Opinião
centro de extensão e o carisma salesiano
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stimados(as) Leitores(as)
O UNISAL, por seus mantenedores e gestores, acredita, sinceramente, que o espaço acadêmico-universitário deve ser um sagrado espaço onde ressoe a vida em sua inteireza. Vida que, como bem sabemos, é marcada por inúmeras possibilidades e surpreendentes belezas, mas que também se apresenta vinculada a robustos conflitos e incompreensíveis desvios. Todos, em algum momento, já tivemos contato com as variadas e duras faces desses desvios e conflitos: pobreza física e moral, violência contra a mulher e a criança, dependência juvenil dos vários tipos de drogas, instigantes posturas de intolerância religiosa e racial, roubos e assassinatos, para citar alguns. É a robusta explicitação da contingência humana, como ensina Pascal ao afirmar que o “ser humano é um abismo de contradições”. O que não devemos permitir: pensar ingenuamente que tudo isso está tão distante de nós que não nos interessa..., não nos diz respeito! Ortega y Gasset afirmava que “o ser humano é ele mesmo e suas circunstâncias”. Há uma condição profunda que nos aproxima, independentemente de nosso “querer”: “todos somos humanidade”. Por isso o escritor Ernest Hemingway afirmou que quando “dobram os sinos”..., muitas vezes batidas tristonhas que anunciam a morte de alguém, não precisamos perguntar por quem eles dobram... Dizia ele: “Os sinos dobram por mim... porque alguém morreu...., esse alguém que morreu é humanidade. Eu sou humanidade! Portanto, é um pedaço de mim que morreu”. Bem antes, vinte séculos atrás, o Evangelho, Boa-nova trazida por Jesus Cristo, já nos recordou o “serviço” como expressão maior de amor-caridade! “Não vim para ser servido, mas para servir... maior é o que serve!”. Somos chamados assim a constantes exercícios de solidariedade..., chamados a acreditar na possibilidade, como queria São Francisco de Assis, de uma fraternidade universal! Como estamos numa casa salesiana de educação superior, animado, portanto, pelos valores da pedagogia de Dom Bosco, é necessário que nos transformemos, decidida e corajosamente, em pessoas (gestores, professores e alunos!) cuja reflexão e prática são profundamente aderentes à realidade sociocultural em que estamos inseridos, sensíveis e atentos aos graves problemas que envolvem a vida e as pessoas, revelando uma nova consciência antropológica, educativa, sociopolítica e espiritual. O “rosto-presença” do outro, especialmente daquele que sofre, nos interpela! E, a partir daí, como educadores salesianos, somos convocados, como Dom Bosco, a revelar um profundo prazer em partilhar com os outros o saboroso pão de nossas reflexões, nossas experiências, nossos talentos e nossas conquistas. Não é possível permitir que, também entre nós, se desenvolva uma postura tão presente em ambientes acadêmicos: a arrogância intelectual que nos conduz à tola tentação da prepotência e da soberba. Se o ambiente acadêmico-universitário se abre às instigantes aspirações humanas e se predispõe ao acolhimento dos desafios que ressoam dentro da sociedade,
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revista unisal
somente aí seremos capazes de mergulhar em restauradoras águas que nos aproximam de um espírito mais humilde, capaz de doação e serviço, distante da mediocridade e superficialidade que nos transformam em pessoas estéreis e, dessa forma, incapazes de construir processos duradouros e fecundos. Desejo, dessa maneira, salientar os processos vinculados, dentro da comunidade acadêmica “unisaliana”, à extensão e ação comunitária. Por sua natural índole de indissociabilidade com o ensino e a pesquisa, a extensão, dentro do UNISAL, permite que, institucionalmente, sintamo-nos participantes de um amplo movimento a serviço da vida, por meio de uma proposta de educação sociotransformadora, tendo como destinatários primeiros os jovens, “a porção mais preciosa da sociedade” como ensinava Dom Bosco. Dessa forma, as fortes interpelações da sociedade, com suas belezas e suas contradições, podem ser cordial e inteligentemente ouvidas, ressoando significativamente no processo de crescimento de todos os que formam a comunidade universitária. E essa responsabilidade em termos de “escuta das grandes aspirações humanas” é uma tarefa que precisa alcançar o coração e a inteligência de todos: diretores, gestores, coordenadores dos cursos, docentes e alunos. A reitoria, sobretudo a próreitora de Extensão e Ação Comunitária, articula as ações, mas precisa encontrar apoio e contar com a criatividade de todos. Nossa expectativa é que em todas as Unidades sejam criados os “centros de extensão”, capazes de articular inteligente e salesianamente as muitas ações extensionistas e os relevantes serviços que nascem dentro de “um curso” ou da interlocução entre vários cursos. Para manter-se fiel a seu grande inspirador Dom Bosco, o UNISAL deve fazer-se peregrino, aberto e caminhar até onde se encontram “as grandes aspirações humanas”. Nosso grande desejo é que o Centro de Extensão P. Carlos Leôncio da Silva, recentemente inaugurado em Lorena, e outros que nasçam nas demais Unidades, revelem, eloquente e teimosamente, o rosto de um UNISAL verdadeiramente SALESIANO, sintonizando com os desafios que marcam a vida das crianças, dos jovens, das famílias sofridas, “fazendo do humano o seu caminho”. Sejam, assim, os centros de extensão ricas expressões do carisma salesiano. Ações inteligentes, consequentes, reclamam, sem dúvida, consistente capacidade de escuta, profunda sensibilidade sócio-histórica para ouvir os apelos que nascem das urgências sentidas em nossos muitos ambientes socioculturais e, especialmente, organizada e criativa articulação das forças sociais. Que os centros de extensão “unisalianos” possam ser os impulsionadores, dentro dos cursos e nos muitos serviços que o UNISAL presta, de estruturas, atitudes e projetos capazes de apresentar, com maior transparência e competência, para a sociedade, o rosto de uma instituição que aposta decididamente na vida. Atenciosamente, Prof. Dr. P. Edson Donizetti Castilho, sdb Reitor
Expediente Centro Universitário Salesiano de São Paulo Chanceler | Pe. Marco Biaggi Reitor | Pe. Edson Donizetti Castilho Pró-Reitora Acadêmica e de Pesquisa e Pós-Graduação | Profa. Dra. Romane Fortes Santos Bernardo Pró-Reitor Administrativo | Ms. Nilson Leis Pró-Reitora de Extensão e Ação Comunitária | Regina Vazquez Del Rio Jantke Coordenadora de Comunicação e Marketing | Luciana de Almeida Palhete Xavier Unidades do UNISAL Americana (Reitoria) • Dom Bosco | Rua Dom Bosco, 100, Santa Catarina. Fone (19) 3471-9700 • Maria Auxiliadora | Av. de Cillo, 3.500, Pq. Novo Mundo. Fone (19) 3471-9700 Campinas • Liceu Salesiano | Rua Baronesa Geraldo de Rezende, 330. Fone (19) 3744-6800 • São José | Av. Almeida Garret, 267. Fone (19) 3744-3000 Lorena • São Joaquim | Rua Dom Bosco, 284. Fone (12) 3159-2033 São Paulo • Pio XI | Rua Pio XI, 1.100, Alto da Lapa. Fone (11) 3649-0200 • Santa Teresinha | Rua AugustoTolle, 575, Santana. Fone (11) 2971-6900
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sumário
GRADUAÇÃO
Jornalista responsável e editora Bete Rabello (MTB 15.735) E-mail: imprensa@lo.unisal.br Fone: (12) 3159-2033, ramal 327 Revisão Denílson Luís dos Santos Moreira Projeto Gráfico Renata Maria Monteiro Capa Natássia Kuraiem de Oliveira Produção Gráfica Sanna - Gráfica Digital E-mail: sanna_grafica_digital@hotmail.com Fone: (12) 3105-7482 Impressão Editora Salesiana E-mail: vendasgraficas@editorasalesiana.com.br Fone: (11) 3274-4900 Tiragem 6.500 www.unisal.br - 0800 77 12345 Siga o UNISAL: www.twitter.com/unisal
O UNISAL integra as IUS
Participe da Revista UNISAL enviando opiniões e sugestões de temas e de entrevistas para as próximas edições. Procure a equipe de Comunicação e Marketing de seu campus ou escreva para imprensa@ lo.unisal.br.
Engenharia em destaque
13 PÓS-GRADUAÇÃO
- Estudantes que se destacaram em 2010 são premiados
- Firmado convênio com Universidade de Sevilla
14 e 15 PESQUISA
5 SOU UNISAL
- “Tenho muito mais ganhos do que perdas”
6 e 7 ENTREVISTA
- A crise no mundo árabe
8 e 9 FATOS DOS CAMPI
- Música e História na sala de aula - Mitologia grega contribui para o progresso
16 e 17 ESTUDEI NO UNISAL
A Revista UNISAL é produzida pela Assessoria de Comunicação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Redatores Claudia Massarani, Caroline Petermann, Cássia Fossaluza, Alexandre Fico e Bete Rabello.
10 NOSSOS CURSOS
- “Aprender não ocupa espaço” garante empresário e ex-aluno do UNISAL
18 EXTENSÃO
- UNISAL recebe prêmio pelo Trote do Bem - Simpósio reúne teólogos no PIO XI
- Centro de Extensão vai articular ações comunitárias
20 MÍDIAS SOCIAIS Institucional
Alunos terão novo cartão universitário Todos os alunos e colaboradores do UNISAL passarão a utilizar uma nova carteira de identificação com as marcas da Instituição e do Santander. Os novos cartões, universitário e de identificação funcional, serão entregues no final de abril. Como os cartões anteriores, eles serão utilizados internamente para acesso à biblioteca, aos laboratórios, entre outros serviços, para obtenção de descontos em cinemas e espetáculos, e poderão ter ainda a função de cartão bancário. Em março, os alunos e colaboradores de cada Unidade do UNISAL foram fotografados especialmente para o cartão. Aqueles que não estavam presentes no período do registro fotográfico serão contatados pela Instituição. O Pró-reitor Administrativo do UNI-
SAL, Nilson Leis, explica que a partir de agora todo o UNISAL terá um único formato de cartão de identificação, o que representa mais um passo no projeto de unificação da instituição. A parceria com o Santander, acrescenta o Pró-reitor, é muito positiva, pois amplia o relacionamento entre as duas instituições. Ele afirma que “por ter grande envolvimento com instituições de ensino superior internacionais, o Santander pode propiciar maior intercâmbio dos alunos, além de apoios a projetos e programas científicos, sociais e de ação comunitária”. Há ainda a possibilidade de uso da carteira como cartão bancário e de serviços, desde que seja do interesse do usuário, explica o Pró-reitor Administrativo do UNISAL. revista unisal
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Graduação
MEC visita cursos de Americana
A Unidade Americana recebeu os avaliadores do Ministério da Educação para reconhecimento dos cursos de Engenharia Ambiental e de Psicologia, além do recadastramento de Engenharia Elétrica – modalidade Eletrônica. A visita dos avaliadores para reconhecimento de Psicologia ocorreu em 2010 e de Engenharia Ambiental,
em 2011. Os pareceres ainda serão publicados no Diário Oficial. O parecer encaminhado de Psicologia prevê nota 4 (Organização Didático-Pedagógica = 4; Corpo Docente = 5; Instalações Físicas = 4). Engenharia Ambiental também prevê nota 4 (Organização Didático-Pedagógica = 3; Corpo Docente = 4; Instalações Físicas = 4).
O reconhecimento do curso de Engenharia Elétrica foi renovado em 2011 com o parecer 3 (Organização Didático-Pedagógica = 4; Corpo Docente = 3; Instalações Físicas = 3). O curso de Engenharia de Automação também passará por processo de reconhecimento, e Controle e Moda de renovação pelo MEC.
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O UNISAL Lorena realizou na noite de 24/2, no teatro São Joaquim, a cerimônia de entrega dos diplomas dos Programas “Universitário 5 Estrelas” e “Empreendedores”. Foram homenageados os alunos que atingiram a pontuação necessária nas cinco estrelas do programa e aqueles que tiveram seus projetos de empreendedorismo selecionados, em 2010. O Diretor Operacional, Prof. Fábio José Garcia dos Reis, abriu a cerimônia explicando a importância dos dois projetos e a política do UNISAL de incentivar a criatividade e o espírito empreendedor nos alunos. A palestra da noite foi proferida por Francisco Novaes, gerente da Incubadora de Empresas do Cecompi de São José dos Campos (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), que falou sobre Empreendedorismo. A Universitária 5 Estrelas de 2007, Cristina Perotti, formada em Direito, contou que o título enriqueceu seu currículo e defendeu que os estudantes busquem constantemente a qualificação. Além dos alunos premiados e de seus familiares e amigos, participaram da cerimônia estudantes dos vários cursos do UNISAL, empresários e representantes de universidades. Receberam o diploma Universitário 5 Estrelas vinte novos profissionais que concluíram o curso no ano passado. Já o Projeto Empreendedores premiou cinco estudantes. Os três primeiros colocados recebem bolsas de estudo nos cursos de Pós-graduação. revista unisal
fotos: Bete Rabello
Lorena premia estudantes que se destacaram em 2010
Universitários 5 Estrelas: Da esq. p./ a dir., no alto, Juliano Martins, Thiago Machado, Willian Ferreira, Diogo Nazareth, Thiago Luis da Silva, Claudia Santana, Mariana Veiga, Fabio de Moraes, Alberto Barboza Neto e Cleber Marcondes. Abaixo, da esq. p./ a dir., Fernanda Lage (projeto Empreendedores), Raphaela Abrantes, Marcio Ferreira, Marcela O. Gomes, Karina Lorena, José Hélio, Fabiana Gonçalves, Tatiana de Brito, Fabiana Ferreira, Vanderlei Siqueira e o diretor do UNISAL, Fábio Reis.
Empreendedores: Da esq. p./ a dir., Thiago Machado, Juliano Martins, Fernanda Lage, Ana Alice Braga Vieira, Vanderlei Siqueira
foto: Cássia Fossaluza Ferreira
Sou UNISAL
“Tenho muito mais ganhos do que perdas”
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om 33 anos de UNISAL, sendo 32 como professora, Maria Terezinha Rondelli foi homenageada pela instituição como a professora mais antiga da Unidade de Americana. Foi uma maneira de reconhecer o trabalho desenvolvido na formação de aproximadamente mil assistentes sociais, uma profissão que requer conhecimento, habilidade e amor ao próximo, ou seja, uma formação humanizada. A carreira acadêmica de Terezinha é marcada pelo pioneirismo. Foi aluna da primeira turma do curso de Serviço Social do UNISAL, quando ainda era chamado de Instituto de Ciências Sociais de Americana. Após concluir os estudos, foi convidada pelo Pe. Júlio Combas a trabalhar como supervisora de estágio. Logo em seguida, fez especialização em Filosofia Social e começou a lecionar. Também fez a primeira defesa de mestrado da cidade de Americana no Programa de Mestrado em Educação do UNISAL, no ano de 1999. “Amo minha profissão. O sonho dos meus pais sempre foi o magistério, mas me encantei pelo Serviço Social nas conversas com os Salesianos em Americana, que frequento desde os 7 anos. Quando comecei a dar aulas, realizei o sonho deles. Toda primeira aula que dou, desde o dia 31 de março de 1979, digo que, se fosse escolher uma profissão, seria assistente social. Sempre.” Terezinha também é mãe, e sua filha Núbia, de 22 anos, trabalha com o social, como estudante de Medicina Veterinária. “Ela tem uma visão social muito grande com os animais”, completou. No UNISAL, já exerceu a função de coordenadora do curso de Serviço Social por três vezes e coordenou os cursos de Turismo e de Publicidade e Propaganda. Neste último, implantou os laboratórios de rádio e TV para o curso e coordenou a faculdade aberta à terceira idade. Em 2005-2006 recebeu a grande incumbência de ser a primeira diretora do NAIA – Núcleo de Atendimento Integrado de Americana, uma representatividade da FEBEM – Fundação Estadual do BemEstar do Menor. Terezinha atuou como assistente social em vários locais da cidade e da região. Atualmente é professora do curso de Serviço Social e faz parte do Conselho Municipal de Apoio ao NAIA, Conselho Municipal de Assistência Social, é conselheira municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e voluntária da AAMCA (Associação de Atendimento ao Menor Carente de Americana). Ainda atua voluntariamente em trabalhos de acompanhamento, assistência e recuperação de jovens e adolescentes (meninas) vítimas de violência sexual e do tráfico de drogas. “Os resultados que a gente tem é a melhor recompensa. Quando encontramos meninos e meninas que passaram por nós e hoje estão trabalhando, são pais de família e vivem bem, é simplesmente fantástico. O resgate da família que desacredita nos próprios filhos também é emocionante. Tenho muito mais ganhos do que perdas.”
Professora Maria Terezinha Rondelli
“Toda primeira aula que eu dou, desde o dia 31 de março de 1979, digo que, se fosse escolher uma profissão, seria assistente social. Sempre!”
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Entrevista
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anifestações de protesto, multidões nas ruas, gritos por liberdade, mortos e feridos. Acontecimentos como esses invadiram, com intensidade, o cotidiano da população de vários países árabes, a partir de dezembro do ano passado. Estudantes, trabalhadores, homens e mulheres ocuparam ruas e praças da Tunísia, Argélia, Egito, Iêmen, Bahrein, Líbia e Marrocos, exigindo reformas políticas. Na maioria desses países os governos são classificados como autoritários, e a insatisfação do povo com a falta de liberdade política estaria entre as principais causas da revolta. No entanto, a crise econômica que alimenta o de-
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semprego e a miséria também seria motivadora dos levantes populares. O Ocidente preocupa-se com o efeito dessa crise na economia mundial por conta do aumento do preço do petróleo, já que a região concentra a maior parte dos países produtores de petróleo. Para nos ajudar a compreender esses conflitos, a Revista UNISAL entrevistou o professor Mário José Dias, doutorando em Memória Social pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), coordenador do Curso de Filosofia e professor de História Contemporânea e História Moderna no curso de História da Unidade de Lorena.
Revista UNISAL: Professor, como entender as revoltas populares que estão ocorrendo em vários países árabes? Professor Mário Dias: Muitos analistas consideram esses movimentos como sendo uma resposta ao desejo pela busca de uma cidadania de direitos, ou seja, pela própria dignidade. A história remonta uma zona de conflito permanente entre “monarquias” e “repúblicas”. Suas fronteiras, que na maioria foram definidas, no passado, por ingleses e franceses, estabeleceram um perfil de “nacionalidade” dividida inclusive por padrões religiosos. O mundo contemporâneo, por conta até mesmo de uma “onda informatizada” que facilita um intercâmbio com o chamado mundo ocidental, apresentase como uma possibilidade de romper essas fronteiras. Podem não parecer relevantes essas divisões, no entanto elas se posicionam como uma insatisfação favorável à busca de direitos. RU: O que está levando o povo para as ruas de países como a Líbia, Tunísia, Egito, Argélia, Jordânia e Marrocos? Prof. Mário: Essa questão nos remonta ao que se está chamando de “Primavera Árabe”, ou seja, o desejo de uma busca democrática de governo. A maioria desses países tem uma origem tribal histórica que estabelece uma política de divisão entre os próprios integrantes do país. É essa a tentativa e o desafio, pois o que manteve essa estrutura foi o próprio governo, que criou, ao longo da história, uma estrutura de dependência do governo, ou seja, uma cumplicidade sustentável. Libertar-se desse “manto governamental” e buscar uma unidade nessa diversidade é o desafio que as massas revolucionárias estão tentando propor. A resposta é uma imediata saída para sustentar os regimes estabelecidos ou a alternativa
de uma mudança fundamental, desejo dos conhecidos “jovens revolucionários”. Acredita-se que essa possibilidade ainda terá que enfrentar outros desafios pós-revolução, que será de criar um regime que integre o social/econômico ao político/religioso. RU: Cada país tem sua realidade política e social, mas o que há de comum nesse cenário de revoltas? Prof. Mário: Pode-se tentar encontrar uma resposta pouco satisfatória a esta questão, pois o processo de desintegração do regime estabelecido e marcado por sua longa história de dominação gerou uma espécie de “onda revolucionária”, muito mais ordenada que outras, uma vez que há uma intenção comum em se sentir parte de uma cidadania de direitos. O processo de instabilidade econômica favorecida pela crise no sistema mundial do capital se fortalece nas chamadas zonas de fronteira de passagem e de petróleo. Esse movimento da juventude pela liberdade pode gerar a quebra dessas fronteiras e concentrar um debate mais profundo entre a autocracia e a democracia. Aliado a esse fator há também de se considerar que a maioria desses países passa por sérias crises sociais e que esbarram, naturalmente, na insensibilidade governamental: fome, miséria e desemprego. Certamente esse e outros fatores comuns a essa região aceleram os movimentos de revolta. RU: A maioria da população desses países é muçulmana. A religião está presente nessa crise? Prof. Mário: A questão religiosa sempre esteve presente nos grandes movimentos no mundo árabe. No entanto, este especificamente não foi assumido declaradamente por nenhuma dessas facções mais ou menos radicais. A característica desse movimento mais ordenado e com
uma intenção claramente política pode exigir o radicalismo islâmico ou qualquer outra facção religiosa de peso nesta região. A oposição é ao regime social e econômico e não há menção ao faccionismo religioso. A questão fica para o pósmovimento, o sucesso e o insucesso, certamente deverá levar em conta os motivos religiosos de sobrevivência e ingerência da cultura islâmica nas ações governamentais. RU: Como ocidentais, quais os cuidados que devemos ter ao acompanhar e tentar interpretar essas revoltas e o modo de vida dos habitantes desses países? Prof. Mário: Não se deve tratar esse movimento como um fator isolado ou ufanista pela democracia, há de se pensar com cautela e, ao mesmo tempo, com apreensão. O desejo de uma democracia nos moldes ocidentais está difícil de ser alcançado (e nem imaginar que este seja o modelo ideal!). As especulações no mercado já começaram a surgir, a alta do preço do petróleo pode desencadear uma nova crise econômica, a exclusão aérea pode gerar outras medidas, a agressividade diplomática... Ao mesmo tempo, deve-se possibilitar uma leitura mais aberta do mundo e de um questionamento sobre a nossa própria realidade. Há também um fator decisivo e importante: a sociedade mudou, os jovens estão reivindicando a sua herança histórica de serem protagonistas de mudanças (o que há muito tempo não se via!). Essa esperança pode nos ajudar a pensar na formação das gerações futuras e que elas consigam vencer as barreiras do individualismo social e comecem por garantir um espaço mais promissor para um futuro/presente e não viver a margem de um futuro/passado. Leia o artigo sobre esse assunto na página 12. revista unisal
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foto: Natássia Kuraiem de Oliveira
Trote cultural em Campinas
Equipe feminina no campeonato em Lorena
As Unidades do UNISAL receberam os alunos, no início das aulas, com gincanas, teatro, arrecadação de alimentos, entre outras atividades do chamado Trote do Bem. Em Americana, o Trote do Bem, que engloba a Mostra Criativa e a Gincana da Solidariedade, estimulou os alunos
Trote do Bem integra os alunos calouros a arrecadar livros infantis e juvenis para reformulação da Biblioteca da Casa de Dom Bosco, entidade mantida pelos Salesianos (www.casadedombosco.org.br). O curso vencedor da gincana foi Serviço Social, que atingiu 1.620 pontos. Ao todo foram arrecadados 3.677 livros e jogos interativos. A pontuação foi dividida pelo tamanho e conservação dos itens doados. Publicidade e Propaganda ficou em 2o lugar, com 1.170 pontos, seguido por Pedagogia com 821. Prêmio Trote Solidário O UNISAL Americana foi o vencedor do Prêmio de Cidadania “Trote Solidário” promovido pela Câmara Municipal e entregue no dia 25/3. Três instituições de ensino inscreveram seus projetos que envolvem veteranos e calouros em atividades que substituem a violência do chamado trote por ações como arrecadação de donativos. O Trote do Bem, do UNISAL, foi o escolhido. No Liceu Salesiano, em Campinas, o Grupo de Teatro acolheu os calouros com encenação, nas salas de aula, da peça “O Enfermeiro”, de Machado de Assis, adaptada especialmente para a ocasião.
Carnaval Solidário em Americana
O objetivo do UNISAL foi mostrar que oferece uma ferramenta alternativa e integradora para o aperfeiçoamento e desenvolvimento pessoal e profissional, por meio do posicionamento diante do público, com o aproveitamento da voz (oratória) e do corpo (desinibição e desenvoltura). Os interessados podem obter informações com o Prof. Luciano Lourenço, responsável pelas atividades do grupo, pelo e-mail: rtlourenco@uol. com.br A Unidade São José, também em Campinas, comemorou o sucesso dos Jogos de Integração 2011, que envolveram estudantes, técnicos, professores, educadores, monitores, funcionários e salesianos, nas atividades esportivas, musicais e culturais. Os jogos foram organizados pela Pastoral da Universidade. Na Unidade São Joaquim, em Lorena, a Pastoral, com apoio de um grupo de veteranos, organizou o Trote do Bem, que reuniu doações de alimentos e um campeonato de futebol de salão com equipes formadas por calouros de todos os cursos. Os alimentos arrecadados foram levados para Pouso Alegre, cidade do Sul de Minas Gerais atingida pelas enchentes no início do ano.
Idade Ativa promove palestra sobre sexualidade foto: Carolina Petermann
foto: Claudia Massarani
Fatos dos campi
ção
foto: Divulga
cebeu os Americana, re Casa Dia, de s do da ca re e produtos ar
alimentos
Estudantes da Unidade Maria Auxiliadora, em Americana, participaram do Carnaval Solidário idealizado por alunos de Serviço Social e realizado pelo segundo ano consecutivo. O objetivo é divertir e incentivar a solidariedade. A festa, realizada no dia 28/2, foi animada por um DJ, e, além da dança, os alunos se empenharam na arrecadação de alimentos e produtos de limpeza e higiene destinados à entidade Casa Dia.
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revista unisal
A palestra marcou a aula inaugural do Programa Idade Ativa
A Unidade Santa Teresinha, SP, realizou, dia 15/2, uma palestra sobre “Sexualidade na Maturidade” para 135 alunos e professores do Programa Idade Ativa. A palestra, que abordou questões fisiológicas, psicológicas e esclareceu muitas dúvidas, foi ministrada pela Profa. Dra. Ana Cristina Canosa, do Curso de Pós-graduação em Educação Sexual da Unidade Pio XI.
O projeto de extensão do UNISÊNIOR e o curso de Direito da Unidade Liceu Salesiano, Campinas, lançaram neste ano o projeto “Direito e Pipoca”, aberto a toda a comunidade. No dia 19/2, os cerca de 100 participantes assistiram ao filme espanhol “Mar Adentro”, de Alejandro Amenábar, lançado em 2005, e debateram sobre a temática do direito à vida e a questão da eutanásia. O debate foi coordenado pelo Prof. Marcelo Scudeler. No segundo encontro do projeto, foi exibido o filme Invictus, de Clint Eastwood, lançado em 2009, sobre Nelson Mandela. O debate sobre a igualdade e o preconceito racial foi coordenado pelo Prof. Lucas Caluri. O projeto Direito e Pipoca tem o objetivo de estimular a reflexão sobre temas atuais e ligados à vida dos participantes, para que compartilhem suas experiências e visões de mundo a partir de determinadas obras cinematográficas.
foto: Claudia Massarani
“Direito e Pipoca” provoca reflexão sobre temas polêmicos
O Prof. Marcelo Scudeler conduziu o debate do primeiro encontro
A Unidade Santa Teresinha, São Paulo, promoveu, no dia 26/1, a palestra “Projetos de Extensão no Ensino Superior” proferida pela professora Mônica Abranches, da PUC-Minas, para funcionários do UNISAL. Militante convicta e contagiante, a Prof. Mônica afirmou que a Extensão Universitária é o diferencial das Universidades Comunitárias que têm a formação integral do aluno como objetivo maior de sua existência. Na relação que se estabelece entre o alunado e a Comunidade, é possível produzir e disseminar conhecimentos que façam avançar as políticas sociais em nosso país. Durante a palestra, ela refletiu também sobre questões ligadas à elaboração de Projetos de Extensão Comunitária e procedimentos metodológicos a serem seguidos pelas Instituições ao desenvolverem projetos de Extensão. No dia 25/1, essa mesma palestra foi proferida na Unidade São José, Campinas.
foto: Carolina Petermann
Santa Teresinha realiza palestra sobre Extensão
A profa. Mônica Abranches vê a extensão como um diferencial das universidades comunitárias
Simpósio de Teologia abre comemoração do ano jubilar do Pio XI “A criação: compreender para crer”; “A criação: crer para compreender” e “A criação: Crer-compreender para cooperar-celebrar”. Entre os debatedores estavam o professor Pe. Cássio Murilo Dias da Silva, da PUC-Campinas, o Prof. Pedro Lima Vasconcellos e a Profa. Maria Ângela Vilhe- Da esq. p. a dir., Prof. Pedro Lima Vasconcellos, o na, ambos do UNISAL e da moderador do Simpósio Prof. Magno José Vilela, e o PUC-SP, o Prof. Francisco Prof. P. Cássio Murilo Dias da Silva Catão, UNISAL e Mosteiro de São Bento, o assessor da Presidência tacaram positivamente as diversas conda República e pesquisador da EMBRAtribuições por provocarem sérias ponPA, Dr. Evaristo Eduardo de Miranda, e derações a respeito do tema da teologia o Prof. Gabriel dos Santos Frade, UNIda criação e das reais consequências da SAL e Mosteiro de São Bento. discussão para o fazer teológico no exerOs participantes do Simpósio descício pastoral.
foto: Cláudio Andrade Motta
“A criação de Deus: do sofrimento à esperança” foi o tema do Simpósio de Teologia realizado pela Unidade Pio XI, São Paulo, de 23 a 25/2, reunindo alunos e professores do curso de teologia. O Simpósio foi celebrado em clima de festa devido ao início do ano jubilar do Instituto Teológico Pio XI que completou, em março, 80 anos de fundação. O Superior Geral dos Salesianos enviou de Roma uma mensagem especial por ocasião da abertura das comemorações: lembrou que a missão do Instituto é colaborar com a Igreja por meio de uma formação sólida e madura, objetivando expressar de forma competente a fé e a centralidade de Cristo para o homem de hoje. Nos três dias de simpósio, os participantes refletiram sobre as temáticas
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Nossos cursos
Engenharia:
foto: Arquivo UNISAL
mercado aquecido enfrenta falta de profissionais
Alunos no laboratório de Engenharia da Unidade São José, Campinas
A Engenharia está entre as profissões mais valorizadas no momento. O mercado de trabalho está bastante aquecido no Brasil em função do crescimento econômico do País, e fala-se até mesmo em uma possível escassez de mão de obra nos próximos anos. A engenharia divide-se em várias modalidades, como civil, mecânica, de produção, de alimentos, ambiental, entre outras. O UNISAL oferece cursos de engenharia nas Unidades de Americana e de Campinas, e agora, em função da demanda crescente por profissionais da área, incluiu a enge-
nharia também no rol de cursos oferecidos em Lorena. O estudante de engenharia deve gostar de cálculo, física, química, informática, e vai aprender também sobre economia, administração, marketing, entre outras disciplinas. Os estudos não se restringem ao período da faculdade, mas são para toda a vida. O coordenador dos cursos de Engenharia da Unidade Americana, José Eraldo Leite de Oliveira, observa que “o mercado quer um formando com boa base teórica que esteja se aperfeiçoando constantemente nas novas tecnologias”. Exige também “sólida formação ética e liderança para atuar em equipes multidisciplinares ou conduzir projetos”. Os engenheiros formados pelo UNISAL estão bem posicionados em sua área de formação e são valorizados no mercado, de acordo com o coordenador da Unidade São José, Vicente Sablón. Já o Prof. José Lourenço Júnior, de Lorena, destaca a qualidade dos cursos, que contam com “professores de reconhecida capacidade e vivência em organizações industriais e de serviços. A grande maioria é de doutores e mestres”.
Mandamentos do futuro engenheiro O livro “Engenheiro”, da Publifolha, apresenta os 10 mandamentos do futuro engenheiro com dicas interessantes. Selecionamos alguns deles. Confira. – Quem escolher a engenharia como profissão precisa gostar de estudar, pois o processo de aprendizado não termina nunca. É necessário manter-se sempre atualizado por meio da leitura constante e participação em eventos ligados à área de atuação. – Aprenda outros idiomas, de preferência o inglês. – Domine as ferramentas de informática relacionadas a sua área de atuação e familiarize-se com a internet, uma excelente fonte de pesquisas. – Habilidade de expressão oral e escrita é essencial para profissionais de todas as áreas. Portanto, procure usar corretamente a língua portuguesa. – Aprenda a trabalhar em equipe e valorize a opinião dos colegas. – Busque uma formação multidisciplinar e dê atenção a outras áreas, como economia, história, ciências sociais, direito e administração, que serão úteis para o seu trabalho. – Saiba que você também é responsável pela preservação do meio ambiente. Leve isso em consideração quando for desenvolver algum projeto. – Não tenha medo das novas ferramentas tecnológicas, domine-as.
ENGENHARIAS NO UNISAL
O UNISAL oferece as seguintes engenharias: – Ambiental: Unidade Dom Bosco, Americana; – Automação e Controle: Americana e Campinas (São José); – Produção: Lorena e Campinas; – Elétrica – Modalidade Eletrônica: Americana, – Elétrica – Modalidade Telecomunicação: Campinas; – Mecânica: Campinas. Todos os cursos têm duração de 10 semestres. Os interessados em conhecer os cursos podem entrar em contato com os coordenadores: – Em Americana, Prof. José Eraldo Leite de Oliveira (Automação e Elétrica): curso.engenharia@am.unisal.br Brigida Pimentel V. de Queiroz (Ambiental): brígida.queiroz@am.unisal.br – Em Campinas, Prof. Vicente Sablón: vsablon@sj.unisal.br – Em Lorena, Prof. José Lourenço Júnior: curso.engproducao@lo.unisal.br
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agenda
Agenda dos cursos
ABRIL 25 – Dia do Contabilista, Unidade Maria Auxiliadora, Americana – atividade do curso. 26 – III Fórum: Educação e Compromisso Social promovido pelo Serviço de Psicologia Aplicada, SPA, do curso de Psicologia de Lorena. 27 – IV Fórum Interdisciplinar da Unidade Santa Teresinha, São Paulo. 27 – Palestra do Projeto Itinerários da Filosofia, da Unidade de Lorena. Às 10 horas, no Salão do Júri. 27 – Debates sobre Temas Contemporâneos: palestra do escritor Laurentino Gomes, às 19 horas, no Teatro São Joaquim, Lorena. Inscrições no site www.unisal.br. 27 a 29 – Semana de Empreendedorismo, promovido pelo curso de Administração de Lorena. 29 – Noite de Autógrafos do livro “Lágrimas para Kalinka... E nasce mais uma estrela”, de Maria do Socorro Malta Vila Nova, ex-aluna do curso de Direito do Liceu Salesiano, Campinas. Às 19 horas, no Centro Cultural da Unidade. 28 e 29 – I Seminário de Sustentabilidade – Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira, realizado por UNISAL, Faculdade de Roseira – Faro, Oikos Agroecologia e Mosaico Mantiqueira. Abertura dia 28, às 9 horas, no Teatro São Joaquim, Lorena. Informações e inscrições no site www.valedoparaibasustentavel.com.br/
MAIO 2 e 3 – Colloquium - A vida consagrada hoje: do desencantamento à verdade. Palestrante: Profa. Dra. Margaret Eletta Guider, osf (Boston College, School of Theology and Ministry - USA). Realização: Unidade Pio XI, SP. Informações no site www.pio.unisal.br 2 a 7 – II Semana Integrada de Psicologia, Pedagogia e Serviço Social da Unidade Maria Auxiliadora, Americana. 11 a 13 – Semana Cultural das Licenciaturas da Unidade de Lorena. Palestra de abertura, dia 11, às 19 horas, com o escritor Nilbo Nogueira. Informações e inscrições no site www.unisal.br. 13 – Dia do Assistente Social, Unidade Maria Auxiliadora, Americana – atividade do curso. 16 a 20 – Semana dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, da Unidade Maria Auxiliadora, Americana. 18 – 3o Direito e Pipoca, com o filme “12 Homens e uma Sentença”. Liceu Salesiano, Campinas. 21 – 4o Superação – simulado jurídico do Curso de Direito do Liceu Salesiano, Campinas. 24 – II Mostra do Programa Ler e Escrever, do curso de Pedagogia, da Unidade Santa Teresinha, São Paulo 25 a 27 – Jornada Jurídica da Unidade Santa Teresinha, São Paulo 26 – III Fórum: Saúde Mental e Prevenção promovido pelo Serviço de Psicologia Aplicada, SPA, do curso de Psicologia de Lorena. 26 e 27 – III Maratona Interna de Programação de Computadores realizada pelo curso de Ciência da Computação da Unidade de Lorena
Com público estimado em mais de 15 mil leitores, a Revista UNISAL oferece uma oportunidade imperdível de você divulgar sua empresa, seus produtos ou serviços. Entre em contato conosco e fale com: André: marketing@lo.unisal.br, fone (12) 3159 2033 ou Giuliano: giuliano.coan@am.unisal.br, fone (19) 3471-9719. revista unisal
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Artigo foto: Arquivo pessoal
Jorge Luís Mialhe Doutor, mestre e bacharel pela USP. Pós-doutorado pela Universidade de Paris. Professor do Curso de Direito do UNISAL, Unidade Liceu Salesiano, Campinas; do Curso de Mestrado em Direito da UNIMEP e do Departamento de Educação da UNESP, campus de Rio Claro. E-mail: profmialhe@hotmail.com
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O CONFLITO LÍBIO E AS RESOLUÇÕES DO CONSELHO DE SEGURANÇA DAS NAÇÕES UNIDAS
A
partir da guerra civil iniciada na Líbia em 15 de fevereiro de 2011, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou duas Resoluções com a intenção de isolar as forças de Kaddafi e proteger os insurgentes e a população civil dos ataques das forças armadas leais ao governo, reforçadas por mercenários, absolutamente descompromissadas com as regras de Direito Humanitário estipuladas pelas Convenções de Genebra. Nascido da prática costumeira internacional, o reconhecimento de insurreição e de beligerância atribui direitos, obrigações e responsabilidades ao sujeito de Direito Internacional, tendo em vista as realidades de um conflito armado cujo resultado é duvidoso. Os insurretos são a primeira fase da rebelião interna de um Estado. O reconhecimento do status de insurretos (ou insurgentes) tem o objetivo de não reconhecer de forma prematura e irresponsável um governo rebelde. No caso de insurreição, os países podem conferir aos insurretos os direitos e deveres de um Estado, contudo, sem o reconhecimento da condição plena de sujeitos estatais. O Direito Internacional costumeiro atribuía efeitos limitados a esse tipo de reconhecimento: poderiam ser tratados como prisioneiros de guerra e seus navios não seriam considerados navios piratas. Atualmente, a prática internacional insiste mais sobre o lado humanitário do reconhecimento dos insurretos e, portanto, devem ser estendidos a eles os direitos previstos no II Protocolo da Convenção de Genebra de 1977. Da mesma forma, os insurretos devem respeitar as regras do Direito da Guerra. O exemplo mais recente de insurreto é o Conselho Nacional Líbio, reconhecido pela França em 05 de março de 2011. O Conselho manifestou-se no sentido de que irá atuar como a voz da rebelião contra o regime de Kaddafi, mas afirmou não ser um governo interino. O Conselho nomeou como líderes o militar Omar Hariri, um dos oficiais que fez parte do golpe de Kaddafi em 1969, e Ali Essawi, ex-embaixador da Líbia na
Índia, encarregado das relações exteriores do Conselho. Já os beligerantes estão no estágio posterior ao de insurreição. Quando os insurgentes conseguem controlar uma parte do território nacional e empreender uma verdadeira guerra contra as autoridades legais, poderão ter reconhecida alguma capacidade jurídica internacional de um governo local “de fato”. Os poderes da autoridade beligerante sobre a porção do território controlada por ela são similares a de um ocupante de guerra. A ordem jurídica estabelecida pela organização insurrecional é equivalente à de sujeitos de Direito Internacional e, assim, se justifica o reconhecimento da responsabilidade internacional das autoridades beligerantes até que elas assumam plenamente o governo do Estado em guerra civil. A situação de conflito pode ser reconhecida por ato unilateral de um ou mais Estados neutros, admitindo o estado de guerra entre terceiros Estados. Tal realidade é verificada na guerra civil na Líbia desde a aprovação das Resoluções 1970 e 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nesse sentido, as Resoluções 1970, de 26 de fevereiro e 1973, de 17 de março de 2011, tentaram estabelecer um marco legal mínimo para a ação diplomática e militar na Líbia, amparado no Capítulo VII da Carta das Nações Unidas. Dentre as medidas aprovadas, figuram a proteção de civis em áreas ameaçadas de ataque pelas forças de Kaddafi; o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea com o objetivo de proteger os civis e promover assistência humanitária às vítimas; a decretação do embargo de armas à Líbia; a denegação pelos Estados-membros da ONU de autorização de decolagem, aterrisagem ou sobrevoo de qualquer aeronave líbia sobre os seus territórios; o congelamento de fundos e ativos financeiros de pessoas físicas (Kad-dafi, seus filhos e alguns altos funcionários líbios) e jurídicas (Banco Central da Líbia, Banco Exterior da Líbia, Corporação Nacional de Petróleo da Líbia). Contudo, a pergunta que não quer calar é: até que ponto essa intervenção de caráter “humanitário” não estaria mascarando os reais interesses econômicos e estratégicos das potências ocidentais (controle dos suprimentos de petróleo, fornecimento de armas de fabricação ocidental aos insurgentes)? O tempo dirá.
Pós-Graduação
A Unidade Liceu Salesiano, de Campinas, onde é ministrado o curso de Direito, firmou parceria com a Universidade de Sevilla, Espanha. Uma das atividades do convênio será o I Seminário Internacional de Direito Hispano-Brasileiro, que ocorrerá entre os dias 11 e 20 de novembro, do qual poderão participar alunos da Pós e da Graduação. O convênio foi assinado durante visita do Prof. Álvaro Sánchez Bravo, da Universidade de Sevilla, ao Liceu, em fevereiro deste ano. Na ocasião, ele falou aos alunos do curso de Direito e convidados sobre Direitos Humanos e Ambiental.
foto: Claudia Massarani
UNISAL firma convênio com Universidade de Sevilla
Prof. Álvaro Sánchez Bravo em palestra na Unidade Liceu Campinas
Cerca de 300 novos alunos estão cursando a Pós-graduação na Unidade de Americana, que iniciou as aulas no dia 14/3. Entre os cursos abertos estão: MBA em Gestão de Pessoas, Gestão Financeira e Controladoria, MBA em Gerência de Projetos, Gestão Estratégica de Negócios, Gestão de Marketing e Vendas e Gestão e Engenharia da Qualidade. A Unidade São Joaquim, Lorena, abriu, em março, 15 cursos de Pósgraduação Lato Sensu nas áreas de Administração, Direito, Educação, Psicologia, Meio Ambiente e Tecnologia. No total, são quase 500 novos alunos buscando novos conhecimentos e aperfeiçoamento profissional. Neste ano, foi inaugurado o Polo de Pindamonhangaba, onde começou o curso de Direito Previdenciário. O polo está localizado na Rua São João
foto: Bete Rabello
Americana e Lorena abrem novos cursos de Pós-Graduação
O Diretor Operacional, Fábio Reis, apresentou o programa de Pós-graduação da Unidade de Lorena aos novos alunos
Bosco, 727, Santana, Pindamonhangaba-SP. Já os cursos na área de Meio Ambiente são ministrados na Faculdade de Roseira, FARO.
As aulas são quinzenais, aos sábados, das 8h30 às 18 horas, com carga horária que varia de 360 a 540 horas.
Defesa de teses no Liceu A Unidade Liceu Salesiano, de Campinas, sediou, no fim de janeiro, a defesa de teses do curso de especialização organizado pela Universidade Pablo de Olavide, da Espanha, e a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho). Os alunos são Juízes do Trabalho, provenientes de todo o Território Nacional. O Curso de Especialização em
Teoria Crítica dos Direitos Humanos: Globalização e Direitos foi direcionado e adaptado para atender ao público de juízes e juízas do trabalho que, pelo exercício de suas atividades, estão em permanente enfrentamento com a temática dos direitos humanos e com a luta pela dignidade humana. O fato de o UNISAL ter sediado
essas defesas propiciou uma aproximação da Instituição com outros centros de produção de saber científico, a valorização de seus professores que integraram bancas de qualificação e o início de relações com Universidades espanholas, que se deverá intensificar no segundo semestre, com a realização de atividades acadêmicas de alunos do UNISAL naquele país. revista unisal
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Pesquisa
Mitologia grega e sua contribuição para o progresso
Um dos livros do Prof. Eugênio Benito Júnior
O Prof. Ms. Eugênio Benito Júnior, da Unidade Americana, é engenheiro eletrônico de formação e tem a literatura como paixão, tanto que já lançou dois livros do gênero: “A Oferta de Afrodite” e “O Criador de Borboletas”. Atualmente, criou um grupo de estudos sobre Mitologia Grega, que tem muito a contribuir com o progresso científico, quando alguns fatos acabam sendo explicados com esta referência. “Assim, o estudo da Mitologia Grega nos remete ao pensamen-
to arcaico do homem e nos ajuda a compreender um pouco a evolução filosófica do ‘estar no mundo’. Os povos que viviam na península grega, desde a Idade do Bronze (cerca de 3000 a.C.), preocupavam-se em entender o mundo em que viviam. As coisas que não podiam ser compreendidas com o conhecimento eram creditadas aos deuses, com isso o mito”, explicou. O poeta português Fernando Pessoa define mito como “...o nada que é tudo / O mesmo sol que abre os céus / É um mito brilhante e mudo”. O grupo de estudos reúne profissionais de diversas áreas, pois, afinal, as referências mitológicas se estendem por várias áreas do conhecimento. A formação do grupo se iniciou a partir do livro escrito por Benito, “Oferta de Afrodite”, que fala da condição humana, representada na Mitologia Grega pela Guerra de Tróia, um embate entre mortais (nós, seres humanos) conduzidos pela vontade dos deuses imortais (que representam as forças internas em cada um de nós). O fato gerador da guerra foi a oferta de um pomo dourado pela ninfa Discórdia para a deusa mais bonita do Olimpo. Na escolha da deusa merecedora
desse prêmio, foram tão irreconciliáveis os desejos que tudo só se resolveu com uma longa guerra. Os leitores desse livro gostaram tanto da ideia que manifestaram o desejo de saber um pouco mais sobre Mitologia Grega. Com isso, veio a ideia de criar esse grupo de estudos. “Para mim, o estudo da Mitologia Grega pode ser muito útil, por exemplo, para o ensino da Engenharia, quando se procura criar o que ainda não existe e dar continuidade de uma forma engenhosa a processos já existentes. Isso se reflete no ensino de Matemática, principalmente, com a capacidade de perceber onde a abstração está falhando nos alunos e procurar metáforas que os auxiliem na construção do conhecimento. Meus alunos de Sistemas de Informação que têm que lidar com a complexidade lógica da Informática também se beneficiam disso pela possibilidade de criar metáforas que liguem os conceitos primários de Matemática às abstrações dos sistemas informatizados.” Os interessados em saber mais sobre o grupo de estudos podem entrar em contato pelo e-mail eb.j@uol.com.br.
foto: Alexandre Fico
Professora patenteia invenção
A Profa. Zaida integra o corpo docente das engenharias da Unidade São José
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A Profa. Dra. Zaida Aguila, da Unidade São José, Campinas, depositou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI – o pedido de patente pela criação de lentes oftálmicas. O depósito da patente recebeu o título “Processo de obtenção de lentes oftálmicas, lentes oftálmicas produzidas pelo referido processo e uso das mesmas”. A invenção da professora Zaida se refere ao campo da tecnologia de polímeros, mais especificamente à fabricação de lentes oftálmicas pelo processo da polimerização via radicais livres induzidas pela luz UV-vis. O trabalho abrange também o desenvolvimento de novas formulações com o intuito de fabricar lentes com custo acessível e com propriedades adequadas para produção em unidades móveis.
O
professor Davi Coura, responsável pelas disciplinas História Medieval e Antiguidade Oriental e Clássica do curso de História da Unidade de Lorena, é um apreciador da música e apaixonado por história. O que o diferencia de outros com gostos semelhantes é que Davi consegue unir música e história e utilizá-las como uma proposta pedagógica. Esse trabalho exige muita pesquisa, muito estudo, mas o resultado é sempre gratificante, garante o professor, que é Mestre em Educação pela PUC-SP e desenvolve pesquisas sobre a Educação e a Cultura no Vale do Paraíba no início do século XX. Em 2004, Davi lançou o cd “Lorena em Cantos”. Seu e-mail é davicoura@gmail.com Revista UNISAL – Como surgiu a ideia de unir música e história em suas aulas? Prof. Davi Coura – Durante minha Licenciatura em História, no UNISAL, comecei a compor músicas relacionadas com os conteúdos tratados durante as aulas. Como gosto muito de música, tentei conciliar dois prazeres: a História e a Música. Depois de formado, comecei a dar aulas e percebi que os alunos gostavam das melodias, o que tornava as aulas dinâmicas e mais lúdicas. Hoje, possuo o Projeto História é Show, no qual apresento um show de músicas de História do Brasil e Geral. Desenvolvo também o Projeto Cantarolando a História, voltado exclusivamente para as crianças do Ensino Fundamental I. RU – Como você prepara essas aulas? Elas exigem muita pesquisa e dedicação? Davi – O ato de ensinar exige responsabilidade com quem está aprendendo. A pesquisa e a leitura são fundamentais para que possamos nos atualizar constantemente. Ao preparar uma aula, procuro me colocar no lugar dos alunos. Penso sempre: se eu fosse aluno, iria achar a aula que preparei insti-
foto: Jenyfer Ramos
Ensinando história com a música
O prof. Davi durante aula no curso de História
gante, atrativa conceitual e historicamente? Isso me ajuda bastante na preparação das aulas. RU – Todos os temas da aula podem se transformar em música? Davi – Sim. O que procuro fazer é, na medida em que os conteúdos vão sendo tratados, vou tentando musicalizar esses temas. RU – Como os alunos reagem a esse método pedagógico? Davi – Os alunos do Ensino Médio gostam muito, pois ajuda no estudo das provas e no preparo para o vestibular. Alguns alunos, depois de vestibulares, comentam: Professor, acertei a questão, pois me lembrei da música do senhor!!! Quanto aos alunos do Ensino Superior, procuro relatar minha experiência de sala de aula. Mostro a forma como relaciono a música e a História. Procuro desenvolver nos alunos a capacidade criativa e inovadora, fazendo com que os futuros professores coloquem seus dons a serviço da educação. A aula torna-se
uma oficina, compartilhando experiências e instigando inovações no campo educacional. RU – Você sugere aos futuros professores adotar a sua proposta pedagógica? Davi – Não peço para que adotem minha proposta pedagógica. Procuro mostrar para os alunos que é possível fazer da sala de aula um lugar atrativo para o conhecimento. Coloco meu trabalho como uma possibilidade didática. Não são todos que tocam algum tipo de instrumento. Mostro que o desenho, a música, a pintura, o teatro, a tecnologia digital e tantas outras possibilidades podem ser utilizadas didaticamente por eles na elaboração de suas aulas. RU – Os resultados são compensadores? Davi – Com certeza. É gratificante perceber o crescimento intelectual dos alunos e a sua capacidade de expressão e compreensão. Saber que de alguma forma você contribuiu para esse progresso é muito prazeroso. revista unisal
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Estudei no UNISAL
fotos: Arquivo Pessoal
“Aprender não ocupa espaço”
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Enrique de Paula, ex-aluno do UNISAL e empresário, acredita, pratica e sugere esse lema aos futuros profissionais
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nrique de Paula foi aluno da primeira turma do curso Tecnólogo em Instrumentação e Controle do UNISAL Unidade São José, Campinas. Desde 1989, quando se formou, tem investido na carreira e não parou de estudar. Enrique conseguiu concretizar o sonho de muitos profissionais: abrir a própria empresa. E o empreendimento deu certo. Hoje ele comemora o 15o aniversário de sua empresa, a Setup. Em entrevista à Revista UNISAL, Enrique conta um pouco de sua trajetória como estudante, como empresário e de sua paixão pela área em que atua. Aos estudantes de hoje, sugere muito estudo, observação do trabalho dos mais experientes e identificação com a área escolhida. Revista UNISAL: Enrique, o que representou para você estudar no UNISAL? Enrique de Paula: Na época, tratava-se do primeiro curso de nível superior em Instrumen-
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tação e Controle, e o fato de ser noturno me permitia conciliar a carreira que já estava em curso com o aprimoramento de conhecimentos na área. RU: Quais suas lembranças do período da faculdade? Enrique: Apesar de ser o primeiro curso de uma nova faculdade que se iniciava (na época chamava-se FASTEC – Faculdade Salesiana de Tecnologia), lembro-me de que a experiência de ensino era bem fundamentada. A turma era composta por profissionais que já atuavam na área há anos e que buscavam uma graduação maior. RU: Algo foi marcante nos anos da faculdade? Enrique: Sim, o marco principal na época, quando a faculdade estava começando e, portanto, a grade curricular, o quadro de professores, a estrutura de laboratório estavam ainda sendo definidos. O curso teve seu nível
elevado pela colaboração dos alunos que ajudaram com recursos e conhecimentos adquiridos no mercado, e que vieram a definir o rumo do curso. RU: Como você escolheu essa profissão? Enrique: Iniciei minha carreira aos 14 anos de idade, no Senai, como Eletricista, depois estudei no Colégio Técnico da Unicamp (COTUCA) como técnico em eletrotécnica e, finalmente, cursei a graduação em Instrumentação e Controle. Hoje, são 31 anos de carreira com sucesso na mesma área. RU: Como chegou ao cargo que ocupa hoje? Conte um pouco da sua trajetória. Enrique: Trabalhei com manutenção industrial por 12 anos, tendo passado por empresas como 3M e BOSCH, e mais seis anos na ALTUS com desenvolvimento de software e engenharia de aplicação. Em 1996, fundei a SETUP Automação, que hoje completa 15 anos no mercado de automação industrial, tendo desenvolvido vários projetos e sistemas de controle, inovando sempre na implementação das tecnologias de ponta (ex.: sistemas de visão artificial). RU: Você fez outros cursos depois da faculdade? Quais? Enrique: Ao longo de minha carreira, nunca deixei de estudar, e todo ano estou envolvido em algum novo aprendizado, mesmo que não ligado à carreira diretamente. Acredito que um profissional não deve se limitar apenas ao cursobase de sua profissão, pois, no meu caso, por exemplo, apesar de atuar na área elétrica e de controle, o conhecimento de pneumática, hidráulica, acionamentos e até mesmo de técnicas de ótica e iluminação que adquiri nos vários cursos complementares que fiz foram de extrema importância na minha
formação profissional. De igual forma e valor, os aprendizados nas tratativas com os relacionamentos interpessoais são fundamentais, pois se eu não souber lidar com os clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros, de nada me valeria o conhecimento profissional. A integridade profissional e pessoal, portanto, é indispensável. RU: Quais os momentos mais importantes no início da carreira profissional? Enrique: Logo que me formei no 1o curso (por volta dos meus 16 anos), fui trabalhar com uma equipe de profissionais com 15 a 20 anos de carreira, com muita prática, porém sem uma formação específica. Vejo hoje que todo o conhecimento adquirido, os cursos que fiz, se não fossem somados às experiências dos que passaram por minha vida profissional, seriam de pouca valia. O que mais me marcou foi ver um garoto de 16 anos ensinando e sendo ensinado por profissionais de 40 anos numa troca sinergética de conhecimentos. RU: Quais as lições que você considera mais valiosas na sua trajetória profissional? Enrique: – Nunca se contentar apenas com o conhecimento de um único curso; – Aprender o tempo todo, incluindo o hoje, estando sempre atento às tendências e experimentando as novas tecnologias; – Ser íntegro, honesto e profissional, desenvolvendo bons relacionamentos, pois eles fazem toda diferença em seu sucesso. Uso sempre a seguinte expressão: “Aprender não ocupa espaço”. RU: Você se sente satisfeito em sua profissão? Enrique: Sim, certamente! É comum os que me cercam escutarem que sou mais que satisfeito, sou feliz com minha
profissão, pois consigo “ganhar a vida” fazendo algo que eu gosto. Quando um profissional de qualquer área gosta do que faz e aplica seus dons, ele certamente será um profissional melhor que os demais. Infelizmente, conheço várias pessoas que estão em trabalhos que não gostam, apenas por necessidades financeiras. RU: Como você vê o mercado de trabalho atualmente? Enrique: Não somente hoje, mas há anos, o mercado de automação industrial está carente de profissionais, existindo ainda muito mercado de trabalho. Haja vista a dificuldade de se encontrar profissionais para essa área. Diariamente recebo currículos de pessoas se candidatando a trabalhar conosco, mas infelizmente poucos possuem a formação profissional desejada, de forma que os que fazem um pouco a mais que os demais já se destacam. RU: Que dica você dá para os atuais estudantes? Enrique: – Não faça um curso qualquer ou de baixa qualidade, pois estará desperdiçando seu tempo e dinheiro. – Considere a faculdade como somente mais um dos importantes itens na sua formação profissional. Não pare após a faculdade. Estude sempre, busque, inove. Lembre-se: “Aprender não ocupa espaço”. – Pergunte-se constantemente o que você tem a oferecer a mais em relação aos demais profissionais da sua área, para que você possa ser destacado no mercado de trabalho. RU: Vale a pena ingressar nessa área? Enrique: Sem dúvida, vale sim, é garantia de trabalho. Porém, se você não tem vocação, facilidade na área de exatas, não gosta de pesquisar ou estar sempre estudando, procure algo que realize você profissionalmente. revista unisal
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Extensão e Ação Comunitária
Relatório apresenta trabalho social do UNISAL
O UNISAL lançou em dezembro passado o Relatório Social 2010 com o objetivo de apresentar para toda a comunidade as ações desenvolvidas pela Instituição em prol da construção e da ampliação da cidadania. O documento relata um pouco da história do Centro Universitário Salesiano de São Paulo e das IUS – Instituições Salesianas de Educa-
ção Superior –, e apresenta a visão e as ações de Responsabilidade Social do UNISAL, sustentadas por sua identidade salesiana. A Pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária, Regina Vazquez Del Rio Jantke, responsável pelo Relatório, afirma que “a existência de uma Instituição Salesiana de Ensino Superior só tem sentido mediante a
promoção e a animação dos direitos e das necessidades básicas dos jovens, principalmente dos menos favorecidos, por meio da justiça, da verdade e da formação acadêmica e social”. O Relatório Social 2010 UNISAL pode ser encontrado nas Unidades de Ensino da Instituição e no site www.unisal.br/relatoriosocial.
Integraram a mesa (da esq. p/ a dir.): Pe. Sérgio Baldin Júnior, Diretor da RESAS-SP (Rede Salesiana de Ação Social); Prof. Fábio Reis; Pe. Edson Donizetti Castilho; Pró-Reitora Regina Jantke; Pe. Eduardo Capucho, Gerente Financeiro da Unidade, e Pe. Agnaldo Soares Lima, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos
O UNISAL inaugurou no dia 11/3, na Unidade de Lorena, o Centro de Extensão Universitária e Ação Comunitária – Padre Carlos Leôncio da Silva. Esse novo espaço será um polo de planejamento articulado de ações comunitárias, reunindo diversas Instituições que trabalham em prol da juventude. A cerimônia de inauguração contou com a presença de salesianos, de repre-
sentantes de prefeituras e de instituições da região e de alunos do curso de História do UNISAL. O evento foi aberto com uma apresentação de dança por um grupo de educandas do PROVIM (Programa Vida Melhor) e depoimento de uma jovem atendida pelo programa mantido pelos salesianos. Em seu discurso, o Reitor do UNISAL, Pe. Edson Donizetti Castilho, disse esperar que o Centro de Extensão seja um lugar de articulação de uma ação pensada, planejada com e pela comunidade, e que seja “capaz de apresentar o rosto de uma instituição que aposta na vida”. Após a cerimônia de abertura, os participantes visitaram a Exposição Pe. Carlos Leôncio da Silva, organizada pelo
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Lorena debate sobre a Independência
Os livros de Laurentino Gomes estão nas listas dos mais vendidos no país
Apresentação de dança por jovens do PROVIM
Professores são premiados em Simpósio sobre Gerontologia Os professores do curso Idade Ativa da Unidade Santa Teresinha, SP, Cacilda Costa Paranhos e Claudio Dalmolin, foram premiados em 1o lugar no II Simpósio e VII Jornada Gerontológica, realizados em dezembro pelo Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes”. Eles apresentaram a experiência “Agora vivendo a vida! Com qualida-
curso de História, e acompanharam o descerramento da placa do Centro de Extensão pela Pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária Regina Jantke e pelo Diretor de Operações de Lorena, Fábio Reis.
Divulgação
fotos: Bete Rabello
Centro de Extensão vai articular ações comunitárias
de de vida”, vivenciada no curso Idade Ativa. O II Simpósio e VII Jornada Gerontológica debateram sobre a segurança e o envelhecimento, por entender que a longevidade saudável com participação só poderá ser atingida quando as pessoas envelhecerem desfrutando de segurança adequada diante de todos os riscos a que estão expostas.
O jornalista e escritor Laurentino Gomes é o convidado da Unidade de Lorena para abrir, neste ano, o Programa Debates sobre Temas Contemporâneos. No dia 27 de abril, a partir das 19 horas, o escritor vai falar à comunidade de Lorena sobre seu último livro, “1822”, que relata a história da independência do Brasil. O livro foi lançado no ano passado e é um sucesso de vendas. O mesmo aconteceu com o primeiro livro de Laurentino, “1808”, publicado em 2007, sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro. Informações e inscrições no site www.unisal.br.
Agenda cultural
VALE A PENA assistir
o contador de histórias “O Contador de Histórias” é um filme biográfico que conta a vida de Roberto Carlos Ramos, conhecido como Roberto Carlos Contador de Histórias, como é lembrado em Belo Horizonte e, agora, no mundo. O diretor do filme, Luiz Villaça, descobriu o caso quando seu filho ganhou um livro infantil de presente e, após ler a história, desenvolveu o projeto do filme premiado com o selo da Unesco (Organização das Nações Unidas). O verbo é a ferramenta do filme que traz em sua história um drama da vida real. Talvez se intitule até mesmo como uma autoajuda, partindo da premissa de que a história contada por Roberto Carlos é a mesma de milhares de brasileiros. A história é baseada nos anos 70 em Belo Horizonte, Roberto era o caçula de uma família pobre. Entregue à Febem (Fundação para o Bem-Estar do Menor) pela mãe, pessoa trabalhadora, simples e ignorante que acreditava que o filho teria um futuro melhor ali dentro. Roberto foi analfabeto até os 13 anos e transformou-se em um professor que dissemina o poder das palavras pelo mundo graças ao auxílio de uma pedagoga francesa (Margherit) que o adota em uma
tentativa de estudar o comportamento de meninos da Febem. Mas esse drama da vida real entra em conflito com a ilusão de uma mãe que se transborda em sonhos para seus filhos e que tem sua mente iludida por uma propaganda. Ela assisti na TV uma propaganda da Febem que apresenta a salvação e a dignidade para a futuro de crianças estereotipadas com o perfil do menino de rua. No filme, todo o desfecho começa com a propaganda mal interpretada e a busca de um sonho. Após esta consequência desastrosa, a trama se dá com o poder da educação em transformar o cidadão, uma maquiagem do que o Estado prometia em linhas educacionais na Febem. O encontro com a identidade do protagonista apresenta-se no reflexo do espelho, quando a pe-
dagoga o questiona sobre sua própria imagem. A parábola de Machado de Assis, O Espelho, traz complemento e poesia para o assunto. Em um trecho trata-se a identidade da seguinte maneira: “Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...”. Cássia Fossaluza Ferreira Professora da Unidade de Americana
Lançamentos
Direito & Paz O Programa de Mestrado em Direito do UNISAL publicou as duas edições de 2010 da Revista Direito & Paz, números 22 e 23. A publicação tem o objetivo de divulgar trabalhos originais da área do Direito, sobretudo dos que tratam da Ética e Meio Ambiente e Direitos Sociais e Cidadania. revista unisal
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