Milady Tricologia

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DICIONÁRIO DE INGREDIENTES PARA COSMÉTICA E CUIDADOS DA PELE

M.VARINIA MICHALUN JOSEPH C. DINARDO

MILADY Tradução da 4ª edição norte-americana

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Os ingredientes utilizados em cosméticos ainda são um mistério para a maioria dos consumidores e para muitos profissionais que trabalham com os cuidados da pele. Isso aumenta as preocupações, tendo em vista a rapidez com que os novos ingredientes e conceitos surgem no mercado. Este dicionário, em sua quarta edição, permitirá aos profissionais de beleza, saúde e bem-estar compreender as regulamentações e possibilitará que os consumidores de produtos cosméticos decifrem os nomes e correlacionem suas funções presentes na rotulagem da indústria cosmética; além disso, eles poderão colocar seus conhecimentos em prática através da percepção sensorial. Os consumidores querem saber o que esperar do produto que estão usando. O principal objetivo deste livro é fornecer as ferramentas necessárias para a obtenção deste conhecimento.

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DICIONÁRIO DE INGREDIENTES PARA COSMÉTICA E CUIDADOS DA PELE

M.VARINIA MICHALUN JOSEPH C. DINARDO

MILADY TRICOLOGIA

Outras obras DICIONÁRIO DE INGREDIENTES DE PRODUTOS PARA CUIDADOS COM O CABELO John Halal ATLAS DE ANATOMIA – PARA PROFISSIONAIS DAS ÁREAS DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA Milady®

TRADUÇÃO DA 5ª EDIÇÃO NORTE-AMERICANA

edição revista

JOHN HALAL

TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR – Tradução da 5ª edição norte-americana John Halal

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GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA COSMÉTICA Marcelo de Souza Pinto, Ana Regina Alpiovezza e Carlos Righetti

química cosmética capilar

SPAS E SALÕES DE BELEZA – Terapias Passo a Passo Milady® – Sandra Alexcae Moren

Aplicações: estudantes de cursos da área de beleza e saúde, farmacêuticos, químicos, esteticistas e profissionais envolvidos diretamente neste setor.

propriedades do cabelo

coloração de cabelos

crescimento e estrutura do cabelo ®

® Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

H157t Halal, John. Tricologia e a química cosmética capilar / John Halal; tradução: EZ2translate ; revisão técnica: Letícia Chaves. – São Paulo, SP : Cengage Learning, 2016. 384 p. : il. ; 23 cm. Inclui índice e apêndice. Tradução de: Hair structure and chemistry simplified (5. ed.). ISBN 978-85-221-2565-4 1. Cabelo - Cuidado e higiene. 2. Cabelo - Estética. 3. Penteados. I. Chaves, Letícia. II. Título.

CDU 616.594.1 CDD 646.724

Índice para catálogo sistemático:

1. Cabelo : Cuidado e higiene 616.594.1 (Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)

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tradução da 5a edição norte-americana

JOHN HALAL

tradução:

EZ2translate revisão técnica:

Letícia Chaves

Docente do curso de Estética e Cosmética na Universidade Cruzeiro do Sul. Coordenadora do curso de pós-graduação de Formação Profissional para Cabeleireiros da Universidade Cruzeiro do Sul. Sócia e diretora de criação da Agência Bouclé.

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino  Unido • Estados  Unidos

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Milady® Tricologia e a química cosmética capilar Tradução da 5a edição norte-americana Edição revista Segunda edição brasileira John Halal Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editora de desenvolvimento: Regina Helena Madureira Plascak Supervisora de produção editorial: Fabiana Alencar Albuquerque Título original: Hair Structure and Chemistry Simplified (ISBN: 978-1-4283-3558-7) Tradução: EZ2translate Revisão técnica: Letícia Chaves Revisão técnica da edição anterior: Celso Martins Junior e Simone Aparecida da França (capítulo 11)

© 2012, 2009, 2002 Milady, parte da Cengage Learning © 2017 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Esta editora empenhou-se em contatar os responsáveis pelos direitos autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de alguns deles, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. A Editora não se responsabiliza pelo funcionamento dos links contidos neste livro que possam estar suspensos. Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39 Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para direitosautorais@cengage.com

Copidesque: Tatiana Tanaka Revisão: Beatriz Simões Araújo, Rosângela Ramos da Silva e Elaine Cristina Satriani Mazzuia Projeto gráfico: Megaart Design Diagramação: Alfredo Carracedo Castillo Concepção de capa: Hub7 Arte final: Raquel Braik Pedreira

© 2017 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN-13: 978-85-221-2565-4 ISBN-10: 85-221-2565-1 Cengage Learning Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 – Torre A Conjunto 12 – Lapa de Baixo CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

Impresso no Brasil. Printed in Brazil. 1234567 17 16 15 14

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Este livro ĂŠ dedicado a todos os professores que me ensinaram.

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Aviso aos leitores

A editora não assegura nem garante nenhum dos produtos aqui descritos, assim como não realiza análises independentes associadas a informações sobre produtos contidas neste livro. A editora não assume, assim como renuncia expressamente, nenhuma obrigação de obter e incluir informações que não sejam aquelas fornecidas à editora pelo fabricante. O leitor fica expressamente advertido de que deve considerar e adotar todas as precauções quanto à segurança que possam ser indicadas neste livro, assim como deve evitar todos os perigos em potencial. Ao seguir as instruções aqui contidas, o leitor assume, por sua vontade, todos os riscos associados a tais instruções. A editora não faz representações nem garantias de qualquer espécie, incluindo, mas não se limitando, as garantias de adequação a qualquer propósito específico ou à comercialização. Além disso, tais representações não estão implícitas com relação ao material aqui apresentado, e a editora não assume nenhuma responsabilidade referente a tal material. A editora não se responsabiliza, também, por nenhum possível dano especial, exemplar ou que ocorrer como consequência, parcial ou totalmente, do uso ou da dependência, por parte pelos leitores, deste material. Todos os sites contidos neste livro foram acessados em agosto de 2016. (N.E.)

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Sumário

Prefácio

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Sobre o autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Revisores da 5a edição norte-americana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Revisora técnica da tradução da 5a edição norte-americana revista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

xi

xiv xv xv xvi

Ciência e cosmetologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

1

Química no salão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que é ciência? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que é química? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que é tecnologia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O método científico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O que a ciência não é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 3 3 3 4 8

Estrutura e fisiologia celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O milagre da vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Células . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Visão geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

11 12 15 18

capítulo 3

19 20 20 22 23 23 25 26 26

A estrutura da pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tecido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

29 30 33

capítulo 1

capítulo 2

Microbiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Classificação morfológica das bactérias patogênicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Movimento das bactérias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Crescimento e reprodução das bactérias patogênicas no corpo humano . . . . . . . Vírus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros agentes infecciosos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipos de infecção no corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Imunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

capítulo 4

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viii

TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

Terminações nervosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Glândulas exócrinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Glândulas endócrinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Radiação ultravioleta e protetores solares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

38 40 43 44

capítulo 5

Entendendo as doenças de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reconhecendo as doenças de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Por que cabeleireiros têm problemas de pele? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dermatite de contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Infecções cutâneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

49 50 50 50 55 59

capítulo 6

Estrutura capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Qual é a função fisiológica do cabelo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estrutura capilar interna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A estrutura externa capilar: o fio de cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subfibras e propriedades físicas do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ligações laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

63 64 64 70 77 79

capítulo 7

As propriedades do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os ciclos de crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipos de pelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perda diária e taxa de crescimento do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

83 84 85 87

capítulo 8

Química geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Moléculas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Os estados da matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Propriedades físicas e químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Transformações físico-químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Substâncias puras, compostas e misturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Soluções, suspensões e emulsões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

103 104 104 105 107 108 109 109 111 113

capítulo 9

115 116 116 117 119 121 122

Química avançada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Água e pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A escala do pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ácidos e o íon de hidrogênio (H +) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Álcalis, bases e o íon hidróxido (OH –) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reações de oxirredução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

capítulo 10

Xampus, condicionadores e fixadores de penteado . . . . . . . . . . . 125 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

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A água é polar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Óleos são não polares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Surfactantes ou tensoativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Xampu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A química do xampu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A química do condicionador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

capítulo 11

ix

SUMÁRIO

126 128 128 128 129 144 153

Mudança na cor do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

Luz visível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Descoloração do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Segurança pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184

capítulo 12

Coloração capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Teoria voltada à coloração capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipos de coloração (perfil de reação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Formulação e química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Segurança para execuções de mudança de cor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

187 188 188 188 194 204

capítulo 13

Ondulação permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211

capítulo 14

Alisantes e relaxantes químicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243

A estrutura externa do cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ligações químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ondulação permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A química da ondulação permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . História evolutiva dos produtos e procedimentos de ondulação permanente . . . Ondulação permanente de autoaquecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ação da ondulação permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Neutralização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Segurança na ondulação permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

212 213 217 222 226 231 232 234 239

Alisantes/relaxantes químicos para o cabelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 A química do alisamento/relaxamento capilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244 Segurança do relaxamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257

capítulo 15

Segurança e saúde no salão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A importância de se trabalhar com segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As regras para se trabalhar com segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Toxicidade e carcinogenia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Regras de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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261 262 262 270 271

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TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apêndice A  Endereços norte-americanos para segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apêndice B  Irritantes e alérgenos comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Apêndice C  Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) . . . . . . . Apêndice D  Composição básica dos produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anexo A tricologia na prática e a relidade brasileira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Referências bibliográficas do anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Glossário/Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Prefácio

Embora a química seja uma parte essencial de tudo o que o cabeleireiro profissional faz, poucos têm qualquer conhecimento sobre as químicas nos produtos que usam ou as inúmeras reações (químicas) que acontecem no salão todos os dias. Além dos perigos óbvios, tanto para o cabeleireiro quanto para o cliente, essa falta de conhecimento também limita as habilidades e perpetua uma imagem negativa do cabeleireiro como profissional. A maioria dos profissionais se intimida com química porque normalmente ela é apresentada por meio de fórmulas, símbolos químicos e palavras longas impronunciáveis, que parecem ter sido escritas em alguma língua estrangeira exótica. Fábulas e mensagens exageradas de marketing confundem ainda mais essas questões, adicionando uma riqueza de informações que podem ser fáceis de entender, mas frequentemente incorretas. Tricologia e a química cosmética capilar, tradução da quinta edição norte-americana, separa fato de ficção e esclarece a confusão. A abordagem deste livro supera a apreensão normalmente associada à aprendizagem da química. Os cabeleireiros acharão a informação fácil de entender, e até mais fácil de usar. Os conceitos fáceis de aplicar aqui apresentados dão aos cabeleireiros a confiança que vem do conhecimento e melhoram tanto a qualidade quanto a segurança nos serviços do salão. Recentes avanços na química dos cosméticos estão transformando os cabeleireiros e barbeiros de ontem nos estilistas de alta tecnologia de hoje. O tradicional permanente frio conta com uma gama de substitutos. Os cabeleireiros agora têm de escolher entre permanentes ácidos, exotérmicos, sem amônia, sem tióis e autotemporizantes. Os relaxantes químicos transformaram-se em reconstrutores iônicos térmicos e tratamentos de queratina. Colorações capilares com fórmulas antiquadas estão sendo substituídas por colorantes capilares semipermanentes, demipermanentes e parapermanentes. Clareadores em pó feitos de ervas estão

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substituindo a lixívia, e reveladores de enzima substituem o peróxido. Os serviços químicos nos modernos e atuais salões foram turbinados com peróxido de alto volume, catalizadores químicos e máquinas que processam a cor. Mas todos esses novos produtos podem não fazer jus as suas promessas. Alguns podem ser perigosos, e outros custar mais... muito mais. Eles realmente valem o gasto adicional? São seguros? Como podemos saber que produto usar e como usá-lo com segurança? Tricologia e a química cosmética capilar, na tradução da quinta edição norte-americana, ajuda tanto os alunos quanto os cabeleireiros experientes a selecionar o produto correto em meio a uma ampla gama de novos produtos que não estavam disponíveis alguns anos atrás. Aprender a linguagem da química cosmética apresentada neste texto fortalece os cabeleireiros com o entendimento do que está realmente nos frascos e por que está lá. Com um pouco de prática, esses profissionais aprenderão a ler e traduzir os ingredientes relacionados, em letras pequenas, no rótulo traseiro do frasco. Aqueles que não entendem essa língua estão fadados a ler apenas as propagandas exageradas do marketing, aquelas em letras grandes que constam na frente do frasco. A maioria dos cabeleireiros tem pouca dificuldade para aprender os detalhes íntimos das ferramentas mecânicas da profissão: tesoura, escovas, pranchas e secadores. Esta nova edição aplica o mesmo nível de conhecimento às ferramentas químicas: coloração capilar, soluções para ondulações permanentes, relaxantes químicos, depiladores químicos, xampus, condicionadores, produtos estilizantes e protetores solares. Embora essas ferramentas tenham a mesma importância, elas normalmente são muito menos entendidas. Tricologia e a química cosmética capilar é o livro mais atual, abrangente e direto desse segmento. Ele explica de forma minuciosa a teoria e a aplicação dos conceitos essenciais da química do cabelo que, basicamente, não são abordadas em outros livros. Nesta edição constam conceitos de novos produtos e serviços que atualmente estão sendo realizados nos salões modernos. Os Apêndices incluem informação sobre irritantes e alérgenos comuns, juntamente com amostras de FISPQs e composição básica dos ingredientes. Uma lista completa de palavras-chave foi adicionada no começo de cada capítulo. Materiais não encontrados em outros livros apresentam, de forma arrojada, o conceito, a importância e a relevância do pH – potencial Hidrogeniônico – nos produtos cosméticos. A seção sobre emulsões e surfactantes explica a(s) dinâmica(s) da tensão de superfície e distingue propriedades hidrofóbicas de hidrofílicas essenciais para todas as emulsões. Informações avançadas sobre fase múltipla e microemulsões (lipossomas e nanoesferas) também foram incluídas. Os benefícios e os perigos da exposição à luz ultravioleta são discutidos com

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PREFÁCIO

uma explanação sobre protetores solares, FPS e a nova monografia da FDA que dá detalhes sobre seu uso. Este livro também chama a atenção aos perigos de misturar diferentes produtos químicos, mesmo aqueles que podem parecer completamente seguros. Nesta edição revista, o anexo A tricologia na prática e a realidade brasileira, escrito pela revisora técnica Letícia Chaves, foi inserido para que o profissional tenha um suporte maior durante sua leitura. Todos os assuntos abordados no anexo estão indicados durante o texto, por notas da revisora técnica. Tricologia e a química cosmética capilar melhorará a compreensão e a retenção do aluno, além de fornecer aos graduados um recurso valioso para ajudá-los em suas carreiras. Mesmo o cabeleireiro mais experiente pode ganhar confiança e controle enquanto aprende a tomar decisões inteligentes e fundamentadas sobre os serviços químicos prestados todos os dias no salão. Este livro ajuda os profissionais a evitar problemas antes de começar a prestar seus serviços e lhes mostra como corrigir pequenos problemas antes que fiquem grandes.

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TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

» SOBRE O AUTOR John Halal começou sua carreira na indústria da beleza como cabeleireiro há mais de 37 anos. Foi dono e gerenciou salões de beleza por 34 anos. É instrutor de cosmetologia licenciado, fundador e presidente da Honors Beauty College, Inc. desde 1992. Halal é um membro ativo da National Cosmetologist Association (NCA), Professional Beauty Association (PBA) e Society of Cosmetic Chemists (SCC). É o atual Presidente da American Association of Cosmetology Schools (AACS) e ex-presidente da Indiana Cosmetology Educators Association (ICEA). É o autor de Tricologia e a química cosmética capilar. Também é coautor do Milady Standard Cosmetology Textbook. Seu ensaio “What a Difference a Decade Makes” (Que diferença uma década faz) foi escolhido como um Outstanding Call for Presentation Papers no BBSI’s Cope 1990 Conference, em Tucson, Arizona, e sua apresentação educacional recebeu, em 1982, o prêmio Outstanding Educational Program da Indiana State Cosmetologist Association. Em novembro de 2005, Halal foi escolhido Diretor do Ano pela American Association of Cosmetology Schools. Em 1998, 1999 e 2000, sua rede de salões foi selecionada pela Revista Salon Today como uma das 200 de crescimento mais rápido pela America’s Top 200 Fastest Growing Salons. Seu salão foi mostrado, quando do prêmio Award Winning Design, na edição de julho/agosto de 1997 da Salon Today Magazine. John & Friends foi selecionado como o Salão do mês em fevereiro de 1989 pela American Salon Magazine. Halal obteve seu certificado de associado com alta distinção pela Indiana University e atualmente está terminando seu bacharelado. Ele é membro da Golden Key National Honor Society e Alpha Sigma Lambda. “Eu amo a indústria da beleza mais que tudo”, ele declara, com orgulho. O segredo, de acordo com Halal é “nunca parar de aprender”.

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PREFÁCIO

» AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer às seguintes pessoas e empresas que forneceram informações e me ajudaram com as pesquisas para este livro. Gostaria de expressar minha gratidão por sua ajuda. Dr. Martin J. O’Donnell, Departamento de Química, Indiana University, IN Keith C. Brown, Ph.D. Dra. Dianna Kenneally, Cientista Sênior, Procter and Gamble Dr. Leslie Bride, Cientista Sênior de Cuidados Capilares, Procter and Gamble Dra. Diana Howard, Vice-Presidente de Pesquisa & Desenvolvimento, Demalogica

» REVISORES DA 5a EDIÇÃO NORTE-AMERICANA Também gostaria de agradecer aos seguintes profissionais da cosmética por sua assistência e expertise na preparação desta revisão e análise do manuscrito final. Deborah Peterson, professora universitária associada da Northern Michigan College, MI Nancy H. Owens, instrutora de Cosmetologia do Mitchell Community College, NC Frances L. Archer, instrutor da The Nail Clinic, Columbia, SC Robert D. Morey, diretor de Educação da Flint Institute of Barbering Inc., Flint, MI Corrinne D. Edwards, coproprietária do Hair Duo, Hyattsville, MD Dianna Kenneally, principal cientista, P&G Beauty, Cincinnati, OH Lesley Bride, cientista sênior, P&G Beauty, Cincinnati, OH Mez Varol, da International Academy, South Daytona, FL

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» REVISORA TÉCNICA DA TRADUÇÃO DA 5a EDIÇÃO NORTE-AMERICANA REVISTA Letícia Chaves Graduada em Letras Francês/Português (PUC-SP). Pós-Graduada em docência no ensino superior (Unicsul-SP) Denise Chaves

Produção técnica: Assessoria e consultoria diversas. Revisão técnica do livro SPA e salões de beleza – terapias passo a passo. Sócia e diretora de criação da Agência Bouclé, uma empresa com foco na educação, capacitação e desenvolvimento de profissionais da área da beleza. Atua como docente do curso de Estética e Cosmética da Universidade Cruzeiro do Sul desde janeiro de 2007. É coordenadora do curso de Formação Profissional para Cabeleireiros, do setor de pós-graduação da Universidade Cruzeiro do Sul. Possui formação complementar em academias como Instituto Llongueras, Vidal Sassoon Academy, Pivot Point Academy, Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC) e Sociedade Brasileira para Estudo do Cabelo.

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capítulo

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Ciência e cosmetologia

palavras-chave Causa e efeito Ciência Método científico

Química Tecnologia

objetivos de aprendizagem Ao final da leitura deste capítulo, você deverá estar capacitado a:

• Reconhecer o que é ciência e o que não é. • Compreender e aplicar a metodologia científica tendo como base a observação, o raciocínio e a experimentação. • Classificar a relação de causa e efeito. • Reconhecer os riscos assumidos ao se formular produtos cosméticos sem possuir a capacitação necessária. • Saber diferenciar o discurso científico do discurso meramente comercial.

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Química no salão Por que devo estudar química para atuar como cabeleireiro quando apenas tenho interesse de aprender sobre os estilos de cortes existentes? Se você se identificou com o dilema acima é porque, em geral, valoriza apenas o conhecimento criativo que está relacionado a sua prática profissional e que, muitas vezes, é tido como o aspecto mais importante, desconsiderando outros aspectos que são igualmente relevantes para uma execução de excelência, como os princípios da química e da cosmetologia. Hipoteticamente imagine: o que aconteceria se você não soubesse a diferença de efeitos entre o uso de uma navalha e o de uma tesoura? Quais seriam os critérios para escolher a ferramenta mais apropriada? Como conquistar o movimento perfeito no corte sem compreender os princípios da geometria e da matemática? Imagine quais seriam as consequências se você tivesse de fazer um corte em uma sala escura, sem conseguir visualizar o cabelo ou mesmo a tesoura. Essa execução seria bem-sucedida? Os casos citados acima podem parecer extremos ou até improváveis, mas não são, principalmente quando se trata de procedimentos e técnicas que envolvem a química. Dessa maneira, profissionais que manipulam produtos, mas que não conhecem os conceitos básicos e essenciais da química, são incapazes de “ver” qualquer risco no que estão fazendo, assim como no exemplo citado. Ou seja, não é muito diferente de cortar um cabelo “no escuro”. Em ambos os casos, o profissional está contando com a sorte em vez de sua especialidade e conhecimento técnico. Não ser capaz de ver claramente o que você está fazendo diminui a qualidade dos serviços prestados, causando inconsistências e resultados que podem ser desastrosos, e nada é pior que estar perdido no escuro e, ainda mais, incapaz de enxergar uma saída. Embora o nível de entusiasmo para o estudo das técnicas não esteja sempre ligado aos processos químicos, não há razão para desprezá-los. Com um entendimento básico da química de salão, você poderá selecionar a cor de cabelo certa ou até mesmo a base alisante ideal para o cabelo mais difícil de tratar. Você poderá prever os resultados corretamente, além de garantir a manutenção do mesmo resultado a cada visita do cliente, sem que ocorram variações indesejadas. Será capaz, ainda, de antever os problemas antes que eles se tornem grandes demais para solucioná-los. Quando qualquer tipo de efeito indesejado aparecer, você poderá corrigi-lo de forma rápida e fácil, sempre lastreado pela confiança que vem com o conhecimento. Com o entendimento básico da química capilar, você poderá eliminar as adivinhações e/ou sorte, bem como a insatisfação do cliente.

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CAPÍTULO 1 CIÊNCIA E COSMETOLOGIA

O que é ciência? A palavra ciência é derivada do latim scientia, que significa “conhecimento”. Entende-se por ciência a busca objetiva do conhecimento sobre o universo ao nosso redor. O conhecimento científico envolve um conjunto de saberes e teorias que são adquiridos por meio da pesquisa. Dessa maneira, a aquisição desses conhecimentos ocorre por intermédio de uma metodologia adequada que é considerada a base sólida do conhecimento humano. Sob esse aspecto, a ciência é um conhecimento qualificado, do qual podemos citar como exemplos a biologia, a física e a matemática. Neste livro, estudaremos especificamente a ciência da química e da biologia, sob o âmbito da tricologia.

O que é química? Química é a ciência que estuda a matéria, sua estrutura, composição, propriedades e transformações. A matéria compreende tudo que existe no universo, dessa maneira tudo que vemos, tocamos, provamos e cheiramos é feito de matéria. Denomina-se, dessa maneira, a matéria como tudo que tem massa e ocupa espaço, sendo considerado qualquer coisa que tenha existência física ou real. Embora possamos ver a luz e as fagulhas elétricas, elas são formadas de energia. Energia não é matéria, porque não ocupa espaço nem tem massa. A química muitas vezes é conhecida como a “ciência central”, porque ela é essencial a todas as outras ciências.

O que é tecnologia? Tecnologia é a aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas. Na área da beleza, a tecnologia tem contribuído ao fornecer as ferramentas e soluções eficazes usadas para atender às necessidades dos cabeleireiros mais exigentes em seus salões modernos. Provavelmente você já está familiarizado com os materiais e equipamentos que promovem os mais variados estilos de mudança temporária dos fios, como chapinhas, secadores e modeladores. O que, talvez, você não tenha notado é que, em seu cotidiano profissional, ferra­mentas químicas são usadas tanto quanto os secadores, as chapinhas e os modeladores e também podem ser consideradas técnicas, por garantir em muitos procedimentos o resultado final do trabalho. Em geral, as ferramentas químicas são tidas como importantes veículos responsáveis pelas mudanças físicas do fio, como nos serviços de mudança de cor e forma do cabelo. O fato é que, sem a ciência, tanto a química quanto a tecnologia e o desenvolvimento criativo não seriam possíveis.

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TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

O método científico Método científico1 é a expressão usada para descrever o conjunto de procedimentos técnicos aplicados ao desenvolvimento da produção científica. Assim, a metodologia científica objetiva estudar os métodos das ciências, ou seja, trata-se de como a ciência é feita. A metodologia científica deve ser objetiva e lógica, pois se destina a resolução de problemas. Em geral, a aplicabilidade da metodologia científica tem como base três passos principais: 1. Observação – Etapa da investigação científica que consiste na coleta de fatos e dados. 2. Raciocínio – Etapa da pesquisa científica que consiste na especulação ou ideia que explica a observação do objeto de estudo. 3. Teste – Etapa da pesquisa científica que se destina a comprovar a teoria elaborada por meio da experimentação em suas mais variadas modalidades.

Observação Todo aprendizado é efetivado por meio da observação. Diariamente, usamos a observação no salão quando avaliamos os resultados dos serviços prestados ou quando algo sai fora do esperado, como uma permanente que enrola mais que o esperado, ou ainda quando a coloração fica mais escura que o desejado. Comparativamente, você já observou os resultados de suas próprias execuções e/ou trabalhos? Se algo saiu errado, a metodologia científica poderá ajudá-lo a entender o que aconteceu e como solucionar os possíveis problemas. Manter um registro fidedigno, detalhado e sistemático do seu trabalho torna-se essencial para alcançar uma observação objetiva, a fim de garantir a aplicação correta da metodologia científica. A finalidade da observação é coletar fatos e organizá-los em um padrão que revele as causas para os resultados observados. Especificamente no que diz respeito à atuação do profissional cabeleireiro, é fundamental enfatizar a importância dos registros para que se garanta a manutenção dos resultados alcançados com exatidão e excelência técnica. Pode-se afirmar que o fracasso das execuções de salão é creditado, em grande parte, a uma precária manutenção dos registros e histórico das técnicas e procedimentos realizados anteriormente. E que os profissionais que não possuem uma manutenção correta dos registros estão fadados a uma sucessão dos mesmos erros e equívocos. 1

Para saber como aplicar na prática os princípios de observação e raciocínio como estratégia técnica nos salões, veja o anexo: A tricologia na prática e a realidade brasileira (N.R.T.)

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CAPÍTULO 1 CIÊNCIA E COSMETOLOGIA

Experimento para a prática da observação Enquanto você lê esta página, a maioria das informações coletadas pelos olhos e ouvidos inconscientemente está sendo filtrada e ignorada. Tente a experiência a seguir e veja o quanto está perdendo. Não mexa a cabeça ou tire os olhos desta página. Concentre-se em olhar as bordas do livro enquanto continua lendo. Agora, amplie sua capacidade de visão para fora e veja o que mais seu cérebro está escondendo enquanto está lendo. Você consegue ver seu pulso, seus braços, o chão ou as paredes? Agora ouça cuidadosamente – há sons ao fundo que você não havia percebido antes? Eles soam um pouco diferentes quando você se concentra neles? Seu cérebro o protege da grande quantidade constante das imagens e sons. Seria difícil viver neste mundo atual de barulho e confusão se tivéssemos de ver e ouvir tudo. Porém, não devemos permitir que nosso cérebro fique preguiçoso, ou bloqueie informações importantes. Ser mais observador só quer dizer prestar mais atenção. É uma forma de dizer ao cérebro para perceber mais o que os olhos veem e os ouvidos escutam.

O registro de clientes deve incluir uma observação e análise completa das características e do estado do cabelo, que é comumente chamada de anamnese. A anamnese deverá ser realizada antes da execução de qualquer procedimento, pois tem a finalidade de reunir as informações necessárias para chegar a hipóteses diagnósticas, bem como aos procedimentos e técnicas necessários para alcançar o resultado/efeito desejado pelo cliente. Cuidados devem ser tomados quando no ato da anamnese se detectam problemas prévios ou reações adversas que possam ter ocorrido com o cliente no passado. Também inclua em seus registros o método de aplicação, a fórmula, o tempo de ação aplicado e os resultados alcançados detalhadamente.

Raciocínio Os computadores mais rápidos e potentes não são páreos para as habilidades do raciocínio humano. Quando você usa uma informação para chegar a uma conclusão ou tomar uma decisão, está lançando mão do poder do raciocínio. O raciocínio transforma a observação em ideias úteis, aumenta o conhecimento e melhora suas habilidades técnicas. Nada ajudará mais no desenvolvimento de uma carreira profissional de sucesso, no mercado de beleza, que usar o raciocínio. Se você mantiver os registros precisos e os resultados observados não forem os esperados, pode, então, usar o poder do raciocínio para descobrir as causas dos resultados adversos. Uma vez detectadas as causas, você poderá usar o raciocínio para promover os devidos ajustes. Não deixe de atualizar seus registros e tomar nota de quaisquer mudanças na formulação e/ou no procedimento.

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TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

Mas, se os registros não forem fidedignos nem atualizados, o raciocínio poderá estar comprometido, o diagnóstico muito provavelmente será equivocado e certamente vai gerar a insatisfação do cliente. Muitas teorias que no passado soavam “razoáveis” foram constatadas como falsas no presente. Parecia razoável que as estrelas fossem fogueiras e que a Terra fosse plana, no entanto, é de conhecimento de todos que se tratava de um raciocínio infundado. O raciocínio comprometido quase sempre tem como base observações medíocres, e muitos mitos foram criados com base nessa linha de pensamento. Por exemplo, existe a crença e/ou mito de que o cabelo quando trançado cresce e se desenvolve mais rapidamente. Sua base muito provavelmente vem da suposição de que o peso adicional do cabelo o fará crescer mais rápido. Esse mito provavelmente começou com alguém que pensou que isso fazia sentido. Tome cuidado para não aceitar ideias ou tirar conclusões só porque lhe parecem boas e/ou razoáveis, sem que se tenha qualquer fundamento ou comprovação. Muitas marcas de produtos se apropriam do discurso científico, descontextualizando teorias, descobertas e se utilizando de termos tecnológicos para inspirar maior credibilidade no mercado de cosméticos. Use seu poder de raciocínio e observação para não ser facilmente manipulado por esse tipo de discurso puramente comercial. Se um produto diz que “dura 50% mais” ou “faz o cabelo mais sedoso que a marca líder”, teste essas afirmações. Não as aceite automaticamente como sendo reais e verdadeiras.

Teste A melhor forma de testar o raciocínio se dá pela experimentação, pois esta permite que o profissional faça observações e tire conclusões sobre a real performance do que está sendo testado. Na área da beleza, a cada utilização de um produto ou procedimento novo, você está conduzindo um experimento e/ou experimentação. A experimentação é um teste de suas ideias e conhecimento, e os testes constantemente deverão ser refeitos. A esse processo chamaremos de experimentação química. A experimentação química é considerada o processo de avaliação de desempenho dos produtos cosméticos com base em testes práticos pontuais que validem as potencialidades e identifiquem as fragilidades de determinada formulação. Aspectos antes não observados devem receber destaque em seus registros e anotações, mesmo a cada nova experimentação. Essa prática levará à confirmação ou não de suas ideias e você certamente aprenderá com seus erros, não os repetindo. Com frequência, cabeleireiros acomodam-se com o que já sabem e não se dispõem a experimentar e testar novas técnicas e produtos.

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CAPÍTULO 1 CIÊNCIA E COSMETOLOGIA

Experimentos que não devem ser realizados A experimentação química, além de prazerosa, pode trazer inúmeros benefícios; porém, se essa prática não vier acompanhada de um método, ela pode resultar em muitos problemas! Os fabricantes percorrem grandes distâncias para desenvolver produtos que ofertem os benefícios desejados pelo consumidor final. Sempre leia e siga as instruções do fabricante. É importante seguir quaisquer orientações encontradas no rótulo do produto. Um cabeleireiro comprometido e responsável verifica as mudanças que ocorrem periodicamente nas instruções e/ou orientações do fabricante dos produtos que utiliza ou pretende utilizar. Regularmente, fabricantes da indústria cosmética melhoram suas técnicas fornecendo novas orientações e protocolos de uso de seus produtos. Em geral, essas adequações ou atualizações são inseridas no rótulo como instruções revisadas. Descartar ou não seguir as recomendações do fabricante pode trazer sérias consequências ao profissional. Não é recomendado manipular ativos e substâncias químicas que não possuem interação e afinidade entre si, ou ainda que não são destinados a sofrer uma mistura. Muitos ativos são incompatíveis ou perigosos quando misturados, e esse risco aumenta principalmente quando não há formação e capacitação necessária para a manipulação de substâncias químicas. Algumas misturas podem pegar fogo, explodir, liberar vapores tóxicos ou causar reações adversas para quem os manipula e/ou tem contato. Um exemplo clássico de mistura química incompatível é a do cloro (hipoclorito de sódio) com ativos e/ou produtos que contêm amônia. Essa mortal combinação libera gás de cloro, que pode matar ou ferir gravemente as pessoas que tiverem contato no ato da reação química liberada. O mais indicado é nunca misturar produtos sem antes verificar as orientações do fabricante e/ou ter formação profissional para tal.2

Constantemente aprendemos por meio de experimentos e/ou experimentação, portanto, se não testarmos, limitamos nossas possibilidades de aprendizado e não devemos permitir que ideias preconcebidas inibam nosso desenvolvimento cognitivo e crescimento profissional. Experiências científicas apropriadas devem ser lastreadas em observações prévias e raciocínio cuidadoso. As melhores ideias para as experiências normalmente vêm do estudo e dos testes de experimentação. Cabeleireiros de sucesso são aqueles que não têm medo de experimentar, mas adotam essa prática de modo cuidadoso e controlado, pois os princípios da cosmetologia devem ser tratados com o devido respeito. Para saber mais sobre as responsabilidades acerca da manipulação de produtos químicos no Brasil, veja o anexo: A tricologia na prática e a realidade brasileira. (N.R.T.)

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Causa e efeito Embora mais ênfase seja aplicada na arte de estilizar o cabelo, a ciência da tricologia e a da cosmetologia são igualmente importantes no processo, uma vez que se ocupam de estudar o porquê de como o cabelo funciona fisiologicamente, bem como o controle dos procedimentos de alteração da fibra capilar para assegurar resultados consistentes e eficazes. A teoria de causa e efeito3 define que para toda ação existe uma causa e/ou consequência. Esse princípio é amplamente utilizado por meio do diagrama de causa e efeito. Em química e cosmetologia, essa metodologia é utilizada para avaliar e analisar dispersões ao longo do processo de produção e desenvolvimento de produtos cosméticos em geral, a fim de ampliar a visão da equipe de trabalho sobre as causas primárias e secundárias de um problema, fortalecendo a elaboração de soluções e melhorias.

O que a ciência não é Aprendemos no começo deste capítulo que ciência é o estudo sistemático de tudo o que existe no universo. Um pesquisador científico muito conhecido, estudando o crescimento do cabelo, uma vez fez o seguinte comentário sobre a descoberta da cura da calvície: “Se for para entendermos o crescimento capilar, faremos por meio da ciência e do método científico”. Não se deixe persuadir por um discurso comercial, com expressões como: novas descobertas, avanços científicos ou nova tecnologia revolucionária, pois essa abordagem é apelativa e sedutora, destinada a impulsionar as vendas de uma marca e não da ciência. Quando você fizer experimentação química, não confie em performances e benefícios milagrosos, adote em sua rotina a prática da metodologia científica, pois dessa maneira você terá maior probabilidade de obter êxito em sua atuação profissional.

Outras fontes de informação Constantemente valorize a busca por informações que reflitam as novas tecnologias. Novidades e lançamentos surgem quase que diariamente em função dos avanços da indústria cosmética na atualidade. Procure diversificar as formas em que você busca o conhecimento para manter-se atualizado, como as que podem ser encontradas nos seguintes meios: 3 Para

saber mais sobre como a relação de causa e efeito veja o anexo: A tricologia na prática e a realidade brasileira. (N.R.T.)

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CAPÍTULO 1 CIÊNCIA E COSMETOLOGIA

1. 2. 3. 4.

Cursos e workshops patrocinados pelos fabricantes e distribuidores das marcas. Pocket aulas oferecidas em feiras de exposição especializadas. Cursos de especialização e aperfeiçoamento. Revistas de moda, revistas especializadas e periódicos que forneçam riqueza de informações para uma variedade de tópicos. 5. Tire suas dúvidas com instrutores e/ou professores. Se você está interessado em aprender mais, eles lhe mostrarão outras fontes de conhecimento e possibilidades de aprofundamento. 6. Apêndices de um livro didático.

questões de revisão

1. Quais são os três passos básicos de aplicação da metodologia científica? Explique-os. 2. O que é ciência? Dê exemplos da ciência aplicada à atuação do profissional cabeleireiro. 3. Em que consiste a experimentação química? Explique. 4. Cite dois exemplos de teorias que supostamente foram elaboradas sob o âmbito científico, mas que, na verdade, são falsas. 5. Defina a teoria de causa e efeito. 6. Explique qual é a importância de atualizar periodicamente a leitura das recomendações feitas pelo fabricante de produtos que você utiliza.

perguntas para discussão

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1. A ciência mudou radicalmente nosso conhecimento sobre cabelo e pele. Segundo sua previsão, quais são as novas tecnologias que deverão ser desenvolvidas na próxima década na indústria cosmética? 2. Em que aspecto você acredita que a pesquisa científica pode impactar os modelos de produção e desenvolvimento de produtos cosméticos já existentes? E, na sua opinião, qual é o papel/importância do cosmetólogo nesse processo de evolução?

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John Halal começou sua carreira na indústria da beleza como cabeleireiro há mais de 37 anos.

TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR Tradução da 5ª edição norte-americana edição revista

MILADY TRICOLOGIA edição revista

JOHN HALAL A maioria dos cabeleireiros reconhece e valoriza apenas o conhecimento relacionado com a sua prática profissional, referente a habilidades como o manuseio das tesouras, escovas e secadores, que não são as únicas ferramentas necessárias para o exercício da profissão. Este livro pretende ser um guia prático de tricologia e cosmetologia, ferramentas que são igualmente relevantes para que se obtenha uma atuação de excelência nos salões de beleza da atualidade. Ainda, explica minuciosamente a teoria sobre a prática dos conceitos essenciais da cosmetologia moderna e da tricologia. Com a leitura dos textos que o compõem, o leitor poderá alcançar uma carreira de sucesso, destacando-se ainda mais no mercado de beleza. Esta edição revista conta com um anexo elaborado pela revisora técnica com ênfase na prática da tricologia e a realidade brasileira. Aplicações: livro destinado a todos os profissionais do setor cosmético, como cabeleireiros, visagistas, cosmetólogos, químicos, farmacêuticos, engenheiros e profissionais das áreas comercial, de comunicação e de marketing.

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GARANTIA DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA COSMÉTICA Marcelo de Souza Pinto, Ana Regina Alpiovezza e Carlos Righetti SPAS E SALÕES DE BELEZA – Terapias Passo a Passo Milady ® – Sandra Alexcae Moren

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DICIONÁRIO DE INGREDIENTES DE PRODUTOS PARA CUIDADOS COM O CABELO John Halal MILADY DICIONÁRIO DE INGREDIENTES PARA COSMÉTICA E CUIDADOS DA PELE – Tradução da 4ª edição norte-americana Milady ® – M. Varinia Michalun e Joseph C. DiNardo

Tradução da 5ª edição norte-americana

MILADY TRICOLOGIA E A QUÍMICA COSMÉTICA CAPILAR

É o autor de Dicionário de ingredientes de produtos para cuidados com o cabelo e coautor dos livros Milady Cosmetologia: Orientações e Negócios; Milady Cosmetologia: Ciências gerais, da pele e das unhas e Milady Cosmetologia: cuidados com os cabelos, todos lançados pela Cengage Learning.

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