Boletim apadrinhar Nº 32

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Ano XI - nº 32 - Ago | Set | Out | Nov | Dez - 2014 - Uma publicação do ChildFund Brasil - Fundo para Crianças

Boletim

Apadrinhar

“É da nossa conta!”

Trabalho infantil:


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Editorial Desde 1966, o ChildFund Brasil já acolheu milhares de crianças e jovens empobrecidos e injustiçados. Famílias inteiras que, acostumadas com a pobreza e o sofrimento, acreditavam que a vida era aquilo mesmo: fome, dor, morte. Porém, apegando-nos a cada sinal de vida e esperança, seguimos nestes 48 anos de atuação neste país mostrando a cada um desses pequeninos que, sim, um futuro melhor é possível. Hoje colecionamos milhares de histórias de meninos, meninas, famílias inteiras que antes viviam à margem de qualquer chance de mudança e após um trabalho de longo prazo do ChildFund Brasil, juntamente com suas organizações parceiras locais, foram incluídas nos caminhos da justiça, da paz, da dignidade. Como Raabe, de Orós, no Ceará, que recentemente enviou a seu padrinho americano uma longa carta de agradecimento por todo o apoio que recebeu desde pequena. Apoio esse que a conduziu até a universidade, onde graduou-se neste ano em Enfermagem. E de Maria do Carmo, que de uma criança apadrinhada no passado, tornou-se uma madrinha. Onde antes havia aridez, hoje reina a beleza de uma mesa farta, a música das brincadeiras de crianças que não são mais obrigadas a amadurecer precocemente, a luz que acende os olhos de jovens que se descobriram capazes de escrever o próprio futuro. Entretanto, esse fluxo de vida e esperança vem sendo ameaçado. Para que tudo isso fosse possível, o ChildFund Brasil recebeu até aqui o apoio de madrinhas, padrinhos, doadores e parceiros que acreditaram nessa causa e se dispuseram a participar dela junto conosco. A maioria se encontrava (e se encontra até hoje) no exterior: são americanos, australianos, alemães, dinamarqueses, entre pessoas de outras nacionalidades, que nos enviaram uma dose mensal de solidariedade transmutada em uma doação que possibilitou que muitas Raabes pudessem se alimentar de comida e também de sonhos realizados.

Mas esse número vem diminuindo. Mais exatamente, caiu pela metade nos últimos anos. Cada vez menos estrangeiros têm apadrinhado crianças brasileiras. Em parte, por conta da crise econômica que atingiu o hemisfério norte já há alguns anos e que ainda não foi debelada de todo. Em parte, porque, com os avanços sociais que o Brasil conquistou, especialmente na última década, nosso país saiu do radar de solidariedade dos outros países, que nos enxergam como um país desenvolvido o suficiente para cuidar de suas próprias crianças. Porém, nós sabemos que ainda há muito a ser feito. O Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo e a fome ainda é um fantasma em nossas terras, principalmente longe dos grandes centros urbanos. E, como dizia o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho: quem tem fome, tem pressa. Precisamos socorrer essas pessoas e não apenas matar sua fome primeira, mas também fornecer a elas uma ação estruturada na qual, para além da resposta imediata, desenvolvam-se os meios de manutenção de suas comunidades, de forma sustentável e perene. Reiteramos fortemente que o trabalho que executamos não é assistencialista. Não há repasse de dinheiro para as famílias, pois entendemos que isso por si só não gera a transformação profunda e definitiva que desejamos. Toda doação recebida é revertida para projetos de desenvolvimento social nas áreas de educação, cultura, saúde, geração de renda e cidadania. Todavia, isso só é possível se fortalecermos essa rede de solidariedade criada há 48 anos, formada por padrinhos e madrinhas que decidiram dar as mãos a esses pequenos, mostrando-lhes que há um caminho de vida para se trilhar. Você, que já vive essa experiência, compartilhe-a com seus familiares, amigos, colegas. Convide-os a desfrutar do prazer de se descobrir participante de uma mudança profunda e duradoura na vida de alguém, apadrinhando uma criança. É hora de brasileiros cuidarem de brasileiros.

Muito já foi feito, mas a realidade de milhões de crianças ainda privadas de seus direitos básicos diz que é necessário ir além. A despeito das profundas mudanças no mundo e no Brasil, em 2014 ainda segue urgente Gerson Pacheco o mesmo desafio de 1966: o de darmos as mãos para que as crianças brasileiras tenham Diretor Nacional do ChildFund Brasil – Fundo para Crianças uma vida digna.

Expediente Diretor Nacional: Gerson Pacheco Redação: Luza Marinho Fotos: Arquivo ChildFund Brasil e Norberto Alves

Projeto Gráfico: Jéssica Takato Revisão: Claudine Andrada Tiragem: 7.258


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Maria do Carmo A. Lara Araújo vive em Contagem, Minas Gerais, foi uma criança apadrinhada e é madrinha do ChildFund Brasil desde 2013.

Sou madrinha Sendo a mais nova de uma família com nove irmãos, passei minha infância num bairro muito humilde da cidade de Belo Horizonte. Além de mim e de meus irmãos, muitas crianças dali puderam usufruir de uma estrutura que nos oferecia apoio financeiro, na área da saúde, alimentação, cultura, formação pessoal, familiar e profissional, além da constante interação que era promovida entre as crianças e suas famílias. Tudo isso graças a pessoas que se dispuseram a estender a mão e a nos apadrinhar, dando-nos a chance de mudar a perspectiva do futuro.

Apenas quem vive a experiência de uma infância com restrições, sabe o valor de se ter um padrinho ou madrinha. Após muitos anos, as lembranças ainda me vêm nítidas, das atividades que frequentava na “Cruzada”, como chamávamos o Fundo Cristão para Crianças – FCC (antigo nome do ChildFund Brasil), dos auxílios, presentes e cartas que recebia de minha madrinha. Materialmente falando, o auxílio sempre vinha em boa hora para adquirir material escolar, roupas e sapatos, completando a renda familiar que era pequena. Os presentes acalentavam o coração, já que na minha realidade eles eram escassos e, por fim, as cartas da minha madrinha que, acredito, foram o mais importante, pois me incentivavam a estudar, a não desistir dos meus sonhos e davam prova de que alguém, além dos meus familiares, mesmo num lugar distante, se importava comigo. Hoje me considero realizada. Formada em Administração, casada e com dois filhos, trabalho e tenho saúde física e emocional. Grande parte dessa realização devo ao ChildFund Brasil e à minha madrinha. Há mais de um ano, por indicação do meu irmão, que soube da continuidade dos trabalhos prestados pelo ChildFund Brasil, apadrinho uma criança de oito anos, o Antônio Alexandre, do Ceará. Tento fazer por ele o mesmo que recebi quando menina e, mesmo na correria do dia a dia, procuro escrever-lhe sempre que posso, de forma a incentivá-lo e a demonstrar que alguém aqui do outro lado do país reza, torce e acredita no seu sucesso. Gostaria, enfim, de registrar que é um prazer e muito gratificante apadrinhar uma criança, seja como forma de agradecimento e retribuição, seja por acreditar e ser testemunha de que crianças menos afortunadas podem também ter um futuro feliz, se bem cuidadas e apoiadas.

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O meio ambiente e as crianças agradecem!


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Notícias Jovens revelam sutilezas do seu dia a dia em exposição fotográfica

Mostra “#SemFiltro” pôde ser visitada no shopping de maior fluxo de visitantes de Belo Horizonte

O mês das crianças foi comemorado este ano de forma cultural e envolvente em Belo Horizonte, MG. Uma parceria entre o Shopping Cidade, que possui o maior fluxo de visitantes da cidade, e o ChildFund Brasil possibilitou a exposição fotográfica “#SemFiltro”, resultado do projeto social Olhares em Foco. A exposição apresentou uma coletânea com 26 fotografias clicadas com o olhar de adolescentes e jovens de 12 a 18 anos, de sete áreas da região metropolitana de Belo Horizonte. São imagens com iluminação e cores naturais, sem edição, sem o uso de filtros. E mais do que isso, em sua concepção as imagens retratam o olhar que registra o que é simples, mas extremamente valioso para os meninos e meninas que vivem em comunidades atendidas pelo ChildFund Brasil. Além disso, o evento contou com uma decoração que levou os visitantes a refletirem sobre uma realidade desconhecida da maioria e um quiosque montado pela organização disponibilizou funcionários capacitados a dar informações sobre o Programa de Apadrinhamento do ChildFund Brasil. A inciativa faz parte do projeto Olhares em Foco, cujo objetivo é promover uma reflexão referente aos espaços de convivência e relações sociais dos jovens e crianças participantes sob três aspectos: autobiografia, família e comunidade. Além de adquirirem conhecimentos sobre técnicas e recursos fotográficos, os jovens têm a oportunidade de mostrar, por meio da exposição, o cotidiano da comunidade.

De acordo com a Gerente de Marketing do Shopping Cidade, Carolina Vaz, “é importante mostrar para todas as pessoas o olhar genuíno destas crianças. As fotos são envolventes e de uma beleza única. E poder apoiar o apadrinhamento, para que estas crianças tenham ainda mais oportunidades, é um honra para o nosso empreendimento”. Para a Assessora de Programas Sociais do ChildFund Brasil, Karla Corrêa, “poder expor o trabalho de adolescentes e jovens participantes de nossos projetos em um espaço cedido pelo Shopping Cidade é um privilégio. O mall tem a localização ideal para o alcance de um público diversificado. Com isso, os participantes do projeto ocupam novos espaços e ampliam sua comunicação por meio da fotografia.

Foto: Gabrielle, 9 anos.


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ChildFund Brasil lança novo site O ChildFund Brasil vem com muito orgulho anunciar o lançamento de seu novo website. Em sintonia com as tendências que valorizam a simplicidade e a praticidade, agora não há mais um site institucional e outro de apadrinhamento: você encontra no mesmo lugar todas as informações a respeito da nossa organização e do trabalho que ela vem executando há 48 anos no Brasil. No endereço www.childfundbrasil.org.br você poderá navegar de forma fácil e intuitiva, seja para obter informações sobre a organização, seja para apresentar nosso trabalho para sua família e amigos. Assim, eles poderão conhecer melhor o lindo trabalho que você executa conosco em prol da infância brasileira! Vá lá, navegue e indique o ChildFund Brasil para seus amigos e familiares. Juntos somos mais fortes nessa luta pelo fim da pobreza infantil em nosso país. Sejamos nós a mudança que desejamos para o Brasil!

Sua participação é fundamental É muito importante para nós, que fazemos parte do ChildFund Brasil, poder contar com seu apoio no atendimento a tantas crianças brasileiras que se encontram à margem das oportunidades de desenvolvimento. Cada contribuição é muito valiosa nesse movimento coletivo de transformação social que nos propomos a realizar. Por isso, pedimos a todos que generosamente mantenham suas contribuições em dia. Cada doação mensal que deixa de ser feita impacta nos recursos dirigidos às atividades voltadas para as crianças. Que sigamos juntos fazendo uma escolha perene pela esperança. O caminho é longo, mas é gratificante!


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Programas Sociais Campanha promove debates sobre erradicação do trabalho infantil no Vale do Jequitinhonha (MG)

Cíclo de debate discutiu o trabalho infantil no município de Jequitinhonha (MG)

ChildFund Brasil e Fundação Telefônica Vivo realizaram no Vale do Jequitinhonha (MG) eventos de mobilização para o enfrentamento ao trabalho infantil e a promoção do trabalho adolescente protegido. De 7 a 10 de outubro, as cidades de Comercinho, Veredinha, Jequitinhonha e Minas Novas abraçaram a terceira edição da campanha “É da nossa conta!”. A ideia é promover debates e contribuir para a conscientização sobre o tema, incidindo também nos indicadores sociais da região. O objetivo da campanha “É da nossa conta!” é sensibilizar a sociedade a fim de reconhecer as formas de trabalho infantil e os locais onde ele acontece, estimulando a busca por soluções para esse problema. No Vale, as famílias estão no centro das discussões, uma vez que são identificadas como atores-chave no combate ao trabalho ilegal de crianças e adolescentes.

Nesta edição da campanha, foram executadas diversas ações, tais como: oficinas com famílias e líderes comunitários, blitz de entrega de materiais da campanha, apresentações com crianças e adolescentes, rodas itinerantes de leitura, palestra para profissionais da rede de atendimento, ruas de lazer, apresentações de teatro, entre outras. O Brasil é um dos países comprometidos a eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015 e a erradicar a totalidade do trabalho infantil até 2020, conforme proposta da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, o Brasil tinha cerca de 3,7 milhões de crianças em situação de trabalho infantil, das quais 1,5 milhão estavam concentradas nos estados de Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Parceiras desde 2012, ChildFund Brasil e Fundação Telefônica Vivo atuam na região para a prevenção, combate e conscientização do trabalho infanto-juvenil, através do Projeto Melhor de Mim. “A violência contra crianças não pode ser justificada de forma alguma. Impedi-la e enfrentá-la é uma tarefa de toda sociedade. Por isso, a parceria entre o ChildFund Brasil e a Fundação Telefônica Vivo é tão importante”, explica Gerson Pacheco, diretor nacional do ChildFund Brasil. Por meio da assistência direta (oficinas no contraturno da escola, acompanhamento escolar, educação sociofinanceira e encaminhamento para outros serviços do município), 88% das crianças e adolescentes atendidos na região já foram retirados de situações de vulnerabilidade em relação ao trabalho.

Neste Natal, enquanto muitas crianças estarão brincando com seus presentes, outras estarão trabalhando.

Ajude a mudar essa situação.


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História de transformação

“Padrinho, o senhor fez história na minha vida e deixou marcas profundas que o tempo jamais apagará.”

Amado padrinho, Que imensa alegria estar lhe escrevendo de novo. Já me encontrava ansiosa para lhe escrever, mas sei que de agora em diante isso vai demorar um pouco mais. É bom saber que o senhor vai bem, juntamente com sua família. Fico imensamente feliz por saber que o senhor está orgulhoso de mim. Isso para mim é uma vitória e sinto-me honrada. Eu só posso dar o melhor de mim naquilo que o senhor me proporcionou. Tenho certeza de que irei longe ainda, alcançando cada objetivo e sonho que tenho, pois é como eu disse na outra carta: Deus me trouxe até aqui, onde um dia eu cheguei a acreditar que não poderia estar. Agora o meu desejo é trabalhar, colocar em prática aquilo que aprendi. Tenho uma meta a cumprir futuramente, que é fazer um mestrado em saúde coletiva, pois agora tenho que me profissionalizar ainda mais na minha profissão. Percebo que o tempo passou rápido. Até parece que foi ontem que mãe escrevia as cartas por mim, que lia as suas cartas para mim e agora eu mesma estou escrevendo. Saiba que o senhor nunca deixará de ser meu querido padrinho, pois é muito mais do que um padrinho para mim. Espero que lembre-se de mim como sua afilhada. Não sei lhe dizer o que estou sentindo neste momento, com tudo o que está acontecendo na minha vida. Termina um capítulo da nossa história, mas Deus iniciará outro e sei que estará se fazendo presente. Gostaria de pedir que não demorasse muito a me escrever. Sei que o senhor é ocupado, tem suas obrigações, mas quando for possível, me escreva e envie fotos, pois não quero sentir falta de suas cartas. Saiba que suas palavras me alegram, me animam e, acima de tudo, são sábias e muito significativas para mim. Nesta semana recebi os convites da formatura. Nossa, que alegria senti, vendo que meu sonho estava se realizando! Vejo isso em cada simples detalhe. A mensagem que está junto da minha primeira foto diz assim: “Agradeço a Deus pela vitória alcançada. À minha família, meu alicerce, e em especial ao meu querido padrinho Harold Smith, por sua imensa dedicação e contribuição para a realização desse sonho. Vocês são a razão de minhas vitórias.” Sei que são simples palavras, mas eu queria de alguma forma expressar minha gratidão ao senhor no convite. Por tudo o que passou, por tudo o que fez por mim, desde quando eu era uma criança e não compreendia a sua importância em minha vida, hoje não consigo expressar em palavras o sentimento de gratidão ao senhor. Eu sei o quanto o senhor trabalhou, deu o seu melhor, para que nesses cinco anos não faltasse nada em meus estudos. Sei que houve dias difíceis, mas creio que Deus deu a solução quando as provas vieram lhe abater. Então, padrinho, me sinto honrada em ter sido sua afilhada durante esse tempo. Assim como o nome da minha turma é “Fazendo história, deixando uma marca”, posso dizer, sem dúvidas, que o senhor fez história na minha vida e deixou marcas profundas que o tempo jamais apagará. Se o senhor tem orgulho de mim, não imagina o quanto eu tenho do senhor, que me fez uma pessoa melhor. Seus filhos e netos devem ter muito orgulho do senhor, pelo que faz pelas pessoas que nem conhece. Eles são muito honrados em ter o senhor como pai e avô. Sei que palavras de agradecimento nunca serão suficientes para recompensá-lo pelo que fez por mim, pelos sonhos que realizou na minha vida. Prometo que nunca vou desistir dos meus sonhos. Vou continuar estudando e aumentando meus conhecimentos. Quem sabe, eu possa fazer um doutorado. Mas nunca esquecerei de quem acreditou em mim, que eu era capaz. Eu e minha família somos muito gratos ao senhor. O coração está apertado, mas, como o senhor disse, não é um “adeus”, mas um “até breve”. Vou ficando por aqui com saudades. Te amo!

Raabe Feitoza graduou-se em Enfermagem neste ano. A carta acima foi sua última na condição de participante do Programa de Apadrinhamento do ChildFund Brasil. Ela é de Orós, no Ceará e foi apadrinhada por um americano.


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