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Sustentabilidade da Indústria 4.0 com a SISTRADE

“Ter o software certo e a equipa adequada são as ferramentas para alcançar e medir os objetivos de sustentabilidade ”. Foi assim que Francisco Leiras lançou o mote para uma tarde, onde mostrou que falar sobre Sustentabilidade Industrial, na Indústria 4.0, já não devia ser novidade. Tendo em consideração a atual necessidade de abastecimento energético e a volatilidade mundial dos mercados não só energéticos, como de matérias-primas e componentes, a SISTRADE organizou um evento a 14 de outubro para promover a eficiência e a sustentabilidade industrial.

é difícil encontrar trabalhadores. “Agora ficamos com várias missões: Como é que fazemos mais? Como tornamos a profissão mais atrativa? Tudo sem esquecer os encargos à saúde”, questionou. Para ele a solução vai “para além da digitalização” e, por isso, a sua equipa tem desenvolvido sensores que monitorizam o bem-estar em 3 aspetos: ambiente (temperatura, humidade, iluminação e barulho do espaço), ergonomia e produtividade do trabalhador e autoavaliação (seja a nível de apoio social, da pressão e da dor que sentem). O operador 4.0 é aquele que trabalha lado a lado com o robot e apesar de as fábricas se “irem empoderando com várias máquinas, a mão humana é muito importante e crucial”, concluiu.

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“A SISTRADE está preocupada com este tema e apresentamos soluções”, começou por dizer o Diretor Adjunto e Chefe da Unidade de Soluções para a Indústria da SISTRADE. À medida que a sala de conferências do Sheraton Porto Hotel & SPA ia enchendo, Francisco Leiras explicou que a tarde iria ser dividida em 2 partes: uma primeira teórica, seguida de outra baseada em testemunhos reais de empresas que têm feito a transição digital com a ajuda da SISTRADE. “Trabalhamos em várias vertentes, criando ferramentas de software que vão ajudar vários departamentos de uma empresa industrial”, afirmou o Diretor Adjunto, reforçando a intenção de “juntar mais algumas peças que vão apoiar o caminho para a sustentabilidade”.

Para José Lopes de Castro, da Apigraf, a sustentabilidade é um tema que parece “um pouco tardio em 2022, mas mais vale tarde do que nunca”. O Presidente da Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel confrontou os presentes ao dizer que se tem feito pouco pela sustentabilidade desde 1987, altura em que saiu um estudo da ONU sobre essa temática. “Ainda estamos a meter a sustentabilidade na gaveta e não pode ser”, afirmou, referindo um estudo sobre CEO’s americanos que dizem que vão parar os seus programas de sustentabilidade durante 12 a 18 meses.

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PASSOS PARA UMA INDÚSTRIA

MAIS CAPAZ

Coube a Filipe Sousa o papel de dar início às apresentações teóricas do evento.

O Diretor de Grupo de Conectividade, do departamento do Pesquisa e Desenvolvimento da Fraunhofer AICOS falou sobre “Sustentabilidade e Inteligência Artificial aplicada à Indústria”. Apesar de ter sido uma apresentação focada nas tecnologias, Filipe Sousa centrou-se nas pessoas.

“O humano é a figura central nas fábricas do futuro”, disse. Para o engenheiro, a população portuguesa está a envelhecer e

Pedro Rocha, por sua vez, apresentou a sua visão sobre a perspetiva de financiamento na Indústria 4.0. “Vamos precisar de tecnologias de informação, se procuramos a circularidade”, começou por dizer. O Diretor Executivo da PRODUTECH mencionou uma plataforma de empresas e entidades da indústria que mostra como a indústria deveria ser em 2030. Segundo Pedro Rocha, a abordagem tem de mudar e afirmou que “a transformação digital não é o fim por si mesmo. É o meio, para que as empresas possam crescer”, explicou. A colaboração pode ser um dos caminhos possíveis, uma vez que “permite com que sejam desenvolvidas novas soluções e que sejam feitas mudanças adequadas a problemas específicos”, afirmou. A última apresentação veio de dentro da casa, com Isaac Ferreira. O Investigador e Adjunto do Chefe da Unidade de Soluções para a Indústria da SISTRADE escolheu a “Eficiência e Controlo Energético na sua empresa” como tema. “Trazemos o benefício de demonstrar que estamos a desenvolver soluções para o mercado”, disse. O investigador garantiu que a SISTRADE tem um produto pensado para promover a eficiência energética e que os dados podem ser o próximo passo. “Queremos fazer mais com menos. A eficiência é o que nos interessa e é onde queremos chegar”, concluiu.

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