabalho. Com ferramentas agres‑ sivas, como soluções para peelings ou microdermoabrasão, o esteticista precisa seguir o protocolo cuidadosamente e assegurar que está qualificado para os tratamentos a serem fornecidos. As queimaduras costumam ser causadas por parafina, soluções para peelings e utilização indevida de equipamentos. As reações alérgicas a produtos também são uma preocupação, especialmente se a reação for longa. Além disso, se o cliente tiver alertado o esteticista antecipadamente sobre alergias, mas a informação não tiver sido levada em conta, isso pode ser considerado negligência – as alergias a produtos podem deixar eritema significativo e, se for grave, podem exigir uma consul‑ ta de emergência. Infecções podem ser resultado da negligência do esteticista em fornecer um padrão adequado de cuidados, podendo ocorrer de várias maneiras: falha em lim‑ par e esterilizar adequadamente os instrumentos, incluindo extratores, ponteiras para microdermoabrasão, escovas, eletrodos, pinças, tigelas, máscaras reutilizá‑ veis ou qualquer coisa que toque a pele; incapacidade de usar luvas durante os tra‑ tamentos (incluindo tratamentos de spa); ou falta de compreensão sobre o processo de esterilização e contaminação. A transmissão do vírus da hepatite C, do vírus da

imunodeficiência humana (HIV), que é a causa da síndrome de imunodeficiência ad‑ quirida (AIDS) e do vírus da herpes simples (HSV) deve ser uma grande preocupação para o esteticista. Informações dos clientes são confidenciais, falhar em mantê-las em segredo é uma questão que envolve os clientes e o público. Citar o nome de um cliente e falar so‑ bre ele para outro cliente, deixar papeletas ou prontuários em balcões ou mesas a que os clientes tenham acesso, deixar a lista de procedimentos realizados para cobrança onde outros possam ver ou ter um livro de visitas assinado no balcão de recepção são todos exemplos de falha em proteger informações confidenciais. O ambiente médico nos Estados Unidos é regido por uma regulamentação federal que todos os consultó‑ rios e profissionais médicos devem seguir; ela é chamada de Health Insurance Portabi‑

lity e Accountability Act (HIPAA) – Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguro 24


Introdução à microdermoabrasão

de Saúde, de 1996.* Mesmo assim, lá também não existem normas federais para spas, mas um padrão de ética e profissionalismo orienta funcionários de spas e de salões a proteger as informações confidenciais dos clientes. Além do potencial de cicatrizes já mencionado, a microdermoabrasão tem um risco para abrasão da córnea, e isso pode ocorrer de duas maneiras: (1) quando os óculos de proteção não estão corretamente ajustados para que os olhos fiquem devi‑ damente protegidos dos cristais durante o tratamento ou (2) quando os cristais são arrastados para os olhos após o tratamento. Quando ocorre abrasão de córnea, ge‑ ralmente é necessário ir ao pronto­‑socorro e, em seguida, ter os cuidados de um of‑ talmologista. Evidentemente, fazer que o cliente tenha a necessidade de passar por um oftamologista por um problema causado durante um tratamento, certamente gera consequências ao esteticista; portanto, deve-se tomar todo cuidado para proteger os olhos do cliente.

AGÊNCIAS REGULADORAS Nos Estados Unidos, as agências que regulam as licenças de esteticistas não são fe‑ deralizadas, e as leis variam de estado para estado, de modo que é importante veri‑ ficar com a agência de licenciamento de cada estado para saber se, além da licença geral, existem requisitos específicos para o trabalho. Por exemplo, você pode preci‑ sar de um certificado de conclusão de um curso de microdermoabrasão para realizar o tratamento**.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL A primeira pergunta a ser feita é: “Por que ter um código de ética?”6 Há dois tipos de códigos de ética: (1) o da ética pessoal e (2) o da ética profissional. Embora ambos pos‑ sam se sobrepor, cada documento é importante. No plano individual, o código de ética é um documento muito pessoal, que discute como alguém vai viver a própria vida e quais são suas prioridades nas tomadas de decisão diárias. A criação de um código de ética não é uma tarefa fácil, porém, na ausência de um cuja abrangência inclua esteticistas clínicos, enfermeiros esteticistas e médicos assistentes, é imperativo que o estabelecimento que empregue os serviços desses profissionais crie o seu. Para que um código de ética seja significativo, ele deve ser * O que se aplica ao Brasil são os princípios éticos dos códigos de conduta de cada profissional habilitado a executar a técnica. (N.R.T.) ** No Brasil, não há diferenciação entre estados para a execução da microdermoabrasão. (N.R.T.)

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desenvolvido pelo grupo que vai usá‑lo. Pode parecer uma tarefa imensa, porque o assunto é amplo e diversificado, especialmente se o grupo que o escreve for grande, mas é preciso ser objetivo. O foco do código de ética deve basear­‑se em princípios morais, e o grupo que o escreve deve começar fazendo determinadas perguntas: “Por que um código de ética?” “Qual é o propósito da nossa organização?” “Para que esse código será usado?” O código, para ser útil, deve refletir os valores do grupo (Tabela 1.5), o que pode ser difícil, porque, dentro do grupo, cada pessoa tem diferentes valores e pontos de vista morais. No entanto, encontrar um ponto em comum, com o qual todos se compro‑ metam, é sempre a melhor opção. O código de ética deve ser amplo o suficiente, para levar em consideração o número de pessoas que o utiliza, mas específico o bastante para orientar o comportamento dessas pessoas. Se não fornecer orientação substan‑ cial para a organização, o código cria confusão. Para a indústria de cuidados com a pele em geral e o seu negócio, especificamente, algumas dicas podem ser oferecidas (ver Tabela 1.5).

Pertencer a uma associação profissional pode ser educativo, além de ser um ótimo local para se fazer contatos, mas é importante encontrar uma boa opção. Em geral, o médico com quem você está trabalhando pertence a uma associação profissional. Se houver associações para equipe auxiliar, considere estas primeiro.*

“Um Código de Ética é um meio de expressar de forma exclusiva o compromisso coletivo do grupo com um conjunto específico de normas de conduta, oferecendo orientação sobre como melhor seguir essas normas.”7

Componente

Considerações

Preâmbulo

Qual é o propósito da organização?

Declaração de intenções

Qual é o propósito do código em si?

Princípios fundamentais

Que população é afetada por sua organização? Qual é a área de especialização da sua organização?

* Não existem associações profissionais no Brasil, já que a profissão de esteticista ainda não é regulamen‑ tada. (N.R.T.)

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Introdução à microdermoabrasão

Regras fundamentais

Que situações antiéticas sua organização quer evitar? Quais são as prováveis situações problemáticas em que soluções antiéticas podem surgir?

Diretrizes para os princípios fundamentais e regras fundamentais

Como estas situações antiéticas podem ser evitadas? Como você pode evitar os princípios conflitantes?

TABELA 1–5 Redação de um código de ética profissional.

Padrão mais elevado de profissionalismo Quando você trabalha em um consultório médico, tanto o cliente como o médico têm expectativas altas a seu respeito: ambos esperam que o seu grau de profissionalismo e de serviço seja mais elevado do que aquele que comumente se pratica em ambien‑ te de spa. Portanto, evite rir na frente deles, fazer brincadeiras e comportar-se de maneira barulhenta, pois os clientes podem pensar que você está falando ou rindo deles. Além disso, esse tipo de comportamento “festivo” não reflete positivamente em sua imagem nem em sua profissão; na verdade, ele pode ser prejudicial, levando o cliente a formar uma opinião negativa de você. Sua conduta ética deve estar pre‑ sente em seu contato com os clientes, em suas anotações e prontuários e quando falar com colegas sobre o cliente. A informação que você passa adiante sobre o clien‑ te, para outras pessoas envolvidas em seus cuidados, deve ser completa, mas em conformidade com as regulamentações da HIPAA. A lista de clientes do spa clínico pertence ao médico e, de acordo com as leis da HIPAA, a informação nunca deve sair do consultório médico.*

Profissionalismo no ambiente médico Como profissional, você deve comprometer­‑se com a indústria estética, com a sua car‑ reira e com os seus clientes, comportando­‑se da maneira mais correta possível, pois o seu comportamento será avaliado a cada dia, tanto por seus clientes, quanto por seus colegas e pelos médicos. Adote o código de ética do seu local de trabalho e dedique al‑ gum tempo para criar o seu próprio código de ética; isso o ajudará nas decisões difíceis que eventualmente tenha de tomar por conta própria ou juntamente com o seu supe‑ rior. Tão importante quanto isso: tente encontrar um mentor dentro do local de tra‑ balho e crie uma relação de confiança e de aprendizagem. Um mentor é um “conselheiro * O esteticista no Brasil, assim como o médico, tem informações do cliente arquivadas. (N.R.T.)

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ou professor sábio e confiável”;8 essa pessoa o ajudará a aprender, e você poderá usá­‑la como referencial para modelar o seu comportamento e profissionalismo. Finalmente, uma última palavra sobre ética e clientes. Embora possa parecer que os clientes que você atende sejam seus, a realidade é que eles são clientes do spa clíni‑ co e do médico. Sem a licença do médico, você não seria capaz de estender seus servi‑ ços. Portanto, se e quando mudar de emprego, não leve uma lista de nomes e números de telefone de clientes para o seu próximo empregador, pois isso é inadequado e antié‑ tico. É falta de bom senso, e se você for um profissional da área médica (enfermeiro, as‑ sistente médico), a sua licença profissional pode estar em risco. Esse comportamento vai depor contra você na comunidade médica e profissional, e se o médico para o qual estiver indo trabalhar pedir­‑lhe que faça contato com clientes de seu antigo emprega‑ dor, você deve preocupar­‑se. Tudo o que você tem é a sua reputação. Algum dia, você pode precisar de uma indicação de seu atual chefe ou médico ou, ainda, pode ter de trabalhar com eles em algum nível profissional, como em uma conferência; portanto, não se comprometa fazendo algo impróprio ou, pior ainda, ilegal.

Tratamento adequado de informações clínicas Acesso ao prontuário – Os clientes têm o direito de ter cópias de seus registros e de ver seus prontuários. Aviso de práticas em privacidade – Estabelecimentos médicos são obrigados a co‑ municar os clientes por escrito sobre como as informações a seu respeito serão utilizadas e quais são os seus direitos perante a lei. Limites à utilização de informações clínicas pessoais ­– Esta se destina a maneira como as informações do cliente serão comunicadas aos planos de saúde e aos pro‑ fissionais da área médica. Proibição de marketing – Há restrições a respeito de como as informações do clien‑ te podem ser usadas para fins de marketing. Leis estaduais mais fortes – As leis nacionais não se sobrepõem às leis estaduais mais rigorosas; no entanto, todos os estados devem respeitar a lei nacional.* Comunicações confidenciais – Os clientes podem determinar onde e como serão contatados. Queixas – Todos os clientes podem apresentar uma queixa, caso sintam que a sua privacidade foi violada. Aqui estão algumas dicas básicas que o ajudarão a evitar problemas: ›› Não fale sobre clientes de modo que outros clientes ouçam (especialmente na recepção ou perto da área de espera).

* No Brasil, as leis federais atendem interesses nacionais, e as estaduais atendem interesses regionais. (N.R.T.)

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Introdução à microdermoabrasão

›› Não compartilhe informações sobre o cliente com os outros, incluindo a família dele. ›› Não envie cópias escaneadas de prontuários por e­‑mail. ›› Não faça fofocas sobre clientes. ›› Não deixe a lista de procedimentos concluídos para pagamento em local em que outros clientes possam ver os nomes. ›› Não deixe a tela do computador “aberta”, de modo que o cliente a veja. ›› Não divulgue informações por telefone. ›› Não divulgue informações copiadas sem uma autorização assinada pelo cliente. ›› Leve para a sala de tratamento somente o prontuário do cliente que você estiver tratando. ›› Faça os registros por escrito imediatamente e arquive a ficha; não deixe fichas jogadas. ›› Seja um profissional ético e considere como você gostaria de ser tratado.

Lei de portabilidade e responsabilidade do seguro de saúde de 1996 Ao trabalhar em um consultório médico, é importante que o esteticista compreenda todas as leis e regulamentos que afetam a prática, entre as quais encontra­‑se a HIPAA. Como já foi dito, essa é uma lei que existe nos Estados Unidos. Aprovada pelo Con‑ gresso norte­‑americano em 1996 e promulgada em janeiro de 1997, essa lei objetiva proteger a privacidade das informações de saúde dos clientes mediante a adoção de padrões uniformes, regulamentadores da maneira como tais informações mudam de mãos. As regras estritas dessa proteção aplicam­‑se a informações contidas em pron‑ tuário, computador ou fax e também àquelas transmitidas verbalmente. Existem sete categorias dessa lei com as quais o esteticista deve se preocupar: (1) acesso a prontuá‑ rios médicos, (2) aviso de práticas de privacidade, (3) limites de utilização das infor‑ mações clínicas pessoais, (4) proibição de marketing, (5) leis estaduais mais fortes, (6) comunicações confidenciais e (7) queixas.9

Profissionalismo na organização do spa Em um ambiente médico, há várias obrigações legais e o foco maior é voltado ao com‑ portamento. Embora em um spa as regras não sejam tão rígidas, o mesmo nível de profissionalismo é exigido no spa, onde os códigos de ética e de conduta são vitalmen‑ te importantes. De forma bastante simples, a regra de ouro é não negligenciar nem as leis nem os clientes.

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CONCLUSÃO As oportunidades de carreira são muitas para o esteticista treinado e focado. Há mui‑ tas opções além de trabalhar em um day spa regular, e cabe ao esteticista avaliar as oportunidades e agir sobre elas. Reconhecer a importância da ética e do profissiona‑ lismo garantirá que você seja mais respeitado no ambiente de trabalho. Continuar administrando sua carreira após a graduação, participando de cursos de educação continuada, permitirá que, além de manter as suas habilidades, você as amplie, au‑ mentando o seu sucesso como esteticista.

10 DICAS IMPORTANTES

Os baby boomers americanos eram a força motriz por trás do cuidado estético da pele; no entanto, agora, a sua população de clientes é de todas as idades. 2. As origens da microdermoabrasão são encontradas na dermoabrasão tradicional; no entanto, a microdermoabrasão é muito mais superficial, portanto, não tão agressiva e não abrasiva. 3. Em microdermoabrasão, são usados três diferentes tipos de cristais: óxido de alumínio, cristais de sal e diamantes incrustados em ponteiras. Todos funcionam basicamente da mesma maneira: por polimento da pele. 4. A microdermoabrasão encontra­‑se em uma classe separada; embora comparada a peelings leves e a tratamentos a laser, nenhum outro tratamento em spa clínico fornece o mesmo nível de esfoliação e de melhora do tônus e da textura da pele. 5. A microdermoabrasão é técnica sensível, ou seja, a prática repetitiva é necessária para se conseguir um resultado previsível. Pratique o máximo que puder. 6. Continue a sua formação por meio de cursos em conferências e programas que são disponibilizados por fabricantes e instituições de ensino. 7. Esteja ciente das possíveis questões de responsabilidade ao tratar um cliente com microdermoabrasão. 8. Seja profissional. 9. Seja ético. 10. Mantenha a confidencialidade das informações do cliente. 1.

PERGUNTAS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 1.

2.

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O que é o cuidado estético não cirúrgico da pele? Relacione três razões pelas quais este pode ser preferível em relação aos tipos mais invasivos de cuidados da pele. O que é microdermoabrasão e por que ela é qualificada como um tratamento para cuidados estéticos não cirúrgicos da pele?


Introdução à microdermoabrasão

Por que a microdermoabrasão tem apelo tão grande? 4. Escolha uma etapa da evolução do cuidado da pele e explique por que você acha que ela poderia ter importância para o campo da estética. 5. Em que a dermoabrasão e a microdermoabrasão são diferentes uma da outra? 6. Como as máquinas de “sistema fechado” podem ser preferíveis às máquinas mais antigas, de “sistema aberto”? 7. Explique o termo coríndon. Aprofunde­‑se sobre os materiais usados, como o coríndon, detalhando seus prós e contras. 8. Quais são os três fatores que afetam a profundidade do tratamento na microdermoabrasão? 9. Verdadeiro ou falso – A microdermoabrasão pode afrouxar e remover os detritos de pele mais velha e morta, possibilitando espaço para que células da pele novas e mais vitais se revelem. 10. Verdadeiro ou falso – A microdermoabrasão melhora apenas a epiderme, mas não afeta a derme. 11. Verdadeiro ou falso – Não é recomendado o uso de microdermoabrasão em combinação com outros tratamentos. 12. Defina o termo técnica sensível no contexto de microdermoabrasão. 13. Em microdermoabrasão, o que é mais importante: o treinamento oferecido pelo empregador ou pelo fornecedor? Quais são os pontos positivos e negativos de cada um? 14. Quais componentes do treinamento em sala de aula beneficiam um esteticista? Por quê? 15. Explique os protocolos de treinamento para microdermoabrasão. Quais são e como um estudante de microdermoabrasão se beneficia deles? 16. De que maneira a educação continuada beneficia um profissional e estudante de microdermoabrasão? 17. Escreva sobre como imagina o setor de estética ideal e o que está fazendo para tornar isso possível. 18. Relacione alguns de seus valores pessoais e explique como eles se aplicam ao seu futuro como esteticista. 19. Quais são as questões de responsabilidade associadas à realização da microdermoabrasão? Como essas questões podem ser evitadas? 20. Escreva o seu próprio código de ética. 21. Você pensa em trabalhar em um ambiente clínico? Quais benefícios isso pode lhe trazer? 22. Por que filiar­‑se a uma associação profissional pode beneficiá­‑lo? 3.

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MILADY MICRODERMOABRASÃO

REFERÊNCIAS 1. D’ANGELO, J.; DEAN, P.; DIETZ, S.; HINDS, C.; LEES, M.; MILLER, E.; ZANI,A. A journey through

2. 3.

4. 5. 6. 7.

8. 9.

32

time: esthetics then and now. In: Milady’s standard: Comprehensive training for estheticians. Clifton Park, NY: Thomson Delmar Learning, 2003. p. 4­‑23 RUBIN, M. Manual of chemical peels: superficial and medium depth. Philadelphia, PA: Lippincott, Williams & Wilkins, 1995. GUTTMAN, C. (2002, August). Histologic studies: microdermabrasion not just superficial. Cosmetic Surgery Times [Online]. Disponível: http://www.cosmeticsurgerytimes.com. Acesso em: 2016. Webster’s College Dictionary. New York: Random House, 1992. Webster’s College Dictionary. Op. cit. MacDONALD, C. (2004, March 9). Why have a code of ethics? [Online]. Disponível em: http:// www.ethicsweb.ca/codes/coe2.htm. Acesso em: 2016. OLSON, A. (2004, March 11). Authoring a code of ethics: observations on process and organization [Online]. Disponível em: http://ethics.iit.edu/ecodes/authoring­‑code. Acesso em: 2016. Webster’s College Dictionary. Op. cit. United States Department of Health and Human Services. (2004, March 9). Fact sheet [Online]. Disponível em: http://www.hhs.gov. Acesso em: 2016.


PAMELA HILL

MILADY MICRODERMOABRASÃO

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Tradução da 2ª edição norte-americana

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Tradução da 2ª edição norte-americana

Apresentada de forma clara e direcionada aos profissionais da área de estética, a obra é referência na área de microdermoabrasão, sendo, portanto, material importante para consulta no dia a dia. Aplicações: livro-texto para os cursos de graduação, graduação tecnológica e pós-graduação em estética e cosmética, medicina, fisioterapia dermato-funcional, biomedicina estética, farmácia estética, em disciplinas como estética facial e estética corporal aplicadas e tecnologias e equipamentos em estética.

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Milady Microdermoabrasão adota uma abordagem exclusiva e aprofundada ao tratar das necessidades de treinamento avançado dos esteticistas que trabalham em clínicas para cuidados da pele. O livro revela todos os aspectos importantes ligados ao procedimento de microdermoabrasão, como indicações, contraindicações e informações clínicas. Repleto de imagens e fotografias, apresenta também uma série de estudos de caso que ajuda o leitor a avaliar e a interpretar a matéria, fornecendo subsídios suficientes para que aperfeiçoe seu conhecimento com base em experiências relevantes.

Outras obras DICIONÁRIO DE INGREDIENTES DE PRODUTOS PARA CUIDADOS COM O CABELO John Halal DICIONÁRIO DE INGREDIENTES PARA COSMÉTICA E CUIDADOS DA PELE – Tradução da 4ª edição norte-americana M. Varinia Michalun e Joseph C. Dinardo

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