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como planear a iluminação

exterior de edifícios históricos?

Rita Valente Arquiteta

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A maioria dos edifícios históricos, dada a época da sua construção, não fora projetada considerando a luz artificial, o que obriga a que o seu projeto de iluminação exterior seja tratado de forma muito cuidada.

A intenção principal na qual nos devemos focar é a valorização do aspeto exterior do edifício e da sua envolvente, conferindo-lhe uma dimensão noturna e maior presença no lugar.

Deste modo, é possível tornar o espaço mais interessante, contar a sua História através da luz, potenciar a sua identidade e convidar ao seu usufruto.

4 Aspetos A Ter Em Conta

O design concept deve ser executado pelo engenheiro ou lighting designer em conjunto com o cliente. Apenas com a colaboração de ambas as partes será possível entender o que levou à necessidade de instalar um sistema de iluminação exterior, o que se procura alcançar e qual o contributo final para o edifício histórico.

Destacamos quatro questões fundamentais que devem ser discutidas entre a equipa no arranque do projeto de iluminação exterior de edifícios ou estruturas históricas e da sua envolvente.

ONDE SE LOCALIZA O EDIFÍCIO?

EM MEIO RURAL OU URBANO?

No meio urbano estamos rodeados de estímulos visuais, seja a iluminação pública existente, a iluminação de outros edifícios como grandes empresas, restaurantes, comércio, publicidade…

Tendemos a querer dotar o edifício histórico de um sistema de iluminação ainda mais proeminente, caindo no excesso. Idealmente, será preferível reduzir a iluminação da envolvente de modo a realçar o edifício, conseguindo garantir a utilização de menos energia e menor poluição visual.

No meio rural temos a situação contrária. O ambiente tende a ser pouco iluminado, pelo que o realce dos edifícios é conseguido sem necessidade de recorrer a um grande sistema de iluminação exterior.

O excesso de iluminação, nestes casos, pode ser prejudicial para o ecossistema em redor, nomeadamente para espécies de animais noturnas.

QUE ÁREA SE PRETENDE ILUMINAR? O TODO OU A PARTE?

Em particular, poderão existir zonas que não necessitem de iluminação, uma vez que não serão visíveis a partir do exterior ou que não se pretende realçar. Por outro lado, considerando a grande escala, é preciso ter em conta que o edifício pode ser visível à distância e tornar-se um ponto de referência noturno.

Acima de tudo, o modo como o projeto deve ser abordado será sempre ditado pelas características do edifício. Por exemplo, mais do que iluminar toda a fachada, pode fazer sentido realçar pontos específicos como colunas, nichos, entradas, ….

Os diferentes tipos de iluminação são uma excelente ajuda para objetivos distintos: iluminação cruzada, de baixo, de cima, de trás. Poderá também fazer sentido adotar controladores para alterar a solução consoante as necessidades!

QUE IMPLICAÇÕES TERÁ SOBRE A ENVOLVENTE?

A iluminação exterior de edifícios históricos oferece a possibilidade de experienciá-los “ fora de horas ”, seja a visitar ou a usufruir dos espaços exteriores na sua envolvente, incentivando à realização de atividades em redor, sejam de lazer, económicas, sociais…

É neste seguimento que surge também a importância da iluminação não só do edifício, mas também da área que o envolve, designadamente para garantir a sensação de segurança no lugar. Aproveitamos para convidar à leitura do nosso artigo sobre iluminação pública LED!

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