Odisseia (Portugues e Espanhol)

Page 1



Odisseia|Odiseia Mary Paes e Christian Oliveira Penélope e Ulisses | Penélope y Ulises

Amapá e Minas Gerais (Brasil) Ítaca e Tróia Janeiro|Enero 2008 a Abril 2020



Odisseia | Odisea O Regresso | El regreso Poemas

Mary Paes e Christian Oliveira Penélope e Ulisses | Penélope y Ulises

Amapá e Minas Gerais (Brasil) Janeiro|Enero 2008 a Abrl 2020


________________________________________________________________ Livro digital: Odisseia Gênero: poesia, paródia, imitação, transposição literária Organização e autoria: Mary Paes e Christian Oliveira Diagramação: Christian Oliveira Capa: quadro "Amantes en rojo" da pintora Nicoletta Tomas Caravia https://www.nicoletta.info/ ________________________________________________________________ Libro digital: Odisea Género: poesía, parodia, imitación, transposición literaria. Organización y autoría: Mary Paes y Christian Oliveira Diseño: Christian Oliveira Portada: pintura "Amantes en rojo" de la pintora Nicoletta Tomás Caravia https://www.nicoletta.info/ ________________________________________________________________


AGRADECIMENTOS Em especial a Ana Celma de Santana que muito gentilmente cedeu seu tempo para verter com tanta beleza a presente obra para a língua castelhana. Língua que é também nossa paixão (tão consonante com o fogo destes versos). A Nicoletta Tomas Caravia por tornar possível a capa perfeita para este livro permitindo usarmos seu quadro "Amantes en rojo".

AGRADECIMIENTOS En especial a Ana Celma de Santana que gentilmente cedió su tiempo para derramar con tanta belleza la presente obra para la lengua Castellana. Lengua que es también nuestra pasión (consonante con el fuego de estos versos) A Nicoletta Tomás Caravia, por permitirnos usar su maravillosa pintura "Amantes en rojo" para la portada de este libro.



DEDICATÓRIA

DEDICACIÓN

À Penélope, toda carne e alma de mulher, nestes versos, é você...

A Penélope, toda la carne y alma de una mujer, en estos versos, eres tú...

Christian



INTRODUÇÃO O poema da espera esperançosa de Penélope inquebrantável tecendo no fiar o seu amor e desejo por um Odisseu que inicia sua escolha também radical de abandonar a imortalidade e o paraíso por errar lutando para reencontrá-la, é certamente uma das estórias, senão a história, mais significativa da cultura ocidental. Uma história de amor conhecida como Odisseia. A história de Penélope e Odisseu olhada por seu elemento psicológico e emocional o amor, poderia ser encarada como: uma mulher que nos entrega seu desejo e amor de forma violenta e carnal; um homem que canta também seu desejo e amor por meio de uma imensidão de imagens e metáforas; Dois poetas constituem este livro: Uma mulher, Mary Paes, que canta numa linguagem apaixonadamente visceral, melhor uterina, a espera por um homem que lhe esteja à altura para ser a outra metade deste amor e desejo imensos. Um homem, Christian Oliveira, cantando sempre movido e inspirado pelo horizonte de um amor que se concretiza na conjunção carnal, no encontro extremo onde dois são um. Duas vozes que unem seus versos para produzir um só livro e uma só voz que joga e ecoa com o amor de Odisseu e Penélope que se nutre pela certeza do encontro, mas antes por seu sofrimento. Os autores


INTRODUCCIÓN El poema de la desesperada esperanza de Penélope tejiendo irremediablemente su amor y deseo por un Odiseo que inicia su elección igualmente radical de abandonar la inmortalidad y el paraíso al cometer errores al luchar para encontrarla nuevamente, es sin duda una de las historias, si no la historia más significativa de la cultura occidental. Una historia de amor conocida como Odyssey. La historia de Penélope y Ulises, vista a través de su elemento psicológico y emocional del amor, podría verse como: una mujer que nos da su deseo y amor de una manera carnal y violenta; un hombre que también canta su deseo y amor a través de una inmensidad de imágenes y metáforas; Dos poetas componen este libro: una mujer, Mary Paes, que canta en un lenguaje apasionadamente visceral, mejor dicho uterino, esperando que un hombre esté dispuesto a ser la otra mitad de este inmenso amor y deseo. Un hombre, Christian Oliveira, cantando siempre movido e inspirado por el horizonte de un amor que se materializa en la conjunción carnal, en el encuentro extremo donde dos son uno. Dos voces que unen sus versos para producir un solo libro y una voz que suena y resuena con el amor de Ulises y Penélope, que se nutre de la certeza del encuentro, pero más bien de su sufrimiento. Los autores


EPÍGRAFE esta noite... eu só quero provar da dor de te sentir longe de mim... porque também me alimento da tua falta.

esta noche ... Solo quiero sentir el dolor de sentirme lejos de mí ... porque también me alimento de tu falta.

Mary Paes


01. DESEJOS

01. DESEOS

meu desejo é insano irreal, profano meu desejo é paixão, sonho, volúpia... meu desejo se perde na noite, e me adoece minha boca cala a solidão me prende meu desejo me toma me enlaça não me deixa nunca meu desejo martiriza meu corpo minha mente, meus sonhos... e eu não penso, não falo apenas deliro em gemidos mudos... e não há solução, há perdição, desejos ardentes ... pecado... nos meus desejos, me dou toda com ânsia, com vontade, com loucura meu desejo é a pura fantasia minha, ou quem sabe ... tua.

mi deseo sea demente, irreal, profano, mi deseo es pasión, sueño, voluptuosidad ... mi deseo se pierde en la noche, y me enferma, mi boca se calla la soledad me abraza mi deseo me lleva me ata nunca me deja mi deseo atormenta mi cuerpo, mi mente, mis sueños ... y no pienso, no hablo solamente deliro en gemidos silenciosos ... y no hay solución, hay perdición, deseos ardientes ... pecado ... en mis deseos, yo lo doy todo con entusiasmo, con ganas, con locura, mi deseo es pura fantasía mia, o quién sabe… … tuya.

Mary Paes 14


01. ODISSÉIA

01. ODISEA

sem o corpo... sem minha ilha, mar e meu porto.

sin el cuerpo ... sin mi isla, mar y puerto.

sem o corpo... não sou nada, sou sem descanso, nau sombria, perdido sou.

sin el cuerpo ... no soy nada, Soy sin descanso, barco oscuro, estoy perdido.

sem o corpo... rema minha paixão não saciada, cem remos batendo - para desgraças, dores e mundos obscuros.

sin el cuerpo ... rema mi pasión insatisfecha cien remos golpeando para desgracias, dolor y mundos oscuros.

sem o corpo... singro caminho certo para o desconhecido - desejo igual loucas sereias. Perdido.

sin el cuerpo ... Navego por el camino correcto hacia lo desconocido deseo igual locas sirenas Perdido

sem o corpo da mulher minha Ítaca que me recebe, me atraca entre as pernas...

sin el cuerpo de la mujer mi Ítaca que me recibe, atraca entre las piernas ...

Christian Oliveira 15


02. DELÍRIOS

02. DELIRIOS

minha pele queima, num desejo ilógico sem satisfação... entre quatro paredes sou apenas um, e toco a cama fria querendo ir além da minha solidão curar esta febre que a paixão me causa mas, estou só... possuo o tempo, a noite e o pensamento... mas, não sou dona de você nem por um momento lhe possuo, além do sonho se lhe vejo entrar... sorrir pra mim... antes que me toque, sei que deliro e se não me satisfaço, tudo que me sobra, ainda é o tempo... e todo o espaço, pra chorar tecer e deixar se desmanchar mil vezes o sudário à minha solidão... e à falta completa de você.

Mi piel arde, en un deseo ilógico sin satisfacción ... entre cuatro paredes soy solo una, y toco la cama fría queriendo ir más allá de mi soledad curar esta fiebre que la pasión me causa pero, estoy solo ... tengo el tiempo, la noche y el pensamiento ... pero no soy tu dueño de ti ni por un momento te tengo, más allá del sueño si te veo entrar ... sonríeme ... antes de que me toque, sé que estoy delirando y si no estoy satisfecho, todo lo que me queda es tiempo ... y todo el espacio, para llorar tejer y desmantelar la mortaja mil veces a mi soledad ... y la falta total de ti.

Mary Paes 16


02. TANATOS*

02. THANATOS *

meu corpo é refém de um pathos absurdo sem trégua... sou apenas um, e queimo mesmo na noite mais fria querendo vencer esta distância curar a febre que o desejo causa mas, estou só... tenho o tempo, a noite e meus pensamentos... mas, estou sem você isto já não muda nem quando me leva hipnos* a vejo nua toda entregue na beleza que é só sua antes que me toque, sei que sonho e desperto desejando o sono do gêmeo sombrio, tudo que me sobra então, ainda é o tempo... e a noite e o mundo para amargar a minha solidão... e a falta completa de você.

Mi cuerpo es rehén de un absurdo pathos sin tregua ... Soy solo uno, y me quemo incluso en la noche más fría queriendo superar esta distancia para curar la fiebre que causa el deseo, pero estoy solo ... Tengo tiempo, la noche y mis pensamientos ... pero, estoy sin ti no cambia incluso cuando me lleva a la hipnos* Te veo desnuda toda la rendición en la belleza que es solo tuya ] antes de que me toques, sé que sueño y despierto deseando el sueño del gemelo sombrío, todo lo que me queda es el tiempo ... y la noche y el mundo para amargar mi soledad ... y la falta total de ti.

*Hipnos e Tanatos, entidades gêmeas primordiais, respectivamente Sono e Morte.

Christian Oliveira 17


03. EM DESENCANTO

03. EN DESENCANTO

estou triste e minha tristeza é uma dor que vem bailando paulatina no vazio que se estende pelo meu eu

Estoy triste y mi tristeza es un dolor que ha estado bailando poco a poco en el vacío que se extiende a través de mí

como se eu fosse o chão e ela... uma folha que cai com o sopro do vento a vejo sibilar no espaço... e sei que é inevitável que se achegue até mim... e permaneça.

como si yo fuera el suelo y ella ... una hoja que cae con el soplo del viento Veo que silva en el espacio... Y sé que es inevitable ] que vengas a mí ... y te quedes.

ser triste é acumular em si todas as folhas que caem no outono ser triste é... ser eu sem riso ser apenas pranto ser eu sozinha ser eu... simplesmente eu em desencanto

estar triste es acumular todas las hojas que caen en otoño estar triste es ... ser yo sin risas ser apenas un lloro ser yo solo ser yo ... simplemente yo en desencanto

Mary Paes 18


03. CÍCLOPE

03. CICLOPE

meu desejo e ardor, visando vidrado, com único intento, [você] visão voltado: ciclópico...

Mi deseo y ardor, mirando vidriado con la única intención (de tí), la visión se volvió cíclope...

meu humor mais negro, mal anfitrião, odeia tudo: [devora-me seis vez] destrói...

mi humor más negro mal anfitrión odia todo Me devora seis veces destruye...

na dor de oceano vinho em que afundo, [sem folego] olhos mar jorrando: castiga...

en el dolor del oceano del vino en que me hundo Sin resistencia ojos brotando mar castiga...

por fim, para aplacar-me, cego o olhar único, [sua lembrança] na escuridão cega, abandono-me...

finalmente, para aplacarme, ciego la mirada única [su memoria] en la oscuridad ciega. Me abandono...

Christian Oliveira 19


04. FANTASIA DA PAIXÃO

04. FANTASÍA DE PASIÓN

você chegou e sorriu olhou meus olhos tão profundamente como se me tocasse... estatizou-me me botou um feitiço. senti teu corpo se aproximando e um calor estranho apoderou-se de mim... o desejo ardente adormecido renasceu... e foi crescendo a cada centímetro a menos que separava nossos corpos e a tua boca se abriu deliciosamente então não resisti e me colei aos teus lábios sedenta de desejos... enlouquecendo-me... você me seduzindo... possuindo-me ardentemente ...então acordei, e na minha solidão, apenas o sol se infiltrava pela janela, descuidadamente aberta...

viniste y me sonreíste miraste mis ojos tan profundamente como si me tocases ... me paralizó y hechizaste. Sentí que tu cuerpo se acercaba y un calor extraño se apoderó de mí ... el deseo ardiente durmió renació… y creció cada centímetro a menos que separara nuestros cuerpos y tu boca se abriera deliciosamente, así que no pude resistirme y me pegué a tus labios sediento de deseos ... volviéndome loco ... me seduces ... poseyéndome ardientemente ... luego me desperté, y en mi soledad, solo el sol se filtró por la ventana, descuidadamente abierta...

Mary Paes 20


04. APROXIMEI DE VOCÊ

04. YA ME ACERQUÉ

já com uma virulenta paixão instalada. a observei, não era minha. e não seria de pertencer a ninguém. o que meu olhos devoravam ávidos eram seus gestos, as formas como suas palavras moviam suas mãos, o modo como seu olhar fitava cheio de interesse, mas também firme em seu mundo, e não ser nada do que eu esperasse, ser tão forte e feminina. toda correspondência é tão pacífica. a diferença, a incongruência é violenta como a paixão. e é nela que os amantes se embatem. fui com cuidado. Cheio de dedos. na verdade sem nenhum. não ousei a intimidade de toca-la. mas você queria intensidade, quase que silenciosamente. guiado por sua posição, eu aprendi com você então: a segurar sem prender, a tocar sem ofender, a aperta-la sem sufocar, a amar sem posse, a penetrá-la...sem invadir, a fodermos como irmão que podem se amar no amor da carne...

con una pasión virulenta instalada. Observé que no era mío. y no le pertenecería a nadie. lo que mis ojos devoraron ávidamente fueron tus gestos, la forma en que tus palabras movían tus manos, la forma en que tu mirada parecía llena de interés, pero también firme en su mundo, y no siendo nada de lo que esperaba, ser tan fuerte y femenina. toda correspondencia es muy pacífica. La diferencia, la incongruencia es que es tan violenta como la pasión. y ahí es donde los amantes chocan. Fui con cuidado. Lleno de dedos la verdad sin ninguno. No me atreví a tocar la intimidad . pero querías intensidad, casi en silencio. guiado por tu posición, aprendí de ti entonces: agarrar sin abrazar, tocar sin ofender, apretar sin sofocar, amar sin posesión, penetrar ... sin invadir, hacer el amor como un Hermano que puede amor en el amor de la carne ...

Christian Oliveira 21


05. EROTES*

05. EROTES *

tu partilhas risos que não são meus e beijos de outra boca amas a carne quente numa cama alheia e gozas este gozo que te faz morrer te esquecesses por um tempo de mim e quando tudo acaba tu se voltas pra si e me enxergas aí dentro a te olhar com esses meus olhos grandes, por onde o meu coração escorre....

Compartes risas que no son mías y besos de otra boca carne caliente en la cama de los demás Y disfrutas de esta alegría que te hace morir Olvídate de mí por un tiempo Y cuando todo termine Te das la vuelta y me ves allí adentro Mirándote con esos ojos míos grandes, donde mi corazón gotea ...

*Plural de eros, os vários amores

Mary Paes 22


05. PRO FUNDO

05. PRO FUNDO

nesta distância coxeio com minha insegurança pisando ora em ovos ora em aço pois bem sei que és afrodite és febre e sexo, já lhe fui ares lhe fiz na cama guerra e sei da arte quão grande a refrega mas à distância sou pobre hephaistos e temo cada amor que goza e o desejo qual mil vagas mornas batendo sobre o litoral de seu corpo lhe agitando o sexo na carne eu sempre lhe fui “pro fundo” então espero que no fim mesmo em outros o desejo ali seja eu...

en esta distancia Cojeo con mi inseguridad pisando em huevos ahora ahora y acero porque sé que eres afrodita, tienes fiebre y sexo. Yo era tu ares. Te hice en la guerra de la cama y sé de arte lo grandioso que es el pelea, pero a distancia soy pobre hephaistos y temo cada amor que disfruta y el deseo de que mil olas cálidas golpeen sobre la costa de tu cuerpo, sacudiendo el sexo en la carne, siempre he ido "pro fundo " Así que espero que al final, incluso en otros, deseo que sea yo

Christian Oliveira 23


06. DESALENTO...

06. DESCURSO ...

sigo meus próprios passos, por caminhos que desconheço me vejo... e meus olhos se distanciam... numa fuga do meu eu... quero tocar dentro de mim... sentir o pulsar vago do meu coração amedrontado...] a solidão parece mágica... perdura por cada canto...] e toca minha face num calafrio estranho... meu rosto em pranto... de repente, sou um louco, um ser demente... e meus pés cruzam longos caminhos sem volta mesmo para os erros, não há voltas. só se vive uma única vez... e na lentidão da vida, ainda] há feridas que jamais cicatrizam... feridas da alma e do coração. sinto minha mão, a tocar meu rosto maquinalmente...] não sou mais um demente... além da solidão, possuo um grande espaço de tempo... ] e me acalento a cada passo... no descompasso dos dias que me pertencem, nos quais, ainda sobrevivo.] quero tocar dentro de mim, e apagar um pouco dessa carência ] pela qual meus passos se perdem. meus pensamentos se desalinham e a solidão jamais me abandona.

Sigo mis propios pasos, de una manera que sé que no me veo ... y mis ojos se van ... en un vuelo de mi ser... Quiero tocar dentro de mí ... sentir el vago pulso de mi corazón asustado ...] la soledad parece magia... persiste en cada esquina ...] y toca mi rostro en un extraño escalofrío ... mi rostro en lágrimas ... de repente, estoy loco, un ser demente ... y mis pies cruzan largos caminos sin retorno, por errores, no hay giros. solo vives una vez ... y en la lentitud de la vida, todavía ] hay heridas que nunca sanan… heridas del alma y el corazón. Siento mi mano, tocándome la cara mecánicamente ...] Ya no soy más una persona demente ... más allá de la soledad, tengo mucho tiempo... ] y aprecio cada paso... en el desajuste de los días que me pertenecen, en el que aún sobrevivo.] Quiero tocar dentro de mí mismo y borrar un poco desta falta ] por la cual mis pasos se pierden. mis pensamientos no están alineados y la soledad nunca me abandona.

Mary Paes 24


06. ATÉ DO MAR VERMELHO...

06. HASTA EL MAR ROJO ...

na falta sua meu desejo se faz hybris* fico pesado, boca suja e até do mar vermelho sinto saudade e lembro Euryproktos!** na postura de cadela aguarda meu desejo retesado. estando o mar vermelho, me sirvo do vale adentro e logo sentes, lhe rasgo. Lakkoproktos!** apalpo e espremo seus seios e estoco em sua viva dor até o cabo. estreito caminho de Aeschyne*** não me contenho lhe preencho e me farto...

Em tu ausencia, mi deseo es hybris* Me pongo pesado, mi boca está sucia e incluso el Mar Rojo me extraña y recuerdo Euryproktos! ** en la postura de la perra espera mi deseo apretado. siendo el Mar Rojo, me sirvo del valle adentro, y luego sientes te desgarro. Lakkoproktos! ** Palpo y aprieto tus senos y me lanzo en tu dolor vivo hasta la empuñadura. camino estrecho Elde Aeschyne *** No puedo evitar llenarlo y hartarme ...

*violência, fúria desmedida, desequilibro ** Xingamentos usados para homossexuais, bunda aberta e bunda de poço, respectivamente. ***vergonha, referência ao mito na qual ao colocar todos os dons no ser humano e não restar outro lugar, coube a vergonha ser introduzida no ânus no ser humano.

Christian Oliveira 25


07. QUANDO CHEGA O AMOR

07. CUANDO VIENE EL AMOR

o amor veio como veio o vento numa brisa calma e suave... embalando mil sonhos de uma mente desatenta] junto de sorrisos e encantos enxugando o antigo pranto, do rosto de quem sempre esteve só... o amor veio como veio o tempo, feito um doce acalento, de quem espera pra nascer... ] e chegou cantando... terno e puro como um anjo, falando dos sentimentos da alma, que une dois corações estranhos. o amor veio como veio o dia... ... sem pressa, inexplicavelmente belo... chegou, sem que houvesse espera, pondo fim na solidão, ] rompendo a mágoa... fazendo da tristeza, uma folha de uma vida em rascunho... jogada ao relento, e que voou com o vento, junto da brisa calma. e ficou o amor, aliado do tempo... embalando mil sonhos de dois corações pulsando.]

El amor llegó cuando el viento llegó con una brisa tranquila y suave ... sacudiendo mil sueños de una mente desatendida] junto con sonrisas y encantos limpiando los viejos llantos, de la cara de aquellos que siempre han estado solos ...] el amor vino como llegó el tiempo, como un dulce alimento, de aquellos que esperan nacer ... ] y vino cantando ... tierno y puro como un ángel, hablando de los sentimientos del alma, que une dos corazones extraños. el amor llegó cuando llegó el día ... ... sin prisas, inexplicablemente hermosa ... llegó, sin esperar, poniendo fin a la soledad, rompiendo la tristeza ... haciendo de la tristeza una hoja de una vida de borrones ... arrojado a la intemperie, y eso voló con el viento,] junto con la brisa tranquila. y el amor permaneció, aliado con el tiempo ... acunando mil sueños de dos corazones latiendo.

quando fostes embora... não fiquei... parti pra dentro de mim. na solidão... em que me descubro... minhas mãos cheiram a sexo.

cuando te fuiste ... no me quedé ... entré dentro de mi. en la soledad ... en la que me encuentro ... mis manos huelen a sexo.

Mary Paes 26


07.ORGAON

07.ORGAON

sonhei-nos com paixão extremada sonhei, nus na compaixão consumada nossas línguas fazendo coisas sem uma só palavra nossos poemas misturados todos nas folhas sobre a cama e mais nada nosso suor selecionando versos misturando na pele nossos poemas muito compondo de nossa lavra e nós à poesia do momento um no outro colocando o poema limite deste livro de nós dois...

soñamos con una pasión extrema soñamos, desnudos en la compasión consumada, nuestras lenguas haciendo cosas sin una palabra, todos nuestros poemas mezclados en las sábanas de la cama y nada más nuestro sudor seleccionando versos mezclan nuestros poemas componiendo mucho nuestro arar y nosotros a la poesía del momento en cada uno colocando el poema límite en este libro de los dos ...

Christian Oliveira 27


08. LABIRINTO DO TEU CORPO

08. LABERINTO DE TU CUERPO

que bela a inspiração fugaz do teu beijo quente que me toca e me solta... pra me embrenhar no labirinto do teu corpo... onde me perco... quando peco e te desejo de todas as formas de amar satisfaz-me roçar meus lábios em teu peito quando ardente, teu coração de amor me afoga... nos devaneios do meu querer, te querer todo o tempo que em meus sonhos te vejo e te perco sempre, quando me lembro que os sentimentos, que me traz a inspiração fugaz, de te amar, de desnudar teu corpo... são partes permanentes do meu coração que te ama eternamente... mesmo que não seja breve a tua ausência e seja imensa a minha solidão.

qué hermosa la fugaz inspiración de tu beso caliente que me toca y me libera... para entrar en el laberinto de tu cuerpo ... donde me pierdo ... cuando peco y te deseo de todas las formas de amar me satisfagan mis labios en tu pecho cuando arden, tu corazón de amor me ahoga ... en los ensueños de mis deseos, deseándote todo el tiempo que en mis sueños te veo y siempre te pierdo, cuando recuerdo los sentimientos, eso me lleva a inspiración fugaz, amarte, desnudar tu cuerpo ... son partes permanentes de mi corazón que te ama para siempre ... incluso si tu ausencia no es breve y mi soledad es inmensa.

Mary Paes 28


08. O MELHOR DE AMAR UMA POETA numa mulher-poeta seu corpo é só fronteira, uma capital dentro de um corpus enorme, um território, uma ilha de limites sempre no horizonte.] o homem que é capaz de amar a mulher-poeta ama duas vezes, à maneira que eram as deusas antigas,] como os gregos amavam héstia e as sacerdotisas: uma, amando com o amor comum e vulgar (se é que algum amor é comum e vulgar) que captura no busto e anca a bela forma marmórea;] outra, amando com certo assombro, (e também por que não, com medo) a chama primitiva sempre queimando na deusa. este fogo-poema que tudo toca nela e fora, faz casta cada foda e pecado, prístina cada dor e eterna sua mortalidade. mais que saturnal, dentro e fora de saturno. creio que o homem capaz de amar uma mulher-poeta,] ama e adora e vê a poesia nela. sem saber que héstia está na sacerdotisa tal qual as sacerdotisas a são.] parafraseando e moldando um poeta: "a mulher está neste país, quase como a árvore voa] no pássaro que a deixa". o homem que ama a mulher-poeta até pode ser o pássaro na árvore,] mas é preciso alar-se homem-poeta...

08. LO MEJOR DE AMAR A UNA POETA en una mujer poeta, su cuerpo es una frontera, una capital dentro de un enorme corpus, un territorio, una isla de límites siempre en el horizonte.] el hombre que es capaz de amar a la mujer poeta ama dos veces, de la misma manera que las antiguas diosas,] como los griegos amaban a la hestia y a las sacerdotisas:] una vez, amando con amor común y vulgar (si es que el amor es común y vulgar) que captura en el busto y la cadera la bella forma de mármol;] otra, amando con cierto asombro (y también por qué no, con miedo) la llama primitiva siempre ardiendo en la diosa. Este poema-fuego que toca todo, hace que cada cogida y pecado sean castos,] cada dolor prístino y su mortalidad eterna. más que saturno, dentro y fuera de Saturno. Creo que el hombre capaz de amar a una mujer poeta,] ama y adora y ve poesía en ella. sin saber qué hestia hay en la sacerdotisa como lo son las sacerdotisas.] parafraseando y moldeando a un poeta: "la mujer está en este país, casi como el árbol vuela en el pájaro que la deja". el hombre que ama a la mujer-poeta puede incluso ser el pájaro en el árbol, pero es necesario hombre-poeta ...

Christian Oliveira 29


09. PRECISO DESEPERADAMENTE ESQUECER VOCÊ

09. NECESITO DESEPERADAMENTE OLVIDARTE

é tanta a saudade é tanto o desejo de te ver é tamanha a falta de você em mim mas, preciso ser forte... tenho que vencer a dor da tua ausência calar meu coração que grita por ti de noite, mais que de dia... preciso aniquilar meu vício minha dependência de você! necessito ser herói de mim mesma para me salvar do abismo que deixastes em mim] o abismo que pretende matar-me ou aprisionar-me na solidão! porque nada pode ser simples... porque a decepção existe... porque nós somos humanos... porque preciso desesperadamente esquecer] que te amo tanto!

es tanto anhelo, Hay tanta falta de ti aquí es tan grande estás en mí hay tanta falta de ti dentro de mí tengo que superar el dolor de tu ausencia callar mi corazón que te grita por la noche, más que de día ... necesito aniquilar mi adicción mi dependencia de ti! Necesito ser un héroe de mí mismo para salvarme del abismo que dejaste en mí,] el abismo que intenta matarme o encarcelarme en la soledad! porque nada puede ser simple ... porque existe la decepción ... porque somos humanos ... porque necesito desesperadamente olvidar] que te amo mucho!

Mary Paes 30


09. BÉBELOS*

09. BÉBELOS *

todos os ritos de amor e prazer são seus rituais. de seus lábios colho lótus**. flores, frutos esqueço os dias dolentes

todos los ritos de amor y placer son sus rituales. De tus labios recojo loto**. flores, frutas me olvído de los malos días

dá-me de beber e comer-te quando rubicundo poderei lhe ser grato, pois estamos tanto um no outro então serei seu alento.

dame de beber y comerte cuando rubicundo puedo estar agradecido, porque estamos mucho uno en el otro así que seré tu aliento.

e se me salvas. serás então salva. ou então arderemos, cada qual em seu inferno. sua, minha Agonia*** interna externa extrema...

y si me salvas entonces serás salva. o entonces dos quemaremos, cada uno en su propio infierno. Tu, Mi agonía *** interior externa extrema...

* Em grego - profano. ** Referência aos lotófagos *** Agon-ia, referência a raiz da palavra “luta”

Christian Oliveira 31


10. AINDA SOU EU, ANTES DE SER VOCÊ

10. TODAVÍA ESTOY, ANTES DE QUE ESTÁS

fujo das horas malditas... das horas solitárias... que se arrastam nas madrugadas frias... fujo dos fantasmas que assombram os espaços que me sobram...] tento fugir de mim... pra conseguir esquecer você...] considero a inutilidade do que meu coração pulsa... ] puros delírios, desperdícios... coração “masô”! que suscita pensamentos de dor... de prazer, luxúria... e de todas as frases de amor... de tudo o que não posso fugir... por ser o que sou!

huyendo de las malditas horas ... ]de las horas solitarias ... arrastrándome en los fríos amaneceres ... huyendo de los fantasmas que rondan los espacios que he dejado ...] Intento huir de mí ... para poder olvidarte ... Considero la inutilidad de lo que late mi corazón ... delirios puros, desperdicio ... ¡corazón masô*! que evoca pensamientos de dolor ... de placer, lujuria ... y de todas las frases de amor ... de todo lo que no puedo escapar ... ¡por ser lo que soy!]

o outro eu... aquele que reage aos meus impulsos... ainda me impede correr pelas ruas a gritar que sou sua... que por você ainda morro, qualquer dia... antes que a lua possa beijar o meu olhar antes que os navios ancorem nos portos antes que eu descubra o sol por trás das nuvens... porque depois... depois não morro mais... pois, posso descobrir que ainda sou eu bem antes de ser você!

el otro yo ... el que reacciona a mis impulsos ... todavía me detiene corriendo por las calles gritando que soy tuyo ... que por ti sigo muriendo, cualquier día ... antes de que la luna pueda besar mis ojos antes deja que los barcos anclen en los puertos antes de que descubra el sol detrás de las nubes ... porque más tarde ... ya no moriré más ... porque, puedo descubrir que todavía soy yo mucho antes de ser tú!

os meus lábios entreabertos sedentos da língua sua aguardam para se afogarem na sua boca

mis labios abiertos, sedientos de tu lengua, espera ahogarse en tu boca

Mary Paes 32


10. HORAS POR ORA

10. AHORA

o que fazer agora? que seu nome se instaurou entre as minhas palavras caras as que povoam as linhas e as entrelinhas de toda frase dita. o idioma profano de meus desejos eu que neste amor lhe encontro em sonhos e na lembrança logo eu que sou de todo noturno pesado e sombrio, mais fortemente invadido pelo fogo e seu nome justamente na ausência, nestas horas o que fazer? vou lhe pôr no fogo destas horas pretas ferir a carne de seu corpo imaginário lhe comer a carne crua fazer cair sobre este imaginário tão real o peso, a sombra, a fome, meu corpo todo devora-la noite após noite na chama viva até o dia que enfim uma noite uma noite que seja tenha seu corpo real invadirei seus sonhos vou então lhe encher o ventre, o coração de fome, de paixão, de dúvida lutarei fundo pelas horas pretas envenenarei todas as horas que são de hipnos com meu nome e meus adjetivos, e os nomes e palavras que darei pra você como se eu as tivesse inventado todas...

¿qué hacer ahora? que su nombre se estableció entre mis queridas palabras, las que pueblan las líneas y entre las líneas de cada oración dicha. el lenguaje profano de mis deseos Yo, que en este amor te encuentro en sueños y en recuerdos soy todo nocturno, pesado y sombrío, más fuertemente invadido por el fuego y tu nombre precisamente en ausencia, en estas horas ¿qué hacer? Te pondré en el fuego de estas horas negras Para lastimar la carne de tu cuerpo imaginario para comer tu carne cruda Para hacer que este tan real el peso, la sombra, el hambre, todo mi cuerpo Te devorar noche tras noche en la llama viva hasta el día que por fin una noche una noche que tenga tu cuerpo real, invadiré tus sueños luego llenaré tu vientre, el corazón de hambre, de pasión, de duda lucharé profundamente por las horas negras, envenenaré todas las horas que están hipnos con mi nombre y mis adjetivos y los nombres y palabras que te daré como si los hubiera inventado a todos ...

Christian Oliveira 33


11. CONHEÇO BEM A SOLIDÃO...

11. CONOZCO SOLO BIEN ...

hoje tudo parece estar do avesso... tudo se perdeu de seu lugar... me deixe sozinha... eu sei ficar assim... a solidão... eu conheço bem... nunca tenho ninguém para o jantar... a mesa está posta... sobra um lugar... o prato e a taça estão vazios... a vela, vela o vazio, o silêncio, o espaço... que distância te possui longe de mim? declamo meu último poema! eu te amo... é o último verso! a cadeira à frente está vazia... o vento toca a cortina... que toca a lágrima... que toca o chão... eu sei falar de solidão... assim como a canção... que fala de mim... de tudo que ainda sou sem você... mas, é pouco! ainda tenho as horas... que passam lentas... e se multiplicam... criam os monstros... os fantasmas que me assombram... eu conheço a insônia! a dama louca que rouba meus sonhos! e fica comigo até que a madrugada acabe! mas, hoje... hoje não quero que me enganes... não quero mentiras! eu aceito a verdade... não precisa dizer que vem mais tarde... se o mais tarde sempre acaba antes de você chegar...] me deixe sozinha! eu sei ficar assim... conheço bem a solidão... e ela... a mim!

hoy todo parece estar al revés ... todo ha perdido su lugar ... me deje sola ... sé cómo quedarme así ... soledad ... sé bien ... nunca tengo a nadie para cenar ... la mesa está puesta ... queda un lugar ... el plato y el tazón están vacías ... la vela, el vacío, el silencio, el espacio ... ¿a qué distancia estás de mí? ¡Declaro mi último poema! te amo ... es el ultimo verso! la silla del frente está vacía ... el viento toca la cortina ... toca la lágrima ... toca el piso ... Sé hablar de la soledad ... como la canción ... que habla de mí ... de todo lo que todavía soy sin ti ... pero, ¡no es suficiente! Todavía tengo las horas ... que pasan lentamente ... y se multiplican ... crean los monstruos ... los fantasmas que me persiguen ... Conozco el insomnio ¡La loca que roba mis sueños! ¡y quédate conmigo hasta que termine el amanecer!] pero hoy ... hoy no quiero que me engañes ... ¡no quiero mentiras! Acepto la verdad ... no hace falta decir que llega más tarde ... si el final siempre termina antes de que llegues ... ¡déjame en paz! Sé cómo quedarme así ... Conozco bien la soledad ... y ella ... ¡yo!

Mary Paes 34


11.HADES

11.HADES

antes que a tenha eu sei que vou ruir demônios a dar com pau aqui do hades sou as próprias sombras tristes ave de rapina dos auspícios mais negros minha alma me sobrevoa antes que profetize minha volta ávido por sangue!

Antes de tenerte, sé que voy a colapsar aquí dentro, demonios peleando no hades, soy las propias sombras tristes ave de rapiña desde los auspicios más oscuros. Mi alma vuela sobre mí antes de profetizar mi regreso ¡hambriento de sangre!

eu tenho tanta raiva desta distância que ela se volta não só contra mim às vezes eu odeio também você a dor existe por que você existe! meu amor nestas horas é inteiro hybris tento voltar a mãe, abraça-la três vezes e ela se esvai como fumaça isto destrói toda doçura em mim nestas horas sombrias quero sangra-la e comer sua carne crua e aliviar meu estomago de você em qualquer canto

Estoy tan enojado desta distancia que ella se vuelve no solo contra mí, a veces también te odio, ¡el dolor existe porque tú existes! mi amor en estas horas es todo una hybris, trato de volver a mi madre, abrazarla tres veces y ella desaparece como el humo esto destruye toda la dulzura en mí en estas horas oscuras, quiero sangrarla, comer su carne cruda y aliviar mi estómago de ti en cualquier lugar

abrir ao meio como a porcos um a um aqueles que a desejem pisar sobre as vísceras dos pretendentes escrever com a merda deles em seus restos tal um sombrio tirésias cada noite nossa de amor onde então será só minha, só minha! onde com fúria e febre em seu corpo curo tudo que a solidão me causou...

abiertos por la mitad como los cerdos, uno por uno, aquellos que desean pisar las vísceras de los pretendientes escriben con su propia mierda en sus restos como un sombrío tirésias cada noche de amor donde entonces será solo mío, ¡solo mío! donde con furia y fiebre en tu cuerpo sane toda la soledad que me ha causado ...

Christian Oliveira 35


12. EU TE AMO

12. TE AMO

o que é o amor... se não esta dor que dilacera o peito... se não essa angústia de nada saber a teu respeito...] se te falta o meu beijo... a minha fala... que sempre diz: “Eu te Amo”. o meu corpo nu em teu leito... o que é o amor... se não meu sussurro por teu nome quando a saudade tua me consome... enquanto eu lembro teu cheiro teu suor... Tua língua a roçar meus seios? o que é o amor se não um segredo que não pode ser revelado por causa do teu medo...] de assumir que me ama... que me chama em silêncio... e pensa em minhas mãos que te tocam em pensamentos! meu amor! o que é o amor? se não esta dor que mata a nós dois sem pena

lo que es el amor ... si no este dolor que desgarra el pecho ... si no esa angustia de no saber nada a tu respecto ...] si te falta mi beso ... mi discurso ... que siempre dice: "Te amo". mi cuerpo desnudo en tu cama ... que es amor ... si no mi susurro por tu nombre cuando tu nostalgia me consume ... mientras recuerdo tu olor tu sudor ... tu lengua chupando mis pechos? ¿Qué es el amor si no es un secreto que no puede ser revelado por tu miedo ...] de asumir que me amas ... que me llamas en silencio ... y piensas en mis manos que te tocan en los pensamientos! ¡mi amor! que es el amor si no este dolor que nos mata a los dos sin piedad

Mary Paes 36


12. OLIVEIRA

12. OLIVEIRA

ao reatarmos senti vigor renovado... em nosso amor, em nosso desejo...

cuando reanudamos, sentí un vigor renovado ... en nuestro amor, en nuestro deseo ...

é como se todo amor e todo desejo tivesse como seu arcabouço uma necessidade obscura por sua destruição, por seu oposto...

es como si cada amor y cada deseo tuvieran como esqueleto una oscura necesidad de su destrucción. , por su contrario ...

- uma necedade? - ou não? com se de tempo em tempo precisássemos voltar ao ninho de nosso amor, ao nosso tálamo nupcial, nosso lugar ao pé da oliveira e nos atearmos nossas discórdias...

- un absurdo? - ¿o no? como si de vez en cuando necesitáramos volver al nido de nuestro amor, a nuestro tálamo nupcial, a nuestro lugar al pie del olivo y a atar nuestras discordias ...

de nossas cinzas, um amor que renasce goza então as delícias com a gula revestida de toda jovialidade, denunciando que em nossa "petit mort" não buscamos o fim mas sempre um "début"...

de nuestras cenizas, un amor que renace luego disfruta de las delicias con a gula cubierta de toda jovialidad, denunciando que en nuestro "petit mort" no buscamos el final sino siempre un "debut" ...

Christian Oliveira 37


01.REGRESSO (Pout-porri) ELA: ELE: ELA: ELE: ELA: ELE: ELA: ELE: ELA: ELE:

ELA: ELE:

ELA: ELE: ELA: ELE: ELA:

esta noite toda carne e alma de mulher nos meus desejos, me dou toda me recebe, me atraca entre as pernas... com ânsia, com vontade, com loucura minha pele queima, num desejo ilógico a vejo nua toda entregue na beleza que é só sua no vazio que se estende pelo meu eu como se eu fosse o chão meu desejo e ardor, visando vidrado, que se achegue até mim... e permaneça. com único intento (você), na escuridão cega

você chega e sorri olha meus olhos tão profundamente já com uma virulenta paixão instalada. o que meus olhos devoram ávidos são seus gestos, como se me tocasse... estatizou-me me botou um feitiço. violento como a paixão. que os amantes se embatem. senti teu corpo se aproximando e um calor estranho apoderou-se de mim... a toco sem ofender, a aperto sem sufocar, o desejo ardente adormecido

38

esta noche toda carne y alma de una mujer en mis deseos, me entrego todo, recíbeme, átame entre mis piernas ... con entusiasmo, con deseo, con locura mi piel arde, en un deseo ilógico la veo desnuda, todo se rinde en la belleza que es solo suya el vacío que se extiende a través de mi auto como si fuera el suelo y la quema de mi deseo, mirando vidriado que se acercan a mí ... y quedarse. con la única intención (usted) en la oscuridad ciega

llegas y sonríe mirando a los ojos tan profundamente ya con una pasión virulenta instalada. lo que mis ojos devoran ansiosamente son tus gestos, como si me tocaras ... Me paralizarás y me hechizarás. violento como la pasión que los amantes choquen Sentí que tu cuerpo se acercaba y un calor extraño se apoderó de mí ... Lo toqué sin ofender, apreté sin sofocarme, el ardiente deseo latiente


ELE:

ELA:

ELE:

ELA:

ELE: ELA: ELE:

ELA: ELE: ELA:

renasceu... e foi crescendo então não resisto sedenta de desejos... enlouquecendo-me... você me seduzindo... possuindo-me ardentemente a amo sem posse, a penetro...sem invadir, fodemos como irmãos que podem se amar no amor da carne... e a tua boca se abriu deliciosamente e me colei aos teus lábios E gozas este gozo que te faz morrer e o desejo qual mil vagas mornas batendo sobre o litoral de seu corpo lhe agitando o sexo na carne E gozas este gozo que te incendeia E quando tudo acaba quero tocar dentro de mim... meu rosto em pranto... mas você me re-toma... na postura de cadela aguarda meu desejo retesado. adentro de repente, sou um louco, um ser demente... meus pensamentos se desalinham apalpo e espremo seus seios não me contenho, lhe preencho e novamente me farto...

renació ... y creció, así que no puedo resistir la sed de deseos ... volviéndome loco ... me seduces ... poseyéndome ardientemente Te amo sin posesión, te penetro ... sin invadir, Hacemos sexo como hermanos que pueden amarse en el amor de la carne ... y tu boca se abrió deliciosamente y me pegué a tus labios Y disfrutas de esta alegría que te hace morir y el deseo de que mil olas cálidas golpeen la orilla de tu cuerpo sacudiendo tu sexo en la carne Y disfrutas de esta alegría que te hace arder Y cuando todo termina Quiero tocarme ... mi cara llorando ... pero tú me reanuda ... en la postura de una perra espera mi deseo tenso. entro de repente, soy un loco, un ser demente ... mis pensamientos están desalineados y aprieto tus senos, no puedo contenerme, te lleno y nuevamente estoy satisfecho ...

E o amor veio como veio o dia... ... sem pressa, inexplicavelmente belo... na compaixão consumada sem uma só palavra e ficou o amor, aliado do tempo...

Y el amor llegó cuando llegó el día ... ... sin prisas, inexplicablemente hermosa ... en la compasión consumada sin una palabra y el amor permaneció, aliado con el tiempo ...

39


ELA: ELE: ELA: ELE: ELA:

ELE:

ELA:

ELE:

ELA:

ELE: ELA:

ELE:

embalando mil sonhos de dois corações pulsando. minhas mãos cheiram a sexo. no labirinto do teu corpo... satisfaz-me roçar meus lábios em teu peito amando com certo assombro, (e também por que não, com medo) de dia...preciso aniquilar meu vício todos os ritos de amor e prazer são seus rituais. de todas as frases de amor... gritar que sou sua... que por você ainda morro, qualquer dia... o que fazer agora? entre as minhas palavras caras o idioma profano de meus desejos porque depois... depois não morro mais... pois, os meus lábios entreabertos aguardam para se afogarem vou então lhe encher o coração dos nomes e palavras que darei pra você como se eu as tivesse inventado todas...

acunando mil sueños de dos corazones latiendo. Mis manos huelen a sexo. en el laberinto de su cuerpo ... me agrada cepillar mis labios a su pecho amoroso con algo de asombro (y por qué no, miedo) de día ... necesidad de aniquilar mi adicción todos los ritos de amor y placer son sus rituales. de todas las frases de amor ... grita que soy tuya ... que aún muero por ti, algún día ... ¿qué hacer ahora? entre mis queridas palabras, el lenguaje profano de mis deseos porque entonces ... entonces ya no muero ... porque, mis labios separados esperan ahogarse entonces llenaré tu corazón con los nombres y palabras que te daré como si yo hubiese inventado todas ...

tudo se perdeu de seu lugar... a vela, vela o vazio, o silêncio, o espaço... declamo meu último poema! eu te amo... é o último verso! minha alma me sobrevoa assim como a canção... que fala de mim... e fica comigo até que a madrugada acabe!

todo estaba fuera de lugar ... la vela, el vacío, el silencio, el espacio ... declamo mi último poema! te amo ... es el ultimo verso! mi alma vuela sobre mí como la canción ... que habla de mí ... ¡ y se queda conmigo hasta que termina el amanecer! donde entonces será solo mío, solo mío!

onde então será só minha, só minha!

40


ELA: ELA ELE ELA ELE

ELA ELE

mas, hoje... hoje não quero que me enganes... não quero mentiras!

pero hoy ... hoy no quiero ser engañado ... ¡no quiero mentiras!

o que é o amor... o meu corpo nu em teu leito... é como todo amor e todo desejo se não meu sussurro por teu nome meu amor! uma necessidade obscura por sua destruição, por seu oposto... - uma necedade? - ou não? se não esta dor que mata a nós dois sem pena denunciando que em nossa "petit mort" não buscamos o fim mas sempre um "début"...

lo que es el amor ... mi cuerpo desnudo en su cama ... es como si todo amor y todo deseo, su nombre susurro mi amor! una oscura necesidad de su destrucción, por su opuesto ... - una locura? - ¿o no? si no este dolor que nos mata a los dos sin piedad, denunciando que en nuestro "petit mort" no buscamos el final sino siempre un "debut" ...

Mary Paes e Christian Oliveira

41


Este livro deve ser impresso no papel: Pólen Soft LD 80g, composto nas fontes Cambria (Títulos), Rage Italic e Museo 300; Abril, 2020 _______________________________________

Este libro debe estar impreso en papel: Pólen Soft LD 80g, compuesto en las fuentes Cambria (Títulos), Rage Italic e Museo 300; Abril, 2020 _______________________________________

42


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.