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Interfaces de comando do futuro

Os conceitos de Indústria 4.0 têm um potencial renovador da indústria, enorme, não só na forma como a informação pode circular, mas também na maneira como interagimos com máquinas nos diversos níveis, desde a operação até à manutenção e nomeadamente em máquinas CNC.

• Arquitetura servidor-cliente: as funções críticas de CNC e PLC estão reservadas na sua própria CPU que já não é a mesma que processa a informação de interface. Esta arquitetura descentralizada irá ser uma alavanca á criação de gémeos digitais, enquanto aumenta a capacidade de cálculo instalada numa máquina.

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• PanelPC: o ponto anterior é um primeiro passo para a integração de arquiteturas baseadas em panelPC. Este tipo de arquiteturas irá permitir instalar ainda mais software dentro das máquinas sem que afete as performances de controlo de movimentos e dos processos de tempo real que têm de ocorrer.

Já não há dúvida que os conceitos de indústria 4.0 vieram para ficar e tomaram conta de muitos aspetos dos processos produtivos existentes; é uma oportunidade de ouro, para trazer muitas tecnologias informáticas para o campo produtivo.

A obtenção de informação em tempo real, dos processos, tornou-se uma necessidade e é imperioso para manter os níveis de competitividade. Para conseguir converter esta informação em realidade, procuram-se tecnologias da engenharia informática para o nosso campo de produção e o que antes, eram ferramentas pouco confiáveis com os seus sistemas operativos e afins, tornaram-se os melhores amigos dos processos atuais.

Se uma indústria produtiva começou por exigir das máquinas (e por consequência dos fabricantes dessas máquinas), dados sobre a capacidade produtiva, agora estamos a avançar para passos cada vez mais largos de digitalização de outros componentes.

Já é um facto, que os fabricantes de máquinas-ferramenta, se aperceberam do potencial diferenciador que é a implementação cada vez mais massiva de personalizações e customizações. Um caminho que torna as máquinas cada vez mais fáceis de manter e operar em segurança e em níveis máximos de produção…quase como qualquer pessoa que sabe “operar” com um telemóvel atual. No exemplo que vemos acima (Figura 1), os tradicionais menus foram transformados em APPs, muito familiar considerando uma interface de um tablet, por exemplo.

Desta forma, os fabricantes de soluções de automação também estão a evoluir, sendo que neste momento trabalha-se para entregar aos fabricantes de máquinas, ferramentas que lhes permitem desenvolver HMI (Human Machine Interface) baseados em tecnologias web, tais como HTML5, CSS3, javascript, node. js, JSON…

Este passo, vai permitir ter interfaces cada vez mais flexíveis que nos permitem atingir objetivos muito interessantes, como:

• Facilidade de expansão: como estamos a basear este tipo de interfaces em tecnologia aberta em vez de proprietária, irá permitir que muito mais pessoas tenham acesso á capacidade de desenvolver este tipo de projetos de interfaces o que irá levar, invariavelmente, a uma customização mais próxima do ideal e, portanto, maiores níveis de produtividade.

Neste tipo de interfaces responsivos, apesar da possibilidade de ter o monitor da máquina em qualquer lado, o que permite apoio remoto, controlo da produção, entre outros … também vai possibilitar uma série de outras vantagens, por exemplo, ser uma interface muito mais inclusiva. Imagine um operador destro e um operador canhoto e imagine que pode ter um teclado de operação virtual que

• Interfaces responsivos: vários tamanhos e formatos de monitor mantendo a funcionalidade. As máquinas poderão ser vistas desde o seu próprio monitor ou desde um telemóvel ou tablet, sem perder funções, mantendo a interatividade definida. Figura 2.

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