Boletim Apadrinhar - Edição 42

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Ano XII - nº 42 - Abr l Mai l Jun | Jul - 2018 - Uma publicação do ChildFund Brasil - Fundo para Crianças

Bole m

Apadrinhar Casinha de Cultura: um espaço para sonhos



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Editorial

Defesa de direito das crianças: dar a voz a quem precisa Nenhuma criança escolhe as circunstâncias em que gostaria de nascer. Na maioria das vezes, um conjunto de elementos já se encontra estabelecido por situações familiares, pela cultura, pelo local ou por conjunturas do país. Por isso, é dever da sociedade protegê-las para que possam atingir seus plenos potenciais de forma segura. No Brasil, cerca de 40% das crianças entre 0 e

Gerson Pacheco Diretor Nacional do ChildFund Brasil – Fundo para Crianças

14 anos vivem em situação de pobreza, a despeito de seus sonhos e escolhas. Com menos de meio salário mínimo per capta, sua família é incapaz de prover as diversas necessidades e garantias dessa fase da vida, o que compromete seu desenvolvimento e enfraquece suas chances de se desenvolver plenamente. O mesmo acontece com crianças e adolescentes que têm seus direitos violados todos os dias sob as formas de negligência, exploração e violências física, psicológica e sexual. Olhando para esse cenário, o ChildFund Brasil acredita que sua missão é prevenir e combater tais realidades em defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens, para que eles sejam de fato prioridade nacional. Nosso sonho é vê-los protegidos, desfrutando de seu bem-estar, e atingindo seu potencial em cada fase da vida desde o nascimento até a vida adulta. Vamos juntos?

Expediente Diretor Nacional: Gerson Pacheco Redação: Alana Fernandes Diagramação: Rodrigo Kirov Revisão Gráca: Luena Ferreira Fotos: Arquivo ChildFundBrasil Revisão ortográca: Claudine Andrada


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Sou Padrinho

Alexsander Silva tem um vínculo de mais de 13 anos com sua alhada Jessikelly e acredita no apadrinhamento como ferramenta de transformação.⠀ ⠀

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"Além de ser muito graticante ajudar alguém, o carinho que recebemos de volta é algo realmente sem precisão. Quando conheci e escolhi a Jessikelly para apadrinhar, ela tinha apenas 2 anos. Hoje, é uma adolescente linda, carinhosa e, pelas cartas que me chegam, um amor de pessoa. Vejo que apadrinhar é, muitas vezes sem conhecê-lo pessoalmente, dar a um ser humano a oportunidade de ter a sensação que alguém se importa com ele, que está preparado para ajudá-lo e auxiliá-lo na caminhada da vida.

amor. E sua luz, mesmo que muito

Saber que alguém nos apoia incondi-

pequena um dia, será capaz de remo-

cionalmente é um passo para que, no

ver uma multidão de trevas. Uma cri-

futuro, apoiemos e ajudemos outras

ança que recebe amor e cuidados

pessoas, fomentando uma 'corrente

dicilmente se envolverá com coisas

do bem', embasada no amor e na

erradas e destrutivas porque, em seu

alegria de ajudar. Que Deus abençoe

íntimo, ela saberá que o Amor é sem-

a todos que participam do projeto,

pre o melhor caminho. Obrigado ao

desde os alhados às pessoas do

ChildFund Brasil, à minha amada a-

administrativo, passando por professo-

lhadinha e a todos os envolvidos nessa

res, faxineiras, serviços gerais, etc. O

atividade magníca do exercício do

mundo só irá mudar para melhor com

amor."


Histórias de transformação

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“Meu nome é Eryk, tenho 21 anos e sou da cidade de Itaobim, em Minas Gerais. Sou exapadrinhado da Associação da Criança e do Adolescente de Itaobim (Ascai) – organização social parceira do ChildFund Brasil, na região do Vale do Jequitinhonha/MG. Desde os meus 8 anos de idade, fui apadrinhado 3 vezes, mas, infelizmente, esses padrinhos não prosseguiram com o procedimento de apadrinhamento. Passaram-se alguns meses e recebi a maravilhosa notícia de que Deus tinha colocando um anjo na minha vida, um ser humano 'nota mil', meu amado padrinho Jurandy. Ele era um senhor incrível, gentil, educado, carinhoso e conselheiro. Ele me deu conselhos que vou levar para minha vida toda. Sempre me incentivando a estudar, seguir os meus sonhos e a me aprimorar, ele sempre apoiou todas as minhas decisões. Meu padrinho Jurandy me ajudou muito, tanto nanceira como psicologicamente, durante os 11 anos de apadrinhamento. Graças a ele, pude fazer vários cursos na ASCAI, como a ocina de informática básica e avançada, que me ajudou muito no processo seletivo para me tornar agente comunitário de saúde. Graças ao ChildFund Brasil e à ajuda do meu padrinho, z uma boa pontuação na prova e passei em primeiro lugar no processo. Hoje tenho muito orgulho da minha prossão. Em 2015 recebi uma notícia triste, meu padrinho Jurandy havia falecido aos 96 anos de vida. Eu quei muito mal com a notícia, pois estava perdendo um amigo e uma pessoa muito importante para mim. Só de me lembrar dele já choro de saudades. Meu conforto é que ele está bem agora ao lado do Pai eterno, olhando por mim. Hoje agradeço muito ao ChildFund Brasil por todas as oportunidades oferecidas durante todos esses anos que eu fui apadrinhado. Eu amo fazer parte da Associação da Criança e do Adolescente de Itaobim!“.

Eryk é ex-apadrinhada do ChildFund Brasil na cidade de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.


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Notícias Tecnologia e aventura a serviço

Já parou para pensar o que empreendedorismo e lmes de aventura (como Star Wars ou Harry Potter) têm um comum? A princípio nada, não é mesmo? Mas, para 130 jovens entre 12 e 23 anos atendidos pelo ChildFund Brasil em Fortaleza e na região do Cariri, que participaram da primeira edição do Game Olhares, os dois têm tudo em comum. Por meio de uma metodologia desenvolvida pela Social Brasilis, baseada no conceito de Joseph Campbell para a Jornada do Herói - recurso narrativo de uma jornada cíclica muito aplicado em livros, lmes e histórias de sucesso - e elementos de RPG (Role Playing Game), os participantes do projeto piloto tiveram a oportunidade de desenvolver habilidades empreendedoras e o estímulo a uma formação continuada para suas carreiras estudantis. Essa promoção de conhecimentos aconteceu de uma forma lúdica e divertida. Ao longo de encontros quinzenais, realizados entre o nal de 2017 e o início de 2018, os jovens se tornaram jogadores e enfrentaram desaos que estimularam o pensamento crítico e resultaram em trabalhos de impacto social, como: exposições, projetos tecnológicos, manifestações artísticas, saraus, entre outros. Essas ações foram construídas por meio dos sonhos e habilidades descobertas pelos próprios jogadores durante o game. Jacqueline Vilante, jovem inscrita na ACOAFA (Associação Comunitária de Assistência à Família), OSP do ChildFund Brasil, em Missão Velha/CE, destaca o estímulo ao protagonismo juvenil como a principal conquista do Game. "O Game valoriza a voz do jovem, mostra que podemos ir lá, desenvolver um projeto e fazer com que sejamos ouvidos, mostrando que precisamos ser emponderados para mudarmos as nossas realidades", disse.


Notícias

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do empoderamento dos jovens O jogo é constituído de seis fases: 1. O chamado: apresentação do jogo e das regras. Eles são inseridos na narrativa e convidados a participar de ações e atividades para descobrir suas habilidades. 2. Conhecendo o vilão: os jogadores são desaados a encontrar as dores, os problemas e as diculdades, ou seja, os “vilões” do contexto social que eles investigaram. Eles devem criar formas de enfrentá-los (poder de ataque) com base nos seus sonhos e habilidades de herói. 3. Desenvolvendo poderes: Os jogadores precisam melhorar os seus poderes de ataque (ideia). Para isso, eles vão contar com o amigo do herói (convidado presencial ou on-line) que vai ajudar a melhorar o pergaminho do poder (plano de ação) com a denição dos objetivos e das atividades que devem ser realizadas para construir um projeto de intervenção social. 4. Capitalizando o sonho: ocina preparatória à execução do projeto no contexto social escolhido pelos times. 5. O confronto: execução das ideias de projetos de impacto social. Os jovens denem datas, duração e local (dentro do regulamento e dos acordos institucionais rmados). 6. Celebração do herói: os heróis completaram suas jornadas e são convidados a celebrá-la. Nesta fase terão acesso a ferramentas de avaliação, de medição e de comunicação das ações.

Todos os envolvidos entraram em um processo de cooperação, no qual todos ganham e cada desao é entregue para o bem coletivo da turma e da instituição, envolvendo até mesmo a família e a comunidade, promovendo um impacto social positivo no local. Para Enilvania Brito, educadora da Associação de Moradores de Cariri-Mirim (AMOC), organização social parceira do ChildFund Brasil, em Moreilândia/PE, o Game Olhares acrescentou muito para a região, funcionando como mais uma ferramenta de transformação social. "Infelizmente, muitos jovens daqui da região não têm interesse em seguir com os estudos após o Ensino Médio. Com o Game Olhares, eles puderam despertar para um novo aprendizado e para a busca de novas oportunidades", compartilhou ela.


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Dia do Padrinho 2018 O Dia do Padrinho é um momento de muitas comemorações para o ChildFund Brasil e para as nossas organizações sociais parceiras, em todo o país. A data de 15 de junho foi escolhida, há quase 15 anos, para homenagearmos e agradecermos a todos os nossos padrinhos e madrinhas pelo carinho, pela atenção e pelo afeto. Vocês são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos projetos sociais e, em consequência, pela transformação das vidas de nossas crianças, jovens, adolescentes, suas famílias e comunidades beneciadas. A celebração da data envolve toda a comunidade em diversos eventos. A escrita das cartas e dos cartões de

agradecimento é permeada por momentos de brincadeira, festividades, gincanas, apresentações e é claro, muitas comidinhas gostosas. Tudo é feito com muita alegria, para representar a gratidão por todos os padrinhos. Conra como foi o Dia doPadrinho em algumas das organizações sociais parceiras do ChildFund Brasil neste ano: Associação Comunitária Padre Paraíso movimenta praça central do município As comemorações do dia do padrinho começaram cedo na organização social Associação Comunitária Padre Paraíso (ASCOPP), localizada no Vale do Jequitinhonha/MG. Logo pela manhã, foi realizada uma caminhada pela cidade com faixas de agradecimento e carros de som com músicas feitas pela organização, especialmente para o Dia do Padrinho. O momento foi encerrado na praça central do município, onde também houve apresentações de música, de poesia e das crianças que participam do Muay Thai, atividade oferecida pelo intermédio da tecnologia social Luta pela Paz. Também foram realizadas ocinas de manicure e cabelo e uma exposição dos artesanatos confeccionados pelas famílias inscritas na ASCOPP. Sociedade de Assistência à Criança comemorou o Dia do Padrinho com muita arte No Dia do Padrinho, as crianças da organização social parceira do ChildFund Brasil, Sociedade de Assistência à Criança (SOAF), localizada em Milagres/CE, escreveram mensagens de carinho e admiração que formou um grande e colorido mural. Além disso, foram confeccionadas molduras para as fotos tiradas da celebração.


Dia do Padrinho 2018

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Associação de Moradores dos Bairros Frutilândia I, II e Fulo do Mato estendeu a data para a Semana do Padrinho Na organização social parceira (OSP) do ChildFund Brasil em Assú, no Rio Grande do Norte a Associação de Moradores dos Bairros Frutilândia I, II e Fulo do Mato (AMFFM), as comemorações do Dia do Padrinho aconteceram ao longo de uma semana. Com uma programação especial executada durante todos os dias, a iniciativa teve como objetivo construir e estimular os vínculos entre as crianças e os seus padrinhos de uma maneira muito especial. Houve concursos de cartinhas para padrinhos e madrinhas, entre todas as crianças, adolescentes e jovens, com uma premiação por cada faixa etária; produção de fotos em homenagem aos padrinhos e madrinhas com crianças da Brinquedoteca; ocinas que integraram as artes e as cartinhas; produção de vídeo em homenagem a padrinhos e madrinhas com jovens Geração Y e muitas outras atividades. Para fechar a semana com muita alegria e chave de ouro, a AMBFFM realizou uma deliciosa comemoração junina. Foram convidadas todas as famílias, crianças, adolescentes, jovens e comunidade para prestigiar esse momento. Projeto Comunitário Sorriso da Criança enfatiza a gratidão por todos os padrinhos Em comemoração ao Dia do Padrinho, os educadores do Projeto Comunitário Sorriso da Criança - OSP do ChildFund Brasil em Fortaleza/CE, em parceria com a Biblioteca Sorriso e a Rede Jangada Literária, desenvolveram ocinas com o tema “Gratidão”, com o objetivo de sensibilizar as crianças sobre a importância do apadrinhamento. Foram realizadas rodas de leituras, confecção de painéis e cartões. Na ocasião as crianças escolheram desenhos livres dando um colorido todo especial, tudo baseado nos conceitos de gratidão, amor, carinho, dedicação e cuidado que eles recebem de seus padrinhos. Associação Comunitária do Guarani realiza 5 dias de comemorações em homenagem aos padrinhos Na organização social parceira do ChildFund em Campos Sales, Ceará, a Associação Comunitária do Guarani realizou, de 11 a 15 de junho, diversos momentos para celebrar o Dia do Padrinho. Foram realizadas rodas de conversa sobre a data com crianças e adolescentes, durante ocinas socioeducativas e culturais; ocinas de arte, quando os participantes confeccionaram porta-retratos em EVA. Também foi criado um grande mural, com cartões produzidos pelas crianças e adolescentes, que foi xado na organização em agradecimento ao papel dos padrinhos na vida de todos. A semana foi nalizada com muita energia em torneio de futebol de campo!


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Desenvolvimento Social

Casinha de Cultura: um espaço Há quase 20 anos, as crianças do Vale do Jequitinhonha e de Belo Horizonte foram convidadas a participar de um espaço mágico, um local onde a imaginação não tem limite e os sonhos são a passarela para um mundo colorido e divertido. Esse local onde o direito de brincar é prioridade absoluta tem nome e muita história para contar: Casinha de Cultura. A iniciativa do ChildFund Brasil de criar espaços em que a crianças pudessem brincar livremente, fantasiar, construir os seus próprios passatempos e ler surgiu com a intenção de valorizar a cultura do Vale do Jequitinhonha e reforçar os vínculos familiares e comunitários. Com o apoio de especialistas da cultura da infância e de desenvolvimento social, cognitivo e emocional, a instituição criou a tecnologia social em 1999. No segundo semestre de 2018, as Organizações Sociais Parceiras do ChildFund Brasil no Nordeste também foram convidadas a fazer parte desse mundo mágico e colorido. Graças ao apoio de padrinhos e doadores, a Casinha de Cultura está sendo implementada na região. A ampliação tem como objetivo reforçar os princípios da tecnologia social: contribuir para que a criança tenha seu direito de viver a infância em plenitude e valorizar as famílias em seus saberes locais para que a troca de experiências entre gerações aconteça de maneira harmoniosa e natural. Para Flaviane Aparecida, mãe de uma criança apadrinhada e atendida na organização social parceira do ChildFund Brasil, Grupo Criança em Busca de uma Nova Vida (GCRIVA), a Casinha de Cultura representa muito mais do que um espaço de diversão e brincadeiras. "Aqui eu pude me libertar, ser quem eu sempre quis ser e aprendi a tratar a minha lha como ela merecia. A Casinha de Cultura me ensinou a brincar com a minha lha e permitir que cássemos juntas nos divertindo", compartilhou ela.


Desenvolvimento Social

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para sonhos e brincadeiras O fortalecimento de vínculos acontece porque cada Casinha é única. Cocriadas por todos, elas respeitam os costumes e as tradições de cada comunidade, representando a força e a beleza das culturas locais. Para esse objetivo, cada Casinha de Cultura conta com o apoio fundamental de pais, responsáveis, avôs e avós das crianças inscritas e apadrinhadas pelo ChildFund Brasil. A metodologia da Casinha de Cultura foi concebida para crianças, adolescentes, jovens e adultos de comunidades rurais e urbanas a partir de dois eixos principais: Identidade Cultural e os Movimentos da Infância. O eixo da Identidade Cultural é baseado na valorização da cultura e costumes locais. Quando as pessoas se reconhecem e descobrem o valor da própria cultura, elas são movidas em direção ao encontro e ao trabalho coletivo para a melhoria e a transformação de sua comunidade. Por isso, é de grande importância a criação de movimentos que valorizem a cultura própria de cada comunidade e a ajude no fortalecimento de sua identidade cultural. Já os Movimentos da Infância são um conjunto de brinquedos, brincadeiras, histórias e cantigas que as próprias crianças inventam, elegem e recriam no seu convívio do dia a dia e em liberdade. No brincar, estão presentes as várias etapas necessárias ao desenvolvimento motor, social, do raciocínio e da sensibilidade do “Ser Humano ainda Criança”. Por isso, as crianças merecem espaços onde possam viver a infância em plenitude e desenvolver sua cultura com liberdade e segurança. E a Casinha de Cultura é esse lugar! É assim, unindo esforços, valorizando a cultura, incentivando a participação da comunidade e propagando o orgulho de pertencimento regional, que o ChildFund Brasil está ajudando a transformar a realidade de milhares de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.


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Desenvolvimento Social

Vamos aprender bons-tratos? O desenvolvimento saudável de uma criança depende de vários fatores, alimentação, segurança, educação, carinho e cuidado são apenas algumas das muitas variáveis que contribuem à formação de um ser humano plenamente capacitado. O principal local para se garantir que uma criança possa ter seu desenvolvimento protegido é a família, seja ela biológica ou social, porém esse mesmo ambiente de amor também pode ser onde mais se maltratam e ferem os direitos das crianças e do adolescente. Reforçando a bandeira principal do ChildFund Brasil, a proteção infantil, desde de 2017, estamos replicando para todas as nossas 45 organizações sociais parceiras a tecnologia social “Vamos Aprender Bons-tratos?”. Essa metodologia busca ajudar famílias a descobrir novas formas de expressar afeto e aprender a valorizar a contribuição única de cada integrante dentro do ambiente familiar. Da mesma forma que aprendemos a agradecer quando alguém é gentil conosco, também aprendemos a responder com violência a alguma situação desagradável. Atitudes que constituem bonstratos ou maus-tratos são ensinadas em diversos contextos sociocomunitários. Porém, da mesma forma que se aprende a ser violento, é possível “desaprender” e aprender a tratar bem, e é isso que essa tecnologia se propõe a fazer. Por meio de ocinas, jogos e músicas, todos os membros da família e da comunidade aprendem ferramentas para exercitar respostas positivas diante das diculdades. Um núcleo familiar responde melhor quando é capaz de responder positivamente aos desaos e crises, quanto tem uma visão positiva do mundo e quando expressa amor e reconhecimento mútuo. Essas características fundamentais para o desenvolvimento podem ser aprendidas a partir de uma intenção. Por meio de um esforço diário é possível criar um fator de resiliência às diculdades. É importante ressaltar que não existem famílias perfeitas ou idealmente saudáveis, nem nunca existirão. Todas são constituídas através de sucessos e fracassos, e a resiliência é um fator fundamental para uma família alcançar níveis de saúde e bemestar, mesmo que em contextos desfavoráveis e prejudiciais.

Conra abaixo os 10 mandamentos para os bons-tratos e os aplique na sua família: 1. Expressar nosso carinho aos membros da família: abraçar, beijar, mimar, acariciar; 2. Falar palavras boas aos lhos: “amo você”, “você é a melhor coisa que me aconteceu”; 3. Respeitar cada um dos membros da família: dos mais velhos aos mais novos, dos menores aos maiores; 4. Ter paciência com o tempo de cada um; 5. Saber ouvir quando alguém da família fala com você; 6. Em uma família, é preciso conversar sobre o que se sente, o que se pensa, não car “plugado” o dia todo; 7. Aconselhar as crianças, preparandoas para a vida, com suas coisas boas e suas coisas más; 8. Estimular e encorajar para que todos os membros da família possam fazer coisas, mesmo que cometam erros; 9. Dar aos lhos bons ensinamentos, para que cresçam saudáveis na mente, no corpo e no espirito; 10. Ser companheiros uns dos outros nas diferentes etapas da vida.


Desenvolvimento Social

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Onde você quer estar em 2030? Já parou para pensar como estará sua vida em 15 anos? Pode ser que você esteja casado, divorciado, com lhos, em uma carreia completamente diferente, as possibilidades são innitas, anal, muita coisa pode acontecer em uma década e meia. Porém, se depender da ONU e do ChildFund Brasil, o mundo que você viverá em 2030 será um local mais justo, seguro, sustentável e igualitário. Pode parecer uma utopia, mas não é. Essa revolução tem nome e não pretende deixar ninguém para trás, é o comprometimento de centenas de países na concretização da Agenda 2030. Desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Agenda 2030 é um plano de

ação criado, em 2015, com o objetivo principal da erradicação de todas as formas e dimensões de pobreza no mundo. Para essa importante missão, foram eleitos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas para promover uma vida digna para todos. Para o ChildFund Brasil, é muito importante estarmos alinhados com o que há de mais atual e moderno no mundo, assim, garantimos que as mais de 42 mil crianças, adolescente e jovens atendidos possam ter acesso a programas que irão, efetivamente, mudar as suas vidas. Por isso, elencamos 10, dos 17 ODS, para orientar a nossa estratégia de atuação. São eles:

1. Erradicação da Pobreza; 2. Erradicação da fome; 3. Saúde de qualidade; 4. Educação de qualidade; 5. Igualdade de Gênero; 6. Água Limpa e Saneamento; 7. Empregos dignos e crescimento econômico; 8. Redução das desigualdades; 9. Cidades e comunidades sustentáveis; 10. Paz e Justiça. Tão importante quanto atuar em sintonia com a agenda global é se articular em conjunto com iniciativas sérias que integrem seus esforços para alcançar transformações profundas na realidade social do nosso país. Nesse sentido, o ChildFund Brasil integra a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (em inglês, SDSN). Esse movimento é uma iniciativa global das Nações Unidas para promover o desenvolvimento sustentável por meio de trabalho coordenado em diferentes setores (academia, sociedade civil e setor privado).

O que isso quer dizer? Ao integrar a SDSN, o ChildFund Brasil compartilha o conhecimento técnico empreendido na resolução de problemas em escalas locais, nacionais e globais para a implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Dessa forma, essa rede agrega informações de várias iniciativas que a compõem, favorecendo para maior agilidade na aprendizagem coletiva. Isso é tão importante que ajuda a acelerar mudanças profundas (e necessárias), considerando os desaos econômicos, sociais e ambientais que o Planeta enfrenta.


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Advocacy Você sabe o que é Advocacy ?

Advocacy é um termo em inglês derivado do verbo to advocate ou, em uma tradução literal, advogar. Mas o signicado dessa palavra vai muito além do sentindo semântico, Advocacy é o nome dado para a prática de defender direitos e inuenciar a criação de políticas públicas efetivas para uma causa importante para a sociedade civil. Esse processo se inicia por meio de evidências de uma situação que demonstre a necessidade de alteração, criação ou extinção de leis, contando também com a mobilização social. No caso do ChildFund Brasil, o Advocacy pretende valorizar, proteger e promover os direitos de crianças, adolescentes e jovens como prioridades em todas as instâncias dos governos. Garantindo assim um desenvolvimento saudável e protegido das principais ameaças em que essas faixas etárias estão sujeitas. Para cumprir essa importante missão, a organização precisa estar antenada para monitorar cenários e articular com os atores de inuência para evitar qualquer violação de direitos e/ou retrocessos. Um exemplo conhecido de Advocacy: atualmente, existem 130 milhões de meninas sem acesso à Educação e a paquistanesa Malala Yousafzay (Fundo Malala) era uma delas. Após sofrer um atentado por insistir em seu direito de estudar, hoje mobiliza o mundo para inuenciar mudanças em legislações, práticas e culturas que proíbam meninas de irem à escola. Através de sua inuência e mobilização, Malala consegue inuenciar tomadores de decisão a enxergar a importância da causa que defende. Da mesma maneira, o ChildFund Brasil tem trabalhado para defender o direto do nosso público foco. Por isso, um Advocacy eciente é sempre construído a muitas mãos. Seguindo o princípio que juntos somos mais fortes, o ChildFund Brasil participa de algumas redes de coalizão para a proteção infantil. As principais delas são: Parceria Global para Erradicar a Violência contra Crianças, da ONU, a Joining Forces for Children, movimento de ONGs que se uniram pela proteção infantil em Bellagio, na Itália e a Child Rights Now. No cenário brasileiro, atuamos em parceria com a Rede Nacional de Primeira Infância e no GT de Direitos Humanos do Pacto Global. Localmente, incentivamos que as nossas organizações sociais parceiras atuem junto à rede de proteção de cada município (conselho tutelar, secretaria de direitos humanos, entre outros). Assim, o ChildFund Brasil está fortalecendo cada vez mais os direitos das crianças e dos adolescentes, não só dos atendidos e apadrinhados, mas de toda a população. Venha conosco fazer parte dessa mudança!


Comunicação entre Padrinhos e Afilhados O vínculo entre padrinhos e alhados é muito importante e valioso. É por meio dele que serão criados laços que têm o poder de transformar vidas e relacionamentos. Contudo, é de extrema importância que toda a comunicação entre as crianças e seus padrinhos seja monitorada pelo ChildFund Brasil. Isso acontece para que possamos garantir a segurança e a integridade de ambas as partes. Conra abaixo as regras para o contato com o (a) seu (sua) alhado (a): É estritamente proibido o encontro, telefonemas ou a troca de correspondências entre padrinhos/madrinhas e alhados sem a presença/acompanhamento de um funcionário da organização conveniada. As visitas são realizadas somente em locais públicos. É vetada a visita à residência da criança, mesmo com o acompanhamento de um funcionário da organização conveniada. É vetado a padrinhos/madrinhas levar a criança apadrinhada para suas residências. É vetado ao padrinho informar seu endereço, número de telefone e/ou e-mail. Além da troca de correspondências e visitas, as ligações telefônicas podem ser realizadas via ChildFund Brasil.

Atualize seus Dados Atualize sempre os seus dados cadastrais, como e-mail, telefone, endereço e CPF. Sem essas informações atualizadas, não podemos efetivar a sua doação mensal ou entrar em contato para repassar informações importantes. Isso pode impactar no investimento previsto junto às Organizações Sociais Parceiras, consecutivamente, nos projetos sociais dos quais seu(sua) alhado(a) participa. Não que de fora!

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Receitas da nossa terra

Continuando a nossa série que desbrava quais são os pratos típicos das regiões atendidas pelo ChildFund Brasil, desta vez vamos nos aventurar nas cozinhas nordestinas e conhecer um pouco mais um dos pratos mais típicos da região, o Cuscuz. Quem frequenta a região brasileira nem imagina que essa delícia tem origem africana. Nativo da região do Magrebe, o Cusuz ganhou o coração dos brasileiros no século XV, durante a colonização dos portugueses. Por ser altamente nutritivo, ele fazia parte da alimentação diária dos escravos e, hoje em dia, pode ser apreciado com diversas combinações, sendo a mais tradicional a versão umedecida com leite de coco. O prato, feito com farinha de milho, é muito Ingredientes: 500 g de ocos de milho. 01 pitada de sal. 200ml de água. Modo de preparo: Em um recipiente de plástico ou de vidro, despeje o pacote de 500 g de oco de milho, acrescente uma pitada de sal e vá umedecendo os ocos de milho com a água em temperatura ambiente até carem bem úmidos. Deixe descansar por cerca de cinco minutos. Coloque 200 ml de água na cuscuzeira, observando para que a altura da água nunca chegue a esbarrar na parte de encaixe da cuscuzeira. Coloque o encaixe e vá adicionando, aos poucos, os ocos de milho. Tampe a cuscuzeira e leve ao fogo para ser cozido a vapor, por cerca de 10 minutos. Dicas: Caso não tenha uma cuscuzeira, você pode cozinhar o cuscuz em banho-maria, coberto por um pano de prato limpo. Uma porção de 500 g de cuscuz serve até 10 pessoas. O cuscuz pode ser servido com: ovos, leite, frango, carne de sol, sardinha, salsicha, etc.

versátil e pode fazer parte de todas as refeições, especialmente na comunidade de Missão Velha, na região do Cariri, no interior do Ceará. Na cidade, as crianças inscritas na Associação Comunitária de Assistência à Família (ACOAFA) - organização social parceira do ChildFund Brasil são fãs do prato e ele não pode faltar nos momentos de lanche. Cozido no vapor, o Cuscuz nordestino faz uma parceira perfeita com o café preto e um pouco de manteiga, mas ele também pode ser consumido com ovos, carne seca ou até mesmo na versão doce, com coco ralado e açúcar. Conra a receita dessa iguaria da culinária Nordestina, preparada por Edna Thayná, de 12 anos, e atendida pela ACOAFA:


Vínculo que transforma

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Conra o emocionante relato da visita de Anna Catarina, madrinha do ChildFund Brasil, que visitou seus 4 alhados. “Meu nome é Catarina, tenho 34 anos e sou madrinha do ChildFund Brasil desde que comecei a trabalhar como estagiária em 2007. Minha primeira alhada foi a Tainá, de Belo Horizonte, na época com 9 anos. Depois de algum tempo, ela foi desligada do programa de apadrinhamento, por um bom motivo: a família melhorou de vida. Decidi ser madrinha porque vejo todos os dias histórias de crianças em situação de vulnerabilidade, que não têm nem uma fração do que eu pude receber dos meus pais. Tenho consciência de que não posso mudar o mundo, mas se puder melhorar um pouco a vida de alguém, já terá valido a pena.

para enviar fotos antes de nos conhecermos pessoalmente. No início do ano, viajei ao norte de Minas Gerais com o objetivo de conhecer todos os quatro alhados que possuo hoje, por meio do Fundo para Crianças. Não queria ser injusta com nenhum deles, por isso marquei as visitas em datas próximas. Embora a viagem tenha sido cansativa, já que cada alhado reside em uma cidade diferente, a experiência foi muito graticante. Em todos os casos, não apenas os alhados queriam muito me conhecer, mas também outras pessoas da família. Tivemos momentos maravilhosos, que com certeza vou recordar durante toda a vida. Aconselho a todos a experiência do apadrinhamento. 'Ninguém é tão pobre que não possa dar e ninguém é tão rico que não possa receber'.

"Ninguém é tão pobre que não possa dar e ninguém é tão rico que não possa receber"

Quando me tornei madrinha encarava mais como uma ação de caridade. Com o tempo, fui percebendo que se trata mais de uma relação de troca. Recebo até hoje muito carinho pelas cartas, tanto dos alhados quanto de suas famílias. E, também por meio das cartas, gosto de acompanhar a evolução da escrita dos alhados mais velhos, que já escrevem sozinhos. Também gosto de acompanhar a presença na escola e a sua evolução, pelo relatório de progresso. Por meio desse contato mais próximo com as famílias, percebi que não é só a doação em dinheiro que faz diferença na vida das crianças, mas também todas as outras formas de demonstração de carinho e afeto. Para a criança saber que tem alguém que gosta dela, que se importa com ela, mesmo que esteja longe e deseja contribuir para a sua formação, faz uma diferença enorme. Eles gostam bastante de receber notícias minhas e sempre pediam

O primeiro alhado visitado foi o Alailton. Fizemos um passeio para o Parque de Biribiri em Diamantina com os pais e a irmã caçula. As crianças se divertiram bastante na cachoeira. A segunda visita foi para o Bruno, meu alhado desde que tinha dois anos (hoje em dia tem 11), em Turmalina. Passamos o dia no Sítio Paraíso, onde as crianças se divertiram bastante na piscina. A terceira visita foi para o alhado João Carlos, em Catuji. Infelizmente só foi possível fazermos um almoço, mas espero que de uma próxima vez possa planejar algo mais divertido. A última a ser visitada foi a Kevilyn, em Jequitinhonha. Passamos a tarde no clube do Banco do Brasil e depois assistimos ao grupo de teatro do Conacreje”.


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Contribuições Extras

O apadrinhamento é um pilar fundamental para o funcionamento do ChildFund Brasil. É por meio dos valores doados que existem os fundos coletivos que nanciam as atividades diárias, não só do seu alhado, mas também de todas as crianças inscritas na mesma organização social parceira da dele. Como mágica, o apadrinhamento se transforma em oportunidades para crianças em situação de privação, exclusão e vulnerabilidade. Mas às vezes você quer fazer mais pelo seu alhado, não é mesmo? E você pode! Em quatro datas especiais - aniversário, Páscoa, dia das crianças e Natal, você recebe na sua casa um boleto de DFC (sigla em inglês para Fundo Designado), os valores são livres para você escolher com quanto quer presentar o seu alhado. Vale reforçar que essa contribuição é opcional e será 100% repassada para o seu alhado. Caso você não possa contribuir, não tem problema! Após um ano, não enviaremos mais nenhum boleto extra, assim, você só receberá na sua casa as mensagens de carinho e gratidão do seu alhado. Lembre-se de que, mais importante que qualquer presente monetário, é o acesso a ocinas e atividades que contribuirão para um desenvolvimento completo e saudável do seu alhado.

O nosso time de atendimento ao doador está pronto para te atender e ajudar com todas as suas dúvidas referentes ao Apadrinhamento. Estamos disponíveis de segunda a sexta pelo telefone 0300 313 0110, de 09 às 18h, ou pelo e-mail: apadrinhamento@childfundbrasil.org.br

Você tem se correspondido com o seu afilhado? As crianças precisam de incentivos, de palavras de afeto e de demonstrações de conança. Elas anseiam por receber suas cartas e cam muito felizes quando elas chegam! Ao trocar cartas com a criança que você apadrinha, você a incentiva a ter um futuro melhor. Acesse o site www.childfundbrasil.org.br/padrinho/escreva e envie uma mensagem on-line que será encaminhada para o(a) seu(sua) alhado(a) ou envie a sua carta para a caixa postal 6982 – CEP 30120-972 – Belo Horizonte/MG.



TRANSFORMANDO VIDAS www.apadrinhamento.org.br

0300 313 2003

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