“A primeira condição da liberdade da arte consiste nesta não ser apenas um ofício. E claro, que na sociedade atual, se mostra necessário superar os limites da produção artística restrita à satisfação do comprador e à exaltação individual do artista..”
Breve currículo do Artista 4-5 Introdução Objetivo 6 Um pouco sobre graffiti por Tristan Manco. 7 Um pouco sobre muralismo Esclarecimento 8 Conceito do trabalho 9 Murais ja realizados 10 Proposta de abertura, bate papo - oficina Recursos Físicos 14
Breve currículo do Artista CENA7; também conhecido como Michel, é natural de São Paulo Ipiranga, mas é pelas ruas de São Bernardo do Campo no ABC paulista que desenvolveu grande parte de sua produção que teve inicio por meados do ano 2000, na época com seus 15 anos já se misturava entre as artes plásticas e a poesia; Hoje com 26 já participou de exposições em diversas cidades de São Paulo, na capital e em outros países como, EUA, Austrália e Londres. Desde 2006 trabalha com oficinas culturais com foco no jovem. . Atualmente dedicado as organizações culturais faz parte do Fórum de Hip Hop de SBC e é um dos idealizadores do Sarau do Fórum também fazendo parte do coletivo – organização POVO. E-mail: Cena7@hotmail.com Site: www.cena7.art.br Site do coletivo POVO: www.povo-povo.blogspot.com
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Oficinas Realizadas
Exposições coletivas
- Oficina: Introdução ao “o que é o Graffiti - Arte - Sociedade ?” Período: 24 de agosto de 2011 a 29 de agosto de 2012 Pinacoteca de São Bernardo do Campo / São Paulo
2012 – Feira Parte – São Paulo / SP Nano Galeria - São Bernardo do Campo – SP
- Exibição do doc. DUCONTRA – 29/03/2011 Reflexão e comentários com o artista “CENA7” – Museu Arte do Espírito Santo – Vitória / ES - Oficina: Colagem Pós-Industrial Período: 3 de julho a 14 de julho 2006 - Memorial da América Latina - São Paulo / SP - Oficina de Pintura Mural Período: 7 de Novembro a 8 de Dezembro 2006 - Memorial da América Latina São Paulo / SP
2011- Reencontro - Coletivo Galeria - São Paulo /SP Projeto ECO PAREDE - MUBE (Museu Brasileiro da Escultura) - São Paulo / SP 2009- Coletiva +Soma – Entre “Outros” – São Paulo / SP Gabriel 470/Street Art – São Paulo / SP Live Painting - Leo Burnett Publicidade - São Paulo / SP Reciclando Cidades e Conceitos - Espaço Cultural Zumbi dos PalmaresCongresso Nacional – Brasília / DF 2008- Sarambeque Maloca – Galeria Objeto Encontrado – Brasília / DF Projeto 50 anos de biblioteca – Biblioteca Monteiro Lobato - Espaço Henfil de Cultura – São Bernardo do Campo / SP Arte Urbana: “Novos Ares” - Coletivo Galeria - São Paulo / SP
Exposições coletivas internacionais 2009- Mood Swings - Carmichael Gallery of Contemporary Art – Los Angeles / EUA Small is Beautiful - Edge Art and Qaz Urban Art - London / UK
2006 - Colagem Pós-Industrial - Biblioteca Latino-Americana Victor Civita , Memorial da América Latina - São Paulo / SP
Projeto: Serie de pinturas murais 2008- Os Brasileiros – Carmichael Gallery of Contemporary Art - Los Angeles / EUA Poesia Urbana Brazil - Famous When Dead Gallery - Melbourne / AU Ginza Tropicália - Art Basel - Miami / EUA
2012 – Mural Pinacoteca – São Bernardo do Campo – SP *18x8 metros com Emol e Daniel Melim Mural BaBom – São Bernardo do Campo – SP/ mais em http:// projetobaboom.com.br/ 2011 – Mural 191 – São Bernardo do Campo – SP / mais em www.mural191.com *191 metros de muro com Daniel Melim, Ordilei Regazzo, Emol e B-47.
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Introdução Na era da modernidade onde as relações se tornam cada vez mais impessoais, numa sociedade que coloca o individualismo como meta de realização, o fazer pelo coletivo é que se torna a verdadeira Arte. Onde o outro já não mais representa o companheirismo e sim o medo, a ameaça. É chegada a hora de repensarmos soluções para que nos aproximemos novamente, para que a cultura da competição seja apenas uma passagem e não mais uma permanência. Deve-se criar novas maneiras de nos relacionarmos com a realidade que não seja apenas através das mídias já propostas; enquanto artista, enxergo o fazer artístico como um dos principais instrumentos pra que isso aconteça, é também de nosso papel, pra além da mera critica, falar através da arte como indivíduos conscientes ( em sentido de lucidez ) idealizando em nossos trabalhos a emancipação dos mesmos. Vendo e entendo que o hoje é resultado do passado; é necessário que isso fique evidente na Arte, que fique evidente em nossas posturas a noção desse entendimento, e e dentro disso que surge à necessidade de se criar espaços pros diálogos como os propostos aqui. Objetivo Realizar uma serie de pinturas murais em espaços de sociabilidade que mantenham a discussão sobre arte, juntamente promover o encontro de pessoas num momento póstumo, em formato de bate papo – oficina pra uma formação sobre a mesma.
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Um pouco sobre graffiti por Tristan Manco. “Graffiti — grafitto vem do latim e significa rabisco. O termo está ligado a uma necessidade humana básica — deixar uma marca. Na história da arte e da comunicação, estudiosos consideram os desenhos nas cavernas como as primeiras manifestações artísticas. E essas pinturas também podem ser descritas como um tipo graffiti. Não é possível saber ao certo os significados das figuras antropomórficas e traços abstratos feitos pelos homens da Antiguidade, mas nós podemos interpretá-los como formas de expressão de uma identidade. No sentido moderno, graffiti refere-se a pinturas e desenhos não autorizados. Há muitos exemplos assim ao longo da história — mensagens grafitadas foram encontradas nas ruínas de Pompéia. No século 19, os primeiros graffiti surgiram com sem-teto norteamericanos que usavam os trens ilegalmente. No entanto, a origem do movimento do graffiti moderno pode ser situada nos anos 60 por duas razões: essa foi à década das revoluções ao redor do mundo, levando as pessoas às ruas em protestos que envolviam a escrita de mensagens revolucionárias nos muros e, ainda, foi um período de degradação nas cidades norte-americanas, particularmente Nova York, cujos muros e vagões do metrô ficaram tomados por escritos um tanto agressivos. O estilo nova-iorquino de graffiti, ligado à cultura hip hop, logo atravessou fronteiras, levado por grafiteiros interessados em explorar novos cenários. A história do graffiti em Nova York, por causa de seu enorme impacto, muitas vezes faz sombra sobre todas as outras histórias no mundo. Mas, apesar disso, enquanto a escola do graffiti atrelada ao hip hop cresceu durante a década de 80, outras formas de graffiti desenvolveram-se paralelamente, como a da arte de rua (street art, - adesivos, pôsteres e até esculturas). É importante lembrar que cidades como São Paulo tem culturas de graffiti bem significativas e independentes das influências dos cenários norte-americano ou europeu. Durante os anos 80 e no início dos anos 90, São Paulo tinha uma produção de cartazes e enormes murais de rua que podia se comparar a qualquer outra produção no mundo. O Brasil também chegou à sua forma particular de escrita, a pixação. No fim dos anos 80, o estilo nova-iorquino de graffiti, seu uso em letras ou símbolos, começou a ser incorporado pelos artistas brasileiros. No início, a linguagem do hip hop foi aprendida, o estilo mais agressivo das letras foi copiado, mas logo os artistas passaram a inventar outras estéticas. Talvez por causa de sua cultura própria, os grafiteiros brasileiros atualmente combinam todas as formas de graffiti existentes e oferecem algo original dessa mistura, completamente único. “* Tristan Manco em entrevista a revista “Bravo!”.
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Mural do artista Mario Gruber em expocição permanente da estacão Sé do metro
Um pouco sobre muralismo O termo refere-se à pintura mexicana da primeira metade do século XX, de feitio realista e caráter monumental. O movimento da pintura mural no México se apóia em alguns pontos centrais. Antes de mais nada, a arte deve ter alcance social, isto é, deve ser acessível ao povo. Daí o descarte da pintura de cavalete e a opção pelos murais, de caráter decorativo e/ou comemorativo, que ocupam os lugares públicos, rompendo os círculos restritos de galerias, museus e coleções particulares. Do ponto de vista da elaboração de um repertório original, os artistas mobilizam fontes díspares: as antigas culturas maia e asteca, a arte popular e o folclore mexicano do período colonial, aliados às contribuições das modernas correntes artísticas européias, sobretudo o expressionismo alemão e as vanguardas russas. Rivera, o mais célebre deles, realiza seus painéis - de forte cunho didático, comprometidos com uma crítica vigorosa ao capitalismo e com a projeção de ideais revolucionários e socialistas – esses estão repletos de figuras e acontecimentos, em que se combinam temas modernos e motivos tradicionais. Os 27 painéis pintados como afrescos do Instituto de Artes de Detroit, entre 1932 e 1933 (A Fábrica de Detroit), sintetizam suas preocupações centrais; além de Rivera, houveram outros grandes artistas como, Jose Orozco e David Siqueiros. No Brasil, influências do muralismo mexicano podem ser sentidas na obra de Di Cavalcanti (1897 - 1976), Candido Portinari (1903 - 1962). Portinari associa a pesquisa de temas nacionais, com forte acento social e político em trabalhos como Mestiço, de 1934, Mulher com Criança, 1938 e O Lavrador de Café, em 1939. Nas décadas de 1940 e 1950, o artista realiza diversos projetos para painéis: Catequese dos Índios, 1941, para a Library of Congress [Biblioteca do Congresso] em Washington D.C., Jangada do Nordeste, 1953 e Seringueiro, 1954, encomendados pelos Diários Associados. - *trechos retirado do site do Itau Cultural.
Esclarecimento
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Reconhecendo a influencia histórica que vem de vários cantos do mundo, validando as que mais nos atingem e haja visto que, essa produção artística tem como pretensão dialogar tanto com o historia dos Graffiti como com a do Muralismo.... Pretendo trazer novos dados e ir em sentido de qual seria essa nova tendência artística tão presente nos grandes centros urbanos; se perguntando sobre: - Qual seria teu papel nesse momento em que passamos e se a mesma inda pode vir a cumprir sua função enquanto Arte?
Conceito do trabalho “...Quando a Arte se torna maior que a criação, muitas a chamam de obra, e quando a obra se torna maior que o homem, ela se chama cidade...” (Marcelo Yuka) Escolho como temática do meu trabalho nós, humanos, e o mundo que atualmente vivemos, representando de forma simbólica, as atitudes e contradicoes que privilegiam o ato de possuir, subvertendo os valores humanos de amar e conviver, assim nos fragmentando e (sobre) vivendo como determina a sociedade dissipadora de sonhos. As imagens inda também carregam forte expressão ancestral negra - indígena que se justifica pela história de coma a historia se desenvolveu. Quanto aos aspectos formais, utilizo símbolos do universo pessoal e coletivo na tentativa de universalizá-los, também, explorando a força expressiva existente nas cores.
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M mural
U R A I S Jรก realizados. 10
Mural Pinacoteca - projeto realizado no muro interior do acervo de Arte da cidade. 8x6 metros. S達o Bernardo do Campo - SP - 2012
Mural 191 - O projeto consiste na pintura de um mural de 191 metros de extensão, o espaço passou a existir após o remanejamento das antigas moradias da comunidade que se encontravam na encosta do Córrego Alvarenga, no mesmo local também está sendo construido um centro comercial e uma praça de convivência para a população local. São Bernardo do Campo - SP - 2011
Mural BaBoom - projeto feito em parceria com a banda BaBoom, ao final da pintura o trabalho foi usado na arte de teu primeiro CD + em www.projetobaboom.com.br S達o Bernardo do Campo - SP - 2012
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Proposta de abertura, bate papo - oficina Pós – termino das pinturas, agendamos uma data pra inauguração. Durante a inauguração 2 (dois) dj´s coordenando as músicas e mesas com comidas e bebidas. Bate papo - oficina Pretende num resumo falar sobre a cultura dos graffiti, em sua origem ate os tempos atuais, em paralelo fazer um traçado histórico da Arte proporcionando uma perspectiva do conhecimento social. O objetivo principal é promover o diálogo a partir da questão (O que é graffiti – arte - sociedade?) E como podemos nos utilizar dessa invenção da humanidade para discutir sobre o mundo a nossa volta. PROPOSTA DE AÇÃO Ação
Descrição
01
Reunião de Planejamento com os envolvidos
01 dia
02
Preparação do muro/painel a ser pintado (Base de latex)
01 dia
03
Produção da Pintura Mural
06 dias
04
Bate papo - Oficina – e apresentação de vídeo e bate-papo 01 ou 02 ((cine – Ideia dia
Total: 04 ações
Total: 11 dias
RECURSOS FÍSICOS Tintas, contabilizadas pelo tamanho do muro. Muro pra produção mural que tenho no mínimo 5x5 metros Espaço para projeção de slides/filme e bate papo.
Design: Chaia Dechen Griô Produções