Descobertas_4º Trimestre 2015

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Boletim Trimestral

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HOMENAGEM A JOSÉ MARIANO GAGO O CNC, com a colaboração do Professor Manuel Valsassina Heitor, está a organizar um ciclo de quatro encontros sobre Cultura, Política e Cultura Científica, em memória de José Mariano Gago. No primeiro, que tem lugar no CNC no dia 30 de setembro, far-se-á o lançamento póstumo de “Ciência, Judite e Almada: Nomes de guerra, HOJE”, o último texto de José Mariano Gago. O segundo encontro, realizar-se-á no Grémio Literário no dia 22 de outubro e o terceiro no IPO de Lisboa, no dia 5 de novembro. A última sessão, subordinada ao tema “Ciência hoje e o conhecimento do Futuro”, tem lugar no Pavilhão do Conhecimento no dia 20 de novembro. Programa completo em www.cnc.pt. Entrada livre.

FESTA NO CHIADO A próxima edição da Festa no Chiado decorrerá entre 17 e 24 de outubro e será dedicada ao 70º aniversário do CNC: 70 anos de Cultura. Sophia e Helena. Destacamos, nesta 19ª edição, a Exposição dedicada a Sophia de Mello Breyner Andresen e Helena Vaz da Silva, que se realizará no CNC. Muitas visitas e exposições, uma atenção especial aos livros, atividades para os mais pequenos, ementas especiais nos restaurantes do Chiado, são alguns dos atrativos da Festa. Esteja atento à programação detalhada, que estará disponível em www.cnc.pt

PRÉMIO EUROPEU HELENA VAZ DA SILVA 2015 Jordi Savall, conceituado músico e maestro catalão, é o vencedor da edição deste ano do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. O Prémio homenageia este excecional artista e humanista pelo seu contributo para a celebração da história multicultural da Europa, através do seu rico património musical. O júri distinguiu ainda com Menções Especiais, o jornalista

MECENAS OURO

de rádio e televisão dinamarquês Adrian Lloyd Hughes e o jornalista cultural espanhol Rafael Fraguas. A cerimónia de atribuição do Prémio terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no dia 12 de outubro de 2015.

DO MAR OCEANO AO MAR PORTUGUÊS UMA ROTA PARA O FUTURO O livro Do Mar Oceano ao Mar Português, uma edição dos CTT realizada com a coordenação do CNC, encontra-se já disponível para venda e será apresentado ao público no próximo dia 17 de novembro, no Torreão Poente do Terreiro do Paço. Com o objetivo de estimular a informação e debate sobre este tema prioritário, os conteúdos desenvolvidos estão reunidos numa edição de referência para o grande público, centrada sobre a herança do passado e as perspetivas para o futuro do Mar Português, contribuindo para a promoção de uma cultura do mar. A edição conta com a coordenação geral do Prof. Mário Ruivo, em colaboração com os professores Álvaro Garrido (UC) e Telmo Carvalho (EurOcean) e design do Atelier B2, de José Brandão.

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NOTÍ Notícias CIAS PORTAL E-CULTURA COM NOVO LAYOUT No âmbito das comemorações do seu 70º Aniversário, o Centro Nacional de Cultura renovou o seu portal e-Cultura. A nova versão do e-Cultura foi desenvolvida pela Moving Wide, com um conceito de utilização que facilita a navegação, um layout totalmente reformulado e uma nova interface preparada para plataformas mobiles. Este projeto contou com o apoio da Delta Cafés. Não deixe de consultar o novo e-Cultura em www.e-cultura.pt

JÁ SAUDADES DE SIÃO… Com o regresso do grupo do CNC da peregrinação a Mianmar e Tailândia, no ciclo «Os Portugueses ao Encontro da Sua História», sob coordenação de Maria Calado e Luís Filipe Thomaz, podemos dizer que se tratou de um momento único para a compreensão da importância da presença portuguesa no mundo. O percurso foi absolutamente fascinante. Rangum, Tanlyin (Sirião), Arracão (Mrauk-U), Bagan (Pagane), Mandalay, Aiútia, Banguecoque… Aí fomos buscando as memórias dos portugueses - militares, administradores,

mercadores, missionários e mercenários. Percebemos bem a riqueza do testemunho de Fernão Mendes Pinto ou do Padre Sebastião Manrique e de aventureiros como Filipe de Brito e Nicote ou Sebastião Gonçalves Tibau… E com a hospitalidade do Embaixador Luís Barreira de Sousa fomos recebidos principescamente na Embaixada Portuguesa, antiga feitoria em Banguecoque, atribuída pelo Rei de Sião, em sinal de gratidão e amizade e por ser «Inclinado à Nação Portuguesa». Delicioso!

CADERNOS DE POESIA e EÇA DE QUEIROZ

FUNDAÇÃO EURO-MEDITERRÂNICA ANNA LINDH

No seguimento da colaboração desenvolvida entre o Centro Cultural de Belém e o Centro Nacional de Cultura na área das Letras, realizase no dia 1 de novembro, Ruy Cinatti a partir das 15h00, na Sala Almada Negreiros, no Centro Cultural de Belém, uma sessão dedicada aos Cadernos de Poesia – em especial a Ruy Cinatti, José Blanc de Portugal e Tomaz Kim. A 6 de dezembro, no Pequeno Auditório do CCB, a partir das 15h00, a tarde será dedicada a Eça de Queiroz, o grande símbolo do romance realista ou naturalista em Portugal. Entrada livre.

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A Fundação Euro-Mediterrânica Anna Lindh (FAL) é formada por 42 países da região e tem como missão promover o diálogo intercultural e o conhecimento mútuo entre pessoas e sociedades das margens sul e norte do Mediterrâneo. O Centro Nacional de Cultura foi eleito em 2014 para a coordenação da rede portuguesa da Fundação Anna Lindh, composta por membros das mais diversas áreas de atuação na vida cultural e social do país. Está já disponível um site da rede portuguesa – https://falredept. wordpress.com/ bem como uma página no Facebook: Fundação Anna Lindh – Rede Portuguesa.

ORPHEU, UM PROJETO DE VANGUARDA 1915-2015

Mário de Sá Carneiro

O ano de 2015 é marcado pelo centenário da revista «Orpheu». Almada Negreiros esteve ligado intimamente à fundação do Centro Nacional de Cultura, que é também depositário do espólio de José Pacheco. A data é para o CNC fundamental e invocámo-la com um conjunto de iniciativas que marcaram também os 70 anos do Centro: a exposição “Os Caminhos de Orpheu” na Biblioteca Nacional de Portugal, a exposição “1915 - O ano do Orpheu” no Museu da Eletricidade, a publicação da ANTOLOGIA “o Ano do Orpheu” com a coordenação de Steffen Dix e a edição pela tinta da China de fac-similes dos números 1 e 2 da revista, bem como as provas do número 3.

MECENAS PRATA ANA ­‑ Aeroportos de Portugal, SA | Novo Banco | Correio da Manhã (Presslivre) | Diário de Notícias | DID ­‑ Doc. Informática Desenv. |

Duvídeo | Grupo Babel – Editorial Verbo, SA | Hoteis Heritage Lisboa | Imprensa Nacional ­‑ Casa da Moeda | Instituto Nacional de Estatística | Jornal de Notícias | Metropolitano de Lisboa | Fundação Manuel António da Mota | REN ­‑ Rede Eléctrica Nacional | Tabaqueira II, SA


NOTÍ Notícias CIAS VER PELA ARTE

O programa Ver pela Arte, coordenado pelo Centro Nacional de Cultura, terminou o seu ano experimental em setembro. Os alunos, portadores de deficiências visuais, jovens e adultos, que participaram no projeto no passado ano letivo poderão agora continuar a sua formação musical e de instrumento na Escola de Música de Nossa Senhora do Cabo. A formação em Musicografia Braille e o Estágio Coral em formato de workshop integrado na disciplina de Coro terão lugar no CNC. Uma vez que o nosso objetivo foi promover a aprendizagem de música por alunos com deficiência visual, encetámos negociações com o Ministério da Educação no sentido de continuar esta experiência com as crianças deficientes visuais, no espaço da escola pública, nomeadamente as escolas de referência da zona de Lisboa e Cascais (1º ciclo do ensino básico). Sendo a música uma arte acessível a todos, esta iniciativa promove competências sociais potenciadoras de uma cidadania plena e consciente e atenua as desigualdades no acesso à informação e à cultura.

GRADIVA Foi celebrado entre o Centro Nacional de Cultura e a Gradiva Publicações S.A. um protocolo, com a duração de um ano, que permite proporcionar aos sócios e amigos do CNC condições especiais na aquisição das obras daquela Editora. Assim, os livros do catálogo da Gradiva beneficiarão de um desconto de 30%,

ASSOCIAÇÕES

exceção feita aos que se encontram ao abrigo da lei do preço fixo, cujo desconto será apenas de 10%, sendo os clientes informados sobre os que se encontram nessa situação. Nestas condições serão vendidos também os Livros em Destaque/ Promoção Mensal, não incluindo livros de preços fixos. As encomendas devem ser feitas diretamente pelos sócios para Gradiva, através do email parceria@gradiva.mail.pt, indicando a identificação das obras desejadas e, ainda, nome, morada, NIF, email, indicação de sócio do CNC e respetivo número. O CNC divulgará junto dos sócios os serviços prestados pela Gradiva.

10 ANOS CONVENÇÃO DE FARO Em 2015, o CNC, em conjunto com a Universidade do Algarve e a Câmara Municipal de Faro, assinalam os dez anos da assinatura da Convenção-Quadro sobre o valor do Património Cultural para a Sociedade, que decorreu em Faro, em outubro de 2005, no âmbito da Conferência de Ministros da Cultura do Conselho da Europa. O Grupo de Trabalho que redigiu o texto desta Convenção foi coordenado pelo Presidente do CNC, Guilherme d’Oliveira Martins. Este aniversário será celebrado no dia 27 de outubro, com uma conferência sobre Património Cultural, Conhecimento e Cidadania que terá lugar na Universidade do Algarve e contará com intervenções de especialistas nacionais e estrangeiros.

SITE EDUARDO LOURENÇO A nova página oficial de Eduardo Lourenço, acessível através do site do CNC ou diretamente em http://www. eduardolourenco.com/, merece a sua visita. Não deixe de a consultar, mesmo que já o tenha feito, pois está em permanente atualização.

JORNAL FALADO Neste ciclo de conversas e debates informais à volta de temas da atualidade, com entrada livre, o Centro Nacional de Cultura organiza este trimestre a sessão: O FATOR CHINA NUM MUNDO MULTIPOLAR: AMEAÇA? Propomos o debate acerca da ascensão da China, numa perspetiva de cultura geral e não tanto académica ou técnica, desmistificando a questão da ameaça chinesa. Será ainda abordada a questão da inexistência de uma visão estratégica e de promoção da lusofonia na região da Ásia Central por parte de Portugal, contrariamente ao que se verifica com outros países europeus que aí estão presentes e promovem a sua língua. [ 28 de outubro | 18h30] COM: Guilherme d’Oliveira Martins,

Paulo Duarte e convidados

OS CAMINHOS DE WAGNER [4 a 12 de dezembro 2015] GUIA: André Cunha Leal Homem de extremos em todos os aspetos da sua vida, da ópera à política, dos muitos textos que escreveu à sua vida íntima, mas sobretudo na sua música e na sua vasta influência, Richard Wagner é sem dúvida uma das personalidades mais extraordinárias dos últimos 200 anos, de tal forma que ainda hoje, passados mais de 130 anos da sua morte, o nome de Wagner continua a estar no centro de acesas controvérsias e discussões. A pretexto da apresentação da ópera “A Valquíria” na Ópera Estatal da Baviera em Munique, local de estreia desta mesma ópera a 26 de junho de 1870, propõe-se com este programa visitar alguns dos locais mais importantes e marcantes para a vida do compositor: Munique – Dresden – Leipzig. Começamos esta viagem pelos locais que viram a consagração e a maturidade

APAI ­‑ Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial | ASC ­‑ Amigos do São Carlos | ATL ­‑ Associação de Turismo de Lisboa | Associação de Valorização do Chiado | FESPAC ­‑ Federação Portuguesa das Associação e Sociedades Científicas | Fundação Passos Canavarro ­‑ Arte, Ciência e Democracia | Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana | SEDES ­‑ Associação para o Desenvolvimento Económico e Social | SLP ­‑ Sociedade da Língua Portuguesa

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SERVIÇOS Serviços

Notícias

CIAS

dessa forma de Arte Total, a fusão perfeita de Teatro com Música, o Drama Músical. Em Munique, na Ópera Estatal, a mesma onde vamos ver a Valquíria, foram estreadas “Tristão e Isolda” (1865), “Os Mestres Cantores de Nuremberga” (1868), “O Ouro do Reno” (1869) e, finalmente, “A Valquíria” (1870); em Neuschwantein vamos poder respirar todo o ambiente recriado por Luís II da Baviera para homenagear o seu compositor de eleição, Richard Wagner. Depois de coroado rei da Baviera em 1864, com 18 anos, Luís II tornou-se o patrono de Wagner. Conhecido como o “Rei Louco”, este monarca tinha sonhos absolutamente extravagantes, que encontravam nos enredos e na música de Wagner verdadeira inspiração. Um dos seus projetos foi precisamente o castelo de Neuschwanstein que parece saído de um conto de fadas e que decorou com cenários das óperas de Wagner. Por fim passaremos por Bayreuth, local escolhido por Wagner para aí construir o seu teatro, desenhado e pensado para a apresentação das suas óperas. Bayreuth era escolhido por estar o suficientemente longe de qualquer centro urbano mais

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APOIOS

relevante, pois Wagner queria que os seus artistas estivessem absolutamente concentrados nos seus Dramas Musicais, sem a interferência e o ruído da vida das grandes cidades. Da Baviera vamos para Dresden, cidade que estará para sempre associada ao período revolucionário de Wagner. Mas Dresden não é apenas a cidade da Revolução (1849), Dresden é a cidade que viu serem apresentadas as duas óperas que levariam à consagração da linguagem Wagneriana, que a pouco e pouco deixaria a ópera mais convencional, caminhando a passos largos para o Drama Musical – “O Navio Fantasma” (1843) e Tannhäuser (1845). Este período de Dresden ajuda a explicar muito do pensamento radical de Wagner, tanto no que diz respeito à sociedade como à política e até à própria Arte. Nesta cidade vamos poder ver uma ópera (La Bohème de Puccini) precisamente no Teatro de que Richard Wagner foi diretor artístico e que viu serem estreadas o “Navio Fantasma” e “Tannhäuser”. Esta nossa primeira viagem a propósito de Wagner termina em Leipzig, cidade que o viu nascer e onde aprendeu as primeiras notas musicais. Local absolutamente central para a história da música, é a cidade de Mendelssohn, de Wagner, mas também onde Johann Sebastian Bach deu a conhecer ao mundo algumas das suas maiores obras-primas, sobretudo no final da vida. Na célebre Igreja de São Tomás, para a qual Bach escreveu um grande número de cantatas, oratórios e peças para órgão, a Igreja onde foi batizado Richard Wagner a 16 de agosto de 1813, vamos poder assistir ao Tradicional concerto de Natal da Orquestra do Gewandhaus (outra verdadeira instituição da vida musical europeia) com a imperdível oratória de Natal de Bach, composta precisamente naquela cidade. Programa completo em www.cnc.pt

1. Café No Chiado do almoço à ceia, no interior ou na esplanada, um café literário todos os dias das 10h às 2h

2. Galeria Fernando Pessoa para almoços de negócios, para apresentação de produtos, para jantares de anos, ou para lançamentos de livros, com ou sem catering.

3. Ciber­‑Chiado uma ligação ao mundo num ambiente de requinte português de segunda a sexta das 10h00 às 18h00

4. Residência de artistas “apartamentos de charme” no Chiado (mínimo 1 semana máximo 2 meses)

5. Acolhimento VIP para Estrangeiros Para Empresas e Embaixadas Serviço de visitas em Lisboa e fora de Lisboa com guia de turismo cultural especializado (francês / inglês)

6. Introdução à Língua e Cultura Portuguesa para empresários estrangeiros Programa de cursos de língua e cultura portuguesa de curta e media duração para quadros de Empresas e Embaixadas

7. Loja Atelier 55 mesmo ao lado do CNC um espaço de acolhimento para turistas, onde pode encontrar as nossas edições e peças únicas, artesanato e mobiliário português

8. Gabinete de Tradução de e para várias línguas, rápido e com qualidade

9. Lisbon Walks passeios a pé, para portugueses e estrangeiros, guiados em várias línguas

10. Gincanas para Crianças para escolas e aos sábados mediante inscrição


PASSEIOS DE DOMINGO Passeios de Domingo 4.º Trimestre 2015

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Lisboa Astrológica: de Zacuto a Pessoa Sábado, 17 de outubro Portugal, país do signo Peixes (que lhe terá sido atribuído por Ptolomeu), tem uma longa tradição Astrológica de cerca de 900 anos. Neste Roteiro vamos viajar pela primeira vez pela fascinante e desconhecida Lisboa astrológica dos últimos 500 anos, visitando algumas das instituições de ensino desta sabedoria milenar, desde os antigos colégios jesuítas de Santo Antão-oVelho (1553-1593) e Santo Antão-o-Novo (1593-1755), até ao Quiron, fundado em 1987 por Maria Flávia de Monsaraz (neta do primeiro Conde de Monsaraz). Recordamos também o papel repressivo que a Inquisição desempenhou nos séculos XVI e XVII sobre a Astrologia Judiciária. De regresso ao século XX, visitamos o local da prática astrológica da célebre Madame Brouillard, evocamos a enigmática Sibila (Maria Emília Vieira), que terá previsto a queda de Salazar, e passamos em revista a extraordinária dedicação à Astrologia por parte de Fernando Pessoa, César Porto, Augusto Ferreira Gomes, Mário Sá e Alberto Vaz da Silva. GUIAS: João Moreira dos Santos HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Martim Moniz,

junto à Capela de Nossa Senhora da Saúde (Rua da Mouraria, 1)

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Ciclo Escritores: Na Rota de Afonso Lopes Vieira

Domingo, 18 de outubro Afonso Lopes Vieira ficou inscrito na História da Literatura Portuguesa como uma figura cultural proeminente na

transição do século XIX para o século XX e durante o primeiro quartel do século passado. A génese de grande parte da sua obra poética encontra-se no berço mítico da casa-nau de S. Pedro Moel e o espaço natural envolvente, as dunas e o pinhal de Leiria não foram menos importantes para a sua imaginação criativa. Seguiremos, num passeio sentimental, o percurso biográfico e literário do escritor por terras da Estremadura, à procura da sua essência poética na Biblioteca Municipal de Leiria, que reúne o seu espólio, e na casa S. Pedro de Moel, onde o escritor passou muitas épocas de veraneio a escrever. GUIA: Paula Oleiro HORÁRIO: 8h30 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Museu de S. Roque: Exposição “De Roma para Lisboa Um Album para o Rei Magnânimo” Quarta, 21 outubro

A Exposição “De Roma para Lisboa: um álbum para o Rei Magnânimo” constrói-se em torno da ideia-chave que é a viagem entre Roma e Lisboa no reinado de D. João V. É concebida à volta do Album Weale, que se assume indiscutivelmente como a peça mais importante das encomendas joaninas, destinadas nomeadamente à basílica e palácio de Mafra, à basílica Patriarcal e à capela de S. João Batista. Restaurado recentemente graças ao empenhamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Álbum Weale consiste no minucioso registo, escrito e desenhado, das encomendas de obras de

arte italiana da primeira metade de Setecentos e destinadas a Lisboa. Para além dos desenhos do álbum, a exposição mostrará documentos manuscritos (da Biblioteca da Ajuda e da Biblioteca Nacional de Portugal) relacionados com as encomendas joaninas, bem como obras de arte, no âmbito da pintura, escultura e artes decorativas, realizadas pelos mesmos artistas cujas obras surgem representadas no Álbum Weale. GUIA: Ricardo Máximo (SCML) HORÁRIO: 11h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Museu de São

Roque – Lg. Trindade Coelho

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Ciclo Azulejos: Hospital de Santa Marta

Sábado, 24 outubro O Convento de Santa Marta, fundado no Séc. XVI, começou a funcionar ao serviço da saúde em 1890, quando passou a ter a designação de Hospício dos Clérigos Pobres. De arquitetura maneirista, com um projeto inicial de Nicolau de Frias, foi construído a partir de 1612, sobressaindo do seu conjunto o claustro, a igreja e a Sala do Capítulo, para além de uma impressionante obra da azulejaria portuguesa seiscentista e setecentista. O claustro e a igreja conservam hoje intacta a sua estrutura original. No dia 1 de novembro de 1755, o sismo, o fogo e o maremoto provocaram a devastação de praticamente dois terços das ruas da cidade. O Convento de Santa Marta foi um de onze entre os sessenta e cinco conventos existentes em Lisboa que, não obstante os danos, se mantiveram habitáveis. Em 1910 foi atribuída oficialmente ao Hospital de Santa Marta a função de Escola Médico Cirúrgica de Lisboa assumindo um importante papel no

O CN C E S TÁ A R E MO D ELAR O SE U SÍ T I O NA I NTERNET COM O APO IO

APOIOS SITE

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Passeios de Domingo

ensino da Medicina em Lisboa. Manteve esta função até 1953, data em que a clínica universitária é transferida para o recém-criado Hospital de Santa Maria. GUIA: Célia Pilão/José Meco HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua de Santa Marta

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Ciclo do Pão pré-industrial Glória do Ribatejo

Domingo, 25 de outubro Esta visita pretende dar a conhecer, essencialmente, a longa cultura do «fazer o pão», ainda hoje muito vincada na comunidade gloriana. Entre os lugares a conhecer, intrinsecamente relacionados com as especificidades locais do ciclo do pão, como o Centro de Estudos e Documentação e o Museu Etnográfico/”Casa Tradicional” de Glória do Ribatejo, está o sítio do Cabeço da Nogueira onde, para além da imponência do Moinho do Cortelhas e da sua “casa” de moagem, poder-se-á observar a sua paisagem, que nos revela parte da história recente de Glória do Ribatejo. Glória, considerada por muitos como “a vila mais ribatejana de Portugal”, reúne ainda hoje um conjunto de fatores, tradições e um modus vivendi muito particular. Descrita por Alves Redol: “no concelho de Salvaterra de Magos, por aquela estrada cabisbaixa, que une Marinhais a Coruche, está a Glória. Não conheço em todo Ribatejo percorrido, aldeia que irradie mais simpatia por atributo próprio”. GUIA: Sandra Marques e Sílvia Casimiro HORÁRIO: 09h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Ciclo de Energia a Vapor: Estação Elevatória dos Barbadinhos Museu da Água

Sábado, 31 de outubro Em Lisboa, a distribuição domiciliária de água representou uma importante mudança na relação da população urbana com a água, possibilitando, entre outras, melhorias ao nível da higiene. Será através da ação da Companhia das Águas de Lisboa (CAL), a partir de 1868 (antecessora da atual EPAL) que o serviço de abastecimento de água à cidade sofre a primeira inovação tecnológica: o recurso à energia do vapor permitiu bombear água de zonas baixas da cidade, elevando-a até maiores altitudes. Em 1871 tem início a construção de um novo aqueduto abastecedor para Lisboa: o aqueduto do Alviela para transporte de água captada a 114 Km a norte de Lisboa, nas nascentes dos Olhos de Água do rio Alviela. O destino final era o reservatório dos Barbadinhos, junto ao qual foi construída uma estação elevatória a vapor, que entra em funcionamento em 1880. GUIA: Bárbara Bruno HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua do Alviela, 12

(Calçada dos Barbadinhos)

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Ciclo Teatros e História: Montemor-o-Velho Sábado, 07 de novembro

Montemor-o-Velho é uma vila cujos vestígios remontam à pré-história e que teve sempre uma grande importância sob o ponto de vista estratégico e económico. Este extenso território foi sucessivamente

O papel é um produto renovável e reciclável. Todos os papéis provenientes de florestas com gestão sustentável são ambientalmente responsáveis.

ocupado desde a época romana e, quando os árabes aqui se estabeleceram no século VIII, as terras de Montemor viram-se constantemente envolvidas em acesas disputas entre muçulmanos e cristãos. O Teatro Ester de Carvalho de Montemor-o-Velho constitui um exemplo assinalável de arquitetura de espetáculo do seculo XIX, na estrutura de plateia, bancada e 13 camarotes, primitivamente separados. Construído a partir da antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos, numa prática corrente na época, originalmente denominado Teatro D. Manuel, adotou, com a República, a atual designação. Trata-se de uma homenagem à malograda atriz Ester de Carvalho, nascida em Montemor-o-Velho e falecida prematuramente em 1884 no Rio de Janeiro, no auge de uma carreira iniciada em Lisboa apenas quatro anos antes. A fachada ostenta medalhões de Garrett e do grande ator Taborda. O Teatro Ester de Carvalho foi recuperado pelo Centro de Iniciação Teatral de Montemor – CITEMOR. GUIA: Duarte Ivo Cruz e Anísio Franco HORÁRIO: 8h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em

frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Fábrica de Vale de Milhaços Ciclo de Energia a Vapor

Domingo, 08 de novembro

No segundo passeio alusivo ao Ciclo da Energia a Vapor, visita-se a Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, unidade fabril situada na freguesia de Corroios, Concelho do Seixal, hoje extensão cultural do Ecomuseu Municipal do Seixal. Oportunidade para ver a funcionar no seu local de origem e com todos os ingredientes da época de industrialização oitocentista, a única máquina a vapor ainda em atividade em Portugal.

PHILIPS apoia a Galeria do CNC


PASSEIOS DE DOMINGO Passeios de Domingo A máquina a vapor e as respetivas caldeiras ou geradores de vapor está localizada numa casa das máquinas que é, simultaneamente, a central energética de toda a unidade fabril. A casa das máquinas, isolada das restantes oficinas por razões de segurança, impôs-se como a solução adequada para a introdução da energia a vapor na indústria da pólvora em Portugal. A força motriz era transportada às diferentes oficinas do circuito da pólvora por meio de um complicado sistema de transmissões aéreas, através de cabos teledinâmicos, que as ligavam entre si, formando uma planta longitudinal, de caráter geométrico, pondo em evidência os mais modernos contributos da mecânica industrial oitocentista.

que passar pelo Porto - a cidade onde viveu boa parte da sua infância. Naquela cidade a efeméride será evocada com a organização de um “passeio” através dos lugares mais ligados à permanência de Ruben A. no Porto como sejam a emblemática rua de S. Bento da Vitória onde funcionava o liceu que Ruben frequentou; a praça de Carlos Alberto antigo local da confeitaria Oliveira, onde se deliciava com a laranjada Invicta e as bolas de Berlim; o bazar dos Três Vinténs, na rua de Cedofeita; e, naturalmente,o Campo Alegre, a viela do Salgueirinho, onde “ela” vivia e a velha casa da avó Joana. Este “passeio” vai ter como cicerone Germano Silva, jornalista e historiador do Porto que foi também amigo muito próximo de Ruben A. com quem conviveu estreitamente e com quem trocou correspondência.

GUIA: Jorge Custódio HORÁRIO: 9h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

GUIA: Anísio Franco e Germano Silva HORÁRIO: 07h15 (o comboio parte às 8h) DURAÇÃO: fim de semana LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Estação de

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa –Campo Grande, 25) | Transporte

Santa Apolónia (junto às bilheteiras) | Transporte, dormida e 3 refeições

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Sábado e domingo, 14 e 15 de novembro

Museu Nacional de Arte Antiga: Exposição “Obras-primas da Coleção Masaveu – De El Greco a Sorolla”

«Voltar ao Campo Alegre foi para mim qualquer coisa de enorme na vida, mais importante do que ir à Lua, ou andar em órbita à volta da Terra», escreveu Ruben A. em 1964, no texto introdutório à edição da sua autobiografia «O Mundo à Minha Procura I», evocando os tempos de infância passados na companhia da sua prima, Sophia de Mello Breyner Andresen, na quinta da família que agora acolhe o Jardim Botânico do Porto. As comemorações do 40º aniversário da morte de Ruben A. tinham, forçosamente,

Ao longo de cinco gerações, a família Masaveu tem demonstrado a sua paixão pela arte na suas diversas manifestações, enriquecendo o seu acervo com aquisições no mercado nacional e internacional para reunir uma coleção de arte que, para além de outros valores e particularidades, é caracterizada pelo seu apego à tradição e pelo seu espírito aberto e de continuidade. Obras de artistas de reconhecido prestígio como El Greco, Zurbarán, Goya,

Ponte Cultural Lisboa/Porto: os caminhos de Ruben A.

Quarta, 18 de novembro

Braque, Warhol, Hiepes, Antonio López ou Barceló, fazem parte da Coleção Masaveu, considerada em Espanha como uma das mais importantes exposições privadas. A iniciativa privada da Coleção Masaveu desempenhou um papel fundamental na conservação, conhecimento e recuperação do património artístico nacional, adquirindo no mercado exterior obras de prestigiosos autores para depois serem exibidas. Desde março de 2013, é gerida pela Fundação María Cristina Masaveu Peterson, uma entidade organizadora de projetos culturais que trabalha na difusão do Património Histórico Espanhol e na promoção das artes e da cultura em geral. GUIA: Anísio Franco HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Museu Nacional

de Arte Antiga - Rua das Janelas Verdes

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Museu do Aljube Sábado, 21 de novembro O Museu do Aljube está instalado na prisão política que a Ditadura Militar destinou a todos os opositores que combateram o regime ditatorial a partir de 1926 e cumpre o dever de gratidão e de memória da cidade de Lisboa e do país às vítimas da prisão e da tortura que, com sacrifício da própria vida, combateram pela Liberdade e pela Democracia. À sua vinda, o visitante pode esperar encontrar materiais e informação que evocam esse período do fascismo que mediou entre as duas guerras, mas também, e em simultâneo, um museu aberto à comunidade e à recolha de todas as memórias que possam melhorar a informação existente acumulada. Este é, portanto, um espaço para acolher todos – porque a memória é plural,

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PASSEIOS DE DOMINGO Passeios de Domingo como a vida –, e também são plurais os caminhos do futuro que desejamos renovar. GUIA: Museu (Câmara Municipal de Lisboa) HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua de Augusto Rosa, 42

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Vila Franca de Xira Domingo, 22 de novembro O edifício do Museu Municipal é um imponente exemplar da arquitetura civil setecentista, onde a autarquia promoveu profundas obras de adaptação, por forma a poder acolher os serviços de estudo e pesquisa da história e património local. O Museu do Neorrealismo foi criado em 1990 a partir da atividade de um Centro de Documentação sobre o movimento neorrealista português, tendo evoluído inicialmente em torno da área arquivística e bibliográfica. Enriqueceu e diversificou entretanto o seu património que inclui um vasto conjunto de coleções museológicas, com destaque para espólios literários e editoriais, arquivos documentais (impressos e audiovisuais), acervos iconográficos, obras de arte, bibliotecas particulares e uma biblioteca especializada na temática neorrealista. Apesar de não se conhecer ao certo quando fundada, a documentação existente sobre a Igreja da Misericórdia de Vila Franca de Xira permite situar a sua construção entre 1562/1563. Os azulejos que aí se encontram com a representação das obras de misericórdia, foram aplicados por volta de 1760, existindo anteriormente um outro conjunto, atribuído à oficina lisboeta dos Oliveira Bernardes, que teria sido destruído pelo Terramoto, subsistindo apenas os que ainda se conservam na sacristia. O conjunto edificado do Convento de Santo António da Castanheira é constituído pela igreja - onde ressalta uma magnífica capela sepulcral dos Ataíde em estilo

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renascença e túmulos maneiristas na capela-mor -, a residência dos monges com os seus claustros, construções ligadas às atividades económicas e hortas de cultivo e lazer. GUIA: Anísio Franco HORÁRIO: 09h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Ciclo Minas, Identidade e Património Mineiro: Museu e Minas do Lousal Sábado, 28 de novembro

A Mina do Lousal laborou entre 1900 e 1988, extraindo minério de pirite, cujo interesse económico se centrava na extração do enxofre para a produção de ácido sulfúrico, que por sua vez era utilizado no fabrico de adubos. Após o encerramento da mina, o Município de Grândola e a SAPEC (empresa proprietária da mina), uniram esforços e constituíram a Fundação Frédéric Velge com o objetivo principal de desenvolver um plano integrado de reabilitação social, económica, ambiental e patrimonial desta aldeia mineira, o qual intitularam de RELOUSAL. Uma das primeiras iniciativas deste plano integrado desenvolveu-se em parceria com a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial e resultou na reconversão da antiga Central Elétrica da mina, em Museu Mineiro do Lousal, inaugurado a 20 de maio 2001. A partir do ano de 2012 a dinamização e gestão do Museu Mineiro passou a ser da responsabilidade da Associação Centro Ciência Viva do Lousal. Atualmente está em curso um conjunto de iniciativas que visam promover a contínua valorização, revitalização e recuperação do Museu Mineiro do Lousal e do seu espólio documental.

GUIA: Margarida Oliveira (Museu) HORÁRIO: 09h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Ciclo Património Santa Casa: Convento S. Pedro de Alcântara Domingo, 29 de novembro

O Convento de S. Pedro de Alcântara é um dos edifícios históricos de maior relevância que integram o património artístico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foi fundado no séc. XVII por D. António Luís de Menezes, 1º marquês de Marialva e Conde de Cantanhede, para religiosos da ordem de S. Francisco. Foi a partir de 1833, que o Convento ficou afeto à Santa Casa que nele instalou o Recolhimento das Órfãs, o qual foi sustentado por vários legados. Em 1912, o legado de D. Carolina Paiva de Andrade permitiu a criação do Instituto de São Pedro de Alcântara, equipamento social que aqui funcionou até 2012. No interior do Convento, a capela destaca-se pelos ricos painéis de azulejos da época barroca, altares em talha dourada e imponentes pinturas do mesmo período. De realçar ainda os frescos do teto e a tela original de Quillard representando “A Coroação de Nossa Senhora pela Santíssima Trindade”. Na Casa do Capítulo está sepultado Manuel da Maia. GUIA: Ricardo Máximo (SCML) HORÁRIO: 15h00 DURAÇÃO: tarde LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Rua de S. Pedro de

Alcântara, 85


PASSEIOS DE DOMINGO Passeios de Domingo [15]

Ciclo Bairros Operários e Sociais: Bairro da Sacor Sábado, 05 de dezembro

O bairro da Sacor integra a última fase desenvolvida em Portugal da construção de habitações para operários. Respondendo a um programa cada vez mais ambicioso, simboliza um dos momentos mais altos da construção de um bairro ou “cidade para os operários”, da responsabilidade de uma das mais importantes indústrias criadas durante o Estado Novo – a SACOR, Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos de Portugal - inaugurada em 1940. O bairro da Sacor é, assim, um dos casos mais representativos da dimensão social das indústrias oriundas ou ampliadas durante aquele período, tanto a nível do programa proposto como da área de implantação, quer ainda pelo exigente e cuidadoso trabalho desenvolvido pelos arquitetos responsáveis pela modelação da condição de vida do Homem moderno associado à indústria. Este ano, comemoram-se os 50 anos da inauguração da segunda e última fase deste bairro (23 de julho de 1965). GUIAS: Deolinda Folgado HORÁRIO: 09h30 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em

frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa – Campo Grande, 25) | Transporte

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nobreza das obras aí expostas. Trata-se de uma Instituição sediada em Minde, que desenvolve atividades de cariz cultural assentes na preservação, caracterização e promoção dos valores da sociedade em que se insere, procurando aliar a tradição e a memória aos valores da contemporaneidade. Para nos dar a conhecer algumas das atividades que desenvolve, o Centro apresenta-nos um programa cultural integrado na Rota das Serras, Saberes e Sabores: •Visita ao Centro de interpretação da Costa de Minde •Visita ao Atelier de Tecelagem •Visita ao Museu de Aguarela Roque Gameiro •Ensino de algumas expressões em Minderico (Piação do Xarales do Ninhou) GUIA: Casa Roque Gameiro HORÁRIO: 09h00 DURAÇÃO: dia inteiro LIMITE: 45 pessoas LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos

(em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa –Campo Grande, 25) | Transporte e almoço

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Museu Gulbenkian: Exposições “Ao Gosto Inglês. A Coleção Fitzwilliam” e “Calouste S. Gulbenkian e o Gosto Inglês” Sábado, 12 de dezembro

Minde- Rota das Serras, Saberes e Sabores Domingo, 06 de dezembro

O Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro, criado em 1986, escolheu como patrono o mestre aguarelista Alfredo Roque Gameiro, na sequência do encerramento do Museu Roque Gameiro, que funcionava na velha casa de seus pais, sem as condições adequadas à

A Coleção Fitzwilliam é uma das mais importantes coleções particulares em Inglaterra. Iniciada em 1630 por Thomas Wentworth, famoso Ministro de Carlos I, encontra-se hoje em Kent, na posse de Lady Anne Juliet Fitzwilliam Tadgell. Esta coleção com mais de 50 pinturas de diferentes géneros - retrato, paisagem, natureza-morta e pintura religiosa inclui obras de artistas de renome, como Anton van Dyck, Peter Lely, Joshua

Reynolds, Thomas Lawrence, Canaletto, Simon Vouet, Claude Le Lorrain, Joseph Vernet, Hyacinthe Rigaud, Quentyn Massys, Hans Memling, Meindert Hobbema, Salomon Van Ruysdael, Jan van Goyen, Pieter de Hooch, entre outros. Calouste Sarkis Gulbenkian nasce no Império Otomano (Turquia) em 1869, mas cedo estabeleceu profundas relações com o Reino Unido, com a sua formação no King’s College e o seu casamento em Londres, cidade onde, em 1900, nasce a sua filha Rita e no mesmo ano compra uma das residências da família. Adquire nacionalidade britânica (1902) e a partir da importante praça financeira londrina promove negócios a nível global e desenvolve uma rede de contactos com negociantes e especialistas de arte, muitos dos quais serão figuras-chave no aconselhamento das suas aquisições. A exposição possibilita uma perspetiva sobre o colecionismo de Calouste Gulbenkian, através de obras que se encontram habitualmente em reserva – pinturas, esculturas, gravuras e livros –, procurando revelar um pouco mais da sua personalidade e interesses. GUIA: Museu Gulbenkian HORÁRIO: 10h00 DURAÇÃO: manhã LIMITE: 25 pessoas LOCAL DE ENCONTRO:

Museu Gulbenkian – Av. de Berna, 45-A

Números de telefone para contacto no dia dos Passeios: 965 271 877 | 969 082 566

Se se inscrever num Curso em conjunto com um Passeio beneficie de um desconto de 10% no total* * Não acumulável com o desconto sénior ou jovem já aplicado nos cursos livres

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Cursos Livres

[A]

INICIAÇÃO AO ESTUDO DA HERÁLDICA

Durante muito tempo, a Heráldica foi sistematicamente associada ao estudo das famílias, e em particular ao das famílias da nobreza, no encadeamento das suas gerações ao longo dos séculos. Contudo, a partir de meados do século XX, o saber heráldico tem vindo a ser renovado de forma significativa e rica de consequências. Em primeiro lugar, tem-se mostrado que o seu objeto de estudo é extraordinariamente variado, pois na verdade o uso de emblemas heráldicos, longe de se confinar às famílias e à nobreza, abrange uma enorme variedade de instituições e indivíduos, desde a Idade Média até à atualidade. Em segundo lugar, tem-se livrado a heráldica da sua tradicional dependência em relação a outro saber, a genealogia, abrindo-se assim novos campos de análise e de alcance, nomeadamente no âmbito da história social e das mentalidades. Destas renovações tem nascido um entendimento diferente da vetusta ciência dos brasões, e perspetivas mais amplas para o estudo destes fascinantes emblemas. O presente Curso Livre visa fornecer uma visão geral sobre a origem e a história da heráldica desde o século XII até aos nossos dias, com especial relevo para a armaria portuguesa. Partindo de uma reflexão teórica e geral, serão em seguida analisados casos concretos, de forma a mostrar

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como pode a heráldica ser usada, hoje, para um melhor entendimento dos objetos de estudo da historiografia nacional.

Módulo 2: A maturidade da Fotografia (1870-1914) – a sociedade, a ciência, a imprensa. A emergência do amador e a Kodak.

1.ª Sessão: Estudar heráldica hoje: linhas de força historiográficas para vencer ideias preconcebidas.

Módulo 3: A fotografia documental e a consciência social (1880-1945)

2.ª Sessão: A questão da origem e da disseminação da heráldica. A construção de um sistema heráldico europeu (séculos XII-XV).

Módulo 4: Modernidade, Imprensa e Arte – 1900/1930. Fotografia e as vanguardas estéticas. O período de entre guerras e as ditaduras.

3.ª Sessão: A sobrevivência da heráldica para além da sua origem medieval: as transições para a Época Moderna e para a Época Contemporânea.

Módulo 5: O pós 2ª Guerra Mundial (1945/1970) – os palcos de guerra, a fotografia social, a street photography, os mass media.

4.ª Sessão: Formação e características da heráldica medieval portuguesa (séculos XII-XIV).

Módulo 6: Cultura fotográfica e pós-modernidade (1980-2015)

5.ª Sessão: A heráldica portuguesa na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna (séculos XV-XVI). 6.ª Sessão: A heráldica portuguesa sob o Antigo Regime e na Época Contemporânea (séculos XVII-XX). 7.ª Sessão: A heráldica na sua relação com a arte e com a literatura. 8.ª Sessão: Como estudar heráldica hoje: indicações e pistas para o aprofundamento da matéria lecionada no curso. Miguel Metelo Seixas quintas-feiras; das 18h30 às 20h DURAÇÃO: 8 sessões; de 22 de outubro a 10 de dezembro COORDENAÇÃO: HORÁRIO:

PREÇOS:

Sócio = adulto: 120 € › 65 ‹ 25 anos: 96 € Não sócio = adulto: 144 € › 65 ‹ 25 anos: 115 €

[B]

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA Módulo 1: a representação da sociedade e da paisagem: retrato e viagem. A guerra

Pedro Aboim Borges quartas-feiras; das 18h30 às 20h DURAÇÃO: 6 sessões; de 28 de outubro a 2 de dezembro PREÇOS: Sócio = adulto: 90 € › 65 ‹ 25 anos: 72 € Não sócio = adulto: 108 € › 65 ‹ 25 anos: 86 € COORDENAÇÃO: HORÁRIO:

[C]

FERNANDO PESSOA E OS MUNDOS ESOTÉRICOS - TEXTOS E POEMAS Percurso pelos esoterismos de Fernando Pessoa começando pela via negativa (orientalizante) do Guardador de Rebanhos até às diversas correntes do esoterismo ocidental (via positiva) que o Poeta/filósofo percorre em grande parte da sua vida (de 20 a 35) e que encontram expressão em textos (como O Caminho da Serpente) e em poemas (como No túmulo de Christian Rosencreutz). José Manuel Anes segundas-feiras; das 18h30 às 20h DURAÇÃO: 4 sessões; de 2 a 23 de novembro PREÇOS: Sócio = adulto: 60 € › 65 ‹ 25 anos: 48 € Não sócio = adulto: 72 € › 65 ‹ 25 anos: 57 € COORDENAÇÃO: HORÁRIO:


4.º Trimestre 2015

Regras para Marcação de Passeios • As reservas podem ser feitas pelo telefone 213 466 722 das 11.00h às 13.00h e das 14.30h às 17.00h, ou pessoalmente das 17.00h às 19.00h, nos dias 8 e 9 de outubro de 2015. • A partir de 12 de outubro, os sócios poderão inscrever-se por telefone durante a semana anterior a cada passeio, no caso de haver vagas • Os passeios são atribuídos por ordem de inscrição e os pagamentos deverão ser feitos até ao dia 13 de outubro.

• Os sócios participantes nos Passeios devem sempre comparecer no local de partida com antecedência, de maneira a não pôr em causa a hora de partida e os horários estabelecidos.

Números de contacto no dia dos passeios: 965 271 877 ou 969 082 566

Caro(a) Sócio(a) O Centro Nacional de Cultura vem chamar a atenção para as regras de marcação dos passeios, designadamente no que diz respeito aos prazos de pagamento e à confirmação da participação nas atividades. Tendo em conta a logística de organização dos Passeios, designadamente os de dia inteiro e de fim de semana, em que é necessário adiantar pagamentos junto de restaurantes e hotéis, não é possível esperar até à véspera para ter confirmação de número de participantes. Assim, seremos rigorosos na aplicação da regra da confirmação do passeio apenas com o pagamento integral (no caso dos

passeios de meio dia ou de um dia) e de um sinal de 50% no ato da inscrição e o restante com 15 dias de antecedência (no caso dos passeios de fim de semana). Apenas nos passeios de meio-dia poderão ser admitidos sócios sem inscrição prévia no próprio dia do passeio, ficando sempre sujeitos à existência de vagas, sendo neste caso o pagamento da senha feito no local do passeio. Os pagamentos dos passeios poderão fazer-se no CNC, por cheque enviado por correio, por multibanco ou por transferência bancária, sendo neste caso obrigatório enviar documento comprovativo por correio ou email (info@cnc.pt)

Tabela de Preços – Passeios e Cursos PASSEIOS DE DOMINGO PASSEIO

DATA

SÓCIO

JOVEM SÓCIO

[1]

Lisboa Astrológica – de Zacuto a Pessoa

17 out

7€

7€

[2]

Ciclo Escritores: na Rota de Afonso Lopes Vieira

18 out

55 €

44 €

[3]

Museu de São Roque: Exposição “De Roma para Lisboa”

21 out

7€

7€

[4]

Ciclo Azulejos: Hospital de Sta. Marta

24 out

7€

7€

[5]

Ciclo do Pão pré-industrial: Glória do Ribatejo

25 out

65 €

52 €

[6]

Ciclo de Energia a Vapor: Estação Elevatória dos Barbadinhos

31 out

10 €

10 €

[7]

Ciclo Teatros e História: Montemor-o-Velho

07 nov

65 €

52 €

[8]

Ciclo de Energia a Vapor: Fábrica de Vale de Milhaços

[9]

Ponte Cultural Lisboa-Porto: Os Caminhos de Ruben A.

[10] [11]

08 nov

35 €

28 €

14 e15 nov

255 €

204 €

MNAA: “Obras Primas da Coleção Masaveu-de ElGreco a Sorolla

18 nov

10 €

10 €

Museu do Aljube

21 nov

7€

7€

[12]

Vila Franca de Xira

22 nov

45 €

36 €

[13]

Ciclo Minas, Identidade e Património Mineiro: Museu e Minas do Lousal

28 nov

65 €

52 €

[14]

Ciclo Património Santa Casa: Convento São Pedro de Alcântara

29 nov

7€

7€

[15]

Ciclo Bairros Operários e Sociais: Bairro da Sacor

05 dez

25 €

20 €

[16]

Minde - Rota das Serras, Saberes e Sabores

06 dez

55 €

44 €

[17]

Museu Gulbenkian: Exposições “Ao Gosto Inglês -a coleção Fitzwilliam” e “Calouste Gulbenkian e o Gosto Inglês”

12 dez

10 €

10 €

* suplemento single 25 €

CURSOS LIVRES

CURSO

N.º DE SESSÕES

ADULTO [ S | NS ]

‹ 25 OU › 65 ANOS [ S | NS ]

[A]

INICIAÇÃO AO ESTUDO DA HERÁLDICA

8

120 € | 144 €

96 € | 115 €

[B]

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

6

90 € | 108 €

72 € | 86 €

FERNANDO PESSOA E OS MUNDOS ESOTÉRICOS - TEXTOS E POEMAS

4

60 € | 72 €

48 € | 57 €

[C]

[ S ] Sócio [ NS ] Não Sócio

11


Rua António Maria Cardoso, 68 • 1249-101 LISBOA

CASO NÃO SEJA ENTREGUE AO DESTINATÁRIO É FAVOR ASSINALAR A RAZÃO COM X E DEVOLVER

❏ Desconhecido ❏ Endereço Insuficiente ❏ Ausente ❏ Falecido ❏ Não Reclamado ❏ Recusado ❏ Encerrado ❏ Mudou-se

Descobertas n.º 3, Ano VIII ­‑ Nova série DEPÓSITO LEGAL N.º: N.º REGISTO ERC:

282 473/08

125 483

PROPRIEDADE / ADMINISTRAÇÃO / REDAÇÃO: DIRETOR: DESIGN:

CNC

Guilherme d’Oliveira Martins

Atelier B2

IMPRESSÃO: Multitipo - Artes Gráficas Lda,

Rua Sebastião e Silva, 19, 2715-311 Queluz TIRAGEM DESTE N.º: PERIODICIDADE:

2.000 exemplares

3x/ano (Janeiro, Abril e Outubro)

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CNC Lisboa Rua António Maria Cardoso, n.º 68 | 1249­‑101 Lisboa TEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250 E­‑MAIL: info@cnc.pt HORÁRIO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO: 2.ªs a 6.ªs feiras das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00 CNC Porto Palacete Viscondes de Balsemão Pça. de Carlos Alberto, n.º 71 | 4050­‑157 Porto TEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250 E­‑MAIL: info.porto@cnc.pt

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O CNC gostaria de entrar em contacto consigo mais vezes. Envie­‑nos do seu e­‑mail uma mensagem para lmendes@cnc.pt com o seu nome e número de sócio para que registemos o seu endereço eletrónico, ou devolva­‑nos este boletim por correio ou fax: Nome: N.º sócio: Endereço eletrónico: Rua António Maria Cardoso, 68 – 1249­‑101 Lisboa ­‑ Fax 213 428 250


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