Por
uma
Contos criados com muito amor por crianças do ChildFund Brasil
infância
feliz
Contos criados com muito por crianรงas do ChildFund Brasil
Por
uma infância
feliz
Por uma infância feliz Contos criados com muito amor por crianças do ChildFund Brasil Belo Horizonte, agosto de 2016. Diretor Nacional Gerson Pacheco Idealizadoras Águeda Barreto, Joyce Mara Vieira, Karla Corrêa e Tatiane Estevão Facilitação da Medotologia de Escrita Social e Revisão dos Contos Maurilo Andreas Projeto Gráfico e Diagramação Fernanda Araujo e Gisele Araujo Ilustrações da Capa e Contracapa Nayra Angela dos Santos - Sociedade de Educação e Saúde à Família (SESFA) Barbalha - CE
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Contar histórias nos torna mais humanos. Inventar mundos, colorir realidades, criar narrativas a partir de novos olhares. A escrita social é uma maneira de tecer histórias a muitas mãos e corações. Escutar, acrescentar, escolher, cortar, definir rumos em uma conversa em que a opinião do outro e a sua encontram o meio termo a partir de um conto a ser contado. As crianças mostram aqui o resultado de um trabalho de construção coletiva em celebração aos 50 anos do ChildFund Brasil - Fundo para Crianças. Cada conto representa as decisões de um grupo de crianças, suas fantasias transformadas em produto escrito, em história impressa, obra a se guardar, ler e reler. Elas dizem o que sabem dizer e inventam o que ainda não sabem. Constroem sonhos com letras, infinitos com palavras. E se a gente ajuda, se a gente respeita, se a gente admira, isso vira mais que um livro. Vira um caminho.
C rianças, adolescentes, jovens e famílias construindo h istórias atraentes e descontraídas i magina como seria nossa vida sem poder participar l utando por um mundo diferente d ança, brinca, canta alegremente F undo para crianças cinquenta anos servindo u niu afilhados e padrinhos n um elo forte que gerou afeição d oa amor e recebe gratidão
B ondade, compromisso e ação r apidez e participação a ssiste a todos formando cidadãos s ociabilidade e integração i ntercâmbio, cultura e promoção l ugar de Cultura e Educação
Parabéns 50 anos!
Autores: José Marcos Vinícius de Sousa Idelfonso, Cícera Silvana Leite da Silva, Israely dos Santos Vitalino, João Guilherme de Lima do Nascimento, Marcelo Belém dos Reis, Maria Jamile da Silva Lima, Maara Handressa Monteiro da Silva, Maria Islânia Duarte Gonçalves, Jaiane de Souza Pereira.
Sociedade de Assistência à Criança (SOAF) | Milagres - CE
Sumário Por uma infância feliz ........... 14
Assombração ..................... 38
ACCEAVC | São Luiz do Curu – CE
AJENAI | Jenipapo de Minas - MG
O menino da vila e seus sonhos ...................... 16
O Bicho Papão e o Saci Pererê ..................... 40
ASPAIJ | Anagé – BA
AMAI | Francisco Badaró - MG
Infância feliz na cidade dos poetas ................ 20
A Vila dos Milagres ............. 42
AMBFFM | Assu - RN
O fantasma amigo ............... 22 AMOC | Caririmirim - PE
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AMPLIAR | Minas Novas - MG
O namorado de Deja ............ 44 APLAMT | Turmalina - MG
A menina sonhadora ............. 24
O cãozinho engraçado de Curral Novo .............................. 46
MAFO | Ocara - CE
APRISCO | Virgem da Lapa - MG
O poço da velha ................. 26
A aula imaginária ............... 48
CSO | Orós - CE
ARAI | Berilo - MG
Casinha de Cultura Paraíso dos Sonhos ............................ 28
A história de Jurubeba e suas vassouras ......................... 50
ABITA | Coronel Murta - MG
ARAIC | Comercinho - MG
Pedro, o tucano herói ............ 30
Obediência de Isabela ............ 52
ACHANTI | Chapada do Norte - MG
ASCAI | Itaobim - MG
A floresta encantada ............. 32
O menino azul ................... 54
ACOAFA | Missão Velha - CE
ASCOMED | Medina - MG
Reino encantado Caquente ........ 35
O pato brasileiro ................ 60
ADECAVE | Veredinha - MG
ASCOPP | Padre Paraíso - MG
O menino que não sabia ler ............ 62
A filha de Zezinho ...................... 86
ASSGUARANI | Campos Sales - CE
PAC | Caucaia - CE
As aventuras do super Tiago ........... 64
Escola do futuro ......................... 88
ARS | Solonópole - CE
PAULO VI | Belo Horizonte – MG
Pitoco e seus amigos ..................... 66
Um sonho de menina .................... 90
ASSOCIAR | Araçuaí - MG
PBEC | Fortaleza - CE
A força da amizade ..................... 68
O jardim de Delciley .................... 92
AUFAM | São Gonçalo do Amarante - CE
PROCAJ | Diamantina - MG
O cachorro Boby e o leão Leopardo .. 70
Um bom lugar para ser feliz ........... 94
AUPP | Limoeiro do Norte - CE
PROCIFE | Fortaleza - CE
Seu Manoel e a infância perdida ....... 72
A infância de uma criança feliz ........ 96
CEACRI | Itaipiúna - CE
PCSC | Fortaleza - CE
Por uma infância feliz .................. 74
As aventuras de Thiago, o tatu ......... 98
COBEC | Quitaiús - CE
PROSESC | Carbonita - MG
Aninha e suas descobertas fantásticas .. 76
O sequestro do pau da bandeira de Santo Antônio de Barbalha .................. 102
CONACREJE | Jequitinhonha - MG
Por uma infância feliz Um dia de sonho ......................... 78
SESFA | Barbalha - CE
O desmatamento na floresta .......... 106
FBPC | Fortaleza - CE
SOAF | Milagres - CE
Os amigos de Bob ....................... 80
A volta do papagaio ................... 108
GCRIVA | Vespasiano - MG
SOAFAMC | Crato - CE
Stefânia, a menina do orfanato ........ 82
Eu e meu mundo ........................ 110
GEDAM | Belo Horizonte - MG
SOPRAFI | Itapipoca - CE
A casinha mágica ........................ 84
A viagem dos sonhos ................... 112
GRIASC | Betim - MG
ASSCAD | Santa Luz - PI
Por uma
infância feliz Associação Comunitária Cultural, Educacional e Agrícola do Vale do Curu (ACCEAVC) | São Luiz do Curu - CE
Por uma infância feliz, sou uma criança que vive a sonhar. E com o ChildFundBrasil meus sonhos posso realizar. Meu sonho é ser feliz, sorrir, aprender e brincar. E na OSP 1058 tudo isso pude encontrar. O ChildFundBrasil é o antigo Fundo Cristão. Uma instituição séria, com 50 anos de trabalho e dedicação. O ChildFundBrasil contribui com oportunidades e eu com a participação. Gosto das brincadeiras e porque recebem a gente com educação. Aqui não tem preconceito, distinção de raça ou cor, A criança e sua família são acolhidas com amor. Que criança não quer ganhar amor e carinho? E eu tenho essa alegria de ter um padrinho. Ele faz muito pelas crianças não só do Brasil. Contribui principalmente com as que mais necessitam. Estudo, brinco, recebo cartas do meu padrinho E tenho a chance de conhecer novos amiguinhos. Tenho oportunidades de participar de atividades bem legais. São muitas aqui na instituição. Tem dança, informática e até aulas de violão. 14
Eu me sinto muito feliz e alegre por ter sido escolhida pelo meu padrinho. Participo da capoeira com as minhas amiguinhas. Gosto de escrever e desenhar lindos desenhos nas minhas cartinhas. Quero conhecer ele por fotos, porque sou muito feliz por receber seu carinho e atenção. E também por ter sido apadrinhada com tanta dedicação. Fico feliz com as cartas que ele me faz. É legal participar das atividades, que são boas demais. A capoeira é a que me chama mais atenção e outra que me deixa muito feliz é a aula de violão, tanto que quero fazer também. Minha vida mudou porque eu escrevo pra ele, isso me ajuda a aprender mais. E assim eu posso ser um menino inteligente, educado e ter uma infância feliz. Quando a madrinha manda uma carta pra mim fico feliz de montão. Espero ansiosa para saber novidades dela. Somos amigas e guardo ela no coração. O respeito do ChidFundBrasil comigo e minha família também me traz felicidade, eles atendem as nossas necessidades. Sou uma criança feliz porque sou apadrinhada. No ChildFundBrasil eu me sinto uma menina alegre e realizada. Pelas cartas, posso com meu padrinho conversar, E sobre minha vida falar. Queria aqui agradecer a todos de uma forma que diz: “Obrigado, meu Senhor, por minha infância feliz!”
Autores: Amanda Barbosa Abreu, Antônio Jeferson Santos Borges, Diana Kethellen Silva Feijó, Fernanda Soares Paz, Laila Aparecida Rodrigues Meneses, Lara Ritieli Moreira Lourenço, Luis André Tavelli Pacheco, Maria Eduarda Eduarda Ferreira Silva, Maria Rebeca Pinéo, Marisa Nascimento Duarte. Ilustrador: Fabrício Ferreira Abreu.
O menino da vila e seus sonhos Associação de Promoção e Assistência a Infância e Juventude (ASPAIJ) | Anagé - BA
Era uma vez, em uma pequena vila, um menino que vivia com sua mãe. Ele tinha vários sonhos e queria ser médico, dentista, veterinário, professor e, acima de tudo, também queria ser feliz, porque não tinha uma família completa e nem amigos para brincar. O menino queria ganhar um skate e um boneco, mas a sua mãe não tinha condições de comprar os brinquedos que ele queria. Mesmo passando por dificuldades financeiras, o garoto não ficava triste porque entendia o que estava acontecendo. A infância desse garoto não foi muito feliz, devido a alguns problemas que vinha enfrentando no seu dia-a-dia. Um motivo forte foi a separação do pai, que o abandonou quando era muito pequeno, e a outra foi a rejeição dos próprio amigos. Na verdade, ele não chegou a conhecer o pai e, por ser ainda criança, não tinha conhecimento direito das coisas. O tempo passou e o menino ia crescendo. Muitas vezes esse menino sentia-se solitário e triste por viver isolado, sozinho e sem amigos, irmãos e pai. Tentava buscar uma felicidade, mas mesmo com apoio da sua mãe sempre lhe faltava algo para preencher este vazio que ainda havia consigo. Sentia-se como uma criança de rua, sem rumo e destino, mas a solidão não era principal causa de tudo isso que estava acontecendo na sua vida. As crianças da vila quando viam o menino o rejeitavam. O garoto chegou até a sonhar que estava brincando com os amigos, mas era apenas uma grande ilusão.
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Mesmo com as dificuldades financeiras e a rejeição dos garotos, o menino não deixava de sonhar, tinha esperança de um dia conquistar um futuro melhor e alcançar as oportunidades que poderiam surgir pela frente. E um dos objetivos era reconquistar o seu pai, ganhar amigos e um dia se tornar um profissional para ter um lar confortável e uma vida financeira melhor para sustentar sua família. No ano seguinte, algo maravilhoso aconteceu na sua vida. Os sonhos foram se tornando realidade, os amigos foram aproximando-se, as oportunidades foram surgindo. A felicidade daquele garoto era tanta que ele nem acreditava no que estava acontecendo em sua vida. Os amigos que o desprezavam se arrependeram e tornaram-se seus melhores amigos. O pai começou a aproximar-se da família e acabou acontecendo o encontro entre eles. O pai disse: - Oh, meu filho desculpe-me! Estou arrependido que fiz com você e sua mãe, e vocês não mereciam passar por tudo isso. O filho respondeu: - Sim, pai, já te perdoei! Estava na expectativa que chegasse logo esse grande dia para te abraçar e dizer o quanto você fez falta para mim e minha mãe, mas agora cresci e tornei-me um adulto, consigo te entender. E a partir desse encontro maravilhoso foram preenchidos alguns sentimentos que estavam faltando entre ambos, como amor, carinho e alegria. A família foi crescendo e o garoto teve a oportunidade de realizar seus sonhos e ser dono do seu próprio negócio. E todos foram felizes para sempre. Autores: Alisson dos Santos Lima, Chailane Mota de Souza, Gustavo Rocha Santos, Iane Souza de Carvalho, Ihorrany Silva Rocha, Isabela Santos de Jesus, Jenyfer Oliveira Nunes, Michele Santos Araujo, Queure Pinto Silva, Raissa Teixeira Santos, Vinicius da Cunha Sousa, Welber Carlos Silva Pereira. Ilustrador: Ronildo Cunha dos Santos.
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Infância feliz na
cidade dos poetas Associação dos Moradores dos Bairros Frutilândia I e Fulô do Mato (AMBFFM) | Assu - RN
A cidade dos poetas é um lugar feliz Tem o Fundo para Crianças, atividades, brincadeiras, apresentações O que me deixa mais feliz É um lugar alegre, perto de uma praça cheia de flores E de uma Igreja Católica e da Associação dos Moradores A nossa infância começou com muito amor dos nossos pais Os educadores, os padrinhos, muita gente nos ajudou E a nossa vida melhorou.
Autores: Alice da Silva, Ana Cecília Saraiva Ambrósio, Elayne Gabrielle da Silva, Enila Rayane Belarmino, Francisco Rondielson Felipe dos Santos, João Paulo da Silva Rodrigues, Maria Eduarda Petronila, Marjhorie Estefhany da Silva, Miguel Rilmar Ramos da Silva, Rakelly Vitória dos Santos. Ilustrador: Felipe da Silva Mendonça.
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O fantasma
amigo
Associação dos Moradores do Caririmirim (AMOC) | Caririmirim - PE
Certo dia, lá na floresta, as crianças andavam pelo bosque quando de repente avistaram uma casa muito bonita e colorida. Marta, muito curiosa, chegou na porta e bateu: - Toc, toc, toc! A porta se abriu lentamente e as crianças, encantadas com a beleza da casa, entraram e disseram “uau”! Elas observam que tudo está no lugar, mas sentem algo estranho, um vento frio e uma voz que dizia: - Olá, crianças, tudo bem com vocês? Sejam bem vindos! Sou um fantasma que venho de muito longe para fazer as crianças felizes. Na verdade, eu sou amigo de todos. Não tenham medo, por onde eu passo semeio a paz, planto o amor, a união e a felicidade. A voz foi ficando cada vez mais distante dali, enquanto as crianças diziam: - Vooolte, vooolte. Ah, não! O amigo fantasma foi embora para outro lugar, colocar sorriso no rosto de outras crianças. Todos ficaram maravilhados e foram felizes para sempre.
Autores: Agata Giovana de Morais Mariano, Carlos Vitor Soares do Nascimento, Emilly Ingrid Candeia Vieira, José Renan de Jesus Gonçalves, Leticia Maria de Lima Nascimento, Livia Rodrigues do Nascimeento, Marina Gleiciane do Nascimento, Micheli Rayane Pereira Santos, Mikaeli Shayllane Pereira Santos, Murilo Alisson do Nascimento, Pedro Luan Santos Mariano, Raí Soares Filgueira Eugênio, Romilson Soares Filgueira Eugênio, Samyra Kauanne Vieira do Nacimento. Ilustrador: Ronaldo Conceição dos Santos. 22
A menina
sonhadora Movimento de Ajuda Familiar de Ocara (MAFO) | Ocara - CE
Era uma vez uma menina chamada Maria. Ela vivia com sua família. Maria era sonhadora, ela sonhava tanto que não dava pra saber se o que ela contava era sonho ou era verdade. Maria queria demais conhecer a praia. Um dia ela pediu para sua mãe Kataryna que a levasse à praia, pois em seus sonhos Maria tinha certeza de que a paisagem da praia era linda. Um dia, a Mãe de Maria a levou à praia junto com um amigo chamado David. Chegando à praia, Maria e seu amigo foram tomar banho quando veio uma onda gigante e afogou Maria! Ainda bem que David estava lá e salvou a menina, virando herói. Maria acordou tão assustada que quase não dormiu mais, mas quando dormiu sonhou que tinham feito castelos de areia na praia. No outro dia, Maria acordou radiante, era seu aniversário!!! Ela ganhou um presente de seus padrinhos do ChildFund Brasil. Era uma bonequinha tão linda que até falava. Ei!, não era sonho não, era mesmo de verdade... Quando chegou a noite, Maria estava ansiosa porque ia ao parque de diversão. Ela foi logo brincar no balancê. Ei, o parque também era de verdade viu? Mas aí ela começou a sonhar com seus amigos cantando seus parabéns, tinha tanta comida, brincadeiras e um bolo de aniversário gigante! Era tão grande que chegava até às nuvens. Ela então subiu no bolo e lá das nuvens ela viu um anjo, e esse anjo disse que toda criança era para brincar muito, muito mesmo. E Maria brincou demais. Maria! Ei Maria! Chamaram os pais dela, tá na hora de irmos para casa. Maria estava cansada pela subida no bolo enorme, mas como Maria era muito religiosa, rezou e agradeceu a Deus pelo seu dia, pela família e pelos amigos. E foi dormir feliz da vida. 24
Mal dormiu, Maria já foi logo sonhando. Sonhou que era uma menina chamada Gisele e que era uma criança do orfanato, que ninguém queria adotar, quase não tinha amigos e nunca tinha tido uma festa de aniversário. E Maria acordou! Quando ela viu que era sonho, saiu gritando de verdade: - Mãe, pai, vovó, vovô, eu tenho a melhor família do mundooooo!!!
Autores: André Victor Fernandes da Silva, Carlos Cristenio Silva dos Santos, Francisco Antonio Everton Silva de Abreu, Giselly Katryne de Azevedo Lima, Luis Gustavo Morais Felipe, Maria Mariana Correia Dodô, Vitor Emanuel da Silva Lopes, Yasmim Kelly de Queiroz da Silva. Ilustradora: Joice Freires da Silva.
O poço da
velha
Centro Social de Orós (CSO) | Orós - CE
Vou contar a história sobre um pequeno lago conhecido como “o Poço da Velha”, que passou a ser chamado assim em razão de, há muitos anos, uma velha lavadeira ter se afogado ali e morrido. Ele está localizado em uma pequena cidade chamada Orós. Certo dia, um homem chamado Juscelino Kubitschek tornou-se o presidente do Brasil e uma de suas obras foi fazer um açude naquela cidade. Mas no local onde iriam construir o açude já existia o Poço da Velha e ele era muito profundo. Então, os construtores resolveram acabar com o poço e começaram a jogar muitas carradas de pedras e areia para entupi-lo. Mas não conseguiram. A solução encontrada foi construir uma parede em volta do poço. Durante a obra os trabalhadores ouviam com frequência barulhos estranhos de caminhões e tratores caindo dentro do poço, paralisando a obra. Eles souberam por meio de muitos pescadores que pescavam no poço que estas coisas só vieram a acontecer depois que uma mulher jogou um bebê recémnascido dentro do poço da velha e, a partir daí, muitas histórias surgiram. Uma delas é sobre um homem que sempre saia à noite para pescar e, certa vez, quando ele começou a se aproximar de sua canoa, escutou vozes. Então ele foi se aproximando devagar, pensando que fosse alguém namorando na beira d´agua, mas ao chegar viu uma linda moça sobre uma pedra no meio do poço. Quando ela o avistou, pulou na água e desapareceu. Assustado, o pescador saiu correndo sem olhar para trás. Chegando em sua casa, ele pensou: “vou voltar amanhã”. No dia seguinte, foi ao poço e viu que nem mesmo a pedra em que estava a moça existia. Ele saiu e nunca mais voltou no poço para pescar à noite. Essas e muitas outras histórias existem ali, no Poço da Velha. 26
Autores: Ana Maria Viocentes Bezerra, Ana Rayssa Feitosa Nascimento, Breno Vinícius da Silva, Cassandra Marques da Silva, David Nunes da Silva, Davila da Silva Freitas, Évila Maria Romão Custódio, Francisco Cauã da Silva Marques, Hélio Márcio Alves de Oliveira, João Vinícius de Lima Moreno, José Armando Pereira da Silva, José Nathan Lima Bezerra, Kaine Kelly Marques da Silva, Kauanny Ribeiro Jorge, Maria Clara Gomes da Silva, Monique Gabrielle Pinheiro Silva, Paulo Regis Guedes Nunes, Tainara Rosa Soares, Thiago Naironir. Ilustradora: Evila Maria Romão Custódio
Casinha de Cultura
Paraíso dos Sonhos Associação Beneficente de Itaporé (ABITA) | Coronel Murta - MG
Conheci uma benzedeira bem legal. Ela faz reza de quebranto, mal olhado e muitas outras coisas, mas só descobri isso agora depois de grande, quando tive um dedo de prosa com Dona Dosanjinha. Ela falou comigo assim: - Sabe menina, eu te vi nascer. Já benzi em você muitas vezes. Eu não entendi muito e perguntei o que ela queria dizer. E ela respondeu: - Já trabalhei para o seu avô torrando farinha e tirando goma. Você era bem pequena, nem deve lembrar. Hoje você já é uma mulher feita, parece que eu parei no tempo. Eu achei aquela prosa interessante e perguntei novamente. - Como era sua vida antes? Ela disse: - Sofrida, muito trabalho e pouco valor. - Mas a senhora sente saudade desse tempo? Ela respondeu: - Muita saudade. Foi um tempo de muita alegria e de muita fortuna também, as pessoas eram mais humildes pareciam ter mais tempo e se preocupavam mais. Crianças e adolescentes (contam uma conversa com Dona Dos Anjos, 87 anos, Madrinha da Casinha de Cultura).
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Autores: Alam Marcio Monteiro Oliveira, Arthur Almeida Lima, Dara Aparecida Lima Xavier, Karen Pereira Oliveira, Karine Rodrigues Santos. Ilustradora: Karen Pereira Oliveira.
Pedro,
o tucano herói Associação Chapadense de Assistência às Necessidades do Trabalhador e da Infância (ACHANTI) | Chapada do Norte - MG
O senhor Pedro é um tucano muito bonito que morava na floresta no lado sul. Um dia ele saiu para visitar seus amigos, a arara e a cegonha, que moravam no lado nordeste. À medida em que ele se aproximava, percebia que ia ficando com falta de ar. Quando ele chegou e viu tudo cortado e queimado, ele até desmaiou. Quando ele acordou, disse: - Cadê todo mundo? Então, ele ouviu uma voz: - Estou morrendo. Pedro, o tucano, falou: - Quem é você? A voz respondeu: - Eu sou a árvore em que você ficava sempre. Pedro falou: - É você, pé de ipê? O que aconteceu? E o pé de ipê respondeu: - Virei um tronco, vieram uns homens e começaram a cortar tudo. E Pedro chorou e perguntou: - Cadê os meus amigos, a arara e a cegonha? 30
- Eles tiveram que fugir para outro lugar. Pedro o tucano respondeu: - Isso não vai ficar assim! Pedro foi atrás dos homens com sua roupa de super-herói toda colorida. Chegando na cidade onde eles moravam, Pedro disse: - Vocês não podem destruir a nossa casa. E começou a bicar eles. Os homens em resposta diziam: - Pare, pare nós vamos lá plantar tudo de novo. E Pedro, o tucano herói, colocou-os debaixo de sua capa colorida, levou para a floresta e fez eles plantarem tudo novamente. Assim, tudo voltou a ficar florido, o tronco de ipê voltou a ser árvore e Pedro, o tucano, buscou seus amigos arara e a cegonha num lugar muito distante e seco. Voltaram para a floresta e viveram felizes.
Autores: Amanda Fernandes Machado, Carla Eduarda Soares, Evandro da Rocha Silva, Luiz Ricardo Ribeira da Rocha, Marllon Augusto Oliveira Machado, Raíssa Paula Soares, Renata Emanuelle Gomes Vieira, Vanilson Gomes Machado, Vinícius Rocha de Souza. Ilustrador: Matheus Reis de Souza.
A floresta
encantada Associação Comunitária de Assistência à Familia (ACOAFA) | Missão Velha - CE
Era uma vez, há muito tempo, uma floresta grande e muito bonita. Mas pouco feliz. É que lá tudo estava muito triste, pois não se via mais os animais que antes traziam alegria para aquela linda floresta. - Se pudéssemos trazer a alegria de volta a essa floresta! - suspirava o rei leão... - E por que não? - pensou a leoa. Mas a floresta sombria assustava toda a criançada que lá antes fazia toda a alegria e o encanto do lugar. Uma vez, brincando ali perto, as crianças resolveram passear pela floresta sombria. Foi quando embaixo de uma frondosa árvore eles ouviram umas gargalhadas. - Ra... Ra... Ra... Era uma bruxa conversando sozinha! É que ela, por ser muito má, não tinha amigos. - O que foi isso, Sofia? Parece que ali naquela casinha mora alguém... vamos olhar criançada? – Pedrinho falou e, na ponta dos pés, foi com os outros olharem o que se passava. Ao chegar, avistaram uma bruxa muito feia e má. Ela sorria e falava sozinha, dizendo assim: - Essa floresta é só minha! Depois do meu feitiço ela ficou do jeitinho que eu queria: sombria e assustadora! E sem aqueles animais horrorosos e barulhentos!
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Sofia, Pedrinho e as outras crianças ficaram assustados. Muito espertas, saíram correndo depressa daquele lugar sem que a bruxa má percebesse e todas as crianças se reuniram para pensar em um plano para ajudar o rei leão e a leoa a trazerem alegria de volta àquela floresta. No dia seguinte, quando a bruxa saiu de casa, as crianças entraram escondidas e pegaram seu livro de feitiços, pois eles queriam quebrar o encanto que a bruxa má tinha colocado na floresta. De repente as crianças ouviram o barulho estranho... Plaft!...Plaft! Alguém está chegando! O barulho parou bem em frente à porta. Era a bruxa! Mas, que sorte, as crianças conseguiram sair pela porta do fundo, levando o livro de feitiço.
- Parem, parem! - gritou Pedrinho. Aqui já estamos seguros! Vamos descobrir como desfazer o feitiço? Foi quando eles descobriram que era só ler o livro de trás para frente e jogar pétalas de rosas ao vento que a floresta voltaria a ser linda e alegre como antes. Então, Sofia jogou ao vento lindas e coloridas rosas que logo se espalharam rapidamente por toda a floresta. Que surpresa! Tudo voltou a ser como era antes! Os animais foram surgindo como num passe de mágica, cantando, brincando e o sol voltou a brilhar no céu. E a floresta que antes estava sombria, agora ficou iluminada e feliz com todos os animais. Ops! E a bruxa? Ah! A bruxa, como não tinha mais nada a fazer ali, então resolveu a aprender a ser boa e feliz, como todos os que na floresta moravam. E, enfim, todos os que ali viviam na linda floresta foram felizes para sempre! Autores: Bruno Silva Custódio, Cícero Levi Moura de Lima, Luan Ferraz de Souza, Felipe Marcelino de Araujo, Gleiciane Batista Oliveira, Lucas Ferraz de Souza, Heberson dos Santos Lima, Lídia de Melo Camilo, Micaely Batista Oliveira, Mirele dos Santos Brandão, Roberta Ingrid de Jesus Silva. Ilustrador: Felipe Marcelino de Araujo.
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Reino encantado
Caquente
Associação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente de Veredinha (ADECAVE) | Veredinha - MG
Havia um lugar encantado e mágico chamado Reino do Caquente, onde viviam onze princesas muito felizes. Neste lugar existiam belos jardins, castelos, cavalos e um rio de águas mágicas que curavam quem se machucasse. Porém, como era um rio muito valioso, tinha um portão enorme em sua entrada e era guardado por cinco guardiões fortes e bonitos, chamados Raniere, Ronaldo, Elton, Beto e João Paulo. Eles tinham poderes como o de voar, super força, o poder do fogo, da água, da terra e do ar. No reino também havia cinco rainhas muito belas e bondosas. Certo dia, chegou um vilão que existia na região, sem piedade e que já havia matado muitas pessoas. Ele estava foragido, todo machucado e veio até o reino porque queria das águas do rio mágico para se curar, porém os guardiões não queriam deixar que entrasse, já que era muito maldoso. Assim eles resistiram usando seus poderes e, depois de uma grande batalha, conseguiram prendê-lo na torre mais alta do castelo. As princesas, que eram muito bondosas e também muito curiosas, foram visitá-lo mesmo sabendo que ele era perigoso, para não o deixarem morrer de fome ou sede. A princesa Kamila levou um pouco de água mágica e ele agradeceu. Ao perceber que estava muito triste ela perguntou o que ele estava sentindo. Qual foi grande sua surpresa quando o vilão contou sua triste história. Ele tinha uma família e todos morreram muito cedo porque pessoas ruins colocaram fogo em sua cabana. A partir daí ele ficou sozinho, revoltado e não queria ver ninguém e nehuma família feliz. A princesa Glauciele, com muita pena, queria soltá-lo, mas as outras princesas ficaram com medo de que estivesse mentindo.
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A princesa Keila ofereceu frutas, as princesas Ana Luiza e Juliana pão e cobertores para aquecêlo e a princesa Vitória deu-lhe um copo de leite junto com os biscoitos que a princesa Amanda tinha trazido. Ele ainda comeu carne e mingau oferecidos pelas princesas Thaís e Kelly. Assim, por muitos dias as princesas iam à torre para visitar o vilão e numa destas visitas descobriram que ele não sabia ler nem escrever. Resolveram dar aulas para ele e foram levando livros para lerem e muita música, forró e cantigas de roda para alegrá-lo. Sempre que iam visitá-lo, ao se despedirem todas o abraçavam, pois como ele mesmo confessou, nunca ganhara abraços e por isso se tornou tão distante. No mês de maio, no Reino do Caquente tinha uma grande festa chamada Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde eram convidados todos os moradores do reino. Tinha missa, comida, muita dança e uma cavalgada. As princesas insistiram muito e conseguiram convencer os guardiões a soltarem o prisioneiro por uma noite. A festa estava muito animada e a princesa Kelly, que gostava muito de cavalos, ia montar no seu cavalo particular chamado Dourado, porém um grave acontecimento durante a competição veio a entristecer a festa: a princesa Kelly caiu do seu cavalo e todos ficaram muito assustados e desesperados. O prisioneiro, que já estava se tornando uma pessoa melhor e já considerava a princesa sua amiga, resolveu se redimir e logo correu para ajudá-la. Para surpresa de todos, descobriram que o vilão tinha recebido do Grande Criador o poder do Amor e da Amizade e se tornou um herói. Assim, ele recebeu a grande missão de Guardião das princesas e todos ficaram muito felizes, porque o reino ficou mais protegido. E ainda hoje quem quiser conhecer este reino basta procurar nas terras mágicas de Veredinha, o Reino do Caquente. Autores: Ana Luiza Santos Rocha, Darlene Soares Azevedo, Glaucielle Hivete Rodrigues Rocha, Juliana Cordeiro de Azevedo, Kamila Cordeiro Soares, Keila Cordeiro Soares, Kelly Cordeiro Soares, Thais Cordeiro Rodrigues, Vitória Cordeiro Soares. Ilustradora: Joana Aparecida Oliveira.
Assombração Associação Jenipapense de Assistência à Infância (AJENAI) | Jenipapo de Minas - MG
Deniara era uma menina pobre, que morava em uma casinha bem simples. Em uma sexta-feira 13, noite de lua cheia, quando chegava da igreja foi abrir a porteira da sua casa e ouviu uma voz dizendo: - Não vou deixar você passar da porteira. Ela tentava abrir e a porteira não abria. Ela teve muito medo, ficou arrepiada, começou a gritar e subiu no pé de manga. Quando olhou para trás, ela viu um vulto, ficou muito assustada, desceu e saiu correndo. Sentia que algo a puxava para trás, mas ela insistiu. Chegando em uma encruzilhada não sabia para onde ir e um espírito incorporou nela. Ela virou uma mula sem cabeça que soltava fogo pelo pescoço e tinha dois olhos embaixo do pescoço.
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Ela foi embora para a casa, chegou falando com voz de monstro e com voz de Deniara. A mãe da menina ficou apavorada de ver aquilo e falava: - Isso não é minha filha. A mãe estava costurando e usou a agulha para furar a mula sem cabeça, querendo desfazer o mal. O mal saiu de Deniara e passou para a mãe que se transformou em um curupira. Saiu correndo para a mata onde encontrou uma feiticeira e perguntou o que ela estava fervendo. Ela falou que era uma sopa de carne podre com vômito de onça e a mãe de Deniara comeu a sopa e quebrou o feitiço. Ela voltou ao normal. A mãe da Deniara voltou para casa, convidou toda a família e a comunidade para uma grande festa. Na festa tinha fogueira e muitas comidas gostosas. Deniara e sua mãe reuniram todos em volta da fogueira e contaram o que havia acontecido. Desde esse dia, aquele lugar ficou considerado como “mal assombrado”. Autores: Deniara Carvalho Ribeiro, Gleiton Martins Passos, Júlia Rodrigues de Sousa, Kermilly Keury Leite Fernandes, Leidivânia Ramalho Santos, Maria Eduarda Ramalho, Reuberth Rodrigues de Sousa, Thauany Martins Rodrigues, Yara de Almeida Caldas. Ilustrador: Gustavo da Silva Vieira.
O Bicho Papão e o Saci Pererê Associação Municipal de Assistência Infantil (AMAI) | Francisco Badaró - MG
Era uma vez um bicho papão enorme e muito assustador. Tinha quatro orelhas, barriga gigante, língua enorme que parecia uma cobra, dez pernas, oito olhos, a cabeça careca e o corpo todo peludo. Tinha as unhas grandes, pintadas de preto e dentes de vampiro encavalados... Ele comia gente, macaco e tantas outras coisas. Gostava muito de andar na região de Tocoiós, principalmente na lagoa de Lô, um morador da comunidade. O bicho papão sempre ia nesta lagoa durante a noite para comer todo o peixe que havia lá. Em seu caminho até a lagoa, vivia assustando as pessoas com um barulho horrível (CRRRRRRR...) e piscando os oito olhos na noite escura. Certa noite, o bicho papão encontrou o saci na beira da lagoa e um ficou tentando assustar o outro. Esperto, o saci disse que poderiam fazer uma disputa para ver quem corria mais e o que ganhasse receberia o título de “MAIS VALENTE”. A coruja, que assistia tudo do galho da árvore, pensou: “Ahaha... Quem será o campeão? O bicho papão gigante todo pesado ou o saci de uma perna só?”. Ela então ficou a observar. Estavam os dois preparados para a corrida, porém, o saci esperto que só, pensando que pudesse perder tratou logo de fazer uma “macumba” para garantir a vitória. E assim aconteceu. Enquanto o bicho papão gigante e assustador corria acelerado, o saci ia bem de mansinho, sorrindo e debochando do bicho papão. E não é que a macumba do saci realmente funcionou?! Quando o bicho papão conseguiu avistar o ponto final, já estava lá o saci todo sorridente, batendo no peito e dizendo ser o campeão.
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Sem entender o que havia acontecido, o bicho papão se distraiu, tropeçou, caiu em um buraco bem fundo e morreu. E o saci ficou sendo o mais valente. Mas a história não termina por aí, sabe por quê? Porque a dona coruja, que tudo vê, garantiu que depois daquela noite escura em que tudo aconteceu, o saci e a alma penada do bicho papão ainda vivem assustando a todos daquela região. Por isso, muito cuidado ao passar por lá, você pode ser a próxima vítima que eles poderão assustar! CRRRRRRRR... UUUUUU...CRRRRRRRRRRR. Autores: Ana Clara Pereira da Silva, Ana Luiza da Silva Sales, Denílson Júnior Tavares Sousa, Herley Tainara Vieira de Sousa, Iran Ferreira Sales, Íris dos Santos Pereira, Jennifer Fernandes Sousa, Letícia da Silva Sales, Luigy Borges Pereira, Maria Eduarda da Rocha. Ilustradores: Denílson Júnior Tavares Sousa, Herley Tainara Vieira de Sousa, Letícia da Silva Sales.
A Vila dos
Milagres Associação Minasnovense de Promoção ao Lavrador e à Infância da Área Rural (AMPLIAR) | Minas Novas - MG
Numa pequena vila havia, sempre a fazer travessuras, um menino chamado Tuntum. Um certo dia, por não obedecer aos pais, Tuntum ficou muito doente. Ele não conseguia nem levantar da cama. Seus pais ficaram muito tristes, choravam o tempo todo. Ele sofria muito com isso e por não poder fazer nada para alegrar seus pais. Sendo assim, Tuntum começou a implorar para todos os deuses em que já havia ouvido falar para que o ajudassem. Até que um dia chegou a sua casa um senhor desconhecido e estranho aos olhos dos pais de Tuntum. Ao abrir a porta, a mãe de Tuntum ficou surpresa ao ouvir o senhor dizer que tinha a missão de ajudar um menino que ali morava e que estava à beira da morte. Emocionada ela pediu que ele entrasse. O senhor tinha uma pergunta a fazer para Tuntum e só o ajudaria dependendo da sua resposta. Chegando ao lado da cama, foi logo perguntando: - O que você faria se você se curasse? - Eu moveria céus e terra para arrancar todos os sorrisos possíveis dos meus pais e de todos aqui da vila. - respondeu Tuntum. - Por um milagre você está curado! E, lembre-se, a sua boa saúde e sua felicidade dependem do bem-estar e da felicidade do outro. E o senhor desapareceu.
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A única coisa que Tuntum entendeu é que ele estava bem e curado. Ele ficou imensamente feliz e viu o sorriso voltar à face dos seus pais. Nesse momento Tuntum deveria fazer de tudo para que todos da vila ficassem bem, pois só assim ele também ficaria. Tuntum reuniu todos os seus colegas para que juntos pudessem combater a pobreza da vila, pois a fome, a falta do que vestir e a falta de lazer e educação eram motivos de muita tristeza. Ele tinha tanta vontade de ajudar as pessoas que achava que poderia mudar o mundo. A partir daí, todos os integrantes do grupo Tuntum tinham uma missão: fiscalizar as ruas para que todas as crianças estivessem na escola nos horários corretos e tivessem com o que e onde brincar; ajudar as pessoas mais velhas a carregar sacolas; investigar se todas as famílias tinham o que comer e o que vestir e buscar formas de resolver os problemas encontrados. O grupo Tuntum, de tanto realizar boas ações, ficou bem conhecido na vila e as pessoas começaram a procurá-los sempre que precisavam. Os pais de Tuntum ficaram muito felizes e ele, ao vê-los sorrir, enchia os olhos de lágrimas de tanta felicidade. A vila, que era pequena e cheia de limitações, hoje é uma comunidade alegre que encontrou apoio no grupo Tuntum que os fez acreditarem que a união realmente faz a força. Tuntum e seus parceiros estão por aí, distribuindo e arrancando sorrisos pela vila, e desde então, todas as boas ações do grupo Tuntum eram considerados “Pequenos Milagres”. Autores: Angra Silva Ferreira, Alice Mauricio Barbosa, Bruno Martins Ferreira, Diene Kelly Mauricio Teixeira, Gabriel Soares da Silva, Geisa Chagas Costa, Ilan Vitor Teixeira Santos, Ilana Isabel Marques Silva, Juliano Costa Leite, Jullia Evelyn Rodrigues, Junio Fernandes Tavares, Luiz Felipe Ferreira Santos, Raissa Fernandes, Verônica Isabel Santos Gonçalves. Ilustradores: Angra Silva Ferreira, Alice Mauricio Barbosa, Bruno Martins Ferreira, Diene Kelly Mauricio Teixeira, Gabriel Soares da Silva, Geisa Chagas Costa, Ilan Vitor Teixeira Santos, Ilana Isabel Marques Silva, Juliano Costa Leite, Julia Evelyn Rodrigues, Junio Fernandes Tavares, Luiz Felipe Ferreira Santos, Raissa Fernandes, Verônica Isabel Santos Gonçalves.
O namorado
de Deja
Associação de Promoção ao Lavrador e Assistência ao Menor de Turmalina (APLAMT) | Turmalina - MG
Havia um casal muito esquentado: Deja e Pedro Malazarte. Deja era muito teimosa, sua mãe não queria que ela fosse ao forró encontrar Pedro. Deja aproveitou que sua mãe dormia, pulou a janela e foi para a festa. Quando chegou à festa, ela viu seu namorado beijando outra e desmaiou. Pedro levou Deja para sua casa. No dia seguinte, Deja acordou, Pedro pediu desculpas, ela perdoou, marcaram casamento para junho, o mês do forró. Teve muita comida e bebida. Dançaram muito e foram felizes para sempre.
Autores: Brenda Ap. Mendes, Jamile Dias Lordeiro, Joice Carollayne Pereira, Júlia Kelly da Cruz, Ketellen Gabriely Soares, Luiz Miguel Rodrigues da Silva, Micael Ferreira da Cruz, Natan Junior da Cruz, Sabrina Gomes dos Santos, Sara Mariana Mendes. Ilustradora: Cassiane Carvalho Silva.
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O cãozinho engraçado
de Curral Novo
Associação de Promoção Infantil Social e Comunitária (APRISCO) | Virgem da Lapa - MG
Era uma vez um cãozinho bem fofinho que morava na casinha na natureza. Ele vivia muito feliz e gostava de brincar com os animais. Ele roía ossos todos os dias e também comia vegetais. Ele pulava muito pela natureza com seus outros amiguinhos que eram o coelho, o passarinho, o urubu, o sapo, a galinha, o leitão e a vaca. Mas um dia ele ficou doente e seus amigos fizeram para ele uma injeção de carinho que foi aplicada nele para melhorar sua saúde. Todos os seus amigos da Floresta Encantada, quando ele melhorou, fizeram uma festa para ele com muita comida. Foi tão lindo, tão lindo que todos os outros animais falaram que iam proteger a natureza e cuidar do cãozinho amigo para sempre. E assim todos ficaram bons amigos e felizes para sempre
Autores: Alan de Souza Batista, Alex Nunes dos Santos, Aline Batista de Souza, Carla Nunes dos Santos, Carlos Daniel Nunes dos Santos, Fabiano de Souza Batista, Francielly de Souza Nunes, Laiza Grabriele B. Souza, Raquel Batista de Souza, Valeria de Souza Alves. Ilustradora: Laiza Gabriele Bernardes de Souza
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A aula
imaginária Associação Rural de Assistência à Infância (ARAI) | Berilo - MG
Em um belo dia de verão, a professora Maria Cecilia resolveu dar uma aula diferenciada onde os alunos imaginavam estarem em uma bela piscina com água fria. A aluna Marina resolveu levar seu biquíni de bolinhas e a Kássia resolveu levar seu violão para distrair o pessoal. Mas, chegando lá, os alunos derrubaram seu violão na piscina. Sem pensar ela pulou dentro da água e lembrou que não sabia nadar. Pediu socorro para sua amiga Solveig. Antes do socorro ela desmaiou e, ao se lembrar que era somente uma imaginação, pegou seu violão e começou a cantar uma linda canção. Mas ela não sabia que naquele lugar havia um produtor musical que se encantou com seu talento. Ele convidou Kássia para gravar um CD. Os alunos estavam escrevendo suas imaginações enquanto Kássia dormia. Marina, ao perceber que Kássia estava dormindo, começou a cutucá-la, perguntando se ela havia terminado de escrever sua imaginação. A professora perguntou se ela queria ler sua imaginação e Kássia respondeu que não havia escrito, e sim vivido um belo sonho!
Autores: Cleverson Amaral Santos, Edly Lopes de Jesus, Eduarda Aparecida Vieira Santos, Gisliane Sandy Esteves Cota, Gisvânio Gomes de Souza, Ingrid Rayane Santos Gomes, João Vitor da Cruz Alves, Nataniely Esteves dos Santos, Nicole Eduarda Silva Lemes, Thais Rocha de Jesus. Ilutradora: Ingrid Rayane Santos Gomes.
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A história de Jurubeba e
suas vassouras
Associação Rural de Atendimento Infanto-Juvenil de Comercinho (ARAIC) | Comercinho - MG
Em uma pequena cidade, vivia um vilão muito perigoso chamado Carlos, mas que era conhecido por Jurubeba. Quando era noite, ele saía para roubar carros, bicicletas e motos para vender. Isso começou quando a família dele o abandonou, ele tinha apenas nove anos de idade. Ele vivia sozinho, não tinha amigos, só que ele não estava nem aí, passou a ser uma pessoa ruim e egoísta com o pouco que tinha. Um certo dia a polícia o pegou roubando e o prendeu. Jurubeba ficou preso por cinco anos e oito meses. Neste tempo em que ele ficou preso, aprendeu a fazer vassouras com garrafas pet. Também fez alguns amigos, chamados Alan, Wesley, Kauan e Walter, e eles ficaram muito, muito amigos. Jurubeba passou a se comportar melhor e se tornou uma pessoa boa e mais educada. Depois de um tempo ele saiu da cadeia e com o que ele aprendeu enquanto estava preso, começou a fazer vassouras para vender. Com o passar do tempo ele montou uma loja de vassouras, que chamava-se Jurubeba e suas vassouras. Em uma certa tarde, chegou em sua loja uma mulher muito bonita, chamada Ágata, para comprar vassouras. Jurubeba, muito educado, perguntou: - Você é casada? Tem namorado? Ágata então respondeu: - Não. Por quê?
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- É porque eu gostaria de convidá-la para jantar lá no Restaurante Cardoso. Ágata aceitou o convite e foi embora. Quando chegou a noite, Jurubeba foi ao Restaurante Cardoso e lá ele encontrou Ágata. Eles conversaram, divertiram-se e começaram a namorar. Eles não se casaram, mas foram morar juntos e depois de um tempo tiveram um filho que se chamava Alan. Nome escolhido em homenagem ao seu amigo favorito que conheceu enquanto estava na cadeia. Jurubeba e Ágata formaram uma família, ele se tornou um homem bom, justo e honesto, foi um bom pai e um bom marido e dizem que até hoje vivem felizes. Autores: Betânia Rodrigues da Silva, Cauã Junior Freire Paulino, Isaac Amaral Oliveira, Natália Pereira Brito, Natalícia Pereira Brito, Tayssa Jesus Fagundes, Walter Daniel Pereira Brito, Wellington Gomes Martins, Wesley Alves Pereira. Ilustrador: Wellington Gomes Martins.
Obediência de
Isabela
Associação da Criança e do Adolescente de Itaobim (ASCAI) | Itaobim - MG
Isabela, uma criança alegre, com seus oito anos, é filha da senhora Maria. Antes de ir à escola, sua mãe lhe pediu para ter mais atenção e para se cuidar. Pediu-lhe que não conversasse com pessoas estranhas, muito menos entrasse em carros de pessoas que não conhecesse. Isabela é uma menina feliz. Todos os dias vai à escola, brinca, estuda bastante e retorna para casa. Um dia, seu vizinho João convidou Isabela para ir à casa dele, para lhe dar um lindo presente. Ela responde que não pode, pois está cheia de deveres escolares e que tem que almoçar, pois sua mãe irá chegar em breve. Mais tarde Isabela escuta o toc, toc na porta. Ela abre e fica assustada. Alguém lhe pergunta: - Sua mãe está em casa? Ela responde: - Não, minha mãe está no trabalho. E lembrando das orientações da mãe, trancou a porta, pois era seu vizinho João e não o deixou entrar. Durante o jantar Isabela, muito triste, senta-se à mesa e sua mãe percebe que sua filha não está bem. Dona Maria pergunta a Isabela o porquê da sua tristeza. Ela responde-lhe: - Hoje, ao chegar da escola, João bateu na porta e me ofereceu um presente, mas não o aceitei. Então, Isabela com medo da reação de sua mãe, correu para o quarto. Dona Maria foi atrás e filha e mãe tiveram uma conversa amigável: 52
- O que está acontecendo, filha? - Nada, mamãe! - Isabela, você não está bem! Estou lhe achando muito triste. Me conte, eu sou sua mãe e amiga! Isabela sentiu confiança na sua mãe e não teve mais medo. Contou que seu vizinho, o João, ofereceu-lhe um presente, mas não aceitou, pois lembrou das orientações de sua mãe. Dona Maria deu um abraço em Isabela e ficou muito feliz pela atitude de sua filha. Autores: Ana Clara Monteiro Matos, Ana Clara Pereira de Oliveira, Anna Clara Santos Silva, Camilly Silva Santos, Elane Machado Moreira, Jamilly Barbosa Oliveira, Kaylane Miranda Amaral, Maria Vitoria Ferreira de Souza, Pablo Junior Moreira de Oliveira, Raniely Ferreira Campos, Ruth Barbosa Oliveira, Ryan Teylon Vieira de Souza, Tailany Ferreira Silva. Ilustrador: Iury Ramalho Mota.
O menino
Azul
Associação Comunitária do Município de Medina (ASCOMED) | Medina - MG
Era uma vez um menino muito diferente dos outros. Ele era azul. O nome do menino azul era Paulo Leon, mas todos o chamavam de azulão por causa de sua cor. Mas ele falava: -Eu sou azul desse jeito por causa da bruxa má que jogou um feitiço em mim. Ninguém acreditava nele. coitado do menino azul. Ele ficou muito triste, porque era azul e os outros meninos que não eram, riam dele. O menino azul tinha 10 anos, seu cabelo era de um tom de azul bem escuro. Ele também era magro e cabeçudo. Morava com seus pais, irmãos e com os avós. A família dele não era azul, porque a bruxa má enfeitiçou apenas o menino. Ele estudava no 5º ano no colégio Bom Humor de Deus. Todos os dias ele ia à escola de manhã e à tarde voltava para a casa. 54
O menino azul ficava sozinho, pois ele não tinha amigos para brincar. Ele nem sempre foi azul. Antes era um menino normal e também tinha muitos amigos que gostavam de brincar com ele. Depois que a bruxa má o enfeitiçou, seus amiguinhos se afastaram e não queriam brincar mais com ele, só porque era azul. Vê se pode uma coisa dessas? Por isso o menino ficava sozinho. Não saia de casa e ficava muito triste. Se trancava no seu quarto e brincava sozinho. Um belo dia, no meio do caminho de volta para casa, o menino azul encontrou uma menina. Ela era normal como as outras, só que estava triste. O menino perguntou a ela: - Por que você está tão triste, menina bonita? Ela respondeu: - Eu não posso ter amigos. - Mas, por quê? - A minha mãe não deixa. Ela disse que se eu tiver amigos, ela vai me jogar um feitiço. - Jogar um feitiço? Como assim? E quem é você? - Você não sabe? Eu sou a larissa cristina, sou a filha da bruxa má, e parece que ninguém gosta de mim, só porque sou filha dela. - Nossa! Você é filha da bruxa que me enfeitiçou? ¬ Então é por isso que você é azul? - Sim! E é por isso também que eu não tenho amigos. Todos se afastaram de mim, só porque eu sou azul. Mas nem sempre fui azul, eu era normal como todos os outros. - Mas por que ela te enfeitiçou?
- Acho que foi inveja. Um dia desses aí, eu estava brincando perto da pracinha. Então uma mulher se aproximou e perguntou se eu queria ser o mascote dela porque ela me achava muito bonito. Mas eu disse que não podia, pois tinha uma família que gostava muito de mim. - Conta mais, conta mais. - Ela pegou um pozinho parecendo aqueles suquinhos de pacote, misturou em um pouco de água e disse “ para, para, paradinho, vou paralisar o menininho”. Depois disso eu fiquei azul. - E o que mais? Como você bebeu a poção estando paralisado? - Não me lembro, só me lembro de acordar assim e ouvir ela dizer. “ Vai ficar azul e todos vão te ver, vai ficar sozinho e os seu amigos vão afastar de você. - Bem, eu não vou me afastar de você. Quer ser meu amigo? Pois eu também não tenho amigos! - Só se formos amigos secretos pra sua mãe não descobrir. O menino azul naquela tarde brincou muito com sua nova amiga secreta. Eles brincaram de muitas coisas engraçadas e divertidas. E quando terminou a brincadeira eles foram para casa. Quando o menino chegou em casa, sua mãe perguntou onde estava. E ele disse: - Estava brincando com minha nova amiguinha.
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- Que amiguinha, meu filho? - A Larissa Cristina. Eu a conheci hoje na saída da escola e agora somos amigos. - Que bom, meu filho, agora você tem alguém para brincar. - Sim, só que sua mãe não a deixa brincar com ninguém. Somos amigos secretos. Temos que brincar escondidos. - Quem é a mãe da sua amiguinha? - É a bruxa má, aquela que me enfeitiçou. - Nossa, filho! E não é perigoso? - Não, ela é boazinha. - Então, pede a ela para tirar o seu feitiço. Será que ela consegue? - Boa ideia, mamãe. Amanhã mesmo eu vou falar com ela. No dia segunte, no colégio bom humor de deus, o menino azul encontrou com a filha da bruxa e pediu para desfazer o feitiço para que assim ele voltasse ao normal. A menina disse que não sabia como, mas que iria procurar a receita no livro de feitiços da sua mamãe. Quando encontrasse, ela levaria até a escola para ele tomar. Depois de muito tempo procurando a receita para curar o menino azul, ela foi ao seu encontro e disse: - Paulo, Paulo... Eu encontrei. Eu encontrei. Vou conseguir curar você. - Que bom. Agora vou ser normal como todos os outros. - Mas você é normal, só está azul. - Eu sei, mas eu não quero ser azul. Como posso voltar ao normal? - É só você tomar essa poção. - É mesmo? Então me dá. - Calma, bebe devagar.
- Credo, o que é isso? - Contém olho de lagarto, rabo de lagartixa, dente de leão, sangue de boi, leite, umas gotinhas de alvejante, sal e açúcar para dar um gostinho. E aí, gostou? - Não gostei, é muito ruim. Tomara que dê certo. E para que alvejante? - Vai dar certo. Confie em mim. O alvejante é para desbotar a tinta. - Ah tá! então está bem. Vamos ver se funciona... De repente, uma fumaça apareceu e junto com ela a bruxa má. O menino já estava começando a ficar normal quando a viu e ficou com muito medo. Mas larissa cristina ficou na sua frente e disse: - Afaste-se dele, mamãe, eu fiz a poção escondida da senhora e dei a ele para tomar. Assim ele volta ao normal. - Mas por que você fez isso? - Porque ele é meu amigo. - Amigo? Mas eu não te proibi de ter amigos? - Proibiu, mamãe, mas eu não quero ficar só. Ele é o único que quis brincar comigo e ser meu amigo. - Mas pra que você quer tanto ter um amigo? E eu, não sou sua amiga? - É sim, mamãe, mas com ele é diferente, somos crianças. E eu continuarei sendo sua filha. - Se é assim que você quer, vou deixar. 58
- É sério, mamãe? - É sério, mas tem uma condição. - Qual? - Que ele vá conhecer a nossa casa e que você vá conhecer a casa dele também. - Tudo bem pra você menino? - Cla... cla... claro. Po... po... pode deixar. Ele agradeceu a menina e depois foram brincar de amarelinha, cabra cega e pique-pega. Eles estavam se divertindo muito. Depois das brincadeiras, foram embora cansados. Depois disso, o menino, que não era mais azul, ficou muito feliz com o feitiço desfeito. E isso graças à sua amiga secreta. Agora eram amigos inseparáveis e ficaram felizes para sempre. Autores: Bianca Viana dos Santos, Gabriel Alves Dourado, Gabriela Alves Dourado, Kaio Daniel Costa Soares, Kauã Souza Santos, Kevin Lopes Santos Moreira, Parlane Vitória Botelho da Silva, Roniel Victor Souza Santos, Yasmin Martins Santos. Ilustradora: Inês de Oliveira.
O pato
Brasileiro Associação Comunitária de Padre Paraíso (ASCOPP) | Padre Paraíso - MG
Meu irmão tinha um pato, ele era branco e preto, muito bonitinho, mas teimoso. Na mesma hora em que estava no quintal, fugia pra rua e ia dançando e cantando quá...quá...quá e passava em um pequeno buraco que tinha no portão de casa. Todos os dias alguém chegava reclamando do pato e a cada reclamação meu pai se chateava mais, querendo matar ou vender o pato. Meu irmão não aceitava, pois foi a minha vó que deu o pato para ele. O tempo passou e o pato sempre do mesmo jeito, atentado e fujão. Um dia, na época da Copa do Mundo, o pato saiu de casa e demorou muito para voltar. Meu irmão ficou inquieto e, sem saber o que fazer, toda hora olhava no portão pra ver se o pato vinha. De repente chegou o pato colorido com as cores da bandeira do Brasil. Meu irmão chamou todos nós para vermos como o pato estava engraçado. Todo mundo sorria ao mesmo tempo e o pato também não conseguia disfarçar a felicidade que estava sentindo. A partir deste dia, o pato nunca mais saiu de casa. Depois, o rapaz que pintava carros chegou lá dizendo que sentiu falta do pato, pois enquanto ele trabalhava o pato ficava observando e foi ele quem coloriu o pato. Então descobrimos que o pato só queria chamar a atenção e depois deste dia passamos a tratá-lo melhor. Hoje ele vive dentro de casa como um membro da família, querido por todos nós. Afinal, brasileiro gosta de ser tratado bem, né? Autores: Adrian Maicon Duarte Ferreira, Adrielle Ferreira Alves, Daiane Alves Batista Teixeira, Danielle Batista Teixeira, Eyshila Souza Ferreira, Giselle Alves Batista, Kaysllane Batista Ferreira, Ludson Matos de Souza, Vicktor Emanuel Duarte Ferreira, Yasmim Leite da Silva. Ilustrador: Renato Vieira do Carmo Franco.
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O menino que
não sabia ler Associação Comunitária do Guarani (ASSGUARANI) | Campos Sales - CE
João era um garoto triste e calado, passava a maior parte do dia na rua olhando o vai-e-vem das pessoas. Ao ver as crianças indo para a escola, deu vontade de estudar. Chegando em casa ele disse: – Pai, quero estudar! O pai ficou surpreso. – Que bom, João! Fico feliz em saber que você quer voltar a estudar. Amanhã vou te levar ao colégio onde seus amigos estudam. Chegando na sala, João observou que todas as crianças já sabiam ler. E pensou: “um dia serei igual a eles, um grande leitor”. De repente, algumas crianças se aproximaram e perguntaram seu nome. E assim João sentiu-se acolhido. Carlos convidou João para ler uma história em quadrinhos. João ficou muito triste. Eduarda, percebendo que João não sabia ler, disse: – Deixa eu ler pra você? – convidou os demais colegas e fizeram uma grande roda. Ao voltar para casa, João foi tentando ler as placas que encontrava pela rua. E assim, aos poucos, João aprendeu a ler. Um dia, quando ia à feira com seu pai, viu um cartaz que dizia: “Brinquedo em promoção! Tudo por apenas R$ 1,99! Entre e escolha o seu!” João leu bem alto! Seu pai ouvindo aquilo disse: 62
– João, você está lendo? – abraçou-o forte e a emoção tomou conta dos dois. O pai ficou tão feliz que, ao chegar ao mercado, gritou: – Pessoal João sabe ler! Todos olharam para o pequeno João e disseram: – Parabéns! Que bom! E o pai de João era um orgulho só. No outro dia, na sala de aula, João pediu licença para ler um bilhete que escreveu para Eduarda e colegas. Queridos colegas, hoje estou muito, muito feliz por aprender a ler. Quero agradecer a vocês pelo carinho e dedicação. Os colegas ficaram admirados e felizes. Foi aquela animação. Todos batendo palmas e gritando: – Valeu! Valeu João! Desse dia em diante João só pensava em ler. Participava de tudo. Era o aluno mais motivado da sala. No final do ano João foi o vencedor do projeto de leitura da escola. Ganhou medalha que recebeu em uma grande festa. Entre os convidados estava seu pai, que não conteve a emoção e foi à frente homenageá-lo. Foi um dia diferente, todos os alunos daquela escola estavam em festa. Pois agora sabem o valor da leitura na vida de uma criança. Autores: Erique da Silva, Francisco Mateus, José Marcelo, Laíza Batista, Maria Taires, Maria Lorrana, Pablo Alencar, Paulo Victor, Rável José, Sandra Mara. Ilustradores: Maria Lorrana da Conceição, Maria Taires Alencar Soares, Hitauan Carvalho Pereira.
As aventuras do
super Tiago Associação Recreativa de Solonópole (ARS) | Solonópole - CE
Certo dia, numa cidade chamada Solonópole, tinha um super-herói chamado Tiago. Tiago não sabia que tinha superpoderes até que um dia ele acordou e, quando ele se levantou da cama, encontrou uma bolsa. Com ela, ganhou dois tipos de superpoderes: um de voar e o outro de ficar invisível. Mas o que Tiago não imaginava era que com esses poderes ele poderia atrair vilões que queriam tomar seus poderes. Um desses vilões era o tal de Curinga, o mais poderoso de todos. Até que um dia Tiago e o vilão Curinga se encontraram na praça e começou um conflito. Curinga propôs uma disputa a Tiago e quem ganhasse ficaria com os poderes do outro. Tiago precisava ganhar e derrotar o vilão mais poderoso daquela pequena cidade. Tiago resolveu aceitar a disputa e derrotou o terrível Curinga. Quando eles começaram, Tiago levou muita pancada, mas no final de tudo ele conseguiu vencer. Depois que o Curinga foi derrotado, Tiago ficou muito mais forte e cada vez ele ia ficando mais forte. Só que aconteceu algo que o Tiago não esperava: o Curinga tinha voltado. Ele foi pedir que Tiago o ajudasse para que ele ficasse igual a ele, um ótimo herói. Quando Curinga chegou, não o encontrou em casa. Ele entrou na casa de Tiago mesmo assim e encontrou a bolsa. Ele a abriu e guardou seus poderes para que quando aparecesse outro vilão, pudesse pegá-los de volta.
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Autores: Emanuel de Souza de Oliveira, Francisco Anderson de Lima, Luciana EstevĂŁo, Nailson Alves de Souza, Nayane Alves de Souza, Renatyelle Viera Lima, Samara Pereira da Silva, Shayla Gabriele da Silva de Jesus, Vitoria da Silva Moises, Yasmim da Silva de Jesus. Ilustrador: Ricardo Demetrio de Lima Carneiro.
Pitoco e seus
amigos
Associação Comunitária e Infantil de Araçuaí (ASSOCIAR) | Araçuaí - MG
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Era uma vez um menino que chamava Gabriel e morava com seus pais. Um dia Gabriel foi passear e encontrou uma linda menina que se chama Luana. Ela tinha um cachorrinho com o nome Pitoco. Gabriel e Luana ficaram horas e horas conversando quando, de repente, eles se distraíram e Pitoco saiu caminhando sem rumo. Eles ficaram muito tristes e saíram a procura de Pitoco. Procuraram, procuraram e nada de encontrar Pitoco. Voltaram para a casa e Luana chorava muito, quando ouviram um latido muito distante. Luana e Gabriel saíram correndo e seguindo o barulho. Quando chegaram, era Pitoco que estava deitado com a patinha machucada. Eles o levaram para o veterinário, mas ao voltarem encontraram com uma pessoa estranha que estava querendo roubar Pitoco. Ligaram para polícia, mas a polícia não encontrou o homem. Luana foi para casa de Gabriel com Pitoco e, chegando lá, eles fizeram uma armadilha para o ladrão de cachorros. Amarraram o cachorro e, quando o ladrão tentou roubar, ficou preso na armadilha. A polícia chegou e prendeu o ladrão. Luana e Pitoco foram embora e, quando chegaram em casa, ela deu comida e água para Pitoco. E viveram felizes para sempre. Autores: Brayan Keven Fonseca Ramalho, João Marcos de Souza Carvalhos, Kayane Fonseca Souza, Kênia Fonseca Mendes, Matheus Mendes, Raquel Fonseca Mendes, Thais Cunha Santos, Yorrane Alves Preir. Ilustrador: Renato Vieira do Carmo Franco (ASCOPP).
A força da
amizade Associação União das Famílias (AUFAM) | São Gonçalo do Amarante - CE
Certo dia a princesa Sofia saiu para brincar com os animais falantes e, chegando lá, ouviu o canto dos Pássaros Mágicos do Amor, mas como não tinha ninguém por perto, ela não se apaixonou com o canto deles. Sofia saiu para brincar na grama muito alta e avistou o cavalo do cavaleiro. O cavalo se espantou e saiu correndo, Sofia seguiu o cavalo e acabou encontrando o cavaleiro no jardim das Flores Coloridas. Ele também estava ouvindo o som dos Pássaros Mágicos, mas eles não se apaixonaram, pois naquele momento a bruxa Úrsula, voando no céu, jogou um feitiço para que a princesa Sofia e o cavaleiro Guilherme não se apaixonassem. É que ela tinha ciúme dos dois. Eles se cumprimentaram, mas estavam muito tristes porque tinham um sentimento diferente no coração e não sabiam o motivo de não se apaixonarem. Depois do encontro, a princesa Sofia voltou para seu castelo e Guilherme, com o seu cavalo, passou o rio através da ponte para voltar à sua casa. Sofia estava na janela do seu quarto ainda triste, ouvindo o canto dos pássaros, quando o seu amigo feiticeiro Miguel apareceu e perguntou: - Por que você está triste, princesa Sofia? Ela responde: - Estou sentindo um sentimento diferente pelo cavaleiro Guilherme, mas não consigo explicar. O feiticeiro sentiu cheiro de feitiço na princesa e foi atrás do cavaleiro. Chegando na casa de Guilherme ele sentiu o mesmo cheiro de feitiço que sentiu em Sofia. 68
Miguel começou a conversar com Guilherme e acabou percebendo que ele também tinha o mesmo sentimento estranho que Sofia sentia. O feiticeiro Miguel foi então atrás da bruxa Úrsula para conversar e saber o que aconteceu. Chegando lá, conversando com a bruxa, ela confessou que tinha inveja, ciúme e tristeza, porque se sentia sozinha. Miguel ficou triste porque a bruxa era solitária e, para ajudá-la, disse que todos poderiam ser amigos. Úrsula aceitou o convite e, junto com o feiticeiro, foi procurar a princesa e o cavaleiro. Ao chegar na Floresta Encantada eles encontram a princesa que, depois de saber de toda a história, perdoou a bruxa. Úrsula perguntou às Árvores Falantes se elas viram o cavaleiro e elas responderam que ele estava no jardim das Flores Coloridas. Os três foram ao encontro de Guilherme e, ao se encontrarem, a amizade da princesa, da bruxa e do feiticeiro fez com que o feitiço se quebrasse. Ao cantar dos Pássaros Mágicos do Amor, a bruxa e o feiticeiro descobriram o amor e se apaixonaram. A princesa e o cavaleiro também. Todos viraram amigos e ficaram felizes para sempre. Autores: Adielle Sophia Duarte Martins, Daiana Nunes de Oliveira, Francisco Witalo Martins da Silva, Larissa de Sousa Correia Moreira, Luis Carlos Andrade Matos, Luis Sávio Moraes Duarte, Maria Cristielle da Silva Soares, Miquéias Moreira de Moraes, Nadiellen Andrade Matos, Tábyta da Silva Marinho. Ilustrador: Daniel Pereira Nunes.
O cachorro Boby e o
leão Leopardo Associação Unidos Para o Progresso (AUPP) | Limoeiro do Norte - CE
O cachorro Boby tem dois anos e um pelo bem preto. Ele gosta de brincar de correr, sempre correndo atrás dos meninos da rua e dos gatos que passam no quintal de sua casa. O Boby mora em uma casa pequena, de cor verde. Ele nunca está sozinho porque tem um amigo gato que se chama Bilu e eles sempre brincam de pega-pega. Mesmo tendo um amigo gato, o Boby gosta de correr e assustar outros gatos. Um dia em que ele estava nessa de assustar outros gatos, o Boby acabou se machucando, perdeu o controle, esbarrou em um poste e quebrou a perna. E qual não foi a surpresa para o pequeno cachorrinho quando os gatos logo se juntaram e voltaram para ajudar o Boby e o levaram para o hospital? O médico, que era um leão, que se chamava Leopardo e ajudou muito ao Boby. Passou o dia e a noite cuidando dele. Depois de tudo, ele parou de correr atrás dos gatos e se tornou amigo deles. Agora, em vez de correr atrás dos gatos, o Boby corre e brinca com os novos amigos. Autores: Adilton Moura Costa, Franciele da Silva Nascimento, Isaac Chagas Girão, Israel Igor Pereira da Costa, Leidiana de Oliveira Santos, Marilia Gabriele da Costa Batista, Patricia da Silva Costa, Vinicius Costa Silva. Ilustrador: Victor de Oliveira Santos.
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Seu Manoel e a
infância perdida Centro de Apoio à Criança (CEACRI) | Itaipiúna - CE
Muito longe da cidade havia um sítio bem bonito e nele morava um homem solitário e triste. Seu Manoel, com seus 50 anos, sempre trabalhou pesado na roça e nunca ouviu falar de infância... Quando ia à cidade, ficava a observar um cenário de crianças alegres a brincar. Os meninos soltavam pipas, jogavam bola e peteca. As meninas com suas bonecas brincavam de pega-pega, esconde-esconde e amarelinha. Ele jamais tivera um sentimento assim. Aproximou-se devagar e perguntou para a menina: - O que deixa você feliz? A menina sem demora começou a responder: - Um sorvete bem gigante de chocolate com baunilha, granulado colorido e cobertura de morango! Huuumm! Seu Manoel saiu pensando e bem na esquina avistou muitas cores e sabores na sorveteria do amor. Resolveu então comprar o sorvete que a menina descreveu e ao sentir aquele gosto parecia uma criança, viajou em outro mundo e até se lambuzou. No dia seguinte resolveu voltar ao parque e, vendo tanta agitação, quis logo perguntar: - Menino, o que deixa você feliz? E o menino respondeu:
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- Ora, é só você ter um cachorro! Pode ser de qualquer jeito, pode ser de qualquer cor. Quando a gente cuida deles, eles pagam com amor. Bem depressa, sem demora, saiu logo a procurar um cachorro bem bonito para ele então comprar. Mas olhando direitinho um cachorro peludinho acabou de encontrar. Na calçada da igreja o coitado abandonado, tão carente e esfomeado, Seu Manoel já quis levar. Agora tinha um companheiro, não vivia mais sozinho. E era bem verdade que ter um cachorro lhe dava alegria! Tantas vezes voltou ao parque que as crianças não deixaram de notar: aquele homem e seu cachorro sempre a passear. Todos foram se aproximando e um deles quis saber: - O senhor também quer brincar? - Mas é claro que sim! – Disse seu Manoel. Depois de tanta diversão, as crianças contaram ao Seu Manoel tudo sobre a felicidade: - Pra ter uma infância feliz é preciso muito carinho! – Disse a menina Alice. - Ah, e uma família amorosa! – Falou Ana. - Temos que brincar bastante para a tristeza não se aproximar. – Afirmou Alan. - Também precisamos respeitar a todos para que os outros nos tratem bem também. – Concluiu Beto. Aquela conversa durou horas e horas... e o mais importante, Seu Manoel acabava de descobrir: a amizade verdadeira estava presente ali. E era dessa forma que ele queria ser feliz! Autores: Gabriel Sabino de Lima, Gutemberg Guedes de Lima, Jhenifer Gomes Marques, Loyshara Gomes Meruoca, Maria Clara Jeronimo de Lima, Maria Clara Nascimento da Silva, Maria Vitória Pereira Lima, Moab Oliveira da Silva, Rislayne Correia Lima, Suyane Ferreira Fernandes. Ilustrador: Moab Oliveira da Silva.
Por uma
infância feliz Conselho Beneficente de Crianças e Trabalhadores Carentes de Quitaiús (COBEC) | Quitaiús - CE
Era uma vez um menino chamado João, que era muito educado, tinha uma família, muitos amigos, gostava de brincar, estudar e participar de tudo no vilarejo São Francisco, onde morava com a família. Perto de sua casa morava um garoto muito maldoso que gostava de brincadeiras maldosas, ele se chamava Carlitos. Um dia Carlitos chamou João para brincar de pega-pega, mas ele não foi porque viu que os outros colegas que brincavam com Carlitos se machucavam. Então Carlitos ficou muito bravo e queria bater em João. Foi aí que João disse: - Você não pode me bater, eu tenho direitos. Carlitos parou e perguntou: - Direitos? Direitos? Que direitos? Direitos sobre o meu corpo, você não pode tocar em meu corpo se eu não permitir. Tenho direito de escolha se quero ou não brincar com você. Carlitos então interrompeu: “quem foi que lhe disse isso?”. E João disse: “aprendi no COBEC onde tenho um padrinho que é meu amigo e converso com ele pelas cartinhas, e é muito bom, com ele sou feliz.”. E continuou: - No COBEC aprendo muito sobre a família, a amizade, as plantas, sobre a água, os animais, sobre a escola, também sobre o meu corpo e como cuidar de tudo isso e da vida, com amor e respeito. 74
Carlitos ouviu tudo com atenção e falou: - Até que é interessante. João continuou: - Então vamos lá, aprender, comer e brincar. Aí me fala se você gostar. Carlitos foi, se tornaram grandes amigos e juntos aprenderam que pra ser feliz é preciso ser criança, ter uma família, ir para a escola, ter amigos e brincar. Assim foram felizes para sempre. Autores: Cristina Rozália Alves Maia, Maria Heloíza Francelino Silva, Pedro Ariston Moreira da Silva, Rebeca Lorranne Brito Santos. Ilustrador: Francisco Valdeir Tavares de Sousa.
Aninha e suas descobertas
fantásticas
Conselho de Amigos das Crianças de Jequitinhonha (CONACREJE) | Jequitinhonha - MG
Aninha é uma menina de apenas 6 anos de idade. Ela vive em um bairro simples de sua cidade, com sua mãe, seu pai e seus dois irmãos, o Pedro e o Paulo. Apesar de sua família lhe dar muito amor, a mesma não consegue tornar reais os sonhos de Aninha. Sonhos simples como os de qualquer outra criança: ter seus próprios brinquedos, ter um espaço para fazer novos amigos e poder crescer socialmente. Um dia, os pais de Aninha souberam de um lugar onde as crianças poderiam ser inscritas para participarem dos diversos projetos que eles desenvolvem. Neste lugar, as crianças ganham padrinhos e madrinhas que são pessoas solidárias. Foi quando então eles decidiram inscrever Aninha e seus irmãos. Aninha ficou muito feliz, pois agora suas tardes seriam repletas de boas companhias e boas atividades. Na organização, Aninha e seus irmãos brincavam, participavam de projetos, cursos profissionalizantes e muitas outras atividades. Tudo isso graças a essas pessoas de gestos solidários que apoiam e ajudam a diversas crianças e famílias carentes. Estas pessoas, costumamos chamá-las de anjos do céu, pois são elas que além de ajudar as crianças e famílias, ajudam também essas entidades que apoiam as crianças e desenvolvem um lindo trabalho. A história de Aninha nos serve como um modelo de muitas, pois tem a sorte de ter um espaço maravilhoso para aproveitar e ainda receber pessoas de gestos humildes e carinhosos por muito tempo em sua vida. 76
Autores: Ana Clara Oliveira dos Santos, Anne Heloisa Souza AndrĂŠ, Jamile Chaves dos Santos, Maria Clara Aparecida Pires Aguiar, Mariane Barbosa de Oliveira. Ilustrador: GlĂŞnio Rodrigues.
Por uma infância feliz
Um dia de Sonho Projeto Frente Beneficente para Criança (FBPC) | Fortaleza - CE
Era uma vez dez amigos que resolveram passear juntos e escolheram uma praia, pois em sua cidade existem lindas praias que podem ser visitadas. Ao chegarem, jogaram bola, tomaram banho de sol e beberam refrigerante juntos. Cauê e Cauã eram irmãos gêmeos e avistaram de longe um jangadeiro no mar. Foram pra mais perto e o jangadeiro convidou para entrarem em sua jangada para juntos passearem pelo lindo oceano. As crianças logo aceitaram o convite e ficaram maravilhadas com os golfinhos que saltavam no meio do mar. De repente, um golfinho falou: - Oi tudo bem? Me chamo Billy e gosto muito de fazer amigos! Cauê e Cauã tomaram um susto e continuaram observando os golfinhos saltarem tão alto. Billy voltou para lhes avisar que um tubarão faminto chamado Jake estava por perto, atacando os jangadeiros. Os gêmeos logo ouviram o aviso, perceberam que Jake atacou Billy e ali começou uma luta terrível. Billy chamou seus amigos. Cauê e Cauã gritavam na jangada por socorro, porém os seus amigos brincando na praia não escutaram nada. Os jangadeiros por perto viram a disputa do tubarão com os golfinhos, jogaram suas redes, capturaram Jake e levaram o tubarão malvado para o aquário de Kalsópolis para que ele fosse adestrado. Os gêmeos retornaram para terra firme e quiseram logo contar a aventura para seus amigos, mas eles não acreditaram, pois tudo era um sonho lindo que os dois tiveram. Autores: Ana Clara Ferreira Barbosa, Ana Layla Ferreira dos Santos, Emanuelle Holanda Gonzaga, Gabriel Yves da Silva Carvalho, Iago Lopes Almeida, Iasmin Mayra Bezerra Rodrigues, João Victor Ferreira dos Santos, Kayanne Indra da Silva Gonzaga, Nicolly Pereira Melo, Pedro Gustavo da Costa. Ilustradora: Nicolly Pereira Melo.
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Os amigos de Bob Grupo Criança em Busca de uma Nova Vida (GCRIVA) | Vespasiano - MG
Em uma lagoa muito bonita e bem cuidada morava Bob, um jacaré esperto e bonito da cabeça até o pé. Gostava de nadar e chamar a atenção e da lagoa se tornou uma atração. Muitas famílias na lagoa iam passear, mas o que mais gostavam era de ver Bob brincar. De perigoso o jacaré não tinha nada, mas infelizmente sua imagem acabou sendo derrubada. O tempo foi passando e as pessoas de Bob não estavam mais cuidando. E de Bob mentiras estavam contando. Bob triste ficou e de seus amigos se afastou. Tiraram ele daquele lugar e no zoológico ele passou a ficar. Para tristeza do jacaré, ali não podia mais morar. O problema da lagoa era a poluição, mas as crianças convocaram uma multidão, pois de salvá-la tinham intenção. Lançaram uma campanha “Salve a Lagoa” e tudo para que Bob pudesse ficar ali de boa. Uhuu! Bob voltará! A campanha foi um sucesso e a lagoa conseguiram limpar. Agora Bob canta feliz! Eu tô de boa! Eu tô na lagoa! Salvaram a Lagoa!
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Autores: Kaiky Junior Nunes Pinheiro, Kaillayne Kimberly Teixeira de Paula, Leonardo Felipe Gomes Batista, Letícia Gabrielly Arcanjo de Paulo, Lidiane Carvalho Gomes, Marciliana Diniz Silva Silveira, Nicolly de Oliveira Silva, Rodner de Jesus Barbosa, Roger de Jesus Barbosa, Rubia Kamily Ipolito Nascimento. Ilustrador: Roger de Jesus Barbosa.
Stefânia, a menina
do Orfanato
Grupo de Educação Desenvolvimento e Apoio ao Menor (GEDAM) | Belo Horizonte - MG
Era uma vez, em um orfanato no interior do Brasil, uma menina chamada Stefânia. Stefânia, apesar de ter sido colocada no orfanato muito novinha, é muito feliz. A história de Stefânia é muito misteriosa, pouco se comenta. Sabe-se que ela foi deixada numa noite bem chuvosa em um carrinho de bebê. Hoje com 7 anos ela é uma menina linda, esperta e muito querida por todos no orfanato, principalmente Mônica, a cozinheira. 82
Mônica era uma mulher muito especial, porém sozinha, não tinha filhos e nem era casada. Stefânia adorava brincar e tinha muitos amigos no orfanato. Sua brincadeira preferida era pular corda. Sempre ao final do dia, quando os funcionários já haviam ido embora, Mônica ia até o quarto de Stefânia se despedir. Até que um dia Stefânia disse: - Tia Mônica, posso ir pra sua casa com você? Mônica ficou sem jeito, pois sabia que não era tão simples isso acontecer, a menos que estivesse em processo de adoção de Stefânia. Assim, Mônica disse que naquele dia não poderia, mas que iria procurar saber se outro dia poderia leva-la. Stefânia ficou triste, mas aceitou a promessa de que em outro dia isso se realizaria. Mônica, a cozinheira do orfanato, resolveu pensar no que Stefânia disse. Depois de um tempo... Mônica levou Stefânia para dormir em sua casa. Foi uma noite muito especial e as duas dormiram tranquilas e muito felizes por estarem ali juntas por uma noite. Mônica tinha muito carinho e amor por Stefânia, por isso estava preocupada dela ficar triste se algo não desse certo. Na manhã seguinte, chegou ao trabalho, entregou Stefânia à acompanhante do orfanato e foi ao setor administrativo saber como andava seu processo de adoção. Stefânia voltou aos seus colegas e comentou como foi a noite. A conversa chegou até a cozinha e Mônica, que não gostava de fofoca, foi saber o que estava acontecendo. Então, as duas conversaram e Mônica contou a verdade para Stefânia e explicou como tudo funcionava. Assim, passado um tempo, as duas foram morar juntas com amor de mãe e filha. Stefânia obedece sempre a Mônica e elas estão muito felizes, juntas em casa com amor e alegria no coração. Autores: Caio Henrique Damasceno, Gabrielly Patricia de Souza Coutinho, Warley Henrique Martins Ribeiro dos Santos. Ilustradora: Gabrielly Patrícia de Souza.
A casinha
Mágica Instituto GRIASC de Assistência Social e Educacional (GRIASC) | Betim - MG
Era uma vez uma casa mágica onde as crianças viviam encantadas pelo brincar e passavam horas brincando de várias coisas. Certo dia, Júlia e Gabriel, acordaram, escovaram os dentes e foram tomar café da manhã. Estavam cheios de ideias para brincar. Assim que terminaram, pediram à mãe para brincarem na rua. A mãe deixou, mas falou que logo chamaria para o almoço. Então, Gabriel brincou de bola e Júlia de boneca até ficarem contentes por brincar horas e horas. A mãe chamou os meninos para almoçarem e eles falaram para esperar, que já estavam indo mesmo contra a vontade.
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Na hora em que eles estavam indo almoçar, encontraram um duende que os transportou para uma Casinha Mágica que se chamava “Comunidade Feliz”. E o duende falou que para as crianças continuarem brincando na Casinha Mágica, os responsáveis deveriam fazer a inscrição no Griasc. Então, os responsáveis das crianças foram até o Griasc e fizeram as inscrições com a educadora social que acompanha o programa da Casinha de Cultura do sistema de apadrinhamento do Child Fund. Deste dia em diante as crianças ganharam padrinhos que ajudam a manter este espaço especial com vários brinquedos para todas as faixas etárias. E as crianças e todos que vêm ao espaço brincam e gostam. Na Casinha Mágica tem uma Brincante que brinca com as crianças, faz as contações de histórias e constroi brinquedos culturais variados. E é nesse espaço mágico, que é das famílias, que acontece a transformação de Casinha Mágica para Casinha de Cultura Comunidade Feliz. Autores: Ágata Barreto da Silva, Anderson Cardoso de Almeida, Arthur Gabriel F. Mendes, Arthur Guilherme Soares Silva, Cleidiane da Cunha Silva, Isabela Cristina de Paula Freitas, Rafael dos Santos Meira, Samuel Lucas Arruda Passos, Sara Emanuella Chagas Barbosa. Ilustradores: Ágata Barreto da Silva, Anderson Cardoso de Almeida, Arthur Gabriel Ferreira Mendes, Arthur Guilherme Soares Silva, Cleidiane da Cunha Silva, Juliana Luzia Arruda, Maria da Anunciação Silva, Maria das Graças de Paula Freitas, Rafael dos Santos Meira, Sarah Emanuella Chagas Barbosa.
A filha
de Zezinho Projeto Alegria da Criança (PAC) | Caucaia - CE
Quando meu pai era criança minha vó o chamava de José. Vovó Naná dizia que ele era uma criança triste. Um dia, dona Naná e José passaram em uma rua um pouco distante de onde moravam e viram uma casa com o nome: ChildFund – Projeto Alegria da Criança Brasil. O menino pediu: - Vovó vamos entrar? - Sim, vamos ver o que é! Para sua grande surpresa, foram muito bem recebidos. O educador a informou que podia inscrever José e que, a partir daquele momento, ganharia um padrinho. José, muito desconfiado e muito introvertido, passou a frequentar o projeto, participou de muitas atividades: karatê, teatro, informática e até dança. E José passou a ser Zezinho. Agora ele é adulto. O projeto o transformou de criança triste para uma feliz. Tenho sorte de hoje ser a filha de Zezinho. Participo do projeto e também tenho meu padrinho e me considero uma criança muito, muito feliz. Autores: Ana Clara, Cintia Tamires, Emilly Gabriele, Gabriel da Silva, Larissa Silva, Letícia de Moura, Lívia Helena, Maria Gabriele, Mirela Vitória, Yasmim Emmilly. Ilustrador: Francisco Rennê Silva dos Santos.
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Escola do
futuro
Centro Social de Apoio à Criança e ao Adolescente do Conjunto Paulo VI | Belo Horizonte - MG
Era uma vez uma escola na comunidade do conjunto Paulo VI que tinha uma biblioteca muito, muito legal. Todos a conheciam como a biblioteca dos sonhos, pois além de encantada ela era bem divertida. Na biblioteca dos sonhos as crianças podiam ler e ouvir história dos sonhos, dos contos, das fábulas e era só alegria. Mas certo dia, os alunos da escola entraram na biblioteca dos sonhos e tiveram uma infeliz surpresa. Já não encontraram mais a alegria colorida dos livros e sim uma sala escura e feia, cheia de computadores. Os alunos, intrigados com a cena que acabaram de ver, se reuniram e resolveram procurar a diretora da escola. Ela teria que lhes dar uma boa explicação. Encontraram com a diretora, uma senhora muito brava chamada Dona Marta Má, uma mulher de cabelo preto e branco bem curtinho e que parecia um general. Logo perguntaram o que aconteceu com a biblioteca dos sonhos e Dona Marta Má respondeu, com muito grosseria, que os livros eram bobos e feios e que só serviam para empilhar a sala. Para ela, os livros eram apenas lixo e dessa maneira havia decidido jogá-los num lago cheio de peixes para que nenhuma criança pudesse mais pegá-los.
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As crianças ficaram indignadas e Bela, uma menina simpática e corajosa, convidou os colegas para montarem o grupo dos Salvadores. Eles iriam salvar a biblioteca dos sonhos e os peixes da poluição que a Dona Marta Má acabara de fazer. Os Salvadores se juntaram e contaram toda a situação para a professora Renata, que logo resolveu unir força com eles. Então os Salvadores, com o apoio da professora, procuraram novamente a diretora Dona Marta Má e Bela disse: - O que aconteceu com a nossa biblioteca dos sonhos, senhora diretora? Nosso livros foram jogados no rio, poluindo nossa água e matando os peixes. Não estamos gostando nada disso! Dona Marta Má respondeu que pouco importava se as crianças tinham gostado ou não, já estava feito! Então a bela e linda professora Renata insistiu, dizendo que não ficariam sem a biblioteca dos sonhos. Os Salvadores começaram a fazer um protesto com gritos, falatórios e muito barulho. A diretora Dona Marta Má não aguentou tanta bagunça e acabou se rendendo. Assumiu o compromisso de montar novamente a biblioteca dos sonhos no dia seguinte e prometeu que contrataria uma empresa para retirar toda a poluição das águas do rio causada pelos livros. Os Salvadores começaram a pular de alegria, pois conseguiram derrotar a diretora má e agora teriam novamente a biblioteca dos sonhos e o rio limpo para os peixinhos.
Autores: Adrian Vinicius dos Santos, Alberto Enzo Rocha dos Santos, Ana Luiza de Souza, Carlos D. Ferreira Leão, Glaucia Vitoria Silva Nunes, Isabela Amancio Gurgel de Oliveira, Isabela Soares, Isadora Couto Maia, Laura Luiza dos Santos Marques, Maria Isabel Rodrigues da Silva. Ilustrador: Adrian Vinicius dos Santos.
Um sonho de
Menina
Projeto do Bem-Estar Comunitário (PBEC) | Fortaleza - CE
Era uma menina que tinha o sonho de ser uma modelo muito famosa, daquelas que fossem ícones da moda. Ela sempre se dedicava a esse sonho, mas sabia que sua realidade era totalmente o contrário daquele sonho de menina. Até que um certo dia, quando ela chegou da escola, sua mãe lhe esperou para lhe dar uma ótima notícia: ela tinha recebido uma carta de uma grande agência de moda. Ela quis se sentir mais preparada, então ensaiou de dia e de noite por duas semanas seguidas, até chegar o grande dia. Ela colocou seu melhor vestido, cabeça erguida e sorriso no rosto e então desfilou e ficou empatada com outra competidora, mas conseguiu ganhar e simultaneamente saiu em todas as capas de revista e jornais do mundo. E assim ficou muito famosa. Moral: nunca desista dos seus sonhos, eles podem virar realidade.
Autores: Gabriel Nascimento Nogueira da Silva, Heloysa Nascimento Nogueira da Silva, Maria Rayara da Silva, Moises Oliveira dos Santos, Monaliza Oliveira Ângelo. Ilustradora: Maria Rayara da Silva.
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O jardim de
Delciley
Projeto Caminhando Juntos (PROCAJ) | Diamantina - MG
Era uma vez uma casa com um lindo jardim, cheio de rosas e girrasois. Tinha rosas lindas e amarelas. Todos os dias, o beija-flor ia passear nesse jardim para sentir o cheiro das flores. Esse jardim era cuidado com muito amor por um menino chamado Delciley. Ele amava muito seu jardim e o molhava todos os dias. Num certo dia, Delciley acordou para molhar as flores e quando chegou lá as flores estavam sem pétalas. Ele ficou muito triste e chorou muito, pois ele adorava seu jardim, mas ele não sabia que no inverno todas as flores perdiam as pétalas. Passando-se o inverno, chegou a primavera e todas as flores reviveram e o jardim estava lindo novamente. Ele ficou muito feliz porque com a chegada das flores chegaram também os amiguinhos do jardim como os pássaros, borboletas e o beija-flor. Assim, o nosso jardim ficou florido como nossa amizade que deve ser sempre florida.
Autores: Ana Clara Aparecida Pereira, Camila Manuela Silva, Daniane Santos Almeida, Izaias José Soares, João Victor Severiano Costa, Kauã Keyversom Soares Silva, Lislaine dos Santos Sá, Maria Luiza Santos Veloso, Nayara Cristina Aparecida Lopes, Rayne Beatriz Severiano Silva, Talyta Leão santos. Ilustradora: Rayne Beatriz Severiano Silva.
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Um bom lugar
para ser feliz Projeto Crianรงa Feliz (PROCIFE) | Fortaleza - CE
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Era um dia de sol bem bonito na Pracinha da Alegria e crianças corriam de lá para cá na sombra da mangueira frondosa. Algumas brincavam de esconde-esconde, outras de pega-pega, outras ainda de João atrepa. No parquinho, meninos pulavam dos brinquedos, imitando vilões e heróis. No banco da praça, meninas faziam pose de princesa e se divertiam imaginando Cinderelas e Belas Adormecidas. De repente, aparece um menino que eles nunca haviam visto por ali. Triste e sozinho ele observa o movimento na praça e, ao se aproximar, pergunta: - Posso brincar com vocês? - Não! - respondeu Artur Mandão, um menino que parecia ter um rei na barriga. Mas, algumas crianças não concordaram com essa atitude e disseram: - Deixa de ser egoísta, Artur! Venha garoto, você pode brincar com a gente! O menino abriu um sorriso bem grandão e correu para entrar na brincadeira. No final da tarde, Dona Candura, uma doce velhinha chama as crianças para ouvirem histórias debaixo da mangueira. Era assim todos os dias. Atentas e ansiosas elas tentavam adivinhar... desta vez, o que seria? Seria um conto de fadas ou uma história de assustar? Dona Candura estava misteriosa aquela tarde. Ela aponta na direção da Lagoa do Urubu e conta que lá mora uma grande serpente. - Conto, de ouvir dizer, que ela se esconde entre o capinzal. A pele é toda estampada em tons marrons. O tamanho varia de acordo com quem vê. A cabeça é do tamanho da cabeça de uma vaca e o corpo da grossura de um tronco de carnaúba. A cobra Isaura, como é conhecida pelos moradores do Jardim Iracema e Padre Andrade, aparece e desaparece sem deixar vestígios. Nas noites de lua cheia, quem passa pela rua Carnaubal ouve o ronco dela vindo do fundo das águas... De volta pra casa, as crianças decidem passar pela beira da lagoa. Param por alguns instantes e ficam a contemplar a beleza daquele lugar. A imaginação ganha asas. Onde estaria escondida a tal serpente encantada? E assim vão passando os dias. A Pracinha da Alegria é, para essas crianças, um bom lugar para ser feliz. Autores: Ana Cintya Marques da Costa, Brenna Savia Meneses de Sousa, Ludmylla Alves Clarindo, Paulo Anderson Borges da Silva, Vitoria Anneberg Alves Clarindo. Ilustradores: Ana Cristina Guimarães Ferreira e Paulo Anderson Borges da Silva.
A infância de uma
criança feliz Projeto Comunitário Sorriso da Criança (PCSC) | Fortaleza - CE
Era uma vez uma criança (eu) que apesar de ser pobre, sabia ser feliz. Brincava, dançava, lia e pulava, esquecendo-se do tempo que passou ou se minha roupa sujou. Sempre tive um sonho de ter um robô, que pudesse emitir som, que me escutasse e que nós pudéssemos conversar, então, fui pedir minha mãe dinheiro para comprar. Ela meio triste me disse: - Meu filho não poderei realizar seu sonho. Mesmo assim, com muita alegria lhe falei da felicidade que tenho de ter uma família que me ama, me cuida o tempo que for com muito carinho e amor. Não desistindo do meu sonho, pedi a Deus que me desse de presente o que eu queria, se assim eu merecesse. Me deitei e me deparei viajando no mundo da imaginação, sonhando acordado, pois pra mim isso é pura diversão. Passaram-se muitos dias e não perdi a esperança. Enquanto isso aproveito para ser criança, me divertir, brincar, fazer amizades, estudar, jogar. Minha infância logo vai passar, então vou aproveitar sem muito reclamar, aproveitando todos os momentos e a cada segundo me alegrar. Se eu pudesse escolher, queria um mundo onde todas as crianças fossem felizes, pudessem brincar e gostassem muito de estudar, porque o bom dessa vida é ser feliz.
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Autores: Ana Kemilly Gomes da Silva, Ana Kethelly Gomes da Silva, Evellyn Nascimento Rodrigues, Iana Raira Fonteles da Silva, João Pedro Barros de Sousa, Maria Leticia Albuquerque de Melo, Nabio Lamek Mariano Fonteles, Samia Costa de Sousa, Samuel Ferd Soares Dourado, Tainá Ellen Paiva Araújo, Thaynná Rodrigues Teixeira. Ilustrador: Gabriel Gomes de Freitas e Chélida Freitas.
As aventuras de
Thiago, o tatu Projeto Semear a Esperança de Carbonita (PROSESC) | Carbonita - MG
Era uma vez uma fazenda chamada Barreiras. Nesta fazenda, morava um tatu chamado Thiago. Ele era um tatuzinho muito esperto, porém indefeso. Na fazenda havia muitos tatuzinhos para ele brincar, mas havia alguns tatuzinhos que faziam dele gato e sapato. Um belo dia ensolarado, Thiago saiu para brincar quando de repente apareceu o indestrutível Gustavo, um tatu bola e começou a colocar apelidos em Thiago e nos outros. Quando Thiago estava distraído, Gustavo o empurrou e ele caiu em um buraco escuro tenebroso. Neste buraco, Thiago ficou triste e com muito medo, mas, algo lhe chamou a atenção, era um brilho muito forte. Thiago resolveu ir olhar que brilho era aquele! Quando se aproximou viu que era um lindo diamante negro. Quando pegou no diamante, descobriu que ele era mágico e ganhou superpoderes: voar, correr rápido, voltar no tempo e atirar diamantes. Thiago então resolveu se tornar um super-herói defensor de tatuzinhos indefesos e de todo o planeta. Saiu pelo mundo para construir a paz e, por onde ele passava, atirava diamantes que espalhavam respeito, amizade, amor ao próximo, bondade, honestidade, carinho e verdade.
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Quando menos esperava, Thiago encontrou novamente Gustavo e não pensou duas vezes. Atirou-lhe um super diamante carregado de honestidade, amor ao próximo, verdade e muita bondade. E com isso, finalmente, Gustavo aprendeu que violência não vai longe e que é preciso respeitar o próximo. Gustavo juntou-se ao Thiago e saíram pelo mundo em uma nova jornada à procura de mais amigos para combater o mal e construir a paz.
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Autores: Artúlio Pereira Reis, Felipe Caitano Barroso, Gabriella Renata Carvalho Lima, Isabela dos Santos Amaral, Kaik Coelho Meira, Luis Gustavo Guimarães, Miguel Henrique Azevedo Silva, Sthéfany Rodrigues Vieira, Thiago Caitano Rodrigues da Silva, Thiago Ferreira do Amaral, Victor Henrique Santos Souza. Ilustrador: Douglas Ribeiro Vieira e Helena de Oliveira Morais e Corrêa.
O sequestro do pau da bandeira
de Santo Antônio de Barbalha Sociedade de Educação e Saúde à Família (SESFA) | Barbalha - CE
A cidade de Barbalha é rica em fé, cultura e tradição. Sua população espera o ano inteiro para a tão esperada festa do Pau da Bandeira e nessa época o povo se arruma, veste sua melhor roupa para comemorar nas ruas suas alegrias. Nesse cenário vivem os personagens dessa história. Seu Cachaça, um detetive disfarçado de andarilho que roda pela cidade e é conhecedor da cultura, um verdadeiro guia turístico que passa despercebido no meio da multidão. Mateu é um jovem da cidade que anda revoltado, indignado e cansado de pedir a Santo Antônio um casamento e nunca e atendido. Zé Rapadura, devoto de Santo Antônio e grande defensor da cultura, possui um super poder mágico de controlar as rapaduras da região. Seu Arupenba é protetor das árvores e da preservação ambiental e não permite que as árvores sejam cortadas. Catarina é uma boneca encantada que embeleza a cidade acenando para os visitantes e vive esperando um príncipe. Todos vivem na cidade, cada um com seus hábitos e costumes. Apenas Mateu vive revoltado pelo seu pedido de arranjar uma amada para se casar ainda não ter sido alcançado. Por isso, resolve bolar um plano para sequestrar o pau da bandeira de Santo Antônio de Barbalha e acabar com a tradição, que pra ele não tem fundamento. Afinal, se o Santo é casamenteiro, por que ele continua solteiro?
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Planeja tudo na surdina e resolve ir de fotógrafo no corte do pau da bandeira para estudar o ambiente e pensar em como fazer para realizar o sequestro. Descobre que é muito difícil e arriscado. Vai precisar de cúmplices nessa empreitada e consegue a ajuda de seu Arupenba, o defensor das árvores, para lhe ajudar na façanha. Só não contava com Seu Cachaça, que observava tudo o que estava acontecendo. Não se esqueçam de que ele é um detetive disfarçado de andarilho e eles não o viam como uma ameaça, pois era só um bêbado no meio da multidão. Seu Cachaça pergunta para Mateu e seu Arupenba o porquê de tantas fotografias e perguntas sobre quem cuida do pau. Eles respondem que são informações e fotos para publicidades nos jornais. Mateu pergunta para seu Arupenba quem é esse rapaz que acompanha com muito cuidado o corte do pau. Seu Arupenba responde: - É Zé Rapadura, devoto de
Santo Antônio, defensor da cultura. Ele e os carregadores são bem parecidos. Mateu e Seu Arupenba colhem todas as informações necessárias para colocar seu plano em prática de sequestrar o Pau da Bandeira. Eles descobrem que a melhor forma é pela noite e procuram uma serra elétrica de fabricação silenciosa. Eles cortam o pau em pedaços, colocam os pedaços em caminhão de frigorífico fechado e levam o pau escondido para uma fábrica de açúcar fechada há muito tempo na cidade. Seu Cachaça, como é um super detetive, ao ver Mateu e Seu Arupenba carregando o pau, segue os dois até a fábrica, fica sabendo de tudo e volta para avisar ao Zé Rapadura. Zé Rapadura na infância comeu muito mel com farinha e assim adquiriu o superpoder de dominar as rapaduras com a força do pensamento. Mateu e Seu Arupenba são surpreendidos com a chegada do super-herói Zé Rapadura, defensor da cultura, e são ameaçados para devolver o pau ao seu local de origem ou seriam atingidos com várias rapaduras na cabeça. Eles, com medo do que tinham feito, aceitam devolver o pau ao seu lugar, mas tinham um problema: ele estava todo cortado. Mas para o nosso super-herói isso não era um problema. Como ele era conhecedor de vários truques no manuseio da rapadura, faz um mel supercola e colou os pedaços do pau. Os carregadores no dia do Cortejo do Pau acharam que ele estava diferente, mas não podiam fazer nada, porque já era o dia do evento. O Cortejo do Pau aconteceu normalmente como todos os anos, com um diferencial: o pau estava recheado de mel de rapadura e as moças, além das cascas do pau para fazer o chá, também podiam arrancar pedacinhos do pau para comer durante o cortejo, ficando adocicadas de sedução. Por onde o pau passava, deixava o cheiro doce do mel no ar. A donzela Catarina é uma dessas moças, cansada de todo ano ficar amarrada no palácio 3 de Outubro. Condenada a não poder encontrar seu amado, lastimava e chorava a todos que ali passavam, cantado na esperança que seu canto atraísse seu amado e ele viesse libertá-la. 104
Uma menina que acompanhava o cortejo do pau da bandeira consegue com muito esforço chegar perto do pau da bandeira de Santo Antônio, senta no pau e consegue arrancar um pedacinho de rapadura e acha que agora vai conseguir realizar seu sonho. De tão emocionada, resolve ir para casa comendo seu pedaço de rapadura e, achando que já era suficiente, joga o restante para cima. O pedaço de rapadura cai justamente na boca de Catarina, aumentando sua esperança de ser libertada. O pau cumpre seu destino de ser levantado em frente da matriz de Santo Antônio, mas Mateu promete se vingar. Já preparado para derrubar o pau da bandeira de Santo Antonio, ouve um belo canto de longe, desiste de derrubar e corre para ver de onde vinha esse canto. Ao ver a bela Catarina cantando, encantou-se e disse: -Quem é essa bela donzela que me encanta? Catarina responde: -Quem é esse belo cavalheiro que me elogia? -Sou o Senhor Mateu que busca uma amada. -Sou Catarina que canta na esperança que alguém venha me libertar dessa prisão. Mateu liberta Catarina e correm juntos até a igreja da Matriz de Santo Antônio. Ajoelham-se ao pé do altar e agradecem pela graça alcançada. Essa história não termina aqui porque existem muitos Mateus e Catarinas todo ano em busca de seus amados, dando continuidade à tradição. Autores: Antonia Vitória Queiroz Silva, Brenda Martins Gonçalves, Déborah Evelly dos Santos Alencar, Deysla dos Santos Nascimento, Ermersom Martins dos Santos, Luiara de Oliveira Saraiva, Luís André Gonçalves de Araújo, Ruth Kailine Silva Sousa, Sâmia Dávila da Silva Pinto. Ilustradora: Nayra Angela dos Santos.
O desmatamento
na floresta Sociedade de Assistência à Criança (SOAF) | Milagres - CE
Era uma vez uma floresta muito linda. Nela tinha borboletas, pássaros, flores, árvores grandes e pequenas, cachoeiras, rios e muitos outros animais. Lá os animais falavam, cantavam e se divertiam muito, pois eram muito felizes. Aquela floresta era grande e muito bonita e quando amanhecia sempre surgia o lindo sol iluminando as lindas flores que havia ali. Certo dia, algumas crianças que moravam próximas da floresta e gostavam de observar a natureza e passear com seus bichinhos de estimação, começaram a andar e ficaram encantadas com tanta beleza daquela floresta. O lugar recebeu o nome de Floresta dos Encantos, pois era tão linda que encantava e chamava atenção de todos. Algum tempo depois, quando aquelas crianças iam cultivar as flores como era de costume, escutaram barulhos como se fossem vozes de animais assustados, que gritavam: - Socorro! Socorro! Estão destruindo nossa casa, a nossa floresta dos encantos! Ajude-nos, por favor! De repente Guilherme, uma das crianças, ouviu um barulho bem forte e falou: - Gente acho que esse é um barulho de serra cortando alguma coisa, pois o barulho é muito forte. Então todas as outras crianças correram assustadas para ver o que estava acontecendo. Aproximaram-se devagar de onde vinha o barulho e, para surpresa delas, viram vários homens derrubando árvores. Depois que viram a cena, ficaram muito tristes em ver a natureza e os animais sofrendo e ficando desabrigados. Voltaram então para casa pensando em como poderiam ajudar. Andressa disse:
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- Pessoal tive uma idéia, a gente vai se unir para explicar para as pessoas como proteger a natureza. - E o que podemos fazer? - disse Marcos: - Vamos criar uma turma para proteger o meio ambiente. Saíram então animados para falar com a professora Vanessa que ensinava Ciências na Escola Aprendiz Infantil, onde estudavam. E saíram todos juntos a distribuir cartazes por toda a cidade para que as pessoas soubessem que não devem destruir o meio ambiente. Essas crianças ficaram conhecidas como a Turminha do Meio Ambiente. Juntos com a escola e a comunidade resolveram cuidar daquela floresta. Conseguiram mudas para plantar e falaram com pessoas que cuidam do meio ambiente para aqueles homens não maltratarem mais a natureza. Aqueles animais que moravam na Floresta dos Encantos ficaram tão felizes que resolveram fazer uma grande festa para agradecer à Turminha do Meio Ambiente. Então o sol voltou a irradiar e iluminar aquelas plantas, flores e animais, dando nova vida ao local. E assim a Floresta dos Encantos ficou ainda mais linda e maior, e muitas pessoas se uniram à Turminha do Meio Ambiente para proteger a natureza e ficaram muito felizes. Autores: Cícera Silvana Leite da Silva, Israelly dos Santos Vitalino, Jaiane de Sousa Pereira, João Guilherme Lima do Nascimento, José Marcos Vinicius de Sousa, Maara Handressa Monteiro da Silva, Marcelo Belém dos Reis, Maria Islânia Duarte Gonçalves, Maria Jamile da Silva Lima. Ilustrador: José Marcos Vinicius de Sousa Idelfonso.
A volta
do papagaio Sociedade de Apoio à Família Carente (SOAFAMC) | Crato - CE
Era uma vez, uma época em que os animais falavam e as pessoas não acreditavam no que ouviam. Eduarda, aos seus 27 anos, era uma pessoa solitária e gostava muito de fazer compras. Certo dia, ao sair do supermercado, ela encontrou um papagaio que estava triste e machucado. Eduarda resolveu então levá-lo para a sua casa e cuidar. Ao papagaio, deu o nome de Carlos Eduardo e o treinou. Tudo que as pessoas falavam, o papagaio repetia com uma voz engraçada. - Que papagaio atrevido! - dizia Eduarda - Que papagaio atrevido! - repetia Carlos Eduardo. Carlos Eduardo era um papagaio muito travesso e gostava muito de se esconder. E costumava se esconder em lugares difíceis de ser encontrado. Exemplo: debaixo do armário, em cima e dentro do guarda roupas, dentro do fogão e detrás da televisão. Isso deixava Eduarda perturbada. Numa dessas brincadeiras o dono do circo raptou Carlos Eduardo para ganhar mais dinheiro com ele. Eduarda ficou muito triste, sentindo a falta de Carlos Eduardo. O que eles não sabiam era que Eduarda era atleta e, em um final de tarde, enquanto praticava atletismo, ela avistou o papagaio de longe. O dono do circo, ao ver Eduarda triste, se arrependeu e entregou Carlos Eduardo para ela. Pediu desculpas e se entenderem ficando assim amigos. Ele convidou Maria Eduarda para assistir ao show de mágicas, malabaristas e equilibristas.
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Eduarda ficou muito feliz com o encontro dela com o papagaio. Chorou de alegria! Resolveu comemorar a volta do papagaio com uma festa. E essa festa aconteceu na calçada e toda vizinhança veio comemorar. Tinha muitas comidas gostosas, bolo de chocolate, sanduíche, sorvete, brigadeiro, bolo de batata e muitas guloseimas! A rua estava toda enfeitada! E essa história entrou por uma porta e saiu por outra e quem quiser que conte outra! Autores: Ana Lethícia Pereira de Souza, Cícero Matheus da Silva Freitas, João Mateus de Farias Gadeas, Kayky Charles Bezerra da Silva, Lucas Emanuel Lopes de Souza, Maria Clara Soares Moreira, Matheus Santos Moreira, Tamirys Leandro da Silva. Ilustradores: Lucas Emanuel Lopes de Souza, Maria Clara Soares Moreira, Matheus Santos Moreira, Tamirys Leandro da Silva, João Mateus de Farias Gadeas.
Eu e meu
mundo Sociedade de Promoção e Apoio à Família (SOPRAFI) | Itapipoca - CE
Era uma vez uma família grande, unida e que se respeitava. Certo dia, resolveram todos juntos fazerem uma viagem para uma mansão que ficava muito longe dali. Ao chegarem, todas as crianças foram logo brincar e, de repente, viram uma galinha que colocava ovos de cores diferentes e um cachorro a quem deram o nome de REX. Logo em seguida resolveram brincar de futebol e aconteceu que a bola correu para mais distante. Foram atrás dela e perceberam então que estavam em uma floresta diferente. De longe as crianças avistaram uma cobra e uma das meninas começou a chorar de tanto medo, mas logo os outros a acalmaram dizendo que aquela cobra era um animal amigo. A hora passava e as crianças não percebiam que já estava anoitecendo. Já preocupados, seus pais saíram à procura das crianças, andaram por muito tempo e nem assim conseguiram encontrá-los. Até que avistaram um passarinho que lhes deu noticias das crianças dizendo: - Seus filhos estão no seu mundo de imaginação e somente crianças podem entrar neste mundo. As crianças, já cansadas de brincar, perceberam que já era noite e uma delas começou a chorar. Neste momento um deles, considerado o mais corajoso, disse que precisavam voltar para seu lar. A partir de então eles perceberam que a família é sua vida e que na família eles encontram: união, amor, carinho, felicidade, compaixão, paz, respeito e muitas coisas boas, e que sem a família eles jamais conseguiriam a felicidade.
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De repente, apareceu uma águia amiga que logo chamou o REX para juntos irem ao encontro de seus cincos amigos, a fim de ajudá-los a encontrarem o caminho de volta para casa. Ao acordarem, os amigos se acharam no meio da floresta e logo, logo seus pais os encontraram e já foram pedindo explicações. Só então eles perceberam que as crianças tinham vivido boas aventuras no seu mundo imaginário. Juntos, todas as famílias voltaram para a mansão e comemoraram a volta de todos. Autores: Ana Clara Coelho Lima, Davi de Jesus Viana Sousa, Eduarda Pires de Sousa, Gabriel Sousa dos Santos, Kiara Maria Viana dos Santos, Letícia Mirielly de Sousa Braga, Lívia Maria da Silva de Lima, Marcos Mateus Silva Sousa, Maria Eduarda Miranda Farias, Shara Marina Morais Campos. Ilustradora: Francisca Adriana dos Santos Magalhães.
A viagem
dos sonhos Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente (ASSCAD) | Santa Luz - PI
Era uma família pequena, Fabio e Maria eram os caçulas e tinham sonhos parecidos: os dois gostavam de fazer novas amizades e ajudar as pessoas. Eram de uma família pobre, moravam numa casa simples da roça, um lugar bonito, cheio de flores, de um céu azul incrível, borboletas voando e muito animaizinhos espalhados. Eram felizes nas coisas simples e todas as manhãs saíam para aproveitar a natureza. Os dois irmãos sonhavam em conhecer a cidade grande e ver como eram as crianças que viviam lá. Certa vez, numa dessas manhãs que saíram para apreciar a natureza, tiveram uma grande surpresa: encontraram um menino da cidade que estava perdido na floresta. Rapidamente as crianças se aproximaram e começaram conversar. O menino, que se chamava João, contou que havia se perdido dos pais que estavam ali a passeio. Contou ainda que morava na cidade grande. Fábio e Maria ficaram curiosos em saber como era a vida na cidade grande e o menino descreveu em detalhes como era viver por lá, numa cidade cheia de prédios, carros para lá e para cá, asfalto e muita poluição. Fabio e Maria ficaram impressionados, pois estavam acostumados a viver no meio da natureza. Convidaram o menino para conhecer a floresta, tomaram banho na cachoeira, comeram frutas que eles mesmos colheram das árvores e no final do dia levaram o menino para sua casa. Ao chegarem em casa, a mãe de Fabio e Maria ficou preocupada, pois sabia que os pais do menino deveriam estar angustiados com a falta dele. Saíram à procura deles para dizer que o menino estava em segurança e foi um encontro emocionante. 112
Os pais do menino tomaram um café com a família, conversaram bastante, agradeceram por seu filho estar bem e ainda convidaram Fabio e Maria para passarem as férias em sua casa na cidade grande. Foi uma alegria geral e os dois perceberam que é muito bom ajudar as pessoas e fazer novas amizades. Quando chegaram as férias, Fabio e Maria foram viajar e ficaram contentes. Brincaram bastante com o novo amigo, ficaram encantados como era diferente a cidade grande e assim realizaram seu sonho. Mas, depois do passeio, perceberam que bom mesmo era morar em meio à natureza e assim foram felizes! Autores: Alessandro Vieira de Sousa, Fabricio Barros Alves, Eveline Pereira da Silva, Heitor Ferreira Cavalcante, Sabrina Pereira Nascimento, Vitoria Fernandes Pereira. Ilustrador: Danilo de Sousa Guedes.
Nossos agradecimentos aos colaboradores das organizações sociais parceiras que conduziram os processos junto aos nossos pequenos brilhantes criadores. E também a todas as crianças que se permitiram sonhar, imaginar e criar. Este livro só foi possível graças ao empenho de vocês.
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