Esporte Magazine

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PRIMEIRA EDIÇÃO Caros leitores. A revista Esporte Magazine nasceu como projeto de conclusão e trabalho final da disciplina de Design Editorial, do curso de Design Gráfico, ministrada pelo professor Luís Eduardo, na Unisociesc Joinville. Nesta edição, colocamos em prática ferramentas e teorias aprendidas em sala de aula, desde diagramação, organização de conteúdos e manipulação de fotos, inclusive em propagandas. Os softwares utilizados para desenvolver a Esporte Magazine foram: Ilustrator, InDesign e Photoshop, da Suíte Adobe. Os conteúdos apresentados foram retirados de sites como Globo Esporte, Veja, Lance, Esportelandia e Megacurioso.

Obrigado e boa leitura!

Charles Machado Design Gráfico charlesm10@hotmail.com 47 9885-04074 behance.net/charlesm108c30

CARTA AO LEITOR

Deixo meu agradecimento a vocês, leitores, ao professor Luís e a minha família que me apoiaram e ajudaram a desenvolver este projeto e a concluir mais essa etapa.

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6 - NEYMAR, GAROTO PROBLEMA Desentendimentos foram constantes ao longo da carreira.

14 - LIGA DOS CAMPEÕES

Tudo sobre a final da champions

15 - ARTILHEIROS

Os dez maiores artilheiros da história

18 - F1

Domnínio da Mercedes

22 - MMA

Flerte com a tragédia

26 - SURF

ÍNDICE

Nova ordem mundial

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ÍNDICE

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GAROTO

MATERIA 1

PROBLEMA

RELEMBRE ALGUMAS CONFUSÕES NA CARREIRA

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eymar mais uma vez foi destaque por questões que extrapolam o gramado. O craque do PSG, teve bela atuação na partida contra o Rennes, mas ganhou as manchetes ao agredir um torcedor que o ofendia, depois da derrota nos pênaltis, na final da Copa da França. “Errei, mas ninguém tem sangue de barata”, justificou o capitão da seleção brasileira.A confusão não foi um caso isolado nos 10 anos de carreira do craque, que é tratado como estrela desde a adolescência no Santos.

Só em 2019, craque detonou VAR e até agrediu torcedor em Paris. Desentendimentos do tipo foram constantes ao longo da última década. Por seu mau comportamento dentro e fora de campo, Neymar já foi chamado pelos críticos de “mimado” e até “monstro” e acumula desentendimentos com treinadores, companheiros, jornalistas e torcedores. Relembre algumas das confusões:


“ESTAMOS CRIANDO UM MONSTRO”

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RENÊ SIMÕES - 2010

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Episódio Dorival Junior/Renê Simões A primeira grande confusão da carreira de Neymar aconteceu em 2010, durante partida contra o Atlético-GO. Na ocasião, uma cobrança de pênalti negada a Neymar causou a demissão do técnico Dorival Júnior. Aos 18 anos, Neymar já era o craque do Santos e se enfureceu ao ver o treinador ordenando que Marcel cobrasse o pênalti – Neymar havia desperdiçado três das últimas seis penalidades. O jovem craque, então, ofendeu Dorival de forma escancarada. Também xingou o capitão Edu Dracena, que o repreendera por uma firula, e atirou uma garrafa plástica em um auxiliar no vestiário. Dorival, então, decidiu afastar o atleta de um clássico contra o Corinthians. A diretoria não concordou, Dorival insistiu e foi demitido por “insubordinação.” Em várias oportunidades, Neymar tratou o episódio como o maior arrependimento de sua carreira. Na ocasião, o técnico do Atlético-GO, Renê Simões destacou a falta de educação do craque e disse que “estamos criando um monstro”.

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Suspensão na Copa América

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O momento de maior destempero de Neymar pela seleção brasileira ocorreu na competição no Chile. O craque, que ostentava a faixa de capitão, jogou mal, abusou das jogadas individuais, discutiu com o árbitro chileno Enrique Osses o jogo todo e ainda foi expulso e suspenso por quatro partidas por ter se desentendido com os colombianos após a partida. O Brasil foi eliminado pelo Paraguai no jogo seguinte e Neymar disse ser perseguido pelos árbitros. “Para mim, as regras são sempre diferentes. Eles usam tudo contra mim.”


‘Textão’ após eliminação Neymar nem foi convocado para a Copa América seguinte (foi poupado para a Olimpíada), mas voltou a causar confusão ao desabafar nas redes sociais, enquanto curtia folga nos Estados Unidos com seus “parças”. Após a eliminação do Brasil pelo Peru, tentou apoiar os colegas: “Agora vai aparecer um monte de babaca pra falar m…, f…-se. Faz parte, futebol é isso. Sou brasileiro e estou fechado com vocês”, escreveu Neymar. Dias depois, pediu desculpas: “Admito sim, eu me excedi”

Campeão olímpico, quis briga com torcedor A briga em Paris não foi inédita na carreira do camisa 10. No Rio, Neymar quis confusão até de medalha de ouro no peito. O jogador, que já havia desabafado aos jornalistas – “Vocês vão ter que me engolir” –, foi até a arquibancada do Maracanã xingar torcedores que teriam exigido mais “raça” durante o jogo.

Chamou torcedor do City para a briga Também pelo Barcelona, em fevereiro de 2015, o jogador estava no banco de reservas em vitória do clube espanhol contra o Manchester City, pela Liga dos Campeões. O brasileiro foi substituído e no último lance do jogo Lionel Messi perdeu um pênalti. Um torcedor do City, comemorando o fato, provocou Neymar, o chamando de “cai-cai”. Ainda no banco, o brasileiro chamou o torcedor para a briga.

Silêncio na Rio-2016

Aniversário da irmã Ainda no Barcelona, Neymar foi suspenso por excesso de cartões em duas ocasiões próximas ao aniversário de sua irmã, Rafaella Santos, e liberado pela equipe para viajar ao Brasil e prestigiar o evento. A coincidência levantou suspeitas sobre um acordo com o clube. Sérgio Ramos, zagueiro do Real Madrid, brincou sobre o fato em entrevista à Cadena Ser, recentemente, dizendo que para o brasileiro reforçar o clube teria de abrir mão dos aniversários de Rafaella.

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Meses depois, Neymar foi o herói do inédito ouro olímpico, mas reagiu mal às críticas iniciais. Após empate em 0 a 0 com o Iraque, na primeira fase, o capitão do time declarou “guerra à imprensa” e se negou a dar entrevistas. Foi duramente criticado até pelo narrador Galvão Bueno (o que deixou Ronaldo, comentarista da Globo e dono de uma das agências que cuidava da imagem de Neymar, em saia-justa). “As milhões de pessoas que estão em casa têm direito, sim, de ouvir. O seu ídolo, o seu jogador, aquele que joga com a camisa da seleção brasileira. É feio, muito feio, não é profissional, não é ético e não é correto, sair de campo e se negar a falar”, disse Galvão. Desde então, a relação entre Neymar e a emissora passou a ser conflituosa.

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Cavani: colega ou rival

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Sete anos após a polêmica com Dorival, uma penalidade negada a Neymar voltou a causar discórdia. Em um de seus primeiros jogos pelo Paris Saint Germain, o brasileiro discutiu com o atacante Edinson Cavani para decidir quem cobraria um pênalti. O uruguaio foi o cobrador oficial do PSG nas últimas temporadas, mas, depois da discussão, perdeu a “queda de braço” para o jogador mais caro da história.

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Vaiado pela própria torcida

As ‘quedas’ na Copa

Após fazer quatro gols, Neymar saiu de campo vaiado pela própria torcida por não ter deixado o atacante Edinson Cavani cobrar pênalti que renderia ao uruguaio o posto de maior artilheiro da história do Paris Saint Germain, ultrapassando o sueco Zlatan Ibrahimovic. Neymar, então, se negou a cumprimentar a torcida junto aos companheiros e saiu de campo irritado. Nos últimos dias como jogador do Barcelona, Neymar se irritou com seu companheiro de time, Nelson Semedo, após uma disputa de bola durante um treino e abandonou o campo. Dias depois, a venda do brasileiro para o PSG foi oficializada.

O fracasso no Mundial da Rússia colocou a popularidade de Neymar no chão. O camisa 10 chegou ao torneio ainda se recuperando de lesão e teve atuação regular (dois gols e uma assistência em cinco jogos). Mas foi seu comportamento que gerou as maiores críticas. Suas quedas cinematográficas – diversas vezes causadas pela truculência dos rivais, é verdade – e seus cortes de cabelo motivaram memes que rodaram o mundo. Depois da eliminação para a Bélgica, o camisa 10 foi um dos poucos a não conceder entrevista, apesar de ser a grande referência do time. No dia seguinte, o coordenador da CBF, Edu Gaspar, defendeu o jogador das críticas.


Revolta contra o VAR Lesionado no quinto metatarso, Neymar acompanhou das arquibancadas a eliminação do PSG na Liga dos Campeões, em derrota de 3 a 1 para o Manchester United, em Paris, em 6 de março. O lance decisivo da partida aconteceu em pênalti marcado pelo (VAR) no último lance da partida, o que indignou o brasileiro. O PSG perdia por 2 a 1, mas garantia a classificação, quando o zagueiro francês Kimpembé colocou a braço na bola. Em suas redes sociais, Neymar postou imagens do lance. “Isso é uma vergonha! Ainda colocam quatro caras que não entendem de futebol para ficar olhando lance em câmera lenta. Isso não existe. Como o cara vai colocar a mão de costas? Vai para a PQP!”, desabafou o brasileiro. Por sua atitude, a Uefa abriu processo disciplinar e suspendeu o brasileiro em três partidas da Liga, que o jogador terá que cumprir no próximo ano. Neymar após a eliminação do PSG da Liga dos Campeões

Na final da Copa da França no Stade de France, em Saint-Denis, Neymar estava em campo e marcou um gol e deu uma assistência, mas o PSG sofreu empate do Rennes. Com a partida empatada por 2 a 2, a decisão foi para os pênaltis e o Rennes conquistou sua terceira Copa da França. Irritado com a derrota, Neymar se envolveu em uma briga com torcedor do Rennes, que provocava os jogadores do PSG que iam receber as medalhas de prata após derrota. O capitão da seleção brasileira parou diante de um homem que gravava um vídeo pelo celular e começou a discutir com ele. O brasileiro, então, atingiu o torcedor com um soco no rosto antes de se afastar.

Antes de deixar o estádio, Neymar ainda disparou críticas a seus colegas de elenco. Sem citar nomes, o brasileiro reclamou principalmente dos mais jovens. “Tem que ser mais homem dentro do vestiário, mais unido, todo mundo correr. O que eu vejo ali, tem muito jovem que é um pouco, não digo perdido, mas falta mais ouvidos do que a própria boca”, disse, dando a entender que não há respeito ou hierarquia no elenco. “Algum cara experiente fala e eles retrucam, o próprio treinador fala e eles retrucam. Isso não é um time que vai longe, que vai ter sorte no final. A gente sempre acaba pecando nisso”, continuou.

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Agressão na arquibancada

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DANDO A VOLTA

POR CIMA

“ESPORTE MAGAZINE escuta médico, Veja os 11 entrevistados pela empresário, jogadores, técnicos, revista: “PSG tem o direito de ser exigente com ele” entre eles, Luís Fabiano e René Jean-Pierre Bernès (empresário) Simões, para entender o que é “Ser humilde e comer grama” preciso para o atacante conquis- Amir Somoggi (consultor de marketing e gestão esportiva) tar o país”

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eymar se despediu de sua segunda temporada no PSG com 58 jogos, 51 gols e 5 títulos conquistados. No entanto, a sensação na França ainda é de que o brasileiro não é unanimidade. Tanto que a missão de conquistar o país é capa da revista “France Football”, uma das publicações esportivas mais importantes do mundo com a seguinte manchete: “11 dicas para crescer”. A reportagem ouviu diferentes personalidades do futebol, não apenas franceses. Ex-jogador, jogador, técnico, empresário, médico, torcedor... diferentes setores do futebol estiveram representados e deram a sua palavra para o camisa 10 do PSG. Entre eles, três brasileiros: o consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, o atacante Luís Fabiano e o ex-técnico René Simões, responsável por um dos episódios mais marcantes do início da carreira de Neymar.

“Envolver os jogadores experientes para protegê-lo” Djorkaeff (campeão do mundo em 1998)

“Ele deve tornar-se invisível fora de campo” Luis Fabiano (atacante brasileiro) “Reforçar os músculos do tornozelo” Jean-Marcel Ferret (ex-médico da seleção francesa) “Por que não trabalhar com um árbitro?” Tony Chapron (ex-árbitro francês) “Se abra um pouco mais” Laurent Perrin (setorista do PSG no jornal “Le Parisien”) “Quebre o ego” Frank Tapiro (publicitário francês) “Dê sentido à sua vida” Denis Troch (ex-jogador e técnico e fundador de uma empresa de coaching esportivo) “Seja mais amigável com os torcedores” Roméo (torcedor do PSG) “O PSG tem que mostrar quem é o chefe” René Simões (técnico brasileiro)


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Liverpool

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é hexa da Champions

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Europa é vermelha. O Liverpool venceu o Tottenham por 2 a 0, neste sábado no Estádio Metropolitano, em Madri, e conquistou a Liga dos Campeões pela sexta vez em sua história. Passou a ser o terceiro clube com mais títulos da competição, atrás apenas de Real Madrid e Milan.

Num duelo britânico, o Liverpool mostrou que é a camisa mais pesada da Terra da Rainha. Foi o sexto título da Liga dos Campeões dos Reds - quase a metade dos títulos ingleses na competição continental (13). De quebra, passou a ser o terceiro clube com mais títulos de Champions, atrás apenas de Real Madrid (13) e Milan (7).

SALAH E ALISSON ESPANTAM FANTASMAS DE 2018, CURAM FERIDAS DO VICE-CAMPEONATO DIANTE DO REAL COM ATUAÇÃO IMPECÁVEL CONTRA O TOTTENHAM EM MADRI. EGÍPCIO, QUE SAIU LESIONADO HÁ UM ANO, ABRE O PLACAR, E GOLEIRO GARANTE LÁ ATRÁS ATÉ ORIGI DECIDIR NOS MINUTOS FINAIS

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s fantasmas daquela final em Kiev há um ano foram exorcizados neste sábado. Salah, aquele que poderia ter sido herói em 2018 e saiu lesionado precocemente, abriu o placar de pênalti. Alisson, o responsável por assumir a problemática meta dos Reds, resolveu quando mais foi preciso. Com atuação decisiva da dupla, o Liverpool venceu um valente Tottenham por 2 a 0 em Madri - Origi deixou o banco para sacramentar o título nos minutos finais - e conquistou sua sexta Liga dos Campeões. É possível resumir a etapa inicial com o relato dos dois primeiros minutos. Aos 23 segundos, Mané cruzou, e a bola bateu no peito de Sissoko até escorregar pelo braço. O árbitro marcou pênalti, e o VAR confirmou. Salah, então, assumiu a responsabilidade pela cobrança e soltou uma bomba que Lloris quase pegou. Daí até o intervalo, o Tottenham teve a bola, mas não ameaçou, e os Reds saíram para o vestiário com uma vantagem apertada e relativamente justa.

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REDS VENCEM O TOTTENHAM EM MADRI E VOLTAM A LEVANTAR A ORELHUDA 14 ANOS DEPOIS

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Alisson vibra com título e diz: “Tem coisa maior por vir”

GOLEIRO BRASILEIRO TEM GRANDE ATUAÇÃO EM VITÓRIA

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e Jürgen Klopp a LeBron James. A grande atuação de Alisson na vitória por 2 a 0 do Liverpool sobre o Tottenham rendeu elogios de todas as partes. E coroou a temporada do brasileiro, em seu primeiro ano no time. Ele fez a diferença para os Reds em Madri. Foram oito defesas, das quais três são consideradas difíceis. Todas na segunda etapa. Em êxtase com a performance, o brasileiro dividiu a conquista com os companheiros e prometeu: quer mais conquistas pelo time inglês.

–A gente sempre dá o melhor. Fui feliz de 16 ter feito boa partida. Importante para mim

é ter vencido, é isso aqui (a medalha). Eles (companheiros) merecem demais. Equipe incrível. Merecedora e batalhadora. Temos que continuar assim – declarou Alisson, em entrevista ao canal “Esporte Interativo”. Dida, com o Milan em 2003, Júlio César, com a Inter de Milão em 2010, e agora Alisson, com o Liverpool, em 2019. Os três são os únicos goleiros brasileiros campeões da Liga dos Campeões. Todos com um detalhe em comum: passaram pela decisão sem levar gols. São um dos seis neste século que atingiram tal feito.


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HISTÓRIA DO FUTEBOL


SEGREDO MAIOR DA MERCEDES:

CONSTÂNCIA EM ALTO NÍVEL Equipe alemã obtém 130 dos 132 pontos possíveis nas três primeiras corridas da temporada, Ferrari alterna boas e más performances

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que dizer de uma equipe que nas três primeiras etapas do campeonato não apenas venceu como seus pilotos ficaram sempre em primeiro e segundo lugar? Dos 132 pontos possíveis de serem conquistados nas etapas da Austrália, do Barein e da China, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, da Mercedes, obtiveram 130, com a terceira dobradinha neste domingo em Xangai, no milésimo GP da história de 70 anos da F1. A exceção foi o ponto extra dado ao piloto da melhor volta no Barein, dia 31, registrada por Charles Leclerc, da Ferrari, e na terceira prova do ano, neste domingo, por Pierre Gasly, da RBR-Honda.

FÓRMULA 1

Essa realidade faz com que a Mercedes comece a se impor do campeonato de maneira semelhante a como fez na temporada

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de 2014, a primeira da era da tecnologia híbrida, em que venceu nove das dez primeiras corridas e foi segundo na outra, em Montreal, no Canadá. A diferença é que naquele ano os adversários estavam em estágio bem inferior de preparação para a nova, complexa e cara realidade técnica da F1. Agora, cinco anos mais tarde, a Ferrari demonstrou nos testes de inverno e na etapa do Barein dispor de carro para poder enfrentar a escuderia de Hamilton e Bottas, mas enquanto somou nos três eventos 73 pontos, a Mercedes já tem, como mencionado, 130. Isso mostra que mesmo quando a concorrência consegue chegar perto, o grupo liderado por Toto Wolff na área gerencial e James Allison, tem a enorme capacidade de encontrar maneiras de seguir dominando a F1.


- Essa vitória tem sabor especial por ter sido obtida depois de um difícil início de fim de semana para mim. Conseguimos reverter uma situação que parecia desfavorável.

Resolve todos os problemas

FÓRMULA 1

O diretor da Mercedes confirmou o que disse Hamilton. Enquanto Bottas falou o tempo todo estar contente com o comportamento do W10, Hamilton na sexta-feira dizia não ter o carro na mão. Foi apenas o acerto de última hora que o melhorou para a classificação. Hamilton lembrou esse aspecto do trabalho da Mercedes no fim de semana. JUNHO - 2019

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UFC flertou com a tragédia

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s detratores do MMA enchem a boca para falar sobre a contundência dos golpes que podem gerar consequências irreversíveis aos atletas. E ano após ano, o esporte vem adequando suas regras, visando à integridade dos lutadores. Mas no último sábado, na luta principal do UFC 237, no Rio de Janeiro, o esporte flertou com uma tragédia. Jessica Bate-Estaca aplicou o golpe que lhe dá o apelido na americana Rose Namajumas e conseguiu o nocaute que lhe deu o cinturão peso palha. O que é um bate-estaca? A brasileira agarrou a rival pela perna, a levantou sobre a cabeça e a arremessou com a nuca no chão, provocando uma torção assustadora em Rose, que ficou desacordada na hora, assustando a todos. Até mesmo Jessica, como podemos ver na fala abaixo:

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“A gente treina para chegar ali, fazer uma boa luta e todo mundo sair bem. No momento não tinha visto o que tinha acontecido. Eu vi que ela tinha caído e desmaiado, mas não tinha entendido a proporção do que tinha feito. Logo em seguida quando percebi, fiquei preocupada, mas depois ela acordou, vi que não matei ela e ela estava viva (risos). Mas no começo fiquei bem preocupada”

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Com quase 10 anos acompanhando MMA, admito que esse foi um dos golpes mais assustadores e brutais que já vi. Temi pelo pior ao ver a forma como Namajunas caiu e ficou desmaiada. Em frações de segundo passou pela minha cabeça desde uma tetraplegia até a morte da americana. Mas poucos minutos depois ela estava em pé, para alívio de todos. O golpe de Jessica não é ilegal, mas deveria ser coibido. Se não se pode dar socos na nuca do adversário, não faz sentido ser liberado que alguém seja arremessado dessa forma. Talvez o nocaute da brasileira possa ser usado como ponto de partida para mais essa adequação da regra para que algo irreversível não aconteça dentro do octógono no futuro.

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Achei que Namajumas, ao se ver erguida, apostou demais na kimura. Antes da lutas uma das recomendações é “protejam-se o tempo todo.” Foi preocupante.

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Nova ordem mundial no surfe Brasil domina o Circuito em 2018 e vence 9 de 11 etapas. Gabriel Medina, Filipe Toledo, William Cardoso e Italo Ferreira venceram praticamente todas as etapas; nos últimos cinco anos, Brasil ficou com três títulos, com Medina e Mineirinho.

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surfe vive uma nova era mundial. E ela é brasileira. O bicampeonato de Gabriel Medina, após a conquista da etapa de Pipeline, no Havaí, reforça um cenário cada vez mais verde e amarelo. Dos últimos cinco títulos mundiais, o Brasil venceu três - dois com Medina e um com Mineirinho. E das 11 etapas da temporada 2018, os brasileiros venceram nove (81,8%), um completo domínio em relação aos tradicionais rivais, os americanos, havaianos e australianos. A primeira conquista brasileira no ano veio em Bells Beach, na Austrália, com Italo Ferreira. Em seguida, Filipe Toledo venceu

a etapa do Rio de Janeiro. Na sequência, Italo voltou a triunfar, desta vez em Bali, na Indonésia. O domínio seguiu com William Cardoso sendo campeão em Uluwatu, etapa que completou a decisão de Margaret River, paralisada por conta dos ataques de tubarão. Na África do Sul, Filipinho voltou a vencer em Jeffreys Bay. Depois, Medina foi campeão no Taiti e na Califórnia, na piscina artificial do Surf Ranch. Italo Ferreira triunfou em Portugal. E agora Medina venceu de novo em Pipeline. Apenas Julian Wilson atrapalhou os brasileiros, com vitórias nas etapas de Gold Coast e na França.


Em Pipeline, caiu nas quartas de final, mas no geral foi o surfista que mais pontuou. A boa fase não acontece apenas no CT - a divisão de elite do surfe mundial. O Brasil também vai muito bem no QS, divisão de acesso, e foi campeão júnior de surfe com Mateus Herdy, em Taiwan. O país tem quatro surfistas entre os 13 primeiros do ranking de acesso à elite: Peterson Crisanto, Jesse Mendes, Deivid Silva e Jadson André..

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Voltando aos títulos, Gabriel Medina foi campeão em 2014, quando o Brasil foi pela primeira vez dono do mundo. Em 2015, o ítulo foi de Adriano de Souza, o Mineirinho, fazendo o Brasil bicampeão. Em 2016 e 2017, John John Florence, do Havaí, foi o campeão, mas sempre com um brasileiro na cola. Em 2016 e 2017 Gabriel foi terceiro colocado e vice-campeão no ano passado. Para completar a festa brasileira, Jesse Mendes garantiu o título da Tríplice Coroa Havaiana, disputa que envolve três etapas (duas do QS e uma do CT). Ele foi quinto colocado no Hawaiian Pro e depois conseguiu um segundo lugar no Sunset Pro.

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