A profecia o terceiro anjo

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A ProfeciA Trilogia


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Avalon é, provavelmente, o mais famoso reino das fadas da literatura ocidental. A figura ímpar de Morgana e o lendário rei Arthur. Avalon... Maçã... Terra paradisíaca de eterna primavera, onde não se envelhece não se adoece não se morre.

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Dedicatória. A todos os que amam ler. A imbecilidade termina quando lemos. A construção se faz em letras e não tijolos. Aos meus leitores que preservo no coração.

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AVISO

Hoje estamos vivendo no tempo do fim. É agora que as últimas batalhas deste grande conflito serão travadas. Quer vejamos ou não, é este conflito que domina e transcende todas as coisas em nosso mundo atual. Unicamente á luz desta grande batalha é que se podem entender estas guerras menores entre as nações. Agora, como nunca dantes, precisamos compreender os movimentos em andamento por detrás dos bastidores; agora, precisamos estar prontos para os acontecimentos a nossa frente e, as provações que nos esperam. Fazer a escolha como parte individual nossa, na maior batalha de todos os tempos. Os anos escuros de destruição e morte que marcaram o fim do reino de Judá teriam desesperado o mais forte coração se não fossem as encorajadoras mensagens proféticas. É de especial importância que no tempo do fim as batalhas desse grande conflito sejam claramente entendidas. A mensagem de alerta e preparação está a nossa disposição nos últimos dias da história terrestre para estarmos qualificados e em alerta total. O Egito tornou-se uma nação de importância numa época muito primitiva da história. Quando as águas do dilúvio se retiram do norte da África e as águas do rio Nilo se encontravam num nível superior então é que se encontrou o primeiro vestígio do homem primitivo. Começou então a se encontrar manuscritos sobre a guerra do Armagedon. Tiglat-Pileser I 1076 a.C. foi o primeiro rei assírio de cujo reino temos detalhado relatórios históricos. A arqueologia comprova a autenticidade dos relatos históricos contidos no livro oculto.

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Introdução

Minha vida foi pautada no maior acontecimento da história da humanidade o “final dos tempos” dos anos 2000. A Expectativa era a nível mundial, grupos mais radicais ficavam em grutas e garagens com alimentos para um ano. Claro, eu era jovem e por consequência não acreditava nessas baboseiras. Descobri que a profecia existia e está mais próximo dos acontecimentos finais do que podemos imaginar. Toda profecia cumprida virá história e ela nos revela que tudo está perto de acontecer. Andamos pela vida sem o menor cuidado em conhecê-las, mas elas estão acontecendo e findando a sua história. Consegui unir acontecimentos históricos e proféticos para alertar a todos que, em breve tudo irá ter seu cumprimento. Aos que a conhecerem e a seguirem se beneficiara das promessas nelas existentes. A vida está a todo vapor, pessoas como no tempo de Noé. Despreocupadas com qualquer existência das coisas de Deus. O Soberano sempre avisou seus filhos de tudo o que aconteceria para o bem ou o mal de todos nós. Estamos caminhando para esses acontecimentos relatados no livro.

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Ou ser谩 que final feliz s贸 acontece em contos de fadas?

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Tudo começou no verão de 1998

Agora o que me restou foi, dois anos de UTI, não consigo sentir meu corpo, sinto a presença das pessoas a minha volta, meu Deus, o que será feito de mim. Claro que ainda ouço conversas, mas não posso responder e só consigo derramar algumas lágrimas que, muitas vezes não são notadas, simplesmente diz que é uma forma de eu jogar para fora o salitre que existe em meu corpo. Será que ninguém vê o que estou passando e sentindo, ouço meu coração bater tão forte quanto um tambor nas paradas do dia 7 de setembro. Minha vida agora se resume numa cama, na ausência de movimentos e na dor da perda de tudo e todos. Os médicos dizem que vão operar minhas nádegas e costas, porque estão em carne viva, tem uma enfermeira muito boazinha que cuida de mim nas madrugadas, chamam-na de Lurdinha deve ter mais de 60 anos, sinto sua preocupação comigo, não deixa nada para depois, suas mãos de avó vivem me tocando, mudando minha posição, me lavando e até beijos dela eu ganhei nesses dois natais que passaram. É! Já está chegando mais um Natal, ouvi dizer que hoje é dia 23 de Dezembro, nossa como o tempo passa. Esse cheiro de hospital. Sempre odiei. Agora convivo com ele dia após dia. Será que estou pagando algum pecado? Ou será que a vida é assim mesmo, a gente realmente não é nada, não temos controle nem do hoje e muito menos do amanhã, então porque somos tão arrogantes com a vida, com as pessoas, magoamos e descartamos pessoas que hoje eu daria tudo para estarem aqui comigo, conversando me abraçando e porque não brigando? Morrer, isso mesmo, porque não morrer? Meu Deus, mas como morrer, será que alguém viria aqui e me mataria e tiraria essa cruz das minhas costas? Impossível, me parece que tudo é impossível para mim, tudo, até morrer. Não temos nem o direito de querer morrer? Não, acho que não. Tentei por vezes parar de respirar, mas não consegui morrer ficando sem respirar, me da fobia, como é horrível. Bom, agora estou sozinho, posso sentir. Descobri que tenho dons que nunca deixei fluir, sinto o calor humano, sinto quando o ambiente está alegre ou triste, muitas vezes pesados pelos médicos cansados de suas jornadas exaustivas. Estou só, me sinto totalmente só. Não sei se é ruim a essa altura do campeonato, mas pessoas me fazem falta, posso sentir, nunca me fizeram falta, nunca! Mas, como é bom estar rodeados de amigos e parentes, sei que logo isso aqui ficará lotado de gente, apesar de ficar menos cheia está sala do que ficava algum tempo atrás. Sinto que as pessoas vêem menos, sinto falta de algumas delas, estão vindo tão pouco ultimamente que parece que não voltaram mais, claro que sei dos compromissos que elas tem, também sei que 7


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precisam do lazer e de estar com os seus, mas e eu? Não posso nem ao menos escolher com quem ficar ser abraçado e beijado por quem eu quiser. Não posso. Não posso. - Nossa! Mãe vocês não me falaram nada esse tempo todo? Porque mãe, por quê? - Minha querida, sabia que se soubesse você voltaria e não acabaria seu estudo e seu próprio pai, ficaria decepcionado com a gente. - Não acredito papai? Papai? Pode me ouvir? - Não pode minha filha, ele não pode te ouvir está em estado vegetativo. - Não faz mal, vou falar com ele mesmo assim. Minha filha Marcela, meu Deus, minha pequena Marcela. Agora sim, minha vida está completa. Isso minha filha, você sempre falou com as plantinhas em casa, porque não falar com essa planta enorme aqui, vai minha filha, fala quero te ouvir, esses dois anos sem ouvir sua voz, me fez um homem mais triste. Olha sua mãe tem razão, a vida continua e você não poderia deixar seus estudos para ficar aqui no Brasil, olhando para um qualquer como eu, ficaria muito triste se você não concluísse seu projeto meu amor. - Pai, meu amor, você me perdoa? Queria estar com você o tempo todo meu amor. Eu sei minha doce Marcela. Mas, não quero te ver triste meu amor. Seu papai está bem, sei que a medicina evolui de forma espantosa e eu estarei nessa célula tronco, pode deixar meu amor. - Olha, pai eu acabei o estudo e estou formada, agora sou uma expert em informática. Já tenho emprego para escolher, até na América, mas eu não volto mais para lá. - Que bobagem filha, seu pai não vai saber se você está aqui ou lá nos estados Unidos. - Ele pode não saber mamãe, mas eu sei. Quero ficar com ele, até ele ficar totalmente curado. Essa é a minha pequena menina, cheia de amor, carinho e atenção. Ela é religiosa, acredita muito em Deus, adoro ajudar as pessoas, imagino o que deve estar sentindo nesse momento. Fica ainda mais triste por estar fazendo-a passar por essa privação emocional.

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- Filha? - Oi. - Vou até a lanchonete, quer alguma coisa pra comer? Sim, Liza, me traga um hambúrguer com batatas fritas e um refrigerante. Estou morrendo de vontade. - Mãe, a senhora lembra como o papai adorava aquelas porcarias de sanduíches com coca? - É verdade filha, ele dizia que daria uma perna por um hambúrguer. E ainda dou, quer trocar? - Bom, meu amor o que você quer? - Nada mãe. Não quero nada, por enquanto. Onde está o Rodrigo? - Ele foi viajar, estará por aqui amanhã. Esse Rodrigo, não é fraco não, penso que tive muita sorte na vida, a não ser por agora e por enquanto, mas a vida sempre me foi boa, há menos com as mulheres, não tive sorte de viver uma vida de riqueza de amor de novela, sempre tudo meio truncado, sempre perdido como homem e não fui feliz por completo com as mulheres que arranjei. A Liza, por exemplo, é uma excelente mãe, mas como esposa a gente não se entendia de forma alguma. Do que estou falando nessa hora tão especial para mim, OPS! Humm, que beijo gostoso, isso filha agora me abraça. Sinto muita falta de um abraço desses. - Pai, sabe que eu te amo. Sabe que trocaria a minha vida pela sua. Sabe que... Não filhinha, não chore, por favor meu amor, não chore, seja forte como sempre foi, minha menina não seja banana como seu irmão , vem aqui eu vou cuidar de você. - Desculpe papai, eu sei que o senhor sempre disse que eu era forte, mas te ver assim, não dá entende? Entendo meu amor. Papai entende. - Mas, nós vamos vencer o senhor vai ver. Vai sair correndo daí em breve.

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Capitulo 1

Você vai sair daí em breve, você vai sair daí em breve” -

dizia minha mãe quando eu era pequeno e estava de castigo, pois era muito levado. Minha vida sempre foi uma vida normal no sentido de igualdade de milhares de pessoas que são de classe média. Meus pais se divorciaram eu tinha 13 anos de idade e, acompanhei algumas discussões de ambos, mas nada que pudesse me causar traumas, ao menos profundos, pode ter até me deixado impressionado, não acredito que tenham marcado tanto, na verdade ninguém gosta de ver seus pais brigando ou perguntando – Filho você quer ficar com quem, com o papai o com a mamãe? Isso é horrível. Por isso, penso que cresci bem, nada de ostentação, mas também tinha meus brinquedos, minhas bolas e bicicleta. Fui meio precoce, comecei a namorar logo aos 14 anos de idade, mas lembro de também que antes disso, com uma idade de 10 anos, uma vizinha minha chamada Fátima, moça bonita me deu alguns beijos, lembro que ela me fez deitar na cama de casal dos meus pais,se deitou ao meu lado, e disse que iríamos brincar de novela, me beijou. Que susto era meu primeiro encontro com uma outra boca, a não ser a da minha mãe que eu pedia para beijar, pois estava curioso e, ela me deu um selinho certa vez, e nunca mais outro. Senti certo nojo de ter beijado aquela linda boca, não porque eu era Gay ou coisa assim, mas porque era algo muito assustador, meio molhado e, olha o beijo não foi de língua, acho que teria morrido. Era muito menino, mas fiquei com o pintinho duro, excitado, uma excitação de criança, nada que fizesse eu investir na menina. Outra vez, uma empregada nossa, brincando comigo, não pega aqui, pega lá, acabei ficando de pinto duro e, um tanto envergonhado tentava esconder dela o estado de armação de circo em que me encontrava. Ela sabia que tinha me deixado daquela forma, sempre dava uma olhada para a parte manifestada. Adorava ver cachorro pegando a cadelinha, o pombo subindo na pomba, era excitante acompanhar esse novo mundo que despontava na minha vida. Meus pais não me falavam sobre o assunto, não existia Internet e a televisão pouco abordava o sexo, principalmente para adolescente.

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No hospital.

- Pronto, filha, trouxe um suco pra você ok? - Obrigada mamãe. Olha ele, que carinha linda que está. Será que ele não ouve nada, não senti nada? Não posso acreditar mãe. - É o que os médicos dizem filha. Que ele, até pode ouvir, sentir, mas de forma diferente da gente. Não tem aquela sensibilidade que a gente tem. - Pensei ser ao contrário, por estar assim, a sensibilidade cresceria. - Não sei meu amor. Não tenho a mínima idéia de como ele está agora, o que pensa se tem fome. Você nunca soube as minhas fomes né Liza. Não saberia agora, filha, to sensível, tristinho e querendo colo. - Não me conformo mãe. Eu vou ficar com ele como se estivesse normal. Não consigo engolir essa teoria, como alguém pode saber se ele não sente nada? Isso, filha! Ninguém sabe. - Igual falar da gente depois que morre, quem sabe. Opa! Filha morte não, não fale nisso agora. Apesar de que eu queria muito morrer, mas agora você está aqui e, eu quero viver, Morte Não, tá? - Bom, mãe, credo falar de morte aqui, perto dele não dá mesmo. Mas, pai o senhor está lindão, apesar de quieto ai na cama. Na boa, né. Eu sei, filha as enfermeiras quase morrem de vontade de me beijar, agarrar, para dar banho em mim elas briga, você precisa ver, mas a velhinha sempre vence. Às vezes quero uma novinha, mas a Lurdinha não deixa, ninguém por a mão em mim, mas quando ela está de folga, uma gordona me dá cada pegada, mas cada pegada, se eu fosse algo movente não sei não. - Filha. Vamos comprar alguns presentes para o Natal? - Verdade mãe. Precisamos ir sim. Pai, eu vou e logo estarei de volta, não esqueça que eu te amo. Essa menina é demais. Eu também te amo.

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Bom, como eu estava dizendo. Comecei a namorar mesmo com 14 anos de idade, era uma fase de coração aberto, querendo se apaixonar, precisando saber como é a magia que todos buscam. Lá estava eu, office boy no centro da cidade de São Paulo e nos finais de semana bailes nos salões das periferias, eram baratos e tinha muitas meninas. Eu sempre gostei de acompanhar um conjunto de bailes, que atraia muitas moças para ouvi-los e isso era meio normal na época. Um belo dia eu estava em um desses bailes de sábado a noite com amigos, de repente um deles me disse: - Olha aquela pessoas ali está querendo dançar com você, eu olhei e adorei o que vi, fui tirá-la para dançar e dancei. Foi maravilhoso aquele momento, pois eu estava pronto para esse encontro, sentia que poderia dar um pouco de mim, ou quase tudo, talvez tudo para ela se ela quisesse. Estou pensando como as pessoas, tornaram difícil esse sentimento tão nobre, "o amor”. Às vezes a gente acha que certas coisas, vai ser maravilhosa, você encontrou uma pessoa legal, e que poxa, você viu uma luz no fim do túnel, não que aquela vai ser a mulher da sua vida, mas com certeza ela pode ser uma passagem na sua história e que você nunca vai esquecer. Mas ai vem o balde de água fria, você começa a enxergar que milagre não existe, é como Papai Noel, ou até mesmo Coelhinho da Páscoa. Coisas que inventam, pra completar um ego besta, e o pior você acabam acreditando nessas coisas. Será que o mundo não tem mais jeito, será que é tão difícil encontrar alguém especial, será que pelo menos, a Cinderela, não é só um conto de Fadas? Acho que não né, que porcaria, mas fazer o que se nem todos tem um coração de verdade! Foi o que aconteceu comigo, logo na minha primeira mulher que, achei ser a minha metade. Não era ela era volúvel demais, insatisfeita e insaciável, ainda eu com minha imaturidade, pronto! Tudo se desmoronou. Mas, penso que amei, ao menos amei com toda a força dos meus 14 anos de idade.

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Capitulo 2

Assim vamos construindo nosso caráter no amor. Um pouco aos três aninhos de idade, vendo papai e mamãe, depois aos nove anos vendo e ouvindo coisas gostosas e amargas do outros, em seguida chega os treze e quatorze anos a coisas fica bem mais próxima de nós, já não são histórias de amor de alguém, você começar a escrever em você a sua história, talvez ainda mais cedo, com menos de nove anos na escola com o professor(a). Não importa a idade do despertar, mas quando entra em você o sentimento ainda conturbado, mas prazeroso de se apaixonar. Sabemos tudo não é verdade, ninguém entende mais de amor do que o apaixonado. Ninguém pode ensinar a uma pessoa nesse estado de transe amorosa. Conselhos? Não valem nada, erros do parceiro? Só você enxerga, risco de sofrer está tão longe do coração que a gente caçoa da possibilidade. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então ela tem um jeito de sorrir que o deixa mobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete como manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim, você é inteligente. Leem livros, revistas, jornais. Então, vamos seguindo em frente sem entender nada, sem buscar entender, mas aceitando ele o amor em nossa vida arredia. Assim, parti em busca do amor. Da inocência para a crueldade do homem, feito.

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Se formos pensar bem, toda relação transita na dualidade entre dominar e ser dominado. É uma condição natural, principalmente entre machos e fêmea. Afinal, nós seres humanos, antes de sermos racionais, somos bichos, animais. Então me pergunto, dominamos os nossos instintos? Ou somos por eles dominados? Creio que a razão seja soberana em certas áreas e momentos da nossa vida, mas no sexo, são os instintos que se apoderam da efêmera habilidade de raciocinar. Logo, um bom macho é dominador e uma boa fêmea se deixa dominar. Claro que entre humanos a sexualidade é uma questão muito mais complexa. Mas vou me deter na nossa herança animal, nos instintos primitivos e selvagens. Minha reflexão aqui é feita sob o ponto de vista da fêmea em particular. Portanto, os machos que lerem e tiverem algo a acrescentar serão muitos bem vindos. Eu já disse que uma boa fêmea se deixa dominar. Por quê? Primeiro porque ela sabe que o macho é muito mais forte do que ela, segundo porque ela deseja para si, o poder do seu macho e terceiro, no caso da mulher, porque gosta e muito. Ser dominada ou ter o domínio significa ter o poder ou não. E a mulher fêmea tem em seu sangue a arte da sedução. Nesse jogo é a fêmea quem tem o poder, mas ela faz o macho acreditar que está no domínio. Uma boa mulher usa seu poder de sedução como uma arma poderosa para atrair o homem que quer. Ela o hipnotiza com seus encantos, provoca-o com seu olhar, atordoa-o com os movimentos lascivos do seu corpo sinuoso, excita-o com seu cheiro, instiga-o com seus mistérios e depois o amansa com seu sorriso. Um homem seduzido assim está à mercê dos próprios instintos. Está dominado pelo desejo. Ele a quer para ele, quer possuí-la. E para isso, vai ter que dominá-la. Ele irá mostrar todo o poder de sua força, sem precisar usála, apenas mostrar que à fêmea quem manda. Que ele a quer possuir e que será seu dono. Então ele tem que exibir sua força, marcar seu território. Deixar claro para os rivais que essa fêmea será dele. E a fêmea quer o macho viril, ousado, destemido e que faz uso de seu poder. Ele quer invadir, penetrar a carne quente e macia da sua fêmea. Voltar para o ventre acolhedor, quente e seguro... Ser um só. E ela, quer acolher o falo carregado de poder do seu macho. Ela anseia ser preenchida com o jorro quente do sêmen da vida. Ser inundada de poder, prazer e vida. Ela quer a proteção do seu macho. Funde-se com ele... E nessa hora eu me pergunto: Quem está dominando quem?

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Sempre existe no mundo uma pessoa a espera da outra, seja no meio do deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos de encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer import芒ncia e s贸 existe aquele momento.

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Capitulo 3

Minha filha está voltando com a mãe, como será que eu estou? Nem sei se estou em forma, bom devo estar uma lingüiça, nessa cama sem comer carne nem macarrão. - Pronto! Pai? Cheguei! Estou sentindo filha. Que bom, fico feliz que você está vivendo esse momento comigo, de forma inacreditável, você está forte e sinto que está segura e confiante. - Mamãe? Posso te fazer um pedido? - Claro meu amor. - Fale com o papai? Ele deve estar precisando te ouvir. - Mas? - Mãe não tem mais, tem o desejo que confiar na natureza de Deus. Ele está aqui vivo, respirando, portanto não é vegetal e sim, nossa família, vivinho e esperando nosso carinho. - Está bem filha, está bem, se você quer assim. - Quero mamãe, sei que ele também amaria te sentir nessa hora. Essa menina é demais. Tem razão filha, quero sim, como não iria querer, vivemos tantos anos juntos. Vamos lá Liza estou esperando. - Olha eu vou ter que sair e vou deixá-los aqui para uma conversa seria está bem? - Só você mesmo não é filhota. - Beijos papai, trate bem a mamãe... - Bye, minha filha. Sente aqui Liza, vamos fazer o que nunca fizemos e, com certeza vou te ouvir agora, como nunca.

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- Então Roberto, pronto para me ouvir? Você nunca fez isso mesmo, homens vocês sempre os mesmos. Tem razão Liza, não entendia muito essa vontade de falar, mas antes de começar, queria falar de mim um pouco posso? - Sei que você amaria falar antes de me ouvir, mas, não sei se suportará minhas queixas e dúvidas nesse momento, mas prometi a sua filha, vê se ao menos você agüente esses momentos. Se você soubesse o quanto estou adorando. Vamos lá, antes você já teria falado por 10 minutos, agora encalhou? - Bom você sabe que estamos separados há muitos anos e, sinceramente eu tentei por ai encontrar um novo amor, mas eles podem ser jovens solteiros, não tão jovens, mas solteiros, separados e até mesmo viúvos. Estão por aí: alguns na noite, em festas, bares e outros - mais tímidos e reservados - nos cinemas de arte, livrarias, passeando num shopping, em casas de amigos ou em suas próprias casas (cavernas?!) assistindo a um bom vídeo. Todos, entretanto, têm um traço em comum: não gostam de admitir sua carência. Não admitem, sobretudo, a hipótese de capitular e dizer que gostariam muito de encontrar alguém interessante para ser sua parceira fixa. Mas, no fundo, no fundo, é certamente o que mais gostariam! Lembra? Você era assim, difícil de admitir que precisasse de mim. E, o que estão à procura... Culturalmente, foram adestrados a pensar que ficar junto é aprisionar-se! Os mais jovens estão cansados de guerrear, como dizem eles. E o que eu faria com um homem mais novo, não que eu tenha nada contra, mas até ai, estar com um é complicado para a minha pobre cabecinha. Só faltava você com um moleque de 25 anos. Vai continua. Tá bom ouvir isso, melhor do que ser surdo. - Homens, eu sei, guerrear é a difícil tarefa de sair e ficar num canto, copo na mão, avaliando o mercado feminino e aproximar-se para o que poderá ser mais uma tentativa frustrada de encontrar alguém em quem valha a pena investir... Os solteiros, não tão jovens, dizem ter feito várias investidas e, na média, entre acertos e erros, acham que ainda é necessário continuar tentando. Mas, fazem sérias reservas ao universo feminino atual... As mulheres estão muito independentes. As mulheres são todas bandidas, não dá prá confiar... As mulheres só querem se dar bem, pensam logo em casar. E por aí vão os comentários amargos e desqualificantes sobre as mulheres... Na verdade não é tão desqualificante assim. Isso só porque você é psicóloga, não quer dizer que avaliou certo, nós os homens. - Isto não os impede, porém, de que a cada nova pessoa que conheçam, apareça uma empolgação em alto nível e que seu mecanismo de sedução seja logo ativado para tentar conquistá-la... Quem sabe, agora, dá certo?

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Os divorciados mostram, muitas vezes, sua carência assim que se separam. Parecem querer recuperar o tempo perdido e saem, num louco frenesi, de bar em bar e, de festa em festa... É natural que isto aconteça e à está fase, seguese uma mais calma quando começam a pensar mais seriamente em fixar-se e partir para um novo relacionamento. Afinal, dizem eles, casamento não é a pior coisa do mundo! E é até bem bom chegar em casa à noite e ter alguém com quem conversar, jantar, transar... E os viúvos? Alguns deles também passam pela fase da empolgação pela liberdade, depois de um período longo e sofrido de luto pela perda da companheira. Pelo que parece você vai ficar viúva logo, logo. Bom, apesar de estarmos separados há tanto tempo, saber que o ex morreu não é tão ruim assim não é? - Mas, por já terem experimentado o lado bom de um relacionamento ou mesmo por precisarem de uma ajuda para criar seus filhos, em algum momento eles retomam os planos de juntar-se novamente. São os que menos tempo passam na luta entre a carência e a retomada de uma vida à dois. Os homens relutam quanto a depender de uma mulher. Elas estão mesmo diferentes, mais exigentes e autônomas, o que os assusta e afasta... A realidade, entretanto, mostra que viver a dois é bem melhor que a solidão de um vídeo à frente de um balde de pipoca... Ou, ainda, o acordar ao lado de alguém que não tem nada a ver com o que imaginaram na noite anterior... O medo excessivo de comprometer-se vem deixando os homens com fobia ao envolvimento. Acham que não vão dar conta de manter financeiramente um relacionamento. Acham que sofrer a dois é muito pior que sofrer sozinho. Acham que o estrago de uma separação deixa seqüelas difíceis de recuperar. Separação, eu sei como é, hummm! Será que você tem razão algumas vezes? Não, não tem razão não. Mas, pode prosseguir, sou todo ouvido. - Sabemos que se uma pessoa decide permanecer sozinha ou se prefere entrar para o mundo dos casados, talvez depois se sinta frustrada com as restrições de sua escolha. Isto faz parte da natureza do ser humano: uma permanente dose de insatisfação... Homens carentes: independente das perdas que encontrarão na escolha feita, arrisquem! Roberto, você não arrisca nunca, pensa sempre que está na distancia certa de sofrer por um amor. Você me fez sofrer muito sabia? Eu? Como assim? - Uma das maneiras de ficarem mais satisfeitos com a decisão de ficar à dois é tentar equilibrar os aspectos positivos do estar juntos com o esforço para evitar as possíveis desvantagens de ficar um carente eternamente à procura... Ou preferem mesmo permanecer nas suas cavernas silenciosas com um balde de pipoca ao lado, um vídeo na TV e uma companhia eventual nas noites que a carência apertar muito? É a maioria de vocês Roberto, quantos Robertos eu encontrei por ai. Pronto já começou a me ofender, eu sabia, devia falar para a minha filha não inventar mais essa coisa de você falar e falar.Descobri muitas coisas Liza, 18


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muitos de nós casamos pensando que nossas esposas são como nós e que sentem e pensam as mesmas coisas que nós sobre a vida. Obviamente, isso inclui deixar charmosamente no meio da sala o par de sapatos e ter uma peça de roupa elegantemente jogada a cada metro quadrado da casa. Ah! Como era romântico... Você sorrindo e dizendo que eu era um lindo bagunceiro e eu, orgulhoso daquele elogio, pensava o quanto eu era sedutor como minhas lindas atitudes "masculinas". Mas não demorou muito para que eu começasse a ter dúvidas quanto a se eu realmente estava agradando (por volta de umas 48 horas após a lua de mel). Aquela frase soou nos meus ouvidos como o estrondo de uma bomba que anuncia que a vida não será um mar de rosas. -"Se você pensa que vou passar minha vida, catando suas roupas pela casa, você está muito enganado!" Mas eu tinha certeza, e realmente eu queria acreditar que eu tinha feito a escolha certa ao me casar com você. Repeti várias vezes, em voz alta, no intuito de convencer a mim mesmo de que não me restava nenhuma dúvida quanto a minha escolha. Isso. Devo admitir, ajudou a refrear meu impulso de voar no pescoço dela! - Duas pessoas não podem viver uma relação intensa e intimamente sem descobrir diferenças bastante significativas entre elas. Obviamente a exceção a essa regra é quando uma delas se anula completamente e vive a vida do outro. Mas isso acaba sendo surgindo uma classe de problemas que poderá gerar uma bela conversa outro dia. A maioria das pessoas vê as diferenças entre um casal como uma ameaça a uma harmonia idealizada e jamais vivida, que é a continua igualdade de querer as mesmas coisas no mesmo tempo. Mas se a diferença é inevitável, como então encantar minha esposa? Bem, o que grande parte dos homens faz, e não devia, quando emergem as diferenças é tentar (doce ilusão) tornar as parceiras mais parecidas a eles próprios. As mulheres também podem ter uma reação semelhante diante desta situação. Mas vocês têm certeza de que gostariam que sua esposa se parecesse com vocês? No meu caso, eu não gostaria. Na verdade, eu não me suporto. Daí nunca casaria comigo mesmo. Detesto pessoas barrigudas! OK! Mas o que fazer? - Primeiro não faça a ela o que você gostaria que fizessem para você. Afinal você não casou com um homem com uma discreta barriga e um leve início de deficiência capilar. Portanto, tente agradar sua esposa com coisas e atos de que as mulheres gostam. Esqueça aquele conjunto de rodas de liga leve para o carro dela! Falando um pouco mais sério, muitos casamentos naufragam pela incapacidade de homens e mulheres de se encantarem renovadamente pela vida e em conseqüência começarem a se sabotar e gera vinganças ou revanches de suas frustrações. -Portanto aprender a agradar sua esposa (não somente na cama, garanhão) é uma forma de prevenir as crises no casamento. Não tente entender porque ela gosta disso ou daquilo. Talvez fossem assim na família de origem dela, ou era disso que a mãe dela sempre reclamava do pai não fazer ou perceber, ou mesmo só porque uma amiga a influenciou. Contudo, o mais importante é querer agradar. O tempo todo? Não! Pelo amor de Deus! O tempo todo é 19


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rotina, não é agrado. Vamos lá! Permita-se ser um pouco mais criativo. Não diga que você não tem gosto ou qualquer outra desculpa. Na verdade, você não gasta tempo e atenção para agradar sua esposa. Na verdade, você reserva apenas minutos da sua semana para pensar em algo a fazer ou comprar para ela. Era assim Roberto, que nós vivíamos. Todos nós sabemos que as mulheres não são fáceis e que, por definição, elas pensam que nós somos errados desde o momento em que dizemos o primeiro "não" na nossa vida (óbvio que o primeiro "não" é dito para uma mulher). Mas não é isso o que importa. O mais importante é a nossa eficiência em agradálas. Afinal queremos e precisamos ser agradados também. - O sexo fraco desapareceu? As mulheres estão cada vez mais fortes e batem recordes lado a lado com os homens. Pouco a pouco, deixaram de ser espectadoras e hoje desafiam a supremacia masculina em todas as modalidades esportivas. Atualmente, as mulheres governam nações, dirigem multinacionais e até pilotam aviões. Você notou isso Roberto? Infelizmente notei.

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Capitulo 4

Quatro coisas que podem romper os relacionamentos: Negligência: A negligência esfriará a chama do amor, afastará o casal um do outro. A negligência é deixar de olhar, de ouvir, de tocar de sentir, de acariciar, de trocar palavras de elogios. Manipulação existem dois tipos de manipulação – Ativa e Passiva. Manipulação passiva, a pessoa emburra e fica quieta. É aquela que usa o silêncio como arma para ofender o outro. Manipulação Ativa usa o mau gênio, raiva e hostilidade. É a comunicação na base do grito. Possessividade é quando um dos cônjuges começa a sufocar o outro, com cobranças, não dá liberdade ao outro de ser ele mesmo. Um bom relacionamento pode ser comparado a uma dança sendo construído sobre algumas das mesmas regras. Os parceiros não precisam se segurar apertado porque se movem confiantemente. Não pode haver o abraço agarrado, o aperto possessivo, a mão pesada. Assim são os parceiros no casamento. A sobredependência significa que você esgota o outro. Não se mantêm por conta própria. Espera que seu marido ou esposa satisfaça cada uma de suas necessidades. - Sabe Roberto, é duro, a coisa aqui fora, os homens em sua maioria estão batendo forte, são muito mulherengos, Esse é o tipinho mais desprezível, que não merece perdão. Ele não se dá nem o trabalho de te esperar virar as costas para olhar as pernas da garçonete e é comum soltar comentários do tipo "que gostosa essa loira" ou "essa sua amiga é mesmo um tesão". Não precisa nem continuar, não é? Eu encontrei alguns deles por ai, depois que você me deixou. Também alguns traumatizados, ele morre de medo de assumir um compromisso com você por causa das histórias com a ex. O pior de tudo é que já faz cinco anos que ele nem tem notícias dela, mas os traumas não passam. Ele generaliza e vive desconfiado, achando que todas as mulheres farão o mesmo. Vive em cima do muro, amargo, cheio de paranóias e crises existenciais. Resumindo: não curte o relacionamento e acaba te magoando por tabela. Não é meu Roberto. Eu não tenho nada com isso. Mas, pode continuar. - Mas, aprendi, reconheço um desses de longe, ele é melancólico e já no primeiro encontro conta toda a vida, com direito a um capítulo especial só sobre a ex-namorada. Eu acho que passei por uma reciclagem e descobri todo tipo de homem existente por ai. Já sai com um almofadinha, filhinho de papai, ele é cheio da grana e muito ligado na aparência. Tem o carro do ano, um apartamento bacana e muitas mulheres no pé. O problema é que age da mesma forma com você, como um bem de consumo. Além de achar que você não tem o direito de resmungar pelo simples motivo da grana pertencer a ele, você precisa estar sempre impecável quando sai com ele, ainda mais quando os amigos estão com vocês. 21


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Ë desse mal você não sofreu comigo não é Marta? Dinheiro? Esse nunca foi o meu forte e, no mais sempre fui péssimo para comprar roupas, você que fazia isso pra mim, lembra? - Roberto, e o cara intelectual? Sai uma vez com um tal de Adauto, á primeira vista ele era encantador. Ele parecia sensível, falava sobre a dívida externa brasileira como fala de Carlos Drummond de Andrade. Ele é inteligente e quase sempre bem-sucedido. Só tem um, porém. Ele não te deixa falar, nunca leva as suas opiniões a sério, está sempre com aquele ar superior. O pior de tudo é quando ele apenas banca o intelectual. Meu Pai aonde vai parar, ela não para, nunca. Mas, estou até gostando viu? Agora voltando a minha infância, posso contar? - Roberto. Acho que vou até o banheiro e, volto já. Ela não volta e, vai de encontro com sua melhor amiga e cúmplice Isis. - Então Liza. Como andam as coisas. O Roberto? - Isis, ele está como morto. Não olha, não ouve e não fala. - Como vamos fazer minha querida amiga. - Vou até o aeroporto, tenho que resolver isso. Vou a Europa conhecer mais sobre o Livro Oculto. Ou tentar descobrir algo. - Vou com você amiga. - Não é perigoso. Isso é um problema meu... - Não senhora, o problema é nosso. Sou tão culpada quanto você. Ele me falou das Bruxas do Rio Avalon, ali deve estar todo o mistério.

Há muitos anos... A Bruxaria é antiga? Eis a questão...., se considerarmos um agregado de conceitos, de crenças da antiga Europa, posso dizer que ela é uma das mais antigas religiões existentes, porque a Bruxaria surgiu do animismo, surgiu do xamanismo, acrescentou cultura e costumes de povos antigos, teve um aumento sócio cultural tremendo com a vinda dos Celtas e assim com todo esse agregado de culturas, de costumes e magias, damos o nome de Bruxaria, Bruxaria Tradicional cujo surgimento está nas famílias, clãs, tribos, aldeias.

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Ouvem-se gritos no ar! Alguns de prazer, outros de medo, ainda outros, de incentivo. Homens e mulheres unificados num só intuito, a iniciação, motivados pela ordem de Zúlya o espírito negro do sexo e da ordem espiritual, pensamentos mórbidos e negativos, como a ira, luxúria, inveja, cobiça, desonestidade, traição, roubo. Homens e mulheres em êxtase total. Deitada no centro, Liza toda perfumada e numa mesa preta e fria, com acabamentos em detalhes dourados como desenhos de estrelas, corpos e um olho bem no meio, anunciando a visão de Zúlya, deus vouyer, com energia pronta para relevar o prazer total para seus seguidores.

- Abuso das energias sexuais. A energia criadora do sexo é infinitamente a mais poderosa que possuímos. A revolução da consciência é para todas as pessoas que querem possuir a si mesmas, ser o senhor de seus processos psicológicos, deixar de ser um robô inconsciente manipulado pelos múltiplos agregados psíquicos ou defeitos psicológicos que controlam a máquina humana, deixar de ser uma infeliz vítima das circunstâncias para poder conhecer e mesmo controlar o próprio destino, para as pessoas que queiram conhecer a Divindade e beber na fonte da sabedoria. Os benefícios dessa revolução são maravilhosos e incontáveis. Mas não há como forjar ilusões, tudo isso custa trabalho, disciplina e dedicação. Nada se consegue sem esforço. Falou o mestre Djan- Um homem encapuzado que vive solitário realizando magias e cultos a seus novos integrantes em sua maioria mulheres. Liza, estava deitada seminua, toda excitada, porque eles estavam ali, olhando seu corpo, gemendo de prazer ao vê-la, de pernas abertas, esperando o ataque de Zúlya , através de Djan. Tudo gerava fantasias, era um caminho para cortejar a fêmea, excitá-la, deixá-la úmida, para depois ser tocada no seu genital em movimentos de caricias, até o momento de Djan possuíla, levando-a ao prazer total, fazendo assim a iniciação de Liza, tornando-a membro da Sociedade Secreta. A pedra filosofal é a que valoriza a semente sexual e lhe dá o poder de germinar, como mística levedura, que faz fermentar e levanta a inteira massa metálica, fazendo 23


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aparecer, em sua forma íntegra o Rei da criação. Quero me referir ao Homem autêntico, não ao animal intelectual equivocadamente chamado homem.

A vontade (Thelema) adquire o poder de transmutação que converte os metais vis em ouro, ou seja, o mal em bem, em todas as circunstâncias da vida. Por esta razão, para a transmutação, exige-se uma mínima quantidade de pedra filosofal ou pó de projeção. Cada metal vil dissolvido no crisol da alquimia sexual é sempre substituído pelo ouro puro de alguma nova virtude. Em algum momento, pessoas começavam a depositar aos pés de Djan e de Liza, uma quantidade de ouro significativa, nesse momento Liza estava sendo tocados por dois homens fortes e jovens, seus seios eram sugados por um deles, enquanto o outro saboreava seu sexo, toda molhada e latejante. Os gritos continuavam, Liza suava, tremia nas mãos daqueles homens, quando de repente, chega Djan todo excitado, com os olhos brilhando através da sua mascara. Muitas mulheres em volta de Liza, não agüentavam e pediam para os jovens sugá-las e masturbá-las e, eram prontamente atendidas. Num só golpe, Djan, subiu em Liza, empurrando seu mastro, enorme dentro dela, ouvia-se somente o grito de Liza, um prazer onde nunca havia experimentado antes. Lá estava Marie sua amiga, há dois anos iniciada pela SOCIEDADE SECRETA, participava duas vezes ao ano somente. Marie suplicava a Djan para possuí-la, entretanto nem respondia a sua suplica. Continuava em cima de Liza, uma jovem de 20 anos de idade, formando em psicologia e solteira, filha de executivos e havia conhecido Roberto pela qual se tornou noiva e apaixonada. Esse processo de nascimento alquímico, conquista de graus, faculdades, poderes, sabedoria, é o que consiste as autênticas Iniciações Brancas, que se dá nos Templos de Sabedoria nos mundos internos e que é algo muito sagrado e secreto. Os seres humanos comuns apenas possuem corpos lunares, que são frios fantasmas, totalmente limitados, mas que servem para nos manifestar, por exemplo, em algumas regiões do mundo astral. Assim como o nascimento comum de todos os seres, o nascimento ou criação dos corpos existenciais do 24


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Ser também é um problema sexual. Somente através da energia criadora do sexo é que pode nascer algo. Porém para o nascimento alquímico é necessário o suprasexo, a Magia sexual, o Sahaja Maithuna ou Alquimia, que por certo têm um procedimento correto para se praticar. A humanidade em geral caiu e se degenerou porque abusou do sexo. Isto está simbolizado pela destruição de Sodoma e Gomorra. O comportamento sexual degenerado da humanidade é muito semelhante ao de bestas como chimpanzés e orangotangos. Ás vezes mais bestiais ainda. Infelizmente é tamanha tal degeneração que vemos cada dia novas abominações, comportamentos sexuais cada vez mais grotescos, bizarros e tenebrosos. Com o suprasexo o ser humano pode se regenerar e ascender espiritualmente. Num momento alguém chama a atenção de todos e diz algumas palavras. - A palavra sacrifício é a junção das palavras sacras (sagrado) e ofício. Logo significa um trabalho superior ou mesmo divino. O terceiro fator de revolução da consciência é a entrega, sem distinção ou discriminação de qualquer espécie, sem exigir ou mesmo esperar nada em troca, dos conhecimentos necessários para todas as pessoas que queiram fazer a revolução da consciência. Todo ser humano pode chegar à experiência da realidade. Todo ser humano tem direito às grandes vivências do espírito, a conhecer os reinos e nações das regiões moleculares e eletrônicas. Todo aspirante tem direito a estudar aos pés do Mestre, a entrar pelas portas esplêndidas dos Templos de Mistérios Maiores, a conversar com os brilhantes filhos da aurora do Maha-Manvantara da criação face a face. Contudo, tem-se que começar por despertar a consciência. É impossível estar despertos nos Mundos Superiores se aqui neste mundo celular, físico, material, o aspirante está dormido. Quem quiser despertar a consciência nos mundos internos, deve despertar aqui e agora, neste mundo denso. Se o aspirante não despertou consciência aqui neste mundo físico, muito menos nos mundos superiores. Quem desperta consciência aqui e agora, desperta em todas as partes. 25


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Quem desperta consciência aqui neste mundo físico, de fato e por direito próprio, fica desperto nos Mundos Superiores. O primeiro que se necessita para despertar consciência é saber que se está dormido. Isso de compreender que se está dormido é algo muito difícil, porque normalmente todas as gentes estão absolutamente convencidas de que estão despertas. Quando um homem compreende que está dormido, inicia então o processo do autodespertar. Estamos dizendo algo que ninguém aceita. Se a qualquer homem intelectual se lhe dissesse que está dormido, podeis estar seguro de que poderia ofender-se. As gentes estão plenamente convencidas de que estão despertas. As gentes trabalham dormidas, sonhando... Manejam carros dormidos, sonhando... Casam-se dormidas, vivem dormidas, sonhando... E não obstante, estão totalmente convencidas de que estão despertas.

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Capitulo 5 26


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Uma vez que os membros da Sociedade Secreta estavam convencidos que os povos daquela região eram descendentes de extraterrestres (oriundos do sistema solar de Aldebaran, cujos habitantes teriam iniciado a colonização do Universo há 500.000 anos, e atingido o nosso sistema há poucos milhares, tendo aterrado na região da Mesopotâmia, onde constituíram uma "casta superior"), nos finais daquele ano de 1919 a VRIL contatou uma médium, famosa na época, chamada Maria Orsic, para que com eles trabalhassem no intuito de que os pudesse apoiar na investigação da existência de vida extraterrestre. A Bruxaria é um ofício que utiliza a magia natural para obter fins específicos e existe desde os primórdios da humanidade. A Bruxaria é pagã. Quando dizemos pagãos, estamos nos remetendo à origem do termo, que vem do latim pagani. Pagani significa "morador do campo" ou "aquele que vive do campo". Esse foi o termo usado pela Igreja Católica para classificar os povos que moravam no campo e celebravam as colheitas e os ciclos do Sol e da Lua. Vale lembrar que tais pessoas dependiam essencialmente da Natureza para sobreviver. Assim, para eles era comum festejar uma colheita que vinha farta e trazia comida para todo o inverno, pois isso significava vida para eles. Esses povos não eram católicos nem cristãos, não por se oporem a essas religiões, mas por suas crenças serem milhares de anos mais antigas. Eram as crenças deles, apenas, e diferiam das crenças cristãs assim como o Budismo ou o Hinduísmo diferem. O Paganismo seria, então, o modo de viver dos povos pagãos, lembrando que usamos o termo pagão para classificar toda e qualquer pessoa que celebre a Natureza e seus ciclos. A Bruxaria é apenas uma das inúmeras vertentes pagãs. Temos também o Druidismo, o Xamanismo etc. Vamos resumir as coisas, então: a Bruxaria não é uma religião, mas um ofício, um conjunto de crenças pagãs. A Wicca, no entanto, aparece como a religião da Bruxaria, com rituais, divindades, dogmas e tudo o mais que uma religião tem direito. A Wicca surgiu com Gardner, porém, aos poucos, foi sendo modificada de acordo com as necessidades de seus praticantes, ou de quem queria ser praticante. Temos, distintamente, duas vertentes da Wicca: a Wicca Tradicional (gardneriana e alexandrina) e a Wicca Moderna (qualquer outra vertente que venha depois das duas citadas anteriormente).

Ambas, apesar de serem Wicca, são bastantes diferentes umas das outras; porém, a essência é a mesma. O que muda é a forma de fazer a coisa toda.

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A Grande Mãe é a face mais conhecida da Deusa e pela qual Ela é mais chamada desde o começo dos tempos. A Deusa como Mãe simboliza aquela que dá a vida, mas também pode tirá-la, assim como tudo na Natureza. Ela se preocupa com seus filhos, ela é fértil, sexual, justa, segura de si. Vale salientar aqui, no entanto, que isso jamais teve o intuito de afirmar que os povos antigos acreditavam única e exclusivamente numa Grande Mãe; afirmar isso seria ignorar toda a crença politeísta que guiou os dias de outrora. O Sagrado Feminino não significava UM Sagrado Feminino, mas a sua representação. Na Wicca, o Sagrado Feminino é muitas vezes chamado como "A Deusa dos Dez Mil Nomes", em função da variedade de cultos a deusas em toda a história das civilizações. Isto não significa que exista, na verdade, uma só Deusa que tenha tantas faces, mas que todas essas faces sejam divindades distintas. A denominação única "Deusa" não nos leva a um monoteísmo; pelo contrário! Apenas usamos para denominar essa crença no Sagrado Feminino como um todo.

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Capitulo 6

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O Ritual Seja somente um ritual de meditação, um Sabath ou Ésbas, não é necessário que você fique tenso, muito pelo contrário, você deve ficar leve e solto, rir bastante, o que é uma proteção, portanto quando perceber que se esqueceu de algo, ria e recomece e nenhuma energia negativa vai poder ficar atrapalhando seu ritual, se tiver alguém que toque algum instrumento poderá faze-lo, afinal na maioria deles são festas e comemorações. Na bruxaria, não existe aquela rigidez de outras religiões, que se tem "medo" dos deuses, nossos deuses são alegres e bondosos, e por eles temos respeito, mas não medo. Essa rigidez acontece muito entre jovens recém iniciados, quando participam pela primeira vez de um ritual, acabam ficando tensos e com medo, e a maior arma contra o medo é a confiança e a alegria, junto as deidades. Também não é necessário que se gaste verdadeira fortuna para fazer um ritual cheio coisas caras e pomposas, a menos que você tenha condições financeiras para isso. Ele pode ser simples e de bom gosto, o efeito será o mesmo. O Poder para a Terra Nesse momento você enviou as energias, mas alguns resíduos ainda ficam ao seu redor. Agora você deve comer o que estava no Círculo, broa, frutas, pães, bolos...Beber o vinho, porém devem ser abençoadas antes. Ofereça aos Deuses, esparrame pedacinhos e derrame algumas gotas de vinho....O que sobrar enterre e deixe o local limpo. Espalhe sal ao redor do Círculo e coloque um pouquinho na boca. Eleve o Pentagrama e visualize-o absorvendo o excesso de energia. Pode ser feito também com o Athame. Essa energia que ficou no seu instrumento poderá ser reutilizados em encantamentos ou para abrir novos Círculos Mágicos. Agradecendo aos Deuses Agradeça aos Deuses, os Elementais, os Elementos, aos Guardiões das Torres do Norte, do Leste, do Sul e do Oeste. Pode-se fazer isso de diversas maneiras, cantando, tocando, por palavras de agradecimento. Seja simples....Você é apenas um bruxo, não diga jamais...vocês podem partir, porque na verdade eles habitam dentro de nós, no Universo e na Natureza, apenas agradeça por sua presença e atenção...E que retornem...Somente isso.

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Capitulo 7 Maio de 1968... (30 anos atrás).

Assim começou a iniciação de Liza, uma menina doce e carente, no perfil de sua alma amava seu Roberto, mas sentia uma euforia de conhecimento como mulher indizível, não resistiu aos apelos sexuais da Sociedade Secreta. Entrou em êxtase por longo tempo, era a preferida do sacerdote, moça linda, meiga de corpo estonteante, começou a gerar polemica dentro da sociedade, muitos queriam ter relações com ela e outras queriam ter relações com o sacerdote Djan enviado do deus Zulya sacerdote do prazer e do encontro espiritual. Roberto era um homem de maneiras simples, tinha um objetivo na vida, se casar com Liza, terminar sua faculdade de administração e ter uma vida a dois e se possível 2 filhos. Na verdade, Roberto era um homem ingênuo, assim como Liza, apesar dela ter sido influenciada pela amiga e, pelo desejo forte de um encontro espiritual, acabou cedendo aos apelos da Sociedade, entrando assim na roda viva dos prazeres da carne numa versão especial de iniciação, se sentindo cooperadora de uma obra sem par. - Oi, Liza, você está bem? - Isis? Menina quer me matar de susto é? - Só quero saber se você está bem, o Roberto desconfia de alguma coisa? - Não Isis, claro que não, se tá louca? - Nossa, Liza, que delicia você sendo tragada por aquele cavalo de homem, fiquei toda com ciúme, eu estou lá a algum tempo e só fui tomada por ele, apenas 3 vezes, e você ele fez três vezes no mesmo dia. Nunca aconteceu isso antes. - Não sei não Isis, me senti tão mal, pareceu que eu estava traindo Roberto. - Que nada, sua boba, traindo? Você está sendo requerida pelos deuses para um trabalho importante, mas você gostou vai? Confessa? - Humm! Não é assim Isis... - Como e então, me conta como é sentir todas aquelas pessoas morrendo de vontade de estar em seu lugar. - Verdade, para falar a pura verdade, não foi mal não... ‘Você gozou? - Para Isis, olha como fala. 30


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- Como eu falo você gozou? Tem outro jeito de falar? - Não. Não tem, eu fui ao orgasmo sim, umas quatro vezes. - Uauauau! Eu sabia, aquela gemação sua ali não era dor não, eu tinha certeza de que estava toda doidinha. - Quer me deixar sem graça é? - Não sua tonta, quando a gente vai lá de novo Liza? - Eles viram nos chamar, mas tenho que me cuidar, o Roberto não está entendendo, essas sumidas minha. - Roberto, Roberto, para Liza, você é a deusa de Dja e fica ai pensando em Roberto. - Eu o amo Isis. - Tudo bem, mas pode dar prazer ao seu deus ou não? - Acho que estou conseguindo ou não? - E como, ele fica até tremendo quando você chega. - Mas, o que eu acho estranho é que eles não fazem nada mais, alem desse ritual de sexo, às vezes me sinto usada. - Mas, é para ser usada mesmo Liza, você não está em busca da verdade plena, em busca de agradar a deus e não quer ser feliz no amor? - Sim, eu quero muito. - Então se troca vamos sair. - Estou indo, perae. No trabalho, Roberto fica eufórico porque está para ganhar uma promoção, sua competência o levou a se tornar o mais novo gerente da multinacional PastFod, uma empresa ligada ao gênero alimentício. Seus diretores presidente Charles Windos, pessoalmente levou Roberto ao alto posto da gerencia administrativa. Essa seria a grande noite da posse de Roberto e seu amigo pessoal Marco Frias que passou a ser diretor de criação da empresa, na área de marketing. - Então meu querido e honrado amigo Roberto, como você se sente como o mais novo e capaz gerente da PastFod do Brasil? - Eu vou dizer somente se você Sir. Marco frias, como vossa senhoria se sente ao conquistar o maior cargo na área de marketing da PastFod do Brasil?

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- Meu caro colega, o que posso lhe dizer, a não ser, que estou acima de vossa excelência alguns tópicos a mais... - não, não, caro e eminente colega, a vossa senhoria só chegou a esse cargo porque eu corrompi nossa presidência. (risos) - Há é assim, então vou lhe confessar uma coisa, seu cargo, somente foi entregue a vossa senhoria, porque eu, seu mais fiel escudeiro coloquei uma 38 na cabeça da nossa presidência e lhes disse “- Senhores se Roberto não for gerente por aqui em uma semana, seus miolos viraram palha na sopinha infantil da FastFod. - Ei! Pessoal, o chefe está chegando. - Como vão os mais novos postos da FastFod? Vocês estão bem? Bom, to passando aqui para dizer que a festa será às 18h, estaremos todos prontos, porque o nosso presidente Charles, tem compromissos depois das 20h, ok? - Tudo certo, estaremos prontos as 19 então chefe. - 19h? - OPs! 18h. - Vou chegar um pouco mais cedo, a Patrícia e a Rose estarão aqui para arrumar o local, deixar um pouco mais decente do que está certo? - Não gostei da insinuação chefe. - Um toque feminino senhores, somente isso. Alguns quilômetros dali, no centro de uma grande mata uma reunião se procedia. A sociedade, também estava em transformação. Doze homens estavam reunidos para decidir quem seria o novo Dja. Aquele que possuía Liza já havia cumprido seu tempo. Nessa reunião estariam homens que foram Djas, homens que serviram a Sociedade Secreta durante anos e, agora estariam em votação para a escolha do próximo Dja que ficaria no cargo durante 4 anos. Todos vestidos de azul Royal, trazem o membro ativo que vesti preto e colocam uma veste roxa nos candidatos ao cargo. Nessas tardes, como era de costume da Sociedade Secreta, fazer suas reuniões mais importantes, para não levantar suspeita, estavam prontos para votarem a mando do deus Zúlya deus vouyer. Na Sociedade. O líder. - Senhores membros, iniciarão os debates até a presença de Zúlya nesse recinto para a escolha do membro Dja. O reformador da causa proscrita no capitulo 57 versos 2, 3 e 4, onde diz: - “Toda a troca de membro Dja deve ser feita por doze apóstolos esvaziados de seus semens. Não podendo nenhum membro votante dar sua opinião ou voto algum sem jorrar ou externar seu semem no pote de ouro consagrado a Zúlya. Quando por algum motivo algum membro desconfiar de que, seu companheiro de votação ainda vive em excitação, não estando totalmente livre da 32


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forca de seus desejos , devem imediatamente fazê-lo, jorrar por duas ou mais vezes seus semens”. Portanto senhores, vamos iniciar nosso descarrego sexual, de forma onde todos de uma só vez cheguem ao externo com seu gozo. Se algum membro tiver vontade de ser acompanhado por uma mulher, que diga agora e as senhoritas de vermelho entrarão e ajudaram na excitação dos membros solicitantes. Senão como eu, começarei a me pronunciar em ato de masturbação nesse instante. - Senhor Procente, eu quero uma senhorita. - Pois não, alguém mais? OK, que venham 7 senhoritas e acompanhem seus homens no ato descrito na causa proscrita. Assim, todos iniciaram seus procedimentos de masturbação e chegaram ao orgasmo, alguns sozinhos outros com as mulheres escolhidas, para fazerem, o ato ou simplesmente olharem, porque alguns eram exibicionistas e sentiam prazer em serem olhados. Foi assim, escolhido o novo membro Dja, um jovem de 29 anos, com mais de 1.87 altura e pesando 95 quilos. Tudo estava pronto para mais uma nova iniciação de mulheres desejosas de fazer parte da Sociedade Secreta. No montante, algumas das mulheres não escolhidas pelo Dja, eram possuídas por membros escolhidos por votação de 50 membros. Chegando das compras Iza e Isis conversam. - Nossa que estranho você percebeu? - Percebeu o que Isis... - Aquele, homem, nos olhando fixo e, em todo lugar por aonde ia-mos lá estava ele. - Não, não percebi nada, você Iza, vive encucada, para? Ela não poderia imaginar que poderia estar sendo perseguida. - Pode ser. - Então, pronta para irmos à festa do seu namorado? Ou noivo? - Risos, só você mesmo Isis. Ainda não é claro.

Batem a porta de Liza. - Quem é Isis? - Alguém da Sociedade veio aqui e disse que querem você a noite de hoje 22 h, na propiciação do novo Dja.

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- Hoje? Como Isis, se tenho que estar com Roberto. - Não sei Liza, a gente tem que dar um jeito. - Nossa! Não tenho nem espírito pra isso. - Você não tem que ter nada minha amiga, ele sim quer você hoje. Quer começar seu mandato com você. - Ai Isis... - Ai, há se fosse comigo, estaria lá embaixo desse homem. Vamos fazer o seguinte, a festa deve ir até altas horas, a gente chega fica com eles até perto das 21 h, você diz está com sono e sai fora. - pensa que é fácil assim é...Roberto vai começar a desconfiar, ai sim, vai tudo por águas a baixo. - Não, importa Liza, você deve ir ao encontro do novo Dja. - Eu sei, eu sei tá bom, vamos lá damos um jeito. Na festa de posse do Roberto e Marco. - Então, Roberto, como você está se sentindo com um cargo tão acima do que você merece? - Olha não vou mandar vocês para aquele lugar porque estou me sentindo muito feliz, mas tanto que não consigo não pensar em demitir uns três de vocês ok? - HUmmmm!!! Entendemos senhor, entendemos to saindo fora... - OI meu amor, como andam as coisas por aqui? -HI, Liza, ele está atacado hoje, já subiu pra cabeça. - Não meu amor, não deixa nada subir pra cabeça, ele é maravilhoso. - Está bem, então, vai pensando assim você vai ver depois que se casarem o que ele vai fazer com você. - O que amor, você vai fazer? - Amor deixa esses malucos pra lá... - Ta bem. Fui! Meu querido vai passar o filme do Beatles domingo no cinema, vamos assistir? - Jura? Legal, eu li mesmo algo sob o filme, vamos sim. 34


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- Amor? - Fala meu doce, você esta querendo alguma coisa o que é. - Vou ter um compromisso, daqui à uma hora, você ficará chateado se eu sair da sua festa? - Não amor claro que não. - Por isso é que eu te amo. - Gente. Quero fazer um brinde ao nosso novo gerente regional Roberto o maior de todos. - (risos) Enquanto isso, Liza sabia que Roberto estava tão absorto com a posse que nem perceberá se ela iria sair ou ficar. Nesse momento Liza vai à chácara da Sociedade. No caminho; - Liza? - Diga Isis? - Como você está se sentindo? - Não sei, não sei se o que estou fazendo é o certo? - Claro minha querida, você tem que fazer a sua parte, para que outras pessoas possam ser ajudadas, veja quando estão em dificuldades espirituais e você será uma das maiores iniciadas de todos os tempos. Eu fico toda excitada aqui, quando me pegaram, eu quase morri e queria mais e mais ai! - Sua boba. Imagino como deva ser bom, - A gente tem que se soltar Liza, deixar a sensualidade tomar conta da gente, sonhar estar cedendo ao maior deus grego do mundo nosso corpo, lembrar que estaremos fortalecendo nossos vínculos com os céus. - Estamos chegando minha querida Isis. No local, todos prontos, o local onde Liza será iniciada estava com toas às pompas de uma rainha. Local iluminado por tochas, tudo decorado com fotografias de corpos em atos sexuais, mais de 30 pessoas e o Dja com seus olhos escancarados, cheiroso, pronto para selar o corpo de Liza. Elas chegam ao local, Liza toda excitada e não sabe o porquê, uma mistura de crença, desejos e fantasias, que nem ela sabia que trazia no coração. Desceu do carro, olhando quase sem entender do porque estava ali, toda molhada, imaginando ser penetrado pelo Dja, foi recebida por Margo, uma experiente senhora que a levou para o quarto de cuidados... Liza entrou para tomar seu banho com pétalas de rosas, leite de cabra rodeada de velas coloridas, o incenso tomava 35


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conta do banheiro e do quarto, de repente entram dois jovens, seminus, corpo magistral e ficam em pé, olhando Liza toda a mercê do voyerismo deles, ela fica meio atônica sabe que isso deve fazer parte de alguma forma do ritual da Sociedade. Ela procura relaxar, estava excitadíssima, pensou em deixar se levar pela circunstancia, então olha para os jovens que a convida para uma massagem, ela ficou olhando sem nenhuma força para dizer não os deixou tocá-la. Um a pegou pelos pés, e o outro, pelo seu colo, a massagem era na verdade uma forma de excitá-la para o DJA, mas ela já estava toda preparada, não pensou no seu noivo Roberto por nenhum instante. - Liza? - OI, quem é? -Sou eu Margo, como você esta se sentindo menina? - Acho que bem - (sua voz estava tremula de tesão ela estava indo para um gozo sem par, numa mistura de excitação, medo, arrependimento e vontade). Alguém entrou de mascara e o corpo todo coberto e abriu as pernas de Liza, tirou a luva e tocou-a, sentiu toda a umidade da sua vaginha, levou ao rosto sentindo seu odor e saiu. No outro lado Roberto preocupado, porque não sabia de Liza. Acabou a festa e ele ficou todo eufórico para falar com ela, sai em busca da sua Liza. Tudo pronto, DJA na sua sala intima, também foi preparado por outras mulheres, para ter Liza como sua principal iniciante. - Senhores e senhoras. Quero convidá-los a exercer suas funções de majoritários lideres da Sociedade Secreta, deixando fluir os ritos dos deuses em seus corpos somente assim poderemos no sentir vivos e prontos para a vida. Teremos hoje uma jovem que foi escolhida por Dja o Deus negro do prazer, para trazer vida a essa jovem para sempre, ela será eterna entre os deuses, abaixem as cabeças em respeito à DJa. Entram DJA e Liza, ele todo coberto com uma mascara preta e com o tórax de fora e a parte intima toda volumosa e ereta. Liza, com uma chenir leve todo aberto, rasgado pela frente toda a mostra. Foi colocada na mesa da iniciação, musica tocando, pessoas todas excitadas olhando o momento da copla de DJa. De repente silencio no ar e uma voz diz “Eu já disse que uma boa fêmea se deixa dominar”. Por quê? Primeiro porque ela sabe que o macho é muito mais forte do que ela, segundo porque ela deseja para si, o poder do seu macho e terceiro, no caso da mulher, porque gosta e muito. Ser dominada ou ter o domínio significa ter o poder ou não. E a mulher fêmea tem em seu sangue a arte da sedução. Nesse jogo é a fêmea quem tem o poder, mas ela faz 36


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o macho acreditar que está no domínio. Uma boa mulher usa seu poder de sedução como uma arma poderosa para atrair o homem que quer. Ela o hipnotiza com seus encantos, provoca-o com seu olhar, atordoa-o com os movimentos lascivos do seu corpo sinuoso, excita-o com seu cheiro, instiga-o com seus mistérios e depois o amansa com seu sorriso. Um homem seduzido assim está à mercê dos próprios instintos. Está dominado pelo desejo“. As mulheres nesse momento começam a pegar seus homens e como num balét chupam seus machos com voracidade total, eles gemendo de prazer, olham Liza pronta para ser absorvida. Todos fazendo sexo, Dja e Liza esperando o momento para a introdução. - Margo diz o ajudante de DJA< traga DJA e coloque-o em cima de Liza. Margo leva seu deus para Liza, que fervia de vontade, ela se abriu sozinha para ele que com a ajuda de Margo é colocado em cima de Liza, colocando seu enorme mastro na porta da sua vagina e com a mão de Margo, desliza sobre o clitóris de Liza. Ele todo molhado, sente escorregar na vulva da sua escolhida que com um golpe fatal empura sua vagina em direção ao membro volumoso de Dja num balét de gemidos e masturbação, nesse momento o pênis dele entra de forma suave na sua vagina, ela num movimento de vai e vem,grita para ele enfiar tudo dentro dela, sua virgindade se vai, ela de forma canibal, morde sua mascara, e sobe de forma foraz em cima de DJA e cavalga sem parar no seu mastro latejando, nunca outra virgem fez isso com deus DJA, todas submissas ao prazer dele, se vê tomado por uma menina volupiosa e desejosa por toda uma situação. Todo o povo se excita em ver a delicia de Liza sobre ele, começam a perverter o momento com gritos de prazer e sexo grupal. Os anos se passaram, ela envolvida na Sociedade sentia as delicias das novas iniciantes. Durante décadas outros comandavam a Seita com a mesma voracidade que o Professor. - Roberto! Preciso falar com você... - Que cara é essa? Meu amigo, o que aconteceu prá você ficar assim? - Meu caro, o que eu tenho pra te dizer não é fácil não. Você pode até perder a amizade comigo. - Eu? Perder amizade com você? Está louco é? - Devo estar, mas o que te vou falar é algo terrível. - Assim você está me assustando, me conta o que houve? - Bom, não sei se tenho coragem. -EEEEE! Não começa, primeiro você vem aqui, me deixa com a pulga atrás de orelha e depois vem com essa de não sei se tenho coragem? 37


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- Roberto. - Sim, fala! Não teve coragem de contar para Roberto toda a verdade que havia descoberto, disse ser uma brincadeira. Perto dali estava Isis e Liza conversando. - Para Isis, eu sei o que estou fazendo. - Não sabe não, está jogando tudo fora, por causa do Roberto. Eu até entende que vocês se casaram e tem uma menina, mas você não pode parar agora. Eles não deixaram. - Não me importa o que eles pensam, quero viver a minha vida com Roberto e minha filhinha, entende? - Não, não entendo não, quando você aceitou a fazer parte da família, você sabia que não iria poder mais sair. - Já fiz demais por essa sociedade e, agora quero me dedicar a minha família. O Roberto logo estará desconfiando, eu estou sempre saindo, sem dizer direito aonde vou. - Ele sabe que está comigo. Não faça isso Liza. - Já fiz e, não volto atrás. - Que Deus te ajude. Só você sabe dos segredos da Sociedade Liza. Fizeram isso para que você fique presa a eles eternamente. Que Deus te ajude! Mas, seu líder veio se apaixonar desesperadamente por Liza, passando assim o segredo do livro Oculto da Sociedade Secreta. Liza, no inicio ficou apavorada com a revelação das coisas que aconteceriam nos finais dos tempos. Acabou acostumando com a idéia e deixou-a para trás como se tudo não existisse não passasse de fabulas.

Tomou para si à vontade de seguir somente com sua família que tanto amava. Apesar do alerta de Isis, não deu valor ao seu conhecimento profundo das boas novas do Apocalipse.

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Capitulo 9

Liza entra em seu quarto e de repente pega algo como um livro do fundo de seu armário e abre. Fica novamente estática como uma pedra de gelo e começa a folhear aquilo que nunca pediu para si. A bíblia da Sociedade Secreta, o livro oculto e seus últimos acontecimentos. “A época atual é de tremenda significação e interesse, pois o mundo acha-se face a face com a hora de sua última grande crise. A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixado a sua atenção nos fatos que se desenrolam a redor de nós. O mundo se encontra a beira de uma crise estupenda. Os sinais revelam que o tempo está próximo, são visto em tempestades, enchentes, temporais, terremotos, perigos em terra e mar. Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado da sua condenação vindoura. Encontramo-nos no limiar dos grandes e solenes acontecimentos. Temos que contestar e esconder as grandes verdades nele existidas, não podemos permitir que o mundo soubesse o que sabemos, essa sociedade foi criada para ser salva e não o mundo. Por isso, qualquer que de alguma forma”. tomar posse dessas verdades e tentar corromper-se, devera morrer eternamente no fogo e enxofre. Neste livro se encontram revelações importantes do passado e circunstancias do futuro, de coisas vistas, das forças do bem e do mal. Aqui se descerram as cortinas para descobri-lo e mostrar cenas de todas as cores e matizes. O Apocalipse trata de coisas aparentemente indecifráveis, como as trombetas, as igrejas, os selos, cavalos brancos, vermelhos e negros, Babilônia e batalha do Armagedon. As bênçãos virão para aqueles que “Lêem e Ouve” as palavras desta profecia e guardem as coisas nelas escritas. Vi outro poderoso anjo comissionado para descer a terra, unir sua voz ao terceiro anjo e, dar força e poder á sua mensagem. Grande poder e glória foram dados ao anjo, e ao descer ele, a terra foi ILUMINADA com sua glória. A luz que assistia a esse anjo entrou em todos os lugares... A obra deste anjo manifestou-se no tempo certo para unir-se á ultima obra da mensagem do terceiro anjo, ao ela evoluir e tornar-se um alto clamor. A mensagem do terceiros anjo preparará um povo para estar em pé nestes dias de perigo. Será proclamada em alta voz e se imporá à atenção do mundo. Caiu a grande Babilônia, a mensagem da queda de babilônia como nos é dada pelo segundo anjo é repetida com a menção adicional das 39


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corrupções que têm entrado nas igrejas desde séculos atrás. A confusão existente entre credos e seitas em conflito uns com os outros é apresentada como babilônia (confusão). Babilônia tem estado a alimentar doutrinas envenenada, o vinho do erro. Por causa da sua rejeição as verdades enviadas do céu para ela, ministros das fabulas, profetizam coisas agradáveis, e silenciar a consciência despertada. Os ganhos de uma vida inteira agora serão varridos. Os poderes das trevas não abandonaram o conflito sem uma luta. A providencia contudo tem uma parte a realizar na batalha do Armagedon. A batalha do Armagedon logo devera ferir-se. Aquele cujo nas vestes está escrito o nome do Rei deverá comandar a grande batalha. Aparecerá no céu uma grande nuvem branca sobre a qual estará sentado o grande homem, um séqüito de santos anjos, com coroas brilhantes, resplandecentes sobre a cabeça. A terra irá tremer diante dele, os céus se retirarão. E todas as montanhas e ilhas serão removidas dos seus lugares. Então virá o convite às aves do céu para a grande ceia. Os principados e potestades da Terra estarão em amarga revolta contra tudo e todos. Eles estarão cheios de ódio contra aqueles sabedor da verdade e, logo, logo muito logo, será travada a última batalha entre o bem e o mal. Os habitantes da Terra irão sofrer as sete ultimas pragas. Irão morder a língua de dor, e maldiçoaram a Deus. Os seus olhos consumiram-se nas órbitas e suas línguas em suas bocas pareceram inundadas de sangue.As espadas apareceram para exterminar, alguns estarão num pavilhão seguro. Sairá o anjo da morte com armas destruidoras. Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões sucumbem a todos que habitam na Terra e serão mortos naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra extremidade da Terra. - Meu Deus! (grita Liza) – O que fazer. Estou tremendo de medo, sei das conseqüências que acarretará essa minha saída da Sociedade, mas o que fazer com essas verdades? Meu Deus. Liza correu ao encontro de um homem religioso, o padre da sua cidade, que conhecia desde menina. Relatou seu medo sobre os possíveis acontecimentos na batalha do Armagedon sem abrir totalmente aquilo que sabia. - Então senhor. Estou confusa. - Minha filha, em uma época apresentou-se um homem – se é correto chamá-lo e homem. Sua natureza e sua forma eram a de um homem, mas sua aparência era mais do que a de um homem. Suas obras eram divinas, e Ele praticou feitos maravilhosos, espantosos e cheio de poder. Portanto, não me é possível chamá-lo de um homem, mas, tendo em vista a natureza que Ele partilhava 40


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com todos, eu também não posso chamá-lo de anjo. Quando viram o poder Dele e que executava tudo o que queria com palavras da sua própria boca, eles o incitaram para que entrasse na cidade e massacrasse os romanos e Pilatos. Mas Ele desprezou isso. Mais tarde os lideres dos judeus tiveram conhecimento disso e se reuniram com o sumo sacerdotes e disseram: Somos desprovidos de poder e demasiadamente fracos para nos opor aos romanos como um arco que está entortado. Contemos a Pilatos o que ouvimos e não teremos aborrecimentos se ele ouvir dos outros, nosso bens poderão ser confiscados, nós próprios poderemos ser decapitados e nossos filhos exilados. Assim lhes entregaram o fazedor de milagres. Mesmo que seus ensinamentos e sua personalidade são motivos de controvérsia históricas e teológicas de longo alcance e que nunca terminam. Então minha filha, não se surpreenda com essas duvidas em relação aos acontecimentos dos últimos dias. Reze bastante e cuide a sua vida. - Eu sei padre, mas? - Mas o que menina? Você tem uma filha e um bom marido para cuidar. - É verdade senhor. Bom, obrigado por tudo. - Quando precisar é só me procurar. Não obstante Isis contemporânea e fiel à seita vai ao encontro dos lideres contar o que Liza pretende fazer. Claro que de forma ingênua pensando estar fazendo o bem apara ambos, relata a mudança inesperada dos caminhos de Liza. Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios aparecem como dependendo da vontade e façanhas humanas. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder e capricho. Nas profecias porém afasta-se a cortina e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contra marcha dos interesses poderio e paixões humanas, a força de um ser Todo Poderoso a executar silenciosamente a Sua vontade. Ezequiel diz em sua profecia “ Os símbolos que lhes foram apresentados revelam, porém, um poder superior ao dos governantes terrestre”. O livro selado com sete selos. É-nos declarado que o livro contém revelações desconhecidas, e Liza estava impaciente para entendê-las. E que o seu choro copioso era causado pela expectativa pessoal de poder obter um conhecimento do futuro. Esse livro se não for aberto será a total desgraça da humanidade. È o grande livro do destino, o livro que aberto revelará a grande sorte do mundo.

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A abertura dos selos significa os passos sucessivos pelas quais aclarará os caminhos para desenrolá-lo da redenção, e, possessão adquirida. Existe uma herança perdida e sem possuidor através destes milhares de anos. Tudo testifica que é uma herança bendita. Mas, ah o seu possuidor original pecou e, ela escapou-lhe das mãos. E toda posteridade ficou deserdada. - E agora, o que devo fazer. Não sei para onde ir. Não, Não... (falou Liza desesperada). Continuou lendo o livro e a cada momento se interava de suas responsabilidades. - O livro selado, o titulo dessa hipoteca, deste direito perdido, está marcado aqui, nas verdades nela contida. O espírito de liberdade, as confederações democráticas, o comunismo, e o esclarecimento, muito unidos à profecia que perpetuarão os seus esforços para consumá-la de uma maneira tão agigantada e fascinadora como o mundo jamais contemplou, mas apenas para operar a mais espantosa derrocada que já ocorreu... Como na antiguidade o livro é um rolo, para desenrolá-lo é preciso cortar ou quebrar todos os sete condões com os quais era amarrado. Ao quebrar as amarras os selos se despedaçam e lhe é dada a visão. Quatro cavalos e quatro criaturas viventes. Uma criatura dá ordem ao primeiro cavalo. Cada cavalo está sob o comando de uma criatura. Em cada selo dos quatro existentes Ao abrir cada selo Liza via de forma concreta e visual os acontecimentos. A cada selo aberto era dado uma ordem, e a visão que se segue depois de quebrado o primeiro selo é de um cavalo com seu cavaleiro partindo para uma missão. As quatro criaturas que ela vê soa nada a mais do que quatro anjos comandantes. Quatros selos e quatro cavalos cada um de uma cor, branco, vermelho, amarelo e preto. O uso das cores aqui é como um símbolo ilustrado pelo costume Tarmelão. Quando cerva a cidade, içava pavilhões brancos para indicar clemência ao inimigo. Se a resistência se prolongasse por quarenta dias, trocava os pavilhões, e içava vermelho dizendo que a captura seria sanguinária. Se ainda assim a resistência persistisse obstinada por mais quarenta dias, substituía-o por pretos, assim a cidade seria saqueada num massacre geral. - O que será isso, meu Deus, essas forças. A coisa está tão complexas, muito abarcadoras é difícil de ser compreendida. – Nesse momento Liza fecha o livro, coloca em uma caixa embaixo do armário junto com os selos e corre para fora de casa.

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Telefonou para Isis. - Alo? Alo? Isis. - Oi, Liza o que está acontecendo? - Preciso falar com você urgente. - Está bem, onde você está? - Caminhando pela avenida. Vem logo. – ela chorava muito. - Não saia que estou chegando. Poucos minutos depois elas se encontram. - OI minha querida. O que houve? - Isis? -Oi. Realmente sua cabeça estava mexida. Medo, misturada com responsabilidade faz com que ela busque força em Isis. - Eles falam coisas terríveis, eu não sei se devo acreditar. - Não me conte, não quero saber. -Mas, tem que saber todos tem que saber é horrível. As profecias do livro falam coisas que estão me deixando tonta. - Eu te falei, e agora Isis o que pretende fazer? Não deixa a Sociedade, eles não vão deixar você fazer isso? - Como você sabe? - Estive com eles. Isis. Eles querem falar com você. - Não quero mais, não quero mais entende? Servi DJA muito anos, agora quero ter a minha vida em paz. - Eu sei minha querida, mas não é assim que funciona. Principalmente agora que você sabe do livro. Das coisas nele escrita. - Ainda não sei tudo, mas vou saber. - E? - Vou contar ao mundo às coisas que estão para acontecer. 43


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- Você está louca Isis. Eles vão te matar. - Prefiro morrer a continuar servindo aqueles deuses. Isis? Magos encantadores o que eles são. Eles honram o sexo e o ouro, tudo me parece um engano, você viu o rito de DJA fascinam as pessoas como a gente. Ela faz silenciar a voz da razão e da consciência. Nossos olhos ficam encantados. Aqueles altares e em sua arte eles apelam para o amor do belo. - Isis, o que está acontecendo com você. Porque está pensando assim, até pouco tempo você estava totalmente envolvida com a Sociedade. - Aquela pompa cerimonial tem um sedutor e um fascinante poder e que vem nos enganando ou sei lá... Só sei que algo não está certo. Porque, por quê? - Você sabe que a gente não tem que entender nada, a não ser servir, não foi isso que aprendemos? - Sim, eu sei. Mas algo me dói. Alguma coisa me dá a sensação de mal estar, sinto uma responsabilidade eterna com tudo isso. Dentro da casa de Liza elas abrem o livro para ler. Ele se armará com suas mais fortes fortalezas e com os adoradores a este deus ele concederá grande honra, fazendo-o governar sobre muitos, e repartindo-lhes a Terra como recompensa. O espírito não muda a sua determinação de governar e maneira de agir, dividindo a Terra para obter vantagens é hoje a mesma dos tempos de Avalon. Mais adiante, se encontra a seguinte apoteose do poder como senhor do mundo. Então bem adiante vai o docel sob o qual se assenta o senhor. Entre ele o sacerdote ( segundo eles DJA), agita-se a suntuosa procissão Protonária Apostólica, Ordem religiosas Gerais, e o restou percorre o caminho branco, de ouro, de escarlata ou de prata por entre as margens vias de cada lado. As visões proféticas predizem um período de declínio e trevas morais, as palavras do anjo com relação aos finais dos tempos devem ser compreendidas nos últimos dias. Nesse tempo muitos correrão de um lado para outro e a ciência se multiplicará. É chegado o tempo do fim, as visões dos profetas e do anjo acham-se reveladas. E suas solenes advertências nos mostram como acontecerá. O inimigo do profeta mergulhará então os habitantes da terra em uma grande angústia final. Ao cessar, os anjos de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão as soltas todos os elementos de contenda.

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O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio Jerusalém na antiguidade. Há forças preparadas e que aguardam apenas o consentimento para espalharem a desolação por toda a parte. Ele se retirará em grande fúria para afligir maldição e destruição a muitos. O mundo está excitado pelo espírito de guerra. As profecias já estão em seus acontecimentos e logo se darão as cenas de perturbação das quais falam essa profecia. - Liza? O que é isso? - Não te falei, não estou bem, isso esta me deixando louca. Não sei para onde ir. - Continua... “As pragas saíram dos vales da ruína para o corpo dos desqualificados. A esta será a praga que ferirá a todos os povos que guerrearam contra a cidade santa. A sua carne será consumida estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas,e lhes apodrecerá a língua na boca... Porque pegará cada um na mão do seu companheiro na desvairada contenda de suas próprias paixões e violência e pelo terrível clamor da ira sem mistura. Sucumbem os ímpios habitantes da terra, sacerdotes, governadores e o povo, ricos e pobres, elevados e baixos. E serão mortos, desde a extremidade da terra a outra, não serão pranteados e nem recolhidos a sepultura. A Batalha do Armagedon logo será proferida. A obra de destruição começa entre aqueles que professam ser guardião espiritual do povo. Os falsos são os primeiros a cair. Ninguém é poupado ou receberá misericórdia. Homens, mulheres, virgens e criancinhas todos pereceram juntamente.

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CAPITULO 10

Os dias se passaram, Isis e Liza atormentadas pelas noticias da profecia do livro oculto saem em busca de ajuda. Procuram com muito cuidado alguém que poderá ajudá-las a decifrar as coisas nele existente. - Liza? Será que devemos falar com Roberto? - Não, não sei o que ele ira pensar da gente. Se contarmos a ele, então devemos falar tudo, tudo mesmo. - Ele te abandonará para sempre Liza. - Eu sei. Eu sei Isis. Vamos falar com o padre Mancini, ele me parece boa pessoa e, a ultima vez que conversei com ele foi de muita valia. - Então vamos. To aflita Liza. Marcaram um encontro com o padre Mancini. - Como vai Liza? - Vou mais ou menos padre. - E você Isis. - Igual ela padre. - O que está acontecendo? Desde a última vez que conversamos fiquei meio preocupado com você Liza. Conversaram por mais de 4 horas, elas contaram tudo a ele. - Liza. Nunca pensei que perto de nós tivesse algo parecido. Onde eles estão agora. - melhor não falar sobre isso padre. O pior é aquele livro. Se puder ir em casa, mostraremos ao senhor. - Vamos sim. Amanha na parte da manha pode ser? - Pode sim padre. Vamos-nos amanhã.

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Na manhã seguinte apos horas de conversa, e a leitura do livro oculto, o padre espantado diz. - Liza, minha filha. É complexo esse assunto. Você sabe que as seitas estão tomando conta do planeta e, a ordem da igreja é desvencilhar qualquer pacto ou conhecimento de suas doutrinas. - Mas, não se trata de doutrina padre. Isso aqui é um predito. - Minha filha, somente a bíblia prediz tudo o que vai acontecer com a humanidade da terra. - Sim eu sei e o que o senhor me diz sobre o Apocalipse? - Bem, esse assunto não é do nosso conhecimento e... - E, as coisas irão acontecer, querendo o senhor ou a igreja ou não. É isso que eu quero que entenda. - Minha filha, pense no que isso vai acarretar na sua mente. Coisa desse porte, não é para pessoas comuns como eu e você ou a Isis. - Não padre e o que me fala dos apóstolos de Jesus, não eram simples? - Isso é diferente menina. - Como diferente padre, como. Eles do mesmo modo foram perseguidos e vituperados e as profecias diziam que Cristo seria crucificado, e ninguém entendeu e não enxergaram. E se deus quer mostrar algo para a gente nessa época de apostasia e crendice como essa que freqüentei por longos anos. - O Roberto sabe de alguma coisa? - Não padre ele não sabe de nada. Só eu e a Isis. - tem uma coisa padre, tenho medo do que podem acontecer com a Liza, segundo a Sociedade, as coisas não podem continuar assim nas mãos dela, e querem o livro de volta e o desaparecimento de Liza. Só não aconteceu nada para ela, porque o sacerdote DJA é totalmente apaixonado pela Liza. E mantém o controle das coisas, mas isso não irá agüentar muito tempo. - Acho que vocês devem ir a policia minhas filhas. - Não, padre, isso não. Como vamos explicar as coisas que vivemos por lá. Seremos perseguidas e mortas, existem pessoas da mais alta cúpula da polícia e dos políticos por lá. Isso não padre. - As coisas estão se complicando mais do que eu imaginava. Fala-me uma coisa. Onde iniciaram todas essas coisas?

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- Bom, no principio as coisas estavam na obscuridade, até o momento que começaram a encontrar papiros no Egito, Pérsia entre outros paises, até que em Avalon todo o livro foi reunido, dizem que as Bruxas de Avalon reuniram todas as profecias existentes nos papiros. - Bruxas minha filha? - Sim padre bruxas sim por que. - Elas não existem. - Tudo bem, de outro nome as mulheres que reuniram esses papiros. Um professor naturalizado brasileiro de origem francesa descobriu por algum motivo, segundo ele, foi escolhido pelos deuses Dja e Femme para proteger o Livro Oculto que hoje está nas mãos da Sociedade Secreta. Eu por estar, há muitos anos como sacerdotisa escolhida teve o direito de salvaguardar esse patrimônio da Sociedade. Mas, hoje resolvi abandonar tudo por amor a minha família. Cansei de ser objeto deles e levar outras jovens para a iniciação. Num momento de lucidez meu coração sentiu o desejo de saber o que de tão importante deveria estar contido naquele Livro, eu então me dediquei a lê-lo e desde então não tive mais sossego padre. - Liza, minha querida. Penso que devemos dar um sumiço com esse livro. - Nunca padre, nem fale isso novamente. É uma responsabilidade que tenho na vida. - Mas, isso não é de Deus minha filha. Esta perturbando sua alma. E pelo que estou vendo, muitas coisas ainda poderão acontecer com vocês. - Não faz mal. Tenho que descobrir tudo o que esse Livro revela. Com sua ajuda ou não padre. - Calma minha filha, não disse que não ajudaria, disse que achava melhor você deixa isso para outros cuidarem. - Que outros? Padre. Quem vai assumir isso, a não ser alguém que já conhece os tramites da Sociedade. - Você é muito corajosa menina. - Eu também sou padre. - Você também Isis. - É sou sim. - Então vai nos ajudar? - Muito bem, vamos entender as coisas decorridas nesse Livro. 48


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- Que bom padre. Sinto-me mais aliviada com ajuda de um sacerdote estudioso. - Então vamos ver o que a igreja nos diz. “Um estudo serio das mensagens dos profetas tem sido negligenciado pela igreja, especialmente nos finais dos tempos, tomamos, por exemplo, a falta de estudo de nossos ministros qualquer livro profético, e tendo em vista a nossa familiarização de quem escreveu. Os hebreus tinham duas palavras diferentes para um profeta ou vidente. Vidente é um titulo mais antigo do que o do ´profeta diz Samuel 1 9.9, a história menciona rapidamente que entre os hebreus o homem de Deus era chamado de vidente, pertenciam a ordem de profeta. Moisés,Josué,Balãao entre outros. No principio a predição constituía a parte principal da missão do profeta. Mais tarde os profetas tornaram-se mais pregadores do que videntes. Denunciavam os pecados do povo e proclamavam os juízo de Deus, reprovavam com severidade os erros dos contemporâneos. Os profetas eram homens de elevada moral, gigantes intelectuais e profundos espiritualistas. Desde os primeiros tempos, os profetas eram reconhecidos como ensinadores divinamente designados. Na mais alta acepção da palavra, o profeta era alguém que falava por direta inspiração. Comunicando ao povo as mensagens de Deus. De conformidade com os relatos judaicos, havia no tempo do Velho Testamento quarenta e oito profetas e sete profetisas”. - Espere ai padre. - Pode falar Isis. -Profetisa? O senhor disse profetisa? - Sim, minha filha. Existiam Profetas e profetisas. - O que você está pensando Isis. - Nada não Liza. Nada não. - Padre. _ Minha filha. Hoje em dia já não existi profetas seja homem ou mulher. - Sim, sim eu sei. Pode continuar padre. - Isis! -O que foi Liza? - Para já com isso... - Só fiz uma pergunta, nada a mais. 49


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- Precisamos conversas viu dona Isis. Isis deixou no ar a intenção de que Liza poderia ser essa profetisa escolhida pela Sociedade para divulgar as profecias da Batalha do Armagedon. O dia 11 de Agosto de 1999 ficou nos anais da história como o dia que o mundo não acabou. Previsões pessimistas de gurus e esotéricas tomaram conta de jornais e televisões bem como rádio e revistas de todo o mundo. Elas misturavam Bíblia e astrologia com supostas informações cientificas. Tudo isso com uma boa dose de imaginação pessoal. A reação das pessoas beirou zombaria e apavoramento e nada de concreto aconteceu. Mais do que nunca, neste final de milênio com o ser humano estando mais ligadas as questões espirituais, e se tornando mais místico, a questão do fim do mundo volta a ser destaque como um assunto da atualidade. Hoje palavras como Apocalipse e Armagedon são usadas quase que diariamente, e o pior é que geralmente causam mais medo e pavor do que esperança e certeza. A etimologia da palavra Armagedon que significa “Montanha de Gemido” vem causando polemica entre os estudiosos e religiosos. Você está preparado para a Batalha do Armagedon? - Senhoras, me dêem alguns dias, então marcaremos um novo encontro. - Sim padre. - Vou me preparar, e estudar mais sobre o assunto, o melhor me atualizar. - Padre os selos. Eles me deixam confusa. - Pode deixar minha filha. Os selos e seus cavalos. Na sala ao lado da sacristia estava o padre Mancini, parecia mergulhado na idéia da Liza e Isis. Seus fiéis já estavam reclamando a atenção do padre tão querido da comunidade. Sentado e com os pergaminhos da igreja e a Bíblia, o padre Mancini se atualizava nos acontecimentos do Apocalipse em especial a batalha do Armagedon. Por dias ele não dormia e não comia. Entrava madrugado adentro estudando e analisando o que poderia ter de verdade naqueles papiros de Liza, no Livro Oculto da Sociedade. Quinze dias se passaram e o padre Mancini telefona para Liza. - Minha filha? Como vai? - padre Mancini. Pensei que o senhor houvesse desistido de nós. - Não minha querida, estava lendo notas e papéis relativos ao tema. Estudando a palavra de Deus e o que a igreja pensa a respeito de tudo isso. - E? - E. Precisamos conversar. Quando podemos. - Hoje mesmo se o senhor puder, ligo para Isis e vamos para ai.

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- Aqui não minha filha. Temos que ir para algum lugar fora da cidade. - Podes ir ao sitio de Isis, fica ha uma hora daqui. - Espero vocês em uma hora. Passada a hora Liza e Isis chegam na igreja para buscar o padre Mancini. Ao chegarem no local havia dentro de um carro dois homens mal encarados que desceram e foram ao encontro de Liza e Isis sem dar o mínimo para o Padre e a igreja. - Senhoras, viemos buscar o Livro. - Como? Que são os senhores? - Não interessa o Livro. - Não tenho livro nenhum, isso é um assalto? - O livro. Não nos obrigue a agira de forma que estamos evitando. - Meus filhos vocês estão na igreja de Deus... - Cale a boca padre, a conversa ainda não atingiu o senhor e sua igreja. - Meu Deus o que é isso. Naquele momento entram duas senhoras beatas da igreja e seus cumprimentos ao padre. - Ocupado padre Mancini? - Sim senhora Lena. - Depois preciso falar com o senhor, pelo que me parece nunca mais tem tempo para seus fiéis, não é mesmo? -Tenho sra Lena. Falo já com a senhora. - Muito bem, voltaremos. A senhora tem 24 horas para nos entregar o livro, senão? Saíram rapidamente se deixar que respondessem nada. O padre pegou as duas pelas mãos e saíram em direção ao carro. Isis Chorando muito e é confortada por Liza. - Pare de chorar sua boba, isso não é nada, apenas ameaça idiota de dois idiotas.

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-Eu sei Liza. Perdoe-me.

- Perdoar o que ficou louca? - Não, não fiquei não Liza. Fui eu quem falou para a Sociedade da sua decisão. Pensei que assim eles iriam até você e a convenceria a ficar no cargo. Não imaginava que eu pudesse também debandar para esse lado. - Isis. Não acredito que você fez isso. -Minhas filhas, parem, agora não adianta mais discutir, eles querem o livro e pronto. Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer Liza. - O senhor tem razão padre. Mas é imperdoável o que você fez. -Me perdoe amiga. Seguiram em frente para o sitio de Isis. Sem abrirem a boca. O padre Mancini estava branco, apavorado. Padre por mais de 30 anos numa cidade que nada acontecia. Nenhum bandido, nenhuma morte de forma sobrenatural. A não ser dona chicota que engoliu caroços de jabuticaba e morreu asfixiada e o padre cuidou desde o hospital até o enterro. - Pronto! Padre. Chegamos. - Muito bem, poderia usar o banheiro? - Sim padre venha é por aqui. -Isis, volte logo quero conversar com você. - Pronto fala. - Quero dizer que te perdoou sim viu? Sei que a sua intenção não foi me prejudicar, estava assustada com tudo isso. Minha vida deu uma mudada infernal. - Pronto! Meninas Liza e Isis. - Padre espere dois minutos, deixa-me preparar um chá. - Enquanto isso. Vou arrumando as coisas aqui. Você trouxa o livro Liza? - Sim, padre ele esta na porta mala, deixe-me ir buscá-lo. - Olha aqui Padre um chazinho para acalmar nossos ânimos, abalados por aqueles trogloditas. - Aqui está o Livro padre. 52


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-Coloque aqui para mim, por favor, Liza. Numa mesa de madeira com frutas de plástico numa cesta, jarro de barro, uma pequena toalha rendada bege. Padre Mancini colocou varios papeis e a Bíblia em cima da mesa. - Aqui estamos meninas. E eu envolvido em tudo isso. O mundo predestinado ao seu fim. - Nos perdoe padre, não sabíamos que as coisas chegariam a esse ponto. - Se é para a causa de Deus? Foi para isso que eu aceitei o cargo de sacerdote, não é mesmo. E outra coisa, aquela cidade pacata demais para o meu gosto. Sempre fui líder no seminário. De repente, fico numa pacata cidade sem ao menos chover pedras de gelo. - Em compensação agora padre? - È Isis, agora as coisas tomaram um vultuo, não muito agradável. Mas vamos lá, ao que nos interessa. - Vamos padre. - Bom. Todos esses dias, a cada minuto eu mergulhei na idéia de descobrir as verdades sobre a batalha do Armagedon e os selos os cavalos, senti na alma essa necessidade. Busquei em quase todos os livros, na Bíblia nos papiros e pergaminhos, telefonei para amigos que estranharam muito meu interesse no assunto. - Porque outros padres estranhariam? - Não acreditam nas coisas que podem acontecer, ou seja acham que as profecias são coisas para outro tempo. Um futuro que nunca chega entende? Não sei porque estou falando isso tudo pra vocês. - A gente tem que entender padre, não se culpe. Estamos numa situação adversa. -Ok! Vamos então aos escritos? - É , vamos. - Muito bem, me passe o Livro Liza. - Aqui está padre.

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- Obrigado. Você ficou impressionada com esses dizeres, sobre os selos e os cavalos com seus cavaleiros. Esses assuntos de cavalos, criaturas viventes, trono, livro, ancião e selos, tudo que vem escrito na Bíblia aparentemente é difícil de ser compreendido. Todo esse jogo e contra-jogo das forças do bem e do mal acionam poderes de infinita magnitude, e nesse processo de conflito descobrimos que essas forças são complexas, e de difícil compreensão. Mas? - Mas? - Mas, haverá necessidade de estudar e desvendar esse quadro de perigo que aparentemente envolve a humanidade. “ O primeiro selo e cavalo branco. Temos que entender que, o branco entre os romanos era apenas a cor da pureza e inocência, mas também a cor da vitória. Julio Cezar, na ocasião do seu grande triunfo estava num carro puxado por quatro grandes cavalos brancos; Um cavaleiro branco era considerado no Oriente símbolo de um herói conquistador. Os cavaleiros de Deus, plantarão as normas da verdade em fortaleza ate então mantida pela besta fera, e exclamações de vitória tomarão posse deles. Eles trazem as cicatrizes da batalha, mas recebem a confortadora mensagem de que o senhor os conduzira, conquistando e para conquistar”. - Isso aqui, demonstra que, tudo é símbolo de algo que acontecera e que aconteceu, entende? - Estamos entendo padre. - Muito bem. Prosseguindo. “ O segundo selo e um cavalo vermelho. Abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo vai! E saiu outro cavalo fogoso. E ao que estava assentado sobre ele, foi-lhe dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros. E foi-lhe dado uma grande espada curta. Vermelho, a cor sangrenta do pecado, guerra e do juízo. As palavras do Senhor “Não vim trazer paz a terra, mas sim espada” são eminentes aplicáveis aqui. O símbolo do cavaleiro no cavalo vermelho pode ser tomado como denotando o cumprimento envolvido naquelas significativas palavras. Percebemos no cavaleiro do cavalo vermelho exatamente o símbolo de uma grande fato, então profecia, agora história. A entrega de uma grande espada ao cavaleiro representa que o Senhor freqüentemente usa nações como instrumento para cumprir Seus propósitos. Cristo no monte da Oliveiras enumerou os terríveis juízos que precederiam a Sua segunda vinda” E ouvireis rumores de guerras e guerras”. - Padre o que quer dizer com tudo isso? - Liza, quer dizer que esses primeiros selos e cavalos com seus cavaleiros, são representações de coisas que já aconteceram na historia dessa terra, indo para uma finalização devastadora.

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- Então esses dois cavalos e dois selos que a gente lê, quer dizer que já aconteceram? - Exatamente isso, minha filha. O terceiro selo e o cavalo preto. “Preto pressagio de tragédia, desastre e dor com morte. Trevas, a nona praga no Egito – uma advertência final. Nestas trevas misteriosas o povo e seus deuses foram de modo semelhante atingidos pelo poder de tomara a si a causa dos escravos hebreus. Contudo, por medonho que tivesse sido, este juízo é uma prova da compaixão de Deus e de Sua indisposição para destruir. Ele dava ao povo tempo para refletir e se preparar, antes de trazer sobre eles a ultima e mais terrível das pragas. Disse o anjo Deus está pesando seu povo”. - Liza se você notar na escrita tem pratos da balança na mão do cavaleiro. “ Balança é símbolo de julgamento,Foi-me mostrado então uma multidão que pulava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras – Pesado foste na balança e foste achado em falta”. - Impressionante padre. Estou toda arrepiada. - Nos vimos aqui o cavalo branco é paz. Vermelha e preta. “ Se o vermelho é uma cor de julgamento, então o preto é uma cor de juízos mais severos. Se o vermelho pe uma cor de advertência, então o preto é uma cor de advertência muito mais solene e duras. Uma é a advertência de perigos futuros e a outra de perigo as portas. Uma quer dizer, cautela você esta entrando num caminho de perigo e aflição; de amargura, e não de alegria. Tal é então a mensagem do vermelho. O preto é muito mais sombria e grave. Ainda não é a morte, ms está bem próximo dela. Ele significa: Cuidado, você não tem tempo a perder, você foi longe no caminho do perigo e dos ais, e agora está face a face com o fim. Pare e pare já, ou pagará o preço final da morte”. - Padre eu li que o preto era quando Tarmelão avisava que iria invadir sem pena e destruir tudo. - Exatamente Liza. Deus vestia o céu de preto nos últimos juízos no Egito. Pouco antes do anjo da morte sair para ferir o Egito, num ultimo juízo de advertência, então o anjo feriu os primogênitos de Faraó. “ Ao tempo do cavaleiro preto, nenhuma outra mensagem poderia ser mais oportuna do que a solene advertência do juizo vindouro, nenhuma outra cena poderia ser mais apropriada do que a da balança de Deus. Na hora em que o anjo da morte esta para destruir os rebeldes, que mais Deus pode fazer, não querem Sua presença para sempre. Depois de mandar o cavaleiro vermelho senão mandar o cavaleiro preto, dar ao homem toda evidencia possível da Sua condenação vindoura. A mensagem que o cavaleiro do cavalo preto tem que levar ao mundo não é uma mensagem agradável, mas uma mensagem necessária”.

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- Padre Mancini. Acho que estou entendo tudo agora. - Liza, estamos começando entender. - isso mesmo, começando a entender. Cada selo aberto representa um cavalo e seu cavaleiro vindo com uma mensagem de advertência para nos humanos: - Sim, isso mesmo. A cada época veio uma mensagem própria e os selos foram sendo abertos espiritualmente entende? - Sim, entendo. E ainda existem os selos e seus cavalos e cavaleiros para a nossa época. - Vamos continuar Liza? - Vocês querem mais chá? - Sim, por favor, Isis. - Bom, continuando... “A crise se aproxima rapidamente. Os sinais que se avolumam salientemente mostram que o tempo das visitações de Deus está próximo. Conquanto relutante para punir, não obstante punirá, e logo o fará. Nas visões dadas a Isaias, a Ezequiel e a João vemos quão intimamente o céu está ligado com os acontecimentos aqui na terra. Se as advertências dadas por Deus são negligenciadas ou tratadas com indiferença, se permitir acalentar o erro, você estará selando o destino de vossa alma. Você será pesado na balança e achará em falta”. - Padre Mancini, isso tudo está nos seus escritos. Será o mesmo do Livro Oculto? - Sem duvida Liza, a diferença é quem é o Senhor para cada um. Mas, a termologia é a mesma e o destino segue para o mesmo fluxo. O cavalo amarelo é um cavalo cadavérico e cinzento, a cor da cinza e a cor da morte. Era palidez espantosa de um homem abatido ao Maximo de terror e desgraça, a palidez que cobrirá o dia da Batalha do Armagedon. E seu cavaleiro foi-lhe permitido matar os homens pela espada e pelas pragas. - Nossa! Padre, meu Deus. - Eu não queria mexer no assunto Liza. - Não padre sem problemas, meu receio não é o assunto e sim, o que fazer com ele. - Estamos estudando, minha filha, penso que deverá chegar até nós o que fazer.

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“O mesmo anjo que visitou Sodoma está fazendo soar a nota de advertência “Escapa tua vida”“. - Minha querida Liza. Você notou que os primeiros quatro selos estão ligados á aparição dos quatro cavaleiros, os mensageiros de Deus? Com o surgimento destes cavaleiros o destino dos homens está sendo selado? A questão aqui segundo as profecias é de vida ou de morte, derrota ou vitória. As contas estão sendo encerradas no livro da vida de Deus. Vamos logo ler o quinto selo? - Vamos padre, por favor. - Olhe, aqui tem um suco para refrescar nossas almas. - Obrigado Isis. Continuando. “Sob esse selo não há vozes de comendo no céu, mensageiro nenhum é enviado do trono. Este selo é um quadro de martírio e de perseguição. O clamor dos fiéis perseguidos desde o começo do mundo se elevou até o céu, como o sangue de Abel quando clamou a Deus desde o pó, assim haverá também vozes clamando desde a sepultura dos mártires, das profundezas do oceano das cavernas dos montes e das masmorras dos conventos em todo clamor”. - Padre, veja bem, essas coisas aconteceram e está vindo o final de tudo? - O relógio de Deus marca o tempo com exatidão e há seu tempo o livro do destino fatal será desselado. - Penso que está sendo padre. - Isis, do jeito que estamos indo, provavelmente coisas nunca vista antes ira suceder aos nossos conhecimentos. - Em Apocalipse capitulo 6 e nos verso 12 diz..” Depois vi o cordeiro abrir o sexto selo; e sobreveio então um grande terremoto. O sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue, s estrelas do céu caíram na terra, como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania”. - O que tem isso padre. Esse é o sexto selo que está no Livro Oculto. Porque resolveu abrir o sexto da Sociedade? - Porque eu sabia que todos os selos e seus cavalos foram profecias que ocorreram e viraram historia e também sei que este sexto selo é a historia mais próxima da gente. E creio que tudo está prestes a acontecer. - Querem Chá? - Nos passado Liza, em Lisboa, exatamente no dia 1 de novembro de 1755, aconteceu o mais terrível terremoto jamais passado em qualquer outra época, ou seja, nunca algo na historia foi registrado como aquele terremoto. O terremoto de Lisboa como ficou conhecido. Esse terremoto foi tão violente que se estendeu pela 57


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maior parte da Europa, África e América. Foi sentido na Groenlândia, nas Índias Ocidentais, na Ilha da Madeira e na Noruega, Suécia bem como Grã-Bretanha e Irlanda também sentiram e sofreram os abalos desse terremoto. Abrangeu uma extensão de mais de dez milhões de quilômetros quadrados. - Padre, porque ninguém nunca associou esse acontecimento com as profecias? - Veja bem, não pense que alguém tem coragem de estudar as profecias da palavra de Deus, as coisas tomam outros rumos por ai. As igrejas querem crescer, criar fieis surdos e mudos assim como meus fieis, e que Deus me perdoe. Então você percebe a responsabilidade que estamos tendo nessa hora. - Querem chá? - Padre. Estou toda arrepiada. Nunca sonhei que algo desse porte pudesse acontecer na minha vida. - Eu sei minha filha. Também nunca pensei que meus olhos de abrissem para tais profecias. Quando lemos sobre a quarta trombeta ela nos mostra as Trevas atingidas pelo sol à luz da lua e estrelas esse monumentos e celestes criações de Deus foram duramente atingidas. O ferir do sol, a luz e as estrelas indica ferir o conjunto de poderes que ilumina a terra. Quando Deus pronunciou a condenação do Egito através do profeta Ezequiel, Ele declarou:...ao sol encobrirei com uma nuvem, e a lua não deixará resplandecer a sua luz. Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti e trarei trevas sobre a tua terra... As trevas aqui preditas sobre o Egito não era simples escuridão física. Era muito pior do que a escuridão temporária que acompanha o eclipse do sol com ou da lua. Esta escuridão era tal que envolvia todos os seres humanos, uma escuridão que deveria envolver a nação inteira. - Como assim padre. O que isso tem a ver com os selos e como sabemos se é verdade isso tudo? - Quanto ao escurecimento do sol como lemos, quase se não totalmente nas diversas ordens de acontecimentos da natureza, durante o último século, está o dia escuro, isso ocorreu no dia 19-05-1780, como o mais misterioso e até agora inexplicável fenômeno de seu tipo – o mais inconcebível escurecimento de todo o céu visível e da atmosfera da Nova Inglaterra, milhares de pessoas daquele dia ficaram inteiramente convencidos de que estava chegando o fim do mundo. “Muitos abandonaram suas vidas seculares e se tornaram religiosos, como se preparando para o final dos tempos”. - Então isso também aconteceu? Padre. Este é o sexto selo, acontecimentos ocorridos próximos da gente. O que foi Isis. - Estou esperando vocês. - Esperando?

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- É sim, querem chá? - Chá? Sei lá. Traz... Padre ali dizia que as estrelas caíram como frutos de uma figueira. - Isso mesmo Liza. Essa queda ocorreu em 13-11-1833. - Mas. Padre. Nunca houve dizer que estrelas caíram na terra. - Nunca ouviu dizer da ocorrência de extensas e magnificentes chuvas de estrela cadentes em vários lugares nos tempos modernos, mas a mais maravilhosa de que tem relato é essa na data que te falei. Todo o firmamento através dos Estados Unidos estava em violenta comoção Nenhum fenômeno celeste jamais ocorreu nesse país, desde a sua colonização, que tenha sido olhado com tanta admiração por uma classe da comunidade ou com tanto medo e alarme por outros... Durante as três horas de sua duração. Nunca se rezou tanto, achando que tudo estaria terminado naquela mesma noite. - Olhem o chá. -Obrigado Isis. -Obrigado. - O que vocês estavam falando ai? - Isis, espere um pouco, não posso me desconcentrar. Padre. Olha o que está escrito no Livro da Sociedade. “Os anjos mensageiros. Estamos na eminência de importantes e solenes acontecimentos. Ainda os quatro ventos sobre os quatro cantos da terra estão sendo retidos até que os escolhidos estejam assinalados nas suas testas. Então as potencias do mundo hão de mobilizar suas forças para a última batalha!”. - Padre será essa a batalha que estamos esperando. A batalha do Armagedon? - Olhe Liza o que diz ainda, me chamou a atenção.

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“A besta fera está atarefada e preparar planos para o ultimo e tremendo conflito em que todos hão de participar e definir sua atitude. O sinal da besta fera é exatamente o oposto do selo que os anjos irão selar. Nem tudo o que se refere a esse assunto é

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compreendido e nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro”. - Gente o que é isso. Acho melhor a gente parar por enquanto, muitas informações para os nossos corações. Vamos embora já é tarde, nossa família logo ira chamar a policia. - Ela tem razão Liza. Estamos aqui há quanto tempo? - A mais de seis horas. - Padre. - Vamos descansar Liza.

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CAPITULO 11

Passado uma semana, elas estranharam aqueles homens não voltarem. Liza, casada com Roberto e com uma filha. Isis casada, e com um casamento a beira da falência, duas filhas. Liza entrou novamente em seu quarto e buscou o Livro para estudá-lo, ela não conseguia se desligar de tamanha descoberta. - Preciso saber mais, tudo isso é muito grandioso. Meu Deus o que está acontecendo comigo, estou ficando louca? “Os livros de registro nos quais estão os nomes dos homens e suas ações devem determinar a decisão do juízo. O profeta disse: è declarado que serão livres. Todos aqueles que estiverem escritos no Livro”. - Ali diz que, os selos serão abertos sucessivamente, para o fim, quando acontecimentos simbólicos pelos selos tiverem passado, dar acesso ao conteúdo (do livro), num todo perfeito. Parece estranho e, ao mesmo tempo, me parece que as coisas vão tomando forma, vão se encaixando as peças de algo que jamais imaginaria acontecer. Nesse momento o telefone toca. -Alo. Pois não, padre? O que aconteceu com ele? Sei. Meu Deus será que foram? Está bem, estou indo. Lá estavam reunidos Iza, Isis e o padre Mancini. Todos os amigos de trabalho de Roberto, no hospital. Esse encontro durou anos, nada foi desvendado pela policia. A perseguição da Sociedade não prosseguiu por acreditarem que tudo estava no fim. Roberto ficou em coma profundo por anos. Eles acompanharam o processo da tentativa de recuperação dele. O relacionamento se desgastou e Liza se considerou separada de Roberto. Assim, a justiça determinou. Liza voltou aos estudos e se formou psicóloga. As visitas não pararam no hospital onde Roberto estava em coma. 61


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Alguns tentaram pedir para que fosse desligado o aparelho, mas Liza e sua filha não concordaram.

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Verão de 1998. Encontro de Liza e Isis. - Então vamos para Avalon? - Sim, claro que vamos. Olha quem está chegando. Padre Mancini. - Minhas filhas, como andam as coisas? - Do mesmo modo padre. Ninguém foi culpado de nada e nós paramos com os estudos, eu e Isis iremos a Avalon, quero saber mais sobre tudo o que quase desistimos. - Por isso eu vim vê-las. Podemos ir a sacristia? - Porque padre alguma novidade? -Vamos até lá? -Sim claro. No escritório se concentraram no descobrimento do padre Mancini. - Não imaginava que as coisas pudessem ser assim. Fiz teologia, rezei milhares de missas, mas nunca parei um momento se quer para entender as profecias dos finais dos tempos, e digo para vocês. As coisas estão piores do que eu imaginava. Acho que Liza tem razão em querer saber mais, sobre tudo o que poderá acontecer sobre a face da terra. - Mas, o que fez o senhor ficar assim padre. - Isis, venham até aqui. Por favor. Olhem. O que descobri, no livro da profecia. “Como resultado da rejeição das mensagens dos três anjos dadas na terra, a obra se cumprira. Que cenas terríveis será quando o Senhor levantar para sacudir a Terra.! Então se cumprira a palavras do Livro. Cenas haverá cujo o terra nos é difícil explanar. Aqui se acha a ultima mensagem de advertência a ser proclamada a um mundo condenado e agonizante. Agora está o fim, o erro alcançou o limite e que a hora da sentença final chegou a terra. O próximo passo está imediatamente a frente,

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um grande poder maligno que abarca o mundo e todos os seus habitantes – todos exceto um povo remanescente ouvinte do Livro”. - Nos dias do passado quando a história estava apenas no inicio, Babilônia começou com Babel, uma torre de orgulho erigida em desafio ao céu. “Grande Babilônia” era tão somente um projeto na mente da besta fera, através do qual o mundo seria seduzido em sua infância , uma cidade que cresceria até ser um estado que deveria abranger finalmente o mundo e todo homem que nele estivesse, para aprisionar os habitantes da Terra na escravidão e para fazer a Besta fera dominadora de um vasto império mundial, divorciado da justiça estava pronto para abalar o planeta. - Padre, tudo o que aconteceu nesse planeta tem ligação com o que ocorrera? - Sem duvidas minha filha, nada ficara para sempre sem um final de justiça. - Agora estou entendendo. As profecias foram registradas para que pessoas como nós viessem a entender e dar um alerta ao mundo das coisas que iriam acontecer? - mas, pessoas como nós Liza, donas de casa, sem qualquer conhecimento desse assunto. - Veja bem, minha filha. As coisas não acontecem em vão, as pessoas escolhidas não podem saber ou imaginar que serão escolhidas. Muitas vezes a escolhida sabe tanto sobre tal assunto que o orgulho as impedem de levar a diante as coisas simples que poderão salvar milhões de pessoas na hora do juízo final. - Verdade padre. - Vocês se lembram de quando Jesus nasceu? Quem foram os escolhidos para saúda-Lo? Os simples pastores. Os anjos sobrevoaram as cidades e não encontraram um apenas que estivesse preparado para tal acontecimento. - Continue padre. - Pois bem, a vila Babel cresceu até tornar-se a cidade de Babilônia, e Babilônia cresceu até tornar-se uma nação e um império governado por reis que ostentavam orgulhosamente o titulo de: Reis dos Reis, e Rei do Universo. “Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado, voltou da terra e relatou que tudo estava feito e que eles estavam numerados e selados. A palavra veio, “ Está feito”. Os setes selos que estão sobre o Livro é um indicio de quão completos foram aqueles laços de perdição que durante todo esse tempo se perdeu os bens originais. A abertura dos selos é um ato de poder- uma bravura militar uma sórdida poderosa para apossar-se de um reino. E ao se quebrar um a um, irrompe Aquele que ataca com Feracidade os inimigos e os usurpadores que ocupam a terra”. - Não sei não. Está parecendo coisa do outro mundo. - Talvez Isis, tudo é muito estranho para mim, talvez para o senhor não padre que estudou sobre isso por longos anos. 63


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- Liza, você sabe que agora sim estou estudando, antes no seminário a gente recebe as informações somente. Ninguém vive como estamos vivendo nesse momento. Isso me faz lembrar o filme O Nome da Rosa, uma situação estranha para todos também. Esse momento esta sendo especial para mim, imagina você se sentir um privilegiado em entender essas profecias? Penso que vocês se sentem assim também. - Eu não padre, nem sei o que estou fazendo aqui. - Mas, não adianta fugir agora dona Isis, você começou tudo isso, lembra? -Lembro, não precisa me lembrar. Continue senhor padre. - Muito bem. Minhas filhas. Continuemos. “ Quando encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não pleiteara em favor dos culpados habitantes da Terra. Os escolhidos terão cumprido a sua obra. Receberam a “chuva serôdia” o refrigério e acham-se preparados para a hora probante que diante de nós está. Anjos apressam-se de um lado para outro. Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita. O mundo foi submetido a prova final, e todos os que se mostraram fieis aos preceitos estabelecidos receberam o SELO em sua testa então vem a palavra” Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem é justo faça justiça ainda.” |Todos os casos foram decididos para ávida ou para a morte”. - Filhas, isso me faz lembra a noite angustia de Jacó quando lutou em oração para obter livramento da mão de Esaú seu irmão. Jacó havia fugido para o deserto porque enganará seu irmão e foi ameaçado de morte. Durante muitos anos ficou exilado e Deus falou para que voltasse com sua mulher e filhos, rebanhos e gado para sua terra natal. Chegando a fronteira da terra encheu-se de terror com as noticias da aproximação de Esaú a frente de um bando de fortes guerreiros com certeza todo determinado de vingança. Toda aquela multidão que veio com Jacó desarmado e indefeso, parecia que cairia em morte naquele momento. Sentiu aquele fardo de ansiedade e medo, lembrou-se do grande erro que cometerá e por isso deveria pagar com sua própria vida. Mesmo assim sua única esperança estava em Deus. Ele sabia que sua única salva-guarda seria a oração. Chegará o momento critico em sua vida, tudo o que era seu estava em jogo. Nas trevas e na solidão, pois se afastou de todos para que não testemunhasse sua angustia, entrou num momento de meditação e oração. De repende ele sente uma mão sobre seu ombro. - Meu Deus padre o que era isso? - O deixa falar Isis. - Ele pensou que era o inimigo que o havia apanhado de olhos fechados e de joelhos. Num momento de lucidez e temor entra em luta corporal com aquele suposto inimigo. Passou a noite em luta até que começou a raiar o dia e o estranho emprega a sua força sobrenatural, e num toque poderoso na sua perna ele cai como paralisado e olha para o homem que estava lutando, simplesmente era o Anjo do concerto. Ele o agarra e pede sua ajuda e a luta com o Anjo fez com que ele prevalece-se, ele se firmou suas mãos tremulas nas 64


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promessas de Deus. Agora o Senhor era sua defesa. Jacó foi quase arrastado ao desespero, mas sabia que agora tinha um auxilio. Não se desviaria do seu propósito, antes segurou firme o Anjo, insistindo em seu pedido com ardentes e angustiosos gritos, até prevalecer. - Nossa! Padre e ai? - Ai, Esaú viu Jacó, chegou com toda multidão de seus guerreiros pertinho de Jacó que um pouco mais seguro admitia ser vingado pelo irmão. Num momento, Esaú chegou perto dele e o abraçou e chorou, toda a multidão exultou de alegria ao ver ambos juntos e determinados a viverem felizes para sempre. - O que é isso Isis, está chorando? - Porque não pode? Uma historia linda dessa. Padre porque ninguém conta isso na televisão. - Tudo sempre foi contado minha filha, mas as pessoas não prestam atenção aos fatos, assim como eu nunca havia prestado. Hoje estamos vivendo algo sobrenatural e maravilhoso. - O tempo de angustia que está diante de nós exigira uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome, o tempo da graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião. Jacó prevaleceu porque foi perseverante e decidido. Sua vitória é uma prova do poder da oração importuna, aquela que você não cessa enquanto não houver o livramento. - Poxa! Padre. Não sei orar não. - Todos sabem Isis, oração é abrir o coração a Deus como a um amigo. “Mesmo depois serem selados seus eleitos terão provações individualmente. Virão aflições pessoais na fornalha será vigiada de perto por um olho que não permitira que o ouro seja consumido. A indelével marca está sobre eles. A mensagem de advertência não alcançou números elevados de pessoas nesse mundo, mesmo nas cidades que estão bem á nossa mão e numerar a todos. Entre os habitantes da terra espalhados por todos os paises existem aqueles que não dobraram seu orgulho e outros que não dobraram seus joelhos a Baal. Semelhantes as estrelas do céu esses selados começaram a brilhar quando a escuridão cobrir a terra. Os 144 mil estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em suas testas estava escrito Deus Nova Jerusalém e uma estrela gloriosa que continha o nome Dele”. - A cada momento fico mais atordoada. - Calma Isis, as coisas vão se esclarecendo a cada estudo. Padre, continue. - Sim.

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“ No mar cristalino,diante do trono, naquele mar como de vidro misturado com fogo – está reunida a multidão dos que saíram vitoriosos da besta e da sua imagem, e do seu sinal e do numero do seu nome...estão os cento e quarenta e quadro mil que foram remidos dentre os homens. Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastado de perolas belíssimas. O monte de Sião estava bem diante de nós, e sobre ele um belo templo e cujo redor havia sete outras montanhas, sob as quais cresciam rosas e lírios. Então veio a voz e disse – Somente entraram só 144 mil neste lugar”. - Padre? - Sim, filha. - Mas, o senhor que estudou sobre Deus e Jesus o que tem a falar sobre tudo isso? - Boa pergunta Liza.

- Isso, mesmo padre também quero saber, acho que se entendermos um pouco as coisas do céu, poderemos entender os finais das coisas. - Isso mesmo. Bom. Desde os mais tenros anos, a criança judia era rodeada das exigências dos rabinos. Rígidas regras se prescreviam para cada ato até as mais pequeninas minúcias da vida. Sob a direção dos mestres das sinagogas, os jovens eram instruídos nos inúmeros regulamentos que, como israelitas ortodoxos, se esperavam que observassem. Jesus, porém, não Se interessava nessas coisas. Desde a infância agia independentemente das leis dos rabinos. As Escrituras do Antigo Testamento eram Seu constante estudo, e as palavras "Assim diz o Senhor", Lhe estavam sempre nos lábios. À medida que as condições do povo começaram a ser patente ao Seu espírito, viu que as exigências da sociedade e as de Deus se achavam em constante conflito. Os homens se estavam afastando da Palavra de Deus, e exaltando teorias de sua própria invenção. Observavam ritos tradicionais que nenhuma virtude possuía. Seu culto era simples rotina de cerimônias; as sagradas verdades que se destinavam a ensinar achavam-se ocultas aos adoradores. Via Jesus que, em seus cultos destituídos de fé, não encontravam paz. Não conheciam a liberdade de espírito que lhes adviria de servir a Deus em verdade. Jesus viera para ensinar a significação do culto de Deus, e não podia sancionar a mistura de exigências humanas com os divinos preceitos. Não atacava os preceitos ou práticas dos doutos mestres; mas quando O reprovavam por Seus próprios hábitos simples, apresentava a Palavra de Deus em justificação de Sua conduta.

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Por todos os meios brandos e submissos, procurava Jesus agradar àqueles com quem estava em contato. Por ser tão amável, nunca estorvando a ninguém, os escribas e anciãos julgavam que seria facilmente influenciado por seus ensinos. Insistiam com Ele para que aceitasse as máximas e tradições que haviam sido transmitidas dos antigos rabis, mas Jesus pedia para as mesmas a autorização da Santa Escritura. Estava pronto a ouvir toda palavra que sai da boca de Deus; não podia, entretanto, obedecer às invenções dos homens. Parecia conhecer as Escrituras de princípio a fim, e apresentava-as em sua verdadeira significação. Os rabis envergonhavam-se de ser ensinados por uma criança. Pretendiam ser seu ofício explicar as Escrituras, e a Ele competia aceitar-lhes as interpretações. Indignavam-se de que Se pusesse em oposição à palavra deles. - Nossa! Nunca ouvi falar nisso. - Para Isis deixa o padre continuar, sem interrupção. - Ok. Vocês querem Chá? - Agora não Isis. - Mas, continuando. - Sabiam os rabinos que nenhuma autoridade se podia encontrar nas Escrituras para suas tradições. Compreendiam que, em entendimento espiritual, Jesus Se achava muito além deles. Zangavam-se, no entanto, porque não lhes obedecia aos ditames. Não podendo convencê-Lo, buscaram José e Maria, expondo-lhes Sua atitude de insubmissão. Assim sofreu Ele repreensão e censura. Desde mui tenra idade, começara Jesus a agir por Si na formação de Seu caráter, e nem mesmo o respeito e o amor aos pais O podiam desviar de obedecer à Palavra de Deus. "Está escrito", era Sua razão para cada ato que destoasse dos costumes domésticos. A influência dos rabinos, porém, tornou-Lhe amarga a vida. Mesmo na mocidade teve que aprender a dura lição do silêncio e da paciência no sofrimento. Seus irmãos, como eram chamados os filhos de José, tomavam o lado dos rabinos. Insistiam em que a tradição deveria ser atendida, como se fossem ordens divinas. Consideravam até os preceitos dos homens como mais altos que a Palavra de Deus, e ficavam sobremaneira aborrecidos com a clara penetração de Jesus em distinguir entre o falso e o verdadeiro. Sua estrita obediência à lei de Deus, condenavam como obstinação. Ficavam surpreendidos do conhecimento e sabedoria que revelava em Suas respostas aos rabis. Sabiam que não recebera instruções dos sábios e, no entanto, não podiam deixar de ver que era para eles um instrutor. Reconheciam que Sua educação era de mais alta ordem que a deles próprios. Não discerniam, entretanto, que havia tido acesso à árvore da vida, fonte de saber para eles desconhecida. Cristo não tinha espírito de exclusivismo, e escandalizara especialmente os fariseus por Se afastar a esse respeito de seus rígidos regulamentos. Encontrara os domínios da religião cercados de alta muralha de exclusivismo, como assunto demasiado santo para a vida diária. Esses muros de divisão, Ele os derribou. Em Seu trato com os homens, não indagava: Qual é seu credo? a que igreja pertence? Exercia Seu poder de beneficiar em favor de todos os que necessitassem de auxílio. Em lugar de fechar-Se numa cela de eremita a fim de mostrar Seu caráter celestial, trabalhava fervorosamente pela humanidade. Incutia o princípio de não consistir a religião bíblica em 67


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mortificações corporais. Ensinava que a religião pura e incontaminada não se devem manifestar apenas em determinados tempos e ocasiões especiais. Em todos os tempos e lugares demonstrava amorável interesse pelos homens, irradiando em torno a luz de uma animosa piedade. Tudo isso era uma censura aos fariseus. Mostrava que a religião não consiste em egoísmo, e que sua mórbida dedicação ao interesse pessoal estava longe de ser verdadeira piedade. Isso despertara a inimizade deles para com Jesus, de modo a buscarem forçá-Lo a conformar-Se com seus regulamentos. Jesus trabalhava para aliviar todo caso de sofrimento que via. Pouco dinheiro tinha para dar, mas privava-Se muitas vezes de alimento, a fim de diminuir a necessidade dos que pareciam mais carecidos que Ele. Seus irmãos sentiam que Sua influência ia longe em anular a deles. Era dotado de tato que nenhum deles possuía, nem desejava obter. Quando falavam asperamente aos pobres e degradados, Jesus procurava exatamente aqueles seres, dirigindo-lhes palavras de animação. Aos que estavam em necessidade, oferecia um copo de água fria e punha-lhes no regaço Sua própria refeição. Aliviando-lhes os sofrimentos, as verdades que ensinava eram associadas a esses atos de misericórdia, sendo assim fixadas na memória. Tudo isso desgostava os irmãos. Sendo mais velhos que Jesus, achava que Ele devia estar sob sua direção. Acusavam-nO de Se julgar superior a eles, e O reprovavam por Se colocar acima dos mestres, e dos sacerdotes e príncipes do povo. Muitas vezes O ameaçavam e procuravam intimidá-Lo; mas Ele seguia avante, tomando por guia as Escrituras. Jesus amava Seus irmãos e os tratava com incansável bondade, mas eles tinham-Lhe ciúmes, manifestando a mais decidida incredulidade e desdém. Não Lhe podia entender o procedimento. Grandes eram as contradições que se manifestavam em Jesus. Filho de Deus era, no entanto impotente criança. Criador dos mundos, a Terra era possessão Sua, e, todavia cada passo de Sua existência foi assinalado pela pobreza. Possuía dignidade e individualidade inteiramente isentas de orgulho terreno ou presunção; não lutava por grandeza mundana e achava-se contente até na mais humilde posição. Isso irritava os irmãos. Não podiam explicar Sua constante serenidade sob provação e privações. Não sabiam que, por amor de nós, Se tornara pobre, para que "pela Sua pobreza enriquecêssemos". II Cor. 8:9. Não compreendiam melhor o mistério de Sua missão, do que os amigos de Jó entendiam sua humilhação e sofrimentos. Jesus era mal compreendido dos irmãos, em virtude de não Se assemelhar a eles. Sua norma não era a deles. Olhando aos homens via-os afastados de Deus, sem o poder divino em sua vida. Da amargura que cabe em sorte à humanidade, não houve quinhão que Jesus não provasse. Não faltou quem procurasse lançar sobre Ele desprezo por causa de Seu nascimento, e mesmo na infância teve de enfrentar olhares desdenhosos e ruins murmurações. Houvesse respondido com uma palavra ou olhar impaciente, houvesse cedido aos irmãos em um único ato errado que fosse, e teria fracassado em ser exemplo perfeito. Tivesse admitido haver uma desculpa para o pecado, e Satanás triunfaria, ficando o mundo perdido. Foi por isso que o tentador trabalhou para tornar-Lhe a vida o mais probante possível, a fim de que fosse levado a pecar. - Estranhos, são coisas que a gente nunca ouviu. Quando fiz a primeira comunhão era tão pequena que, com certeza não me lembro de nada.

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- Eu nem sei se fiz Liza. Mas, estou gostando do que estou ouvindo. Estou aprendendo tudo o que na vida, dei valor algum. Gozado como a gente não liga para as coisas de Deus. - Minhas filhas! Deus sabe o que faz. Eu que sempre ouvi falar e até estudei, nunca dei o valor verdadeiro para tudo isso. Continuando: Para cada tentação, porém, tinha uma única resposta: "Está escrito". Raramente censurava qualquer mau procedimento dos irmãos, mas tinha uma palavra de Deus para lhes dirigir. Ensinava todos a se considerarem dotados de preciosos talentos, os quais, se devidamente empregados, lhes adquiririam riquezas eternas. Extirpava da vida toda vaidade, ensinando também, pelo próprio exemplo, que cada momento de tempo se acha carregado de resultados eternos; que deve ser apreciado como um tesouro, e empregado para fins santos. Não considerava ninguém indigno, mas buscava aplicar a toda alma o remédio salvador. Em qualquer companhia que Se encontrasse, apresentava uma lição adequada ao tempo e às circunstâncias. Buscava inspirar a esperança nos mais ásperos e menos prometedores, dando-lhes a certeza de que se poderiam tornar irrepreensíveis e inocentes, adquirindo caráter que demonstraria serem eles filhos de Deus.

Encontrava freqüentemente pessoas que viviam sob o poder da Besta Fera, e não possuíam forças para romper-lhe as malhas. A essas almas, desanimadas, enfermas, tentadas e caídas, Jesus costumava dirigir palavras da mais terna compaixão, palavras cuja necessidade era sentida, e que podiam ser apreciadas. Dentre os fiéis de Israel, que desde longo tempo esperavam a vinda do Messias, surgiu o precursor de Cristo. O idoso sacerdote Zacarias e Sua esposa Isabel eram "ambos justos perante Deus"; e em sua vida tranqüila e santa, brilhava a luz da fé como uma estrela entre as trevas daqueles dias maus. A esse piedoso par foi dada a promessa de um filho, o qual havia de "ir ante a face do Senhor, a preparar os Seus caminhos" Zacarias habitava nas "montanhas da Judéia", mas fora a Jerusalém, para ministrar por uma semana no templo, serviço requerido duas vezes por ano dos sacerdotes de todas as turmas. "E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio diante de Deus, na ordem de sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer incenso" Achava-se ele diante do altar de ouro, no lugar santo do santuário. A nuvem de incenso ascendia perante Deus, com as orações de Israel. Súbito, sentiu-se consciente da presença divina. Um anjo do Senhor achava-se "em pé, à direita do altar do incenso". A posição do anjo era uma indicação de favor, mas Zacarias não reparou nisso. Por muitos anos orara pela vinda do Redentor; agora o Céu enviara seu mensageiro para anunciar que essas orações estavam prestes a ser atendidas; a misericórdia de Deus, porém, parecia-lhe demasiadamente grande para ele acreditar. Encheu-se de temor e condenação própria. Foi, no entanto, saudado com a alegre promessa: "Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe 69


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porás o nome de João; e terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento. Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo.... E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. E irá adiante dEle no espírito de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos; com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. Disse então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois já sou velho, e minha mulher avançada em idade." Zacarias bem sabia como fora dado a Abraão um filho em sua velhice, porque ele crera fiel Àquele que prometera. Por um momento, porém, o velho sacerdote volvera os pensamentos para a fraqueza da humanidade. Esqueceu-se de que Deus é capaz de cumprir aquilo que promete. Que contraste entre essa incredulidade, e a fé simples e infantil de Maria, a donzela de Nazaré, cuja resposta ao maravilhoso anúncio do anjo, foi: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra." O nascimento de um filho a Zacarias, como o do filho de Abraão, e o de Maria, visava ensinar uma grande verdade espiritual, verdade que somos tardios em aprender e prontos a esquecer. Somos por nós mesmos incapazes de fazer qualquer bem; mas o que não somos capazes de fazer, o poder de Deus há de operar em toda alma submissa e crente. Por meio da fé foi dado o filho da promessa. Mediante a fé é gerada a vida espiritual, e somos habilitados a realizar as obras da justiça. À pergunta de Zacarias, disse o anjo: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas." Luc. 1:19. Quinhentos anos antes, Gabriel dera a conhecer a Daniel o período profético que se devia estender até à vinda de Cristo. O conhecimento de que o fim desse período estava próximo, movera a Zacarias a orar pelo advento do Redentor. Agora, o próprio mensageiro por meio de quem a profecia fora dada, viera anunciar o seu cumprimento.

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Capitulo 12

- Olha gente, já estou zonza. Vamos tomar um chá? - Está bem Isis vamos sim. Você tem razão, a historia é linda, mas eu também estou meio tonta. - Eu aceito um cafézinho para despertar. - Padre? - Pode falar Iza. Novamente Iza, está perturbada. Viveu muitos anos crendo em uma fé vazia. Agora se sente mais segura ap lado da fé do padre. - O que será que pode acontecer com a gente? - Não sei minha filha. Acredito muito em Deus e nos seus propósitos. Se algo tiver que acontecer, acontecera. - Nossa! Padre. Como o senhor é alto astral né? - Isis? 71


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- Não é mesmo. Você pergunta algo para ele e, fala a verdade? - O que você gostaria de ouvir Isis se não a verdade? – risos - Há, sei lá padre, talvez algo como: Nada. Minha filha, você esta nos caminhos da verdade e nada vão acontecer com a gente. - Nem sempre estar no caminho da verdade nos isenta dos perigos dessa vida. - Pode até ser padre, mas pode falar que a gente viverá.Serio seria ótimo. - Isis, você está me deixando com vergonha. - Não ligue para isso Liza. Ela tem razão, já que eu tenho que falar algo, que fale coisas boas, está num estresse forte para não crermos que Deus estará nos ajudando nessa empreitada. - Bom. Isis senta e fica quietinha agora. Obrigado pelo chá. - Obrigado pelo café. Seguindo a palavra. As palavras do anjo: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus", mostram que ocupa posição de elevada honra, nas cortes celestiais. Quando viera com uma mensagem para Daniel, dissera: "Ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel [Cristo], vosso príncipe." Dan. 10:21. De Gabriel, diz o Salvador em Apocalipse: "Pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo." Apoc. 1:1. E a João o anjo declarou: "Eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas."Maravilhoso pensamento - que o anjo que ocupa, em honra, o lugar logo abaixo do Filho de Deus, é o escolhido para revelar os desígnios de Deus a homens pecadores. Zacarias exprimira dúvida quanto às palavras do anjo. Não falaria outra vez enquanto elas não se cumprissem. "Eis", disse o anjo, "que ficarás mudo,... até ao dia em que estas coisas aconteçam." Era dever do sacerdote, nesse serviço, orar pelo perdão dos pecados públicos e nacionais, e pela vinda do Messias; quando, porém, Zacarias tentou fazer isso, não podia emitir uma palavra. Saindo para abençoar o povo, "falava por acenos, e ficou mudo". Haviam-no esperado muito, e começado a temer que houvesse sido ferido pelo juízo de Deus. Mas ao sair do lugar santo, seu rosto resplandecia com a glória de Deus, "e entenderam que tinha visto alguma visão no templo". Zacarias comunicou-lhes o que vira e ouvira; e "terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa".Pouco depois do nascimento da prometida criança, a língua do pai se desprendeu, "e falava, louvando a Deus. E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as montanhas da Judéia foram divulgadas todas estas coisas. E todos os que as ouviam as conservavam em seus corações dizendo: Quem será, pois esse menino?"Tudo isso tendia a chamar a atenção para a vinda do Messias, ao qual João devia preparar o caminho. Cristo preveniu Seus discípulos da destruição de Jerusalém e dos sinais que ocorreriam antes da vinda do Filho do homem. Todo o capítulo vinte e quatro de Mateus é uma profecia a respeito dos acontecimentos que precederão esse evento, e a destruição de Jerusalém é usada para representar a última grande destruição do mundo pelo fogo. Cristo, no Monte das Oliveiras, enumerou os juízos terríveis que deviam preceder Sua volta: "E 72


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ouvireis de guerras e de rumores de guerras." "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores." Se bem que essas profecias tivessem tido cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, aplicam-se mais diretamente aos últimos dias. Deus sempre tem dado aos homens advertência dos juízos por vir. Aqueles que tiveram fé na mensagem por Ele enviada para seu tempo, e agiram segundo sua fé, em obediência aos Seus mandamentos, escaparam aos juízos que caíram sobre os desobedientes e incrédulos. A Noé veio a palavra: "Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de Mim." Gên. 7:1. Noé obedeceu, e foi salvo. A Ló foi enviada a mensagem: "Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade." Gên. 19:14. Ló colocou-se sob a guarda dos mensageiros celestes, e foi salvo. Assim os discípulos de Cristo tiveram aviso da destruição de Jerusalém. Os que estavam alerta quanto ao sinal da próxima ruína, e fugiram da cidade, escaparam à destruição. Agora estamos dando aviso da segunda vinda de Cristo e da destruição impendente sobre o mundo. Os que ouvirem a advertência serão salvos. Deus nos Disse o que Podemos Esperar em Nosso Tempo.

- É a coisa não parece fácil, padre. - Pelo o que estou percebendo padre, a uma seqüência de acontecimentos? - Isso, minha filha, eu estou falando todas essas coisas para que vocês venham a entender a fundo de como começou tudo isso e, do porque irão suceder essas coisas. Antes de Sua crucifixão o Salvador explicou a Seus discípulos que Ele deveria ser morto, e do túmulo ressuscitar; anjos estavam presentes para gravar-lhes Suas palavras na mente e no coração. Mas os discípulos aguardavam livramento temporal do jugo romano, e não podiam tolerar a idéia de que Aqueles em quem se centralizavam todas as suas esperanças devesse sofrer uma morte ignominiosa. As palavras de que necessitavam lembrar-se, fugiram-lhes do espírito; e, ao chegar o tempo da prova, esta os encontrou desprevenidos. A morte de Cristo destruiu-lhes tão completamente as esperanças, como se Ele não os houvesse advertido previamente. Assim, nas profecias, o futuro se patenteia diante de nós tão claramente como se revelou aos discípulos pelas palavras de Cristo. Os acontecimentos ligados ao final do tempo da graça e obra de preparo para o período de angústia acham-se claramente apresentados. Multidões, porém, não possuem maior compreensão destas importantes verdades do que teriam se nunca houvessem sido reveladas. As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. O Assunto Deve Ser Mantido Perante o Povo Muitos há que não compreendem as

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profecias referentes aos nossos dias, e precisam ser esclarecidos. É dever, tanto do vigia como do leigo, dar à trombeta sonido certo. - Olha o que diz o Livro padre! “ Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética”. - Deus estabeleceu, porém, um dia para o término da história deste mundo: "Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." A profecia se cumpre rapidamente. Mas, muito mais deve ser dito acerca destes assuntos tremendamente importantes. Perto está o dia em que será decidido para sempre o destino de toda alma. ..”Deve-se fazer um grande esforço para manter este assunto perante o povo. O solene fato de que o dia do Senhor virá repentina e inesperadamente deve ser mantido não só perante as pessoas do mundo, mas também diante de nossas próprias vidas. A profecia é dirigida a toda alma. Ninguém julgue estar isento do perigo de ser apanhado de surpresa.

Não permitais que a interpretação profética de pessoa alguma arrebate a convicção do conhecimento de ocorrências que revelam que este grande acontecimento está bem próximo. Mantendo os Eventos Futuros na Perspectiva Correta Não somos agora capazes de descrever acuradamente as cenas a serem representadas em nosso mundo no futuro; isto, porém, sabemos: que este é um tempo em que precisamos velar em oração; pois o grande dia do Senhor está às portas O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro Muitos desviarão o olhar dos deveres atuais, do conforto e das bênçãos no presente, e tomarão emprestadas aflições com respeito à crise futura. Isso causará um tempo de angústia antecipado, e não receberemos graça para tais aflições antecipadas. -Padre ainda continua. “A um tempo de angústia a sobrevir ao povo de Deus, mas não devemos manter isto constantemente diante dele, e incitá-lo para ter um tempo de angústia antecipado. Haverá uma sacudidura entre o povo, mas isto não é a verdade presente a ser levada a todos quanto possível. As nações estão agitadas. Tempos de perplexidade se acham diante de nós. O coração dos homens está desmaiando de terror das coisas que sobrevirão ao mundo. Mas os que crêem ouvirão Sua voz em meio à tormenta, dizendo: “Sou Eu”. Não temais." Estranha e momentosa história está sendo registrada nos livros do Céu - eventos que, segundo foi declarado, precederiam de perto o grande dia de Deus. Tudo no mundo está em agitação. Como um dos sinais da destruição de Jerusalém.

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- E você sabe que, as escrituras dizem, Cristo havia dito: "E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos." Mat. 24:11. Ergueram-se falsos profetas, enganando o povo, e levando grande número ao deserto. Mágicos e exorcistas, pretendendo miraculoso poder, arrastaram o povo após si, às solidões das montanhas. Mas esta profecia foi dada também para os últimos dias. Este sinal é o indício do segundo advento.Encontraremos falsas pretensões; erguer-se-ão falsos profetas; haverá falsos sonhos e visões falsas; pregai, porém, a Palavra, não vos desvieis da voz de Deus em Sua Palavra Têm-me sido mostrados muitos que pretenderão ser especialmente ensinados por Deus, e tentarão levar outros, e por erradas idéias de dever empreenderão uma obra que Deus nunca pôs sobre eles. O resultado será confusão. Busque cada um a Deus com mais fervor por si mesmo, para que possa compreender individualmente Sua vontade. Nos dias de Noé a esmagadora maioria se opunha à verdade, e se apaixonara por um conjunto de falsidades. A Terra estava cheia de violência. A guerra, o crime e o homicídio eram a ordem do dia. Assim será também nesses dias. “As uniões trabalhistas rapidamente se agitam e apelam à violência se suas reivindicações não são atendidas. Mais e mais claro está se tornando que os habitantes do mundo não estão em harmonia com Deus.

Nenhuma teoria científica pode explicar a firme marcha de obreiros iníquos sob o comando de Satanás. Em toda multidão, anjos ímpios estão em operação, instando homens a cometer atos de violência...” - Podemos saber que, a perversidade e crueldade dos homens alcançarão tal atitude que Deus Se revelará em Sua majestade. Muito em breve a impiedade do mundo terá atingido seu limite e, como nos dias de Noé, Deus derramará os Seus juízos. Olhando Para o Alto. O livro Oculto. “Os terríveis relatos que ouvimos de homicídios e roubos, de acidentes ferroviários e atos de violência, declaram que o fim de todas as coisas está próximo. Aproxima-se a tempestade, e precisamos aprontar-nos para sua fúria mediante arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor Se levantará para sacudir terrrivelmente a Terra. Veremos aflições por todos os lados. Milhares de navios serão arremessados para as profundezas do mar. Esquadras se submergirão, sendo sacrificados milhões de vidas humanas. Irromperão inesperadamente incêndios que nenhum esforço humano será capaz de extinguir. Os palácios da Terra serão varridos pela fúria das chamas. Tornar-se-ão mais e mais freqüentes os desastres de estrada de ferro; confusão, colisões e morte sem um momento de advertência ocorrerão nas grandes vias de comunicação. O fim está perto, a graça está a terminar. Oh! busquemos a Deus enquanto Se pode achar, invoquemo-Lo enquanto está perto”!

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Nos anais da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e queda dos impérios, aparecem como que dependendo da vontade e proeza do homem; a configuração dos acontecimentos parece determinada em grande medida pelo seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada, e podemos ver acima, para trás e pelos lados as partidas e contrapartidas do interesse, poder e paixões humanas - as instrumentalidades do Todo-misericordioso executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade. “Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo, o Livro Oculto”. - As coisas parecem se encaixarem Liza. As palavras de Cristo (Mat. 24:2) foram proferidas aos ouvidos de grande número de pessoas; mas quando Ele Se achava só, sentado sobre o Monte das Oliveiras, Pedro, João, Tiago e André foram ter com Ele: "Dize-nos", perguntaram, "quando serão estas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de Jerusalém e do grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição dos dois acontecimentos. Houvesse desenrolado perante os discípulos os eventos futuros segundo Ele os via, e não teriam podido suportar esse espetáculo. Por misericórdia com eles, Jesus misturou à descrição das duas grandes crises, deixando aos discípulos o procurar por si mesmos a significação. Nesse século do mundo, quando as cenas da história terrestre em breve hão de terminar e estamos prestes a entrar no tempo da angústia tal como nunca houve, quanto menor o número de casamentos realizados tanto melhor para todos, homens e mulheres.

Chegará a hora; não está muito distante, e alguns de nós que agora cremos estarão vivos sobre a Terra e verão confirmar-se a predição, e ouvirão a voz do arcanjo e a trombeta de Deus ecoar de montanhas, de planícies e do mar às partes mais longínquas da Terra. O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação diante de nós. O tempo durará um pouco mais até que os habitantes da Terra tenham enchido a medida de sua iniqüidade, e então a ira de Deus, que por tanto tempo tem estado dormitando, se despertará, e esta terra de luz beberá da taça de Sua ira sem mistura. A medida da iniqüidade está quase cheia, e a justiça eqüitativa de Deus está prestes a cair sobre os culpados. O mundo está cheio de confusão, e em breve apoderar-se-á das criaturas humanas um grande terror. O fim está muito próximo. Nós, que conhecemos a verdade, nos deveu estar preparando para o que está prestes a rebentar sobre o mundo numa esmagadora surpresa. Nestes últimos dias, o povo de Deus será exposto aos mesmos perigos que o antigo Israel. Os que não aceitarem as advertências que Deus dá cairão nos mesmos perigos que o antigo Israel, e não poderão entrar no descanso por 76


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causa da incredulidade. O antigo Israel sofreu calamidades devido aos seus erros. Sua rejeição final como nação foi o resultado de sua própria incredulidade, confiança em si mesmo, impenitência, cegueira mental e dureza de coração. Em sua história nos é apresentado um sinal de perigo. Homens que agora falam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. E há na igreja muitos que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que, até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceitado como verdade. As trevas espirituais que cobrem o mundo inteiro estão-se intensificando nos apinhados centros populacionais. É nas cidades das nações que os obreiros evangélicos encontram a maior impenitência e a maior necessidade. E nessas mesmas cidades o ganhador de almas depara com algumas das maiores oportunidades. Em meio às multidões que não pensam em Deus e no Céu, encontram-se muitos que almejam luz e pureza de coração. Até mesmo entre os descuidados e indiferentes, a atenção de não poucas pessoas pode ser atraída por uma revelação do amor de Deus pela alma humana. - Estamos no caminho certo padre? Falta ainda uma grande parte do livro. - Se assim, não fosse não estaríamos estudando com tanto fervor essas profecias. Temos que descobrir com quem está Liza. - Gente! Vamos para nossos afazeres. Nossas casas? - Verdade Isis. Nós entramos com tudo nesse estudo.

- Minha paróquia. Assim, vou perdê-la. Temos que ir mesmo. Liza então descobriu a tentativa de morte, que chegou a Roberto seu marido. Ela sabia que fora a Sociedade Secreta, mas não podia denunciá-los, estava comprometida por tudo que havia vivido com eles. Alguns anos se passaram, ela cuidou do marido e o tempo fez com que judicialmente ela torna-se solteira. Não havia recuperação para Roberto. Deixaram de lado o estudo sobre o livro secreto por longo tempo. Seu coração bem como o do padre Mancini e de Isis não se aquietou. Suas visitas eram intensas no hospital, gostava de Roberto, apesar de não se entenderem muito na questão relacionamento. A filha era o fator primordial para ambos até que acontecesse o desastre com Roberto. Ela conversava com ele em estado vegetativo, tentava levar a vida de forma normal, para que ninguém soubesse das coisas que estavam acontecendo ao redor de todos. Nos dias atuais ela e Isis resolveram viajar para Europa na cidade de Avalon. Pensava que por ali, poderiam encontrar aquilo que 77


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buscavam. Após alguns anos, marcaram novo encontro na sacristia do padre Mancini, antes da viagem. - Padre, quanto tempo... - Minhas filhas, eu estava com saudades de vocês. Apesar, das coisas que descobrimos algo maior ainda encontramos que era nossa amizade e carinho. Acabamos sendo cúmplices das boas novas de Deus. Estou com saudades do seu chá Isis. - Nossa! Padre, e da minha inteligência nada? (risos) - Claro minha filha, sem duvida. Conta-me. O que houve com Roberto. - Padre tenho certeza de que foram eles. O senhor se lembra daquele dia aqui na sua igreja, quando pediram para Liza o livro e deram prazo? - Sim, claro que me lembro. -Pois então, ali começaram a bolar alguma coisa para destruir Liza. Eles sabiam que se atingissem a filha dela, a coisa não ficaria boa para o lado deles. Então resolveram atacar Roberto e mostrar sua força para ela. - mas, não é uma seita de boas novas? - Boas novas! Padre? Eu sei o que vivemos por ali durante todos esses anos. - Eu fui visitar Roberto. Não tem volta? - Parece que não Padre. Os médicos dizem que ele esta morto, somente vivendo com os aparelhos. - Meu Deus quanta maldade nesse mundo. - Padre. - Pois não minhas filhas. O que foi Liza. - Nós iremos para Avalon, temos que descobrir o que ainda falta. - A parte final da história? - Sim, padre. O que temos, não é o suficiente para sabermos todas as coisas. Ali nos manuscritos diz que onde viveu Joseph, vive os termos da absolvição. Chegamos a conclusão de que eles estavam falando do capitão Joseph e de Marcelle Dardenne na batalha final no Rio de Avalon. - Lá moravam as Bruxas do Rio Avalon? - Sim, padre. Foi ali que foram descobertos, os últimos manuscritos. 78


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- Pelo que sei da história, a luta deles era pela liberdade do povo. - Isso mesmo, padre. Mas, foram descobertos os manuscritos que, aparentemente foram queimados perto do Rio Avalon e, sabemos que, as Bruxas encontraram e guardaram na província de Avalon. - mas, como vocês irão descobrir algo sobre eles? Ali muitos da Sociedade devem ter ido buscar pistas sobre os tais papeis. -Padre. A gente sabe disso. Mas tem algo que queima nosso coração. É a certeza de que fomos escolhidos para encontrar os tais manuscritos do Livro Oculto. Faltam ainda os dados da Batalha do Armagedon. - Vocês pensam em ir quando? - Ontem, padre. Ontem. - Isis, vocês não podem sair assim meninas, sem alguém para orientar vocês e cuidar de vocês. Me dêem uns 10 dias, para eu colocar um substituto para mim na igreja. Quero ir com vocês. - Padre? Jura? - Isis, padre não juram, minha filha. - Se o senhor for conosco ficaremos muito felizes padre. - Eu também Liza. Acho que preciso tomar uma decisão na vida, ou sirvo a Deus como deve ser feito ou saiu igreja de vez. E pelo visto aqui não vai acontecer nada, nessa cidade pacata. - Então nos encontramos daqui a 10 dias, aqui mesmo. -Vamos fazer a reserva das passagens. Vôo 696 Air Lines Europa, saída às 22 horas para Trieste. No vôo. - Padre. - Pode falar Liza minha filha. - Qual a porcentagem que o senhor dá para nós encontrarmos a parte final do livro. - Tudo pode acontecer Liza. Estamos no caminho certo. Penso que iremos saber muitas coisas ainda, sobre as profecias e espero podermos ser útil a toda humanidade. - Por favor, aeromoça, nos traga um suco de laranja por favor? 79


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- sim senhora. Algo mais? - Não obrigada. - Atenção senhores passageiros, pedimos a todos que coloquem o sinto de segurança pois estaremos a frente de uma turbulência um pouco mais forte que o normal. Naquele momento o avião começou a chacotear de forma violenta, deixando todos em pânico. Começaram a gritar. Copos caiam ao chão, dois comissários caíram violentamente. Com muita violência, o avião desceu de forma drástica, dando a impressão de estar caindo. O padre olhou para Liza, e ambos ficaram atônicos, pensando ser algo ligado ao que buscavam. O padre começou a rezar e a suar frio. Isis gritava em desespero, chamando o nome de Liza. O tumultuo era muito grande e dava para notar que o controle da aeronave havia se perdido das mãos do comandante por alguns momentos. - Atenção! Senhores, passageiros pediram perdão a todos, mas não sabíamos que seria tão grande e forte o que encontraríamos a frente. Agora tudo esta sob controle, espero poder seguir viagem de forma natural equilibrada. - O que foi isso Liza? - Isis, isso foi o que sempre acontece em vôos internacionais. - Mas, desse jeito eu nunca vi, padre. - Não sei minha filha, não sei. Mas Deus cuidará de nós. _ Senhores passageiros! Estaremos aterrisando no aeroporto de Trieste em 20 minutos.

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Capitulo 13

No Hotel da Trieste. - Olha o que encontrei padre. Esse papiro que fala sobre o assunto. “No século IVX especificamente, as Bruxas do Rio Avalon viveram uma terrível perseguição. Muitas foram queimadas vivas, torturadas e expostas em praças pública. Para servirem de exemplo a todos que ousassem a desafiar o clero, a fortaleza religiosa comandada pelo poder papal. Existia uma ligação entre o bem e o mal na cidade de Avalon, alguns quilômetros do Rio onde suas Bruxas faziam seus encantamentos e magias. Esse ponto era usado pela Sociedade quando algo deveria tomar outro curso nessa vida.

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Época de guerras perseguições e ousadia. Nesse tempo, Joseph e Marcelle viveram uma pequena parte da sua vida em Avalon, a batalha de Avalon. Ruth dona da taberna disse certa vez: _ Os homens deram da água do rio para eles. Há muitos anos, ali residiam as Bruxas de Avalon, eram perseguidas constantemente, então, elas se cuidavam com material da natureza para se defenderem, faziam venenos e colocavam no caminho dos perseguidores, seja em frutas, hortaliças... - não usavam nenhuma forma de ataque, como flechas, paus, lançar ou facas. Mas, continuando quero dizer que, a intuição dos dois sabia que iriam morrer. Não queriam que o inimigo os prendessem como antes. A tortura seria terrível e a causa seria em vão. Antes de partirem fizeram um chá de ervas para o casal e nela estava à morte, a morte por uma causa que acreditavam, eram fiéis. - Nossa exitiram bruxas ali? - Sim, elas foram ameaçadas por longo tempo. Escolheram aquele lugar para fugiram dos olhos maldosos da igreja. Não soubemos mais delas, todos a chamavam As Bruxas do Rio Avalon. Se ainda vivem, não sabemos, devem viver disfarçadas. -Aqueles homens Edith. Os que envenenaram Joseph e Marcelle. - Nunca soubemos deles. A não ser, quando um pastor de ovelhas que viajava por aquela região, disse ter visto alguns homens estranhos ao lado do rio deitados de barriga para o céu. Ele ficou acampado e aqueles homens não saíram daquela posição, todo tempo em que ficou acampado. - Será que todos morreram? - Pensamos que sim. Acreditamos que não prosseguiriam sem seus lideres. - E você Edith. - Eu? Bem, eu não sei dizer. Tudo aconteceu há tanto tempo. Estou velha, cansada. Amei um daqueles homens e sei que ele também muito me amou. Mas, minha vida virou um eterno vazio. Um ano depois da causa aparentemente perdida, caia férrea Roma. E a vida entra nas suas vias legais e de fato. Graças aqueles modestos homens de brilho sem par. Aqueles homens que não temiam a vida nem a morte, só temiam não haver justiça para todos. Odiavam a corrupção e a Volúpia desenfreada daqueles homens. Perseguiam o amor a qualquer custo. Ali todos amaram e muito. O poeta com seus encantos , Andarilho com sua graça de menino. Mércia e Mirius que souberam mostrar a todos nós o quão grande é o amor e todo o valor que ele tem para a vida. Brutus, com aquele tamanho todo soube conquistar o coração de uma mulher como eu (risos), sim e como conquistou. Joseph e Marcelle, nunca mais os vi nada parecido em toda a minha vida e em toda história. Não foram 82


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achados os corpos, acreditam que um daqueles homens voltou e ateou fogo para ninguém ter o privilégio de dizer ter conquistado a vitória sobre nossos lideres. Fomos vitoriosos, estamos vivendo os frutos desse amor. Mas, a lenda do Rio Avalon ficou sem descobrimento, existiu o livro oculto em poder das Bruxas que por toda maneira o clero tentou saquear, mas em vão, não conseguiram descobrir nada sobre o tal livro. Séculos depois um professor de magia negra descobriu a veracidade das coisas que iriam acontecer na terra. Voltou de Avalon sedento por poder, queria reunir os maiores números de fiéis possível no Brasil e em todo mundo. Sua seita estava crescendo, era o DJA iniciador das moças virgens da sociedade secreta. Somente um membro (além dele) teria o conhecimento do segredo de Avalon. Veio a falecer em uma sessão de iniciação, teve um ataque cardíaco quando todos os membros participavam de uma orgia, ele estava buscando a iniciação de três meninas de no máximo 14 anos de idade. “Não agüentou o prazer que sentia e veio parar o seu próprio coração, num fulminante ataque cardíaco.” - Onde você encontrou isso Liza? - Estava dentro do Livro Oculto. - Esse professor quem é ele.

- Ninguém sabe padre. Não sei por quê.

- Mas temos que descobrir quem era esse homem aqui em Trieste. - Vamos, sim. Padre. - Liza, Padre? - Sim, Isis. - Acho que a gente deve sim, ir até a cidade de Bhoemia. Foi por ali que o casal, Joseph e Marcelle passaram e deixaram suas marcas. Existe ali, a taberna da Ruth. - O perigo todo é que, iremos ouvir muitas histórias sobre isso. E qual será a verdadeira? - Primeiro, vamos a luta. Depois pensamos o que é verdade ou mentira.

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- Agora vamos descansar, para amanhã cedo estarmos pronto para a longa viagem, que teremos de enfrentar. - Tem razão padre. Vamos dormir Isis.

Isis e Liza foram para o quarto. E o padre Mancini resolveu estudar sobre as profecias e tentar descobrir algo que pudesse ajudá-los a encontrar a ultima parte do Livro Oculto. “ O fim está perto, e cada cidade será transtornada de todos os modos. Haverá confusão em todas as cidades. Tudo que puder ser abalado há de ser abalado, e não sabemos o que virá em seguida. Os juízos serão de acordo com a iniqüidade das pessoas e a luz da verdade que elas tiveram. Recebendo a maldição de Deus, Caim se retirou da casa do pai. Escolheu a princípio para si a ocupação de cultivador do solo, e então fundou uma cidade, chamando-a pelo nome de seu filho mais velho. (Gên. 4:17.) Saíra da presença do Senhor, rejeitara a promessa do Éden restaurado, a fim de buscar suas posses e gozos na Terra sob a maldição do pecado, ficando assim à frente daquela grande classe de homens que adoram o deus deste mundo. Durante algum tempo os descendentes de Noé continuaram a habitar entre as montanhas onde a arca repousara. Aumentando o seu número, a apostasia logo determinou a divisão. Aqueles que desejavam esquecer-se de seu Criador, e lançar de si as restrições de Sua lei, sentiam um incômodo constante pelo ensino e exemplos de seus companheiros tementes a Deus; e depois de algum tempo resolveram separar-se dos adoradores de Deus. Em seguida, viajaram para a planície de Sinear, nas margens do rio Eufrates. ... Ali resolveram edificar uma cidade, e nela uma torre de altura tão estupenda que havia de torná-la uma maravilha do mundo. A sucessão de prazeres e divertimentos centraliza-se nas cidades. Muitos pais que escolhem um lar na cidade para os filhos, pensando dar-lhes maiores vantagens, são desapontados, mas demasiado tarde se arrependem de seu terrível erro. As cidades de nosso tempo tornam-se depressa como Sodoma e Gomorra. Os muitos feriados animam à ociosidade. Os divertimentos - o teatro, corridas de cavalo, jogos, as bebidas alcoólicas, banquetes e orgias - estimulam ao extremo todas as paixões. A juventude é arrastada pela corrente popular. Foi-me revelado que as cidades se encherão de confusão, violência e crime, e que estas coisas aumentarão até ao fim da história da Terra. Em todo o mundo as cidades se estão tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Juízos que Sobrevêm às Cidades Terríveis abalos sobrevirão à Terra, e os suntuosos palácios erigidos à custa de enormes despesas certamente se transformarão em montões de ruínas. Vi as mais dispendiosas estruturas de edifícios erigidos e que se acreditava serem à prova de fogo. E assim como Sodoma pereceu nas chamas da vingança de Deus, essas suntuosas construções também se transformarão em cinzas. ... Os lisonjeiros monumentos da grandeza de homens serão reduzidos a pó, mesmo antes que sobrevenha ao mundo a última grande destruição. Os 84


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homens continuarão a erigir edifícios dispendiosos, que custem milhões de dólares. Será dada especial atenção à sua beleza arquitetônica e à firmeza e solidez com que são construídos, mas o Senhor me informou que, não obstante a extraordinária firmeza e o dispendioso aparato, esses edifícios terão o mesmo fim que o templo de Jerusalém. A morte chegará a todos os lugares. É por isso que estou tão ansiosa de que nossas cidades sejam advertidas. Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova Iorque, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido erigidos para glorificar seus proprietários e construtores. ... A cena que em seguida passou perante mim foi um alarma de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de pez. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os “bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas”. EGW. - Meu Deus, eu como padre o que irei falar para minha igreja. Serei excomungado. O que será que está acontecendo conosco. “A crosta terrestre será dilacerada pelas explosões dos elementos ocultos nas entranhas da Terra. Estes elementos, uma vez desprendidos, arrebatarão os tesouros dos que durante anos têm aumentado sua fortuna pela aquisição de grandes posses a preços de fome dos que estão ao seu serviço. E o mundo religioso também será terrivelmente abalado, pois o fim de todas as coisas está às portas. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo”.EGW. - Agora não vou conseguir dormir mesmo. Nossa profecia diz que Jesus voltará. Será esse o aviso do Livro Oculto? “Nas últimas cenas da história terrestre, grassará a guerra. Haverá epidemias, pragas e fomes. As águas do oceano transporão seus limites. Propriedades e vidas serão destruídas pelo fogo e por inundações. Deveríamos estar nos preparando para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. Grandes bolas de fogo caíam sobre as casas e dessas bolas voavam flechas incandescentes em todas as direções. Era impossível apagar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. Depois de algum tempo, acordei e vi que estava em casa.O inimigo atuou no passado e ainda está atuando. Ele desceu com grande poder, e o Espírito de Deus está-Se retirando da Terra. Deus tem retirado Sua mão. Só temos de olhar para Johnstown [Pensilvânia]. Ele não impediu que o 85


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diabo acabasse com a existência de toda essa cidade. E essas mesmas coisas aumentarão até o fim da história terrestre. Em incêndios, em inundações, em terremotos, na fúria das grandes profundezas, nas calamidades por mar e terra, é transmitida a advertência de que o Espírito de Deus não agirá para sempre com os homens. Antes que o Filho do homem apareça nas nuvens do céu, tudo na Natureza estará em convulsão. Raios do céu unindo-se ao fogo na Terra farão com que as montanhas queimem como uma fornalha e lancem suas torrentes de lava sobre aldeias e cidades. Massas derretidas de rochas lançadas na água pela sublevação das coisas ocultas na Terra farão ferver a água e arremessarão pedras e terra. Haverá fortes terremotos e grande destruição de vidas humanas. As fomes aumentarão. Epidemias arrebatarão milhares de vidas. Perigos provenientes dos poderes de fora e de atuações satânicas por dentro estão por toda parte ao nosso redor, mas o poder moderador de Deus está sendo exercido atualmente”.EGW. - Meu Deus quase cinco da manhã. Se eu falar isso para Isis e Liza, as coisas tendem a piorar, vamos deixar as coisas acontecerem... “ As pragas de Deus já estão caindo sobre a Terra, arrebatando os edifícios mais suntuosos como por um sopro de fogo do Céu. Esses juízos não farão com que os cristãos professos caiam em si? Deus permite que sobrevenham para que o mundo se acautele, para que os pecadores temam e tremam diante”.

*****

Às seis horas da manhã toca o interfone do padre Mancini. - Bom dia Liza. Combinado... Sim dormi bem, estou com fome. Está bem desce em dez minutos para o café. Na mesa do café. - Então padre, animado? - Animado com o que Liza?

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- Oras Isis. Com tudo isso que está acontecendo. - Você acha que tem alguém animado aqui, mulher. Deixamos nossas vidas, nossas famílias, para buscar não sei o que. E ainda, corremos o risco de a Sociedade estar à trás da gente. - Isso, eu creio que não Isis. Fizemos tudo com maior descrição. - Você não conhece aquele povo padre. - Isis, quer parar, o padre já veio com a gente com maior carinho e você fica colocando coisas na cabeça dele? - Desculpe então. Não falo mais nada. - É bom mesmo você ficar quietinha. Se quiser ou tiver algo de bom para falar, por favor. - Bom, acho que eu tenho sim... - Então vamos lá, Isis. - O chá esfriou. Vou buscar mais. - Parece um moleque padre. - Deixe-a Liza, isso é bom. Afasta as tensões que certamente encontraremos. - Alguma novidade padre? - Acho que muita Liza. Mas, temos que seguir os caminhos do casal e daquele povo da Idade Média, quem sabe podemos encontrar algo ainda mais concreto. - Só penso na minha filha padre. - Ela me parece estar bem, está na casa da sua irmã. Cidade grande. - Eu sei, acho que sinto saudades, daquela meiguice em pessoa. Sinto muito orgulho dela. - Imagino você se esqueceu de que eu a conheço desde bebe? - É verdade. Lembra padre quando ela chegou chorando na igreja porque tinha achado um pequeno passarinho, ferido? Foi falar com o senhor? - E como me lembro de Liza. Ela, falou que havia feito um curso de pequenos socorros (risos), Colocou água na cabeça do bichinho. Ele estava com a perninha machucada, ela me pediu um palito de fósforo e fez uma bandagem para ele. 87


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- Nós estávamos preocupados porque ela não chegava. De repente o senhor me aparece com ela e um pequeno pardal. Nunca mais me esqueci. - Nem eu Liza. E o pior de tudo é que o passaro ficou bom e voou depois de uns cinco dias. - Ela chorou muito. - Ela saiu da missa para falar comigo. Você e Roberto estavam conversando com Isis e Paulo e eu com ela na sacristia. - Verdade? - Sim, Ela me pediu para não contar nada para vocês. Mas, como agora ela esta uma mulher feita. Nada mal contar. - Que menina, eu... - Aqui esta o meu chá. O que foi Liza está chorando? - Não, não é nada. Só saudade. - Nem me fale. - Bom, vou subindo para a gente seguir viagem. Vou arruma a minha maleta. - Nossa! Padre. Como o senhor trás poucas coisas. Apenas uma maletinha. Como pode? - Isis, não sou eu quem trás poucas coisas... - Somos nós que carregamos muitas coisas Isis. Saíram do Hotel e seguiram para Trieste, resolveram alugar um carro com trailler, compraram mapas e mochilas.

Colocaram o essencial e seguiram caminho. Queria fazer o caminho de Bhoemia, o mesmo que o capitão Joseph e Marcelle Dardenne fizeram. Queriam estar atentos a qualquer informação que fosse possível. O caminho ainda preservado em alguns pontos fazia Liza se sentir envolvida na história. - Quantos dias nós estamos viajando Liza. - Nossa. Isis, você não sabe contar não? - Credo que grosseria a sua. 88


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- Sete dias. Estamos próximo da taberna da senhora Ruth. - Sinto um arrepio padre. Abril de 1422 - 02:00h. Da madrugada. Foi exatamente nesse dia e hora que eles chegaram na taberna. - Hoje é sete de abril, agora é 1 hora da madrugada. Nossa. Isis, como você foi lembrar-se disso? - Eu sei da história deles. Não tem como não saber. Foi uma das histórias mais lindas da era medieval. - Agora quem ficou arrepiada fui eu... - Estamos quase chegando. Olha, daqui da pra ver a sombra da taberna. Em frente a taberna de Ruth, eles ficaram admirando. Ainda preservada, comentavam os acontecimentos no local. E falavam que dali tudo começou. - Padre. Aqui, foi o encontro de Marcelle e o capitão Joseph. Parece que estou ouvindo os dois conversarem. Pare cocheiro.. Sim senhor. Venha madame eu a acompanho. Obrigado, senhor. Com licença senhora. A madame gostaria de usar o reservado. Claro, querida. Vem comigo. E aguardo à senhora. O senhor é muito gentil. Deixe que eu cuido dela... Vamos. Senhora? No local as duas mulheres conversavam. Pode deixar eu fico sozinha senhora. Não madame, eu prometi cuidar da senhora. Pelo visto a madame não esta muito bem. - Engano seu minha querida estou bem sim, pode ir. - Tem certeza? - De repente ela desmaiou. - Socorro senhor, a madame desmaiou! - O que houve senhora. - Não sei, ela disse que estava bem, eu estava para deixá-la, ela caiu. - Vamos ver...Madame! Acorde madame - Parece que esta muito cansada e doente quer que eu busque o medico do povoado? - Acho melhor não. Obrigada senhora, eu cuido dela. A senhora tem um quarto? - Sim, eu tenho. Traga-a. Ele a colocou no quarto e pediu água quente, toalhas e um chá. Despiu-a deulhe um banho. Ela estava sangrando muito pela vagina e pelo anus. Ele fez-lhe -

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um curativo deixou-a limpa e colocou-a na cama. Fez com que ela tomasse o chá mesmo adormecida. Dormiu por horas. -

Senhor eu não posso ficar nem mais um minuto. Ok Cocheiro. Se ela não acordar em dez minutos o senhor segue viaje e eu fico. Não posso senhor, nem mais um minuto Mas... Perdoe-me. Boa sorte. O senhor não quer entrar? Disse a dona da taberna. O que fazer. Vamos ver a madame.

Dentro da pequena taberna, estava anoitecendo e esfriando. A senhora dona do pequeno recinto não aparentava mais do que quarenta anos, morava sozinha e aparentemente era uma boa pessoa. Dna. Edith. Coisa rara na época. -

Vou preparar algo para o senhor comer. Ela ainda não acordou? Não, ainda não. O senhor é o marido dela? Não, não sou o marido dela não. Ela é muito bonita não? Sim, ela é... Muito bonita sim. Coma! Vou subir e olhar como ela esta.

- Isis. Me da vontade de chorar sabia?

- Eu também sinto a mesma vontade Liza.

- Então foi aqui que o casal se conheceu?

-Sim, padre. Ele estava em fuga da sua cidade e ela também. Foi estuprada e corrompida por um servo do governador que a queria morta. Mas, ele se apaixonou por Marcelle e não conseguiu matá-la. Resolveu amá-la. Deixar sua marca em seu corpo. Seu amor era tão animal por ela, que ele não se conteve a maltratou fazendo-a sofrer muitos com os ferimentos que deixou ao tela como mulher. Ela quase morreu padre. Ele deixou algum dinheiro para ela fugir, matou outra moça, e disse ao governador que havia enterrado Marcelle nos jardins do palácio. Depois é claro que tudo foi descoberto e o capataz foi morto, executado em praça publica, seu pênis foi retirado por animais selvagens... 90


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- As coisas naquela época, aconteciam padre. - Eu sei minhas filhas. - Espere padre. Ouça? -

Ela quer vê-lo. Senhor. Obrigado Senhora. Aqui esta seu bom homem senhora. O senhor está bem? Eu quem pergunto. A senhora esta bem? Penso que sim... Sua aparência esta boa. Senhora. Obrigado o senhor é muito gentil. Bom! Exista algo que eu possa fazer? Acho que já fizeste demais, por uma pessoa que mal conhece. Estranho. Parece que eu a conheço há muito tempo... Não sabe se sou uma mulher honesta. Se estou fugindo, ou se tenho alguma doença transmissível. Chega de falarmos tantas coisas sem nexo. Sua aparência esta ótima. Vamos comer algo? Acho que comeria um boi inteiro... Que bom...Então vamos nós...Um boi para a Madame, mal passado. Geléia de morando, mel e frutas tropicais... Com muitos legumes também. Riram muito. Aquele momento se tornou mágico. Ambos estavam entregues ao outro. Confiança, carinho e, desejo de ficar juntos. Não queriam saber do passado de nenhum. Sabiam das suas limitações. Queriam ser livres de corpo e alma. Aceitação era o que sentiam naquele momento. Pareciam nunca terem passado por qualquer dificuldade. Um momento único as sugeria conhecidas não tinham espaço entre os dois. Sua saúde restaurada, auto-estima se encaixando no seu interior como uma luva de pelica.

- Assim, aconteceu. Senhores. - Momento mágico mesmo. - Vamos, procurar descansar e depois continuaremos. Todos dentro do trailling, todo decorado e perfumado. Flores nas extremidades e linda toalha florida em cima da pequena mesa no centro do carro. Ali, padre Mancini abre o livro Oculto com Liza e Isis. 91


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- Minhas filhas. Estamos no inicio da história, quase que sagrada. Os textos nos mostram que coisas em breve, muito breve mesmo irão acontecer. “O que significam as horríveis calamidades no mar - embarcações arremessadas para a eternidade sem aviso prévio? O que significam os acidentes na terra - fogo consumindo as riquezas que homens acumularam, em grande parte pela opressão dos pobres? O Senhor não intervirá para proteger a propriedade daqueles que transgridem Sua lei, violam Seu concerto e calcam aos pés o Seu sábado, aceitando em seu lugar um dia de descanso espúrio. Deus tem um propósito ao permitir que ocorram essas calamidades. Elas constituem um de Seus meios para chamar homens e mulheres à razão. Mediante atuações incomuns pela Natureza, Deus expressará a instrumentalidades humanas em dúvida o que Ele revela claramente em Sua Palavra. Aqui há homens que estão à frente de nossas várias instituições, dos interesses educacionais e das associações em localidades e Estados diferentes. Todos estes devem ser homens representativos, ter voz ativa em elaborar e formar os planos que serão postos em execução. Deve haver mais de um, dois ou três homens para atender a todo o vasto campo. A obra é grande, e não há uma mente humana que, por si só, possa planejar a obra que precisa ser efetuada. ... Saí das cidades o mais depressa possível, e comprai um pequeno trato de terra, onde possais ter um jardim, em que vossos filhos possam ver as flores crescerem e delas aprenderem lições de simplicidade e pureza. Para fora das cidades, é minha mensagem neste tempo. Estai certos de que o apelo é para que o nosso povo fixe residência a quilômetros de distância das grandes cidades. Uma olhadela a São Francisco, do modo como é hoje, falaria a vossa inteligência, mostrando-vos a necessidade de sair das cidades. ... O Senhor recomenda que Seu povo fixe residência longe das cidades, pois à hora em que não cuidais, fogo e enxofre cairão do céu sobre essas cidades. A sua punição será proporcional a seus pecados. Quando é destruída uma cidade, nosso povo não deve considerar esta questão como algo sem importância, e pensar que, se surgir uma ocasião favorável, poderão construir casas para si nessa mesma cidade destruída. ... Que todos os que desejam compreender o significado destas coisas leiam o capítulo onze do Apocalipse. Lede cada um dos versos e aprendei o que ainda está para ocorrer nas cidades. Lede também as cenas descritas no capítulo dezoito do mesmo livro. Para muitos dos que residem nas cidades, sem ter um cantinho de relva verde em que pisar que olham ano após ano para pátios imundos, becos estreitos, paredes e pavimentos de tijolo e céus nublados de poeira e fumaça - pudesse eles ser levados a algum distrito agrícola, circundado de verdes

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campinas, matas, colinas e riachos, os límpidos céus e o ar fresco e puro dos campos, isto lhes pareceria quase um paraíso. O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. O estar constantemente sujeito ao contato com doenças, o predomínio de ar poluído, água e alimento impuros, as habitações apinhadas, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar. “Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se apinhasse em cortiços”.

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Capitulo 15

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- Padre. Por onde começar? - Pelo começo Liza. - Isis, deixa-o falar, por favor. - Ela tem razão Liza. O inicio fará com que a gente não venha pular parte alguma desse processo rico em informações do Ultimo Livro. - Tudo bem. Mas, ir para onde. Por onde? - Liza. Posso falar? - Claro Isis. Não ligue não, estou meio confusa e estressada. - É normal. Mas, acho que a gente devia seguir o caminho direto para Avalon. Todo o processo que ocorreu até Avalon, não deixa muitas evidencias. Aqui começou a história e lá começou as profecias. - Acho que ela tem razão Liza. - Também acho padre. - Então amanhã cedinho, partiremos para Bhoemia e depois Avalon. - Tem uma coisa importante minhas filhas. Na Idade Média, os monges eram quase as únicas pessoas que sabiam ler e, no ocidente cristão, a música tinha-se refugiado nos mosteiros. Deve dizer-se que as ciências e as artes quase não tinham o seu lugar neste mundo cruel, onde mais facilmente se fazia a guerra do que hoje um processo.No Império do Oriente ou Império Bizantino e na sua capital, Constantinopla (antiga Bizâncio) a música, pelo contrário, resplandecia em toda a parte. Havia mesmo um órgão no banho da Imperatriz! E eles tinham as maiores informações sobre as escritas da época. - Mas, será que eles nos contariam alguma coisa a respeito padre? - Não. Com certeza não. E Já que falou, não acredito que Deus entregaria para eles tão importante mensagem sobre o final de tudo.

- Gente. Tenho que ir lá para fora. Que noite linda. Quantas estrelas, nunca vi isso em toda a minha vida. Parece que dá pra pegar. Todos do lado de fora. Sentaram em uma esteira e olhando o céu, a brisa batendo em seus rostos, entravam de alguma forma na história medieval.

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- Gente. Espera ai. - O que foi Isis? - Na cidade chamada Évora morava Mécia com seu marido Mirius, eles faziam o que se chamava medicina natural. Foram presos e condenados por bruxaria pelo clero. Estavam foragidos. Brutus um cavaleiro de honra. Perseguia bandidos para o Rei Hevrus do pais de Galgos. Todos estavam em Bhoemia. Na taverna Mar Tons. Se a gente procurar saber sobre eles? - Hum! Parece-me que é um bom começo Liza. O que acha? - Isis. Às vezes você me surpreende sabia? -É mesmo? Sua bruxa do agreste. Vamos descansar e sair bem cedinho à caça às bruxas. Foram dormir. O silêncio abrandava o lugar onde um dia o capitão Diabo perseguiu Joseph e Marcelle. Lugar onde centenas de milhares de pessoas passaram e deixaram suas marcas. Clero, reis e rainhas. Pobres e prostitutas. Lugar onde a nobre de coração Ruth, descreveu sua morada como “canto dos desguardados” Vivos e mortos entraram na sua taberna. Pequenos e grandes desfrutaram da sua comida e do seu vinho. Crianças nasceram naquele local e outras perderam a vida. Coronéis da alta estirpe do rei como coronel do lixo imperial. Ali estavam Liza, Isis e padre Mancini, em frente a maior fonte de toda a história. Não conseguiam ter um sono tranqüilo. Excitados pela localidade, o desejo impar de buscar o pergaminho final do livro oculto, tudo isso fazia com que os três missionários ficassem se revirando na pequena cama do trailing. Cada um com um pensamento, cada vida com uma direção, mas ao mesmo tempo abertos para acatar idéias de cada um. Estava muito lindo. A força que carregavam e passavam para outro, era de suma importância, tudo em harmonia. Queriam apenas tirar duvidas e de coração abertos prontos para enfrentar o que estava escrito nas estrelas por que não dizer; no Livro Oculto.

- Bom dia, meus queridos companheiros. - Bom dia, Liza? Você ainda tem coragem de dizer , bom dia? - Bom dia minha filha. - Claro. Foi linda à noite. 95


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- Ha! Só se foi para você. Eu não consegui dormir nadica de nada. - Eu também, não. Mas consegui dar um cochilo e pensar muito. - Isso sim, pensar foi o que mais eu fiz, nessa madrugada infinda. - Melhor você preparar nosso café da manhã, porque temos muito que fazer hoje. Padre? Fala-me uma coisa. Se nós procurarmos um historiador, quem sabe alguém que conheceu aquilo que estamos procurando. - Puta idéia colega. - Sabe que não seria nada mal, alguém que nos desse um norte, uma saída para um bom começo. Penso que temos é teorias precisamos, concretizálas. Então fica mais fácil colocá-las em pratica. - Bom, querem chá ou café? - Café Isis. O chá é pra você. - Eu sei. E você padre. Nossa! Perdoe-me, você não senhor. - Pode me chamar de você mesmo Isis. Vou tomar seu chá. - Ainda bem que tenho alguém consciente aqui. - Padre. Aqui está o mapa e este livro de história. Se a gente for estudar tudo isso aqui, não voltaremos mais para nossa casa. Vamos tentar encontrar um homem dos anais da história. Seguiram em diante para a cidade de Bhoemia. Buscavam ali algo mais palpável para poderem se organizar. Avistaram de longe a pequena Bhoemia a cada metro andado pelo carro a sensação de que já conheciam o local era muito forte. O coração, de Liza e Isis palpitava, e seus olhos enchiam de lagrimas, o padre Mancini mais controlado não conseguia fugir da emoção causada pela cidade da história. A pureza daquele local era marca registrada no reinado de Ulrich. Homem justo e integro colocou seus Pais a favor dos perseguidos na inquisição criou um dos maiores exércitos combatentes de todas as épocas. Ali morou

Mércia e Mirus o casal mais importante na luta contra a liberdade. Foram perseguidos e mortos como bruxos porque curavam as pessoas com produtos naturais eram inteligentes e queridos. -

Capitão Joseph. Sim vossa majestade? Tudo pronto? 96


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Sim senhor. Os primeiros tiros devem atingir a tenda das bolas de fogo. Entendido majestade. Assim será feito. Preparar...Gritou o rei. Preparar...gritou Joseph Agora. Fogo. Atacar.

Aos gritos, com tochas extras para confundir o adversário eles invadem o imenso acampamento militar do exército criado pelo papa. Bolas de fogo atingem seu alvo, desqualificando a munição do exército inimigo. Os ninjas japonêses entram cortando todas as pessoas que cruzam seus caminhos. Joseph com sua arma de bola de ferro pontiaguda atingiu seus adversários. Entre o exército inimigo muitos estavam em suas tendas, outros limpando armas, alguns conversando. E a grande maioria dos lideres, estavam bebendo e praticando sexo grupal. Dezenas de bolas de fogo caiam no acampamento. Mas, pouco se fazia, pois o numero de armas era insignificante perto do tamanho e do numero de pessoas dentro do exército. Aparentemente o numero que, estava na reunião do lideres do exercito do rei Ulrich estava sendo atingido. Já naquele momento perto de 10 mil soldados inimigos estavam sendo massacrados. Mas enquanto muitos morriam, tantos outros se preparavam e entravam com bravura na batalha. Eram muitos tantos que o exército do Rei e de Joseph não davam conta de tanto matar, quanto mais acertavam os homens inimigos tantos outros apareciam. O maior medo de Joseph era o cansaço. Sabia que não agüentariam muito mais. Era como se você batesse com força em algo durante 30 minutos, seus músculos iam endurecendo pouco a pouco. O plano dois tinha que ser executado imediatamente, antes que todo exército inimigo conseguisse se organizar. Deveriam partir em retirada imediatamente. Muitos se empolgaram, porque conseguiam abater com facilidade o inimigo. O rei e os lideres em posição de recuo. Mas, muitos soldados queriam resolver ali, queriam obter a vitória naquele momento. A cada minuto estavam mais forte. Não tinham tempo. Gritavam para seu exército se retirar, mas era inútil, não queriam ouvir estavam embevecidos, enraivecidos e não se retiravam. O rei não queria abandonar nenhum. Mas, Joseph sabia que se não saíssem perderiam a guerra. Joseph cavalgou para as montanhas e um grande exército o acompanhou. O rei e outros tantos ficaram em luta. No local combinado estavam Joseph e seus homens.

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Capitão... O que será que houve. 97


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Nosso rei não quis deixar seus homens sozinhos. Mas eles desobedeceram às ordens senhor. E o rei também desobedeceu. Brutus. Será? Vamos esperar mais uma hora. Depois partimos conforme combinado. Quantos feridos, tenente. Centenas. Senhor. Não sabemos se agüentaram a viagem. Eles têm que conseguir. Se ficarem serão pegos e mortos. Estamos cuidando deles. Temos pouco remédio. Água já estava no fim. Eu sei tenente. Estão fazendo um ótimo trabalho. Capitão. Sim imediato. Temos a impressão que tivemos uma perda de 10 mil homens. Não poderia ser assim.Porque não nos acompanharam. Jogaram a única chance que tínhamos para vencer.Desobedecemos a Deus. Infringimos seu comando. Fomos inspirados por ele nessa estratégia Partiremos logo. Terminaremos de cuidar dos feridos em 30 minutos. Senhor. Brutus. Mande alguém ao nosso acampamento vamos voltar para Bhoemia. Capitão. Capitão. Alguém vem chegando. Está ferido. Traga-o aqui. Depressa. Capitão sou o soldado Herrera. Todos estão mortos. VI quando degolaram o rei.Foram cortando sua garganta aos pouco, olhavam o sangue caindo e gritavam, essa cabeça vai para o papa, nosso deus. Tentamos fugir com o senhor, mas estava difícil sair quando seus companheiros estão sendo atacados como formiga pelas costas. Chegou uma hora que tive um espaço, o soldado Frank foi meu escudo, então fugi. Eles foram uns heróis capitão. Eu sei soldado, vocês foram heróis. Soldado. Soldad... Vamos levá-lo daqui.

Conseguiram dar baixa em mais de 15 mil do exército inimigo. Mas, ainda faltavam muitos. Eram como gafanhotos. Não se sabe direito se as estratégias dariam certas. Mas teriam ao menos uma chance. Agora suas chances eram zero. Aos pouco e devagar cavalgavam para Bhoemia. No caminho encontrariam com o restante do grupo que ficara acampado esperando a volta de exército. Bhoemia estava totalmente vazia. Varrida da história, o melhor só ficou na historia. O pequeno exército estava a caminho do castelo de Browdentall o hospício da humanidade. Todos que ali chegavam, com o passar do tempo se tornavam insanos. A fome, a falta de água, a tortura, a umidade a doença que não para, maus tratos psicológicos, tudo isso e muito mais determinavam o destino daqueles que estavam da porta para dentro. UM CASTELO MEDIEVAL é, principalmente, um local fortificado, uma fortaleza; na origem, era de madeira; os seus principais elementos eram uma paliçada e uma torre de dois andares, a cave e uma grande sala, em que se 98


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entrava por uma escada de mão. Era construído sobre uma elevação do terreno, a “motte”. O castelo passa a ser a base visível e concreta dos poderes do castelão, cuja bandeira ondula na torre de mensagem. Marcelle parou no alto portão principal do castelo, olhou a volta e notou que um lago circundava o castelo, muito jacarés a espreita de uma vitima. A aparência externa era bonita, havia jardins, arvores e muitos pássaros voando em volta do castelo. Tudo parecia normal, uma prisão especial para prisioneiros políticos, dentro das normas exigidas pela justiça mundial. Que não mais existia, porque todos sabiam que o poder papal se encarregava de fazer suas próprias leis. Ali estava Marcelle, de cabeça erguida, se sentindo orgulhosa por estar ali, em prol de uma causa, uma nobre causa, causa essa do rei Ulrich, que ela não sabia ter morrido na batalha do campo, e do seu grande amor Joseph. Naquele momento ela foi empurrada para seguir para dentro do castelo. Estava toda rasgada, com fome e sede. As mãos amarradas e os pés descalços. Aquela linda mulher, cheirosa, vaidosa, estava agora cheirando ranço, cabelos endurecidos pela poeira da estrada, dias sem se lavar, corpo machucado pelos maus tratos recebidos pelos soldados invasores. - Meu Deus! Foi aqui, nesta cidade. Liza. Estou emocionada. - Isis. Acho que estamos no caminho certo. Pretendo ir até o fim com essa história... - Liza, com certeza será até o fim. - Padre Mancini, não começa. Sabe que sou medrosa. - Nós sabemos de tudo sobre você Isis, tudo. - Eu heim! Dentro da cidade, passaram a pesquisar as faculdades existentes lá, buscando a história do local, sabiam que poderiam ser confundidos com lendas e mentiras. Na faculdade Bhoemia falaram com o Heitor que apresentou o dr. Frank Stalis historiador premiado. - Dr. Frank, sou sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana, professor em ciências ocultas pela Universidade de Straus Alemanha.

- Eu sou Liza, psicóloga com mestrado nos estados Unidos da América. - Sou Isis. Empresária e dona de casa. - Em que posso ajudá-los senhores? 99


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- Nós estamos querendo escrever um livro sobre a história de Trieste e conhecemos um pouco da história de Joseph e Marcelle entre o rei Ulrich. - Me, parece que sempre tem alguém atrás de algo especial por aqui. Na verdade, o nosso povo está meio que cansado de pessoas levarem daqui temas mentirosos para a Europa, América do Sul entre outros paises. - Dr. Frank, o senhor é cético? - Depende do que é ser cético para a senhora? -Liza. - Pois não senhora Liza. Acredito em muitas coisas, menos em assuntos sobrenaturais da nossa região. É claro que o governo fomenta isso, pois trás muitos como vocês para deixarem seus dólares por aqui. - Não é o nosso caso doutor Queremos apenas conhecer temas da região para colocarmos em nosso futuro livro. - mas, o que posso fazer se existem livros a respeito de Bhoemia e Trieste. - Mas, não queremos nada dessas cidades doutor. - O que querem então? - Avalon! Ficou mudo por alguns segundos, se olharão por outros segundos e Dr. Frank falou. - Bom. Avalon. Melhor os senhores irem até lá. - O senhor me parece arredio mesmo. Não quer falar conosco é isso, com todo nosso respeito? -Isis, não fale assim. - Como não fale assim. Vocês não estão vendo que ele esta correndo do assunto. Quando falamos Avalon ele quase engoliu seco. - Olha o respeito Isis.

- Estarei no carro caso queiram falar comigo.

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- Me desculpe senhores, tenho aula em cinco minutos. Desculpem não poder ajudar muito. - Ok. Bye. - Foi um prazer Dr. No carro conversaram; - Nossa! Que cara chato. - Mas, você é mal educada né, Isis. - Sou nada, sou apenas direta. Vocês estariam até agora falando bobagem e aquele idiota, esnobando vocês. - Ela tem razão Liza. Ele Não nos parecia muito feliz em nos ver. - Vocês são cismados, estão com neuras. - neura é? Mal educada. - Desculpe padre. - Que nada minha filha. Você pode ter razão. - Ela não tem razão não padre. - Meninas não comecem a brigar agora que estamos tão perto. - Ou tão longe. Padre. - Então o que vamos fazer. Padre tem alguma sugestão? - Sim. Comer, dormir num quarto de hotel, tomar aquele banho e depois sentarmos e estudarmos um pouco mais. Quem sabe ao lermos estaremos preparados para encontrar o que buscamos sem depender muitos de outros. Talvez seja difícil, mas nada é impossível para Deus. - Padre, o senhor falou a palavra mágica. Banho. Eu quero tomar uns dois pelo menos. - Bom, então o senhor venceu, vamos procurar um hotel pelo centro. - Querem saber de uma coisa? Acho que a gente devia ficar de olho naquele Dr ali. Não me cheirou muito bem esse receio dele com a gente.

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No hotel depois do descanso marcaram na sala de reuniões do hotel um encontro. - Padre. Acharia melhor a gente ir para o nosso aposento. Aqui não seria um lugar próprio para o que vamos fazer. - Pensando bem. É melhor mesmo. - Dona Isis concordou padre. Numa pequena saleta com uma luz indireta sentam em volta de uma pequena mesa com alguns livros abertos inclusive o Livro Oculto. - Temos aqui acontecimentos importantes na história que com certeza vão de encontro com os acontecimentos futuros. Os Paleologi apresentam-se com um relatório das mais iníquas famílias que já desgraçaram a posição real. João Paleólogo o governante do Império Romano do oriente ocorreu em 31 de outubro de 1448. Quando Constantino, cento e vinte e sete anos mais tarde, caiu com os muros da sua cidade, sua morte foi uma demonstração marcante da ira de Deus sobre a terra. A quarta geração daqueles que Lhes desprezam e odeiam. No longo decurso de declínio e da queda do Império Romano. Pelas mãos de dois ilustres deputados à coroa imperial foi posta na cabeça de Constantino em Esparta. O malfadado governador estava destinado a ser o ultimo imperador do agonizante império Romano Oriental tendo encontrado a morte numa batalha quatro anos mais tarde ao Constantinopla ser tomada pelos turcos. “O anjo do abismo “ Abadon” o anjo destruidor. Fogo, fumo e enxofre. As descargas incessantes de lanças e flechas serão acompanhadas pela pequena fumaça, o ruído e o fogo dos mosquetões e canhões. As suas armas pequenas de uma avelã, e dependendo da densidade das fileiras e da força da pólvora, vários corpos e armaduras eram transpassados pelo mesmo tiro...Portanto, o anuncio de que o templo de Deus se abrirá no Céu e será visto a arca do Seu concerto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial. Relâmpagos, vozes, trovoes, terremotos e grande saraiva virão”. - Estou com saudades da minha filha Marcela. Há dias venho tentando falar no celular dela e não consigo. - Liza, nem vamos começar a falar de saudades aqui, por favor. - Tem razão, assim a gente não se concentra. Amanhã eu ligo pra ela. - Vocês acham melhor a gente ir descansar Liza? - Não padre. Pra mim tudo bem, vamos continuar e você Isis - Vamos em frente, que a trás vem gente.

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- Bom, continuando preciso dizer o seguinte. Cada Livro da Bíblia é importante, mas o mais deles varia de acordo com o lugar e o tempo. A mensagem de um livro profético pode ser de muito maior importância em certo tempo do que o outro. O livro de Daniel é de certo modo o mais importante para nosso tempo. Sua mensagem é antes de qualquer coisa para o “tempo do fim”. É para apresentar para o mundo a grande mensagem de revelação dos últimos acontecimentos da história. É a luz desse grande conflito do século que este livro deve ser estudado, e só assim que sua mensagem será claramente entendida. Pelo que entendemos estamos sem duvidas vivendo o tempo do fim. É agora que as últimas batalhas desse grande encontro serão travadas. Eu sinto isso. - Você sabe que eu também padre. É uma coisa inerente aos meus desejos. Não consigo ficar em paz comigo mesma. Sinto que precisamos achar a resposta em todo seu firmamento. - Comigo as coisas são quase assim, Liza e padre Mancini. Sei que precisamos encontrar não sei o que. Mas eu to nessa! - Muito bem, Precisamos compreender os movimentos em andamento por detrás dos bastidores; agora, precisamos estar prontos, para os acontecimentos a nossa frente e as provações que nos esperam. E não esquecermos que devemos estar prontos para sabermos tomar uma decisão inteligente. Empresta-me o Livro Liza. - Da sociedade? - Sim, por favor. Obrigado! “ Os anos escuros de destruição e morte, que marcaram o fim do reino de Judá teriam desesperado o mais forte coração se não fossem as encorajadoras mensagens proféticas. Através de Jeremias em Jerusalém, através de Daniel na corte de babilônia, através de Ezequiel nas margens do Quedar, foram esclarecidos através das profecias. Humilhados a vista das nações, aqueles que se reconheceram favorecidos do céu acima de todos os povos da terra , tiveram que aprender no exílio a lição de obediência toa necessário para os acontecimentos futuros”. – Veja bem, dar a Babilônia a oportunidade de familiarizar-se com Deus e com o caminho da salvação foram dados importantes em toda a história. - Então da mesma forma, Deus está querendo que nós nos familiarizemos com sua palavra e profecias? É isso, e não sermos pegos de surpresa? - Sim, Liza Ele quer mostrar como se comunica com a gente, o caráter genuíno de suas profecias, Sua capacidade de revelar o futuro e somente Ele sabe o futuro. - Quer dizer que minha tarologa? - Sim Isis, ninguém pode falar de algo que somente Deus está capacitado. 103


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- Mas, Ele não escolhe homens para falar do futuro? - Sim, com certeza isso também faz parte dos seus planos. Mas, veja bem, Ele somente revela o futuro para servos que andam em seus caminhos e faz a Sua vontade. Continuando Ele tem propósitos nas Suas profecias e algo importante é nossa atitude para com a profecia. - Entendo padre. - Muito bem. A mensagem básica do livro de Daniel, segundo aprendemos na faculdade é a sentença contra os poderes da terra que se opõe aos planos de Deus, e a vitória final do reino de Deus o reino da justiça. A mensagem foi escrita para os que vivem os últimos dias dessa terra cheia de ódio e confusão, será estabelecido o reino eterno de Deus. Precisamos estar qualificados para entender essas mensagens. Vamos ler o Livro Oculto novamente. “Encontramo-nos no limiar de grandes acontecimentos e solenes ocorrências. Muitas profecias estão acontecendo e para se cumprir com rápida sucessão. Cada partícula de força está para se por a trabalhar. A história do passado se repetirá. Velhas controvérsias se repetirão de novo e, o perigo nos cercará por todos os lados. A tensão está tomando conta da raça humana. Ela está penetrando sobre todas as coisas sobre Terra. A necessidade de um estudo mais apurado do Livro Oculto, uma magnífica conexão se nos antepara entre o universo celeste e este mundo”. - Padre. - Pode falar minha filha. - Estamos realmente chegando a isso? Ou nossa imaginação é que está apurada demais. - Minhas queridas filhas. Tenham certeza de que estamos no caminho certo. Nunca na minha vida religiosa senti tanto o desejo de conhecer as coisas ocultas como agora. Certamente as coisas irão e vão acontecer. Prestem atenção nessa profecia que Daniel nos deu a respeito de todas as épocas da história da terra. “ Luz aumentada brilhará sobre todas as grandes verdades da profecia, e elas serão vistas em novos aspectos e esplendor porque os raios brilharam do Sol da justiça as iluminará de todo. Para entender melhor a mensagem de Daniel é importante conhecer sua época. Quando o leitor casual considera o livro e o período do cativeiro babilônico em que foi escrito, ele pode pensar que este livro se aplica a um período muito remoto da história antiga. Mas isto não é bem verdade. Embora Daniel se achasse em babilônia, cerca de seiscentos anos antes da era cristã, o mundo naquele tempo já era velho e podia contemplar atrás de si uma antiguidade considerável. Notem que interessante, nos anos 605 -562 foi o período do grande rei da Neo-Babilonia. Era um eminente guerreiro o grande construtor. Foi ele que pos fim ao reino de Judá em 586. Durante o seu reinado a babilônia tornou-se uma das mais belas e mais bem fortificadas cidades do mundo antigo. Medo-Pérsia, 104


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aproximadamente no ano 1000 a.C. os Médos eram um povo mal organizado que Vivian no pastoreio no leste da Assíria. Bo oitavo século consolidaram-se no reino. Os persas estavam intimaentes relacionados. Eles tinham, o seu reino próprio, mas no período o rei da Média era também senhor dos Persas. Foi de Ciro em diante que os persas foram governados por um rei Persa. Grécia. A sorte da história grega á qual nos referíamos e que nos interessa não é propriamente a época áurea, mas o ultimo período quando a Grécia sob Alexandre conseguiu o domínio de todo o mundo oriental. Roma, Após a Grécia, Roma dominou o mundo oriental. As guerras púnicas marcaram um grande passo para Roma dominar o mundo. A destruição de Cartago em 146 eliminou um dos maiores rivais de Roma. Vocês sabiam que a arqueologia comprova a autenticidade dos relatos históricos de Daniel. Depois de fazer um exaustivo estudo do grande numero de tabletes cuneiformes que se referem a Belsazar, o professor Dougherty expressou-se a respeito da autenticidade do livro de Daniel olha querem ver? - Bom, já que chegamos até aqui, o que custa ouvir mais coisas a respeito das coisas de antigamente né Liza. - Continue padre. - Muito bem. O doutor. Diz em seus estudos “ O sumário informativo que se refere a Belsazar, quando julgado a luz da atualidade obtida das investigações em exame nesta monografia, indicam que todos os relatórios não babilônicos que tratam da situação final do Império Neo babilônico, o quinto capitulo de Daniel é o que mais se aproxima da exatidão da literatura cuneiforme quando se trata dos acontecimentos preponderantes. A afirmação escriturística pode ser interpretada como superior porque emprega o nome Belsazar, atribui-lhe poder real e reconhece que existiu um governo duplo neste reino. As evidencias confirmam que a língua de Daniel o aramaico se espalhou por todo o oriente”. – Isso tudo que acabamos de falar e lermos vem de encontro com o sonho de Nabucodonosor. - Sonho padre. Que sonho? - Certa noite, ele estava inquieto. Uma preocupação tomou conta de sua mente. Não conseguia se desviar do instinto daquilo que hoje buscamos com ferocidade. Os pensamentos do rei a respeito do futuro. Ele um rei ateu, ou acreditava em seus deuses de pedra acabou sendo beneficiado pelo Deus criador de todas as coisas. Não conseguia dormir. Caminhava de um lado para outro em seu magnífico castelo, com suas pompas e tudo a sua disposição ele o rei aflito consegue num momento de cansaço dormir. Deus por sua vez revelou a Nabucodonosor os segredos das coisas futuras. - É padre. - Sim, Isis. Deus deu-lhe um sonho que o deixou mais perturbado ainda. Deus tinha suas razoes para que isto acontecesse. Em seus planos estava o 105


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ajuntamento de Daniel ao rei. O rei sonhou com uma enorme estatua que se deparava a sua frente. A cabeça era de ouro maciço, o peito e os braços de prata e o ventre e as coxas de cobre. Suas pernas eram de ferro e os pés de barro. De repente algo lhe chama a atenção. Uma pedra cai do céu sem ajuda de mãos e vem de encontro com a estatua, ela bateu com uma força fenomenal destruindo a estatua por completo, fazendo-a se tornar pó. Então essa mesma pedra se fez um enorme monte, que cresceu até encher toda a terra. - Meu Deus, padre o que é isso. - Isso, foi o sonho que o rei teve. Acordou pior do que antes. Estava totalmente em desespero. Ele sabia que tinha vindo dos deuses tal mensagem, buscou em seus adivinhos a causa do sonho e sua interpretação. Reuniu no castelo todos que participavam das suas requeridas premunições. - E o que aconteceu padre? - Vocês querem um chá? - Agora não Isis. Fala padre. - Ele pediu aos seus adivinhos que lhe desse o que aconteceu para acalmarlhe alma. Seus adivinhos pediram para que ele relatasse o sonho para que pudessem interpretá-lo. Revoltado o rei disse que não revelaria o sonho mais que, se fossem adivinhos de verdade saberiam o que sonhou e dariam a interpretação. - Esperto esse rei heim! Padre? Se ele disse-se o sonho seria fácil bolar uma interpretação a seu bem prazer. - Isso mesmo Isis. Por isso o rei, pediu para que o adivinho falasse o sonho e desse a sua interpretação. Ali habitava no reino adivinhos de toda a sorte.Magos, astrólogos, encantadores e sábios. - O que aconteceu? - Aconteceu que, todos foram incapacitados de adivinhar o que o rei havia sonhado. Os caldeus uma facção de sábios confessou ser impossível saber o sonho. Então o rei deu um decreto de morte a todos os sábios e adivinhos em poucos dias. Todos seriam mortes por entender que eram falsos. Daniel e seus companheiros também foram procurados para ser executados. Depois de encontrado Daniel fez um pedido para o rei. - Pedido? - Sim, ele pediu para se conseguisse saber o sonho e dar sua interpretação o rei não executaria ninguém. Claro que arrumou uma briga, mas venceu porque o rei estava aflito por saber. Naquele momento Daniel saiu e foi para um quarto sozinho e começou a pedir a Deus as interpretações das coisas do rei. Numa 106


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noite Deus mostrou a Daniel tudo que o rei havia sonhado e também deu a interpretação do sonho. - Nossa! Padre, eu estava aqui torcendo para Daniel. - Todos estavam Isis. Então Daniel pediu um encontro com o rei no palácio real. Então ele foi trazido a presença do rei. Quando o rei perguntou a Daniel o que estava acontecendo, sua resposta primeira foi. “ Há um Deus no céu” colocou Deus acima de tudo e todos, mostrou que somente um Deus seria capaz de dar respostas ao futuro e também as coisas que aconteceriam. Daniel não excitou ao reconhecer a fonte da sabedoria. Teria o fato de Daniel exaltar fielmente a Deus, desprestigiando a sua influencia a corte do rei: - de maneira nenhuma este foi o segredo de seu poder, foi isso que lhe assegurou o favor aos olhos do mandatário de babilônia. No nome de Deus, Daniel expôs ao rei as mensagens divinas de instrução, advertência e repreensão, e não foi repelido. - Nossa! Eu to ficando louca para saber que sonho é esse padre? - Isis, você não acha melhor fazer um chá para nós? - Agora não Liza. Agora não. - Bem, vamos dar uma paradinha, minhas filhas? Eu aceito esse chá Isis. - Vocês são. Fogo! Quando quero, vocês não querem, quando não quero, vocês querem. Está bem, vou providenciar. Brindaram com chá mais uma noite. A cada dia, eles gostavam mais e mais um do outro. A convivência entre eles fazia com que cada um, tivesse um sentimento de amor família. Conversaram por alguns momentos e cansados resolveram dormir. Sabiam que ainda tinham um enorme caminho a percorrer.

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Capitulo 16

Em uma casa nas proximidades do Santuário...

Sir Richard caminha de um lado a outro, como se quisesse abrir um buraco no chão, até que toma uma decisão e vai até a porta de um quarto, em um corredor... Foi ao encontro marcado. Nesse encontro especial da Sociedade Secreta cinco dos maiores membros confabulam a respeito dos acontecimentos. - DJA, conseguiu cometer um erro. Não podia ter deixado acontecer aquilo. Em nossos propósitos não podemos deixar o coração entrar. Por causa disso, ele achou que aquela serva seria fiel eterna. Agora estão confabulando sobre como nos destruir. - Não creio nisso Sir Eduard. Eles são ingênuos, na verdade estão assustados com o Livro Oculto e estão buscando algo, que nem eles sabem. - Sim, eu sei, mas isso pode acarretar perdas para agente. Se nossos fieis souberem disso as coisas poderão mudar. Não gosto nada disso. Vamos mandar alguns dos nossos até a Europa atrás deles? - Senhores, senhores. Não vamos por causa de alguns receios nossos fazer outra bobagem como aquela que você fez a Roberto o esposo de Liza. Está praticamente morto no hospital. Foi isso que fez Liza, pensar e mudar suas atitudes. Por sua causa, ela se separou do marido e sua visão ampliou de tal forma que perdeu a fé na Sociedade. Vamos deixar com que eles prossigam naquilo que estão fazendo. Se algo for acontecer que possa nos prejudicar ai sim, entraremos em ação para o bem da Sociedade. - Mas, DJA. Eles podem... - Chega Sir Eduard. Você nesse afã de vingança que carrega em seu peito pode estragar todos os nossos planos de levar nossa mensagem. Não queremos ninguém atrás deles, principalmente seus homens. Onde já se viu, foi até a igreja ameaçar aquelas pessoas. Pensa que estamos na idade média, Eduard. - Ela ainda vai voltar. Ela teve muito prazer conosco. Sinto saudades dela. Daquele corpo, aquela pele macia, aquela boca gemendo em meus ouvidos. Eles ficaram olhando um para o outro, sentiram que ainda o DJA estava apaixonado por Liza. Queria de alguma forma protegê-la. Seguira para mais uma seção de encontros frenéticos da Sociedade Secreta.

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De manhã estavam acordados e prontos para o retorno as suas atividades. No saguão do hotel, Surge no meio de todos um homem alto, ricamente vestido com um casaco marrom-vermelho com detalhes bordados em ouro, anéis nas mãos e uma argola de ouro em uma de suas orelhas, tudo combinando com sua camisa branca, calça e colete pretos e botas. Ele tira de um bolso do casaco um canudo de papel e... - Quem é você? Perguntou Liza. - Não interessa quem sou eu. Mas, tenho o que vocês querem. - E o que nós queremos? - Chega de brincadeirinhas senhora Liza. - Como sabe meu nome? - Liza. Deixe-o falar. - Não Isis, como assim deixa-o falar, não sabe quem é esse senhor. Você sabe o que aconteceu com Roberto e graças a Deus minha filha está bem longe desses crápulas. - Liza? - Muito bem! Senhora Liza. Eu vou embora, voltarei. Não esqueça de que tenho o que buscam. Num golpe joga algo sobre a mesa e sai de forma grotesca. - O que é isso? Perguntou o padre. - Não sei padre, não sei. - Você devia ter ouvido aquele homem Liza? - Ouvir um cara estranho desse. Temos que ser menos ingênuos Isis. - Você tem razão Liza. Vamos ficar um pouco mais espertos. - Claro, a gente não sabe no estamos pisando. As coisas não são muito simples assim, como a gente pensa. Não estou com medo, mas não vou mais ser aquela Liza que um dia foi chacota de homens na Sociedade. - Liza. Não fale assim, você me assusta. - Isis, não podemos mais abrir o coração as pessoas como antes, estamos numa missão que nem mesmo sabemos. Devemos ser atentos. 109


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- Jesus disse; Sejam simples como a pomba e espertos como a serpente. - Então vamos ser. Mas, o que é esse pequeno livro? - Vamos dar uma olhada. Vamos subir para o aposento? No quarto. - Leia padre. - O que é isso? Uma história de piratas? - Mas que estranho. Liza. Aparece-me um homem aqui e, muito estranho pela aparência. Leram o pequeno livro e nele apareceu um personagem importante para desvendar parte do caso. - Ás vezes as aparências enganam, não é Liza. - Sim, eu sei. Mas não vou aceitar alguém chegar e falar com a gente assim. Não somos doidos. Não entendi até agora. - Vamos tentar descobrir esse cara ai. - Não Isis, não vale a pena. - Bom sei lá. Mas deve ser algo relacionado a esse escravo aqui. Veja como termina a nota. Slave. Escravo em inglês. - Faz sentido padre. “Eu pretendo apenas promover a expansão de nossos territórios, salvar este mundo impuro! Tudo em nome de Athena! Mas a declaração oficial só será feita apenas depois do carnaval. E não se esqueçam de torcer pela escola "Unidos das 12 casas douradas", estarei desfilando como destaque!" “Ontem à tarde o nosso Grande Mestre em reunião com outros governantes de santuários e Deuses confirmou os boatos que rondavam o Santuário, motivo de piada. Ele declarará guerra aos Estados Unidos. No entanto, será esta uma guerra santa, para a expansão do Santuário e das forças de Athena.Os governantes e deuses riram perante a seriedade de Shura.”

"Eu confesso que não sei o que aconteceu... O nosso grande mestre reencarnação do saudoso Buda salva, salve, a uma semana nos chamou para uma reunião de emergência. Disse que a eleição já estava ganha, e apenas precisávamos nos unir em uma roda de orações para agradecermos a ele

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(Buda) pelo novo Santuário que virá. Achei estranho, um jejum de uma semana antes do dia das votações..." - Nossa! Liza! Não sei não. - Acho que o padre tem razão, esse escravo deve fazer sentido. Essas palavras jogadas devem ser para confundir. Vamos tentar saber algo sobre esse escravo.

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Capitulo 17

“O comércio de escravos passou a ter rotas intercontinentais, no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente de África”.

Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a capturar escravos para vender aos europeus. Com surgimento do ideal liberal e da ciência econômica na Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e moralmente incorreta deu lugar ao surgimento do abolicionismo, em meados do século XIX. A escravidão é pouco produtiva porque como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção ele não é estimulado a produzir já que não irá resultar em um incremento no bem estar material dele mesmo. Desde os tempos mais remotos, o escravo é legalmente definido como uma mercadoria cujo dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal. A escravidão da era moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior. A escravidão era uma situação aceita e logo se tornou essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos. “Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos eram empregados na agricultura e no exército.” - Muito bem. Padre. Mas pelo visto ai tem milhares deles e a gente precisa apenas de um. - Verdade Liza. “Escravos são mencionados pela primeira vez na Torá logo após o Dilúvio”. Nôach amaldiçoou seu neto Canaã, dizendo que os canaanitas seriam escravos dos seus próprios irmãos. Nos tempos de Avraham, a escravidão era 112


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comum. Mesmo Avraham tinha escravos, mas eram "escravos" somente no nome; eram mais como membros da casa. Os filhos de Israel haviam provado a amarga experiência da servidão quando foram escravizados pelos faraós do Egito por vários séculos. Jamais imporiam semelhantes destino a qualquer outro ser humano. Aliás, a Torá prescreveu severas leis para a proteção dos escravos. Tantas eram as obrigações impostas ao amo, que havia entre os judeus o dito: "Aquele que compra um escravo, adquire um amo sobre si mesmo". A possibilidade de o judeu tornar-se escravo surgia no caso de roubo, quando o ladrão não pudesse restituir o bem roubado. O tribunal podia então vendê-lo como escravo. Outra possibilidade podia ocorrer quando um pobre se vendesse voluntariamente como escravo para pagar uma dívida com seu trabalho. Esta era justamente uma forma de regeneração: ao invés de ser mandado para a prisão, o ladrão era vendido como escravo para que desta forma convivesse com seu dono, reparasse seu erro e aprendesse a viver uma vida honesta. Em cada um desses casos, quando chegava shemitá (o ano sabático, que ocorre a cada sete anos), o "escravo" tinha que ser libertado. A Torá, no entanto, garante ao escravo o "privilégio" de continuar na servidão, se assim o desejasse e estivesse muito afeiçoado ao seu senhor. Mesmo assim ele teria que sair livre no ano de jubileu. Desta forma, a Torá provê para que não exista nada semelhante a uma classe permanente de escravos na sociedade judaica, como era uma prática comum em todo o mundo e ainda persiste em alguns países. Até mesmo nos Estados Unidos, a escravidão foi abolida somente em 1865 (pela 13ª Emenda Constitucional). A escravidão a qual se refere a Torá é totalmente diferente ao conceito de escravidão que conhecemos. Há uma série de leis sobre como deve ser tratado um escravo, muitas das quais estabelece que, suas necessidades devem ser supridas antes do dono. Por exemplo: a pessoa que tivesse um só travesseiro, é o escravo que o recebia para dormir, e não seu amo; o escravo deveria descansar no Shabat; deveria receber uma quantia em valores ou bens quando partisse em liberdade, etc. Um escravo fugido, por exemplo, que viesse a um judeu procurar asilo não deveria ser entregue ao seu senhor, mas sim receber refúgio e proteção, ao contrário de qualquer outra propriedade que um judeu tem a obrigação de devolver ao seu legítimo dono. No ano de shemitá (sabático) os donos deviam libertar seus escravos. Caso o escravo não desejasse partir em liberdade, mas permanecer trabalhando na casa de seu senhor, sua orelha deveria ser furada. Qual é o motivo desta lei? Explicam nossos Sábios: aquela orelha que ouviu os Dez Mandamentos e sabe que seu Único Senhor é D’us, mas mesmo assim deseja continuar submissa a um senhor de carne e osso, deve ser furada. Daqui vemos que a escravidão não é o estado natural do homem, e a Torá diz isso claramente. Brachot Hashachar. Costumamos diariamente recitar nas Preces matinais a bênção ".Bendito seja D’us..que não me fez um servo". Isto se refere ao escravo canaanita e a recitamos para agradecer a D'us pela liberdade de serví-Lo sem restrições de cumprir todos os mandamentos da Torá, não apenas alguns, como é o caso do servo.

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Num sentido mais profundo, essa bênção nos lembra de que somos livres não só da servidão a outros, mas também da servidão a nossa própria natureza. Pois ninguém é mais escravo que aquele que é servo de suas próprias paixões e hábitos. Mas D'us nos concedeu a sabedoria e a capacidade de sermos verdadeiramente livres e isto depende somente da nossa própria vontade e determinação. Assim como o dono, o escravo estava obrigado a cumprir as leis da Torá – o fato de ser escravo não o isentava de tal, e portanto, não tirava dele o livre arbítrio.” - Pelo menos a gente fica sabendo um pouco mais de quem estamos procurando Liza. - Tem razão Lisa. - De fato isso vai ser muito importante, até porque se isso tudo for verdade, se esse escravo tem alguma coisa haver com o desaparecimento dos Papiros podemos imaginar como ele agiria nesse caso. - Apesar de que? Temos algo para analisar. Se de fato esse tal escravo tinha o Papiro, como será que ele o via? Como algo divino ou apenas um pedaço de papel em seu poder. “A entrada deste país no negócio da escravatura é relativamente tardia, mas depois é fulminante, sendo apenas superado, em número de escravos vendidos pelos portugueses. Nos mares, a poderosa marinha de guerra inglesa assume como uma das suas funções o combate ao tráfico de escravos. Em terra, milhões de indios, africanos e asiáticos são mortos ou escravizados por colono ingleses.” - Gente que tal irmos buscar alguém que entenda do assunto? - Tem razão Isis. Vamos a um lugar que descobri na escola nacional de história. Na escola conseguiram agendar com o professor Rimond. - Se puder ajudá-los. - Sim professor, por favor. - Tenho uma teoria gente. - Fale Isis. - Essas pessoas eram muito religiosas, sabemos disso. Estou certa professor? - sim, a senhora esta certa.

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- Que tal a gente procurar algo como Zumbi. Para essas pessoas estar com um Papiros, deve ao menos pensar ser algo divino. - O que importa para vocês são os Papiros? Posso então fazer uma pesquisa e depois passar para vocês se quiserem? - Ajudaria e muito senhor. - Está bem. Padre. Farei isso. Agora na questão de Zumbi, Do plano da imaginação para a possibilidade real de existência de tais criaturas existe uma boa distância. Porém, vemos que com freqüência essa distância é vencida com indiferença por aqueles que acreditam e propagam sua crença no fenômeno. Assim, pergunto: zumbis existem? Bom, determinemos o que é um zumbi. Segundo o que se crê, o zumbi é um homem morto, devolvido à vida por um feiticeiro, para se tornar um escravo. Essas práticas são atribuídas aos feiticeiros voodus, sendo o Voodu tristemente famoso por sua eficiência na fabricação de zumbis. O vooduísmo é praticado em todo o mundo, porém no Haiti - onde é a religião oficial do povo - sua prática é bem mais disseminada. E, será por acaso que no Haiti é o lugar onde mais se registram casos de zumbis? Fal ode daodos oficiais, policiais e de histórias contadas pelo povo também. Segundo consta, o processo é feito da seguinte maneira: o feiticeiro voodu escolhe arbitrariamente uma vítima, seguindo sua vontade. Escolhida a vítima, o feiticeiro vai a sua casa de noite, montado num cavalo sem sela e aspira sua alma, guardando-a num jarro. Isso faz com que a pessoa enfeitiçada caia num estado semelhante ao como e morra ao fim de pouco tempo. Depois do enterro, o feiticeiro invoca um espírito, tido como "o senhor dos mortos" e lhe pede permissão para se apoderar do corpo daquela pessoa. Herdeiro desses remotíssimos povos é natural que conservem o conhecimento de tão horrível feitiçaria. - Meu Deus Liza. Acho que vou ficar tonta. São tantas informações que penso. Iremos nos perder. - Verdade Isis, mas tem que ser assim. Acho que devemos nos separar e cada um buscar o assunto. - Não minha filha. Vamos ficar juntos. Unidos será mais fácil descobrir o que buscamos. - Acho que o padre tem razão Liza. - Professor, obrigado. Voltaremos a procurá-lo.

- Se puder ajudar?

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Numa pequena reunião num restaurante. - Olha Liza e Padre. Não vou mais guardar nessa cabeça aqui coisas que me deixaram louca. O senhor e esse livro, já são o suficiente para meus pequenos neurônios. - Verdade Isis, mas temos que descobrir quem é esse escravo que por algum motivo passou por aqui e obteve não se sabe como os Papiros. – Risos - Padre. Vamos tentar amanha de novo com o professor. No hotel à noite. - Pelo amor de Deus Liza, vamos falar com o padre. - Mas, o que ouve Isis. - Não sei ainda. Mas acho que descobri o escravo? - Acho que você ficou louca mesmo. - Não Liza, não. Vamos chamar o padre. Liga pra ele. - Ok. Estou indo. - Padre, Liza. Prestem atenção!

*****

“De repente ouvem palavras atrás dos destroços”. Eu juro portar sempre a Bandeira do Corvo Aesgaardiana, seguir o caminho do Norte, agir sempre com honra e bravura, e ser sempre sincero e verdadeiro para os Aesires, Vanires e para o Ásatrú. Pelos Deuses eu assim juro. Por minha honra eu assim juro. Sob este Anel Sagrado eu assim juro. Heill Asar ok Vanir. -

Quem será esse ai capitão?

-

Senhor.

Sim, meus guerreiros, pelo que vejo são cristãos, e como eu chorando a morte dos entes amados. Meu nome é Asir da tribo dos Camellusus reino unido do Corvo Negro. 116


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-

O que significa isso senhor Asir. Perguntou o capitão.

Senhores, meu nome é Hullan servo de Aesgaardiana o deus Asatru. Temos solenemente um juramento de aliança e parentesco aos Deuses de Asgard, os Aesir e Vanir e nossa gente. Esta é uma cerimônia simples usualmente feita na presença de um Gothi ou Gythia e o resto do Kindred, Hearth, ou Garth. Isto é tomado sob um anel de juramento ou outro objeto sagrado. -

Vocês estão cultuando seu deus então.

Sim capitão. Estamos buscando orientação de como encontrar nossos queridos. Nosso rei Asir deixou parte de sua família aqui estudando.Seus filhos Eder e Felícia, sua irmã Dondi. Um grito por tolerância e respeito aos Direitos Humanos dos não Cristãos! Pois eles também são Humanos, e muitas religiões não cristãs possuem valores de amor, compaixão e tolerancia capazes de demonstrar com ainda mais intensidade em suas comunidades religiosas. Falou o rei Asir. O objetivo deste culto não é conscientizar a todos que o cristianismo é ruim universalmente, que é digno de perseguição até a extinção (da forma como estes vivem a intentar contra nós e todas as religiões não cristãs, incluso o judaismo) e todo o blah blah blah que estamos acostumados a ouvir de cristãos extremistas contra religiões não cristãs. Temos uma visão mais adulta de mundo, e estamos ciêntes de que conceitos como feio e bonito, bem e mal, certo e errado, moral e imoral, variam de religião para religião, cultura para cultura e portanto são conceitos relativos que JAMAIS devem ser aplicados em uma forma absolutista! E um erro não justifica outro. Porque as deturpações abraãmicas do judaismo assim o fizeram, não é adequado recair no mesmo grau de estupidez! -

Capitão, como fala bem esse ai heim!

Senhor. Estudei em Roma, estive em vários paises aprendendo suas culturas e línguas. Nosso rei tem uma visão de mundo muito ampla. Somos ou éramos um povo feliz. Naquele instante observaram o rei de joelhos gemendo de dor, sem saber o rumo a que tomar, todos se unirão em um acampamento. -

Estamos fascinados por sua cultura senhor, Hullan.

Sou estrategista de guerra em meu país senhor. Fui criado para isso pelos lideres de nossa nação. -

E, ele vai continuar ali... 117


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Sim capitão, ficara a noite lamentando a perda de sua família até que o deus Asatru responda suas suplicas. Meu Deus. Vocês não acreditam no Deus criador? Perguntou Monsenhor. Meu querido cristão, o que nosso povo acompanha desde milênios são matança e guerras frias entre os ditos filhos de Abraão, e filhos de Davi. Tentamos por vezes estudar com nosso povo sua religião, mas quanto mais estudávamos, menos entendíamos. Muito se falava e nunca se agia. -

Eu entendo meu senhor. Flou o capitão Joseph.

O sincretismo cristão, tem se demonstrado capitão que, na historia como tendo a mais perversa das finalidades. Minar as bases culturais das religiões nativas, e pouco a pouco introduzir o cristianismo para o fim de derrubar a ordem vigente em prol da tirania politico-absolutista cristã que aterrorizou a humanidade, seja em nosso período da Era de Trevas ou qualquer outro em vosso passado. -

Fico arrepiado. Disse Andarilho.

-

Eu também estou emocionado. Falou Monsenhor

No período que chamamos de Era Migratória, Era Comum ou Calendário Cristão-Romano foi uma época de movimentação continua sem descanso na Europa Ocidental. Nesta época, os Anglos e os Saxões se moveram para o Ocidente (Oeste) e tomaram posse da Inglaterra, trazendo com eles, suas crenças heathenistas e praticas religiosas de além mar. Nunca ouvi falar que pudesse existir esse povo, ou um deus com esse nome. Falou Andarilho -

E aquele rei está com pena dele? Vamos levar comida pra ele?

Obrigado senhores, mas não se faz necessário. Ele não ira ouvi-los e não comera até receber sua resposta. Capitão quando quiser saber um pouco mais, leia esse pequeno papiros feito por mim, quando estudei em Roma. Imediatamente o capitão Joseph colheu o pequeno livreto e começou a ler. Embevecido pelo carinho e coerência da conversa quis saber um pouco mais sobre a cabeça daqueles homens dignos de admiração.

Ásatrú Analisando o Cristianismo, devemos partir da premissa que eles consideram suas escrituras como expressão magnânima de seu deus, e este próprio, alvo 118


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de temor e obediência absoluta, portanto sendo suas escrituras como infalíveis e inquestionáveis. Tal era a realidade da bíblia perante o Direito Canônico até a metade do século, e ainda continua assim pelas seitas fundamentalistas cristãs. O Cristianismo prega submissão total a escravidão e ao poder vigente. Tal ideologia gerou a Monarquia Absolutista na Europa, O Fascismo e o Nazismo. Podemos confirmar isso em suas escrituras: "Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus." - Romanos 13:1 "Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus". - Êxodo 21:20-21 "Quando comprares um escravo hebreu, servir-te-á seis anos, mas ao sétimo sairá livre e gratuitamente. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se estava casado, sua esposa sairá com ele. Se seu amo lhe tiver esposa, e esta lhe tiver dado à luz filhos ou filhas, a mulher e os filhos serão de seu amo e ele sairá sozinho. Se o escravo, porém, disser: "Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero sair livre", então seu senhor o levará diante de Deus, fá-lo-á aproximar-se da porta ou do umbrau da mesma e lhe furará a orelha com uma sovela, e ficará seu escravo para sempre. "

- Êxodo 21:2-6 "Escravos e escravas para vos servires, podereis adquiri-los entre os povos circunvizinhos. Poderes também comprá-los dentre os filhos dos estrangeiros, que habitarem entre vós e dentre suas famílias, nascidos e crescidos na vossa terra, e será vossa propriedade". - Levítico 25:44-45”. - Asir da tribo dos Camellusus reino unido do Corvo Negro. Esse é o escravo. Tenho certeza disso. Não me lembrava da história direito. De repente, ontem resolvi sair com meu livro preferido. Comecei a ler, a passar as paginas e quando li esse capitulo, gelei. Tremi na base. Meu Deus. É ele. - Verdade Liza, tem tudo para ser esse o escravo que buscamos. - Olha tem mais.. 119


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“Ásatrú e Cristianismo O posicionamento não racista do Ásatrú consta na sua historia e em seus mitos. Historicamente, os Vikings não-cristãos eram um povo cosmopolita, que viajava bastante, respeitava outras culturas sem ser em detrimento de sua própria, e casamentos intra-raciais não eram vistos como algo alienigena ou aberração da natureza. Podemos ver na islândia, ainda hoje em dia, os filhos dos cruzamentos intra-raciais entre os povos nórdicos e das tribos inuit. E os próprios povos nórdicos eram frutos de uma mistura étnica que era oriunda de três povos distintos. Os Uralo-Althaicos, os Pictos (também ancestrais dos Celtas juntamente com a proxima vertente) e os Indo-Europeus, também chamados de Indo-Arianos por ser ancestral da Casta Brahmane ou Arya (do sanscrito "nobre") que era a casta sacerdotal da civilização hindu. Boquiaberto Joseph fechou os olhos e cochilou. O próprio Oddhinn, e seus irmãos Vili e Vê, são filhos de Bor com uma Jottun, portanto são mestiços. O Filho predileto de Oddhinn, defensor de Midhgardh e mantenedor da Lei Aesir, o Glorioso ThorR vermelho, é filho de Oddhinn com a Deusa Jord (A Deusa Terra – uma Deusa com aspectos similares a Deusa grega chamada de Gaia) que não era uma Aesir. Os Filhos de Thor, Magni (O Forte), Modhi (O Corajoso) e sua filha ThrudhR (poder), são filhos de uma mãe Jottun. -

Nossa! Hullan, como sabe tantas historias?

-

Não são historias Andarilho, são fatos reais.

-

Será? Hum. É difícil acreditar.

-

A fé vem do ouvir, não é isso que vocês pregam?

-

Isso mesmo. Fale mais de vocês, desse deus...

Asatru. No Ásatrú, podemos ver que a Natureza é considerada extremamente sagrada. Nós consideramos a terra como a mãe que nos nutre com os frutos vindos dos seu seio. É visto na Taccitus Germania que freqüentemente em busca do sagrado, os Nordicos iam se retirar na florestas.Portanto, cuidar da natureza é cuidar do corpo de Nerthus e do bem estar de Jord. Respeitamos os animais, e não os matamos indiscriminadamente só para nos divertir, nem para fins religiosos. Pois os animais mortos em sacrifício, são assados e consumidos por nós e apenas compartilhado com os Deuses, mas não consumidos por completo pelo fogo.Em contraparte, o cristianismo, desrespeitou completamente a natureza. Florestas inteiras eram queimadas apenas por Ter sido considerada sagradas por outras religiões. . 120


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Além dos deuses, os gregos cultuavam heróis ou semideuses. Os heróis eram filhos de um deus com uma mortal ou de um mortal com uma deusa e distinguem-se por suas brilhantes aventuras e incríveis façanhas. Cada cidade grega cultuava a memória de um herói. Os atenienses, por exemplo, cultuavam Teseu, fundador da sua cidade. Atribuíam-lhe a pacificação do país, outrora cheio de salteadores. Héracles (Hércules para os romanos), foi o herói grego mais conhecido e amado. Perseu era herói de Tirinto. Teseu, de Tebas. Lacedênomo, de Esparta. Os gregos desenvolveram uma rica mitologia, representada pelo conjunto de lendas e crenças que explicam o mundo por princípios simbólicos. Os Gregos acreditavam que seus deuses, que eram imortais, controlavam todos os aspectos da natureza. Sendo assim, suas vidas eram completamente dependentes da boa vontade dos deuses. Disse Joseph -

Bom, acho que meu deu sono. Falou Monsenhor.

Todos estão com sono senhores. Vou ao lado do meu rei. Boa noite e que seu deus os abençoe. Seis horas da manha, o capitão Joseph acorda com sons de cavalaria chegando. Era o capitão Brutus. “O rei havia desmaiado, e seu fiel Hullan estava ao seu lado.” - Aqui ainda tem muitas informações sobre ele ou eles. “- Capitães Joseph, sabem dos sentimentos que guardaram seu coração nesse local”. Aqui estão os meus e de muitos dos seus homens. Mas, quero atentar a sua consciência de que, não é salutar o que esta fazendo. -

Como assim senhor Asir.

-

Rei Asi!r Por favor, capitão. Disse Hullan.

-

Perdoe-me senhor rei.

Você esta desgastando seus homens já triturados pela guerra e pela perde de seus queridos. Deve poupá-los por enquanto. Aqui não seria o lugar ideal para reconstruir o que já se perdeu. Os muros não são nada senhor. Perdemos o conteúdo, num guerra fria e insana. Ordeno ao senhor que monte uma nova cidade, reconstrua o povo que seu Deus confiou-lhe. Aqui eles voltarão. O senhor deve pedir orientação ao seu Deus para saber onde ele quer que seu povo cresça. E não use de seus sentimentos para criar mais um problema para sua nação. Deixe-os descansar. Saiam por essas montanhas maravilhosas que vocês dizer serem criadas pelo vosso Deus. Ali ele orientara onde deverão construir a nova cidade. Vocês cresceram se reorganizaram, assim poderão recuperar o que perderam. 121


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O rei Asir falou e se retirou com seu servo Hullan. Foram caminhando pelo deserto a fora, ate que os olhos do capitão Joseph não conseguisse mais enxergá-los.”

- Então na verdade é esse servo Hullan de Ásatrú. Vamos revirar os anais da história padre.

*****

Capitulo 18

- Temos que fazer algumas considerações minhas filhas. - Sim padre. Quais. - Em primeiro lugar temos que saber do porque esse servo, escravo estava com esses documentos. Não podemos acreditar que, ele simplesmente encontrou tal 122


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documento e ficou em seu poder, principalmente porque eles não acreditavam muito no cristianismo, tinha certa aversão por tudo que os cristãos faziam. Esses papiros são cristãos pelo que entendo. - não sei não padre. Não sei se esses documentos não são uma mensagem de Deus ou sei lá, para todos os povos. - Sim Isis, até acredito, mas com um cunho cristão. - Vamos tentar descobrir como chegou às mãos desse escravo e para onde ele foi. Durante dias Isis ficou estudando a história do Capitão Joseph e Marcelle. Procurou descobrir por onde o escravo andou. Isis lia. “Andarilho estava longe sonhando com a princesa Mirella. Quando de repente”. -

Senhor...Por favor, ajude-me.

-

O que! Quem é você. Socorro capitão!

-

Senhor não tenha medo, preciso de ajuda.

-

Quem é você?

-

Mirella.

Quando a moça disse isso, ele desmaiou. -

0 Meu Deus, alguém, por favor, nos ajude.

-

Andarilho! O que houve minha jovem. - falou Monsenhor.

-

Não sei senhor. Pedi ajuda para ele, e ele desmaiou.

-

Andarilho! Andarilho...Andaril...!

O que houve. Nossa Monsenhor, você sabe que eu sonhei acordado, eu vi...Ela.

Quando ele olhou e viu que não era miragem a bela jovem, desmaiou de novo. -

Andarilho. Seu. Homem mole.

-

O que esta acontecendo meu senhor.

-

Fique tranqüila menina, eu sei o que é isso...

-

Preciso muito de ajuda. 123


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-

O que aconteceu.

Meus pais, eles estão com muita febre, e não temos mais como cuidar com medicamento deles. Tudo foi roubado por alguns soldados do leste. Ajudeme senhor, eles vão morrer. -

Venha comigo menina. Vamos falar com o capitão.

A linda, Mirella estava contando para o capitão. Então eles acabaram com nosso povoado senhor. Restaram poucos de nós. E meus pais ficaram com febre. Perderam o neto que mais amavam nas mãos daqueles bandidos. -

Brutus destaque 10 homens para acompanhá-la. Leva a Rose para ajudar.

-

Sim senhor capitão. Vamos menina.

-

O aquele seu amigo.

-

Quem Brutus.

-

Andarilho senhor, ele está desmaiado na rocha do amor.

-

Qual seu nome minha jovem.

-

Mirella senhor.

-

Mirella? Há agora entendi o porque Andarilho desmaiou.

-

Não entendi senhor.

Não precisa. Nos entendemos. Vai Brutus. Monsenhor vai dar uma olhada no Andarilho. -

Mas, eu queria ir ao povoado senhor,

-

Monsenhor!

-

Sim senhor ouve e obedece.

*****

Chegaram ao povoado de Mirella. Conseguiram medicar seus pais. Cuidaram de tantos outros que estavam doentes. Muitos precisavam apenas de atenção e

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carinho, conforto e segurança. Passaram a tarde na aldeia. Ao retornarem Brutus conversou com o capitão Joseph. Capitão. Destruíram o povoado. Acredito ser eles a ultima descendência da princesa Mirella. O local é maravilhoso. E difícil aceso. -

Como então mataram tantos.

Ela me disse que estavam em caravana para seu culto em pedra Mall. Os soldados apareceram bêbados e mataram, disseminaram todos. -

Pedra Mall, fica ao norte?

-

Não senhor. Pedra Taal ao sul.

-

Ela quer uma audiência com o capitão.

-

Pode trazê-la Brutus.

-

Senhor.

-

Diga meu fiel amigo Monsenhor.

-

Andarilho ainda esta desmaiado.

-

Deixe-o, descansar.

-

Esta bem. Coloquei-o na tenda dos Morhs.

-

Estará bem cuidado.

- Bom pelo que entendi, essa Pedra Tall foi um lugar especial. Será possível que ali foi o lugar escolhido pelo escravo? Reunirão-se e Isis contou-lhes tudo o que descobrira. - Vamos então a essa tal Pedra Tall? - Também acho um lugar provável. Vamos descobrir como ir até lá. Investigaram todas as possibilidades de não caírem no conto do turismo e descobriram como irem a Pedra Taal. Queriam descobrir a Rocha do Amor. Viajaram por três dias e noites. Na ultima noite próximo ao local, conversavam do lado de fora do trailinng.

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_ Temos que reunir tudo o que encontramos até agora, padre. Temos muitas evidencias. Precisamos juntar as peças. Primeiro, aquele homem estranho, quando nos deu esse pequeno livro, deixou dados importantes por onde e como esses escravos de um reino distante chegaram aqui. - Acho que depois do encontro entre o capitão Joseph e o rei Asaru, quando eles foram embora, com certeza devem ter passado por Mirela e seu reino e lá, foram-lhes confiados os papiros. Pelo visto eram pessoas muito sinceras. Conquistaram a confiança daquele povo e por algum motivo tinham que desfazer dos documentos. Será que to sonhando demais? - Não está não Isis. Pelo jeito você entrou mesmo na história. Acho que tem muitas coisas nisso tudo que podem confirmar sua teoria. Temos que ir a Avalon também. - Veja o que diz na história de Marcelle e Joseph. Avalon. “ Os comandantes cruzados determinaram que todos se dirigissem às muralhas de Avalon. "Pelas muralhas e portas, derrubando, destruindo, ou prendendo fogo no que se lhe opunha, o exército vencedor penetra então na cidade. O ferro semeia por todas as partes a desolação e a morte, o luto e o horror, suas companheiras. “O sangue forma lagos ou corre em arroios que arrastam no seu curso cadáveres e moribundos.” Cantavam o exército do capitão Diabo. No recital em vozes ecoavam pelas colinas do acampamento. "Insondáveis são os desígnios do Senhor!" Assim meditavam os cavaleiros cruzados na sua marcha pelas terras de Avalon. Desde que saíram de Roma, em direção à Cidade de Avalon, só encontravam pelo caminho, areia, pedras, e chão árido, esturrado. O rio Avalon foi-lhes outra decepção. Cavaleiros viajados como Godofredo, Tancredo e Boemondo, que conheciam os rios europeus, o Pó e o Danúbio, largos, fluentes, desiludiram-se ao verem a modéstia daquelas lodosas águas beatas, e, no entanto, fora nelas, dizia a Santa Escritura. Na expedição vinham ainda, sob o comando dos barões, uns dez mil homens, tendo a fome e a sede como companheiras. Seria mesmo ali, intrigava-se, que se dera a Encarnação? A hábil estratégia dos lideres concentrou-se em ir envolvendo a grande metrópole de Avalon aos poucos, agindo como se fora uma cobragigante engolindo um gado qualquer, centímetro por centímetro, deixando a cabeça por último. Logo após a ofensiva desencadeada por vários Generais contra as possessões de homens de Peleyo na costa sul do rio Avalon, no transcorrer do mês, eles expandiram-se para dentro do território de Avalon. Então, um poderoso cinturão de soldados isolou Avalon do resto da cristandade. Após o fracasso da chamada ultima Cruzada a cautela era imensa. Não tinham pressa da conquista queriam que todos amargassem a humilhação que todo exército de 500 mil homens passou. Só um, estava eufórico para conquistar tudo e todos esse, era o capitão Diabo. Realizada, quando os exércitos cristãos que marchavam para ajudar o exercitam foram derrotados por Joseph e seus 35 mil homens na batalha do rio Avalon, a cidade 126


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somente podia receber auxílio pelo Mar. O que também não durou muito. Além do bloqueio feito pela esquadra determinou a construção de uma impressionante muralha: a Rumeli Hisar, erguida à braço por 3.500 operários em apenas dois meses para impedir qualquer tipo de ajuda vinda de fora, o que fez por reduzir-se ainda mais as esperanças dos homens de Joseph. Para mostrar que não estava ali senão para aceitar a capitulação total e definitiva da cidade, o General de guerra homem do Papa ordenou a decapitação de uma delegação de legatários enviada ao acampamento dele por Joseph, para tentar negociar algum tipo de acordo. Mandara ainda construir uma enorme calçada de madeira de 15 quilômetros que lhe permitiu contornar a entrada do Chifre de Ouro que estava bloqueada pelos bizantinos, transportando por ela uns 70 barcos de médio calado, prontos para o assalto derradeiro. Joseph tentou negociar para que nenhum morresse em vão. Mas, ao todo ele mesmo não se entregaria, ficando impossível qualquer negociação. Encerrada a fanfarra, os canhões dispararam. O capitão Diabo prometera a todos, três dias de saque, mas alertou para que não depredassem os prédios, edifícios e templos. “A cidade é minha!”, reiterou ele. Enquanto a infantaria romana buscava penetrar pelas brechas abertas nas muralhas, os janízaros subiam pelas longas escadas em direção às seteiras. Nem mesmo o terrível Fogo Grego, um líquido inflamável que queimava até sobre a água, jogado pelos cristãos lá do alto, conseguiu detê-los. Um esquadrão deles conseguiu saltar a muralha, e, suplantando a tenaz resistência dos Peleyanos, correu para abrir um dos portões. Rompido o dique, fez-se a enchente. Milhares de soldados papal esparramaram-se aos gritos pelas ruas e vielas de Avalon gritando vivas ao Papado romano. Quase toda a cidade, em meio aos horrores da pilhagem, dos estupros e dos assassinatos, foi tomada naquele dia mesmo de 28 para 29 de maio de 1452. A resistência cessara. Todos os seus lideres morreram em meio as batalhas das ruas. Trouxeram a cabeça dele para os generais e para o capitão Diabo, mas não houve certeza de que o achado macabro era mesmo do último autocrata do antigo Império Romano do Oriente. Um poder que durara exatamente 1.123 anos e 18 dias. O cardeal Marskli, a trote com seu belo garanhão branco, entrando na cidade tomada, desfilou por ela como o seu grande conquistador. E foi assim que o papado e seus assassinos passaram para a História: Diabo o Conquistador. De fato, ele fizera o maior feito das armas em todos os tempos. A arma que os papas utilizavam para pôr de joelhos soberanos seculares era a sentença de excomunhão. Esse severíssimo castigo podia ser imposto pelo Papa em qualquer parte do mundo e pelo bispo dentro de sua diocese, atingindo o pecador que recusasse fazer penitência de seus pecados e submeter-se à autoridade eclesiástica. Uma pessoa assim condenada estava cortada da comunidade cristã. Não podia entrar num templo nem receber os sacramentos e todos os cristãos estavam proibidos de tratar com ela. Tornava127


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se logo um pária, um leproso espiritual, cuja presença contagiava. Se morresse sem se arrepender, sua alma estava condenada a sofrer os tormentos do inferno até o fim dos tempos. Só com grave risco podia um rei persistir em disputa com um Papa, quando este último recorria a essa arma. O próprio rei temeria por sua alma, se fosse excomungado. E, mesmo se quisesse desconhecer o perigo que sua alma corria, não podia ignorar a ameaça e seu poder secular. De fato, excomungado o rei, seus vassalos ficavam libertos dos juramentos que lhe haviam feito e muitas vezes isso era desculpa suficiente para que se rebelassem. Com o passar do tempo, todavia, essa arma demonstrou-se menos eficaz. Famoso o triunfo do Papa Inocêncio III sobre o Rei Filipe II, da França, que obrigou os subservientes bispos a anularem o seu primeiro casamento, para que pudesse tomar em segundas núpcias uma princesa dinamarquesa. O Papa revogou a anulação do primeiro casamento e ordenou que o rei deixasse sua nova mulher, em favor da primeira. Filipe fanfarreou, até que Inocêncio III lhe impôs a sentença de excomunhão. Então, Filipe cedeu, a fim de impedir uma rebelião de seus vassalos. Assim, foi descoberto todo que traíram a ordem papal. Bispo Bruno e seus colegionarios, todos foram condenados a serem queimados em praça publica. Homens como Brutus, monsenhor e andarilho estavam ainda sobre vigilância. Queriam usá-los para atingir Marcelle e Joseph que conseguiram fugir sobre a guarda de homens especializados de Peleyo nas matas conhecidas por eles de Avalon.” - Padre. O que acha? Primeiro. Pedra Tall e depois Avalon? - Isso, vai ser emocionante. - Isis. Espero que só emocionante. Eu acho que é o caminho. - Quando partimos? - Amanhã na madrugada. -Fechado às quatro da manhã. - Ok.

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Capitulo 19

Avalon é uma ilha sagrada. Antes, há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens. É composta por sete ilhas: Inis Witrin, a Ilha de Vidro, onde fica o sagrado Tor; a Ilha de Briga; a ilha do deus alado, que fica perto da grande aldeia do povo do pântano; a ilha que defende o vale de Avalon; a ilha perto do lago onde fica outra aldeia do povo do pântano; a ilha onde vive o deus selvagem das colinas, chamado de Pã pelos romanos e a sétima ilha é uma montanha, Atalaia, que é o portão de entrada para Avalon. Para se chegar a Avalon era preciso saber o encantamento que abriria as névoas e chamaria a barca que o levaria pelo lago até à ilha. Somente os iniciados e alguns homens do povo do pântano (que conduziam as barcas) sabiam o caminho para Avalon. Quem ousasse transpor as brumas sem saber o encantamento ficaria perdido, para sempre, vagando entre os dois mundos. Antes mesmo da comunidade de sacerdotisas chegar à ilha já havia ali um povo antigo. E antes, outros viveram ali; eram um povo sábio que saiu das Terras Alagadas, Atlântida, a ilha que submergiu há milhares de anos no Oceano Atlântico, devido a um grande cataclisma. Instalaram-se em Avalon e a fizeram uma ilha sagrada, levando seus conhecimentos e transmitindo-os a seus descendentes. Construíram círculos de pedras que marcavam as linhas de poder da Terra, onde realizavam seus cultos. Um desses círculos fica no topo do Tall (o círculo de pedras foi destruído e hoje há no local uma igreja), a colina sagrada onde às sacerdotisas servem à sua Deusa e os druidas fazem seus rituais. Quando Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo. Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e nas tradições antigas. Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice Graal contendo o sangue de Jesus para lá, na Britannia, na ilha de Avalon. Entretanto, com o passar do tempo, os padres começaram a ver os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demônio era adorado, condenando-os. Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e a partir de 391, com a consolidação do cristanismo como religião oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os cultos pagãos foram totalmente proibidos. Apesar disso, hoje podemos notar que os cristãos incorporaram muitos elementos da cultura pagã. A comunidade de Avalon adorava deuses, viviam em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, seguindo as mudanças das estações do ano, os ciclos da lua com seus antigos rituais. Eram sábios: conheciam a magia,

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as ervas para curar, os segredos do céu e das estrelas, conhecimentos antigos, música....E passavam tudo isso aos mais jovens. Hoje, o que ficou foram lendas que eram passadas de geração para geração. Cada vez mais Avalon tornou-se distante do mundo, envolta em suas brumas, invisível para os mortais humanos. Todavia, Avalon há de continuar existindo enquanto ainda houver pessoas que busquem o conhecimento, as tradições, a magia. Há de continuar a existir, sempre, nos corações daqueles que buscam um sentido para suas vidas, para aqueles que sabem que a alma é imortal e que um dia iremos todos voltar, pois a vida é um ciclo que nunca pára, está sempre a girar, é eterno. Assim como esse lugar sagrado a que chamamos de Avalon. - Fizemos bem sair esse horário? - Porque Isis? - Não sei, está tudo muito escuro. - Mas, essas estrelas e essa lua, não tem preço. - Isso é verdade. Temos algo palpável para tentarmos descobrir. Parece-me que tudo esta ficando um pouco mais claro. Sinto-me com o pé no chão agora. As coisas estavam alicerçadas somente na fé. Acreditávamos que algo deveria acontecer, mas não sabíamos o que. Não sei vocês, mas eu estava meio que perdido, sabia sim, que as profecias eram verdadeiras e que eu cresci na fé, no entanto estávamos sem rumo e... - Não sabíamos por onde começar, não é mesmo? - Isso mesmo, Liza. Nada de concreto a não ser a Sociedade Secreta. Durante dez dias enfrentarão uma viagem complicada. O tempo, as pessoas já não eram do mesmo jeito da cidade grande. Eram rebeldes e mal educados, os cuidados deveriam aumentar nesse novo mundo. Seguiram e estavam chegando ao local onde existiu a Pedra Tall. Resolveram acampar. - Liza. Vou abrir um diário. - Boa idéia, padre. - Melhor mesmo, se algo acontecer com agente, alguém nos matar enforcados sobre um diário para o mundo. - Para. Isis? Meu diário – “Estamos sentados fora do acampamento, num lugar de magnitude assombrosa. Nada se compara ao que estou vendo nesse momento. Agora são perto das 18 horas e, estou contemplando as maravilhas da Pedra Tall onde a história se fez. Nesse momento já não sei 130


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mais o que sinto, se é vontade de resolver tudo a que viemos, se é um certo medo de estar num lugar onde coisas sobrenaturais aconteceram. Ao mesmo tempo, me sinto seguro por saber que estou nos braços de Deus, e por estar fazendo algo em prol do evangelho. Chegamos cansados e as meninas estão dentro da suas barracas dormindo. Também estou com muito sono e cansado, mas ainda assim consigo me colocar dentro desse momento maravilhoso. Não sei quantos dias ainda ficaremos por aqui, mas sei que irei aproveitar a cada momento, não somente nas coisas que viemos buscar como vivenciar essa experiência como nunca imaginei em todos os meus anos no sacerdócio. Sei que devemos nos concentrar muito na história e no quebra cabeça que vem gerando todo esse movimento por essa região. Sinto que não somos bem vindos, mas me parece que isso não incomoda as meninas e nem tão pouco eu. Por onde olho, vejo algo acontecendo, esse lugar alem de maravilhoso, não sei se porque aqui passaram grandes homens e tantos outros sem alma que nos sentimos um pouco filho desse local. Sabemos que por aqui, passou toda a força armada do capitão Joseph e Marcelle, aqueles heróis que um dia desafiou o clero e o papado romano na época da inquisição, estranho comportamento meu sendo um dos que faz parte da mesma igreja que perseguiu e matou centenas de milhares de pessoas. Aqui nada menos do que dois exércitos de capitão e generais dos mais famosos do mundo deitaram bem aqui onde estou. Mirela, a linda jovem que comandou um povo de fieis seguidores de Deus. O exército de Joseph veio para aqui, construíram seus acampamentos e daqui partiram para novas conquistas até entrarem para a história como o casal onde nada e ninguém conseguiram abalar. Nem a fúria do capitão diabo nem as ordens de massacre do papa nem as prisões e a fome”. Na Parte da manhã se reuniram novamente para estudar os caminhos a serem tomados. - Padre me parece que vi o senhor por ai quase que a noite toda? - De fato minha filha, esse local me chamou a atenção e, eu acabei contemplado seus desígnios. - Ele é igual a mim Liza. Só que está noite não agüentei. Desmaiei. - Nós percebemos Isis. - Prontas? - Sim padre. Prontas.

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- Então se acheguem. Primeiro precisamos entender algumas coisas. Desde as profecias de Daniel que estávamos estudando se lembram? O sonho de Nabucodonosor? Aquela imensa Estatua dividida em ouro, prata cobre e ferro? Pois bem, vamos entender também o que Deus queria com Israel. A Palestina tem sido um dos grandes pontos focais da história. Situada, como estava, nas rotas que cruzavam o oriente, as grandes lutas pela supremacia tem quase invariavelmente envolvida a posse da palestina, pois os poderes que dominasse aquela área estratégica estavam em condições para dominar o oriente e o mundo. Então, encontramos os seguintes poderes daquela área. Babilônia, Egito, Assíria, Pérsia, Grécia, Roma e os Maometanos. Deus estabeleceu o Seu povo neste lugar estratégico. Israel deveria crescer até tornar-se um grande Estado mundial. - Estou entendendo padre. Aquela rota era onde passava praticamente todo o mundo, tanto para negócios como religiões. - Exatamente Liza. Quando Daniel foi falar com o rei Nabucodonosor sobre seu sonho ele disse que o rei havia sonhado com uma imensa estatua cuja cabeça era de ouro o peito de prata e nos mais nós já conversamos. Então Daniel disse ao rei que Deus do céu havia lhe conferido a interpretação do sonho. Claro que o rei ficou meio sem jeito, porque ninguém a quem ele confiava teve a ousadia e o poder de falar qual foi o seu sonho. Mas, aquele judeu desprezado, escravo praticamente tinha esse poder e esse direito. Daniel começou a interpretar. Disse que a cabeça de ouro era o reino de Nabucodonosor a Babilônia. Mas que veria um outro reino que se tornaria superior ao dele, vencendo-os num combate de guerra, portanto o maior reino terrestre seria o dele, representado pelo ouro. - Padre. Quer dizer que um reino dominaria o mundo e , esse reino naquele momento era o da babilônia? - Isso mesmo Liza. O maior reino e mais poderoso de todos os tempos. Babilônia estava cercada pó Ciro, sobrinho de Dario o medo comandante geral dos exércitos dos medo-persias unidos. Contudo dentro da fortaleza aparentemente invencível, com seus muros maciços e portões de bronze ainda protegidos pelo rio Eufrates e, com provisões armazenadas em abundancia o poderoso monarca se sentia seguro de qualquer luta e por conseqüência alguma derrota. Por tudo isso, passava seus dias em festas e grandes orgias. Certa vez estava num salão de festas cercado por aqueles cuja sorte estava selada. De repente o rei foi informado que sua cidade tinha sido tomada pelo inimigo. No mesmo instante que ele e seus nobres estavam bebendo vinho em vasos sagrados de Jeová e ainda glorificando seus deuses pagãos os medos e persas tendo desviado o rio Eufrates do seu leito natural, estavam marchando no coração da cidade desguarnecida. O exército de Ciro achava-se agora junto às paredes do palácio, a cidade estava cheia de soldados inimigos, tais como insetos e, seus gritos de triunfo eram ouvidos acima dos lamentos desesperados dos foliões surpresos. Depois pelo motivo de erro interno perderiam esse reino para a Medo-Persia que naquele momento representaria a prata, ou seja, um reino inferior ao de Nabuco. Mas, disse Daniel ainda viria outro reino inferior aos dois representados pelo cobre, que venceria a batalha e dominaria o mundo. Esse reino ou pais se chama Grécia. Ela conquistou o mundo, fazendo dele seu domínio. 132


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- Mas, isso foi verdade padre? - Sim Isis, claro que sim. Tudo está registrado na história do mundo. - Entendo. O maior reino de todos os tempos foi abatido porque não soube ficar atento e preparado a qualquer situação como esta... - Assim foi no reinado de Nabuco. Depois dos medos e persas outro rei conquistaria o domínio do mundo. Esse reino foi depois da Grécia a férrea Roma. Você se lembra na época de Jesus? Quem dominava o mundo eram os romanos. As armas da republica, ás vezes vencidas em batalha, mas sempre vitoriosas na guerra, avançavam a passos rápidos para o Eufrates, o Danúbio, o Reno, e o Oceano; e as imagens de ouro, prata, ou cobre que serviram para representar as nações ou seus reis, foram sucessivamente quebradas por Roma - as monarquias romanas. "O sexto anjo derramou sua taça sobre o grande rio Éufrates, e a água deste se secou para preparar o caminho aos reis do oriente. 13 Vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta, três espíritos imundos semelhantes a rãs. 14 São espíritos de demônios, que fazem sinais e vão aos reis da terra em todo mundo para reuni-los para a batalha daquele grande dia do Deus Todo-poderoso. 15 `Eu venho como ladrão. Bem aventurado o que vela e guarda suas vestimentas, não seja que ande nu e vejam sua vergonha'. 16 E os reuniu no lugar que em hebreu se chama Armagedom" (Apocalipse 16:12-16)”.

- Padre. Isso me parece irreversível - Perceba só Liza. "Jesus declarou aos discípulos que O escutavam, os juízos que deveriam cair sobre o apóstata Israel, e especialmente o castigo retribuidor que lhe sobreviria por sua rejeição e crucifixão do Messias. Sinais inequívocos precederiam a terrível culminação." A hora temida viria súbita e celeremente. E o Salvador advertiu a Seus seguidores: "Quando, pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, atenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes.Quando os símbolos idolátricos dos romanos fossem erguidos em terra santa, a qual ia um pouco além dos muros da cidade, então os seguidores de Cristo deveriam achar segurança na fuga. Quando fosse visto o sinal de aviso, os que desejavam escapar não deveriam demorar-se. Por toda a terra da Judéia, bem como em Jerusalém mesmo, o sinal para a fuga deveria ser imediatamente obedecido. Aquele que acaso estivesse no telhado, não deveria descer à casa, mesmo para salvar os tesouros mais valiosos.

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Os que estivessem trabalhando nos campos ou nos vinhedos, não deveriam tomar tempo para voltar a fim de apanhar a roupa exterior, posta de lado enquanto estavam a labutar no calor do dia. Não deveriam hesitar um instante, para que não fossem apanhados pela destruição geral. No reinado de Herodes, Jerusalém não só havia sido grandemente embelezada, mas, pela ereção de torres, muralhas e fortalezas, em acréscimo à força natural de sua posição, tornara-se aparentemente inexpugnável. Aquele que nesse tempo houvesse publicamente predito sua destruição teria sido chamado, como Noé em sua época, doido alarmista. Mas Cristo dissera: O céu e a Terra passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar. Por causa de seus pecados, foi anunciada a ira contra Jerusalém, e sua pertinaz incredulidade selou-lhe a sorte.O Senhor tinha declarado pelo profeta Miquéias: "Ouvi agora isto, vós, chefes da casa de Jacó, e vós, maiorais da casa de Israel, que abominais o juízo e perverteis tudo o que é direito, edificando a Sião com sangue, e a Jerusalém com injustiça. Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. Estas palavras descreviam fielmente os habitantes de Jerusalém, corruptos e possuídos de justiça própria. Pretendendo embora observar rigidamente os preceitos da lei de Deus, estavam transgredindo todos os seus princípios. Odiavam a Cristo porque a Sua pureza e santidade lhes revelavam a iniqüidade própria; e acusavam-nO de ser a causa de todas as angústias que lhes tinham sobrevindo em conseqüência de seus pecados. Posto que soubessem não ter Ele pecado, declararam que Sua morte era necessária para a segurança deles como nação. "Se O deixarmos assim", disseram os chefes dos judeus, "todos crerão nEle, e virão os romanos, e tirarnos-ão o nosso lugar e a nação. Se Cristo fosse sacrificado, eles poderiam uma vez mais se tornar um povo forte, unido. Assim raciocinavam, e concordavam com a decisão de seu sumo sacerdote de que seria melhor morrer um homem do que perecer toda a nação.Assim os dirigentes judeus edificaram a "Sião com sangue, e a Jerusalém com injustiça". E além disso, ao mesmo tempo em que mataram seu Salvador porque lhes reprovava os pecados, tal era a sua justiça própria que se consideravam como o povo favorecido de Deus, e esperavam que o Senhor os livrasse dos inimigos. "Portanto", continuou o profeta, "por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornarão em montões de pedras, e o monte desta casa em lugares altos dum bosque”. Durante quase quarenta anos depois que a condenação de Jerusalém fora pronunciada por Cristo mesmo, retardou o Senhor os Seus juízos sobre a

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cidade e nação. Maravilhosa foi a longanimidade de Deus para com os que Lhe rejeitaram o evangelho e assassinaram o Filho. A parábola da árvore infrutífera representava o trato de Deus para com a nação judaica. Fora dada a ordem: “Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? Mas a misericórdia divina poupara-a ainda um pouco de tempo. Muitos havia ainda entre os judeus que eram ignorantes quanto ao caráter e obra de Cristo. E os filhos não haviam gozado das oportunidades nem recebido a luz que seus pais tinham desprezado. Mediante a pregação dos apóstolos e de seus cooperadores, Deus faria com que a luz resplandecesse sobre eles; ser-lhes-ia permitido ver como a profecia se cumprira, não somente no nascimento e vida de Cristo, mas também em Sua morte e ressurreição. Os filhos não foram condenados pelos pecados dos pais; quando, porém, conhecedores de toda a luz dada a seus pais, os filhos rejeitaram mesmo a que lhes fora concedida a mais, tornaram-se participantes dos pecados daqueles e encheram a medida de sua iniqüidade”. - Isso é o que chamo de estudo geral. Não pensei que fosse entender tanto das coisas de Deus. - Isto a está incomodando? - não, padre. Claro que não se a gente não se inteirar dessas coisas como iremos querer conhecer o caminho e por onde servir. Pode continuar padre. - Muito bem? A longanimidade de Deus para com Jerusalém apenas confirmou os judeus em sua obstinada impenitência. Em seu ódio e crueldade para com os discípulos de Jesus, rejeitaram o último oferecimento de misericórdia. Afastou Deus então deles a proteção, retirando o poder com que restringia a Satanás e seus anjos, de maneira que a nação ficou sob o controle do chefe que haviam escolhido. Seus filhos tinham desdenhado a graça de Cristo, que os teria habilitado a subjugar seus maus impulsos, e agora estes se tornaram os vencedores. Satanás suscitou as mais violentas e vis paixões da alma. Os homens não raciocinavam; achavam-se fora da razão, dirigidos pelo impulso e cega raiva. Tornaram-se satânicos em sua crueldade.

Agora seu desejo foi satisfeito. O temor de Deus não mais os perturbaria. A Besta Fera estava à frente da nação e as mais altas autoridades civis e religiosas estavam sob o seu domínio. Os chefes das facções oponentes por vezes se uniam para saquear e torturar suas desgraçadas vítimas, e novamente caíam sobre as forças uns dos outros, fazendo impiedosa matança. Mesmo a santidade do templo não lhes refreava a horrível ferocidade. Os adoradores eram assassinados diante do altar, e o santuário contaminava-se com corpos de mortos. No entanto, em sua cega e blasfema presunção, os 135


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instigadores desta obra infernal publicamente declaravam que não tinham receio de que Jerusalém fosse destruída, pois era a própria cidade de Deus. Maridos roubavam de sua esposa, e esposas de seu marido. Viam-se filhos arrebatar o alimento da boca de seus pais idosos. A pergunta do profeta: “Pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria”? Recebeu dentro dos muros da cidade condenada, a resposta: “As mãos das mulheres piedosas cozeram os próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha de Meu povo”. De tão terrível maneira foi castigada aquela espantosa maldição proferida perante o tribunal de Pilatos: “O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Tito, de boa vontade, teria posto termo à terrível cena, poupando assim a Jerusalém da medida completa de sua condenação. Ele se enchia de terror ao ver os corpos jazendo aos montes nos vales. Os ecos das montanhas respondiam ou traziam de volta os gritos do povo nos pontos elevados; ao longo de todo o muro ressoavam alaridos e prantos; homens que estavam a expirar pela fome reuniam sua força restante para proferir um grito de angústia e desolação. O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo visto fora. Homens e mulheres, velhos e moços, rebeldes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam misericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. “Os legionários tiveram de ter relações sexuais sobre os montes de cadáveres para prosseguir na obra de extermínio.” - História dos Judeus, de Milman, livro 16.Depois da destruição do templo, a cidade inteira logo caiu nas mãos dos romanos. Os chefes dos judeus abandonaram as torres inexpugnáveis, e Tito as achou desertas. Contemplouas com espanto e declarou que Deus lhas havia entregado em suas mãos; pois engenho algum, ainda que poderoso, poderia ter prevalecido contra aquelas estupendas ameias. Tanto a cidade como o templo foi arrasada até aos fundamentos, e o terreno em que se erguia a casa sagrada foi lavrado como um campo.No cerco e morticínio que se seguiram, pereceram mais de um milhão de pessoas; os sobreviventes foram levados como escravos, como tais vendidos, arrastados a Roma para abrilhantar a vitória do vencedor, lançados às feras nos anfiteatros, ou dispersos por toda a Terra como vagabundos sem lar.Os judeus haviam forjado seus próprios grilhões; eles mesmos encheram a taça da vingança. Na destruição completa que lhes sobreveio como nação, e em todas as desgraças que os acompanharam depois de dispersos, não estavam senão recolhendo a colheita que suas próprias mãos semearam. Diz o profeta: “Para tua perda, ó Israel, te rebelaste contra Mim, “pelos teus pecados tens caído.” Seus sofrimentos são muitas vezes representados como sendo castigo a eles infligido por decreto direto da parte de Deus”. 136


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É assim que o grande enganador procura esconder sua própria obra. Pela obstinada rejeição do amor e misericórdia divina, os judeus fizeram com que a proteção de Deus fosse deles retirada, e permitiu-se a Satanás dirigi-los segundo a sua vontade. As horríveis crueldades executadas na destruição de Jerusalém são uma demonstração do poder vingador de Satanás sobre os que se rendem ao seu controle. Não podemos saber quanto devemos a Cristo pela paz e proteção de que gozamos. É o poder de Deus que impede que a humanidade passe completamente para o domínio da Besta Fera. Os desobedientes e ingratos têm grande motivo de gratidão pela misericórdia e longanimidade de Deus, que contém o cruel e pernicioso poder do maligno. Quando, porém, os homens passam os limites da clemência divina, a restrição é removida. Deus não fica em relação ao pecador como executor da sentença contra a transgressão; mas deixa entregues a si mesmos os que rejeitam Sua misericórdia, para colherem aquilo que semearam. Cada raio de luz rejeitado, cada advertência desprezada ou desatendida, cada paixão contemporizada, cada transgressão da lei de Deus, é uma semente lançada, a qual produz infalível colheita. O Espírito de Deus, persistentemente resistido, é afinal retirado do pecador, e então poder algum permanece para dominar as más paixões da alma, e nenhuma proteção contra a maldade e inimizade de Satanás. A destruição de Jerusalém constitui tremenda e solene advertência a todos os que estão tratando levianamente com os oferecimentos da graça divina e resistindo aos rogos da misericórdia de Deus. Jamais foi dado um testemunho mais decisivo do ódio ao pecado por parte de Deus, e do castigo certo que recairá sobre o culpado."A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei. Tenebrosos são os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime. Ao contemplá-los confrange-se o coração e o espírito desfalece. Terríveis têm sido os resultados da rejeição da autoridade do Céu. Entretanto, cena ainda mais tenebrosa se apresenta nas revelações do futuro. Os registros do passado - o longo cortejo de tumultos, conflitos e revoluções, a "armadura daqueles que pelejavam com ruído, e os vestidos que rolavam no sangue" - que são, em contraste com os terrores daquele dia em que o Espírito de Deus será totalmente retirado dos ímpios, não mais contendo a explosão das paixões humanas e ira satânica! O mundo contemplará então, como nunca antes, os resultados do governo de Satanás."Mas naquele dia, bem como na ocasião da destruição de Jerusalém, livrar-se-á o povo de Deus, "todo aquele que estiver inscrito entre os vivos. Cristo declarou que virá a segunda vez para reunir a Si os Seus fiéis: “E todas 137


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as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Então os que não obedecem ao evangelho serão consumidos pelo espírito de Sua boca, e serão destruídos com o esplendor de Sua vinda. Como o antigo Israel, os ímpios destroem-se a si mesmos; caem pela sua iniqüidade. Em conseqüência de uma vida de pecados, colocaram-se tão fora de harmonia com Deus, sua natureza se tornou tão aviltada com o mal, que a manifestação da glória divina é para eles um fogo consumidor. Acautelem-se os homens para que não aconteça negligenciarem a lição que lhes é comunicada pelas palavras de Cristo. - Padre, que coisa. Como é profundo são profundas as mensagens. Agora, se a gente ler o livro oculto terá uma colocação quase que idêntica a essa que acabamos de ler. Com o fim de ter um panorama completo a respeito do tempo, o lugar e os personagens que participarão em cumprimento desta profecia, é necessário que façamos um estudo detalhado do contexto. A passagem que estamos analisando inicia dizendo: "O sexto anjo derramou sua taça...". Isto é um indício claro de que durante este tempo já se estará cumprindo a primeira sentença anunciada pela mensagem do terceiro anjo, o qual vimos no primeiro capítulo deste livro. Recordemos: “Um terceiro anjo os seguiu”, dizendo a grande voz: «Se alguém adora à besta e a sua imagem e recebe a marca em sua fronte ou em sua mão, ele também beberá do vinho da ira de Deus que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e do Cordeiro" (Apocalipse 14:9-10). "Foi o primeiro e derramou sua taça sobre a terra... sobre os homens que tinham a marca da besta e que adoravam sua imagem" (Apocalipse 16:2). Ao todo são sete taças e o vinho contido nelas é tão só uma representação dos últimos sete castigos que serão enviados sobre a terra. Estes últimos se conhecem também com o nome de "sete pragas" primeira praga: "Foi o primeiro e derramou sua taça sobre a terra, e veio uma úlcera maligna e pestilente sobre os homens que tinham a marca da besta e que adoravam sua imagem" (Apocalipse 16:2). Quando esta praga comece a cair, o mundo inteiro se volverá após eles procurando providências mas desta vez não a encontrarão. Desta maneira Deus desmascarará seu engano para sempre. Outro ponto importante que esta passagem ressalta, é o fato de que esta praga não cairá sobre toda a 138


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humanidade senão tão só sobre aqueles que adorem à besta e a sua imagem. Se você reconhece sua debilidade, se ama a Deus e almeja viver com ele pela eternidade, não tem nada que temer. Nem esta, nem nenhuma outra praga o tocarão, pois o Senhor prometeu: "Cairão a teu lado mil e dez mil a tua direita; mas a ti não chegarão”. Segunda praga: "O segundo anjo derramou sua taça sobre o mar, e este se converteu em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que tinha no mar" (Apocalipse 16:3). A segunda besta decretará que o Remanescente fiel não poderá "comprar nem vender". Isto causará que não possam conseguir o necessário para sustentarse a si mesmo e a suas famílias. Muitos padecerão fome por causa disto, mas Deus não passará por alto seu sofrimento nem permitirá que passe muito tempo sem que os culpados recebam a justa retribuição. Com esta praga se inicia a destruição das fontes de alimento das que dependem os ímpios. Terceira praga: “O terceiro anjo derramou sua taça sobre os rios e sobre as fontes das águas, e se converteram em sangue”. E ouvi que o anjo das águas dizia: «Justo és tu, Senhor, o que és e que eras, o Santo, porque julgaste estas coisas. “Porquanto derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste a beber sangue, pois o merecem” (Apocalipse 16:4-6). Para esta época os malvados já terão derramado o sangue inocente dos filhos de Deus e estarão planejando acabar com os poucos que puderam escapar da morte. A passagem revela que é por esta causa que Deus converterá as fontes de água em sangue. A impossibilidade de encontrar água potável forçará aos malvados a bebê-la. Este será o destino de todos aqueles que tentem a morte do povo remanescente de Deus. A água se converterá em sangue devido à morte de todos os seres viventes que vivem nos rios. Os anjos que contemplam a terrível cena dizem a grande voz: "Justo és tu, Senhor... porque julgaste estas coisas... ¡Certamente, Senhor Deus Todo-poderoso, teus juízos são verdadeiros e justos!"; e o profeta Joel, ao presenciar em visão o derramamento das pragas afirmou: "Deus... é misericordioso e clemente, tardio em irar e grande em misericórdia, e se dói do castigo". Estas palavras refletem claramente que não existe injustiça nem crueldade de parte de Deus ao derramar as pragas sobre os ímpios. Ele nunca quis que eles se perdessem, pois sempre os chamou ao arrependimento. Ele esgotou todos os recursos para salvá-los: despojou-se de sua divindade e se fez como um deles bebeu sua própria taça e morreu na cruz do Calvário pagando sua condenação. Se alguém chega a experimentar os terríveis sofrimentos que esta profecia anuncia, não será porque a Deus lhe faltou misericórdia; senão porque em seu orgulho e cega rebeldia se negou a aceitar a Cristo como seu substituto e Salvador.

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quarta praga: "O quarto anjo derramou sua taça sobre o sol, ao qual lhe foi permitido queimar aos homens com fogo. Os homens foram queimados com o grande calor e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas, e não se arrependeram para dar-lhe glória" (Apocalipse 16:8,9). Como já vimos, a grande controvérsia que dará origem à perseguição final terá sua origem no dia de repouso. O decreto ordenará que todos aqueles que transgridem o dia do sol e guardem o sábado, não possam comprar nem vender e sejam perseguidos e aniquilados. Esta praga recordará aos ímpios que o sol, objeto lendário de seu culto, é parte de sua criação e não um objeto de adoração. Esta estrela que uma vez foi colocada no firmamento para sua bênção se encarregará de retribuir suas más ações, pois não só produzirá queimaduras neles senão que concluirá a obra que se iniciou na segunda taça, a saber, a destruição total de suas fontes de alimento. O profeta Joel descreve esta praga com as seguintes palavras: "O campo está assolado e se enlutou a terra, porque o trigo foi destruído... Confundi-vos, lavradores; gemei, vingadores, pelo trigo e a cevada, porque se perdeu a mies do campo. A videira está seca e pereceu a figueira; também o granado, a palmeira e a macieira: Todas as árvores do campo se secaram... ¡Ai do dia!, porque próximo está o dia de Jehová; virá como destruição da parte do Todo- poderoso...

Como gemiam as bestas! Quão turbados andavam os pastos dos bois, porque não tinham pastos! E foram também assolados os rebanhos das ovelhas... o fogo consumiu os pastos do deserto, a chama abrasou as árvores do campo. As bestas do campo bramarão também a ti, pois se secaram os ribeiros das águas, e o fogo consumiu as pradarias do deserto". A estas alturas do castigo, os seres do mar e dos rios terão morrido e seus corpos estarão em estado de decomposição, os animais terrestres estarão agonizando no meio da pestilência, os frutos da terra estarão secos e consumidos pelo calor e o água estará contaminada com o sangue. Quem recebeu a marca da besta se verão forçados a comer e beber destas coisas para não perecer. Não obstante, os filhos de Deus que ainda permanecem com vida não terão necessidade de nada, pois Deus tem uma promessa para eles: "Porque os braços dos ímpios serão quebrados; mas o que sustenta aos justos é Jehová... Não serão envergonhados no tempo de dificuldade, e nos dias de fome serão saciados. Mas os ímpios perecerão, os inimigos de Jehová serão consumidos...". Como fez com David, Deus prepara mesa a seus filhos na presença de seus angustiadores. ¡Gloria a Deus por isso! quinta praga: "O quinto anjo derramou sua taça sobre o trono da besta, e seu reino se cobriu de trevas. As pessoas morderam a língua por causa da dor e

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blasfemaram contra o Deus do céu por suas dores e por suas úlceras, e não se arrependeram de suas obras". - Liza. Padre. Estou co medo de tudo isso.O que iremos fazer se tudo isso for verdade. - Primeiro temos que acreditar que isso seja verdade, depois vamos tentar descobrir como fazer para se livras dessas pragas e isso nós saberemos. - Com certeza filha. Se Deus é por nós, quem será contra nós. - E anjos existem padre. - Sim, minha filha. Sem eles penso que não estaríamos mais aqui. Os anjos de Deus estão ao nosso redor. ... Oh, deveríamos saber essas coisas, temer e tremer, e assim pensar muito mais do que o havemos feito, no poder dos anjos de Deus que nos vigiam e guardam. ... Os anjos de Deus são comissionados pelo Céu a fim de guardar os filhos dos homens. Os anjos de Deus, milhares de milhares,... Guardam-nos do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir. Não temos nós motivos de ser a todos os momentos agradecidos, mesmo quando existem aparentes dificuldades em nosso caminho? Anjos de Deus vigiam sobre nós. Na Terra há milhares e dezenas de milhares de mensageiros celestes, enviados pelo Pai para impedir Satanás de obter qualquer vantagem sobre os que se recusam a andar no caminho do mal. E esses anjos, que guardam os filhos de Deus na Terra, estão em comunicação com o Pai, no Céu. - Poxa! Padre. Assim eu me sinto mais segura, fale mais. Pra relaxar né? - Deus exorta Suas criaturas a que afaste a atenção da confusão e perplexidade que as rodeiam, e admirem a Sua obra. Os corpos celestes são dignos de contemplação. Deus os fez para benefício do homem e, ao estudarmos Suas obras, anjos de Deus estarão ao nosso lado para iluminar nossa mente e guardá-la do engano. Se pudessem ver os muitos perigos através dos quais vocês são guiados a salvo cada dia por esses mensageiros do Céu, a gratidão lhes brotaria do coração e encontraria expressão em seus lábios. Se fizerem de Deus a sua força, poderão, sob as circunstâncias mais desanimadoras, atingir uma altura e uma amplitude de perfeição cristã que dificilmente pensariam ser possível alcançar. Seus conceitos podem ser tão elevados, poderiam ter tão nobres aspirações, percepções claras da verdade e propósito de ação que vocês serão elevados acima de todos os motivos sórdidos. Nós não estaremos sozinhos nessa batalha. Pudesse erguer-se a cortina, vocês observariam os anjos do Céu lutando do lado de vocês. Os anjos são 141


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enviados das cortes celestiais, não para destruir, senão para vigiar e guardar as almas em perigo, para salvar o perdido, para trazer de volta ao redil os extraviados. Aqueles que trabalham pelo bem dos outros, estão operando em união com os anjos celestiais. Contam sempre com a companhia destes, e com seu incessante ministério. Anjos de luz e poder sempre estão pertos, a fim de proteger, confortar, curar, instruir e inspirar.

- Com o é lindo isso padre. Sabe de uma coisa, sempre acreditei nos anjos. Só mais um pouquinho padre. - Vou lhe falar um texto da bíblia para que nunca esqueça Isis. "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Sal. 34:7. Deus encarrega Seus anjos de salvar Seus escolhidos da calamidade, de guardá-los da "peste que se propaga nas trevas", e da "mortandade que assola ao meiodia". Sal. 91:6. - Isis, Padre. Que tal a gente ir para a Ilha de Avalon amanhã? - Liza, te juro, acho que a gente tem que seguir direto ao assunto. As coisas estão bem claras na minha mente. Não tenho duvida de que temos um grande compromisso com Deus e com a humanidade. Talvez seja uma enorme pretensão minha pensar assim... - Isso não é pretensão minha filha Isis. É compromisso.

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Na manhã seguinte partiram para a Ilha sagrada de Avalon.

Pois a ilha de Avalon é o centro pagão do poder e um mundo místico invisível para aqueles que não crêem. Misteriosa ilha mágica de Avalon foi cantada em prosa e verso por trovadores medievais. Lá viviam seres elementais, como fadas, ninfas e elfos, além das sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza. Era magicamente iluminada pelo Sol. Densas brumas obscureciam o caminho até ela, onde tudo florescia. Só quem bem conhecia os caminhos da magia era capaz de vencer as brumas de Avalon, conhecida como Ilha dos Mortos, para onde ia o mais famoso de todos os reis ingleses, Arthur, em busca de conselhos. 142


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Séculos se passaram... Mas a lenda de Arthur e de Avalon está cada vez mais forte. Acredita-se, que o rei só espera um bom momento para voltar. Na década de 60, arqueólogos escavaram arredores da cidade de Glastonbury, na planície de Somerset, sudoeste da Inglaterra e 150 quilômetros de sua capital, Londres. Acredita-se que Arthur teria alí se refugiado. Foram encontrados vestígios de uma fortificação de madeira, construída no Século V, quando Arthur teria reinado. Glastonbury foi dominada pelos celtas. Depois, conquistada por romanos, no início da Era Cristã. Foram Arthur e os 12 cavaleiros da Távola Redonda que, no final do século V, expulsaram os saxões da região. O sobrenatural de “Ynis Witrin”, como Glastonbury foi chamada pelos celtas, os primeiros habitantes, era uma atração a mais para os conquistadores, que para lá se dirigiam em busca do ferro (ainda abundante e na “Idade Média” mais valiosos que ouro). Hoje, o cenário de “Ynis Witrin” mudou. Mas em todas as épocas, a sua história esteve envolta nas brumas da magia. É considerado um Santuário e um dos lugares mais misteriosos do Planeta. Antigas citações indicam que era de fato uma ilha. Arqueólogos confirmam que os campos ao redor da cidade foram pântanos drenados. “Ynis Vitrin” significa “A Ilha de Vidro”, nome que designa um outro mundo, onde seres mágicos vivem para o todo e sempre.Entre sítios históricos e formações geológicas nos arredores da cidade, existe em meio a planície da região, uma única colina (Tor) em forma de cone, com quase 300 metros de altura. No cume, ruínas da torre da igreja de Santin Michel se erguem como tótem fincado na terra, num apelo aos céus. Foram escavadas nas encostas, curvas de nível e desenhos. Vistos de cima, lembram um labirinto ou espiral conduzindo para o alto. Tor significa em Celta portão, passagem. Estaria alí o umbral que permite a passagem do nosso mundo para a ilha mágica de Avalon? Os esotéricos que buscam Glastonbury acreditam que sim. Foram versos de monge e trovadores medievais que registraram a frente das batalhas do povo bretão, a existência do líder guerreiro Arthur.O bispo e Historiador Geoffrey de Monmouth, no ano de 1137, em “Histórias dos Reis da Britânia”, popularizou o mito.Conta que Uther de Pendragon apaixonou-se pela mulher do Duque de Gorlois, Igraine.Muito doente, procurou o mago Merlin, sábio personagem que teve origem na magia dos druídas, bruxos dos celtas.

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Queria viver uma noite com Igraine. Merlin o fez, por poucas horas, à imagem e semelhança de Gorlois. A criança gerada, Arthur, segundo o trato, foi criada por Merlin. Pendragon morreu uma década e meia depois, deixando o país sem rei. Merlin propôs que quem conseguisse possuir Excalibur, espada com poderes mágicos cravada numa rocha, seria o novo rei.Arthur conseguiu possui-la. Depois de revelada sua filiação, mergulhou em batalhas pela unificação do país, com ajuda dos 12 cavaleiros da Távola Redonda (assim chamada porque eram iguais).Reinou com filosofia de nobreza espiritual, amor cortês e justiça. Casou com a princesa Guinevere, com a qual não teve filhos. Ela apaixonou-se por Lancelot, o melhor e mais fiel cavaleiro de Arthur, com quem foge quando o rei estava em Roma e Mordred, filho de sua meia-irmã Morgana, planejava usurpar o trono. Arthur, cuja história está ligada à busca do Santo Graal, retorna e mata Mordred, mas é mortalmente ferido. Levado para Avalon, é curado. Lá edifica um mosteiro, convertido em casa beneditina no século X.

O vaso sagrado é o bico do pássaro; o outeiro, sua cabeça; e, a Abadia, o Castelo do Graal.

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- Senhoras! A caminho de Avalon. - Padre! O senhor sabe direitinho como chegar lá? - Ao contrário dos gloriosos tempos de Arthur, onde só os eleitos tinham acesso a Avalon, hoje é bem mais fácil penetrar em seus mistérios. O primeiro passo é preciso ir até Londres, e de lá alugar um carro ou tomar um ônibus até

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Glastonbury, planície de Somerset, por uma estradinha arborizada e bemconservada, numa pequena viagem de 150 km, que dura cerca de 2 horas. O trem com escala em Plymouth e chegada à estação de Castle Cary, a poucos minutos de Glastonbury, é outra opção que pode dar mais encanto à viagem. - Então, o que estamos esperando? O que o senhor sabe mais sobre essa ilha? - Para muitos respeitáveis estudiosos, porém, não há dúvidas de que a pacata e bucólica Glastonbury de hoje foi outrora a mítica Ilha de Avalon.Todos os anos, milhares de visitantes e peregrinos, de todo mundo, acorrem a seus verdes campos e imponentes castelos para encontrar na força do mito de personagens e feitos fantásticos um pouco da magia interior sufocada pela vida moderna. Dois dias depois chegaram ao local onde sua busca seria inigualável. Amadores porem com a fibra de um servo fiéis e confiantes que encontrariam aquilo que buscavam, colocaram seus pés dentro da Ilha Sagrada de Avalon As ruas do centro de Glastonbury se assemelham a uma feira medieval, tal a quantidade de lojas e barraquinhas com artigos místicos e medievais. Há camisetas, capas e chapéus com motivos celtas, dragões e seres elementais em miniatura, livros sobre São Patrício, São Miguel e o rei Arthur, bijuterias e jóias com os personagens arturianos, e até baralhos de tarot. Com os olhos bem atentos a tudo que viam, estava praticamente a beira de um pânico mental. Durante todo o ano, há representações de peças teatrais ao ar livre contando a estória de Arthur e de outros mitos celtas. Menestréis, trovadores e dançarinas com roupas e instrumentos de época também dão um show à parte encantando o público com danças e cantigas medievais. Procuravam se ambientar no local, onde passariam com certeza um período bastante significativo. Contrataram um guia turístico chamado Gesplan e seguiram conhecendo o lugar que outrora segundo as lendas abrigou tamanha façanha medieval.

- Senhores, aqui, é a única colina em uma região plana. São cerca de 500 metros de altura, tendo no cimo as ruínas da torre da igreja de St. Michael. O mais curioso é que sua encosta vista de lado ou de cima, lembram uma imensa espiral ou labirinto de três dimensões, conduzindo para o alto.

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- Interessante, não lhe parece que óvnis construíram isso tudo? - Sou padre Isis. Não acredito nessas coisas, minha filha. - Senhores. Como o nome "Tor" em Celta significa portal, passagem, muitos esotéricos acreditam que ali, no topo, fica a porta de entrada do nosso mundo para a antiga Avalon. A colina é também conhecida como "Montanha Mágica". - Interessante mesmo Liza. - Aqui, fica "Poço do Cálice", onde José de Arimatéia teria escondido o Santo Graal.O poço fica próximo às colinas do Tor e é um lugar muito apreciado para meditação. De uma fonte, sai uma água pura e cristalina com propriedades medicinais. Segunda a lenda, o sangue de Cristo contido no Graal teria se misturado às águas do poço, o que explica seu tom levemente avermelhado (segundo cientistas graças à grande quantidade de ferro no solo). Para os turistas e locais, beber as águas do "Chalice Well" é beber da própria fonte da juventude. - Liza! - Por favor, Isis. - Liza. Quero beber um pouquinho. - Isis. Vamos continuar... - Senhora. É rapidinho. Vamos até lá, não custa nada não é senhora Isis. - Simpático esse guia. Claro que não custa nada. - Pronto. Agora sim, me sinto mais jovem e pronta para seguir em frente em nossa missão. - Missão. Senhora? - Nada não Gesplan. Ela bebeu a água e não esta bem.

- Pois não, madame. Weary Hill - É apenas uma árvore só que provém de mais um milagre por conta de José de Arimatéia. Ao resolver passar à noite nas colinas de Tor, depositou sua bagagem no chão e dormiu. Ao amanhecerem, suas roupas, alimentos e objetos tinham misteriosamente se transformado num "Thorn", espinheiro sagrado que só floresce duas vêzes por ano, no Natal e na Páscoa, e tem origem oriental.

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- Nossa! Quantas coisas malucas têm por aqui. - Muito interessante essas histórias Isis. - Senhores. Vale a pena visitar o castelo onde Arthur nasceu e depois foi entregue aos cuidados de Merlin. Fica pertinho de Glastonbury, em North Cornwall, há cerca de 40 minutos de carro. - Muito bom. Mas depois outra hora iremos lá. Diz-me uma coisa Gesplan. - Sim, madame. - O rio Avalon? - Podemos ir se quiserem. Cercada de pântanos e água, o terreno da abadia parecia uma ilha em dias de chuva forte. Em 1.190 D.C. , desconfiado de que ali teria sido o centro da antiga Avalon, o rei Henrique II ordenou escavações no local. Anos depois, os monges encontraram uma cruz de madeira com a seguinte inscrição em Latim: "Hic iacet sepultus inclitus rex arturius in insula avalonia", em português "Aqui jaz o famoso Rei Arthur, na Ilha de Avalon". - Vamos devagar minha filha. Não vamos conhecer tudo no mesmo dia. - Como por exemplo , bem aqui onde estamos. Alguns palmos abaixo, num túmulo de carvalho, acharam o esqueleto de um homem alto com o crânio avariado. Pequenos ossos e fios de cabelos dourados também foram encontrados e creditados a Guinevére, que teria sido sepultada ao lado do esposo. - Sabe de uma coisa. Gostei do seu trabalho Gesplan. - Obrigado. Madame Isis. - Vamos para o hotel descansar e amanha seguiremos com nossa meta. Se puder fazer parte dessa expedição Gesplan? Lhe pagaremos bem, meu jovem. Jovem de uns vinte e três anos de idade, Gesplan nascido na província de Avalon, conheceu profundamente todos os acontecimentos desde sua tenra meninice. Forte, inteligente e gentil Gesplan aceitou fazer parte da equipe. Não sabia é claro os motivos que os levam a esse turismo forçado. Tem por excelência atender bem seus contratantes. Por fim, todos ficaram felizes que a nova aquisição. - Liza. Isis. Aqui está, encontrei esse livro, temos que saber mais e mais sobre tudo o que acontece e aconteceu nessa ilha. - Nossa! Padre. Mais livro. Por favor, não?

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- Isis. (risos). Você esta louca. A gente precisa estudar para alcançar o que queremos. - Tudo bem Liza e padre. Concordo com vocês, mas poxa! Querem fazer uma faculdade em apenas cinco meses? - Cinco meses? Estamos juntos há cinco meses? - Sim, Liza e parece dez anos. - Nossa. Minha filha está tão ruim assim nossa xompanhia? - Não. Claro que não padre. Muito pelo contrario. É que as coisas não parecem evoluir. - Padre. Fale. - Sente-se aqui. “Os primeiros registros oferecem apenas um perfil de Arthur. Aparentemente, Arthur teria nascido pelo final do século V. Escassos indícios sugerem alguns outros fatos que em geral vieram a ser aceitos pelos historiadores: a família de Arthur descenderia diretamente de uma linhagem aristocrática de origem celta, intimamente vinculada aos romanos. O primeiro livro a esboçar uma visão grandiosa de Arthur foi Historia Regum Britanniae (História dos Reis da Bretanha),considerado por alguns historiadores como um dos principais manuscritos da Idade Média. Concluída em meados de 1136, a História foi escrita por Geoffrey de Monmouth, clérigo e professor em Oxford. Geoffrey afirmava ter utilizado como fonte “um certo livro muito antigo em idioma britânico”. O relato de Geoffrey é provavelmente o ponto culminante de seiscentos anos de narrativas transmitidas de geração em geração pelos contadores de histórias ingleses, irlandeses, galeses e franceses. Segundo Geoffrey, Merlin o mais famoso mago de todos os tempos fez os arranjos para que Uther Pendragon encontrasse a duquesa da Cornualha Igraine, ela engravidou, tendo concebido Arthur. Arthur teria se tornado rei aos 15 anos, brandindo uma espada chamada Caliburn (Excalibur nas versões posteriores), que segundo Marion Zimmer Bradley “seria a espada sagrada da Ilha de Avalon que fora concedida a Arthur sob juramento de defender Avalon e fazer com que reinasse a paz entre os mundos com igualdade de direitos.” - Perfeito. Mas, padre e Liza. Já não estou sabendo mais o que rei, papa, bispo, ruínas ou pragas. Vou ficar tonta de novo. - Fica quietinha ai, a gente pensa por você. - Nossa! Não precisa me chamar de burra né? - Continue padre. 148


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-Em um antigo poema galês, A Canção dos Túmulos, afirma-se que Arthur é o único guerreiro célebre cujo local de sepultamento não é conhecido. “Trata-se de um mistério para o mundo, o túmulo de Arthur”, escreveu o poeta; e esse mistério permanece até hoje. Acreditou-se que houvesse sido descoberto no final do século XII, quando o rei Henrique II relatou que, segundo lhe dissera um bardo galês itinerante, Arthur estava enterrado no cemitério da abadia de Glastonbury, mas não foram feitas tentativas para localizar o túmulo, até um incêndio destruir grande parte da abadia, inclusive a velha igreja de taipa, em 1184. Durante a reconstrução da abadia, o abade ordenou uma busca para encontrar o túmulo de Arthur. Ao serem feitas as escavações descobriu-se, a uma profundidade de 2 metros, uma lápide de pedra e, embaixo dela, uma cruz de chumbo que exibia a inscrição:Hic iacet sepultus inclitus rex arturius in insula avalonia “Aqui jaz enterrado o célebre rei Arthur na ilha de Avalon”. Cerca de meio metro abaixo se encontrou um esquife, construído com uma tora oca. Dentro dele havia ossos de um homem alto, cujo crânio fora grotescamente fraturado, levando os pesquisadores a concluírem que ele fora assassinado com um golpe na cabeça. Havia também ossos menores e uma madeixa de cabelos dourados, que teriam se desintegrado ao toque. Os monges concluíram que esses outros restos mortais deveriam pertencer a Guinevere. Como disse o jovem Gesplan.

- Continue padre. - Os ossos foram depositados em dois sepulcros cuidadosamente esculpidos e permaneceram ali entesourados na abadia por quase um século. Em 1278, na presença do rei Eduardo I, foram novamente desenterrados. “Lorde Eduardo (...) com sua consorte, Lady Eleanor, vieram a Glastonbury (...) para celebrar a Páscoa”, escreveu um certo Adam de Domerham, que assistiu o evento. “Na terça-feira seguinte (...) ao entardecer, o senhor rei ordenou que abrissem o túmulo do rei Arthur. Dentro dele havia dois ataúdes pintados com suas figuras e brasões; foram encontrados separadamente os ossos do rei, os quais eram enormes, e os da rainha Guinevere, que conservam maravilhosa beleza”. “No dia seguinte o rei recolocou os ossos do rei e da rainha, cada qual em seu esquife, após ordenar que os envolvessem em sedas preciosas”. - Padre. Será que devemos unir essas histórias com a que a gente está procurando? - Acho que devemos investigar tudo Liza. Na pior das hipóteses, estaremos preparados para entender as coisas que aconteceram aqui. - Isis? Isis? Padre ela dormiu? 149


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- Parece que sim. _ ISISSSSSSSSSSS! - Oi! Aih! Credo? Liza. Está louca é? - Dormindo Isis? - Estava já não estou mais. - Preste atenção. Depois fica perguntando as coisas e eu não vou falar viu? - Está bem. Pode continuar padre. - Alguns historiadores acreditam que a descoberta do túmulo de Arthur em Glastonbury pode ter sido um embuste, instigado pelos monges que desejavam obter fundos para reconstruir seu monastério - esquema indiretamente apoiado por Henrique II. Para esses céticos, o verdadeiro objetivo do rei Henrique seria enfraquecer a resistência galesa ao governador britânico, provando que o rei Arthur estava morto e que, portanto, seria incapaz de retornar para defender a causa celta.Contudo, as escavações conduzidas na abadia de Glastonbury, em 1962, pelo arqueólogo britânico Ralegh Radford demostraram que, no século XII, os monges haviam realmente escavado o solo da abadia, em um ponto entre duas antigas pirâmides ou cruzes, tendo ali descoberto um túmulo muito profundo. A igreja mandou suspender a escavação e algumas paredes das fundações desenterradas por Bond foram removidas ou cobertas de grama. - Temos coisas para investigar padre. Muita coisa. - Bond viveu mais 23 anos, escrevendo diversos livros sobre a Companhia de Avalon e outros fenômenos paranormais. Morreu em 1945, pobre e desiludido. Esses e muitos outros mistérios estão ali, enterrados na antiga abadia de Glastonbury; seria como Marion Zimmer Bradley (escritora de As Brumas de Avalon) cita em um dos trechos em que: Morgana fala...E agora que este mundo está mudado, é preciso contar as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco espalhem por toda parte os seus santos e lendas. Pois, como disse, o próprio mundo mudou. Houve tempo em que um viajante se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos, poderia levar sua barca para fora, penetrar no mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges, mas à ilha sagrada de Avalon: isso porque, em tal época, os portões entre os mundos vagavam nas brumas, e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e desejo dos viajantes. Esse é o grande segredo, conhecido de todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca, novo a cada dia. 150


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E agora os padres, acreditando que isso interfere no poder do seu Deus, que criou o mundo de uma vez por todas, para ser imutável, fecharam os portões (que nunca foram portões, exceto na mente dos homens), e os caminhos só levam à ilha dos padres, que eles protegeram com o som dos sinos de suas igrejas, afastando todos os pensamentos de um outro mundo que viva nas trevas. Na verdade, dizem eles, se aquele mundo algum dia existiu, era propriedade de Satã, e a porta do inferno, se não o próprio inferno. Não sei o que o Deus deles pode ter criado ou não. Apesar das historias contadas, nunca soube muito sobre seus padres e jamais usei o negro de uma de suas monjas-escravas. Pois sempre usei as roupas negras da Grande Mãe em seu disfarce de maga, não os desiludi. A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e Inferno e danação...Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago, que odiava a batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa, e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles. “Todos os deuses são um deus”, “e todas as deusas são uma deusa, e há apenas um iniciador. E cada homem a sua verdade, e Deus com ela”. - FANTASTICO. Padre. Penso que devemos descansar. Isis? - Gesplan... - O que? Gesplan? - Nada não Liza. - Como nada, estamos falando de uma coisa e você vem dizendo Gesplan? - Eu não disse nada. - Disse sim, você estava no mundo da lua é? Isis, você esta velha, não fiquei ai, querendo bater asas para esse menino. - menino, que menino Liza, um tamanho homem de 1.80 de altura. - Vamos dormir. E pare com isso Isis. - Parar com o que? Eu hein!

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Todos estavam muito cansados e dormiram no mesmo momento em que deitaram. À noite estava calma. Muitas pessoas no hotel como de costume. O jovem Gesplan também dormira. Gostava de cuidar da saúde, era vegetariano fazia exercícios e caminhava espontaneamente todo o dia levando seus clientes para os passeios muitas vezes distantes. Jovem formado em história sabia se colocar nas palavras que eram necessárias na sua profissão. - Bom dia Gesplan. - Bom dia senhora Isis. - Não me chame de senhora, por favor, apenas Isis. Liza olha para o padre que meio sem jeito coloca a mão na boca numa forma sutil de cobrir o riso que tomara conta dele naquele momento. - Bom dia senhor Gesplan. - Bom dia madame Liza e senhor padre.

- Toma café conosco Gesplan. - Obrigado. - Não senhor. Fazemos questão que se senti com a gente e aprecie todas as maravilhas do hotel. - Obrigado. Isis. - Isso ai Gesplan. Isis. Você se esqueceu de que eu bebi da água da fonte da juventude?

Todos riram e trocando idéias sobre o local fizeram muitas perguntas para Gesplan. Muito inteligente e nada mal como orador falou-lhes. - Conceito de "ilha", portanto, nos traz a significação de algo que se destaca do resto, preservando valores próprios. Uma ilha pode ser um oásis no meio do deserto, para mitigar a sede dos viajantes daquela inóspita região. Uma ilha pode representar um porto seguro e salvador para os que se aventuram mar afora, em busca de continentes perdidos. Uma ilha pode significar, enfim, um local onde valores diferentes dos usuais, podem iluminar o caminho daqueles que se encontram sedentos de luz, Luz Espiritual, a iluminar as trevas da ignorância ou Avidya, razão de todos os sofrimentos e desditas do ser humano. Na literatura mundial vamos encontrar exemplos clássicos da conceituação de 152


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ilha. A "Ilha de Avalon" era, na literatura arturiana, a mais sagrada das regiões, onde o "Mistério do Santo Graal" era preservado. Avalon era uma ilha invisível aos olhos dos profanos e só se tornava alcançável àqueles que tinham Pureza e Sabedoria suficientes para adentrar os seus mágicos portais.

- De fato, muito apurada a sua colocação Gesplan.

- Obrigado senhor padre. Em realidade, a Ilha Sagrada de Avalon não é mais do que um símbolo literário de uma tradição muito maior e mais antiga, relacionada com a "ILHA IMPERECÍVEL, QUE NENHUM CATACLISMO PODE DESTRUIR", uma expressão poética da Excelsa SHAMBALLAH, Sede do Governo Espiritual de nosso planeta, uma espécie de Sol, situado no interior da Terra, donde partem aurifulgentes raios para todos os rincões terrestres, a banhar com sua luz invisível, porém não menos real, todos os seres que evoluem em nosso Universo, nessa etapa evolucional. Não quer dizer que é no que creio. Senhores, mas é o que dizem e escrevem por ai.

- Entendo Gesplan. - Gesplan acho que podemos falar com você. - Claro. Dona Liza. O que houve, meus serviços não é como pensavam? Tudo bem tem outro guia muito bom. - Não, Gesplan, não é nada disso. Vamos abrir para você o que buscamos. - Vocês são da policia? O padre é disfarce? - Gesplan? - Senhora. Dona Liza. - Pode nos ouvir? - Desculpem –me. - Padre. O senhor pode expor para Gesplan o que está ocorrendo com a nossa missão. Conversaram por horas a fio. Gesplan não ficou espantado porque já vira todos os tipos de propostas e intenções por ali, na ilha mais disputado por esotéricos e caçadores de qualquer coisa desde que seja da época medieval. Mas, por sentir que estava conversando com gente do bem e, pessoas inteligentes

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deixaram-se levar pela proposta e resolveu dar vazão aos delírios e busca dos três.

- Muito bem. Senhoras. O que querem que eu faça. Farei. - Queremos encontrar o tal papiros. Mas, sabemos que existem muitas farsas por aqui e só você Gesplan pode nos ajudar a discerni o certo do errado.

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Capitulo 20

O padre Mancini senta em um lugar e começa a meditar em tudo que vem ocorrendo em sua vida, seguem para o rio de Avalon e o padre sentando a beira do rio escreve em seu diário. - “ Meu medo é os homens não conhecer a ultima oportunidade quando ela se apresentar.Está bem claro que tudo terá um fim, o melhor terá seu fim. Todos estarão absorto em seu cotidiano, como agora. Inconsciente de que a decisão final e irrevogável esta para ser tomada. Sinto que um dia e está perto. Nosso amanhecer não terá sua luz nem seu resplendor. Imagino que o sol irá se por pela ultima vez. Cenas de alegria e sorrisos como esse nunca mais verei aqui neste momento para os habitantes da terra”. Num hotel perto do Rio tudo aparentemente calmo eles passeiam conversam e vivem uma vida de turista, mas no fundo do coração a busca é maior do que o conforto que estão vivenciando naquele momento. - Padre. Sabe que acabou de sair uma noticia. - O que foi Liza.

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- Saiu um decreto nos Estados Unidos de que todo povo americano tem que observar um dia na semana que será sagrado. Não vão poder fazer nada nesse dia e o decreto pelo que entendi irá penalizar os homens que desobedecerem. - Como assim Liza. -Não sei direito Isis. Ouvi no noticiário em inglês. - Esses americanos sempre inventando coisas mirabolantes. - Muito estranho isso. Liza. Eu como padre acho um absurdo alguém impor como na inquisição métodos de vida religiosa para todos. - Onde anda a liberdade religiosa padre. - Vamos saber, direito sobre isso. - Mais à noite a gente entra na Internet; quero falar sobre esse lugar magnífico. Nossa! Estou maravilhada em estar ao lado do rio. Aqui viveu as bruxas de Avalon. - Ou ainda vivem. - Vocês acreditam mesmo? Minhas filhas. - Eu, acredito. Tenho certeza de que ao menos elas viveram aqui. - Falar em bruxas e o escravo? - Vamos falar com Gesplan. - Pois não senhoras. - Você por acaso, conheceu uma historia especial que ocorreu na Pedra Tall sobre um escravo. - Asir da tribo dos Camellusus? - Isso mesmo: O que sabe dele ou da sua história. - Ele foi um homem especial para o seu povo. Ele sérvio ai seu rei até a morte. Tinha conhecimento absoluto de todas as coisas segundo a lenda. - Gesplan? Ouviu falar do Anel Sagrado? - Não. Isso não ouviu falar. Mas sei que ele passou por aqui e ficou até sua morte. Logo que a noticia de que o capitão Joseph e sua Marcelle haviam morrido, eles voltaram ao local da suposta morte deles por envenenamento pelos chás das bruxas do rio Avalon.

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- E onde foi isso? - Aqui senhora Liza. Bem aqui nesse local. - Liza, precisamos verificar se realmente não é uma lenda. - A lenda nos diz. Bom, você já deve ter percebido que tudo o que os índios fazem ocorre em círculo. Isto se deve ao fato de o Grande Espírito sempre trabalhar em círculos e de tudo sempre procurar ser redondo. Nos velhos tempos, quando eram um povo forte e feliz,os Marmellus e todo o poder vinha para eles o anel sagrado da nação e, enquanto esse anel se mantinha inteiro, as pessoas eram felizes e floresciam, A árvore florida era o centro vivo do anel e o círculo dos quatro cantos a alimentava. O leste lhe dava a paz e luz, o sul lhe dava calor, o oeste lhe dava chuva, e o norte, com seu vento intenso, lhe dava força e resistência. Esse conhecimento chegou a nós do mundo exterior, juntamente com a religião. Tudo que o Grande Espírito faz, sempre é feito em círculo. O Pai Céu é redondo e já me disseram que a terra é redonda como uma bola, o mesmo também acontecendo com as estrelas. O vento, quando está com potência máxima, gira em círculos. Os pássaros constroem seus ninhos em círculos, pois a religião deles é a mesma que também eles tinham. O Avô Sol nasce e se põe em círculo. A Mãe Lua faz o mesmo, e ambos são redondos. Até mesmo as estações do ano formam um grande círculo nas suas mudanças e sempre voltam ao ponto onde estavam originalmente. A vida de um homem é um círculo da infância à transição e o mesmo é válido para tudo que se movimenta. Suas cabanas são redondas como os ninhos dos pássaros e ficam sempre dispostas num círculo, representando o anel da nação, um ninho com muitos ninhos, onde o Grande Espírito quer segundo a lenda desvendar. - Forte essas coisas do Asatru. - Leiam isso! “"Quando o rio e o ar estiverem sujos, quando o ser humano houver se perdido completamente da linha da vida, quando os animais estiverem ameaçados, as ancestrais árvores cruelmente abatidas, quando a doença e a tristeza estiverem dizimando o povo vermelho, virá uma nova nação, uma nova tribo. Serão em grande número, surgiram de onde não se espera. Virão em muitas montarias, sua magia diferente, terão artes que desafiarão a compreensão. Serão de muitas cores, por isto essa Tribo será conhecida como Tribo do Anel Sagrado, eles virão quando o fim parecer certo, eles virão e curarão a Terra." - Isso tudo e mais coisas estão registrados no passado desse povo. - Isso é do povo de Asir? - Sim. Asir deixou um legado de experiência e um caminho para encontrar algo que até hoje ninguém sabe. Muitos estudiosos chegaram a conclusão que, tudo não passou de idéia fixa de Asir. Estudei muito sobre ele e outras lendas existente por aqui. - Então você não acredita em nada do que estudou Gesplan?

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- Senhora. Não digo que não acredito, mas tomo meus cuidados senão acabou não trabalhando e minha sobre vida que já não é fácil, como ficara. Espero um momento olha o que eu tenho na minha pasta. Fomos alertados sobre perigos que provavelmente encontraríamos num mundo controlado pelas organizações inspiradas no medo. Essas melodias começaram a ser entregues na década de 1960 através de canções que vibravam com mensagens emocionais de amor, de esperança e de alegria. Através da música, muitos dos que dormiam começaram a se mexer. Os primeiros raios da alvorada foram ouvidos no rádio antes que eles suspeitassem que houvesse um céu para se contemplar. Não obstante, nosso despertar não é completo até que o que encontrou uma forma emocional encontre também uma forma conceitual. O que sabemos em nossos corações requer como complemento a compreensão consciente para que se aborde efetivamente a cura que está ao nosso alcance. Temos que aceitar a missão de refazer o nosso mundo a imagem do amor. Nós os Guerreiros do Anel Sagrado viemos nesta era, tanto tempo depois da remoção dos senhores feudais e conquistadores, surpreende-nos ainda encontrar remanescências dos antigos processos atraindo a atenção humana. Certamente, aqueles senhores feudais foram bem sucedidos ao transformar os povos da terra em vassalos. Parece que os humanos foram treinados tanto tempo na subserviência que agora se sentem inseguros para tomar sua própria iniciativa. Eles continuam facilmente seguindo as sombras dos caminhos dos conquistadores, mesmo quando essas sombras estão incompletas, obrigando-os a criar caminhos semelhantes só para manter o hábito. É assim que o equilíbrio do Arco Sagrado será restaurado. Existe uma influência irradiando dos continentes americanos, aquecendo as sementes do potencial humano como a luz do sol aquece os jardins na primavera: uma consciência ancestral que toca a todos os que habitam essas terras, apoiando todos nossos passos rumo à liberdade e ao amor. Apesar dos esforços dos conquistadores, a consciência nativa das Américas brinca nos balanços de nossos parques, voa nas nossas pipas sobre as cidades, marca o ritmo de nossas músicas, pulsa no coração de cada um de nós os Guerreiros do Anel Sagrado. - E você não acredita que isso é verdadeiro Gesplan? - Isis, não se trata de acreditar ou não. Não são palavras bonitas que irão convencer o mundo de suas verdades. O que estamos buscando não é uma religião e sim os papiros que acreditamos ter a ultima profecia para a humanidade. - O senhor está certo padre. - Claro que ainda credito no caminho do escravo Asir, como fonte que irá nortear nossas buscas. 157


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- Olha minha gente, O Homem Primitivo, com cérebro límbico e reptiliano, vivia num ambiente animista, inseparável das árvores, pedras, animais e do nascer do sol. Não havia distinção entre si e o resto. Não havia dualidades, nenhuma relação sujeito/objeto. Não isto e aquilo. A Terra era um jardim, uma unidade sem limites, porque ninguém podia entendê-la de outra forma. Uno com a natureza, literalmente. Depois do cérebro límbico e reptiliano, surgiu o neocórtex. A consciência auto-reflexiva. A habilidade de perceber as mudanças. A razão. Eu e tu. Surge a dualidade, a diferença entre isto e aquilo, sujeito e objeto. O homem podia separar-se na natureza, distanciar-se das plantas e animais, avaliar a influência da natureza em sua experiência. Auto-reflexão. Comemos da árvore do conhecimento do bem e do mal e fomos para o Leste do Éden. Perdemos o contato conosco mesmo, como parte integrante da natureza. Perdemos nosso contato com o Divino. - Nossa! Padre. Continua. - Interessante senhor padre. - O princípio cartesiano: “Penso, logo existo”. O pensamento através da percepção dá lugar a um raciocínio intelectual. Separação. Um cérebro racional, um cérebro com linguagem própria e definições, defendido pelas grossa muralhas da lógica, das visões que não podemos explicar. As leis são concebidas, escritas e programadas dentro da tábula rasa do neocórtex, a fim de explicar aquilo que queremos ver, mitos e religiões se concentram em guias e resposta do inexplicável. Será que simplesmente perdemos a visão? Nossa capacidade de ter acesso ao Divino dentro da natureza, dentro de nós mesmos? Aqui estamos nós ocidentais, obrigados a suportar o ônus do afastamento de Deus, nosso destino preso a eterna procura por fatos e respostas que se encaixem dentro de uma estrutura lógica. Limitamos as dimensões do que é ser humano. No entanto a natureza espera pacientemente. Se a consciência é energia, e nossa energia vem da mesma fonte (sem sombra de dúvida), se nossa origem biológica é a mesma, é de espantar que existe um nível de consciência comum a todas as coisa? E que um indivíduo adquira a habilidade de penetrar essas esferas inconscientes e estabelecer uma conexão com a realidade num nível básico? Separar o corpo espiritual do biológico e curá-lo? - A energia, a consciência, o Divino. - Gesplan? Essa é a mensagem do credo cristão. O credo budista. A cabala e o upanixade. O princípio fundamental do mito e da religião. Princípios que um dia entendi e nos quais acreditei. Porém a fé não tem significado, e as faces de Deus interpõem-se entre nós e a experiência do Divino. A nossa racionalização das coisas efêmeras, nossa barreira intelectual ao transcendente, a versão do Divino através do cérebro pensante, eram apenas mais uma das máscaras de Deus. Todas as manifestações de Deus, assim como a própria palavra formada no cérebro da linguagem, eram e são meramente pensamentos sobre aquilo que jaz além do pensamento.

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-Aquém do pensamento. Padre. - Aquém da própria consciência. Falar o nome de Deus é nomear o inominável, é carregar o conceito do Divino em nossas mentes, é carregar um escudo entre nós e a experiência do Divino. Jeová. “Aquele que é”. Não se pode pensar a respeito. Todas as noções sobre Deus são blasfêmias. - Coisas que podem ser conhecidas, mas não ditas. - Incrível esse dois Liza.

-É verdadeiramente fascinante como a diferença filosófica de duas culturas pode levar a diferenças tão extremas na prática. - Tem razão Gesplan. O mundo ocidental as nações “civilizadas” que são chamadas de cultura de “Primeiro Mundo”, regem a Terra para garantir sua força econômica e militar. E o fundamento filosófico da cultura ocidental baseia-se numa religião que fala em cair em pecado original e expulsão do Paraíso. Para o Ocidente, esse conceito é fundamental para sua mitologia, que é representada por uma natureza hostil e um ser humano corrupto. Ao comer a Maça, Adão e Eva foram expulsos do Paraíso e tiveram que tirar o seu sustento da força de seu trabalho. É um mito tão peculiar, a ênfase não está no relacionamento do homem com seu meio, a Natureza, o Jardim, mas no relacionamento do Homem consigo mesmo, como um exilado, lutando pelo seu próprio sustento, tornandose consciente num mundo hostil. Os ocidentais aceitaram esses valores, promoveram esse conceito através da arte, literatura e filosofia. O fato é que se tornou entranhado, como uma segunda natureza, não é isso? - Penso que sim. Vivemos-nos uma vida inteira numa cidade, por exemplo. Ela nos oferece proteção, um ambiente controlado e atua como um anteparo entre o indivíduo e a natureza. Até os alimentos no supermercado são preparados, antes de serem postos à venda, quer amadurecidos artificialmente, maquiados ou preservados, e depois empacotados para o consumo. Então os ocidentais, os expulsos do Paraíso, voltou-se para seu interior, e é interessante que dentro desse tipo de cultura, quando as pessoas atravessam uma crise psicológica, digamos, um episódio psicótico ou neurótico, elas vão buscar ajuda na religião, psiquiatria ou medicamentos, em lugar de procurar a natureza para recuperar-se para tornar-se normal novamente. Não é assim que acontece? - Liza, você disse bem. Entretanto nós nos deparamos com um posto de vista totalmente diferente, quando a tradição de uma cultura não se baseia no pecado original, e na qual o homem foi expulso do Paraíso e vive próximo à natureza, considerando-a uma manifestação divina. Nessas culturas, a interrupção de um episódio esquizofrênico processa-se através da magia. A mente inconsciente abre-se e, se a pessoa for jovem, ela é incentivada a mergulhar em sua própria mente, em vez de ser retirada da beira do precipício. Elas imergem no inconsciente, nos domínios da pura imaginação, nos domínios dos arquétipos de Jung, no mundo do Espírito. Estão livres para experimentar outros domínios da 159


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mente, os que acabam resultando numa mudança de atitude. Em muitas culturas primitivas, elas se convertem. - E já vivenciaram o divino. - Vocês podem me perguntar se eu estaria sugerindo que episódios psicóticos e surtos esquizofrênicos deveriam ser estimulados. Não estou sugerindo nada disso. Seria perigoso promover esses incidentes dentro da nossa cultura, porque as crenças ocidentais se baseiam em milhares de anos de tradição de que comportamentos desse tipo não são normais, nem naturais, nem saudáveis. Estou apenas aqui, assinalando a diferença. Na cultura primitiva, a abertura do inconsciente é uma benção. É incomum, sim. Mas não anormal. Essas crianças são da Terra, do Jardim, vivendo na Natureza, e não banidas dela. Nessa cultura, tudo pertence à natureza. É natural. Até um episódio. É um procedimento seguro, especialmente se orientado por alguém que já passou por uma experiência semelhante. O mesmo acontece, quando alguns ocidentais experimentam as Plantas de Poder. É necessário estarmos em sintonia com a Natureza para as experiências com Plantas de Poder serem um sucesso. Não é qualquer um que pode usá-las. Tudo tem sua hora e momento. - Os filósofos ocidentais do século XX: Nietzsche, Sartre, Camus, todos existencialistas! Intelectuais brilhantes. Grandes virtuoses da lógica. Só que partem da premissa que o homem é um ente solitário, um fugitivo da natureza. Sendo essa afirmação inquestionável, eles prosseguem seus raciocínios lógicos, descrevendo uma filosofia baseada na unicidade e isolamento do indivíduo num universo que lhe é diferente e até hostil. - Como vocês podem ver, nunca fomos expulsos do Paraíso. O solo jamais foi amaldiçoado por nossa causa, conforme atesta a Bíblia. A natureza não nos é adversa. Nós somos seus Guardiões. - O Anel Sagrado? Você tem novidade quanto a isso, Gesplan? - No cume da montanha está suspensa uma nuvem, e meu coração está suspenso acima dela. - Não entendi Gesplan. - Sairemos em três horas para o local sagrado onde esta esperando por vocês. No horário marcado nos encontramos no centro de Avalon e saímos novamente para um local que ainda não havíamos explorado. Só para variar, mais uma vez para desafiar meus limites, escolhi a rota mais difícil conhecida pelo nome de Machame. Hamisi então começamos nossa caminhada às seis da manhã. Apesar de ainda ser primavera, o calor de 25 graus a este horário já anunciava que o dia seria muito quente, mas para minha surpresa a medida que subíamos floresta a dentro, a temperatura diminuiu para 15 graus e começou a chover forte. Na medida em que caminhávamos por entre árvores 160


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altíssimas, nossa trilha transformava-se em lama, fazendo com que nossa caminhada ficasse cada minuto mais difícil, principalmente num trecho de subida íngreme com mais de 1.100 metros com o ângulo de quase 45 graus. Toda a lenda do rio Avalon estava a nossa frente. A cada passo dado, a floresta se fechava a nossa volta. Por sorte a chuva passou, as raízes das árvores seguravam a terra e formavam pequenos degraus, que me fizeram lembrar o Caminho Inka quando escalamos a Montanha em 2000 na altitude de 4.200 metros. Durante este percurso, era possível ver alguns macacos que se aproximam curiosamente, como também inúmeros pássaros. Fora estes animais, o que mais me chamou atenção foi um leopardo que pudemos ver ao longe e que parecia muito mais interessado de procurar uma caça, do que com a nossa presença... Ainda bem! Finalmente, após 15 km percorridos neste primeiro dia, chegamos ao lendário povoado do Anel Sagrado. Tomei diversos copos de chá para me esquentar, pois era o único alimento junto com a água que eu me permitira durante minha peregrinação. Após me agasalhar e fazer minha cama ao lado do fogo no centro da cabana com uma arquitetura interessante dormi pesadamente. Pela manhã tomei mais algumas canecas de chá que a própria Isis nos fez e antes das sete saímos. Subimos uma ladeira escorregadia que nos fazia derrapar, mas minha bota pareciam garras e não me deixou cair. Lá pelas oito horas, notei que a paisagem ganhou outras cores e contornos, o terreno aos poucos ficou árido e firme, deixávamos a floresta tipicamente tropical e passamos para a tropical de altitude. Hamisi por diversas vezes tocou o meu ombro e apontou para o céu e também para o alto das poucas árvores, mostrando-me abutres e alguns falcões que surgiam rapidamente. A cor verde escura da mata transformou-se em verde claro com a abundância de capim que agora nos cercava. À tarde, pouco antes de chegar até nosso segundo acampamento apontou mais uma vez para cima, porém desta vez, eu não vi nenhum animal de rapina e sim o magnífico pico Cume da Montanha Sagrada de Asir. Gesplan insistiu para que eu comesse algo antes de dormir, mas eu disse que não tinha fome e que o chá já era suficiente. Ele respeitou minha decisão e informou que iríamos dormir um pouco mais esta noite para que nos aclimatássemos com a altitude, pois a jornada no próximo dia não seria nada fácil. A manhã do terceiro dia o céu estava claro e sem nuvens. Levantamos acampamento e seguimos subindo calmamente para nos aclimatarmos. Na medida em que subimos a montanha, a quantidade de oxigênio no ar diminuía e nosso organismo passava por uma transformação no seu metabolismo para aumentar a quantidade de glóbulos vermelhos, que 161


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conduzem o oxigênio no sangue. A respiração aumentava minha freqüência cardíaca aumentava e o coração batia mais forte para captar o máximo de oxigênio. Silenciosamente enquanto caminhava, eu agradecia ao Grande Espírito por ter me preparado fisicamente durante todo ano para fazer a jornada que estava empreendendo na maior montanha de Avalon. Durante todo dia procuramos nos manter em completo silêncio e falando somente o necessário. Não pude resistir e comi um pedaço de frango que me foi oferecido por Isis, era realmente necessário que eu me alimento, pois não conseguiria completar a jornada senão o fizesse. Enquanto descansávamos. O quarto dia foi de pura aclimatação, sendo mais fácil do que o dia anterior. Contornamos a montanha, ganhando pouco a pouco altitude e nos adaptando ao clima, procurando cada vez mais oxigenar nosso sangue. Antes de chegarmos ao nosso acampamento em Barfu, entramos na região das lobélias, árvore de 3 metros típica do costado do rio Avalon. Está árvore é uma verdadeira guerreira por sobreviver a uma altitude significativa. Ao chegarmos em Barfu , passamos a caminhar pela zona alpina. Assim que chegamos ao acampamento, por volta das 16 horas, comemos e bebemos muito chá para afastar o frio de 5 graus. Eu sonhava com dançarinas num belo oásis, eu como padre, quando Gesplan me acordou as meia-noite e meia para que prosseguíssemos em nossa jornada rumo ao cume da montanha. Perguntei a Gesplan porque tínhamos de ir tão cedo. Ele respondeu que necessitávamos chegar ao cume do sol nascer para evitar deslizamento de terra, pois havia a possibilidade de cairmos cratera abaixo. Começamos a nossa subida pelas matas aflitas de Avalon, a uma da manhã, após uma rodada de chá quente. Segundo Gesplan a temperatura estava em torno de - 2 graus... Uau! Que frio!!! Estávamos vestidos com dois agasalhos, havia colocado minhas luvas, um gorro que Gesplan me deu e óculos que protegia nossos olhos do vento cortante. Nosso percurso até o cume seria de quase 5 km num desnível de 1.300 metros que deveríamos vencer antes do Pai-Sol surgir. Por sorte a ilha sagrada de Avalon parecia estar do nosso lado, apesar do vento cortante, já que a lua cheia iluminava nosso caminho. A primeira hora de jornada foi tranqüila, fazendo com que eu silenciosamente agradecesse a Mãe Natureza, mas de repente a temperatura caiu vertiginosamente fazendo com que fizéssemos uma pequena parada para nos agasalharmos ainda mais. Para piorar a minha situação, comecei a sentir uma fisgada na minha perna direita fazendo com que eu caminhasse mais lentamente. Gesplan, Isis e Liza, vendo minha situação, disse para eu caminhar sobre suas pegadas e assim o fiz. A cada passo dado, era uma vitória. Eu não ousava olhar para o alto do cume e pacientemente caminhava pisando as pegadas de Gesplan que nos conduzia de forma exemplar. 162


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Ali vimos todas as experiências de um verdadeiro e dedicado guia de Avalon. Mas eu em câmara lenta. O silêncio nos envolvia de forma fantasmagórica. Ao atingirmos ao quinto tipo de vegetação, fizemos uma pequena parada para comer uma barra de chocolate e beber água, para nos dar forças de subir pela gelada montanha da ilha. Após descansarmos um pouco, seguimos adiante. A temperatura voltou a cair. Passamos a pisar com maior dificuldade devido ao aclive que se apresentou a nossa frente. Gesplan fez com que andássemos em zig-zag por cima dos cascalhos escorregadios. As vezes parecia que não saíamos do lugar. Além da dor continua na perna, comecei a ter dor de garganta e a sentir falta de ar, mas mesmo assim continuei adiante não me importando com a chegada e sim com a caminhada. Todos os obstáculos não me fizeram desistir da escalada que terminou sendo uma grande aula de como caminhar com paixão na Natureza. E com a certeza de que estávamos no caminho certo da descoberta dos Papiros. Enquanto os minutos passavam, continuamos contornando as pedras e nos equilibrar sobre o cascalho do vulcão que felizmente encontrava-se adormecido. Aos poucos fui me sentido adormecido, as meninas me pareciam mais ávidas do que eu como se estivesse anestesiado e me via andando na montanha segurando meu bastão que me ajudava a dar cada passo. Neste momento eu era uma estrela que fazia sua jornada rumo a lua. Dum, dum, dum... A batida forte do meu coração me trouxe de volta ao meu corpo que agora não tinha mais dores. Finalmente chegamos à borda da caverna, restando apenas 210 metros para chegarmos ao cume coberto de neblina. Eu não tinha mais forças para subir e não conseguia equilibrar-me, mas mesmo assim eu repetia para mim mesmo que conseguiria vencer os 210 metros finais. Olhei para lua cheia que havia me acompanhado durante toda a jornada e vi desenhado em sua em face de imagem do puma, neste momento respirei profundamente e comecei a subir graciosamente aquele terreno até o topo, como se fosse meu amigo Pata Marrom. Às 7 horas da manhã, quando os primeiros raios do sol surgiram, conseguimos chegar ao pico. Naquele momento, pude contemplar toda obra do Criador ao ver a faixa carmim surgindo no horizonte, por cima das nuvens, para em seguida transformar-se numa linha amarela incandescente misturando-se ao azul do céu. Neste momento, apanhei a minha mochila abrindo-a em seguida. Tirei de dentro uma pequena caixa que guardavam as cinzas de Lurdes e arremessei suas cinzas ao vento, cumprindo a minha promessa de uni-la a Montanha Sagrada. Este pequeno gesto de Amor fez com que eu fechasse mais um ciclo na Roda da Vida, deixando para trás meu período de ascetismo e começando do zero mais uma jornada pela Roda da Vida caminhando para onde o Vento me levar. 163


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Como padre não podia pensar em outra coisa a não ser os caminhos que Deus me designou, mas como homem me sentia livre de dogmas e propósitos regidos por interesses religiosos. Livre, sentia Liza e Isis vibrando de alegria, como se já houvéssemos encontrado o bastão sagrado da salvação. Vi no olhar de Gesplan uma satisfação pessoal, como se tivesse resgatando algo em sua vida. Não sei, mas ainda queria conversar a sós com ele.

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Capitulo 21

A manhã chegava devagar e silenciosa, trazendo sopros de luz e suavidade. Pela pequena janela de nossas barracas, os raios de sol entravam lentamente, iluminando seu cantinho, seu semblante tenso e 164


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angustiado. Parecia cansado, sem vontade de ir a busca de um novo começo. Abria os olhos devagar, para fechá-los em seguida. - Tantas coisas nos acontecem! Falou Gesplan. - Onde está nosso bom Criador nestes momentos de tanta dor? Não estava interessado em passar pela dor, para aprender o seu real significado... Levantou-se balançando a cabeça e seguiu para fora do seu pequeno quarto. Uma brisa atingiu-lhe o rosto com ternura naquela manhã. Gesplan continuava inquieto, andando de um lado para o outro no jardim do modesto e na neblina do cume da Montanha Sagrada.. Percebendo que estava sendo observado por Liza, procurou aquietar-se e passou a meditar. Ao abrir os olhos, após um breve período de tempo, notou que sua cliente vamos se disser assim, não estava mais a observá-lo, e voltou ao seu estado de inquietude. - Queria descobrir o porquê de tantos sentimentos confusos em sua mente. Na realidade, só queria sentir a quietude do Grande Espírito em seu coração. Fiquei ouvindo atento a Gesplan, senti que ainda não seria a hora para argumentar com um jovem ainda perturbado, mas de uma inteligência atroz, sabia que se fosse questioná-lo, acabaria por perdê-lo de vez nas coisas que queríamos falar para ele. Estava confuso e magoado com Deus, um deus que ele mesmo criara não o Deus que conheço o criador de todas as coisas. Mas o deus que ele conheceu por intermédio das lendas de Avalon. - Padre, Isis e dona Liza. Posso falar algo para vocês? Quero que me perdoem, mas preciso falar-lhes. - Estamos todos ouvidos Gesplan. - Quero contar pra vocês uma história, oriunda de meus estudos mais recentes. É sabido de todos vocês que a realidade tal como nós a conhecemos está para sofrer profundas alterações.

-Muitos de nós nos encontramos nesse processo de busca porque intuímos isso e estamos recebendo confirmações cada vez mais claras. Por isso gostaria de contribuir com essa chave para nossa busca. Compartilhar com os irmãos esses conhecimentos que poderão ser interpretados por todos, para que ergamos novos valores para o reflorescimento do homem em comunhão com a Vida. Breve, o Norte e o Sul mudarão de posição. As águas do Sul darão espaço para o soerguimento de placas tectônicas em meio ao Pacífico, e o que era mar se tornará habitável ao homem. Da mesma forma, no Norte haverá 165


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água, e muitos lugares que receberam com hospitalidade a habitação humana se tornarão selvagens novamente. As mulheres seriam perigosas, por isso seriam colocadas em inferioridade, para que não se unissem e não voltassem a compartilhar segredos. O valor principal seria a força, para que as mulheres não pudessem se sobressair. E os filhos se transformariam em castigos, para que nenhuma outra geração fosse amada e descobrisse a Verdade.

- Gesplan. Posso saber onde aprendeu tudo isso? - Ele já falou Isis. Temos que entendê-lo. Somos diferentes. Mas sabemos que a muita verdade isso tudo. Ficamos felizes Gesplan. - Me perdoem, mas precisa passar isso que carrego no coração por longos anos, e não tinha a quem falar. Hoje vocês chegaram a mim com uma nova visão das coisas. Parece-me que estou me envolvendo nas suas histórias e isso me deixa encabulado. Não quero isso na minha vida. - Sabemos disso Gesplan. Não pense que eu como padre também queria estar nessa situação, tenho certeza que Liza e Isis também não. Todas têm suas famílias e filhos que abandonaram para seguir e buscar algo que elas acreditam ser de tal importância que não saberiam dizer não a essa situação; Estamos aqui, em busca do Anel Sagrado, na Montanha Sagrada, cansada e numa situação de risco, num lugar maravilhoso, no entanto fora de qualquer exemplo de civilização. - Gesplan, me desculpe te falar isso. - Pode falar senhora Liza.

- Não me importa o que você faz para sobreviver. Quero saber qual a sua dor e se você tem coragem de encontrar o que o seu coração anseia. Não me importa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscaria parecer com um louco por amor, pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me importa saber quais planetas estão quadrando sua luaFeliz caminhada a todos.......Desejo que encontrem a coragem e sabedoria para serem verdadeiros consigo mesmos. Obrigado por permitir-me partilhar um presente...não somente com você Gesplan, mas com todos aqui que tanto amo. O melhor aprendi a amar.

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- Sabe o que é senhora Liza? Que seria do homem sem os seus sonhos, suas fantasias? Que seria dele sem a liberdade de pensar, sem os grilhões que a ciência e a tecnologia criam para cecear-lhe a imaginação Que seria dele sem as asas do espírito, que o levam a mundos desconhecidos, sem as restrições impostas pelo tempo e pelo espaço. A razão sem dúvida impulsionou o desenvolvimento do Homo sapiens como não o fez com nenhuma outra espécie. A alma, entretanto, cuja existência jamais foi comprovada, que jamais foi exposta à ação de um bisturi, abre-lhe o caminho para uma Quarta Dimensão. Mais que todos os conhecimentos, foram sempre o mistério, o inexplicável, o oculto, enfim, que com mais empenho o puseram em movimento, e conquistaram sua razão. -O raio e o trovão foram degradados por nós a meras fórmulas físicas; acompanhamos pela telinha da televisão a vida de microorganismos e, com os radiotelescópios, testemunhamos o nascimento ou a morte de uma estrela ocorridos a milhões de anos, mas que só chega até nós; o atraso se deve ao tempo que a luz leva para percorrer essas distância gigantescas. E como a estrutura básica do Universo - o Caos - é inquietante para nós, tentamos sistematizá-lo, categorizá-lo, numa tentativa de compreender o inconcebível. Enquanto isso, o estado e o desenvolvimento do mundo que nos cerca mais de perto, o nosso próprio planeta, coloca-nos no mesmo dilema. Mas no nosso inconsciente existe um mecanismo de defesa; ele procura proteção diante da onipresente falta de saídas através de uma civilização que engendra a si mesma e é ao mesmo tempo quase suicida. Sentimos a necessidade de uma volta urgente às raízes do nosso ser, aos nossos sonhos e fantasias mais remotos, livres de quaisquer injunções impostas pelas assim chamadas conquistas do progresso. Para recuperar o terreno perdido, ela se disfarça, se esconde atrás de fachadas artificiais, muda de rosto e tem assim todo tempo do mundo. O que um dia começou no caldo primordial não pode ser vencido ou eliminado nem mesmo pela "coroa da criação". Isso está sempre presente - onipresente - também dentro de nós, como uma loba ou um urso. Nós usamos a loba ou o urso como pele por baixo do vestido de noite ou do smoking. O que fazemos ou aonde vamos, não importa: uma sombra de quatro patas sempre nos acompanha... - Parabéns para vocês dois meus filhos. Fico muito feliz em ouvir isso tudo. - Padre. Acho que esse local deve inspirar as pessoas. Menos eu. - Isis. Você é muito querida. Quero deixar uma mensagem linda de uma pessoa linda para vocês, Leonardo Boff (Teólogo e antigo franciscano) ele diz mais ou menos assim; “Sinto pena de vós, milhões e milhões de irmãs e irmãos, meus mais pequeninos, expulsos das terras, solitários, embrenhados nas selvas, amontoados nas periferias, caídos em tantos caminhos, sem nenhum samaritano para vos socorrer”.

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Capitulo 22

Ela continua com o padre. - Padre. No mundo antigo encontramos retratados vários deuses em diversas culturas espalhadas pelo planeta. Podemos constatar nos registros antigos de vários povos que estes deuses sempre estiveram presentes entre a humanidade, seja usando suas armas de grande poder destrutivo ou seja passando suas sabedorias. No entanto, é notório que nos anos depois de Cristo nunca mais se teve algum registro destes deuses; desta vez, dando lugar aos anjos. Tanto deuses como anjos eram bastante avistados antigamente e estavam frequentemente se relacionando entre os povos. Entretanto nos dias de hoje, estas estórias de contatos de deuses e anjos encontram-se abundantemente apenas nestes registros antigos. Onde portanto estariam hoje? Afinal quem eram os deuses? Produto da imaginação fértil de um povo? Ou a visita de reais seres de outros planetas? - Vamos imaginar o dia em que tivermos um alto avanço tecnológico e a exploração espacial estivesse bem acentuada. Vamos supor que a nossa ciência tecnológica tivesse desenvolvido sistemas de propulsores jamais imaginados pelo homem. Agora vamos imaginar que a nossa humanidade descobrisse vida em outro planeta, com as condições semelhantes às da Terra. Vamos supor que os cientistas constatassem que a forma de vida é humana como a nossa e que as condições de vida são primitivas, parecidas com as da Terra há mais de dois mil anos atrás. Tudo imaginação Gesplan. - Meninos que tal a gente ir dormir, já se faz noite e amanha pelo que sei vamos iniciar a exploração e a busca. - Tem razão Isis. Respondeu Liza.

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Noite fria. A conversa esquentou um pouco o ambiente de todos e Gesplan ficou meio sem sono. Pensando em toda sua vida, algo que nunca se preocupou em fazer. O padre estava muito cansado entrou em sono profundo. Liza e Isis ainda conversaram por algum tempo, mas entraram na fase final do cansaço. O local estava úmido e os animais noturnos saiam em busca de caça, a fogueira era enorme, Gesplan sabia que seria a única maneira de afugentar o perigo do local onde existia dono.

Distante dali uma reunião sucedia no núcleo da Sociedade Secreta. Todos os lideres e correligionários reunidos numa alegria sem par.

- Toda a nossa irmandade esta representada aqui. Vocês sabem que esperamos muitos anos para que isso viesse acontecer. Agora chegou o tempo. Agora muitos irão amargar a sua espécie. Muitos irão chorar por não terem dado ouvidos a nossa comunidade. Mas em breve e muito breve estaremos concluindo o circulo da nossa existência. Estaremos reunidos com nosso líder a volta de um lindo riacho, ao lado de uma fogueira santa, nos abraçando e fazendo muito amor. Estou excitado e sei que muitos aqui também estão. Teremos hoje em especial uma noite abusadas de vinho e sexo. Quero todos se corroendo de prazer, quero ouvir gritos e gemidos, nosso dia chegou. O decreto já saiu e está se espalhando rapidamente e todos quanto não estiverem conosco não escaparam. Certo de que teremos gozo eterno. Naquele momento entrou DJA e foi em busca da mais jovem moça na reunião e em caricias e beijos, iniciou o que mais eles sabiam fazer, dar prazer ao seu corpo. Cultuando seus membros e com caricias simultâneas começaram a gemer de prazer, deixando DJA excitado, jogando a jovem em uma mesa previamente preparada para ele e começou a sugar sua vagina como um endemoniado.

De joelhos estava sua companheira, todo latejante e escorrendo desejos. Olhou para ele e sorrindo colocou-o na boca e num movimento de vai e vem, dava prazer ao seu companheiro. A menina ela levada a conhecer os prazeres de um sexo grupal onde ela podia olhar outros casais se inflamar em desejos libidinosos fazendo-a conhecer os prazeres da carne. Dja deixou de lado sua 169


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companheira e introduziu todo o seu membro imenso dentro da menina já toda umedecida de vontade, naquele momento, já não era mais virgem. Gritou! Venceu todos os medos e receio da dor e do prazer oculto. Entro em orgasmo como nunca imaginaria. DJA, no momento de finalizar dentro da jovem, tirou seu enorme mastro e colocou na mão da menina pedindo para que ela masturbasse-o, olhando para seus olhos e em suspiros desordenados gozou. Espirrou longe uma quantidade imensa de creme orgástico, lambuzando todo o colo e o rosto da jovem. Acariciado por três mulheres, gritou em felicidade e descansou nos braços da menina toda molhada do prazer de seu Mestre.

Na busca da verdade, Liza, Isis e o padre Mancini, estavam no caminho de Bruska com Gesplan.

- Nunca vi nada parecido em minha vida Gesplan. - A senhora ainda verá muitas coisas lindas. Estamos no caminho de encontrar o Anel Sagrado. Segundo pesquisadores do povoado, não os cientistas e arqueólogos. Bruska é o caminho final da história de Asir. Dizem que ele colocou num vaso de cobre e ouro seus pertences antes de morrer e ali depositou o Anel Sagrado. - Se estamos seguindo para Bruska provavelmente estaremos bem pertinho do que buscamos. Mas porque ninguém encontrou ainda esse anel ou os pertences desse escravo. - Veja bem, não são todos que sabem desse caminho. Ninguém até hoje se atreveu como nós enfrentar esse local sagrado. Não porque haja monstros ou qualquer tipo de bruxas malignas. Ninguém acreditava que por ali viajou Asir. Toda a ciência explicará que esse povo, não conseguiu subxistir a Pedra Tall. Porem nosso povo de Avalon sabe que, por aqui vieram os Mamellus e com seu rei adoentado e fraco, chegaram com Asir nesse local para encontrar As Bruxas Do Rio Avalon, que supostamente estariam escondidas aqui. - Gesplan. Então temos grandes possibilidades de encontrar esse tal anel? - Não só possibilidade como uma forte convicção de que ainda encontraremos mais... - Mais? Perguntou Isis. - Sim, a história! - Tem razão Gesplan. Estou confiante. Respondeu Liza.

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Seguiram o caminho de Bruska. Num dado momento, cansados, resolveram parar, ainda não havia se mostrado o por-do-sol, queria acampar antes de escurecer. Perto de uma pedra chamada pedra da lua montou, suas barracas.

- O lugar aqui é mais estranho Gesplan. To sentindo um arrepio. - Isso é cisma Isis. - Cisma? Liza? Eu sei o que to sentindo. - Minhas filhas, vamos comer algo? - Sim, padre. Deixa. Eu arrumo. Geplan o que aconteceu por aqui. - Na verdade, eu nunca andei por esses lados. Apenas ouvi sobre as histórias do meu povo. Minha vão e principalmente meu tio, em contava coisas incríveis que ocorriam aqui. - É? - Isis. Pare com isso. - Parar com o que, quero saber ora. - Aqui, as bruxas de Avalon vivam escondidas. Poucas vezes eram vistas. Esta vendo aqui? Olhe. - Sim, estamos olhando. - Isso são Brumas. Elas tinham uma substancia especial que as bruxas usavam para se defender dos agressores. Muitos reis e comandantes tinham medo de subir atrás delas, porque os poucos que vieram não resistiram e morreram. - Mas o que as Brumas têm a ver com isso? - Dizem que a substancia usada pelas bruxas, era como um veneno que matava todos seus agressores. - Mas, por quê? Hoje as Brumas não têm mais venenos? - Não sabemos. Cientistas tentarão descobrir. Investiram muito dinheiro e chegaram à conclusão de que, não existe veneno nas Brumas. - Como a ilha é coberta delas. E aqui no topo também. - Exatamente Isis. Aqui, ninguém passava. Elas não eram más, e tinham medo por causa da inquisição. Muitas foram pegas e mortas de forma cruel. Então ficaram por aqui cuidando uma das outras. E acreditamos que o que restou do

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povo de Mamellus chegou aqui e foram cuidados por elas. E entende-se que, os pertences foram doados para as bruxas. - Não falei que tinha algo aqui. Liza. To sentindo uma coisa estranha. - Isis. - Oi padre. - É claro que a gente acaba sentindo a intervenção, porque estamos prédispostos. Entende? - Entendo. Padre. Mas que estou sentindo eu estou.

Acampados no local. Um lugar próximo a uma pedra linda, chamada pedra da lua. Existe um pequeno lago coberto de brumas por todo os lados e a lua reflete sua claridade nessa pedra quando bate na água do lago. Naquela noite isso acontecia. Dentro das barracas, não assistiam esse momento que poucos tiveram a honra de ver. Sons da natureza, a lua brilhante num local onde, muita coisa foi deixada sem que ninguém descobrisse. De repente na madrugada, por volta das três da manhã um barulho faz com que o padre Mancini acorde. - Quem está ai? Alo! Tem alguém ai? Levantou-se e saiu em busca de algo inimaginável. - Quem é você? - Acho que não importa muito quem sou eu padre. Imaginava que um dia encontraria um de vocês frente a frente. - Como assim? - Assim, senhor padre. Assim, da forma que um dia, muitos de vocês saíram a caça de muitos inocentes em todo o mundo. Hoje tenho um de vocês ao meu lado.

- Não sei quem é você. E nem o que esta acontecendo. Como a senhora conseguiu subir tudo isso aqui? - Subir? Senhora? Você pode imaginar que um dia fui jovem como suas amigas e que eu possa ter subido para aqui há muito anos?

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- Você! Você! Não é... - O que senhor padre. Sou o que? - Uma das bruxas? - Porque senhor padre. Vai me enviar para a fogueira santa? - Não brinque com isso senhora. - Não estou brincando. - Não existe mais isso, senhora. Isso aconteceu há muitos anos - Acorde seus amigos. Quero falar com todos. - Um momento. Senhora. Todos ficaram assustados, ninguém esperava encontrar alguém numa região tão isolada. Mas lá estava ela, uma bruxa? Quem sabe. Uma mistura de medo e de alegria de sonhar que aparecerá alguém que podia ajudar de alguma forma. - Mas, como agem os anjos, senhora. - O Anjo contrário que atua dentro de nós, é mil vezes mais perigoso do que qualquer ser vivo. Um ser vivo pode tentar nos matar, no entanto, nosso gênio contrário irá tentar de todas as maneiras de corromper a nossa alma. O gênio contrário não gosta de ambientes perfumados, por isso que devemos sempre usar os incensos. E também onde houver bebês até setes meses, faz com que eles percam as suas forças. - Jura? - Eu não juro. Sabe como perceber a presença de um Anjo contrário? É quando você escuta uma pessoa falar: "Eu quero parar de fazer tal coisa... mas não consigo! É mais forte do que eu..." Ou quando você percebe que o "seu santo não bate" com o de outra pessoa. Quando isso acontecer, irradie uma luz rosa, saindo do seu corpo, indo em direção a outra pessoa, para neutralizar a influência negativa.

- Poxa! Padre. O gênio contrário representa a ilusão, o egoísmo, o sexo depravado, os vícios, as dependências. Mas aí, perguntamos: se temos nosso Anjo sempre perto de nós, como os Anjos contrários se aproximam?

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- O senhor não acredita não é padre? Simples é no momento em que abrimos nossa guarda e damos vazão a pensamentos negativos. Quando caímos em depressão, sentimos inveja. Isso faz com que o nosso Anjo fique "triste" e se afaste. Ele não pode ficar perto desta energia ruim que neste momento estamos emanando. É o momento propício para a aproximação do Anjo contrário. E ele irá fazer de tudo para que você se mantenha neste estado, para que ele seja seu dominador. Por isso, é muito importante que você perceba a sua presença. Por que assim você conseguirá afastá-lo, mantendo sua energia sempre ativa, buscando seu Anjo, cuidando para que ele nunca se afaste de você. - A senhora é bem legal. Simples e querida. - Como mensageiros, os anjos são capazes de encaminhar nossos pedidos e desejos e não há mal nenhum em pedir-lhe o que quer que seja, pois sempre encaminharão nossas metas em favor do bem comum. No início, até estar "treinado" nesse tipo de procedimento, você pode escrever num papel o seu desejo em forma de carta ou bilhete (isso funciona, inclusive, como detonador de um processo criativo do seu próprio inconsciente, pois, ao verbalizar ou escrever, você elucida seus objetivos, tornando-os claros e compreensíveis também para sua porção racional. Você pode pedir dinheiro ou status diariamente porque todo mundo pede; mas, quando coloca isso no papel, pode perceber que tal idéia não faz sentido para você neste momento...). Estabeleça uma "caixa postal": um cristal, uma imagem, livro, lugar de sua preferência. - Um anel também? - Isis? - Como assim, anel? - Não é nada senhora. - Padre. Não nasci ontem. Sei o que vocês querem. - Sabe? Perguntou Liza. - Sim, eu sei. - Por isso ela esta nos falando a respeito dos anjos senhora Liza. - Gesplan. Você sabe de alguma coisa?

- Sei o mesmo que vocês.

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- Os Arcanjos levam nas mãos uma espada e um escudo. São os lideres entre os Anjos. Deus confia a essas criaturas celestiais, missões extraordinárias e revelações acima da compreensão humana. Deus enviou o Arcanjo Gabriel para dar a notícia à Maria de que ela seria mãe de Cristo. As pessoas abençoadas pelos Arcanjos são religiosas de caráter impecável. O Príncipe desta categoria chama-se príncipe Mikael, seu nome é um grito de batalha, invocado para coragem, defesa forte e proteção divina. Todo primeiro domingo de cada mês, às 10 horas, o Arcanjo Mikael, está mais próximo da Terra. ANJOS • Não existe uma representação especial, tomam a forma com que você os imagina. Encarregados de orientar e influenciar os homens no caminho da vida. São seres de luz, responsáveis pelo desenvolvimento espiritual dos humanos. Não ocupam atribuições ou postos especiais no exercício celestial. As pessoas sob o domínio dos Anjos gostam de liberdade, não tem apego ao dinheiro, são bem-humoradas e inteligentes. O Príncipe desta categoria chama-se príncipe Gabriel, é o Anjo da esperança.

- Isso mesmo padre. Tem razão, o senhor acredita então. - Sem duvida alguma senhora. - Senhora. Chamo-me Isis e tenho encontrado... - Muitas verdades não são mesmo. Está confusa. - Como sabe? Você é uma bruxa? - O Mundo Angelical possui 72 guardiões divididos em nove Hierarquias, onde cada hierarquia tem seu príncipe. Veja abaixo, os nomes das hierarquias e como são representados seus Anjos nos quadros ou em qualquer manifestação angelical Serafins são representados normalmente com seis asas e rodeados de fogo. A categoria angelical mais próxima de Deus. Apesar de Anjo não ter sexo nem idade, os SERAFINS, são considerados os mais velhos de todos os Anjos. São entidades superiores que conhecem a infinita bondade. Seus deveres são velar, adorar e louvar à Santíssima Trindade, assim como propagar o Princípio da Vida Universal e manifestar a gloria de Deus. Possuem poderes de purificação e iluminação. O Príncipe desta categoria chama-se príncipe METATRON ele governa todas as forças da criação em beneficio dos habitantes da Terra. Reúne nas mãos o esplendor das sete estrelas.

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QUERUBINS • Sua representação é de uma criança gordinha, bochechuda, com jeito de garoto moleque e travesso. Recebem os raios da Divina Sabedoria de Deus e são responsáveis pela ordenação do caos universal. Oferecem aos homens o conhecimento e as idéias. Acredita-se que o trono do Papa é guardado por 4 Querubins.

- O papa o senhor ainda fala do papa, senhor padre. - É a minha instituição senhora. O que aconteceu foi comandado por outros papas e não pelo atual vaticano. - Mas tudo vai voltar novamente senhor. Vocês irão perseguir a todos e matar, jogar nas prisões. - Como se atreve. - Viver e verá. - O Príncipe desta categoria chama-se príncipe Raziel, que é o Anjo dos mistérios, o príncipe do conhecimento e guardião da originalidade. Sigam-me. Seguiu aquela senhora de vestes escuras, chapéu encobrindo a testa. Vestido longo e velho, um pano jogado em suas costas e, um livro em suas mãos. Chinelo feito de folhas e madeira, seu corpo revestido de muitas brumas secas. - Aqui está. - O que é isso senhora. - Nesse papiro vocês encontraram o caminho para o que procuram. Vocês não imaginam como andam as coisas no lugar de onde vieram. - O que esta ocorrendo? - Vocês saberão em breve. Sigam as instruções desse papel e acharam o que buscam. Não posso fazer nada, a não ser ajudá-los. Ordens. - Ordens. Senhora? - Sim, meus caros. Ordens. - De quem?

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Naquele momento ela foi se afastando de todos que por sua vez ficaram olhando atônicos sem falarem nada. Foi caminhando de costa até sumir da visão deles. Ficaram se olhando e com o papel na mão voltaram para o acampamento. Aprendei, então, quem são os companheiros de Cadmo e qual a serpente que os devorou, e qual é o carvalho oco onde Cadmo pregou a serpente. Sabeis quais são as pombas de Diana, vitoriosa do Leão, domesticando-o, este Leão verde, digo-o, que é verdadeiramente o Dragão Babilônio, a tudo destruindo por seu veneno. Enfim, sabei o que é o caduceu de Mercúrio, com a qual ele opera maravilhas, e quais são estas Ninfas que ele instruiu com seus encantamentos. “Apreendei tudo isso, se quereis atingir o objetivo de vossos desejos”.

- Mais isso é alquimia? - Isso mesmo Isis. Não sei por que ela nos trouxa isso. - calma, vamos continuar a ler. - “Alguns ignorantes, que brincam de químicos, imaginam que a obra inteira, do começo ao fim, é apenas pura recreação, onde só se encontra o deleite, e decretam que a dificuldade está fora deste lavor; que gozem desta opinião, tranqüilamente; na obra que estimam ser tão fácil, só recolhem ventos, graças as suas operações ociosas. Quanto a mim, sei por experiência própria que, uma vez adquirida à benção divina e um bom começo, só se pode Ter sucesso com muito penar, engenhosidade e assiduidade. E, certamente, não há trabalho tão fácil que se possa considerar que seja divertimento ou adivinhas, e que leve ao objetivo tão procurado. Ao contrario, como diz Hermes, não se deve poupar nenhum esforço, quer intelectual, quer físico. Senão, o que predisse o Sábio em suas parábolas, verificar-se-a: o desejo do preguiçoso falo-á perecer. Também não se deve surpreender que tantas pessoas se intrometem com a alquimia tenham-se reduzido à indigência, pois que fogem do trabalho, sem recear as despesas. Nosso Mercúrio é essa serpente que devorou os companheiros de Cadmo, o que nada tem de surpreendente, pois que anteriormente devorou o próprio Cadmo, se bem que mais forte que eles. Ao fim, porem, Cadmo a trespassará desde que pela força de seu sopro saiba coagulá-la. Saberei pois que nosso Mercúrio comanda todos os corpos metálicos e pode resolvê-los em sua mais próxima matéria mercurial separando seus enxofres; e sabe que o Mercúrio de uma, duas ou três águias comanda Saturno, Júpiter e Vênus; de três a sete águias, comanda a Lua; enfim, comanda o Sol, quando se tem de sete a dez. Concluo dizendo que esse Mercúrio é mais próximo do primeiro ente metálico do que qualquer outro

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Mercúrio; por isso penetra radicalmente os Corpos Metálicos e manifesta suas profundezas secretas”.

Deve ter acontecido há séculos atrás, muito antes dos rituais verbais terem sido adaptados pela Arte." A morte e o renascimento com todos os seus terrores e promessas, dificilmente poderia ser muito dramatizado; e temos a sensação que a recordação de Patricia era genuína. Ela obviamente é uma bruxa nata de há muito tempo atrás. Mas vamos retornar ao Ritual Gardneriano. A prática Alexandrina era segurar os ombros do iniciado à sua frente, beijá-lo e então puxá-lo para dentro do Círculo, rodando-o em sentido dócil. Esta foi a forma como fomos os dois Iniciados e não nos sentimos pior por isso. As jóias são para a mulher fazer o papel de Deusa; assim, se o ritual for de "Véu do Céu" estas devem obviamente ser coisas como pulseiras, anéis e brincos, e não alfinetes de peito! A coroa é para o homem que representa o papel de Deus do Submundo e pode ser tão simples como um círculo de arame se nada melhor estiver disponível.

- Gesplan? Você é um bruxo? - O que está acontecendo Gesplan? - Padre. Vocês não entenderiam. - Sim, entenderemos se nos explicar. - Assim como Samhain é um dos sabás mais sagrados. É o tempo de fertilidade, a Deusa e o Deus se unem para fazer amor. O Deus neste sabá já é um homem.Neste dias as bruxas dançam alegremente entrelançando as fitas de maypole (mastro erguido com fitas coloridas na ponta). Tradicionalmente neste dia pulamos a fogueira; para as mulheres isso lhe assegura um bom parto, antigamente as vacas eram levadas para passar por cima das cinzas que sobravam dessa fogueira, esta tradição era realizada para a vinda de um período de muito leite.

Também são queimados troncos para simbolizar o fortalecimento do Sol. O altar é decorado com uma grande variedade de flores e no caldeirão é colocada água e flores. É poça apropriada para realizar feitiços de fertilidade e amor. A Deusa é honrada em seu aspecto de Noiva e o Deus como o Senhor dos Bosques.

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- E o que isso tem haver com a gente. - Vocês não querem saber do Anel Sagrado? - Sim, não por isso devemos nos tornar bruxos. E você não respondeu? - Se eu sou bruxo? - Todos nós somos bruxos. Senhoras. - Gesplan, não é isso que estamos querendo saber. - Sigam-me senhores. Seu manto deveria fundir com a escuridão a sua volta. Venha aos Não-Mortos como verdadeiros feiticeiros e verdadeiras bruxas. Muitos se amortalharão em capas pretas e batas enquanto outros amortalharão seus corpos somente com a escuridão da própria noite. Em todo caso não use roupas que distraiam sua mente, pelo contrário; o objetivo dela e aumentar seu propósito. Jóias são uma opção de roupa, mas se você for usá-las não é do uso de sacerdócio nenhum ferro, as qualidades do ferro podem ofender os Deuses Não-Mortos. O uso do Crânio Alado de em um anel ou medalhão agrada os Não-Mortos e aumenta o poder do ritual.

Porém, cuidado deve ser tomado para que as palavras do celebrante não sejam dominadas por outros sons. Um sino ou gongo de som penetrante também se faz necessário. - O que é isso? - Aqui vai acontecer o que buscam. - Liza. Estou ficando com medo. - Eu acho que também estou senhor Gesplan. - Padre? - Minhas filhas, vamos esperar e ver o que vai acontecer. Não temos outra saída. - O local do ritual mágico pode ser em lugar fechado ou ao ar livre, mas deve estar protegido da interferência do profano fedor mortal. Feche as portas ou ponha postos de guardas. Tenha todas as ferramentas cerimoniais preparadas e posicionadas de antemão. Ao entrar no local de trabalho mágico permita-se separar do mundo profano e da vida cotidiana. O ato físico da ida para a câmara aumenta a decisão mental e emocional para entrar em Comunhão bruxistica. É melhor poder usar a câmara mágica para este propósito, com este 179


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ato adicional sua mente acumula mais poder para a comunhão. Novamente, você não entra simplesmente fisicamente na câmara, mas também com a mente livre de descrenças. Aqui você escolhe acreditar completamente e aceitar as realidades da magia e dos Deuses Não-mortos que você chamará. Aqui você deixa para trás seu ceticismo e se abre completamente à celebração de que você é: um bruxo Vivo, Mestre dos mundos visíveis e invisíveis, mágico adorador supremo dedicado e criado desses que foram como você, mas que já largaram seus corpos físicos! Seu astral tem que penetrar no astral do humano para habilitar a absorção da força vital. Quanto mais o seu corpo astral entrar no corpo astral do humano, mais rapidamente e "profundamente" a energia pode fluir. Ver com olhos astrais é clarividência, divinação. Sentir com toque astral é psicometria, o sexto sentido. Ouvir com ouvidos astrais é clairiaudiência. Mover o físico no astral é telepresença. Falar com a voz astral é telepatia e dominação mental.

- Muito bem senhor Gesplan. Vamos embora daqui. - Um momento, por favor. Senhora. Não fique com medo. Aqui ira encontrar o que buscamos? - Buscamos? Como assim? - O desenvolvimento da visão espiritual requer a construção paciente de alguns novos "órgãos" de energia, dentre os quais o terceiro olho é um membro essencial. Estas novas estruturas; não são físicas, não obstante elas são muito reais e tangíveis. Uma vez completamente desenvolvidas, as percepções que passam por elas aparecem mais claras, mais afiadas e mais significativas que aquelas vindas das sensações físicas. Várias técnicas serão descritas visando uma cultivação metódica desta nova forma de percepção.

- Você está louco. - Padre, quero ir embora daqui.; Olha que lugar diabólico. - Senhora Liza. Desenvolver o terceiro olho é um modo direto de ampliar seu universo consciente e descobrir seus valores essenciais, de forma que você pode sondar seu próprio mistério. Além disso, é simples Simples não significa, necessariamente, fácil; mas este trabalho não requer teorias complicadas ou longas discussões. Sua direção é essencialmente experimental, pois o objetivo é, claramente, ser mais. E ser é a coisa mais simples no mundo. A preocupação constante ao escrever este manual foi relacionar teoria com prática e dar técnicas e meios que permitissem o auto-conhecimento

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- Eu não quero nem primeiro nem segundo quanto mais terceiro olho. Se vocês não forem embora, eu vou. - Gesplan. O que está acontecendo é que elas querem saber do porque de tudo isso? O que você, ou o que você pretende. Gostamos de você, confiamos em você e agora você nos coloca nessa posição no mínimo estranha? - Tal visão sugere um modo muito interessante de olhar a relação entre energia sexual e espiritualidade, e a sexualidade em geral. Por exemplo, apresenta o instinto sexual como uma busca pela "metade perdida". E ao mesmo tempo sugere que a metade perdida, em última instância, não será encontrada fora, em uma união com outro ser, mas em uma completa comunhão com o próprio Espírito. Também sugere que a energia sexual e a energia que nos permite conectar com o Espírito são, fundamentalmente, da mesma natureza, e que o último não é senão uma refinada e redirecionada forma do primeiro. Esta concepção se ajusta bem aos sistemas taoístas de alquimia interna, onde o trabalho é refinar e transmutar a energia sexual para gerar o embrião da imortalidade, o corpo sutil no qual a abundância do Ego mais Elevado pode ser sentida permanentemente.

- Sociedade. Liza. Ele faz parte da sociedade. - Isis. Padre. Vamos embora daqui? - Não vocês não podem sair daqui. - Por que. Gesplan. Vai nos matar? - Precisamos do papiro. - Quem? Precisamos do papiro, me conta. Não acredito! - Padre. Como somos ingênuos. Pensávamos que eles tinham nos deixados em paz. - Isis. Você tinha razão, nunca me deixaria, nunca... - Senhores. Ninguém quer aqui, machucar ninguém. A única coisa que nos interessa é a ultima mensagens. Porque essa mensagem é da Sociedade e de mais ninguém. - Você deve estar louco como eles. - Não fale assim senhora Liza. A senhora não foi louca esses anos todos, foi? - Esse jeitinho sedutor, amigo e ingênuo. Não podia ser de verdade mesmo Liza. 181


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- Me escutem. - Sim padre. - Gesplan. O que podemos fazer para solucionar isso tudo. Já que não quer prejudicar ninguém e só quer os papiros. Vamos então, encontrá-lo em conjunto e depois nos deixa em paz. - Padre. Não podemos ser mais ingênuos, eles não vão nos deixar sair daqui vivos. - Prometo padre. Gosto de vocês e, quando acharmos o que buscamos, vou embora e não digo sobre vocês a ninguém. - Seu canalha. - Isis! Pare. - Pare com o que padre. O senhor ainda vai a creditar nesse mentiroso? - Liza. O que podemos fazer. Nesse lugar, fora da realidade do planeta. - Isso o senhor tem razão padre. Vocês não podem fazer nada a não ser me ajudar a encontrar o que queremos. Prometo deixá-los ir. Por ali mesmo fizeram seu acampamento. Estavam todos cansados. O ritual não havia começado e a busca deixou de ser prazerosa. Liza e seus companheiros ficaram atônitos. Dormiram, entrou a madrugada. Na manhã seguinte às seis horas da manhã, algo surpreendente aconteceu. - Bom dia padre? - Bom dia Liza. Conseguiu dormir bem? - Padre. Uma coisa estranha, eu estava totalmente sem sono de repente desmaiei. - O mesmo ocorreu comigo. - Parece até que fizeram algo com a gente. Onde esta Isis? - Não a vi. Deve ter saído para conhecer o local. - Não padre. Ela não faria isso sozinha, eu a conheço bem. - ISIS! Isis. Saíram atrás da Isis e não conseguiram encontrá-la. - Vocês estão atrás da Isis senhores. - Gesplan? Onde esta a minha amiga. 182


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- Calma. Ela esta bem, apenas uma forma de vocês não fugirem. E por algum motivo não cumprirem o combinado. - O único aqui que não cumpre algo é você seu... - Calma minha filha. Como ela está Gesplan. - Vocês pensam que eu estou feliz com tudo isso. Não, não estou. Recebo ordens e tenho de cumpri-las. - Não chore Liza. - Vamos em frente. Temos que acabar com isso o mais rápido possível.

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Capitulo 22

Agora em todo o mundo a situação não era mais normal. Havia um decreto instituindo. Um dia especial de guarda religiosa e todos aqueles que não observassem esse dia, não podia comprar nem vender. Não podiam casar nem se dar em casamento, nem ir e vir. A população estava entrando em desespero. As coisas se generalizavam em todo planeta. Fora instituída a pena de morte. Um lavrador íntegro e de sentimentos honestos, que havia sido levado a duvidar da autoridade divina das Escrituras e que, no entanto desejava sinceramente conhecer a verdade, foi o homem especialmente escolhido por Deus para iniciar a proclamação da segunda vinda de Cristo. Como outros muitos reformadores, Guilherme Miller lutou no princípio de sua vida com a pobreza, aprendendo assim as grandes lições de energia e renúncia. Os membros da família de que proveio caracterizavam-se por um espírito independente e amante da liberdade, pela capacidade de resistência e ardente patriotismo, traços que também eram preeminentes em seu caráter. Seu pai fora capitão no exército da Revolução, e, aos sacrifícios que fizera nas lutas e sofrimentos daquele tempestuoso período, podem-se atribuir as circunstâncias embaraçosas dos primeiros anos da vida de Miller. Possuía-o robusta constituição física, e já na meninice dera provas de força intelectual superior à comum. Com o passar dos anos tornou-se isto ainda mais notório. Seu espírito era ativo e bem desenvolvido, e ardente sua sede de saber. Conquanto não recebesse as vantagens de uma educação superior, seu amor ao estudo e o hábito de pensar cuidadosamente, bem como a aguda perspicácia, tornaram-no um homem de perfeito discernimento e largueza de vistas. Era dotado de irrepreensível caráter moral e nome invejável, sendo geralmente estimado por sua integridade, equilíbrio e benevolência. À custa de energia e aplicação, adquiriu o necessário para viver, conservando, no entanto, seus hábitos de estudo. Ocupou com distinção vários cargos civis e militares, e as portas da riqueza e honras pareciam-lhe abertas de par em par. Sua mãe era mulher verdadeiramente piedosa, e na infância estivera ele sujeito às impressões religiosas. No entanto, ao atingir o limiar da idade adulta, foi levado a associar-se com deístas, cuja influência foi tanto mais acentuada pelo fato de serem na maioria bons cidadãos, e homens de disposições humanitárias e benevolentes. Vivendo no meio de instituições cristãs, seu caráter tinha sido até certo ponto moldado pelo ambiente. As boas qualidades que lhes conquistaram respeito e confiança, deviam-nas à Bíblia, e, contudo, esses dons apreciáveis se haviam pervertido a ponto de exercer influência contra a Palavra de Deus. Pela associação com esses homens, Miller foi levado a adotar seus sentimentos. As interpretações corretas das Escrituras apresentavam dificuldades que lhe pareciam insuperáveis; todavia, sua nova 184


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crença, conquanto pusesse de lado a Escritura Sagrada, nada oferecia de melhor para substituí-la, e longe estava ele de sentir-se satisfeito. Continuou, entretanto, a manter estas opiniões durante mais ou menos doze anos. Mas com a idade de trinta e quatro anos, o Espírito Santo impressionou-lhe o coração com a intuição de seu estado pecaminoso. Não encontrou em sua crença anterior certeza alguma de felicidade além-túmulo. O futuro era negro e tétrico. ... Nesse estado continuou durante alguns meses. "Subitamente", diz ele, "gravou-se-me ao vivo no espírito o caráter de um Salvador. Pareceu-me que bem poderia existir um Ser tão bom e compassivo que por nossas transgressões fizesse expiação, livrando-nos, assim, de sofrer a pena do pecado. Compreendi desde logo quão amável esse Ente deveria ser, e imaginei poder lançar-me aos Seus braços, confiante em Sua misericórdia. Mas surgiu a questão: Como se pode provar a existência desse Ser? Além da Bíblia, achei que não poderia obter prova da existência de semelhante Salvador, nem sequer de uma existência futura. ... ”Vi que a Escritura Sagrada apresentava precisamente um Salvador como o que necessitava; e fiquei perplexo por ver”. Com intenso interesse estudou os livros de Daniel e Apocalipse, empregando os mesmos princípios de interpretação que para as demais partes das Escrituras; e descobriu, para sua grande alegria, que os símbolos proféticos podiam ser compreendidos. Viu que as profecias já cumpridas tiveram cumprimento literal; que todas as várias figuras, metáforas, parábolas, símiles, etc., ou eram explicados em seu contexto, ou os termos em que eram expressos se achavam entendidos literalmente. "Fiquei assim convencido", diz ele, "de ser a Escritura Sagrada um conjunto de verdades reveladas, tão clara e simplesmente apresentadas que o viajante, ainda que seja um louco, não precisa errar." Bliss. Elo após elo da cadeia da verdade recompensava seus esforços, enquanto passo a passo divisava as grandes linhas proféticas. Anjos celestiais estavam a guiar-lhe o espírito e a abrir as Escrituras à sua compreensão. Tomando a maneira por que as profecias se tinham cumprido no passado como critério pelo qual julgar do cumprimento das que ainda estavam no futuro, chegou à conclusão de que o conceito popular acerca do reino espiritual de Cristo - o milênio temporal antes do fim do mundo - não é apoiado pela Palavra de Deus. Essa doutrina, falando em mil anos de justiça e paz antes da vinda pessoal do Senhor, afasta para longe os terrores do dia de Deus. Mas, por agradável que seja, é contrária aos ensinos de Cristo e Seus apóstolos, que declaravam que o trigo e o joio devem crescer juntos até à ceifa, o fim do mundo (Mat. 13:30, 38-41); "mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior"; que "nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis" (II Tim. 3:13 e 1); e que o reino das trevas continuará até o advento do Senhor, sendo consumido pelo espírito de Sua boca e destruído com o resplendor de Sua vinda.

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A obra de Deus na Terra apresenta, século após século, uma surpreendente semelhança, em todas as grandes reformas ou movimentos religiosos. Os princípios envolvidos no trato de Deus com os homens são sempre os mesmos. Os movimentos importantes do presente têm seu paralelo nos do passado, e a experiência da igreja nos séculos antigos encerra lições de grande valor para o nosso tempo. Nenhuma verdade é mais claramente ensinada na Escritura do que aquela segundo a qual Deus, pelo Seu Espírito Santo, dirige de maneira especial Seus servos sobre a Terra, nos grandes movimentos que têm por objetivo promover a obra da salvação. Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para habilitá-lo a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer. Nenhum homem, porém, ainda que honrado pelo Céu, já chegou a compreender completamente o grande plano da redenção, ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o seu próprio tempo. Os homens não compreendem plenamente o que Deus deseja cumprir pela missão que lhes confia: não abrange, em todos os aspectos, a mensagem que proclamam em Seu nome. .. Mesmo os profetas que eram favorecidos com iluminação especial do Espírito, não compreendiam plenamente a significação das revelações a eles confiadas. O sentido deveria ser desvendado de século em século, à medida que o povo de Deus necessitasse das instruções nelas contidas. ... Entretanto, ao mesmo tempo em que não era dado aos profetas compreender completamente as coisas que lhes eram reveladas, buscavam fervorosamente obter toda a luz que Deus fora servido tornar manifesta. "Inquiriram e trataram diligentemente", "indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava." Que lição para o povo de Deus na era cristã, para o benefício do qual foram dadas aos Seus servos estas profecias! "Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam." Considerai como os santos homens de Deus "inquiriram e trataram diligentemente", com respeito a revelações que lhes foram dadas para as gerações ainda não nascidas. Comparai seu santo zelo com a descuidada indiferença com que os favorecidos dos últimos séculos tratam este dom do Céu. Que reprovação àquela indiferença comodista e mundana, que se contenta em declarar que as profecias não podem ser compreendidas! Recebendo a maldição de Deus, Caim se retirou da casa do pai. Escolheu a princípio para si a ocupação de cultivador do solo, e então fundou uma cidade, chamando-a pelo nome de seu filho mais velho. (Gên. 4:17.) Saíra da presença do Senhor, rejeitara a promessa do Éden restaurado, a fim de buscar suas posses e gozos na Terra sob a maldição do pecado, ficando assim à frente daquela grande classe de homens que adoram o deus deste mundo. Durante algum tempo os descendentes de Noé continuaram a habitar entre as 186


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montanhas onde a arca repousara. Aumentando o seu número, a apostasia logo determinou a divisão. Aqueles que desejavam esquecer-se de seu Criador, e lançar de si as restrições de Sua lei, sentiam um incômodo constante pelo ensino e exemplos de seus companheiros tementes a Deus; e depois de algum tempo resolveram separar-se dos adoradores de Deus. Em seguida, viajaram para a planície de Sinear, nas margens do rio Eufrates. A sucessão de prazeres e divertimentos centraliza-se nas cidades. Muitos pais que escolhem um lar na cidade para os filhos, pensando dar-lhes maiores vantagens, são desapontados, mas demasiado tarde se arrependem de seu terrível erro. As cidades de nosso tempo tornam-se depressa como Sodoma e Gomorra. Os muitos feriados animam à ociosidade. Os divertimentos - o teatro, corridas de cavalo, jogos, as bebidas alcoólicas, banquetes e orgias - estimulam ao extremo todas as paixões. As cidades se encheram de confusão, violência e crime, e que estas coisas aumentaram até ao fim da história da Terra. Em todo o mundo as cidades se estão tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Terríveis abalos sobrevirão a Terra, e os suntuosos palácios erigidos à custa de enormes despesas certamente se transformarão em montões de ruínas. Quando é retirada a mão de Deus que restringe, o destruidor começa sua obra. Então ocorrerão as maiores calamidades em nossas cidades. O fim está perto, e cada cidade será transtornada de todos os modos. Haverá confusão em todas as cidades. Tudo que puder ser abalado há de ser abalado, e não sabemos o que virá em seguida. Os juízos serão de acordo com a iniqüidade das pessoas e a luz da verdade que elas tiveram. Quem dera que o povo de Deus tivesse uma idéia da impendente destruição de milhares de cidades, agora quase dominadas pela idolatria! Vi as mais dispendiosas estruturas de edifícios erigidos e que se acreditava serem à prova de fogo. E assim como Sodoma pereceu nas chamas da vingança de Deus, essas suntuosas construções também se transformarão em cinzas. ... Os lisonjeiros monumentos da grandeza de homens serão reduzidos a pó, mesmo antes que sobrevenha ao mundo a última grande destruição. Deus está retirando Seu Espírito das ímpias cidades, as quais se tornaram como as cidades do mundo antediluviano e como Sodoma e Gomorra. ... Suntuosas mansões, maravilhas da habilidade arquitetônica, serão destruídas num momento para outro, quando o Senhor notar que os proprietários excederam os limites do perdão.

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A destruição, pelas chamas, de majestosos edifícios que se presumia serem à prova de fogo, é uma ilustração de como em pouco tempo a arquitetura da Terra jazerá em ruínas. Os homens continuarão a erigir edifícios dispendiosos, que custem milhões de dólares. Será dada especial atenção à sua beleza arquitetônica e à firmeza e solidez com que são construídos, mas o Senhor me informou que, não obstante a extraordinária firmeza e o dispendioso aparato, esses edifícios terão o mesmo fim que o templo de Jerusalém. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de pez. O profeta viu "quatro anjos em pé nos quatro cantos da Terra, conservando seguros os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma". Outro anjo, "que subia do nascente do Sol", gritou para eles, dizendo: "Não danifiqueis nem a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos em suas frontes os servos do nosso Deus." Isto aponta para a obra que temos de fazer agora: clamar a Deus para que os anjos segurem os quatro ventos até que sejam enviados missionários a todas as partes do mundo e tenham proclamado a advertência. Alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. É então, na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o livramento de Seus escolhidos. Diz o Senhor: “Um cântico haverá entre vós, como na noite em que se celebra uma festa; e alegria de coração, como daquele que sai tocando pífano, para vir ao monte do Senhor, à Rocha de Israel.”. E o Senhor fará ouvir a glória da Sua voz, e fará ver o abaixamento do Seu braço, com indignação de ira, e a labareda do Seu fogo consumidor, e raios e dilúvio e pedras de saraiva, Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando finalmente se encontram impenitentes. Terminou a longanimidade de Deus: O mundo rejeitou a Sua misericórdia, desprezou-Lhe o amor, pisando Sua lei. Os ímpios passaram os limites de seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistentemente resistido, foi, por fim, retirado. Desabrigados da graça divina, não têm proteção contra o maligno. Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade. Um único anjo destruiu todos os primogênitos dos egípcios, enchendo a Terra de pranto. Quando Davi ofendeu a Deus, por contar o povo, um anjo fez aquela terrível destruição pela qual seu pecado foi punido. O mesmo poder destruidor exercido pelos santos anjos quando Deus ordena, será exercido pelos maus quando Ele o permitir. Há agora forças preparadas, e que

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aguardam apenas o consentimento divino para espalharem a desolação por toda parte.

Os que honram a lei de Deus têm sido acusados de acarretar juízos sobre o mundo, e serão considerados como a causa das terríveis convulsões da Natureza, da contenda e carnificina entre os homens, coisas que estão enchendo a Terra de pavor. O poder que acompanha a última advertência enraiveceu os ímpios; sua cólera acende-se contra todos os que receberam a mensagem. Quando a presença de Deus se retirou, por fim, da nação judaica, sacerdotes e povo não o sabiam. Posto que sob o domínio de Satanás, e governados pelas paixões mais horríveis e perniciosas, consideravam-se ainda como os escolhidos de Deus. Continuou o ministério no templo; ofereciam-se sacrifícios sobre os altares poluídos, e diariamente a bênção divina era invocada sobre um povo culpado do sangue do querido Filho de Deus, e empenhado em matar Seus ministros e apóstolos. Assim, quando a decisão irrevogável do santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão. As formas da religião continuarão a ser mantidas por um povo do qual finalmente o Espírito de Deus Se terá retirado; e o zelo satânico com que o príncipe do mal os inspirará para o cumprimento de seus maldosos desígnios, terá a semelhança do zelo para com Deus. De todos os lados ouvem as tramas da traição, e vêem alastrar-se ativamente a revolta; e desperta-se neles um intenso desejo, fervoroso anseio dalma, para que esta grande apostasia termine e a impiedade dos ímpios chegue a termo. O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada. O tempo de graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião. Jacó prevaleceu porque era perseverante e decidido. Sua vitória é uma prova do poder da oração importuna. Todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como ele o fez, e como ele forem fervorosos e perseverantes, serão bem-sucedidos como ele o foi. Os que não estão dispostos a negar o eu, a sentir verdadeira agonia perante a face de Deus, a orar longa e fervorosamente rogando-Lhe a bênção, não a obterão. Lutar com Deus - quão poucos sabem o que isto significa! Quão poucos têm buscado a Deus com contrição de alma, com intenso anelo, até que toda faculdade se encontre em sua máxima tensão! Quando ondas de desespero que linguagem alguma pode exprimir assoberbam os que fazem suas súplicas, quão poucos se apegam com fé inquebrantável às promessas. Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios. Os espíritos diabólicos sairão aos reis da Terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e forçá-los a se unirem a Satanás em sua última luta contra o governo 189


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do Céu. Mediante estes agentes, serão enganados tanto governantes como súditos.

Levantar-se-ão pessoas pretendendo ser o próprio Cristo e reclamando o título e culto que pertencem ao Redentor do mundo. Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras. As pragas começam a cair. Terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios. Os espíritos diabólicos sairão aos reis da Terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e forçá-los a se unirem a Satanás em sua última luta contra o governo do Céu. Mediante estes agentes, serão enganados tanto governantes como súditos. Levantar-se-ão pessoas pretendendo ser o próprio Cristo e reclamando o título e culto que pertencem ao Redentor do mundo. Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras. Os mais terríveis flagelos que já foram conhecidos por mortais. Todos os juízos sobre os homens, antes do final do tempo da graça, foram misturados com misericórdia. O sangue propiciatório de Cristo tem livrado o pecador de recebê-los na medida completa de sua culpa; mas chegou o juízo final a ira é derramada sem mistura de misericórdia. Pudesse os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência... As sentinelas celestiais, fiéis ao seu encargo, continuam com sua vigilância. Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros. Em todos os tempos Deus tem usado os santos anjos para socorrer e livrar Seu povo. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios humanos. Têm aparecido trajando vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens, no aspecto de viajantes. Anjos têm aparecido sob a forma de homens de Deus. Têm repousado, como se estivessem cansados, sob os carvalhos ao meio-dia. Têm aceitado a hospitalidade dos lares humanos. Agiram como guias aos viajantes surpreendidos pela noite. Acenderam com suas próprias mãos os fogos do altar. Abriram as portas do cárcere, libertando os servos do Senhor. Revestidos da armadura do Céu, vieram para remover a pedra do túmulo do Salvador.

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Sob a forma humana, muitas vezes se acham anjos nas assembléias dos justos, e visitam as dos ímpios, assim como foram a Sodoma a fim de fazerem um relato de suas ações, para determinar se haviam passado os limites da longanimidade de Deus. O Senhor Se deleita na misericórdia; e, por amor dos poucos que realmente O servem, restringe as calamidades, prolongando a tranqüilidade das multidões. Mal compreendem os que pecam contra Deus que devem sua própria vida aos poucos fiéis a quem se deleitam em ridicularizar e oprimir. Ainda que os governadores deste mundo não o saibam, os anjos têm sido, muitas vezez, oradores em seus concílios. Olhos humanos os têm visto; humanos ouvidos escutaram-lhes os apelos; lábios humanos se opuseram a suas sugestões e ridicularizaram-lhes os conselhos; humanas mãos os defrontaram com insultos e agressão. Nos recintos dos concílios e nas cortes de justiça, estes mensageiros celestiais têm revelado um conhecimento particularizado da história humana; demonstraram-se ser mais capazes para defender a causa dos opressos do que os advogados mais hábeis e eloqüentes. Frustraram propósitos e impediram males que teriam grandemente retardado a obra de Deus, ocasionando grande sofrimento a Seu povo. Na hora de perigo e angústia, “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra”. Os olhos de Deus, vendo através dos séculos, fixaram-se na crise que Seu povo deve enfrentar quando os poderes terrestres contra ele se dispuserem. Como o exilado cativo, estão receosos da morte pela fome, ou pela violência. Mas o Santo, que diante de Israel dividiu o Mar Vermelho, manifestará Seu grande poder, libertando-o do cativeiro. "Eles serão Meus, diz o Senhor dos exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupa-los-ei como um homem poupa a seu filho, que o serve. Tais são os juízos que caem sobre Babilônia, no dia da ira de Deus. Ela encheu a medida de sua iniqüidade; veio o seu tempo; está madura para a destruição. há um terrível despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida. Enquanto perdurou o tempo da graça, estiveram cegos pelos enganos de Satanás, e desculpavam sua conduta de pecado. Os ricos se orgulhavam de sua superioridade sobre aqueles que eram menos favorecidos; mas obtiveram suas riquezas violando a lei de Deus. Negligenciaram alimentar o faminto, vestir o nu, tratar com justiça e amar a misericórdia. Procuraram exaltar-se, e obter a homenagem de seus semelhantes. Agora estão despojados de tudo que os fazia grandes, e se encontram desamparados e indefesos. Olham com terror para a destruição dos ídolos que antepuseram ao seu Criador. Venderam a alma em troca das riquezas e gozos terrestres, e não procuraram enriquecer para com Deus. O resultado é que sua vida foi um fracasso; seus prazeres agora se transformaram em amargura, seus tesouros em corrupção. Os ganhos de uma vida inteira foram em um momento varridos.

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Os ricos lastimam a destruição de suas soberbas casas, a dispersão de seu ouro e prata. Mas suas lamentações silenciam pelo temor de que eles próprios devem perecer, juntamente com seus ídolos. Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade. Se pudessem, não deixariam de experimentar todo e qualquer meio para vencer.

O mundo vê aqueles dos quais zombaram e escarneceram, e que desejaram exterminar, passarem ilesos através das pestilências, tempestades e terremotos. Aquele que é para os transgressores de Sua lei um fogo devorador é para o Seu povo um seguro pavilhão. O ministro que sacrificara a verdade a fim de alcançar o favor dos homens, percebem agora o caráter e influência de seus ensinos. É evidente que os olhos oniscientes o estiveram acompanhando enquanto se achava ao púlpito, enquanto andava pelas ruas, enquanto se confundia com os homens nas várias cenas da vida. Toda emoção da alma, toda linha escrita, cada palavra pronunciada, todo ato que levava os homens a descansar em um refúgio de falsidade, esteve a espalhar sementes; e agora, nas infelizes e perdidas almas em redor dele, contempla a colheita. O sinal de livramento foi posto sobre aqueles "que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem". Agora sai o anjo da morte, representado na visão de Ezequiel pelos homens com as armas destruidoras, aos quais é dada a ordem: "Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário." Diz o profeta: "E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezeq. 9:1-6. A obra de destruição se inicia entre os que professaram serem os guardas espirituais do povo. Os falsos vigias são os primeiros a cair. Ninguém há de quem se compadecer ou a quem poupar. Homens, mulheres, donzelas e criancinhas perecem juntamente. A Terra inteira se parece com um deserto assolado. As ruínas das cidades e vilas destruídas pelo terremoto, árvores desarraigadas, pedras escabrosas arrojadas pelo mar ou arrancadas da própria Terra, espalham-se pela sua superfície, enquanto vastas cavernas assinalam o lugar em que as montanhas foram separadas da sua base. Assim sucedeu a grande cidade de Ninive. Entre as cidades do mundo antigo nos dias do reino de Israel dividido, uma das maiores foi Nínive, a capital do domínio assírio. Fundada sobre as férteis barrancas do Tigre, logo depois da dispersão da Torre de Babel, floresceu através dos séculos, até que se tornou "uma grande cidade, de três dias de caminho. No tempo de sua prosperidade temporal Nínive era um centro de crime e impiedade. A inspiração havia-a caracterizado como "cidade ensangüentada... toda cheia de mentiras e de rapina". Naum 3:1. Em linguagem figurada, o profeta Naum comparou Nínive a um leão cruel, rapinante. "Sobre quem", interroga o profeta, "não passou continuamente a tua 192


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malícia?" Embora ímpia como havia-se tornado, Nínive não estava inteiramente entregue ao mal. Aquele que "está vendo a todos os filhos dos homens" (Sal. 33:13), e "descobre todas as coisas preciosas" (Jó 28:10), viu na cidade muitos que estavam procurando alguma coisa melhor e mais alta, os quais, se lhes fosse dada oportunidade para conhecer ao Deus vivo, afastariam de si as más obras, e O adorariam. E assim, em Sua sabedoria Deus Se revelou a eles de maneira inconfundível, a fim de levá-los, se possível, ao arrependimento. O instrumento escolhido para esta obra foi o profeta Jonas, filho de Amitai. A ele veio à palavra do Senhor: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até Mim." Como o profeta se pusesse a pensar nas dificuldades e aparentes impossibilidades desta comissão, foi tentado a pôr em dúvida a sabedoria do chamado. Do ponto de vista humano, parecia que nada se poderia ganhar em proclamar tal mensagem nesta cidade tão orgulhosa. Ele esqueceu por um momento que o Deus a quem servia era todo-sábio e todo-poderoso. Enquanto hesitava, duvidando ainda, Satanás sobrecarregou-o com o desencorajamento. O profeta foi tomado de grande temor, e "se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis". Indo a Jope, e achando ali um navio pronto para zarpar, pagou a sua passagem, "e desceu para dentro dele, para ir com eles". No encargo que fora dado, havia sido confiada a Jonas uma pesada responsabilidade; contudo, Aquele que o havia mandado ir, estava apto a sustentar Seu servo e garantir-lhe o sucesso. Tivesse o profeta obedecido sem questionar, e ter-lhe-iam sido poupadas muitas experiências amargas e teria sido abundantemente abençoado. Sob o controle de Gesplan, estão perto de encontrar o Anel Sagrado onde todas as questões serão conhecidas.

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Capitulo 23

Padre Mancini aconselha e conforta Liza. - Liza. Acho que Isis está bem... - Fico com medo. Padre. Essas pessoas fazem qualquer coisa por sua crença maluca. Eu sei, convivi com isso. Fazem uma lavagem cerebral na gente. Você não vê o Gesplan. - O Gesplan me parece que é por causa do dinheiro. - Espero que sim. Se for assim, ele pode estar mais consciente. - Padre. Liza. Hoje as 23.50h estaremos nos reunindo. Alguém quer falar com vocês. - Que? Quer falar conosco. Gesplan. - Saberás a noite.

Mabon é o segundo dos três Sabbaths da colheita. A Deusa está agora fortemente impregnada pela energia do cada dia que parte mais rápido para o País de Verão. Conforme o dia diminui, a Deusa lamenta sua partida, mas Ela sabe que o poder retornará a Terra em Yule. A Deusa e o Deus são honrados através oferendas da segunda colheita. É o momento de agradecer dantes colheitas e o maravilhoso ano de aprendizado e lições aprendidas. Mabon ocorre por volta de 22 de Setembro no hemisfério Norte e 21 de Março no hemisfério Sul. Nesse momento dia e noite são iguais. É o de equilíbrio e balanço, mas as sombras começam a dominar a 194


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luz. Associado com o interior do chifre, um dos símbolos desse Sabbath, Mabon é um tempo de colheita. Nesse Sabbath a Deusa lamenta o seu consorte que está partindo para o Outro Mundo, mas a mensagem de renascimento pode ser encontrada em cada semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para alimentar seu povo. É um tempo positivo para caminhar nas florestas, colher plantas e ervas mágicas para serem usadas no Altar. Pão de milho e cidra são bons elementos

para fazer parte dos rituais e folhas de outono são ótima decoração para o Altar. Os Druidas honravam o salgueiro nesse Sabbath, a árvore associada à Deusa e à morte, e cortavam seus bastões do salgueiro somente após Mabon. O Deus está se preparando para a morte em Samhaim e a Deusa está entrando em seu aspecto de Anciã; entretanto, seu aspecto de Virgem está impregnado nas sementes do Deus. Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em países rurais; o Dia da Ação de Graças é um deles. As plantas, árvores, flores e ervas que estão associadas com Mabon são a aveleira, o milho, o álamo, bolotas, galhos de carvalho, folhas de outono, ramos de trigo, cones de cipreste, cones de pinheiro. Mabon é um período positivo para honrar os Ancestrais e o Espírito da Terra. Os Deuses associados com Mabon são todos aqueles relacionados ao vinho e às colheitas. É dada muita ênfase à Deusa em seu aspecto de Mãe e muitas vezes Modron (a mãe de Mabon) é honrada. Nesse período da Roda do Ano, duas lendas mitológicas são apropriadas: Mabon e Modron (celta) e a história de Perséfone (grega). Mabon é um antigo Deus celta que simboliza os princípios masculinos da fertilidade. E o nome galês do Deus da mocidade, a Divina Criança, que os Druidas acreditavam estar dentro de todos nós. Ele é uma criança do Outro Mundo, nascida de pais terrestres, que desapareceu em sua terceira noite de vida.

Esse Sabbath é simbolizado pelo espiral duplo, um que vai e outro que retorna, para nos lembrar de que começamos a jornada pelo ponto mais escuro do ano e que a morte sempre é seguida pelo renascimento, da mesma maneira que o Inverno sempre é seguido pelo Verão. A Deusa está grávida do Deus que nascerá em Yule, a noite mais longa. Ela se prepara para dizer adeus ao Deus velho, mas sabe que a semente do Deus novo já está dentro dela, em seu ventre. Os temas desse Sabbath são equilíbrio e ação de graças. É tempo de dar graças pelos frutos colhidos, e a Deusa é a Senhora de Abundância cuja 195


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colheita nos sustentará pelos meses escuros do Inverno, assim como refletir sobre nós mesmos, sobre o equilíbrio da escuridão e da luz e se esforçar para manter o equilíbrio interno. Também é hora de meditar sobre os projetos, a escolha das “sementes” (nossos sonhos) que serão plantadas no próximo ano, além de agradecer pelas realizações do ano que passou. Agora, entretanto, temos de deixar que coisas não mais significativas possam ir embora de nossa vida, pois isso é o que nos oculta e impede de alcançar aquilo que queremos, e observar que cada coisa tem seu tempo e sua estação e o Inverno se aproxima.

Esse Sabbath é tido como o tempo de equilíbrio, gratidão e agradecimento, porque também é a segunda e maior colheita do ano. Mabon marca o começo do Outono e a morte do Deus que está por vir. A partir de Mabon, o Deus Sol começa a diminuir diariamente. Ele está envelhecendo e morrendo lentamente, como as plantas colhidas da Terra. Ele doou todo o seu poder aos seres humanos através das colheitas. Os sacrifícios de Lammas tiveram êxito e a generosidade veio. As plantas estão começando a morrer e a lançar suas folhas ao chão. Os animais estão preparando seus habitats para o frio esperado. O tema de colheita de Mabon não pode ser negado. Pelas bênçãos que recebemos é natural usar esse tempo de ano para mostrar nossa gratidão. Um banquete de abundância em honra ao Deus é tradicional. A mesa é coberta com legumes, carnes deliciosas e aves, tortas e bolos e outras delícias. Considerando que esse é um dos dois dias de equilíbrio no ano, juntamente com Ostara, é tradicional limpar a casa. E nesse momento que você começa a obstruir toda desordem ao redor de seu lar. As portas da casa são abençoadas para protegerem aqueles que vivem dentro dela. Magicamente falando, esse é um bom tempo para executar sortilégios ao redor da idéia de balanceamento da vida, de remover as culpas e substituir por carinho e aceitação. Quando deu o horário lá estava Gesplan para buscar o padre e Liza. - Aonde iremos? - Não importa senhora Liza. - Vamos segui-lo Liza. Sem questionarmos. Assim, a gente estará próxima de Isis. Em alguns minutos lá estava. Avistou de longe um local todo iluminado. Uma grande fogueira. - O que está acontecendo, Gesplan? - Estaremos agradecendo a terra mãe. Por tudo o que ela esta nos dando. 196


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Como um gesto ritual, é tradicional a passagem do Cálice da Gratidão nesse banquete. Um Cálice repleto de vinho é abençoado e passado a cada integrante da mesa. Conforme o Cálice passa, as pessoas vão fazendo seus agradecimentos. Quando tiverem agradecido por todas as bênçãos, eles bebem e passam o Cálice adiante. Isso continua até a Taça esvaziar, bebendo em amor, bênçãos e gratidão a tudo.

- Beba. Liza. - Eu? - Sim, beba. - Liza. Melhor obedecermos se quisermos ainda ver Isis. - Senhores. Estamos unidos a sociedade, para encontrarmos o caminho da vida. Toda humanidade depende de nós. O Anel Sagrado está aqui, bem perto de nós. Vamos ao ritual. Praticamos rituais para harmonizar com o ritmo natural das forças vitais, marcados pelas fases Lunares e os princípios das estações.Reconhecemos que nossa inteligência nos brinda com a responsabilidade única de cuidar de nosso meio. Buscamos viver em harmonia com a Natureza em um equilíbrio ecológico que nos encha de vida e nos presenteie com a responsabilidade de tomar consciência de que formamos parte da evolução. Possuímos um poder muito mais profundo que aparentam ter as demais pessoas. Este poder é muito mais que o normal e às vezes o chamamos de "sobrenatural". Entretanto, entendemos que esta força está em todas as pessoas e que todos podem desenvolver e canalizar de forma natural. Cremos que o poder de criação do Universo é uma manifestação de polaridades masculina e feminina e que este poder vive em todas as pessoas. Funciona através da interação do feminino com o masculino. Não damos mais valor que o outro porque sabemos que ambos são necessários. Entendemos a sexualidade como um prazer, um símbolo e uma encarnação da vida. Reconhecemos dois mundos: por um lado o externo e o interno, o psicológico e por outro, os mundos chamados espiritual, interior, etc. Vemos na interação destas dois dimensões a base dos fenômenos paranormais e dos exercícios mágicos. Não recusamos nenhuma dessas dimensões porque ambas são necessárias para nosso enriquecimento.Não veneramos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam. Respeitamos aos que compartem seus conhecimento e sabedoria e reconhecemos aqueles que tiveram coragem de se proclamarem líderes. Acreditamos na religião, na magia e na sabedoria vivente como um todo unido quando observamos o mundo e o vivemos. É uma visão do mundo e uma filosofia de vida que identificamos com a bruxaria ou com o caminho Wiccan. O 197


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fato de nos chamarmos de bruxos não nos converte em bruxos: não implica uma herança ou uma coleção de títulos, graus ou iniciações. Os bruxos buscam o controle das forças dentro deles mesmos para fazer possível a vida em comunhão com a sabedoria e a bondade para viver em harmonia com a Natureza, sem prejudicar os demais. Nós consideramos que a afirmação e o enriquecimento da vida, como parte da evolução e do desenvolvimento da consciência, dão sentido ao Universo que conhecemos, assim como o papel que nos corresponde nele.

Nossa única discrepância com o Cristianismo ou com qualquer outra religião ou filosofia de vida, nasce da proclamação por parte dessas instituições de serem "o único e verdadeiro caminho possível", condenando os demais e suprimindo as outras práticas e crenças religiosas. Não nos sentimos ameaçados pelos debates sobre a história da bruxaria nem pela origem de vários de seus termos, nem pela legitimidade dos aspectos diferentes das tradições. Nos concerne tanto nosso presente como nosso futuro. Não aceitamos o conceito de "mal absoluto" e NÃO adoramos a nenhuma entidade conhecida como Satanás ou Diabo, tal como está definido pela tradição cristã. Não desejamos conseguir poder através do sofrimento alheio, nem aceitamos o conceito dos benefícios pessoais derivados de prejudicar os demais. Trabalhamos com a Natureza porque contribui a nossa saúde e nosso bem-estar. Não subjulgamos tradições de outras épocas e culturas e não obedecemos a nada nem a ninguém mais que as Divindades que se manifestam através de nosso ser. Como bruxos, damos as boas vindas e respeitamos todos os ensinamentos das tradições que afirmam a vida. Queremos aprender de todos e compartir nossa aprendizagem, mas não desejamos que a Religião seja destruída por aqueles que servem a seus próprios interesses ou práticas que contradigam a estes princípios. - Que ouve pensa que eles pensam dessa forma. - Vamos ouvir Liza. - Na caverna Orga. No fundo das trevas, ficaram as escritas que por sua vez, mostram o caminho para o Anel. Gesplan. Levou-os, na próxima madrugada. Encontraremos-nos daqui sete dias. "A Ordem do Templo criou uma doutrina e adquiriu uma noção da moral humana que nem sempre se harmoniza com as concepções teológicas cristãs apresentadas como verdades indiscutíveis. Por isso nos encontramos aqui, em caráter secreto, para nos concentrarmos nos estudos transcendentes por meio do qual chegaremos à Verdadeira Harmonia." "As boas obras dependem das boas inclinações da vontade que nos pode conduzir à realização das boas ações. A intuição é que leva os homens a empreender as boas ações. Quando o Grande Pontífice vos falou do culto dos primitivos, ele definiu a existência de uma intuição comum a todos os seres humanos." "Assim como por detrás das crenças dos Atlantes havia a intuição que indicava a existência de um Ser 198


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Supremo, o Grande Arquiteto responsável pela construção do Universo, também existia nesses povos um sentimento inato do Bem e do Belo, e um instinto de justiça que era a base de sua Moral." "A Ciência nos deu meios de podermos aperfeiçoar a Moral dos antigos, mas a inteligência nos diz que além da Ciência existe a Harmonia Divina". "Das ações humanas, segundo Platão, deverá o homem passar à Sabedoria para lhe contemplar a Beleza; e, lançado nesse oceano,procriará com uma inesgotável fecundidade as melhores idéias filosóficas, até que forte e firme seu espírito, por esta sublime contemplação, não percebe mais do que uma ciência: a do Belo".

Estavam finalizando as provas de iniciação. O iniciado dirigia-se então para o Altar dos Holocaustos, onde o Sacrificador lhe imprime a Fogo, sobre o coração, o emblema dos “Cavaleiros do Templo”. "Todos os mortais participam da imortalidade, no corpo e em tudo o mais. Ali, o servo Asir fugiu por um período importante. As Bruxas de Avalon estavam sendo perseguidas quase descobertas pelos lendários cavaleiros. Doente, Asir, ficou na caverna Orga e não conseguirá mais sair. Diz a lenda que, Asir depositou o Anel Sagrado em um pequeno altar templário em seguida faleceu. - Senhores, agora são três horas da madrugada. Estão prontos? - Sim, Gesplan. Estamos. Agora me diga onde está Isis. - Posso te garantir que ela está bem, senhora Liza. - Padre. O senhor está bem? - Não me parece, Gesplan. Padre. O que está acontecendo? - Nada! Meus filhos. Vamos seguir. Temos que pegar esse anel. - Deixe-me falar com Isis.Gesplan? - Aqui está senhor Liza. Gesplan entrega uma carta para Liza. Ela abriu, começo a ler e ficou mais tranqüila. A carta dizia estar bem e sendo cuidada por uma senhora de qualidades de mãe. Caminharam por duas horas até avistarem a caverna de Orga. Na porta quase cinco horas da manhã, Gesplan fala. - Aqui estamos. Vocês estão prontos? - E você Gesplan. Está pronto? 199


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- Vamos descer. “Não há nenhum inimigo nesta caverna, assim sinta-se livre para vasculhar todos os pontos da caverna. “ Se nós seguirmos esse caminho, vamos parar aonde?” perguntou Liza. “ Vamos eguir as orientações do mestre senhora” respondeu Gesplan”. Na primeira interseção, siga o caminho da esquerda primeiro e entre no quarto. Confira o barril ao lado da cama para pegar a Bússola Prateada. “ Bussola? Temos que achar uma bússola aqui?” perguntou o padre. Estamos em frente de uma barreira de madeira”. “ É esta mesmo padre”. Falou Gesplan. Sacuda a alavanca para abrir a porta feita de madeira

para o próximo quarto da caverna. Também confira o barril atrás do Velho que vende arma para adquirir a Água de Sabedoria. Volte e siga o caminho ao norte para entrar no próximo quarto. Na próxima interseção, siga o caminho da direita primeiro para entrar na Porta De Luz que você quase não pode ver à sua direita. Volte e continue. “Pronto fizemos tudo o que seu mestre pediu e nada”. Falou Liza. Na próxima interseção, siga o caminho do norte primeiro para adquirir o Bloom Curativo. “ Esses são os obstáculos que devemos enfrentar, mas estou otimista de que, encontraremos nosso anel”. Falou Gesplan. Após pegar o objeto siga o caminho da direita para entrar no quarto. “ Pegue padre. Me siga” falou novamente Gesplan. Diga que sim à Velha e você descansará e vai ter um sonho. Quando você acordar, fale com todos que estão no quarto e não esqueça de inspecionar o barril do canto esquerdo superior deste quarto para pegar a Água Mágica. Quando você partir, a Velha lhe dará 2 Porta De Vento. Deixe a caverna e siga para parte Orga”. “ Sonho? Quem vai sonhar?” Perguntou Liza. “ Não sabemos, mas vamos seguir em frente” Falou Gesplan. Continuou;

- O ponto do equilíbrio Tudo se faz presente... Tudo é duo; uno e duo. Existem sempre dois lados, e os dois lados perfazem o um, o todo. Esta é a lei do equilíbrio, a luz e as trevas; direita e esquerda e esse é o meu todo.Somente com um não estou completo, pois ambos, perfazem o todo: a minha totalidade, e é por isso que me fecho na direita e na esquerda, o “elo do equilíbrio”. Abrem-se os campos das visões. Sou fortaleza,, sou rocha, sou cristal. Tenho olhos de águia, garras de tigre, a força do urso, a ferocidade do leão, a astúcia da serpente. Sou um todo: direita e esquerda, proteção total, na luz e nas trevas. - O que está fazendo Gesplan. - Temos que equilibrar nossos sentidos. Sou forte, sou ágil, sou luz...Sou equilíbrio, pois a completa escuridão cega, assim como a forte claridade 200


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também cega; assim como o fogo queima, o gelo também queima. Sou os dois lados , sou o equilíbrio, sou o que sustenta a ponte de pé, a coluna da direita e a coluna da esquerda, o Equilíbrio que existe para fazer com que tudo exista, pois um depende do outro, um sem o outro não existe por isso ambos se fazem necessário. Está aberto em mim o terceiro olho, sinto-o aberto, pulsando forte, está aberto em mim o campo das visões. Tenho que ser duro quando me for necessário; calmo, tranqüilo e sereno, quando a situação assim exigir; ágil e astuto quando necessário o for. E assim seguirei meu caminho, firme e forte como a rocha; transparente e puro como cristal e seguindo sempre com passo firmes e fortes ao caminho que me é permitido caminhar. Tudo ao seu tempo, nem mais, nem menos e sim no tempo exato. Sou forte, estou forte e sempre forte me manterei. Sou um todo e não metade, e é por isso que tenho que viver assim com equilíbrio, e não “penso” para o lado.

O importante em tudo é o equilíbrio, pouca água mata a planta, como água demais também trás o mesmo resultado. Por isso aprendam a viver em harmonia, em equilíbrio, pois a natureza, a vida, enfim o mundo, é mantido pelo Equilíbrio. “Somos os dois lados do Criador”, e por isso precisamos de “Equilíbrio”. “Não podemos somente criar, como também não podemos só destruir. Precisamos manter.... (cada um após as reticências , segue seu pensamento e da continuidade à frase ) ...Manter a calma , manter a fé, manter a vida. E tudo ao seu tempo”.

- Ai! Machuquei-me. Padre. - O que foi minha filha? - Me cortei na parede da caverna. Estou sangrando. - Não dou nenhuma importância para pontas lascadas e vou explicar o motivo. Somos perfeitos em essência. Nosso corpo físico é mera projeção dessa essência divina. Nosso "modelo original" perfeito continuará existindo mesmo se quebrarmos ou perdermos partes do corpo. Nosso modelo energético pode ficar abalado, mas será regenerado. - Acho que você está louco Gesplan. - Olhe quantos cristais. Liza. - O cristal que está em suas mãos possui uma forma etérica precisa e perfeita, ultrapassando em beleza, brilho e cor o objeto concreto que nossos sentidos físicos podem ver e identificar como um cristal. Exatamente por isso em trabalhos avançados aprendemos a acessar os cristais no plano sutil, não 201


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sendo necessário o contato físico com eles - que na maioria das vezes serve apenas para dar "segurança" às mentes incrédulas. Portanto, lascas e fraturas não diminuirão em nada a potência do seu cristal. - Padre. O que ele está falando? - Venha minha filha. Deixe-me carregá-la. Um bando de corujas voa dentro da caverna, trazendo delicioso vento, produzido pelo bater de asas. De repente uma velha sentada no canto esquerdo da caverna.

Onde se avista uma saída que pelo visto está numa altura sem par. “ Quem é você?” perguntou Liza, apavorada. “ Essa é a mensageira dos Orgos. A velha vitrinada de sabedoria”. Falou Gesplan.

Descalça e suja, a pequena velha ficava sentada numa pedra, olhando as pessoas passarem. Ela nunca tentava falar, não dizia uma única palavra. Eles passaram por ela, mas nenhuma sequer lhe lançava um simples olhar. Ninguém parou. Exatamente no mesmo lugar onde ela estava sentada no dia anterior, ela estava empoleirada no alto de uma rocha, com o olhar mais triste do mundo. Escreveu no seu diário, o padre. “Mas hoje eu não pude simplesmente passar ao largo, preocupado somente com meus afazeres. Ao contrario, eu me vi caminhando ao encontro dela. Quando comecei a me aproximar dela eu pude ver que as costas do seu vestido indicavam uma deformidade Quando cheguei mais perto a velha lentamente baixou os olhos para evitar meu intenso olhar. Eu pude ver o contorno de suas costas mais claramente, ela era grotescamente corcunda. Sorri para lhe mostrar que eu estava bem e que estava ali para ajudar e conversar. Eu me sentei ao lado dela e iniciei com um olhar. A velha reagiu chocada e balbuciou um "oi" após fixar intensamente meus olhos. Eu sorri e ela timidamente sorriu de volta. Conversamos até ao anoitecer, quando a caverna estava completamente tomada por corujas brancas. Gesplan e Liza tinham ido e estávamos sós. Eu perguntei porque a velha estava tão triste”. Ela olhou para mim e me disse: - Porque eu sou diferente. - A senhora mora aqui? 202


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- Já sabemos que o tempo é uma ilusão. Estamos vivendo eternamente no "agora", mas este agora é, óbvio, uma ilusão, causada pelas limitações de nossa mente. Podemos acessar o passado através das nossas lembranças, e também podemos acessar (em raros momentos e de forma espontânea) um possível futuro... - Do que está falando? - Escravo. Antiguidade. O que vieram buscar. Para os seres humanos, a existência é apenas uma série de necessidades que eles são impelidos a satisfazer... Necessidade de comer, de beber, de dormir, de se abrigar, de trabalhar, de passear, de ler, de escutar música, de encontrar pessoas, de amar, de refletir, de admirar... Não acabam mais! A Inteligência cósmica decidiu assim para que a humanidade se desenvolva em todas as direções e em todos os planos. Assim que nasce uma nova necessidade, ao mesmo tempo surge um novo problema para o qual é preciso encontrar uma nova solução.

Toda a nossa vida, portanto, é uma série de exercícios e de experiências que devemos fazer para encontrar as melhores soluções com o objetivo de percorrer o caminho da evolução. - Liza. Acorde. A velha começa a falar sem parar. Isso deixa o padre Mancini inquieto e chama Liza para ouvir. “As sementes não germinam na claridade; não brotam enquanto não encontram a terra e se escondem da luz. O homem era uma semente de vida eterna; mas nos éteres do Deus Trino e Uno a luz era demasiado forte para que sementes brotassem. E então o homem buscou o solo da vida carnal, e na escuridão da terra encontrou um lugar onde poderia gerninar, e crescer. A semente deitou raízes e cresceu em sua plenitude. E a árvore da vida humana está subindo do solo das coisas terrenas e, pela lei natural, vai chegando à forma perfeita. Não há atos sobrenaturais de Deus levando o homem da vida carnal para a bem-aventurança do espírito; ele cresce como cresce a planta, e no devido tempo chega à perfeição. O atributo da alma que dá ao homem possibilidade de elevar-se à vida espiritual é a pureza.” Falou a velha. - Padre. - Fale Gesplan. “É a história de um anel mágico, que um escravo recebe e encontra por acaso. Basta virar a pedra do anel para dentro da palma para se tornar totalmente invisível, e virá-la para fora para ficar novamente visível. Asir, que antes era 203


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tido como um homem honesto, não foi capaz de resistir às tentações a que esse anel o submetia: aproveitou seus poderes mágicos para entrar no palácio, seduzir a rainha, assassinar o rei, tomar o poder, exercê-lo em seu único e exclusivo benefício. Quem conta a história (velha) conclui que o bom e o mau, ou os assim considerados, só se distinguem pela prudência ou pela hipocrisia, em outras palavras, pela importância desigual que dão ao olhar alheio ou por sua habilidade maior ou menor para se esconder... Se ambos possuíssem o Anel Sagrado, nada mais os distinguiria: "ambos tenderiam para o mesmo fim". Isso equivale a sugerir que a moral não passa de uma ilusão, de uma mentira, de um medo maquiado de virtude. Bastaria poder ficar invisível para que toda proibição sumisse e que, para cada um, não houvesse mais que a busca do seu prazer ou do seu interesse egoístas”. “Continuou a velha”. - Escute. Padre. - Você começa o jogo nesta Floresta. Procure por um lugar onde há várias. Nesta área há um buraco, entre nele e aguarde a bola gigante passar. “ Essa bola é a Lua. Quando amanhecer devemos seguir” falou Gesplan. Feito isso siga em frente, vire à esquerda e então à direita para achar um baú. Abra o baú e pegue a espada... Após ter pegado a espada e o escudo procure por Mido, o então fale com ele e ele abrirá caminho. “Mido? O que pode ser isso”? - perguntou Liza -. “ Mido, pode ser alguma anotação numas das pedras. Ou algo parecido”. Disse Gesplan. “ Eu como padre, fico até meio sem jeito com tudo isso”. Siga em frente e você encontrará três flores gigantes, mate-as, pegue os bastões Deku que cairão e siga em frente. Após uma pequena história entre na Árvore Deku. Mate as flores e pegue os bastões. Procure por uma parede onde há uma teia de aranha e escale-a. Ande em frente e você encontrará uma porta, então abra-a...

- Venham, vamos seguir em frente. “Liza, estava machucada e doía muito sua mão, o padre, estava atônico com tudo o que vinha ocorrendo”. Seguiram em frente, ainda obedeceram à velha. Conseguiram fazer todas as coisas por ela exposta. No final de tudo, estavam frente a frente com algo que parecia o que procuravam, o Anel Sagrado. Quando a Lua passou numa pequena fresta a luz do sol despontou entrando naquele pequeno buraco, atingindo em cheio aquele metal, quase que colado num rocha úmida. Aquele momento foi tomado de êxtase e o brilho do metal se fez refletir naquele pequeno buraco tomado eles. “ Meu Deus”! falou Gesplan. “ Será que encontramos o Anel?” Falou Liza. “ Não sei minha filha, não sei o que pode ser aquilo. Quem vai até lá pegá-lo”? Disse o padre. - Eu vou. 204


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- Tem certeza. Gesplan? - Sim tenho. Tenho muita certeza.

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Capitulo 24

Nas cidades em todo o mundo a agressão era sem sentido. Tudo estava sem controle. O mundo estava tomando um rumo para o seu final. Os próprios homens acabariam com ele. As pessoas, perseguidas e mortas de forma brutal. Outras sendo torturadas como na época da inquisição. Liza, Isis, Padre Mancini e o próprio Gesplan, não tinham noção das coisas que estavam ocorrendo em todo mundo.

- Ali! - Ali! O que Eliza? - Não lhes parece um altar templário? - Onde? - Venha. – Seguiram Liza. Um local ainda mais feio. Úmido e coberto de rochas de cristal. Um pequeno altar estava montado com seus objetos apodrecidos. “ Me parece ser aqui o local em que procurávamos”? diz Liza. – “ Sim me parece que sim. Todos os tópicos aqui, me diz algo a respeito da tribo de Asir”. Confirmou Gesplan. Chegaram perto do altar e quando pegaram aquele metal brilhante descobriram que não era um anel e sim um pedaço de uma espada quebrada e o que ficou no local, foi somente sua ponta. Acreditasse que fora usado para dar o acabamento aos ídolos de madeira expostos ali. - Então? Gesplan. - Não sei padre, vamos procurar por aqui. Deve estar por perto

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- Um crânio de homem demonstra que pessoas morreram dentro e perto do pequeno altar. - Veja. Padre! - O que Liza. - Esse crânio, tem algo aqui? - Deixe-me ver. Isso aqui olhe? Dentro da boca. O anel! O anel! - Meu Deus. Graças a Deus. Agora eu quero sair daqui, pelo amor de Deus, quero ver a Isis.

- Calma. Liza. Vamos descobrir primeiro o que significa isso se é que significa algo. - Vire ele para dentro da palma de sua mão Gesplan. - Pronto virei. - Então? - Então que aqui não tem nada. Apenas essa nora gravada no próprio anel... - Que nota Gesplan? - “18” – O numero dezoito. Mais nada. Que saco. Que raiva, tudo isso para nada. - Espere meu filho. Isso deve ter algum significado? - É só se for para o senhor. Para mim, isso não significa nada. Talvez esse não seja o anel sagrado? - O que buscava Gesplan no anel? - Sei lá pelo menos, as coisas que iriam acontecer nos últimos dias. Algo importante e não apenas o numero 18. - Padre, o senhor tem alguma idéia do que possa ser? - Ainda não tenho idéia Liza. Mas, algo de grande importância, com certeza é... Mas? - Vamos sair daqui. - A melhor frase que você já disse Gesplan. 206


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- Vamos, precisamos ir embora, dessa cidade. Saíram da caverna com o anel nas mãos. Desapontado Gesplan voltou para sua posição de guia e numa enorme decepção não quis mais falar ou fazer parte da sociedade. Pensou que sempre teve a certeza de que, a religiosidade era uma farsa e tudo o que era falado sobre os finais dos tempos, não passava de uma grande mentira, uma enorme mentira.

- Isis. O que vamos fazer denunciá-lo?

- Liza. Veja bem. Somente nós acreditamos nas coisas que devem acontecer. Contar a policia essa historia fantástico não a levaria a nada. O mais importante é que Isis esta aqui e bem. Da mesma forma que aconteceu em casa, eles não se intimidam e sabem que não temos provas para condená-los a nada. - Tem razão. Padre. Não temos nada a não ser o anel 18. - Vocês entenderam isso? Padre? Liza? - Não. Isis. Até agora estamos perplexos. - Padre. Não sei ainda, minhas filhas, mas tenho uma pequena teoria...Mas, ainda não é nada. - Fala Padre. Que teoria é essa? - Me de uns dias. Precisamos colocar a mente em dia. Ainda estou como em estado de choque. - Vamos voltar para a cidade de Avalon quando? - Aqui? Penso não ter mais nada a procurar. Amanhã? Se quiserem poderemos voltar. - Por mim, voltaria para casa em definitivo. - Isis. Você esta bem? Ficamos preocupados... - Estou sim. Vocês são os meus amores. Padre Mancini deitou-se e abriu o livro, onde tudo estava escritor. Pararam de estudar o que estava estruturando o conhecimento.

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“Em meio, porém, de sua orgia e triunfo, ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegreceram, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação. Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e caem com terrível fragor. O mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acham em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: “Somos libertados”. É a voz de Deus.” Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita.

Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação. O povo de Deus - alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas - pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. ... Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando, eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. ... É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. ... Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apoc. 16:17. Essa voz abala os céus e a Terra. ... As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado. Há um grande terremoto "como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto". Apoc. 16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. ... A terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. ... Grandes pedras de saraiva, cada um "do peso de um talento", estão a fazer sua obra de destruição. Nuvens negras e 208


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densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz. Quando a Terra cambalear como um ébrio, quando os céus se abalarem, e tiver vindo o grande dia. Contemplando o profeta os redimidos como moradores da cidade de Deus, livres do pecado e de todos os sinais da maldição, exclama em exaltação: "Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; enchei-vos por ela de alegria." Isa. 66:10. "Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, De desolação ou destruição nos teus termos; Mas aos teus muros chamarás salvação, E às tuas portas louvor. "Nunca mais te servirá o Sol para luz do dia, Nem com o seu resplendor a Lua te alumiará; Mas o Senhor será a tua luz perpétua, E o teu Deus a tua glória. "Nunca mais se porá o teu Sol, Nem a tua Lua minguará; Porque o Senhor será a tua luz perpétua, E os dias do teu luto findarão. "E todos os do teu povo serão justos, Para sempre herdarão a Terra; Serão renovos por Mim plantados, Obra das Minhas mãos, Para que Eu seja glorificado." Isa. 60:18-21. O profeta ouviu ali o soar de música e cânticos, cânticos e música como, salvo nas visões de Deus, nenhum ouvido mortal ouviu ou a mente concebeu. "E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião, com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido." Isa. 35:10."Gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia." Isa. 51:3. "E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão." Sal. 87:7. "Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor." Isa. 24:14. 209


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Na Terra renovada, os redimidos empenhar-se-ão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, a vida no jardim e no campo. "E edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice." Isa. 61:21 e 22. Ali cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a serem alcançadas, novas maravilhas para serem admiradas, novas verdades a serem compreendidos, novos objetos de estudo a desafiarem as faculdades do corpo, da mente e da alma. Os profetas a quem essas grandes cenas foram reveladas, ansiaram por compreender-lhes o pleno significado. Eles "inquiriram e trataram diligentemente... indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava. ... Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas". I Ped. 1:10-12. A nós que estamos no próprio limiar do seu cumprimento, que momentosas e de vivo interesse não são esses debuxos das coisas por vir - eventos a cujo respeito, desde que nossos primeiros pais se encaminharam para fora do Éden, os filhos de Deus têm orado, e os quais têm ansiosamente aguardado! Companheiro peregrino, nós estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. Aquele que morreu pelos pecados do mundo, está franqueando as portas do Paraíso a todo que nEle crê. Logo a batalha estará finda, e a vitória ganha. Breve veremos Aquele em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora. "Não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão." Isa. 65:17. "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará." Heb. 10:35-37. "Israel é salvo... com uma eterna salvação; pelo que não sereis envergonhados nem confundidos em todas as eternidades." Isa. 45:17. Olhai para cima, olhai para cima, e permiti que vossa fé cresça continuamente. Permiti que esta fé vos guie pelo caminho estreito que leva através das portas da cidade para o grande além, o vasto e ilimitado futuro de glória que há para os redimidos. "Sede pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e a serôdia. Sede vós também 210


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pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima." Tia. 5:7 e 8. Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor... Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes - milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. ... O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. As nações dos salvos não conhecerão outra lei que não a do Céu. Serão todos uma família unida e feliz, vestidos com vestes de louvor e gratidão. Sobrepujando a cena cantarão as estrelas da manhã juntamente, e os filhos de Deus jubilarão, enquanto Deus e Cristo Se unirão em proclamar: "Não haverá mais pecado, nem mais haverá morte." "E será que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor." Isa. 66:23. "A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente verá." Isa. 40:5. "O Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações." Isa. 61:11. "Naquele dia o Senhor dos Exércitos será por coroa, e por grinalda formosa, para o restante do Seu povo." "O Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor." Isa. 51:3. "A glória do Líbano se lhe deu, a excelência do Carmelo e Sarom." Isa. 35:2. "Nunca mais te chamarão: Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais: Assolada; mas chamar-te-ão: Meu deleite e à tua terra: Beulá... porque o Senhor Se agradará de ti; e a tua terra se casará. - Preciso rezar. Meu Deus. Temos que voltar logo. - Padre. Ainda acordado? - Liza. De uma olhada nisso? - O que é padre. - Aquele! Numero? que a gente viu no anel é o numero do livro do Apocalipse. É o capitulo minha filha. Capitulo dezoito. - Como assim. Padre. 211


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- De uma olhada nisso. “ O capitulo 18 de apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da tríplice mensagem Angélica o Senhor agirá. Nesse capitulo é apresentada uma das mais solenes mensagens para o fim. A palavra mostra que a hora da sentença final chegou. Por seis mil anos o grande conflito esteve em andamento, mas ai está o fim. Tudo alcançou finalmente o limite. Por séculos o erro evoluiu tornando-se cada vez mais forte e mais amplo. De uma vilinha nas bordas o rio Eufrates,Babilônia se desenvolveu tornando-se cidade e nação, um império universal de ouro e ferro, e finalmente um gigantesco sistema de religião falso e “obra prima do poder da besta fera” monumento de seus esforços para sentar-se ao trono e governar a Terra.

O remanescente não aceitara o dia de observação dada pelas autoridades políticas e religiosas. O selo da besta será colocada na testa de quem aceitar tal dia como dia de Deus. O decreto lei, estará em vigor para testar a fé dos verdadeiros filhos da luz. Anjos em poder, aclamaram nos corações daqueles que não querem ser seguidores da besta fera. Ainda resta um pequeno povo na terra que ainda está disposto a conhecer a verdade. A Besta fera fará tal coisa, porque ninguém identificara como errado esse pequeno delito contra as verdades do céu. Aqueles que seguir a besta seu castigo não tardara e já está a porta. Porem aqueles que seguirem a verdade da palavra do livro oculto, este sim terá seus rostos iluminados e sofreram perseguições, porem os anjos os livrara e até comida ser-lhe-á dado como maná do céu. Muitos não aceitaram essa razão por acharem sem nexo. Porem anjos e o céu deixou tais dados da sua palavra em exposição. Não existira ninguém em cima do muro, somente os que querem servir a verdade e os que necessitam do erro. Estes porem não poderão viver ao lado da luz. A luz será como um holofote a embaraçar seus olhos, ferindo-os. No entanto seguiram as trevas, onde se sentiram na grandeza da alma com que viveram por uma vida toda. “ Padre. Não estou entendendo nada. “O que é isso, o que é tudo isso”. –“Minha filha. Esse capitulo, eu conheço bem. Aqui esta esmiuçado. O livro oculto decifra o que ocorrerá no dia do juízo”. – “ Mas, quando será isso. Padre. Minha filha. Meus amigos”. – “ Minha querida filha, deixe que Deus cuidará de cada um...O que sei, é que a gente tem que fugir agora. Saber o que está acontecendo pelo mundo. Sinto na minha alma que precisamos ir”. – “ Tem razão padre. Vamos chamar Isis e acabar de vez com tudo isso”. Eles caminharam pela costa de Avalon. Chegaram a cidade e notaram que algo estava errado. Tudo deserto. Nada de luzes, ainda era cinco 212


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da madrugada. Nem animais, nenhuma pessoa montando suas barracas de camelo. Bateram em hotéis, foram para o hotel onde suas coisas estavam lá. Nada. Ninguém. A cidade de Avalon estava deserta. - O que buscam aqui senhores? “ Um homem enorme de vestes brancas em pé a frente dos três peregrinos” – “ Senhor buscamos as pessoas...” – “ Não encontraram pessoas aqui nesse local, devem seguir seu caminho e ajudar pois as coisas estão com os dias contados”. “ Quem é o senhor?” perguntou Liza. “ Sou o que sou. Vocês são muito amados pelo céu”.

Falou o homem. Naquele instante o padre ficou todo arrepiado, pois sentira que era algo sobrenatural. Não tinha motivos para um homem por si estar ali sozinho e falando tais coisas para ele. “ Liza. Isis.” – “ Sim Padre.” – “ É..É..ele é...” falou o padre. “ É o que Padre.” Perguntou Liza. – “ Ele é um anjo”. De repente olharão a sua volta e não o viram mais. Ele desaparecerá da suas vistas. Sem condução, sem animais, não conseguiam entender o que havia acontecido com a cidade de Avalon. Seguiram num carro que encontraram na estrada e foram para o aeroporto. Ninguém. Nada, a cada quilometro rodado, só encontravam desertos. De repente, corpos espalhados pelo chão. Num pequena cidade viram o que poderia ter ocorrido com as pessoas. Teatros, celas de prisões, restaurante, igrejas, casas tudo abaixo de cinzas. - Meu Deus; O que está acontecendo padre? - Liza. Penso que as coisas aconteceram. Ou estão acontecendo. - Minha filha. - Calma. Liza, sua filha o Senhor cuidara dela. Temos que ir. - Liza. - Sim, Isis. - O que é isso. Meu Pai. No caminho encontraram uma folha dupla de um jornal. “ O decreto lei foi a única forma que as autoridades encontraram para levar o povo a obedecer as leis divinas. Um pequeno povo rebelde não quis obedecer o que a igreja mãe determinou. Por isso as pragas caíram e arruinaram muitas nações. Quase o mundo foi engolido por elas. Perseguidos e presos, muitos 213


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voltaram atrás da sua decisão. Outros mais rebeldes escolheram ficar na malignitude de contrariar as leis do pais. O decreto se estenderá por todo o mundo. Devemos cassar esse infiéis e salvar o nosso planeta. Muitos já pereceram, cidade inteiras caíram com os terremotos inexplicáveis. Mares engoliram cidades inteiras. Saraivas de fogo caíram do céu e, lamberam pra sempre onde escolherão. Religiosos e governantes agora, se uniram para combater os criminosos. Nada ira deter o sumo pontífice”. - Entenderam? - Sim. Padre. Entendemos. Para onde vamos? - Calma, minha filha. Vamos ficar aqui. Meditar e estudar. Saberemos o que fazer. A noite chegou. Escolheram um pequeno quarto de hotel para descansarem e tomarem banho. Ainda lhes restava um pouco de comida no local. De súbito aparece-lhes outro homem de roupas coloridas e gola preta, um enorme casaco com pelos pretos e um chapéu dourado. Seus olhos firmes e fixos sua mão enorme, alcançando 1.97 de altura mais ou menos. Olhos meio avermelhado, cara de não bom amigo... -Vocês devem lembrar. - Lembrar o que senhor? - Não me interrompa! Existe um propósito na matéria e na energia, como também existe um propósito codificado na estrutura genética do esperma e do óvulo. O propósito que penetra a atmosfera da Terra nos raios de luz emitidos pela Estrela mais próxima desperta o potencial deste mundo material; a corrente estelar toca o oceano dos seus sonhos mais profundos e canta amorosamente para os anseios do seu chão. A informação contida nas forças elementais da Terra se junta a informação do espírito do vento solar, à medida que polaridades femininas e masculinas do Eterno Um brincam juntas e interagem na biosfera da Terra. A luz do Sol impregna a Terra. Sêmen solar e óvulo oceânico se misturam. O Sol ensina a Terra a sua canção, e a Terra ensina a sua canção ao Sol. O Sol tenta cantar a canção da Terra e ri. E a Terra tenta cantar a canção do Sol e cria o Céu azul, as Nuvens brancas e um mundo de criaturas que se agitam lá embaixo. Nossa informação espiritual funde-se com a informação material do solo, da água, do vento e do céu. A gestação do Filho da Terra é catalisada. Criaturas surgem nos ventos espiralantes do nosso Amor vibrante. Sentindo a nossa canção, eles vivem, respiram e dançam desenhando os padrões da nossa interação. Girando na luz das estrelas, a Terra aprende uma nova imagem de si mesma. Ela deixa suas formações rochosas para fluir nas florestas que acenam, nos alces saltitantes, nos búfalos que passam, nos lagartos que dormem ao sol. Partículas da sua matéria recebem asas e cantam nos ventos do espírito solar. 214


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A Terra liberta-se do que é para tornar-se a vida que dança na superfície, fluindo sempre nos florescentes padrões de seu potencial. Dos reinos de vibração superior onde as formas são sutis, sem nenhuma densidade material, descem os Seres da Tribo-Alada, as Águias Xamãs. Procurando descobrir como poderiam, com a maior eficiência e criatividade possível, nos vestir - e vestir as intenções do Criador - com a matéria deste mundo. Observaram as chamas de fogo erguendo as rochas de sua superfície, surgindo sob a densidade da sua estrutura, crescendo, à medida que as estações passam e o amor se aprofunda, em florestas que ondulam ao vento, em filhos abundantes, na alegria do fogo estelar, vestidos na bela, feminina e cristalina roupagem do plano material. -O diálogo entre os aspectos masculino e feminino do Grande Espírito vem ocorrendo neste Universo há vinte bilhões de anos. A criação que tem aparecido como resultado desse diálogo tem aparecido em cada freqüência de vibração da manifestação sucessivamente, em graus de especificidade e precisão diretamente relacionados com a qualidade e a clareza da permuta feita entre os representantes encarnados do deus masculino e da deusa feminina que então passam a existir. Uma vez incorporados em suas formas, os representantes do Criador tornam-se as principais formas de toda a futura criação nas freqüências onde eles aparecem. Eles são os pincéis precisos, inteligentes e co-criadores do artista universal: vivos, participando da sua arte. Há muito foi profetizado, mesmo antes de constituídos os alicerces deste mundo material no qual nós estamos agora, que chegaria um dia em que uma amorosa interação de um planeta e de uma estrela trariam à vida criaturas autônomas, inteligentes, capazes de fazerem réplicas de si mesmas, criaturas biológicas - masculino e feminino, feitas às imagens e semelhança do Criador. Elas passariam a ser não só nossos participantes neste processo contínuo do desabrochar divino, mas também, daí em diante, a principal linha divisória de toda criação futura no plano físico. -Elas compreenderiam e personificariam o equilíbrio. Compreenderiam a energia nuclear das estrelas, como também as formações geológicas dos cristais do coração das montanhas. Compreenderiam a química orgânica, a biologia nuclear, a astronomia e todas as ciências. Estariam encarnadas nos corpos - formas físicas, lindas, graciosas, elas próprias obras vivas de arte, projetadas para servir de salas de controle biológico, de centro de planejamento para a mente e o cérebro, com a tarefa de explorar e desenvolver caminhos e meios que o potencial do Universo continuaria a fazer desabrochar. Elas seriam os instrumentos através dos quais toda a criação biológica futura seria encontrada. Quando saudável, a força dessa energia criadora é imensa. Canalizada conscientemente, ela pode ser usada para criar belezas de uma ordem sem precedentes, de uma natureza que ultrapassa tudo o que já existiu, tornando visível a beleza invisível do Grande Mistério. Nunca antes no plano 215


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material houve diálogo entre o divino masculino e o divino feminino tão claro, tão conciso, tão consciente como este poder de criar entre os homens e mulheres da família humana. Quando masculino e feminino se encontram no Círculo Sagrado, cada um traz uma carga distintiva, criativa. Embora suas raízes se entrelacem e surjam da mesma fonte no mesmo Grande Espírito, eles encarnam na Terra para defrontar-se com cargas sexuais diferentes, profundamente atraídas, com imensa capacidade de criar através do poder universal do amor que pode fluir entre eles. Com o novo alvorecer, eu voltarei e viverei com vocês. Debaixo da sombra dessa árvore, estarão reunidos não somente as tribos vermelhas, mas as tribos brancas, as tribos negras e as tribos amarelas, vindo de todas as direções. Em harmonia, as quatro raças viverão sob os ramos da nova árvore. Tudo que foi quebrado será refeito por inteiro. A Roda Sagrada será consertada. A comida será farta e os espíritos de todas as criaturas alegrar-se-ão na harmonia de uma nova ordem, perfeita. O Grande Espírito estará atuando dentro das raças, vivendo, respirando, criando através dos povos da terra. A paz virá as nações.

Nesse momento Liza e Isis deitam-se sobre o ombro do padre e começam a chorar. Naquele momento, parece que desaguaram seus medos e mitos em lagrimas. Num momento o homem também desaparece.

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Capitulo 25 - Padre? Padre. - O que foi minhas filhas? - Veja isso? “Todos a partir desta data terão um chip instalado em sua mão para identificação. Todos quanto não observar o dia estabelecido como dia sagrado, não poderá comprar nem vender”. Isso não é um absurdo padre. - Veja uma coisa Liza. A gente esta praticamente fora dos acontecimentos no mundo. Estamos vivendo o nosso mundo. E ainda não nos acharam, não imagino o que possa estar acontecendo. Temos que buscar um posto policial. Mas por aqui não existe. - Não sei não padre. Isso não esta me cheirando bem. - Isis. Aquele povoado tem gente... - Vamos até lá. Um pequeno povoado ao sul de Avalon perto da Pedra Tall, devia ter umas cinqüenta pessoas por ali. Em meio as ruínas...” Quem são vocês?” perguntou o padre Mancini –“ Somos o resto da humanidade padre” falou o aparente líder daquele pequeno povo.-“ Estamos perdidos por aqui, as pessoas, nenhuma autoridade, para que possamos entender e voltar para casa?” – “ Padre, o senhor não sabe de nada? Todo o planeta sabe.” – “ Me perdoe filho. Nós estávamos em uma missão importante nas montanhas de Avalon e, estamos vendo tudo isso...” – Muito bem. Padre. Foi instituída uma lei onde serão mortos todos quanto não seguiram a ordem.” “ Sim, nós lemos isso. O dia de guarda” – “ Nosso povo não concorda com esse dia, ele não foi estabelecido por Deus. Então estamos esperando Deus tomar uma providencia para tudo isso.” “ Senhor, pode nos dizer como fazemos para voltar para o nosso Pais?” – “ Senhora, nada pode acontecer por enquanto. Tudo está a beira da 217


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morte. As pessoas estão sendo presa e torturadas. Tudo é questão de fé, nós temos nossas convicções e não iremos ceder. Não temos para onde ir. O alimento esta acabando e não sabemos o que fazer.” – “ Quem são esses ai...” perguntou um dos homens do povoado. “ São peregrinos na terra de Deus, estão de passagem.” Falou o jovem líder. –“ Não podem ficar aqui, não temos comida nem para nós mesmos.” – Não iremos ficar senhor. Queremos saber para que rumo tomar.” Falou o padre. “ Siga ao norte e encontrara uma cidade onde já se pode ver soldados do exército mundial. Levando as pessoas para suas receptivas cidades e Paises”. – “ Muito obrigado senhor”. – “ De nada, agora vão.” - Padre?

- O que foi Isis. - Quem é aquele homem ali. Caído. - Porque, é mais um diante de tantos mortos que já vimos. - Não padre, não é nãol De uma olhada. Veja Liza. - Padre. É Gesplan. - Gesplan? Não pode ser? Venha, vamos? Chegaram ao lado do moribundo. Gesplan estava caído havia muitos dias sem cuidado. Era de religião diferente, orgulhoso e obstinado. Ninguém o ajudará. - Gesplan? - Paaa...paadree. Ajude-me. - Venha Liza, Isis. Vamos levá-lo até aquela cocheira. - Não toquem nesse homem. (Gritou uma pessoa). - Por quê? - Ele não é dos nossos. Ele entregou muitas pessoas para as autoridades e todos foram mortos. - Mas, vocês não são cristãos? - Sim, somos e por isso vamos cuidar dos nossos. Estão enfermos e depressivos.

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- Como assim. Vocês dizem acreditar em Deus e andam tristes? Depressivos? - Padre. O senhor não sabe o que passamos até agora. - A quanto tempo vem acontecendo essas coisas? - Pouco tempo. Padre. Uns sete meses. - E já estão assim? Entregando os pontos. Venha cá me ajude com esse homem? - não. Padre. Não podemos. - Sim, meu Deus; Vocês podem. Vocês devem.

Começou a acumular pessoas em volta das discussões e fizeram um pequeno circulo. - Mas, ele quase nos matou a todos. - E por isso iremos matá-lo? - Não, ele irá morrer sozinho. - Não acredito que homens como vocês, seguindo o que acreditam, dando praticamente a vida pelos seus ideais cristãos. Deixam perecer um pobre homem. - Vocês o conhecem? - Não. Não conhecemos. Disse Isis. - Então o deixe ai. Deus cuidara dele. - Meu jovem. Você me parece coerente. Não faça isso. Deus não irá aprovar tal ato. Pelo que vejo, vocês andam com a bíblia nas mãos. Então não façam isso, te peço. - Está bem padre. Pegue ele e o levo para a pensão dêem comida e água para ele. - Obrigado, meu jovem? Como se chama? - Demetrius. - Demetrius. Você é grego?

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- Sim. Estávamos em missão aqui em Bhoemia. Toda a minha família. - Onde eles estão agora? - Mortos. Padre. Todos mortos. Não quiserem renunciar sua fé. - Mas, eu não entendo Demetrius, me diga uma coisa. Estamos vivenciando o que? Uma inquisição? - Um pouco pior padre. A situação está se controle, as autoridades estão sem freio. Cada presidente, cada coronel quer fazer algo pior para os rebeldes (como eles dizem). - Entendo. Nós temos que seguir em frente. Cuide desse homem por Deus. - Pode deixar, cuidaremos. E vocês, se cuidem. Não acreditem muito neles. Peça força e sabedoria para Deus. Seguiram viagem. Seguindo a orientação daquele homem, foram para o norte. Não sabiam o que os esperava, mas tinham a convicção de que seriam bem recebidos. Em cada canto, cidade ou estrada, corpos de pessoas jogados pelo chão como banquete de corvos. Estavam assustados, mas seguiam em frente na esperança de encontrar alguém que lhes possa explicar melhor o que estava ocorrendo e se podiam voltar ao seu lar. De repente. - A Besta. O sinal da Besta! - Senhores? Por favor? Senhores? - Não aceitem o sinal da besta. Fujam do seu sinal. - Esse homem não esta em condições de falar padre. Temos que encontrar alguém mais equilibrado. - Ei, mocinha? - Vocês já sabem? - Sabem o que. Por Deus. - "E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na [dentro da] mão direita, ou na [dentro da] testa, para que ninguém pudesse comprar ou vender senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, pois é o número de um homem. O seu número é 666" (Apocalipse 13:16-18). É por isso que a Bíblia adverte: "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus (…) Não têm repouso

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nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome" (Apocalipse 14:9-11). - Padre. De uma lida nisso aqui! “Existem atualmente vários métodos usados para fazer compras: pode-se usar dinheiro vivo, preencher um cheque ou usar um cartão de crédito. Ou pode-se usar um cartão de débito. O caixa simplesmente passa o seu cartão num escaneador ligado eletronicamente ao seu banco, e o dinheiro é imediatamente retirado da sua conta e depositado na conta da loja. Tudo numa fração de segundo. Outro meio de transferir dinheiro, já empregado em vários países e que está sendo promovido em vários outros, é o "cartão inteligente". Parece um cartão de crédito normal, mas com uma grande diferença: ele tem um chip embutido. Essas maravilhas eletrônicas que não só lhe dão acesso instantâneo à sua conta bancária, mas também contêm todas as informações do seu passaporte, registro médico, carteira de habilitação, fotos, situação junto ao serviço de assistência social do governo, e muitas outras informações. Mais de 90 milhões de cartões inteligentes de saúde já estão sendo usados na França, no Canadá, na Alemanha e na Inglaterra. O obstáculo da identificação. O implante do microchip pessoal. Uma solução barata e funcional seria pegar um chip semelhante aos que são usados nos cartões inteligentes e inseri-lo sob a sua pele. Depois que o chip fosse implantado, poderia ser lido por um escaneador normal, bem semelhante aos que reconhecem o código de barras num supermercado. Você então se tornaria o seu próprio cartão inteligente. E assim estaria resolvido o problema tão dispendioso de verificar se a pessoa que apresenta o cartão é realmente a dona do mesmo! A tecnologia para esse implante não só já existe, mas também está sendo testada em programas-piloto no mundo inteiro. Por exemplo, o Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos EUA diz que já está acontecendo em Washington D.C. e em várias outras cidades a implantação do novo Microdot Identification Project. Os minúsculos chips de computador sendo usados são do tamanho de uma cabeça de alfinete, custam menos de 25 cêntimos cada e são injetados 6 mm aproximadamente debaixo da pele, geralmente no local neutro entre os tendões do dedo médio e do indicador. São ativados por um pequeno escaneador de mão e proporcionam a identificação exata das pessoas em quem foram implantados”. - É nessa ocasião que o Anticristo porá em vigor o seu infame sistema de crédito mundial, o "666". - O sinal? Esse sinal que todos esperavam. Muitos têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca invisível que possa ser lida por um scanner. - E o que será na verdade a marca padre?

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- Estranho é que, a minha igreja sempre falou e ensinou que a marca 666 foi no passado em Roma antiga. Não entendo. Claro que fiz alguns estudos e tenho uma teoria. Mas, quando pensei , achei que estivesse ficando louco e deixei tudo pra lá. A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando um poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico. Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apõem as instituições, a América Protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável.

A besta de dois chifres "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta ou o número do seu nome." Apocalipse 13: 16,17. A advertência do terceiro anjo é: "Se alguém adorar a besta e a sua Imagem e receber o sinal na sua testa ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus." "A besta" mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois cornos, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse - o papado. A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para a imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da besta". - Mas, padre. O senhor está falando da sua igreja? - Os estudos me mostram tudo isso. Claro que não levei em conta, na época. Agora, Liza. Tudo me parece fundir. O característico especial da besta. e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei." Daniel 7:25. E Paulo intitulou o mesmo poder "o homem do pecado", que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que, conscientemente, guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais, seria um sinal de vassalagem ao Papa em lugar de Deus. 222


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- Veja só... - Uma loucura. Liza. Imagina-me ler tudo isso? Minha cabeça, quase fundiu. - Mas, ainda são apenas teorias padre. - Sim, são, teorias, mas tudo esta nos levando a ver com nossos próprios olhos essa teoria virar pratica. - Senhora. Ainda tem mais... Muitos defrontar-se-ão com espíritos de demônios, personificando parentes ou amigos queridos e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos, simpatia e operarão prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir-lhes com a verdade bíblica de que os mortos não sabem de coisa alguma e de que os que aparecem como tais são espíritos de demônios.

Aproxima-se de nós "a hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra.'' Apocalipse 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus; serão enganados e vencidos. Satanás opera com "todo o engano da injustiça ", para obter domínio sobre os filhos dos homens e seus enganos aumentarão continuamente. Mas só conseguirá alcançar seu objetivo quando os homens voluntariamente cederem às suas tentações. Os que, com sinceridade, estão buscando o conhecimento da verdade e se esforçam por purificar a alma pela obediência, fazendo o que está a seu alcance a fim de preparar-se para o conflito, encontrarão no Deus da verdade o refúgio seguro. "Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei" (Apocalipse 3: 10), é a promessa do Salvador. Ele preferiria enviar todos os anjos do Céu para protegerem Seu povo do que deixar uma s6 alma que nEle confia, ser vencida por Satanás. - Ai! Padre. Não quero ouvir sobre isso. - Esta bem. Isis. Venha, vamos seguir. - Vocês tem que ouvir padre. Não podem cerrar seus ouvidos a verdade de Deus. - Vamos. Padre. Vamos sair daqui. Seguiram seu caminho. Entraram numa pequena estalagem e ali, voltaram a conversar. 223


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- Companheiros! Peregrinos. Estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus a pinta. Aquele que morreu pelos pecados do mundo está franqueando as portas do Paraíso a todo que nEle crê. Logo a batalha estará finda, e a vitória ganha. Breve veremos Aquele em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora. "Não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão". "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. porque ainda um poucochinho de tempo. e o que há de vir virá, e não tardará. “ Me diga, quem é o senhor? ” perguntou Liza. – “Aquele homem de branco novamente...” – Falou Isis.

- A influência que Jesus teve na vida das pessoas nunca foi ultrapassada. Nenhum outro grande líder tem inspirado tantas mudanças positivas nas vidas de seus seguidores. As pessoas que se encontram com o Cristo ressuscitado são totalmente transformadas. Sua visão sobre a vida é alterada para sempre. Para conservar sua fé, eles não hesitam em enfrentar opressão, perseguição e até mesmo a morte. Muitos dedicam suas vidas para servir a outros, desprezando suas próprias necessidades e desejos. - Ele, se foi, novamente. - Pelo menos ele fala de Deus. Coisas boas, mas aquela mulher. Socorro. Padre. - Cada um tem sua maneira peculiar de expressar aquilo que crê. Conheci muitas pessoas por esses longos anos, que são assim. As vezes até piores. - Padre e essa perseguição, que estamos vendo. Essas pessoas mortas e jogadas como um nada por ai. - Sim, perseguição e até morte foi a porção de muitos dos servos escolhidos de Deus, enquanto outros levaram vidas relativamente tranqüilas. Por que a diferença? Tudo é parte da vontade soberana de Deus para nós - ajustada individualmente para atender às necessidades do seu plano. Nossa responsabilidade é tentar fazer o melhor que pudermos para nos conformar à sua boa e perfeita vontade, enchendo-nos do Espírito Santo diariamente, sabendo que ao fazer isso, incorreremos na ira do mundo que está à nossa volta. Não é uma coisa fácil de fazer! A maioria de nós não tem a menor vontade de ser desprezado pelos outros - particularmente quando podemos 224


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evitar isso mantendo nossas bocas fechadas e nos preocupando apenas com nossas vidas, por assim dizer. No entanto, o cristianismo "furtivo" é uma das principais razões por que a igreja tornou-se tão morna e sossegada. - Todos adquiriram o sinal? - Todos. - Nossa! Padre. E nossa família? - A família, estará sob os cuidados de Deus. Minhas filhas, cada um escolhera seu caminho. Deus talvez tenham afastado vocês para que não se influenciasse com pessoas de sua convivência. Assim, seus amigos queridos, não poderiam chorar e pedir ara vocês não seguiram a verdade. - Mas e, minha filha?

- Ela saberá seguir o caminho certo. Tenha fé. Os primeiros grandes desafios da Igreja foram às perseguições. A princípio o governo romano considerava a Igreja Cristã como uma das seitas do judaísmo, e como tal, uma religio licita. Posteriormente, com o crescimento do Cristianismo, passou a ver a igreja como distinta do judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã e do próprio Estado. A primeira grande perseguição movida pelo Império deu-se sob Nero. A partir daí, outras perseguições ocorreram, mas elas nem foram de cunho universal, nem de duração contínua. Muitas vezes dependia do governo provincial. Após Nero, Domiciano (90-95) moveu curta, mas feroz perseguição aos cristãos. Já no segundo século, o imperador Trajano estabeleceu a política que norteou as perseguições ao cristianismo: o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte. Dessa forma, a perseguição não tinha um caráter de política de Estado, mas estava sempre presente, posto que somente em 313 (séc IV) o cristianismo passou a ser considerada uma religio licita. Assim, vários foram os mártires cristãos nesse início da igreja: Simeão e Inácio, no período compreendido entre os reinados de Trajano e Antonino Pio; Policarpo e Justino, o Mártir, sob o reinado de Marco Aurélio; Leônidas, Perpétua e Felícitas, sob o reinado de Séptimo Severo; Cipriano e Sexto, durante a perseguição movida pelo imperador Valeriano. Perseguiram ainda a Igreja os imperadores Décio, Diocleciano e Galério.Basicamente havia duas linhas de oposição ao Cristianismo: popular e erudita. A oposição popular estava baseada em 225


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rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos. Era voz corrente entre o povo que os cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”. Cria também o povo que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo. Já os homens cultos da época faziam acusações a partir da própria crença dos cristãos, tais como, “Por um lado dizem que é onipotente, que é o ser supremo que se encontra acima de tudo. Mas por outro o descrevem como um ser curioso, que se imiscui com todos os assuntos humanos, que está em todas as casas vendo o que se diz e até o que se cozinha. Esse modo de conceber a divindade é uma irracionalidade. Ou se trata de um ser onipotente, por cima de todos os outros seres, e portanto, apartado deste mundo; ou se trata de um ser curioso e intrometido, para quem as pequenezas humanas são interessantes.”

Capitulo 26

O Senhor sempre deu a primeira oportunidade aos líderes, mas é lamentável dizer que, quando surgiu a crise perante o povo, encontrou-os despreparados. A grande maioria dos membros na Europa foi incapaz de enxergar que seus líderes, levando os membros à combatência, estavam conduzindo a igreja a uma direção errada. Durante essa ardente prova, a liderança expediu declarações instruindo-os a tomarem parte nos combates. Milhares de fieis d na Europa foram lançados em grande sofrimento e perplexidade, os quais, para evitar a perseguição e possível morte, consentiram em renunciar à guarda do dia para portar armas e agir como outros patriotas agiam. A grande maioria procedeu em conformidade com as decisões de seus líderes. Foi somente uma pequena minoria de objetores de consciência que tiveram fé e coragem necessárias para defender a verdade e a justiça. Não eram desordeiros; eram eles sinceros que permaneceram em defesa da Lei de Deus num tempo de crise, em que o povo vacilava entre a lealdade e a transigência. Seu ponto de vista, porém, conflitava com a decisão dos líderes, cujo desejo era que a igreja não perdesse o favor do governo. Por isso os poucos que se mantiveram fiéis às suas convicções foram excluídos. A perseguição e a tribulação que se seguiram em resultado dessa . Desde o início da guerra, a Sociedade Secreta estava a par das dificuldades enfrentadas pela igreja na Europa.

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As contendas e divisões surgidas nas fileiras não foram ocultadas aos irmãos da sede. Por isso, , William Korki secretário da Conferência Geral, foi enviado à Europa a fim de obter informações de primeira mão sobre o problema e, se possível, encontrar uma solução. Se ele tivesse entrado em contato com a minoria excluída e ouvido também a sua versão da história, poderia ter levado para Washington, D. C., um quadro equilibrado da situação. Satisfez-se, porém, apenas com relatórios parciais que lhe foram apresentados pelos líderes europeus (principalmente por Gesplan e Dyorio), responsáveis pelo problema e diretamente envolvidos na dificuldade. Assim, a visita doSupremo Spicer, em vez de servir para resolver ou minimizar a questão, serviu apenas para agravá-la. Na Alemanha, Milhares deles encheram-se de consternação e começaram a protestar quando leram a Circular de 2 de agosto, assinada pelo Lider Guial Dail, secretário da Divisão Européia, e que continha as seguintes instruções:"Devemos cumprir de bom grado nossos deveres militares enquanto estivermos servindo o exército ou quando formos chamados a servir, para que os oficiais encarregados encontrem em nós bravos e fiéis soldados, dispostos a morrer por seus lares, por nosso exército e por nossa Pátria.

"Para agravar a aflição desses objetores de consciência, o compromisso da liderança, de acordo com a declaração submetida pela União da Alemanha Oriental ao Ministério da Guerra (4 de agosto), assinada pelo presidente da União, H. F. Strause, foi providencialmente trazida ao conhecimento deles poucos dias depois. Dizia essa declaração: "Comprometemo-nos a defender a pátria e, nessas circunstâncias, também portaremos armas no Domingo." Outra coisa que chocou esses poucos fiéis foi a publicação do livreto Der Christ und der Krieg (O Cristão e a Guerra). Na página 18, três dos principais líderes da Alemanha fizeram a seguinte declaração: "Em tudo quanto dissemos, mostramos que a Bíblia ensina: primeiro, que tomar parte na guerra não é transgressão do sexto mandamento; segundo, que fazer serviço militar no Sábado não é transgressão do quarto mandamento." Ninguém pode negar que ocorreu uma mudança fundamental na posição doutrinária da Sociedade na Alemanha e que essa mudança afetou a Lei de Deus diretamente. Uma crise, seguida de separação, foi a conseqüência inevitável. Mesmo os de fora comentaram sobre esse acontecimento. Um ministro luterano escreveu: “A Guerra Mundial acarretou grande crise ao advento alemão. O Koelnische Zeitung (Jornal de Colônia), de 21 de setembro de 1915, escreve: ‘Depois do início da guerra ocorreu um cisma entre os seguidores do adventismo. A maioria queria que seus ensinos fundamentais ficassem invalidados durante o tempo da guerra. A outra parte, ao contrário, desejava a santificação do Sábado mesmo durante esse tempo difícil. Essas diferenças de opinião 227


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resultaram finalmente na exclusão dos seguidores da antiga fé da igreja.’ Acima de tudo foi essa posição para com o serviço militar em geral que causou essa divisão”. “Ao eclodir a guerra, a denominação agiu firmemente de acordo com a lei do recrutamento, conforme seus membros tinham feito em tempos de paz. Desejavam, se possível, os privilégios que podiam ser concedidos a outros sob as mesmas circunstâncias. Milhares de seus membros estão no exército. Muitos deles tombaram no campo da honra na Europa e alguns nas colônias, ao passo que muitos outros receberam condecorações ou foram promovidos. Além disso, no início da guerra, muitos de seus membros, tanto homens como mulheres, trabalharam voluntariamente prestando serviços em ambulâncias, e a denominação colocou sem hesitar suas espaçosas instalações da missão à disposição da Cruz Vermelha”. "No decurso da guerra, contudo, houve lamentavelmente alguns membros que deixaram de confessar abertamente às autoridades suas próprias dúvidas pessoais de consciência, e preferiram afastar-se secretamente de seus deveres e ficar perambulando de lugar em lugar induzindo outros, pela palavra falada ou escrita, a adotar o mesmo procedimento. Quando a denominação os chamou a prestar contas pela sua conduta, acusaram os líderes de estar em apostasia. Portanto, eles tiveram de ser excluídos da comunhão, não por causa de suas convicções pessoais, mas devido à sua atitude anticristã e por se haverem tornado uma ameaça tanto à paz interna como à externa." Numa carta circular intitulada The European Situation (A Situação Européia), o pastor C. H. Watson deu a seguinte explicação: “Houve na Alemanha, e nesses outros países em questão, uma minoria de nossos crentes que se recusaram a seguir a liderança de Barklin e outros a participar na guerra como combatentes”. “Esses foram submetidos a muito sofrimento nas mãos de seus governos devido à posição que defendiam”. "Na Alemanha, os que se posicionaram contrariamente à ímpia ação de Barklin em submetê-los à guerra foram tratados com grande rudeza por ele e seus aliados. A resistência da minoria ao serviço militar ameaçava comprometer todo o corpo de adventistas aos olhos do governo alemão, e, para evitar isso, Barklin mandou que excluir a minoria da Sociedade. "Assim a minoria não-combatente daquele país foi posta fora da igreja, e essa separação continuou através dos anos da guerra. "A sentença pronunciada contra os objetores de consciência era que, dentre os homens qualificados para o exército, um de cada dez devia ser executado. Depois, se os outros não cedessem, todo quinto homem seria morto, e finalmente cada segundo." Só Deus sabe, e o dia do juízo revelará, quantos objetores de consciência foram realmente executados. Naquele tempo eles eram muitas vezes desprezados como covardes que temiam ir para a frente de 228


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batalha, embora hoje em dia sejam considerados heróis que se recusavam a tirar a vida humana e que não temiam morrer por suas convicções. Os que sobreviveram ao fuzilamento foram mantidos na prisão até o fim da guerra. De igual modo, em outros países que tomaram parte na guerra, os fiéis passaram por grandes dificuldades. Na Romênia Quando surgiram as hostilidades na Europa, os líderes da União Romena estimularam seus membros a tomar parte na guerra. Paulini e G. Dani, respectivamente presidente e secretário da União, dizia: "Os membros que foram convocados para prestar serviço militar não devem perder de vista o fato de que, em tempo de guerra, todos devem cumprir plenamente seus deveres. Em Josué 6, vemos que os filhos de Deus pegavam em armas e cumpriam seus deveres militares mesmo no dia de Sábado. ... Portanto, em reunião especial com nossos líderes, à qual compareceu grande número de crentes convocados para portar armas, chegamos à conclusão de que todos os membros devem cooperar com essa disposição." A seguinte decisão foi posteriormente publicada num periódico denominacional da Romênia: Mas, Deus ao escolher seus lideres saibam que foram muito maltratados pelos outros líderes, sofrendo não apenas crítica e difamação, mas também exclusão e perseguição. Delatados às autoridades, eles foram separados uns dos outros, aprisionados e torturados (só Deus sabe quantos morreram em tais circunstâncias), ao passo que os membros regulares, que seguiam as recomendações dos líderes da igreja, não enfrentaram problemas, porque estavam dispostos a fazer o que todos faziam. Os líderes explicaram a posição “Aquele irmão respondeu que havia muito tempo já pensara sobre isso e que estava decidido a permanecer firme em sua posição, pois não podia agir contrariamente à sua consciência. Quando o comandante percebeu a que aquele irmão estava realmente decidido, disse-lhe”: -"Siga-me!’ E o conduziu para outro local. "Ouviu-se um tiro disparado no ar, a cova foi enchida com terra e derramou-se um pouco de sangue de animal nos arredores. "A seguir o comandante convocou o segundo irmão e lhe fez o mesmo apelo, acrescido desta advertência: " ‘Veja, seu irmão está morto e enterrado nesta primeira cova em virtude de sua obstinação. Esta segunda cova está reservada para você, caso continue a mostrar a mesma atitude inflexível.’ "O segundo homem respondeu: 229


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" ‘Se meu irmão permaneceu fiel a Cristo até a morte, eu também permanecerei fiel Àquele que nos ensinou a amar uns aos outros, porque não quero perder a coroa da vida.’ "Repetiu-se o mesmo procedimento. Outra vez disparou-se um tiro no ar, a cova foi coberta e algumas gotas de sangue derramadas no solo. "Quando o terceiro irmão foi chamado, o comandante apontou-lhe as duas covas e lhe disse: " ‘Eis onde jazem os corpos de seus dois irmãos. Eles perderam a vida por causa de sua obstinação. Mas você ainda tem uma chance para salvar sua vida. É fácil. Apanhe sua arma e cumpra seus deveres militares para não ser fuzilado. Depois que a guerra acabar, você poderá viver em paz e seguir, contente, a sua religião.’ "O terceiro homem começou a pensar. Durante algum tempo ficou hesitante. Finalmente declarou-se pronto a portar armas, ir para a frente de batalha e fazer tudo quanto os outros combatentes faziam. Então o comandante lhe disse: "Devemos fuzilá-lo, porque você não é fiel a seu Deus como foram seus outros dois irmãos. Você é um hipócrita e um covarde. Se não serve a seu Deus, não podemos confiar em que servirá a nosso governo. Há de atirar no ar e, quando em perigo, dará vantagem ao inimigo. Seus dois irmãos, que mantiveram seu propósito de permanecer fiéis a Deus, sobreviveram; mas você será executado! "Então ordenou que o pelotão de fuzilamento atirasse. "Os dois sobreviventes, que não negaram sua fé, foram forçados a trabalhar nos campos e, ao fim da guerra, voltaram para seus lares. Foi então que a história toda se tornou conhecida entre os irmãos na Romênia." "Quem deu ordens para atirar nesse homem? E por que motivo?" Em poucas palavras, os soldados explicaram o problema: O homem seria executado porque, sendo objetor de consciência, afirmava não poder quebrar a Lei de Deus; portanto, não podia portar armas ou fazer qualquer trabalho secular aos Sábados. "Este homem não deve morrer", replicou o oficial. "Ele irá comigo para a corte marcial e eu o defenderei." Em alguns casos, Deus foi honrado em livrar Seus servos fiéis de maneira miraculosa; em outros casos Deus foi honrado em dar a Seus servos fiéis força e resignação para sofrer o martírio. Qualquer que tenha sido o caminho escolhido por Deus, Ele sabia o que estava fazendo. Que Seu nome seja honrado e glorificado!

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Também na Rússia houve uma minoria de fieis que, por causa de suas convicções religiosas, se recusaram a tomar parte na guerra. "Algum tempo depois de iniciada a guerra, nossos líderes na Rússia souberam que o governo havia condenado cerca de setenta de nossos irmãos a trabalhos forçados, e acorrentados, durante o período de dois a dezesseis anos. Milhares de jovens de outras denominações sofreram condenações semelhantes. Mas o olhar amorável de Deus seguia esses cristãos sofredores. Ele via suas mãos algemadas, e ouvia seus clamores de angústia. Por isso lhes trouxe livramento de modo inesperado. Com a queda do velho regime, surgiu um novo e ... o novo governo expediu decretos concedendo anistia aos objetores de consciência e isentando-os de pegar em armas." —Além desses setenta, deve ter havido outros adventistas fiéis cuja fé e coragem foram severamente provadas. Um recém-convertido, cujo coração estava repleto do primeiro amor, mostrou heroísmo entre outros heróis da fé. Depois de liberado da prisão, ele contou sua história: “Eu havia tentado explicar que era contra meus princípios religiosos portar armas, mas que estava disposto a servir meu país com toda a minha capacidade em outra situação. Entretanto, ninguém me deu ouvidos. Finalmente nossa companhia foi convocada, e nos alinhamos diante de um grande depósito de armamento. Recebemos ordens para apanharmos as armas de fogo. Havia uma para cada soldado. Todos se inclinaram em obediência à ordem. Somente eu permaneci de pé orando fervorosamente a fim de receber graça suficiente para aquele momento crucial”. "O comandante logo perguntou: " ‘Você não entendeu a ordem?’ "Depois que respondi afirmativamente, ele perguntou outra vez: " ‘Bem... e não é necessário obedecer ordens?’ E irritado: ‘Que nova idéia é essa?’ "Todos os olhos se fixaram em mim. Eu achei que devia responder, mas antes que eu começasse a falar, o oficial me deu ordens para apanhar a arma sem mais comentários. " ‘Não posso’, respondi. "Ele rapidamente sacou da espada e, colocando-se em posição ofensiva, disse furiosamente: " ‘Você conhece a lei.’ "Então, virando-se para o suboficial, disse:

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" ‘Vou matá-lo, pois devo ser obedecido.’ “Eu realmente esperava que num golpe fatal a espada do comandante me degolasse, embora de algum modo não tivesse no momento nenhum medo. Aquela espada erguida não me parecia nada mais que um pedaço de papel. Por alguns instantes ele se manteve naquela posição. Então como se tivesse ouvido uma ordem para embainhar a espada — não duvido que tenha sido uma ordem de verdade de nosso Pai celestial — ele abaixou a espada e ordenou a alguns soldados que me lançassem na prisão”. "Certo dia apareceu um padre que queria, por todas as maneiras, dissuadir-me de meus pontos de vista. Quando viu que seria inútil continuar insistindo, ficou bastante zangado e, dirigindo-se aos soldados de minha tropa, disse-lhes: " ‘Filhos, não dêem ouvidos a este homem. Não falem com ele. Ele está leproso.’ "Isso, porém, só serviu para divertir os rapazes, que ficaram cada vez mais ávidos de me ouvir falar. ... Um general russo, por exemplo, ameaçou banir todos os adventistas de uma cidade da Letônia e matar os que ousassem nela permanecer. Aconteceu que no exato dia em que ele havia marcado para levar a cabo sua decisão, foi destituído de seu cargo e recebeu ordens para apresentar-se no quartelgeneral. Naquele dia, que era um Sábado, estavam jejuando e orando, e o Senhor frustrou os planos daquele ímpio general. Em outro lugar da Rússia, certo juiz, com a ajuda do padre local, jurou que "não permitiria que nenhum adventista colocasse o pé no território" sob sua jurisdição. Mas estourou a revolução, e aquele ímpio juiz, acostumado a injustiçar o povo com suas atitudes arbitrárias, foi capturado pelo populacho e enforcado numa árvore. Não sabemos quantos objetores de consciência havia na Grã-Bretanha quando eclodiu a Guerra Mundial. Mas havia alguns. Certo fiel sincero, ao ser convocado para receber sua arma, declarou que não podia lutar. — Não pode lutar? — estranhou o oficial. — O que você quer dizer com isso? O soldado explicou seu ponto de vista em algumas breves palavras. — Recusar-se a lutar contra o inimigo significa morte — disse o oficial do comando. — Eu esperava que isso acontecesse — respondeu o reservista. — Mas você será fuzilado — disse o oficial. — Não posso fazer mais nada a não ser ordenar que atirem em você.

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— Sim — disse o jovem. — Eu sei que esse é seu dever como militar. Eu já esperava enfrentar isso. Mas, tendo Cristo como meu exemplo, não posso pegar em armas. O oficial hesitou por um momento enquanto a batalha prosseguia violentamente. Então tomou providências para que esse irmão servisse como não-combatente, de acordo com sua consciência religiosa. Estamos narrando somente o que aconteceu. Nem tudo o que esse soldado fez está de acordo com a nossa posição como Movimento. Depois de um ano ou mais, o jovem obteve transferência de função. Tendo sido designado para dirigir um caminhão de munições, uma vez mais seus escrúpulos de consciência o colocaram em dificuldades quando declarou a seu comandante que não podia fazer isso. — Não pode levar a munição até a frente de batalha? Que quer dizer com isso? O soldado tornou a explicar suas convicções. — Você será levado perante a corte marcial imediatamente. — Sim — replicou ele — mas não posso fazer esse tipo de trabalho. Somente depois de haver demonstrado coragem inflexível na defesa de suas convicções e na aceitação de suas conseqüências, deram-lhe uma ocupação alternativa. (Condensado do livro Providences of the Great War). Outro jovem contou sua experiência da seguinte maneira: "Eu estava sozinho no cais no meio de mais ou menos 900 homens desesperados, com guardas armados por todos os lados. Durante a manhã o comandante da guarnição apareceu em sua ronda e mandou buscar-me. — Você deve trabalhar com este grupo até às seis horas da tarde — disse-me ele — sem essa idéia maluca de Sábado que você nos apresentou na semana passada. — Desculpe-me, senhor — disse eu — mas, embora eu não queira ser um criador de casos, devo seguir minhas convicções. O oficial vociferou: — Olhe aqui! Se esses homens o virem recusando-se a trabalhar ao pôr-do-sol e se rebelarem, você será o responsável e estará sujeito a fuzilamento. ... Hoje você vai aprender a não se rebelar. Volte ao trabalho. Nesse conflito desesperado, quando o soldado já começava a recuar interiormente, sentiu-se encorajado com o pensamento de que não estava sozinho nessas provações. Sabia que onze outros irmãos adventistas estavam 233


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na mesma fornalha da aflição. A constante oração foi sua principal fonte de força. Quando a negra e solitária sexta-feira estava prestes a findar, ele disse a seu superior imediato: — Desculpe; não posso mais trabalhar hoje. Instantaneamente vários guardas o agarraram e o arrastaram para detrás de alguns sacos de aveia, longe da vista dos demais prisioneiros, e ali o espancaram. Depois o acorrentaram e o lançaram numa pequena cela. "Um oficial veio ter comigo", continua ele, "e disse-me num tom um tanto conciliatório: — Todos os seus companheiros recobraram o bom senso e estão neste momento trabalhando tranqüilamente. Lamento que você esteja tão desorientado a ponto de trazer sobre si este castigo. Por que não muda de parecer, e desiste dessa idéia impraticável de Sábado, como seus amigos o fizeram? — Não posso ser infiel às minhas crenças, mesmo que os outros o sejam — repliquei. "À medida que os passos do guarda se distanciavam, comecei a pensar no silêncio da solidão: Certamente todos os meus companheiros não poderiam ter falhado. Contudo, eu devia escutá-los se eles estivessem nas celas adjacentes. Depois de alguns minutos, assobiei suavemente dois compassos do hino ‘O Senhor é minha luz, meu gozo, minha canção’. Nenhuma resposta. O desânimo começou a apoderar-se de mim. Assobiei o primeiro compasso do hino novamente, e um pouco mais alto. Subitamente o segundo compasso veio da cela adjacente. O cântico dos anjos não podia ter sido mais doce aos pastores do que foi para mim aquele hino assobiado a dizer-me que meus companheiros tinham pela graça de Deus suportado outra prova do Sábado e que estavam regozijando-se em Jesus." —Outros irmãos que também sofreram tratamento cruel em prisões contaram-nos suas experiências. Visto haverem-se recusado a trabalhar no Sábado, foram impelidos como animais selvagens para as celas em meio a imprecações e estalar de chicotes. Ali foram imediatamente algemados. As algemas eram tão pequenas que lhes cortaram as carnes da parte superior das mãos. Depois o sargento debochou deles e esmurrou-lhes os corpos. Esses jovens foram também submetidos ao que se chamava de "castigo de campo número um" ou "treinamento com pesos". Esse suplício consistia em ter dois pesos enormes sobre as costas e o tórax, com os quais se devia correr de um lugar para outro durante uma hora. Um desses soldados, taxado como chefe do motim, foi tratado com tanta crueldade e violência que acabou desmaiando e espumando pela boca. Ele 234


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não morreu, como temiam que acontecesse, mas ficou em estado grave durante algum tempo. Sexta-feira de manhã, alinharam-se todos perante o sargento principal, que lhes perguntou o que haviam decidido com relação ao Sábado que se aproximava. Quando disseram que era seu dever antes obedecer a Deus que a homens, guardando o dia santo do Senhor, foram mandados calmamente de volta para as celas. O castigo que receberam foi o isolamento solitário a pão e água, junto com um treinamento diário com peso durante sete dias.

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Capitulo 27

As nações do mundo estão ávidas por entrar em conflito. "Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima....Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Essas coisas prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior magnitude. "As instrumentalidades do mal se estão conjugando e consolidando. Estão-se fortalecendo para a última grande crise. ... "O estado de coisas do mundo mostra que temos justamente diante de nós tempos trabalhosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito iminente." "O mundo está excitado pelo espírito de guerra. A profecia do capítulo onze de Daniel atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se darão as cenas de perturbação das quais falam as profecias."

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"Tremendas provas estão reservadas ao povo de Deus. O espírito de guerra agita as nações de uma a outra extremidade da Terra." Junto com essa advertência, ele citava, entre outras passagens, Isaías 24:1-8. O verso 1 menciona a destruição que a guerra causaria nos últimos dias: "Eis que o Senhor esvazia a Terra e a desola, transtorna a sua superfície e dispersa os seus moradores." A despeito das advertências recebidas pelo povo do advento, a maioria não conseguiu divisar o que realmente se escondia por detrás daquelas cenas. Apenas aqueles que, em atitude de oração, observavam os sinais dos tempos, viram que o mundo estava prestes a envolver-se num conflito de proporções internacionais, identificado como "o princípio das dores" (Mateus 24:8). A Guerra Mundial não começou subitamente . As causas reais do conflito eram mais remotas. Tensões resultantes de atitudes políticas imprudentes adotadas durante anos alinharam as mais poderosas nações da Europa em dois blocos. Cada lado era orgulhoso, ciumento, suspeitoso e cheio de espírito nacionalista. Ambos os lados estavam fortemente armados e temerosos um do outro. Sentindo que a guerra estava prestes a eclodir, líderes sábios naquelas nações fizeram o máximo para afastar o perigo iminente. Estabeleceu-se também em Haia, na Holanda, uma Corte Permanente de Arbitração, com o objetivo de ajudar as nações a resolver suas disputas. A primeira conferência de paz internacional, com a participação de 24 nações, realizou-se em Haia em 1899. A segunda conferência de paz, à qual 44 nações enviaram representantes, ocorreu em 1907. A Corte de Haia, contudo, não possuía praticamente nenhuma autoridade, e só podia ajudar a solucionar dificuldades entre nações contendoras dispostas a submeter-se a seu arbítrio. Quando menciona a vinda da "prova", refere-se muitas vezes a um tempo probante, a uma série de situações penosas, que teve início com as provas preliminares e que terá seu fim com a prova final. Podemos comprovar isso , retrocitado, bem como em outras declarações do Espírito. Outro ponto que deve ficar claro antes de passarmos para o próximo capítulo: a menos que compreendamos claramente o que significa a expressão "apostatar da fé", não teremos uma clara compreensão de determinadas declarações do Espírito de Profecia. Alguns dirão que apostatar da fé é o mesmo que abandonar a igreja. Não necessariamente. A história ensina que, século após século, a maioria apostatada não saiu da igreja; pelo contrário, assumiram o controle da igreja. Essa é a razão por que existe hoje toda uma família de igrejas caídas — Babilônia, tanto a mãe como as filhas (Apocalipse 17:5 e em muitos outros escritos proféticos referentes ao fim, lemos a respeito de uma maioria não reformada que manterá as rédeas do governo na Igreja Adventista até que seja tarde demais para uma mudança). A conduta da maioria infiel foi profeticamente descrita nos seguintes termos:

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"Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de prisão, perda de propriedade e da própria vida, para defender a Lei divina que os homens procuram anular. Nessa situação, os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente com as leis do país, por amor da paz e harmonia." "Foi-me apresentado sob o nome de fieis um grupo que aconselhava que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto não devia ser tão chocantemente defendida, pois julgavam não ser esse o melhor método para nossas instituições obterem êxito." Em suas visões proféticas, viu também outro grupo de adventistas do sétimo dia, a saber, a minoria fiel: "Vi um grupo que permanecia bem guardado e firme, o qual não dava atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé do corpo de crentes. Deus olhava para eles com aprovação."

- Ver os telejornais ou escutar os noticiários é, com frequência, uma experiência que nos intranquiliza e que nos deprime. Os dramas dessa aldeia global que é o mundo entram em nossa casa, sentam-se à nossa mesa, apossam-se da nossa existência, perturbam a nossa tranquilidade, escurecem o nosso coração. A guerra, a opressão, a injustiça, a miséria, a escravidão, o egoísmo, a exploração, o desprezo pela dignidade do homem atingem-nos, mesmo quando acontecem a milhares de quilómetros do pequeno mundo onde nos movemos todos os dias. As sombras que marcam a história actual da humanidade tornam-se realidades próximas, tangíveis, que nos inquietam e que nos desesperam. Feridos e humilhados, duvidamos de Deus, da sua bondade, do seu amor, da sua vontade de salvar o homem, das suas promessas de vida em plenitude. A Palavra de Deus que hoje nos é servida abre, contudo, a porta à esperança. Reafirma, uma vez mais, que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todos os homens. A humanidade não caminha para o holocausto, para a destruição, para o sem sentido, para o nada; mas caminha ao encontro da vida plena, ao encontro desse mundo novo em que

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o homem, com a ajuda de Deus alcançará a plenitude das suas possibilidades. - Acho que nós precisávamos de uma missa como essa. Padre. - Sem duvida. Liza? - Fale Isis. - Eu mão. Vocês, muito. Acredito que Deus nos ajudará e muito. Como vem fazendo. - Esse Deus que não abandona os homens na sua caminhada histórica, vem continuamente ao nosso encontro para nos apresentar os seus desafios, para nos fazer entender os seus projectos, para nos indicar os caminhos que ele nos chama a percorrer. Da nossa parte, precisamos estar atentos à sua proximidade e reconhecê-lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. O cristão não pode fechar-se no seu canto e ignorar Deus, os seus apelos e os seus projectos; mas tem de estar atento e de notar os sinais através dos qual Deus se dirige aos homens e lhes aponta o caminho do mundo novo. - Posso ler. Padre. -Pode sim. Isis. - Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Naqueles dias, depois de uma grande aflição”... o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais,

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da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai". - Amém! - Amém! Durante mil anos a besta fera vagueará de um lugar para outro na Terra desolada, para contemplar os resultados de sua rebelião contra a lei de Deus. Durante este tempo os seus sofrimentos serão intensos. Desde a sua queda, a sua vida de incessante atividade baniu a reflexão; agora, porém, está ele despojado de seu poder e entregue a si mesmo para contemplar a parte que desempenhou desde que a princípio se rebelou contra o governo do Céu, e para aguardar, com temor e tremor, o futuro terrível em que deverá sofrer por todo o mal que praticou, e ser punido pelos pecados que fez com que fossem cometidos. Ao povo de Deus o cativeiro da besta trará alegria e júbilo. Diz o profeta: "Acontecerá que no dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, e do teu tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então proferirás este dito contra o rei de Babilônia [representando aqui pela besta fera], e dirás: Como cessou o opressor! ... Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria os povos com furor, com praga incessante, o que com ira dominava as nações, agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir."

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Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreições, ocorre o julgamento dos ímpios. O apóstolo Paulo indica este juízo como um acontecimento a seguir-se ao segundo advento. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações. Ao fim dos mil anos ocorrerá a segunda ressurreição. Então os ímpios ressuscitarão dos mortos, comparecendo perante Deus para a execução do "juízo escrito". Assim, o escritor do Apocalipse, depois de descrever o ressurgir dos justos, diz: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram." Apoc. 20:5. A respeito dos ímpios Isaías declara: "Serão amontoados como presos numa masmorra, e serão encerrados num cárcere, e serão visitados depois de muitos dias. Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a condenação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença e da morte. Todos os olhares daquela vasta multidão se voltam para contemplar a glória do Filho de Deus. A uma voz, as hostes dos ímpios exclamam: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" Não é o amor para com Jesus que inspira esta declaração. É a força da verdade que faz brotar involuntariamente essas palavras de seus lábios. Os ímpios saem da sepultura tais quais a ela baixaram, com a mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito de rebelião. Não terão um novo tempo de graça no qual remediar os defeitos da vida passada. Para nada aproveitaria isso. Uma vida inteira de pecado não lhes abrandou o coração.

Um segundo tempo de graça, se lhes fosse concedido, seria ocupado, como foi o primeiro, em se esquivarem aos preceitos de Deus e contra Ele incitarem rebelião. Cristo desce sobre o Monte das Oliveiras, donde, depois de Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa de Sua volta. Diz o profeta: "Virá o Senhor meu Deus, todos os santos contigo." "E naquele dia estarão os Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, ... e haverá um vale muito grande." "O Senhor será Rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome." Zac. 14:5, 4 e 9. Descendo do Céu a Nova Jerusalém em seu deslumbrante resplandor, repousa sobre o lugar purificado e preparado para recebê-la, e Cristo, com Seu povo e os anjos, entram na santa cidade. Agora a besta fera se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as 240


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esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como besta. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino. Naquela vasta multidão há muitos que pertenceram à raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio; homens de estatura elevada e gigantesco intelecto, os quais, entregando-se ao domínio dos anjos caídos, dedicaram toda a sua habilidade e saber à exaltação própria; homens cujas maravilhosas obras de arte levaram o mundo a lhe idolatrar o gênio, mas cuja crueldade e invenções más, contaminando a Terra e desfigurando a imagem de Deus, fizeram-nO exterminá-los da face de Sua criação. Há reis e generais que venceram nações, homens valentes que nunca perderam batalha, guerreiros orgulhosos, ambiciosos, cuja aproximação fazia tremer os reinos.

Na morte não experimentaram mudança alguma. Ao subirem da sepultura, retomam o fio de seus pensamentos exatamente onde ele cessou. São movidos pelo mesmo desejo de vencer, que os governava quando tombaram. A Besta fera consulta seus anjos, e depois esses reis, vencedores e guerreiros poderosos. Olham para a força e número ao seu lado, e declaram que o exército dentro da cidade é pequeno em comparação com o seu, podendo ser vencido. Formulam seus planos para tomar posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. Todos imediatamente começam a preparar-se para a batalha. Hábeis artífices constroem petrechos de guerra. Chefes militares, famosos por seus êxitos, arregimentam em companhias e secções as multidões de homens aguerridos. Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra.

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A Besta Fera, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões segue em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos da besta rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto.

“Fim para um novo começo”.

Um Pensamento: “Às vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas, mas com o passar do tempo descobrimos que grandes eram os sonhos e as pessoas pequenas” Email: jornalistacherri@uol.com.br

Email: jornalistacherri@uol.com.br – Facebook – cherrifilho – Sp. Brazil. Fim

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