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mercado público trabalho de conclusão de curso de Arquitetura e Urbanismo, reformulação do espaço urbano.
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S Indaiatuba, 2020
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“A qualidade do que você escolhe comer afeta absolutamente tudo, de dentro para fora: seus pensamentos, sua sensibilidade, o funcionamento dos órgãos, a capacidade de estar imune às doenças e de prosperar fisicamente. Mas também afeta o mundo: comida sustentável protege a natureza e desenvolve seus recursos.” (PASSOS; Flávio, 2017, Revista VICE Brasil)
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“OS QUE LUTAM Há aqueles que lutam um dia, e por isso são bons; Há aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito bons; Há aqueles que lutam anos, e são melhores ainda; Porém há aqueles que lutam toda a vida, esses são imprescindíveis.” Bertolt Bretch
Dedico esse trabalho aos meus avós, que entregaram sua vida ao trabalho no campo e me mostraram o valor da atividade agrícola, e ao meu pai, que vivência diariamente a função de “carregar e descarregar” alimentos.
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AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar ao meu esposo, Ígor, pelo apoio incondicional, paciência e incentivo nessa longa jornada. À minha orientadora Iara Fioravanti Sampaio, por acreditar em meu trabalho e me guiar pacientemente nessa última etapa da formação, compartilhando seus conhecimentos com generosidade, possibilitando assim a concretização do presente projeto A todos os professores que contribuíram de forma contundente no meu aprendizado, especialmente a Fernanda Marafon que transmitiu todo seu conhecimento e amor pela arquitetura em suas aulas de projeto e possibilitou o descobrimento da minha linguagem arquitetônica, e ao professor Rodrigo Argenton Freire que, com suas aulas, fez despertar o interesse e vontade de me aprofundar cada vez mais no tema urbanismo. Às minhas amigas que me acompanharam durante esses cinco anos, sendo fundamentais para a minha formação profissional e pessoal, especialmente a Karine Reis pelo apoio e ajuda em todo o processo. Muito obrigada.
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RESUMO
O trabalho de conclusao de curso em questao consiste no desenvolvimento de um mercado publico localizado em Indaiatuba- SP. o Mercado Público Raízes, busca trazer questões como a cultura do exagero x minimalismo, e a reformulação do espaço público através do projeto arquitetônico.
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ABSTRACT
The course conclusion work in question consists of the development of a public market located in Indaiatuba-SP. the Roots Public Market, seeks to bring issues such as the culture of exaggeration x minimalism, and the reformulation of public space through architectural design.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Mercado Municipal de São Paulo, Fonte: Acervo do ator...........................................................................................20 Figura 02:.Vó Beatriz, Fonte: Acervo do autor ......................................................................................................................................22 Figura 03:Ágora romana de Tiro,Fonte: História das artes...............................................................................................................26 Figura 04 : Mercado Municipal de SP(Fonte: Mercado municipal SP)........................................................................................ 27 Figura 05 : Praça Medieval(Fonte: Vargas,2001)...................................................................................................................................27 Figura 06: Mercado Municipal de São Paulo, Fonte: Qual Viagem............................................................................................. 29 Figura 07: Storyling(Fonte: Elaborado pela autora).............................................................................................................................32 Figura 08: Mapa macro(Fonte: Elaborado pela autora).................................................................................................................. 35 Figura 09: Localização das imagens(Fonte: Elaborado pela autora)........................................................................................ 36 Figura 10:Fotos do local(Fonte: Acervo da autora)............................................................................................................................. 37 Figura 11: Topografia insolação e ventos(Fonte: Elaborado autora)........................................................................................... 38 Figura 12:Zoneamento, extraído de Prefeitura Municipal de Indaiatuba. Disponível em:<https://www.indaiatuba. sp.gov.br/engenharia/mapas/tematicos/>. Acesso em: 20 fev.2020(Fonte: Elaborado autora)...................................41 Figura 13: Gabarito(Fonte: Elaborado autora).......................................................................................................................................43 Figura 14:. Skyline(Fonte: Elaborado autora).........................................................................................................................................45 Figura 15:Sócio-economico, extraído de Geoseade.Disponível em: <https://portalgeo.seade.gov.br/i3geo/interface/osm.htm>. Acesso em: 32 mar. 2020(Fonte: Elaborado autora).........................................................................................48 Figura 16 : Fluxos (Fonte: Elaborado autora)..........................................................................................................................................50 Figura 17 : Fluxos (Fonte: Elaborado autora)..............................................................................................................................................52 Figura 18: Transporte público,extraído de Prefeitura Municipal de IndaiatubaDisponível em: <http://cdfindaiatubaurbano.auttran.com/cdf/finderidt.php>. Acesso em: 17 abr. 2020 Fluxos (Fonte: Elaborado autora)....................54 Figura 19: Equipamentos públicos e privados (Fonte: Elaborado autora) ...............................................................................57 Figura 20: Gabarito(Fonte: Elaborado autora)..................................................................................................................................... 60 Figura 21: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)...................................................................................................... 62 Figura 22:Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)....................................................................................................................... 62 Figura 23: Mercado Municipal de Alimentose Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)................ 62 Figura 24: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily).......................................................................................................................63 Figura 25:Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)........................................................................................................................64 Figura 26: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)......................................................................................................................64 Figura 27:Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily) .....................................................................................................................65
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Figura 28: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)........................................................................................................................................66 Figura 29:Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily).........................................................................................................................67 Figura 30: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)........................................................................................................................68 Figura 31 : Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)........................................................................................................................69 Figura 32 : Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)........................................................................................................................71 Figura 33 : Mercado Municipal de Alimentose Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)..................................72 Figura 35 : Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)................................74 Figura 36 : Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily) ...............................75 Figura 37 : Dimensão humana (Fonte: elabotado pela autora)......................................................................................................................82 Figura 38 : Diagrama de bolhas (Fonte: elabotado pela autora)...................................................................................................................84 Figura 39 : fruxograma(Fonte: elabotado pela autora).......................................................................................................................................86 Figura 40 : croqui (Fonte: elabotado pela autora)................................................................................................................................................89 Figura 41: fachada Raízes(Fonte: elabotado pela autora)..................................................................................................................................91 Figura 42 : Laje gralha de viga (Fonte: elabotado pela autora).......................................................................................................................93 Figura 43 : Modulação A (Fonte: elabotado pela autora)..................................................................................................................................94 Figura 44: Modulação b (Fonte: elabotado pela autora).................................................................................................................................. 97 Figura 45: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)...................................................................................................................... 98 Figura 46:Modulação c (Fonte: elabotado pela autora)................................................................................................................................... 99 Figura 47: croquis (Fonte: elabotado pela autora).............................................................................................................................................. 101 Figura 48: planta explodida (Fonte: elabotado pela autora)...........................................................................................................................103 Figura 49:tabela de quantidade de barracas de acordo com o produto (Fonte: elabotado pela autora) .............................104 Figura 50 : croquis (Fonte: elabotado pela autora).............................................................................................................................................105 Figura 51:App Raizão (Fonte: elabotado pela autora)........................................................................................................................................109 Figura 52: insolação(Fonte: elabotado pela autora)...........................................................................................................................................110 Figura 53:repouso do projeto na topografia (Fonte: elabotado pela autora)............................................................................................111 Figura 54: croqui(Fonte: elaborado pela autora)..................................................................................................................................................112 Figura 55:croqui (Fonte: elaborado pela autora)................................................................................................................................................... 11 Figura 56:implantação (Fonte: elaborado pela autora)................................................................................................................................... 113 Figura 57:planta nivel 0,00 (Fonte: elaborado pela autora)............................................................................................................................ 115
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Figura 58 :planta nivel -3,20 (Fonte: elaborado pela autora) ........................................................................................................................ 117 Figura 59 :planta nivel -6,40 (Fonte: elaborado pela autora) ....................................................................................................................... 119 Figura 60:planta nivel -9,30 (Fonte: elaborado pela autora ........................................................................................................................... 121 Figura 61:planta nivel + 3,20 (Fonte: elaborado pela autora)........................................................................................................................ 123 Figura 62 :planta nivel + 6,40 (Fonte: elaborado pela autora) ...................................................................................................................... 125 Figura 63 :corte aa (Fonte: elaborado pela autora) ........................................................................................................................................... 127 Figura 64 : corte bb (Fonte: elaborado pela autora) ......................................................................................................................................... 129 Figura 65: fachada lateral (Fonte: elaborado pela autora) ............................................................................................................................. 131 Figura 66: fachada frontal (Fonte: elaborado pela autora) ............................................................................................................................ 132 Figura 67:fachada frontal (Fonte: elaborado pela autora).............................................................................................................................. 133 Figura 68 detalhamento módulo I (Fonte: elaborado pela autora)............................................................................................................. 135 Figura 69: detalhamento módulo II (Fonte: elaborado pela autora) .......................................................................................................... 137 Figura 70: 3d deck (Fonte: elaborado pela autora)............................................................................................................................................. 138 Figura 71 :3d térreo livre(Fonte: elaborado pela autora)................................................................................................................................... 139 Figura 71: 3d mercado (Fonte: elaborado pela autora) .........................................................................................................................................................140 Figura 72 : 3d restaurante(Fonte: elaborado pela autora).................................................................................................................................141 Figura 73: 3d deck(Fonte: elaborado pela autora)................................................................................................................................................142 Figura 74: 3d deck(Fonte: elaborado pela autora).............................................................................................................................................. 143
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APRESENTAÇÃO
O projeto aborda temas como o excesso de desperdício, a importância da alimentação e sua função com a sociedade e agricultura familiar. O processo projetual que tem como produto final o Mercado Público Raízes, que busca trazer questões como a cultura do exagero x minimalismo, e a reformulação do espaço público através do projeto, auxiliado por meio de referências e diretrizes.
A economia consumista tem de se basear no excesso e no desperdício.
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INTRODUÇÃO
A temática do excesso e desperdício é um assunto atemporal e vem se tornando mais robustos a medida que os anos passam. Zygmunt bauman (2008), sociólogo polonês, dizia que “a economia consumista tem de se basear no excesso e no desperdício”; Lefenvre (2001) também dialoga com essa questão refletindo sobre a problemática urbana a partir da consolidação do modo de produção capitalista e da industrialização. O tema vem sendo abordado inclusive em algumas produções cinematográficas que apropriaram-se da idéia para propor reflexões aos seus espectadores. Dentre as produções relevantes podemos citar o curta “Next floor” do diretor Denis Villeneuve e, mais recentemente, o filme “ O poço” do diretor Galder Gaztelu-Urrutia. As duas produções tratam de temas como cultura do desperdício, egoísmo, excesso para poucos e, para muitos, escassez.
Um dos principais pensadores contemporâneos Yuval Noah Harari (2019) expressa em seu livro “ Sapiens – Uma breve história da humanidade” como o início da agricultura revolucionou o modo que nossa espécie se relaciona com o meio, foi um marco que estabeleceu a transição do estilo nômade para hábitos consolidados em um espaço único. A prática da agricultura possibilitou maior possibilidade de sobrevivência ao homo sapiens e se perdurou até os dias atuais. Havia, em um passado recente, o protagonismo da atividade agrícola familiar, contudo, com a Revolução Verde na Déc. de 80, originou-se a agricultura patronal com o incremento da indústria e seu maquinário, com isso a produção de alimentos deu um salto - superando inclusive as
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nossas necessidades, no entanto, os dados que chamam a atenção é que ainda assim, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 820 milhões de pessoas em todo o mundo não tiveram acesso suficiente a alimentos em 2018, sendo que 3,4 milhões são brasileiras. Com uma projeção de aumento de 3 milhoes a cada ano. Há inúmeras práticas que sustentam e mantém a demasia de desperdício e não só, como também, garantem sua contribuição ao paradoxo do superávit alimentar vs milhões de famintos. Os eventos que compõem essa operação de desaproveitamento dos alimentos são principiados pela cultura da “Sociedade de consumo” , termo esse intensificado em 1910 com ‘’ o jeito americano de viver’’, máxima que convenceu a população que a felicidade era, não só atrelada, mas dependente do consumo. O desperdício alimentar não é um problema que vigora de acordo com a extensão territorial, não é exclusivo de grandes centros e metrópoles, ele transcende esses aspectos físicos, palpáveis e se instala nos costumes, nos hábitos das pessoas, desde o grande empresário ao consumidor final. Este trabalho Final de Graduação tem como objetivo apresentar os estudos e resultados de uma análise urbana que aborda a implantação de um projeto arquitetônico, um Mercado Público.
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JUSTIFICATIVA
A proposta de um mercado público para o bairro Vila São José parte da escassez desse tipo de equipamento na cidade de Indaiatuba. Após uma visita ao Ceasa de Porto Alegre-RS, foi identificado o grande volume de desperdício de alimentos, essa experiência trouxe reflexões acerca do valor atribuído ao alimento e provocou a centelha que deu luz a esse projeto. Após o aprofundamento do tema ficou evidente que o desperdício alimentar não deriva de uma pratica pontual, mas de uma rede de repercussões que afetam diversos setores e, em ultima instancia, o consumidor final. A análise do objeto de estudo envolveu o desmembramento dos sítios que compõem a operação, facilitando assim a leitura das partes e detecção das disfuncionalidades intrínsecas. A leitura dessas partes demonstrou que a alienação social incutida pela indústria publicitária instiga o exagero e fomenta o consumo irrefletido. Com a indústria do consumo ( ou com a crise da superprodução) produzindo ferozmente e não guardando precauções, ou mesmo preocupações, com o excesso, o desdobramento lógico é a ignição à uma série de consequências , como
Figura 01: Mercado Municipald e São Paulo (Fonte: Acervo do autor)
o excesso de produção criando estoques gigantescos que o mercado consumidor é incapaz de absorver, o incentivo à maus hábitos alimentares, o êxodo rural pela supressão do pequeno e médio agricultor e consequente inchamento das cidades e, por fim, a desordem ambiental causada pelo plantio ininterrupto aliado a negligência aos cuidados com a terra. O resultado dessa conjuntura é a crise alimentícia no Brasil, que não diz respeito apenas à
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fome, que afetou 47,7 milhões de pessoas em 2019 pessoas na América Latina e no Caribe, sendo este o quinto ano consecutivo de aumento da fome e estima-se que as projeções podem ser piores quando forem contabilizados os efeitos da pandemia da COVID-19 na segurança alimentar, mas também a deseducação e, por vezes, ignorância dos consumidores, que cada vez mais secundarizam a importância nutricional em detrimento de rotinas mais rápidas e práticas, não atoa temos o crescimento exponencial das redes de fast food em todo país. Segundo dados do Ministério da Saúde (2018), a obesidade teve um aumento de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018 e não é exclusividade dos adultos, pesquisas do mesmo órgão apontam que 12,9% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos são obesas, indicando que o esse comportamento tende a se generalizar para os mais jovens.
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Figura 02: Vó Beatriz (Fonte: Acervo do autor)
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OBJETIVOS
Analisar uma área pré-selecionada na área central da cidade de Indaiatuba para embasar a elaboração de um projeto urbanístico e viabilizar a implantação de um projeto arquitetônico. Entender as características físicas, econômicas e sociais desta área, para estruturar a implantação dos projetos. Elaborar um Projeto de Arquitetura de um Mercado Público Municipal, em resposta às demandas da região estudada. Conscientizar sobre a responsabilidade individual e coletiva na construção de uma sociedade sem desperdício através de cursos voltados ao tema, promover acesso da população à alimentação adequada priorizando os segmentos da agricultura familiar, reforçando a conexão do Mercado Público com a comunidade.
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METODOLOGIA
A metodologia deste trabalho é dividida em três partes: A primeira expõe questões relacionadas ao tema, como o excesso de desperdício, a importância da alimentação e sua função com a sociedade e agricultura familiar, explanando mais especificamente da importância do mercado público e sua história. Trata, em sua segunda parte, de uma análise de um perímetro urbano selecionado, próximo à área central da cidade de Indaiatuba, busca ter uma base de dados consistentes dos problemas, potencialidades e características intrínsecas do local, que possa auxiliar na elaboração do projeto. Como ferramenta de análise, foram elaborados sete mapas: Mapa Descritivo; Zoneamento e Legislação; Análise do Entorno/Gabarito; Mapa Socioeconômico; Mapa Viário; Equipamentos Públicos e Privados; Mapa de Cheios e Vazios. Na terceira etapa é apresentado o processo projetual que tem como produto final o Mercado Público Raízes, que busca trazer questões como a cultura do exagero x minimalismo, e a reformulação do espaço público através do projeto, auxiliado por meio de referências e diretrizes. No encerramento do trabalho, será exposto a concepção, o desenvolvimento e o resultado final do projeto.
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GERAL Segundo o autor Oliveira junior (2006) a produção agrícola tinha como fim primeiro e único a subsistência. A constante atividade de plantio semeou nesses agricultores expertise quanto a produção e, somado a isso, a maturação tecnológica possibilitou o incremento da prática de produzir com excedentes, ou seja, houve uma reformulação no propósito que circundava a produção alimentícia, agora, a produção para o sustento e manutenção da vida não era mais o único intento. O superávit gerado pela abundante produção foi utilizado como moeda de troca, isso marcou uma nova forma de alcance de bens e objetos preferidos, pois, o sujeito já não estava mais refém de sua própria produção, sua amplitude de aquisição foi ampliada e labor foi sintetizado a trocar um bem que já possuía em outro que desejava. Essas práticas foram ganhando robusteza e, com o surgimento e crescimentos das cidades, se estabeleceu o mercado, um regulador das trocas locais.
Figura 03: Ágora romana de Tiro (Fonte: História das artes)
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A história evidencia que o estabelecimento do mercado configura a topografia local em um lugar de encontro cívicos e comércios varejistas. No oriente médio, por exemplo, o mercado se amparava em bazares com rotas marítimas e terrestres e, devido a posição geográfica privilegiada, se esculpiu como um centro de comercio mundial. Na Grécia, o advento do mercado se deu a principio na Acrópole e em seguida estabelecido o comercio na Ágora. Esse fenômeno
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foi preponderante para a sua expansão geográfica (Vargas, 2001). Conforme o mesmo autor, o Império Romano, apesar de não ter no comércio uma figura tão preponderante – foco mais saliente estava em estabelecer conquistas territoriais – ainda sim mantinha um mercado funcionando na cidade de Roma, sendo esse espaço o centro comercial de referência. Ulterior ao aludido, na Idade Média, segundo Oliveira Júnior (2006) o mercado ocorria nas Figura 04: Mercado Municipal de SP (Fonte: Mercado municipal SP)
principais vias da cidade, o que favorecia o encontro com a população e a facilitação do acesso. Em virtude dos fatos mencionados é possível verificar o que o mercado se destacou em diferentes civilizações, não só pelas transações comerciais, mas principalmente pelo espaço de encontro com as diferenças, com a novidade, com a diversidade, enfim, um espaço de promoção sociocultural. Conforme Oliveira Junior (2006), o findar da Idade Média marcou o início do Renascimento e o advento das Cruzadas foram as grandes responsáveis pelo ressurgimento do comércio na Europa, com amplas feiras e grande diversidade de produtos.
Figura 05: Praça Medieval (Fonte: Vargas,2001)
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Salvo a atividade comercial em Roma, que era realizada dentro de Fóruns e edifícios monumentais, o comercio prevalente era ao ar livre, porém, como afirma Vargas (2001) no século
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XVIII a atividade ao ar livre passou a ter a competição com espaços privados, consequente a isso o setor atravessou um momento de perca daquele engajamento histórico visto nos consumidores. Como reação a esse fato o mercado se especializou na comercialização de itens alimentícios básicos e fundamentais e inovou nas formas das edificações, buscando reaver o público que lhe era cativo. Em XIX o mercado passa a ser o principal abastecedor alimentício da população. BRASIL A implantação do mercado no Brasil foi de responsabilidade dos colonizadores portugueses e a condução foi aos moldes do que acontecia na Europa, isto é, grandes centros urbanos circundados por feiras. (MOTT, 2000 Apud OLIVEIRA JÚNIOR, 2006). Segundo Romano (2004), o Mercado da Candelária foi a primeira aparição do setor em solo brasileiro, fundado no Rio de Janeiro no ano de 1841. A planta foi edificada com alvenaria, pratica que com o passar do tempo se tornou obsoleta e deu lugar a edifícios pré-fabricados de ferro; o protótipo brasileiro foi o “Mercado São José” em Recife, 1875. O ápice dos Mercados Públicos no Brasil, segundo Silva (1987) ocorreu no século XX. Todavia, a agremiação de tecnologia, praticidades e automatização do setor, como em super e hipermerca-
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dos diminui o interesse público e consequentemente ocasiona o enfraquecimento da proposta, porém, segundo Pintaudi (2006) o mercado ganha sobrevida na paisagem urbana, na cultura e na tradição, mantendo assim o interesse da população. Há um exemplo próximo que confirma a fortemente a ideia do autor, o Mercado Municipal de São Paulo que hoje é considerado ponto turístico da cidade e garante aos varejistas locais transações comerciais e procura constante.
Figura 06: Mercado Municipal de SP (Fonte: Qual viagem)
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CONTEXTO HISTÓRICO I INDAIATUBA
história de Indaiatuba mostra que, no início, ela não era uma cidade como hoje e nem mesmo uma pequena vila, mas um bairro rural pertencente a Vila de Itu (conhecida hoje como a Cidade Itu). A ascensão de Indaiatuba e o estabelecimento do título de cidade se daria cerca de um século e meio depois. Analisando o percurso dos acontecimentos podemos elencar três momentos que tiveram grande protagonismo na expansão desse até então povoado. Como é costumeiro em áreas rurais, Indaiatuba tinha como principal fonte de renda a atividade agrícola e foi a produção e exportação de açúcar o primeiro grande acontecimento que contribuiu para a sua ascensão. Em um período de cem anos Indaiatuba mostrou sua representatividade e seu potencial. Pedro Gonçalves teve fundamental importância no segundo episódio que seria preponderante para o crescimento de Indaiatuba. Ele foi o responsável por doar alguns imóveis como a capela curada instaurada no então bairro. Essa capela ascendeu geograficamente Indaiatuba pelos serviços prestados, como batismos, casamentos e sepultamentos, tanto da população próxima como dos habitantes dos bairros rurais vizinhos. Por esse feito, Pedro é considerado o fundador de Indaiatuba.
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A terceira e última ocorrência que garantiu a Indaiatuba a relevância merecida e a elevação para o patamar de cidade se deu pela criação da estrada de ferro e a primeira estação. Essa edificação foi responsável por proporcionar a ida e vinda cotidiana de pessoas e de mercadorias, o telégrafo, a chegada do correio e dos imigrantes.
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Figura 07: Storyling (Fonte: Elaborado pela autora)
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ÁREA ESTUDADA
O terreno selecionado, fica localizado em um ponto estratégico de Indaiatuba, tanto para o escoamento de mercadorias, por ser próximo a SP-75, como de fácil acesso para os usuários pois, a região analisada fica inserida em uma avenida recém projetada e em crescimento, que liga o centro antigo e o Hospital Oliveira camargo ao Parque Ecológico, grande espaço público projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake nos anos 1990. O espaço está situado também a poucos minutos do Distrito industrial, polo que abriga um grande núcleo de fábricas e serviços que atendem toda a região. Indaiatuba está localizada 100 km de São Paulo, a 24 km da região metropolitana de campinas e a 65 km de Sorocaba e seu principal meio de acesso é a Rodovia Santos Dumont (SP-75), que conecta a cidade ao Aeroporto Viracopos.
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Figura 08: Mapa macro (Fonte: Elaborado pela autora)
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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
O levantamento fotográfico busca contextualizar o entorno imediato do terreno e apoiar a concepção do projeto. De acordo com a análise da imagem e das fotos constata-se que o entorno pouco impacta no terreno, pois devido ao afastamento das edificações vizinhas não causam muita obstrução com relação a ventilação, insolação, e a topografia acidentada também suavisa o impacto destas questões.
Figura 09: Localização das imagens (Fonte: Elaborado pela autora)
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A via de principal acesso é a R. das Camélias. Cada face do polígono que forma o terreno se volta pra um cenário diferente, na R. das Camélias estão os condomínios de classe média-alta e praças bem arborizadas que conta com a passagem do Córrego Belchior e permite uma vista privilegiada, a qual, estratégicamente, pretende-se criar cenários que fazem o emolduramento desta paisagem, contrapondo com as autoconstruções e falta de iluminação da R. Sd. João Carlos de Oliveira Jr. e R. Vitória Régia. A face voltada para a R. Pérsio Sampaio Filho encontra-se terrenos vazios com uma densa quantidade de árvores e uma pequena fábrica. Pretende-se voltar às fachadas para a R. Sd. João Carlos de Oliveira Jr. e R. Vitória Régia, com o intuito de trazer mais olhos para a rua, criando vivencia neste trecho e, como consequencia, deixando esse local mais seguro para o trânsito de pedestres.
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Figura 10: Fotos do local (Fonte: Acervo da autora)
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CARACTERISTICAS FÍSICAS I TOPOGRAFIA , INSOLAÇÃO E VENTOS
O Terreno selecionado para análise fica situado entre as ruas SD. João C. de Oliveira, Persio Sampaio Filho, das Camélias e Vitória Régia. O terreno apresenta uma topografia acidentada, com uma diferença de aproximadamente 20m entre a parte mais baixa, em frente a Rua das Camélias e a parte mais alta, em frente a Rua SD. João C. de Oliveira. O que atenua essa configuração topográfica é a existência de três platôs bem demarcados e grandes, realizados para a implantação da antiga fábrica Grotem Confecção e Lavanderia, que se mudou deste endereço entre 2013 e 2014. Atualmemente o terreno não possui qualquer atividade produtiva ou edificação, caracterizado hoje como o maior vazio urbano do bairro. Os ventos predominantes vem da região sul, o sol nasce na direção da Rua Vitória Régia e se põe na direção da Rua Persio Sampaio Filho.
Figura 11: Topografia insolação e ventos (Fonte: Elaborado autora)
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ZONEAMENTO E LEGISLAÇÃO
De acordo com o zoneamento do município de Indaiatuba, a área de recorte se encontra na zona ZPR1-01 e ZC-01. A seguir, a tabela referente a característica da zona encontrada no terreno pré selecionado de acordo com a Lei Complementar Nº 10 de 22 de outubro de 2010. As zonas de uso e ocupação são os recortes de maior aproximação em relação as características de cada parte da cidade. ZPR1-01 - Zona Predominantemente Residencial II – C – COMERCIAL E SERVIÇOS; a)C1 – COMERCIO VAREJUSTA E SERVIÇOS DE ÂMBITO LOCAL: - estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços caracterizados por atividades de influência local e que podem adequar-se aos padrões de uso residencial. 1)C1.01 - SERVIÇOS PROFISSIONAIS E DE NEGÓCIO, tais como – escritórios, consultórios e ateliês de profissionais liberais similares ou assemelhados. 2)C1.02 – SERVIÇOS PESSOAIS E DOMICILIARES – tais como chaveiros, eletricistas, encanadores, sapateiros, jornaleiros, barbeiros e cabelereiros, similares ou assemelhados. 3)C1.03 - COMERCIOS E SERVIÇOS DE GÊNERO ALIMENTICIOS – tais como mercados,
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lanchonetes, casas de carnes, quitandas, frutarias, padarias, panificadoras, similares e assemelhados. 4)C1.04 – COMÉRCIO VAREJISTA LOCAL. Tais como: bares, lanchonetes, bazares, papelarias, confeitarias, sorveterias, rotísserías, farmácia, similares e assemelhados. Com a análise do mapa de zoneamento e legislação e com o gráfico retirado do plano diretor do município de Indaiatuba, o terreno está predominantemente situado na ZPR1-01, que abre várias possibilidades de implantação de Equipamentos com finalidade comercial, como por exemplo, um Equipamento da categoria C1.03 - COMERCIOS E SERVIÇOS DE GÊNERO ALIMENTICIOS, que são mercados, lanchonetes, casas de carnes, quitandas, frutarias, padarias, panificadoras, similares e assemelhados.
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Figura 12: Zoneamento, extraído de Prefeitura Municipal de Indaiatuba. Disponível em:<https:// www.indaiatuba.sp.gov.br/ engenharia/mapas/tematicos/>. Acesso em: 20 fev. 2020 (Fonte: Elaborado autora)
LEGENDA zpr1-01 zc-01
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ENTORNO IMEDIATO I GABARITO
Para chegar ao recorte escolhido para as análises, foi levado em consideração as principais ruas que passam em torno do terreno pré selecionado, com isso teria uma forma mais orgânica e contemplaria os principais acessos. A região tem um raio de cerca de 500m. Esse mapa demonstra as diferentes dimensões verticais definidas pelo número de pavimentos em cada lote presente na área de recorte, dentre os bairros pertencentes à área de estudo delimitada. Nota-se que o bairro Jardim Nely apresenta maior número de edifícios com quatro ou mais pavimentos, sendo eles edifícios de condomínios residenciais, porém é preponderante o baixo gabarito. No Jardim Romulo Zoppi Vila São José a predominância é de um a dois pavimentos e apenas em um ponto possui edifício com gabarito mais alto, como o edifício Residencial Ravenna, que possui 6 pavimentos.
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Figura 13: Gabarito (Fonte: Elaborado autora)
LEGENDA 1 pavimento 2 pavimentos 3 pavimentos 4 pavimentos obervador
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PERFIL DA PAISAGEM
Na análise, observa-se a predominância de edifcações térreas ou com até dois pavimentos, entretanto, a área vem sendo transformada em um núcleo de Edifícios residenciais verticais, já há pelo menos 15 anos. A vista do perfil da paisagem apresenta o que pode ser visto nos primeiros bairros da cidade de Indaiatuba. Desde os anos 2000 a região vem mudando de perfil com a especulação imobiliária. O Skyline visto do terreno pré selecionado apresenta os primeiros edifícios que mudaram o perfil da paisagem da região e o contraste que ocorre entre eles, como também a configuração original do bairro que ainda predomina na envoltória.
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Figura 14: Skyline (Fonte: Elaborado autora)
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SOCIO-ECONÔMICO
‘’O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) é um indicador que fornece a quantidade de população do Estado de São Paulo por grupo de vulnerabilidade social, de aordo com as dimensões: renda, escolaridade e ciclo de vida familiar.’’ (GOVERNO DE SÃO PAULO, 2015)
GRUPOS DE VULNERABILIDADE Nenhuma vulnerabilidade (grupo01): Setores que apresentam melhor situação socioeconômica (muito alta); os responsáveis pelo domicílio possuem os mais elevados níveis de renda e escolaridade. Vulnerabilidade muito baixa (grupo2): Setores cesitários que se classificam em segundo lugar, em termos da situação socioeconômica (média ou alta). Nessas áreas concentram-se, em média, as familias com uma composição mais velha. Vulnerabilidade baixa (grupo3): Setores cesitários que se classificam nos níveis altos e médios da dimensão socioeconômica; Seu perfil demográfico caracteriza-se pela predominancia de familias jovens e adultas; Vulnerabilidade média (grupo4): Setores cesitários que se situam nos níveis médios na dimensão socioeconômica, encontra-se em quarto lugar em termos de renda e escolaridade do responsável pelo domicilio. Nesses setores concentram-se familias jovens, isto é, com forte presença de chefes jovens (menos de 30 anos de idade) e de crianças pequenas.
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Vulnerabilidade alta(grupo5): Setores cesitários que possuem as piores condições na dimensão socioeconômica(baixa). Este grupo, juntamente com o grupo 6, apresenta os chefes de domicilio com os mais baixos níveis de renda e escolaridade. Concentra familias mais velhas, com menos presença de crianças pequenas. Vulnerabilidade muito alta(grupo6): Como no grupo anterior, estes setores cesitários apresentam as piores condições em termos da dimensão socioeconômica(baixa), mas com a diferença de mostrarem grande concentração de familias jovens. A vulnerabildiade expressa no mapa evidencia um destoamento social entre regiões do recorte urbano estudado. As regiões foram categorizadas em graus de vulnerabildiade, sendo muito baixa, baixa ou média. O maior percentual corresponde a “vulnerabilidade muito baixa”, concentram-se nessa região familias com uma composição mais velha, já a menor parcela é de “baixa vulnerabilidade” seu perfil demográfico caracteriza-se pela predominancia de familias jovens e adultas, a terceira categoria se posiciona no ponto intermediário. O fator socioecômico determina quais os tipos de alimentos que se pode adquirir, alimentos ricos em nutrientes geralmente são menos acessíveis e a substituição é, tipicamente, por alimentos mais baratos e de menor valor nutricional.
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Figura 15: Sócio-economico, extraído de Geoseade. Disponível em: <https:// portalgeo.seade.gov.br/ i3geo/interface/osm.htm>. Acesso em: 32 mar. 2020 (Fonte: Elaborado autora)
LEGENDA Vulnerabilidade muito baixa (grupo2)
Vulnerabilidade baixa (grupo3) Vulnerabilidade Média (grupo4)
Indice paulista de vulnerabilidade social 2010 (IPVS)
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VIÁRIO INFRAESTRUTURA I FLUXOS
Esse mapa é responsável por evidenciar os fluxos das vias e as paradas de ônibus em um trânsito típico nessa localidade. O fluxo predominante é rápido com alguns trechos moderados. Com a especulação imobiliária o perfil da paisagem vem se transformando nesses ultimos 15 anos, com isso a gentrificação urbana é uma realidade em Indaiatuba, nesse processo a população de baixa renda se instalou nas regiões periféricas onde se encontra pouca opção de serviço local. Diáriamente ocorre o deslocamento da periferia para a região central, para trabalho e estudo, criando bairros dormitórios na cidade. Esse trajeto ocorre principalmente pela marginal do parque ecológico, pois ela liga vários bairros ao centro, gerando trânsito em horários de pico, outro caminho muito usado é a Avenida Francisco de Paula leite que faz a ligação do bairro Jardim Morada do Sol até a zona central.
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Figura 16: Fluxos (Fonte: Elaborado autora)
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VIÁRIO INFRAESTRUTURA I CATEGORIA DE VIAS
Ao analisar o sistema viário da área de estudo e seu entorno, foi observada a presença de vias de grande importância para a cidade de Indaiatuba. A área é margeada pela Avenida Francisco de Paula Leite, uma via arterial muito movimentada que interliga a Rua dos Indaias que da acesso direto a Rodovia Santos Dumont. A norte do terreno há a Rua das Camélias e Rua das Primaveras, duas vias coletoras que dão acesso ao Centro e a via arterial Av. Engenheiro Fábio Roberto Barnabé . Na face sul a Av. Francisco de Paula Leite distribui o fluxo do Centro e se conecta a Av. Ário Barnabé e a Rodovia Santos Dumont, o fluxo é dissipado na ramificação da Av. através da rua coletora SD. João C. de Oliveira Jr. que da acesso à Av. Engenheiro Fábio Roberto Barnabé. Esta via coletora é muito importante para região, no entanto, carece de infraestrutura básica, do inicio da ramificação até cerca de 500m em frente a rua tem pouca iluminação, falta de faixas de pedestres, calçadas fora da NBR 9050:2015 que dificulta o transito de pedestres e um extenso muro no terreno pré selecionado devido a antiga fábrica, trazendo a sensação de insegurança para os moradores.
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Figura 17: Fluxos (Fonte: Elaborado autora)
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TRANSPORTE PÚBLICO
O único transporte público em Indaiatuba é o de onibus, sendo assim foi mapeado as principais linhas que passam pela área de projeto e os seus principais destinos na cidade de Indaiatuba. 320: C. Bonito Rod/J Piolli: Parte do Campo Bonito, passando pelo Jardim Veneza, Conj. Hab. João Pioli, Jardim Hubert, tendo como destino o centro da cidade e o terminal rodoviário. 301: M. do Sol T. Neves/ Distrito: Partindo do Distrito Industrial para o Jardim Morada do Sol, passado pelo Polo Shopping em direção ao jardim Pompeia e o terminal rodoviário. O projeto, visando atender todas as classes sociais, necessita da eficiêcia do transporte coletivo e com a análise da região pôde-se observar que há trajetos da cidade inteira passando em torno do terreno selecionado.
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Figura 18: Transporte público, extraído de Prefeitura Municipal de Indaiatuba Disponível em: <http://cdfindaiatubaurbano.auttran. com/cdf/finderidt.php>. Acesso em: 17 abr. 2020 Fluxos (Fonte: Elaborado autora)
LEGENDA Linha: 320: C. Bonito Rod/J Piolli Linha 301: M. do Sol T. Neves/ Distrito Linha 306: 9 de Julho / P. S. Lourenço Linha 312: O. Camargo/ Prefeitura Linha 306: Tancred. Neves/ Pq. Corolla Linha 302: M.do Sol/ Costa e Silva Principais linhas de ônibis
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EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
Foram analisados os equipamentos públicos, bem como, os de saúde, cultura e educação, em um raio de 1,3km, pois contém equipamentos importantes para a cidade e determinantes para o projeto do TCC. Saúde: A área de estudo apresenta somente dois equipamentos: Hospital Augusto de Oliveira Camargo, situado na esfera pública e o HAOC Convenio e Exame de Sangue, particular. Ensino: A maoria das creches atendem a demanda dos moradores e os raios de abrangência. Há um número suficiente de escolas do ensino fundamental e médio que suprem a necessidade dos moradores; Cultura: Há uma quantidade razoável de equipamentos de cultura nas regiões norte e oeste, porém, é notável a grande carência nas regiões sul e leste. Na região estudada contém três feiras-livres, duas noturnas e uma diurna, adaptadas ao cotidiano das pessoas ambas com alto fluxo e aceitação dos moradores locais, fonte de renda de muitas familias, torna-se ponto de convivencia urbana da região. Também foram analisados os Equipamentos privados mais importantes presentes na região estudada.
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Por se tratar de uma região central, não se encontram outros condominios residenciais horizontais no entorno, o mesmo está localizado em frente a Universidade Max Planck e próximo ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo. O Edifício Soho foi um dos precursores na transformação do entorno da paisagem. Antes do seu lançamento a rua era de terra e não tinha iluminação, por conta do empreendimento rua e o entorno foram revitalizados. Está situado próximo do Parque Mall que engloba vários tipos de serviços, como, por exemplo, o Poupa Tempo que é estratégiacamente integrado às torres residenciais e empresariais. Em ascensão, essa região torna-se o destino de pessoas da cidade inteira diariamente. Para suprir essa demanda de moradores e trabalhadores existe apenas o Sonda Supermecados, que foi inaugurado recentemente, localizado na ponta deste braço do parque ecológico. Para ter acesso ao edifício sem ter acidentes foi necessária a instalação de lombadas eletronicas, por conta do elevado fluxo nesse trecho.
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Figura 19: Equipamentos públicos e privados (Fonte: Elaborado autora)
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LEGENDA equipamento de saude 1 hospital augusto de o. camargo 2 HAOC Convenio e Exame de Sangue equipamento de cultura 1 CIAEI 2 Fundação Pró-Memória de Indaiatuba 3 Museu Ferroviário 4 Museu Casarão do Pau Preto equipamento de educação 1 secretaria de educação 2 FIEC3
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3 emeb professora s. martini 4 ee geraldo e. de campos 5 balão mágico escola infantil 6 EE Prof. Maria de L. S. Steffen 7 EE Prof. Dr. Camilo M. Paula 8 EE Prof. Milton L. do Prado 9 Emeb Prof Suely T. Amstalden 10 Colégio Episteme 11 UniMAX 12 Colégio Candelária
13 Emeb Prof Elvira Maffei camargo
11 Residencial Ravenna
equipamento privado
feiras livres
1 cond. residencial vila veneza 2 edificio soho 3 residencial victoria 4 Premium Residence 5 Parque Mall 6 Supermercado Sonda 7 Maravilhas do Lar 8 lojas cem 9 padaria lider 10 Residencial Grand Ville
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CHEIOS E VAZIOS
Vemos em harari (2019) que com o advento da agricultura, o estilo nômade foi, aos poucos, sendo minimizado e dando lugar a assentamentos. Esse espaços fixos eram compatilhados por grupos da mesma espécie, essas aglomerações anunciavam um modelo de cidade que estava por vir. Tendo em consideração essa compreensão, as cidades resumem-se a comunidades compatilhando do mesmo espaço - a isso damos o nome de densidade urbana. Com o mapa de cheios e vazios, é possível analisar as áreas e a densidade ocupacional nelas presentes. Ao analisar o Jardim Romulo Zoppi nota-se que é uma região bem consolidada, por ser uma extensão dos primeiros bairros da cidade, no Jardim Nely a densidade é maior, em que é encontrado condominios resindenciais verticais, diferente do o bairro anterior que é predominantemente casas térreas.É possível ver a predominancia de um grande vazio urbano no Vila São José, um bairro também consolidado, este vazio trás insegurança para o bairro, onde não há frequencia de trânsito de pedestres, consequência da iluminação e calçadas irregulares, este vazio urbano é justamente o terreno pré selecionado. Segundo Jacobs (2011)‘’a calçada deve ter usuários transitando ininterruptamente, tanto para aumentar na rua o número de olhos atentos quanto para induzir um número suficiente de pessoas de dentro dos edifícios da rua a observar as calçadas’’ e ‘’O valor da iluminação forte nas ruas de áreas apagadas e desvitalizadas vem do reconforto que ela proporciona às pessoas que precisam andar nas calçadas, ou gostariam de andar, as quais não o fariam se não houvesse boa iluminação.’’
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Figura 20: Gabarito (Fonte: Elaborado autora)
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Figura 21: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)
Figura 23: Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)
Foi escolhido três edificações do seguimento alimentação como projetos referênciais, para as análises foi aplicado o método do Simon Unwin (2013). Através dos critérios utilizados nas análises, pretende-se compreender os processos projetuais dos arquitetos, bem como suas ideias para as soluções dos problemas. Figura 22: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
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Figura 24: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
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REFETTORIO GASTROMOTIVA | METRO ARQUITETOS ASSOCIADOS
FICHA TÉCNICA Arquitetos:Metro Arquitetos Associados ; Local:Rio de Janeiro- Brasil; Área:425 m² Figura 25: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
Ano:2016; Fotografias:Ilana Bessler , Angelo Dal Bó. Reffeitorio Gastromotiva vem como referência para este projeto pela sua premissa, com um programa bem elaborado que contém cursos profissionalizantes gratuitos, educação nutricional para crianças e restaurante escola que combate o desperdício com jantares solidarios. Inspirado no Food for Soul, que tem como conceito combater o desperdício de alimentos, tornando produtos que seriam descartados em pratos bem elaborados. Instalado em um terreno estreito de 50m de comprimento e 6m de largura.Com o terreno plano, longo e estreito, a disposição do salão com pé direito duplo, da cozinha e do escritório de pés-direitos simples e do plano inclinado da arquibancada, criaram uma variedade de volumes ao longo do espaço. Figura 26: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
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“Fome, desperdício, falta de oportunidades e má nutrição são desafios globais que demandam ações conjuntas.” (GASTROMOTIVA, 2020)
Figura 27: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
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Áreas definidas: O restaurante fica ao lado de uma pequena praça, que foi projetado para reforçar a conexão com a comunidade local, para isso as áreas do salão principal estão voltadas para a praça e para a rua, com o terreno plano, longo e estreito, a disposição do salão com pé direito duplo, da cozinha e do escritório de pés-direitos simples e do plano inclinado da arquibancada, criaram uma variedade de volumes ao longo do espaço e que ao mesmo tempo definem as funções do programa. Plataformas/ rebaixamento: o complexo tem uma arquibancada, e um leve desnível; Marcos/ foco: O foco desde projeto é o combate ao desperdício de alimentos; Paredes: antigo muro de pedras e tijolos mantidos como elemento estrutural e painéis de policarbonato translúcido; Coberturas: Com treliça metálica aparente e cobertura metálica de duas águas; Colunas: Pilar metálico com perfil i, na parte do pé direito duplo; Portas/ janelas/ aberturas: Grandes portas, voltadas para a praça e para a rua; Luz:Com os painéis de policarbonato translúcido o seu interior é bem iluminado e para a iluminação noturna o salão conta com vários pendentes com luz branco quente; Cor: As cores quentes do tijolinho, da madeira dos móveis e da iluminaçao se contapõem diretamente com a cor fria das estruturas metálicas aparente, do telhado metálico pintado de branco, dos painéis de policarbonato. e do cimento queimado no chão; temperatura: A luz amarelada e a cor natural dos tijolinhos trás aconchego e calor para o ambiente; Ventilação: Por se tratar de um terreno estreito e comprido, as grandes aberturas voltadas para a rua e para a praça, gera corrente de ar no edifício.
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Figura 28: Reffetorio Gastromotiva (Fonte: Archdaily)
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Figura 29: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)
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FICHA TÉCNICA Arquitetos: ARX Portugal; Área: 1280 m²; Ano: 2015; Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG; Dono Da Obra:Câmara Municipal de Abrantes ; Projeto: 2010. Mercado Municipal de Abrantes vem como referência para este projeto pela preocupação social, trata-se de lote urbano estreito, situado entre duas ruas com cotas diferentes. Por estar situado em um seio casario o projeto foi estudado para causar o menor impacto possivel na vizinhança e com uma escala confortável para o observador. Um mercado é um edifício onde a ideia de espaço público é levada ao extremo, portanto o Mercado Municipal é simultaneamente edificio e rua, o edificio possibilita o morador passar de uma rua para outra de forma segura e divertida, seja através de uma escada direta, ou passeando pelas escadas em aspiral e bancas.
Figura 30: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)
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Figura 31: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)
Um mercado é um edifício onde a ideia de espaço público é levada ao extremo.
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Áreas definidas: O programa foi pensado de forma que seja um edifício-rua, que estimule a economia local e contribua com a alimentação saudável, as áreas estão divididas por pavimentos; Na entrada da cota mais baixa encontra-se o setor administrativo, no segundo pavimento um grande pátio destinado a eventos que ocorrem aos sábados, no terceiro, quarto e quinto estão localizadas as barracas de vendas, o edifício não é contemplado com estacionamento. Plataformas/rebaixamento: como as duas ruas que passam pelo terreno são em cotas diferentes, a solução foi rebaixar dois níveis na rua mais alta, e na mais baixa subir; Marcos/foco: O próprio edifício é um marco para a cidade com o seu bloco flutuante; Caminhos e pontes: O edificio possibilita o usuário ter várias experiencias, sendo atravessando de uma rua para a outra em uma escada contínua, ou perambulando pelas barracas e escadas em aspiral; Paredes: simulam um ambiente branco e assético, parecendo uma caixa escavada; portas/ janelas/ aberturas: Na maioria das aberturas a solução se da através através de painéis deslizantes, e um grande rasgo na cobertura;
Figura 32: Mercado Municipal de Abrantes (Fonte: Archdaily)
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Luz: bem iluminado, por conta do rasgo e da parede de vidro na lateral, a noite as luzes são quentes, que contrapõem com as paredes brancas; Cor: Reboco pintado na cor branca, caracteristica presente nas edificações vernaculares do sul de Portugal; Temperatura: Por conta da predominancia da cor branca o ambiente aparenta ser gélido; Ventilação: Por se tratar de um terreno comprido, as grandes aberturas nas estremidades , gera corrente de ar no edifício; Escala: projeto horizontal, com uma escala confortável para os pedestres.
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Figura 33: Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)
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MERCADO MUNICIPAL DE ALIMENTOS E REABILITAÇÃO DE CENTROS DA JUVENTUDE ÁCRONO ARQUITECTURA + BLANCA ESTERAS SERRANO FICHA TÉCNICA Baza, Espanha; Arquitetos: Blanca Esteras Serrano , Ácrono Arquitectura; Área: 800 m²; Ano: 2019; Fotografias: Fernando Alda. Tendo como premissa adaptar o projeto às novas necessidades da cidade, este está localizado em um bairro histórico da província de Granada, Espanha. Com proposta de integração no ambiente urbano protegido, sustentabilidade e economia de energia, acessibilidade, permeabilidade visual e manutenção da imagem do edifício, novas atividades e usos são gerados, conseguindo integrar o edifício e fortalecendo a grade urbana atual, o edificio é dividido em dois setores, área do mercado e o centro juvenil onde o funcionamento de cada um dos usos pode ser independente ou combinado.
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Figura 35: Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)
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Áreas definidas: Abordando a sustentabilidade, economia de energia, e a permeabilidade visual, duas áreas principais são desenvolvidas neste projeto. Por um lado, uma praça pública coberta e uma área de mercado no térreo e, por outro lado, um centro juvenil no térreo. O funcionamento de cada um dos usos pode ser independente ou combinado, dependendo das necessidades. Plataformas/ rebaixamento: Com o propósito do edifício ser acessivel, optou-se por colocar o espa-
Figura 36: Mercado Municipal de Alimentos e Reabilitação de Centros de Juventude (Fonte: Archdaily)
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ço jovem na cota mais baixa aproveitando a sua topografia original e deixando o mercado no nível da rua; Caminhos e pontes: O edificio sendo permeável possibilita que o usuário tenha várias experiencias e opções de circulação; Paredes: Todas as fachadas existentes no térreo são eliminadas e um grupo de estandes de mercado de madeira é colocado no lugar das paredes; portas/ janelas/ aberturas: Contempla grandes portas de madeira deslizantes nas extremidades do mercado e janelas em fita no alto, circundanado toda as extremidades do mercado; Luz: O edificio é bem iluminado, por conta das janelas e grandes aberturas; Cor: Predominancia do amadeirado no mercado e da cor branca no espaço jovem, criando um belo contraste entre o quente e o frio; Ventilação: As janelas foram posicionadas estratégicamente para usufruir da ventilação cruzada natural; Escala: projeto horizontal, com uma escala confortável para os pedestres; Geometria: O projeto cria um jogo de volumes através da sua cobertura; Espaços e estrutura: espaços amplos com a valorização do pé direito alto e com estrutura metálica aparente; Transição/hierarquia e coração: o coração deste projeto é o mercado, seguido pela pequena praça e o espaço jovem.
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METAS I PÚBLICO ALVO
Apartir da compreensão da importancia da contribuição dos mercados públicos no desenvolvimento da vida social das cidades, reconhecendo-os como espaço de sociabilidade, “centro natural da vida social” (BRAUDEL, 1985, p. 18). O programa de necessidades foi elaborado com a proposta de reformulação do espaço urbano, usufruindo da sua capacidade de ser um catalisador da vida urbana para transformar antigos padrões em novas experiências, como: Ajudar no combate de desperdício de alimentos fazendo parceria entre o restaurante escola e os vendedores locais, criando pratos elaborados com comidas que iriam para o lixo e produtos que perderam suas propriedades nutricionais descartados de forma correta na composteira; contribuir com a alimentação saudável, valorizando a agricultura familiar da região e gerando compra e consumo mais consciente; causar menos impacto no meio ambiente, atráves do programa de cursos profissionalizantes com enfâse no combate ao desperdício de alimentos; gerar renda e alimentar mais pessoas, ( apoio para a população mais carente) reforçando a conexão com o espaço público e a comunidade local. O público alvo do Mercado Público Raízes não tem definição de sexo, raça, idade, ou classe econômica, com um novo conceito de mercado público, tem como objetivo trazer a experiência na hora de comprar alimentos frescos, se capacitar ou mesmo passear.
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa está composto por 7 setores distintos: O setor publico evidencia os espaços de convívio, espaços livres, estacionamentos e átrio. O setor gastronômico engloba um restaurante com o funcionamento nos horários convencionados de almoço e jantar e atividade de segunda-feira á sábado; uma cafeteria com funcionamento em horário comercial, disponibilizando assim uma refeição rápida àqueles que estão fazendo suas compras no mercado ou mesmo para sinta o aroma condidativo de um belo café preparado na hora; e, finalmente, um bar aberto aos finais de semana, para os que desejam saborear bebidas artesanais de qualidade. O bar será abastecido por produtores de pequeno porte da região, estimulando e valorizando as transações economicas locais. Este setor fundamenta-se em um tripé: Restaurante, bar e cafeteira, que contribui com a alimentação saudável e no combate de desperdicio de alimentos. O setor de serviços é onde estão localizados os ambientes que estão destinados a prestação de serviços ao público em geral, como a enfermaria, balcão de informações, sanitários, caixa eletrônico entre outros ambientes que é base indispensável ao mercado, à manutenção ou ao funcionamento, como central de gás, sistema de reaproveitamento de água e de energia e depósito de lixo.
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O setor comercial abriga o coração do mercado, é onde há, com maior enfâse o relacionamento de troca, desde de mercadorias dos produtores até as mais diversas experiências, com o horário de funcionamento das 09h am. até as 08h pm., é onde as pessoas podem escolher os seus produtos frescos, tendo a possibilidade de conhecer a sua origem e reconher o trabalho e a importância da agricultura familiar. O setor de capacitação envolve atividades que permite a inclusão, gerando conhecimento sobre a alimentação saudável e reaproveitamento de alimentos, através dos cursos profissionalizantes gratuitos e palestras. O setor administrativo é destinado para a parte que administra o mercado, desde entradas e saídas, até pagamentos e reuniões. Na tabela consta todos os ambientes pertinentes ao projeto, assimcomo suas descrições e pré-dimensionamentos.
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SUBTOTAL(m²) 900,00
PROGRAMA DE NECESSIDADES 1. Setor de Infraestrutura
Administração e recursos humanos
25
Sala de funcionários e copa
50
Sala de espera
25
depósito de lixo
18
3. Setor de Capacitação
sistema de reaproveitamento de agua
10
Salas de aulas práricas
75
Depósito
sistema de energia sustentável
10
Salas de aula teórica
60
Sanitários
50
central de gás
10
Biblioteca
Sala de reunião
25
SUBTOTAL(m²)
48,00
150
Sala de professores depósito de materiais
2. Setor Comercial frutas e legumes
550
gãos e especiarias
50
Artesanato
50
Floricultura
50
carnes, peixes e mariscos Sanitários
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150 50
12,5
25 SUBTOTAL(m²) 237,50
12,5
Camara fria
35
sanitários
50
SUBTOTAL(m²) 407,50
4. Setor Administrativo Secretaria
25
Coordenação
25
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5. setor público
Armazenagem seca
12,5 12,5
ócio
900
Despensa diária
átrio de entrada
225
Cozinha experimental
75
Banho de sol
900
Sala do nutricionista
25
estacionamento
800
Sanitários
25
Sanitários para funcionários
25
Depósito de limpesa
Composteira
Parque caminhável Raízes
SUBTOTAL(m²)
4.900
7.725
Horta
6. setor gastronômico
doca
50
SUBTOTAL(m²) 106,00
TOTAL(m²) 10.372,75
6,25 12,5 45
cafeteria
300
bar
200
Restaurante Popular Refeitório
100
Distribuião e empratamento
50
Preparo e Higienização
25
Cocção
25
Armazenagem fria
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35
SUBTOTAL(m²) 948,75
7. Setor de serviços balcão de informações
10
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DIMENSÃO HUMANA PARA LAYOUT
A dimensão do subjetivo por vezes é tratada como prescendível ou até mesmo inconveniente porém com o progresso e desenvolvimento da área vem demonstrando com robustez a relevancia e indispensabilidade de um olhar para além da estética, flagrando não só as proporções, mas também as dimensões humanas corporais, sendo esse o fator decisivo no processo de projetar. Após definir o programa de necessidades ideal para o Mercado público Raízes, tendo como premissa elevar as interações cotidianas, sendo possível interagir de maneira livre e sustentável, foi necessário calcular as áreas dos ambientes para o projeto ter o controle sobre as proporções, a ferramenta utilizada para esta realização foi o desenho do layout das atividades mais importes.
Figura 37: Dimensão hu mana (Fonte: elabotado pela autora)
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DIAGRAMA DE BOLHA
Diagrama de bolhas realizado para compor o processo projetual. Após a realização do programa de necessidades foi utilizado os ambientes mais importantes de cada setor para compor o diagrama. Para locar cada bolha, foi estudado maneiras que deixem o espaço fluido e funcional. Os ambientes ficaram próximo daquele com uso semelhante, facilitando a transição pelo edificio.
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LEGENDA
acesso primário acesso secundário acesso secundário
Figura 38: Diagrama de bolhas (Fonte: elabotado pela autora)
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FLUXOGRAMA
O fluxograma exposto compila diversas intensões do projeto. Primeiramente o átrio de entrada com visão panorâmica da paisagem que distribui o trânsito de pessoas para o centro gastronômico, de capacitação e para o mercado, coração do edifício, que conceberá diferentes níveis de interações sociais e urbanas, que confluem ao deck, destinado ao banho de sol, e ao parque. A maior fonte de luz natural teve no cinema a representação da sua relevancia atribuida ao poderio economico; O filme Parasita deixou claro que “o sol não é para todos”. A referida frase não literal tem o propósito de denotar que, em uma sociedade desigual, nem todos podem aproveitar com plenitude a luz solar. Segundo o diretor Bon Joo-Ho, ganhador de diversos premios com o filme supracitado, afirma que “a classe social em que uma pessoa está inserida determina a quantidade de luz natural que ela receberá durante o dia. Quanto mais pobre, menos janelas ou janelas menores. Quanto mais rico, mais janelas e janelas maiores”
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Figura 39: fruxograma(Fonte: elabotado pela autora)
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CONCEITO E PARTIDO
ra·iz sf 1 BOT Órgão de uma planta vascular, desenvolvido a partir da radícula, geralmente fixo ao solo, crescendo com ramificações secundárias, com as funções de fixar a planta a um substrato, além de absorver e conduzir água e nutrientes; estirpe. (RAÍZ, 2020).
Expor as raízes é expor o essencial, e o essencial para este projeto parte do princípio de que o edifício faz parte do contexto urbano, se abrindo para a cidade como um catalisador do espaço público, pois uma arquitetura com características segregacionais constitui um tecido urbano fragmentado. Mesclando a sustentabilidade com o minimalismo teremos uma edificação com controle sobre as proporções e em perfeita sintonia com o meio ambiente. Com esse fim o projeto será adequado na topografia original do terreno, orientando-se de modo que suas faces recebam a quantidade de sol necessária e sendo privilegiado com a ventilação cruzada, prescindindo assim o uso de condicionamento de ar artificial. Com poucos elementos, o edifício abordará a questão da cultura do exagero x minimalismo, deixando sua parte estrutural e docas aparentes para expor suas raízes, o edifício será pensado de forma que repouse sobre o terreno com uma escala confortável, não causando impacto visual em sua vizinhança residencial.
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FACHADA
A fachada foi pensada para que o edifício emoldurasse a paisagem, desta forma, foi desenvolvido dois volumes brancos e entre eles um vazio no nível da rua com a paisagem de fundo. Para o olhar do observador ir direto para este vazio, não poderia haver elementos que chamassem mais a atenção que a paisagem, portanto os planos de vidros ficaram recuados dando espaço para chapas metálicas perfuradas, criando uma fachada translúcida e respirável.
Figura 40: croqui (Fonte: elabotado pela autora)
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Um projeto sustentável que serve como catalisador do espaço público e que se abre para a cidade sem nenhuma barreira.
[FILOSOFIA DO PROGRAMA]
Figura 41: fachada Raízes (Fonte: elabotado pela autora)
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SISTEMA ESTRUTURAL
Levando em conta os estudos de volumetria e o conceito do projeto, foi proposto o sistema estrutural em concreto armado com laje grelha de viga. Uma estrutura que suporta grandes vãos e ao mesmo tempo trás leveza para o projeto. Internamente as nervuras aparente da laje expõem as raízes da estrura, evidenciando o que sustenta o projeto. O sistema de modulação foi dividida por blocos, o A sendo o bloco do restaurante e térreo livre, bloco B do mercado e docas e bloco C da área de ensino e administração, desta maneira permitindo vãos livres com a modulação adequada.
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MODULAÇÃO BLOCO A
Neste bloco, na laje do restaurante foi proposto vigas invertidas calculada em 1 metro formando uma malha estrutural e para aproveitar ao máximo a luz natural foi colocado domus em cada nervura da laje.
Figura 42: Laje gralha de viga (Fonte: elabotado pela autora)
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Figura 43: Modulação A (Fonte: elabotado pela autora)
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MODULAÇÃO BLOCO B
No bloco B (mercado) optou-se pela modulação em que os pilares ficassem nas laterais para conservar o meio livre e aberto, facilitando assim o posicionamento das barracas e o fluxo nesse local. Esse mesmo bloco aloca a horta; foi utilizado o sistema de telhado verde hidromodular. Esse sistema visa proporcionar uma cobertura vegetada para conforto térmico do ambiente interno e maior convívio com a natureza, ele se caracteriza pelo seu módulo Piso Nuvem de 7 cm de altura e o módulo Galocha de 5 cm, que são responsáveis pela reserva de água de até 50l/m², proporcionando irrigação da vegetação por capilaridade para lajes com pouco caimento. O sistema armazena a água da chuva para a própria vegetação se irrigar, um clico virtuoso que diminui o uso de água potável para este fim e proporciona drenagem sustentável da água pluvial. Figura 44: Modulaçãob (Fonte: elabotado pela autora)
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Figura 45: Modulaçãob (Fonte: elabotado pela autora)
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MODULAÇÃO BLOCO C
Não havia necessidade neste bloco de grandes vãos livres, e os pilares não poderiam ocupar muito espaço por conta das salas de aula, desta forma a sua modulação ficou mais curta que a do restante e foi proposto pilar retangular de concreto protendido.
Figura 46: Modulação c (Fonte: elabotado pela autora)
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DISTRIBUIÇÃO INTERNA
Analisando o contexto urbano aonde o projeto estaria inserido, vale destacar as condições urbanas em que este se encontra. Sua fachada se localiza na R. Sd. João Carlos de Oliveira Jr, que liga o centro de Indaiatuba a bairros mais afastados, como o Jardim Morada do Sol, e a parte de trás fica voltado para a R. das Camélias. Possui proximidade com pontos de ônibus, facilitando o acesso através de transporte publico. O programa foi distribuído de forma setorizada sendo que cada bloco abriga um ou dois setores do programa, no máximo. O acesso principal acontece na via de menos fluxo, a R. Sd. João Carlos de Oliveira Jr, o átrio de entrada se encontra na parte baixa do edifício. Com esse grande vão, é possível criar o edifício de forma que não obstrua a visão da paisagem, criando um enquadramento para quem está passando pela rua, desta forma o projeto se abre para a cidade, sem nenhuma barreira presente. Optou-se pela implantação que privilegiasse a vista para a natureza, criando um enraizamento do edifício, fazendo-o se lançar em direção ao vazio e criando fluxos e acessos ao longo do projeto que permitissem uma permeabilidade visual e física, de forma a criar percursos que possibilitam o andar entre espaço construído, ora não construído. A circulação é feita através de rampas e escadas que permitem o acesso a todos os andares do
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edifício, funcionando como uma circulação acessível para todas as pessoas. Além disso, o edifício conta com entradas particulares como maneira alternativa de acessar setores de uso específicos, é o caso do acesso pelo estacionamento e docas que acontecem na rua Vitória Régia. Logo, o acesso principal se dá por uma passarela com espelho d’água que nos posiciona num grande átrio elevado, projetado para permitir a visibilidade da paisagem no seu todo, formando assim um vão livre coberto para apropriação humana na forma que lhe convém. Além de que, não barra a circulação dos ventos predominantes que vem do sul privilegiando a ventilação cruzada, direciona e permite acesso ao centro de capacitação e ao setor gastronômico, localizados acima, ou ao ócio à frente. Logo, o conceito arquitetônico já fica explícito na combinação da topografia acidentada com este jogo de cheios e vazios que a própria paisagem urbana nos inspira que, somados ao estudo de sustentabilidade e minimalismo, traz vida para esta região do bairro. E se associa a paisagem, sem compromete-la.
Figura 47: Croquis (Fonte: elabotado pela autora)
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Assim, do desnível do terreno e do jogo de cheios e vazios, a solução plástica foi definida compondo blocos e criando terraços habitáveis que possibilitam a contemplação da paisagem, bem como do edifício. O mercado foi locado num bloco único ao longo da via Vitória Régia, posicionado estrategi-
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camente, evitando a insegurança que uma esquina murada trás, simulando assim as feiras de ruas e tornando o edifício acessível a todos. Para ser possível repousar o projeto na topografia original do terreno e ainda ter uma construção horizontal, as docas, que normalmente ficariam escondidas, neste projeto ficam expostas, revelando o essencial. O mercado, tema deste trabalho, foi proposto para atender a população de Indaiatuba, conta com uma área construída 27.300 m² e possui cem barracas com duas tipologias distintas, de atendimento hortifrúti que receberão diversos produtos de vendas, na figura 105 está listado a quantidade de barracas de acordo com cada produto. Projetado com a proposta de resgatar a importância e relevância dos alimentos da terra e ampliar o contato das pessoas com o pequeno agricultor, tendo em vista que há um progressivo movimento de afastamento do campo e, como consequência, temos gerações que desconhecem o processo intrínseco e árduo do plantio, favorecendo assim uma relação de desperdício. Além disso, há um aumento exponencial de transtornos relacionados a má alimentação, muitos dele provindos dessa falta de consciência sobre o que tange o processo agrícola. Esse projeto visa contribuir para uma sociedade mais saudável e consciente. Ainda sobre o bloco do mercado, este conta com uma horta em sua cobertura, que se situa entre os pavimentos do café e restaurante no mesmo nível da rua, contribuindo para a camuflagem à paisagem natural.
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Figura 48: planta explodida (Fonte: elabotado pela autora)
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X25
X30 legumes
frutas
X5
X5 peixes
laticínios
X10 carnes
floricultura
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X3
O programa conta ainda com um auditório que tem a proposta de servir como um espaço para palestras e capacitação dos agricultores.
artesanato
X4
X6 grãos
X7
O bloco que se situa oposto ao mercado, conta com o setor de capacitação no subsolo com intuito de profissionalização, conscientização, inclusão, bem como ser uma potencial fonte de renda. Possibilitando o uso livre da sua cobertura, como exposições, passagem, descanso, etc. Este bloco foi posicionado estrategicamente para o conforto acústico que esse programa necessita. Este bloco conta ainda com uma biblioteca gastronômica, com vistas para natureza, pé direito duplo, entrada para estudantes e acesso independente para clientes do mercado.
temperos
X5
O bloco acima do nível do solo é onde se encontram o bar e o restaurante, logo na entrada principal, fazendo um convite quase que sensorial. São acessados através de rampas com inclinação de 5%, para que os transeuntes passeiem pelo edificio enquanto os acessa e foram projetados para funcionarem como mirante. Escadarias permitem o acesso a área de banho de sol e ao bloco do mercado.
utilidades
Figura 49: tabela de quantidade de barracas de acordo com o produto (Fonte: elabotado pela autora)
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ALIMENTAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
O Mercado público Raízes contempla 8 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: OBJETIVO 2: FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL - O objetivo parâmetro é a valorização e apoio da agricultura familiar e o fornecimento da população à alimentação adequada sem desperdícios, além a importância da alimentação e sua função dentro da sociedade.
OBJETIVO 3:BOA SAÚDE E BEM-ESTAR – Essa questão surge através do emprego da biofilia no projeto, já que compila três elementos primordiais que são: o bem estar, saúde e conforto emocional. Podemos ver essa aplicação na utilização do deck como fonte de vitamina D através do sol, nas atividades internas exercidas na instituição, através de cursos e palestras de conscientização da importância de uma boa alimentação e o emprego de novos hábitos que resultam diretamente na qualidade de vida de cada indivíduo.
Figura 50: croquis (Fonte: elabotado pela autora)
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OBJETIVO 7: ENERGIA ACESSÍVEL E LIMPA – O mercado possui tecnologias sustentáveis a fim de melhorar sua performance como edifício. Seu diferencial se encontra na captação de energia, que é obtida através do vidro fotovoltaico que é responsável pela captação de energia e proteção dos raios solares da edificação.
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OBJETIVO 8: EMPREGO DIGNO E CRESCIMENTO ECONÔMICO – Tem como intuito enfatizar a valorização do trabalho dos produtores de alimentos agrícolas, a fim de entender todo o processo de manufatura do agricultor, desde o cultivo ao produto final, visando entregar um produto com preço justo e acessível ao consumidor final e gerar maior oferta de compra, aquecendo a economia local.
OBJETIVO 11: CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS – A medida em que nasce a ideia de inserção de uma arquitetura sustentável e minimalista, a cidade sofre um impacto positivo, inicialmente em escala micro, a partir do próprio bairro em que foi inserida e em uma escala macro, onde os hábitos sustentáveis já não estarão apenas na edificação, e como transpasse, nos hábitos dos usuários, tendo como função ser percursor de ações a serem aplicadas no dia a dia.
OBJETIVO 12: CONSUMO E PRODUÇÃO RESPONSÁVEL – Pode-se entender que através do consumo consciente e da eliminação no excesso do desperdício. A conscientização da população gera inúmeros benefícios no ponto de vista global, sabendo que pequenas ações geram grandes resultados.
OBJETIVO 13 – Combate as alterações climáticas – Essa premissa parte através das soluções arquitetônicas pensadas para a diminuição do aquecimento da edificação, assim como
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a minimização do uso de fontes artificiais de conforto. As soluções empregadas ao projeto foram: a inserção correta da edificação, que resultou na incidência solar adequada; o uso de ventilação cruzada para arrefecimento e renovação dos ventos da edificação, e na inserção da horta na cobertura, com finalidade de melhorar o conforto térmico da edificação.
OBJETIVO 15: VIDA SOB A TERRA – Devido a vegetação presente no entorno, cria-se um microclima em meio a cidade, como forma de refúgio para uma vida mais respirável e leve.
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APP RAIZÃO
Foi desenvolvido um protótipo de aplicativo para o Mercado público Raízes, pensado para facilitar o cotidiano do consumidor e vendedor/produtor. Um app com duas áreas distintas de login, uma para o consumidor e outra para o vendedor. A interface do consumidor contém área de mercado com uma lista de todas as barracas, possibilitando assim a compra de produtos nos locais desejados. Ao finalizar a compra os produtos serão entregues em casa. Há também a área “comida”, que conta com café, restaurante e bar e, da mesma forma que acontece no mercado, o cliente pode pedir no conforto de sua casa. A aba de receitas conta com receitas nutritivas com ênfase no reaproveitamento de alimentos e na aba “notícias” ficam informações do mercado, eventos que irão acontecer e dicas de alimentação saúdavel, horta e composteira residencial. No login do vendedor consta uma aba de vendas que mostra os pedidos realizados pelo app; em “técnicas” fica o canal de suporte ao produtor que conta com novidades na área da agricultura e produção de bebidas, bem como dicas de plantação, haja vista que a agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, e sua mudança pode afetar a produção agrícola. E a aba “clima” serve justamente para alertar o agricultor. Em “palestras” o agricultor tem acesso a agenda de palestras e pode se inscrever naquela capacitação que desejar.
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Figura 51: App Raizão (Fonte: elabotado pela autora)
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CONDICIONANTES AMBIENTAIS
Se uma pessoa é instigada a imaginar um cenário de completo relaxamento, é mais provável que a primeira imagem que vem à mente seja um lugar cercado pela natureza, contudo nos anos 80 o biólogo Edward O. Wilson identificou que a urbanização começou a promover uma forte desconexão com a natureza. 9 HRS
Em virtude dos aspectos mecionados, as soluções para este projeto se voltam para a ‘biofilia’, que tem a proposta de promover o bem-estar, a saúde e o conforto emocional. A estratégia visa a incorporação das características do mundo natural ao edifício, como a água no fio de espelho d’água que percorre toda a extenção do projeto desembocando em um espelho d’água maior no fim do deck que reflete toda a paisagem, a vegetação que neste projeto foi preservada. Quanto a luz natural que beneficia todo o edifício, na face oeste foi previsto o vidro fotovoltáico para a captação de ernergia e para filtrar o calor que entra no projeto. A intenção, desde o início, é preservar a visão da paisagem, elementos como madeira, que foram usadas nas barracas, e uso de formas e silhuetas botânicas em vez de linhas retas nos mobiliários tiveram preferência.
16 HRS Figura 52: insolação (Fonte: elabotado pela autora)
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Devido a vegetação presente no terreno ser uma massa verde, cria-se um microclima de respiro em meio a bolha de calor da cidade, a topografia foi utilizada a favor do projeto possibilitando terraços e visuais da paisagem.
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VIDRO FOTOVOLTAICO
DESIGN BIOFÍLICO
ENRAIZAMENTO
Figura 53: repouso do projeto na topografia (Fonte: elabotado pela autora)
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Figura 54: croqui (Fonte: elaborado pela autora)
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O mercado, como catalisador do espaço público, foi projetado de forma que fosse permeável, onde os espaços de convivencia e os programas se mesclam, criando interação entre o meio. Esses espaços de respiro são essenciais para um edifício saudável e, ainda pensando na saúde da população, foi adicionado no programa um deck para banho de sol, com vistas a fornecer aos usuários do serviço a possibilidade de ter contato com a tão necessaria luz solar e, por conseguinte, com a vitamina D.
Figura 55: croqui (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 56: implantação (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 57: planta nivel 0,00 117 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 58: planta nivel -3,20 119 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 59: planta nivel -6,40 121 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 60: planta nivel -9,30 123 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 61: planta nivel + 3,20 125 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 62: planta nivel + 6,40 127 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 63: corte aa 129 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 64: corte bb 131 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 65: fachada lateral 133 (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 66: fachada frontal MERCADO PÚBLICO RAÍZES (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 67: fachada frontal 135 (Fonte: elaborado pela autora)
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BARRACAS
Projetadas para que o dia de trabalho seja prazeroso, e, além disso, deixar os produtos mais atraentes. Com cantos arredondados para remeter as formas da natureza e deixar o ambiente ainda mais aconchegante. A junção do módulo I e módulo II permite diversas tipologias, para atender as necessidades corriqueiras, em todas as tipologias o desenho final é o mesmo.
Figura67: perspectiva barracas (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura68: detalhamento módulo I (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura69: detalhamento módulo II (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 70: 3d deck (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 71: 3d térreo livre (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 71: 3d mercado (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 72: 3d restaurante (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 73: 3d deck (Fonte: elaborado pela autora)
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Figura 74: 3d deck (Fonte: elaborado pela autora)
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CONCLUSÃO
Em vários momentos o Mercado colaborou para o desenvolvimento das cidades, fortaleceu tradições e foi ponto de socialização, mesmo quando não havia um edifício para abrigá-lo ele acontecia espontaneamente dentro do meio urbano. O processo de industrialização e a urbanização desordenada de nossas cidades impactaram negativamente a sociedade e natureza, com espaços públicos de qualidade e relações sociais cada vez mais escassas. O Mercado Público proposto consiste em um equipamento estratégico para a recuperação do espaço urbano de forma sustentável. Ao mesmo tempo que pretende oferecer áreas de convívio e socialização o Mercado Público Raízes busca ser um espaço que incentive a economia local e valorize a agricultura familiar. Por fim, espera-se ter contribuído para a discussão desse equipamento como um catalisador do espaço público e de ter proposto uma arquitetura que contribua positivamente no espaço urbano.
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